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CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOTERAPIA INFATIL PROFESSORA: DANIELE CARMO DISCENTES: CRISTIANE A. SENA SANTOS THIALLA LISBOA ALVES RESENHA CRITICA DO FILME PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN Ano: 2011 Título Original: We Need to Talk About Kevin Dirigido por: Lynne Ramsay Adaptação do livro homônimo: Lionel Shriver em 2003 Sinopse: No filme Precisamos Falar Sobre o Kevin, Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer. RESENHA CRITICA DO FILME: PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN Na tentativa de entendermos melhor a historia impactante desse filme, nos debruçamos também no livro homônimo de Lionel Shriver, que ganhou uma adaptação cinematográfica. Com objetivo de tentar verificar os desejo e necessidades da personagem Eva, que no filme fica um tanto vago. O livro aprofunda a visão que se tem do “espirito livre” da personagem, uma mulher que se percebia plenamente satisfeita com a vida que tinha, mas passou a se vivenciar em um dilema, o desejo de não se mãe. Esse conflito evidencia-se em uma de suas falas no livro “Quando percebi que aos trinta e poucos anos, ainda não entrara no cio materno, comecei a me preocupar com a possibilidade de haver algo errado comigo, algo faltando” (pág. 42). Segundo Badinter(1980), esse conflito vem assombrando as mulheres a muito tempo, ela diz que o amor materno não constitui um sentimento inerente à condição da mulher, que esse sentimento não é um determinismo, mas algo que se adquire. Essa autora acredita que as mulheres encontravam-se enclausurada em seu papel de mãe, que não mais podendo evitá-los sob pena de condenação moral, tornando-se também a razão do desprezo ou da piedade que se sentia pelas mulheres que não tinham filhos, sendo de grande vergonha daquelas que não os queriam. O entendimento dessa autora fica evidenciado em outra fala da personagem Eva quando ela diz “Eu morria de medo de um confronto com o que poderia vir a ser uma natureza fechada, pétrea, de um confronto com meu próprio egoísmo e falta de generosidade, com o poder denso e tardio do meu próprio ressentimento” (pág. 43). A personagem Eva mesmo presa a todas as suas angustias, se permite engravidar, no filme não fica claro as motivações para essa decisão, mais o livro nos mostra que essa decisão se deu depois de um episódio em que ela temeu que algo acontecesse com ela ou marido (“Eu queria arrumar um back-up, uma espécie de cópia de segurança, para você e para nós, mais ou menos como enfiar um papel carbono na minha IBM Selectric. Queria ter certeza de que, se algo acontecesse com um de nós, haveria algo sobrando, além das meias” (EVA, pág. 45), não sendo então um desejo legitimo seu de se tornar mães nesse momento. Ao longo do tempo ela apresenta certo rancor com essa decisão e não consegue se vincular nem com o momento da gestão e nem com o filho. O que nos leva tecer hipóteses diante da forma como se deu a relação mãe e filho entre Eva e Kevin e pensar em uma possível intervenção com essa família. Iniciamos pensando na linha teórica da psicanalise defendida por Winnicott (1960-1983), que afirma que as mulheres durante a gestação passam por mudanças que podem exceder as fisiológicas. A mulher muda o interesse em relação a si e ao mundo, logo depois inicia sua preocupação para as mudanças dentro de si. É perceptível que esse processo de mudança não ocorre com Eva, pois ela não modifica sua maneira de pensar, percebe-se que houve uma falta de edificação com maternidade, falta de planejamento e idealizações em relação com o bebê, consequentemente uma possível falta do dito amor materna. O momento do parto para a personagem parece ser um momento doloroso e sofrido para Eva, nota-se que ela apresenta uma resistência para deixar a criança nascer, e essa resistência pode ser compreendida como uma possível rejeição. Quando o bebê nasce, ela não o segura, não estabelecendo um vínculo, uma identificação, não conseguindo perceber as necessidades do bebê. Segundo Winnicott(1960), bebê não existe sozinho, mas sim é uma parte de uma relação, eles só a se sobem em certas condições, e no inicio, como a dependência é absoluta, eles precisam de uma mãe que esteja tão identificada com eles, que seja capaz de entender prontamente suas necessidade. Dessa forma o bebê vem a se de forma diferentes conforme essas condições sejam favoráveis ou desfavoráveis. E será nesse momento que segundo esse autor, que a base da saúde mental dos indivíduos será moldada, na primeira infância por essa mãe, através do meio ambiente fornecido por ela. Para ele, o ambiente tem uma influencia decisiva no psiquismo precoce do individuo. Essa relação desvinculada entre a personagem Eva e Kevin segue no decorrer de sua infância sendo percebida em vários momentos do filme e do livro, como por exemplo, o momento em que o bebê apresenta um choro intenso. Ainda dentro dessa ideia de vinculação mãe bebê, no que tange a personagem Eva e seu filho Kevin, podemos citar a teoria de Melanie Klein (1882-1960), da posição esquizo-paranóide e posição depressiva. Essa teoria trás que o bebê nasce imerso na posição esquizo-paranóide, cujas principais características são: a fragmentação do ego; a divisão do objeto externo (a mãe), ou mais particularmente de seu seio, já que este é o primeiro órgão com o qual a criança estabelece contato, em seio bom e seio mau, sendo que o primeiro é aquele que a gratifica infinitamente enquanto o segundo somente lhe provoca frustração, a agressividade e a realização de ataques sádicos dirigidos à figura materna. Assim, a partir da elaboração e superação destes sentimentos emerge a posição depressiva. Esta tem como principais atributos: a integração do ego e do objeto externo (mãe/ seio), sentimentos afetivos e defesas relativas à possível perda do objeto em decorrência dos ataques realizados na posição anterior. Estas posições continuam presentes pelo resto da vida, alternando-se em função do contexto, embora a posição depressiva predomine num desenvolvimento saudável (SEGAL, 1975). Porém como se vê no filme e é relatado no livro, para essa autora, não houve uma boa elaboração e suspensão desses sentimentos, não ocorrendo em Kevin à integração do ego e do objeto externo, ou seja, sua mãe. Isso fica evidente em vários momentos do filme e do livro, através de agressividade e ataques sádicos de Kevin, tendo um único objetivo, o de atingir a mãe, principalmente quando ele mata o pai e a irmã e comete a chacina na escola, deixando apena a mãe viva, o que segundo essa autora pode ser uma busca constante da integração com esse ego, o seio bom que lhes foi negado. Pensar em uma intervenção perante essa família não seria algo fácil sem certeza de bons resultados. Uma possibilidade seria pensar a relação de mãe e filho, na tentativa preventiva de tentar recuperar essa vinculação posterior de alguma forma. Entender inicialmente os sentimentos dessa mulher perante esse filho, pensando no momento em ela resolveu ser essa mãe, pois no filme e no livro fica evidente que esse momento é modificado quando ela engravida do segundo filho, e essa vinculação se deu imediato com o novo bebê. Tentar fazer essa mãe perceber essa diferença de momentos, desvinculando-a da possível culpa que s possa sentir. E que essa vinculação ainda poderiase dar de forma genuína e que poderia ser tentada, pois o filme e o livro trás momentos em que essa vinculação foi possível, quando a personagem Eva se permitiu de fato olhar esse filho sem a culpa que carregava, no momento da retirada da fralda onde ela se posiciona de alguma forma e durante o tempo que Kevin adoeceu são exemplos de uma possível vinculação. E pensando nos dois autores aqui citados, poderíamos utilizar com Kevin ainda criança, o recurso terapêutico do brincar defendidos por eles. Para Melanie Klein (1882) o brincar é a melhor técnica para acessar a fantasia simbólica do inconsciente de uma criança, se tornando o principal instrumento de interpretação. Já para Wininicott(1960) para estabelecer um encontro espontâneo com essa criança, era utilizado o desenhar como étnica de analise (COSTA, 2014). E para o pai a intervenção se daria prioritariamente no entendimento de que ele precisaria fazer vinculo com essa mãe, pois ele tinha um vinculo com a mulher, esposa, mais não teve com essa mãe, que não era vista por ele. Referências BANDINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno, tradução: Waltensir Dutra. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.Disponível em:http://www.redeblh.fiocruz.br/media/livrodigital%20(pdf)%20(rev).pdf, acesso em:17 de setembro2020 COSTA, Terezinha, Psicanalise com criança, 3ª ed. Rio de Janeiro, Zahar, 2010. 88 pág. PRECISAMOS falar sobre o Kevin, Lynne Ramsay, Luc Roeg, Reino Unido, EUA, Jennifer Fox, 2011, 1h50min. SEGAL, Hanna, Introdução a obra de Melanie Klein, Rio de Janeiro, Imago Editora Ltda,1975, 74 pág. Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxwc2ljb2xvZ2lhdW5nMjAxMW5hN29zZW1lc3RyZXxneDo3MDlhODNmZjIxMzIwNWFk , acesso em: 17 de setembro2020 SHRIVER, Lionel, Precisamos falar sobre o Kevin, tradução: Beth vieira e Vera Ribeiro, Rio de Janeiro, Intrínseca, 2007, 521 pág. Disponível em: https://lelivros.love/book/download-precisamos-falar-sobre-o-kevin-lionel-shriver-em-epub-mobi-e-pdf/ , Acesso em: 16 de setembro2020 Sobre o conceito de infância- analise histórica, jean Jaques rosssou Infancia não tem a mesma conpção, sentimento de infância é rescente, Com o capitalismo se ve a possibilidade de formar crianças p futuros trabalhadores A Educação moral fica a cargo os pais, no pensamento da criança como paepl em branco Freud Muda esse olhar, como alguém com possibilidade, que sente raiva, questões eróticas, rompendo a pespctica Freud não atendeu criança, até um dado momento não acreditava em atentidmento com criança, e isso muda com o atendimento do perqueno Hans, e percebe que a brincadeira serve como instrumento de avaliação, através do fordar visto no net, ou seja a angustia dna brincadeira com carretel A partir do momento que se pensa em atender que se pode ter uma psicoterapia com criança, psicannalise infantil Cada um cria um repertoria teórico cria estratégia para trabalhar com criança Estudar os três teóricos da psicanalise. Ana Freude segur o pai, e trabalha mais com os pais das crianças e e pensando em um contexto didá A parti do 5 anos para Maleane. Trabalha muito mais o que a criança fantasia com relação aos pais, sem dar tanta importância aos pais como os pais como Ana Cria o jogo do rabisco Winicott , pespectiva da fenomenológica. Coceito transacional, Anale do comportamento, tem o centro a função do comportamento, antecedentente, contigente, reforçadores , consequência do comportamento. Reflte a qual a postura do terapeuta. O que se precisa p ser um psicoterapeuta infantil IMPORTANTE ESTUDAR, quais as similiradidade, compertencia e havbilidade, para ser um psicoterapeuta infantil. Como vai ser ouvida a queixa, comportamental, como é o ambiente dessa criança, família, escola, e outras relações Gestalte. Conceite IMPORTQNTE, equilíbrio, homeostase, ser humano relacional, figura e fundo, homem singular, sintoma. A queixa que os pais levam as vezes os terapeutas percebem que os pais reforças essas queixas, na gestalte precisa perceber o que significa essa figura e funto, a totalidade é muito é IMPORTANTE, não limitar apenas a queixa e sim ao todos. Cuidar da relação terapêutica com a criança e com os pais,. È muito importante para agestalte que a criança tem potencia. Metodo mais descritivo que interpretativo. A criança que guia Processo terapêutico, similaridades e diferenças, sobretudo com as relações com os pais . Todos acham fundamental devem praprar um seting que seja acolhedor, . Relação terapêutica, transferência, aliança, é fundamental Fases são diferentes mais se estruturam, na fase diiagnostica Questão das entrevistas é relativa, mas no geral primeira os pais e depois a criança Condições exencias para psicoterapeuta infantil Resatar a criança interna IMPORTANTE, o que se precisa saber, do resgate da criança interna Importancia da avaliação, como acontece em cada abordagem, em que momento, quais as fases, e como acontece em cada fase. A fase de termino e alta, como cada abordagem ver. Avaliação subjetiva das crianças , importância das dinâmicas familiares, estrutura psiqueica , fases , alienação, função parterna. Tres tempos do ego
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