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ADE - Fichamento 1

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Ministério da Educação
Universidade Federal de São Paulo
Escola Paulista de Política, Economia e Negócios
	
	ADEs Integral
Fichamento n° 2
	
	
	
	
	
	
	Unidade Curricular: Formação Econômica do Brasil
	Professora: Marina Gusmão de Mendonça
	
	Ano Letivo: 2020
	Semestre: 2º
	
	Aluno: Mauro Sergio Martins de Melo
	Bibliografia:
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Trabalho e aventura In: Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995
	
Fichamento Raízes do Brasil
Trabalho e Aventura
 
O espírito desbravador tão aguçado dos portugueses, uma verdadeira proeza para aquele reinado, não é encontrado igualmente em nenhum outro povo; como resultado, tais feitos lhes renderam a expansão do reinado e dentre as essas conquistas, o Brasil.
 
O capítulo segundo de Raízes do Brasil, Trabalho e Aventura, adentra a temática da colonização dos chamados novos mundos, que por sua vez, apesar do referido espírito de desbravo dos conquistadores além-mar, adquiriu posses, não com uma vontade construtora, mas com desleixo e abandono. 
Pa ra Sérgi o B uarque de Hola nd a a fo rma ção d e vi das cole ti va s pod em 
se expri mi r em doi s princípi os: a vent urei ro e trabal had or . Pa ra aq uele s de 
di sposi çã o avent urei ra, o se u esforço tem por ce nt rali dad e a chegad a, 
dei xando q uase como super fici al o processo, o decurso. “Se u i dea l é co lhe r o 
fr uto sem p la nta r a á rvo re.” ( HOLA ND A , S érgi o Bua rque , 1995 , p. 4 4); p ote nci a 
as di ficuldad es em trampo li m para c heg ar o nd e q ue re m. C o ntra ri amente , o 
traba l hador é aque le q ue e nxerga por p ri mei ro as di ficuldad es a ve ncer , e não 
o foco de alcance. S eu esforço é moderado, pouco compe nsad or e persistente, 
sempre atento a os de sperdíci os e empenhado em t ud o ap rovei ta r; se u campo 
vi sua l é rest rito. “Assi m, o i nd i vi d uo t rabal had or só atri b ui rá va lo r mo ral p osi ti vo 
às açõe s que se nte â ni mo e m pra ti car, e i nve rsame nte , terá por i morais e 
detestá ve i s as quali dade s própri as dos ave nt urei ros. ” ( HOLA ND A , Sérgi o 
Buarq ue, 1 995, p. 44) e assi m vi ce - versa. 
A d i sposi ção e scassa para o tra balho de compensa ção i medi ata pode 
parecer pa ra os coloni zado res da s A méri cas, e i sso i ncl ui o s i ng le ses , uma 
evi dênci a clara de um traço ave nt urei ro; e vi denci a a aptid ão à ca ça de b ens 
materi ai s em o ut ros co nti nentes, a proc ura co m de no do às prosperida de s sem 
custo , d e posi çõ es e riq ue zas fácei s. 
C ontrapo nd o a e ssa posi ção q ue se pod e co mpreender da leitura da 
obra, S érgio B ua rque , e le mes mo , a pós apon tar o s i bé ri cos co mo poss ui do res 
de traços a ven t ureiros, e isso aba rcam os portug ue ses, t raça a gora uma no va 
relei t ura das posi ções : 
“os port u gu ês e s eus des c ende ntes im edi atos (.. . ) proc ur ara m recria r 
o meio de s ua o rige m (.. . ). On de lhes falt ass em o pão d e t rigo, 
apr en diam c om er o da t err a, c ons umi a f ari nh a de man dioca. 
Habit uar am-se t am bém a do rmir em red e, à man eir a dos í ndi os. 
(HO LAN DA, S ér gio B ua rq ue, 19 95, p. 47 ). 
C om um no vo ol har , os portugueses ass umem a fi gura do traba l ha dor. A gora, 
nesse po nto espe ci fi co os coloni zadores , po r s ua ab ertura aos pla no s, 
adeq uam seus modos a o mei o; apropria m o no vo a seus cos t umes. E sta 
paradoxal co ntraposi ção, tão si ng ular de S érgi o B uarq ue, se rá a dotada e m 
todo o cap ít u lo. P ost ura essa que po ndera q ua lq ue r te ndê nci a extre mi sta , sem 
dei xar d e lado a coe rênci a com os fatos. 
No li miar do tempo, a c hegad a do s por tug ueses ao Nordes te do B rasi l 
teve co mo primazi a a e xplo ração latif undi ária e monoc u ltora da ca na -de-
açúcar. A a b undânci a de terras f ér tei s e ai nda po uco desb rava das tor no u a 
colôni a uma ve rdad ei ra uni dade de prod ução. Nesse co ntexto, os 
coloni zadores veri fi cam a vã te ntati va de e mprego braçal d o i nd íge na , e 
acorrem a o recurso mai s fáci l: i mportar mão de o bra, os escravos afri ca nos. Os 
nati vos a qui e nco ntrados ti nham uma p redi sp osi ção nat ura l à ca ça e pesca, na 
i ndús tri a ext rati vi sta e cri ação d e gad o, mas no que se refere a tra balhos 
acurados e metódi co s dos ca na vi a i s não se acomoda vam . 
Exemplo de T rabal ho & Avent ura podemos ana li sa r na re la ção 
domina dor e na ti vos: “ O res ultado e ra m i nco mpree nsõ es rec íp rocas q ue, de 
parte dos i ndíg e nas, ass umia m qua se sempre a forma de uma resi stê nci a 
obstinad a, ai nda q ua ndo si lenci osa e pa ssi va, às i mposi ções da raça 
domina nte” . (HOLANDA , S érgio B uarque , 1995, p. 48). A me u ve r, pod emos 
observar o i nd íge na , pe lo vi é s de Sé rgi o Bua rq ue , como trabal hado r q ue adota 
ao seu modo e li mi tação a s ub mi ssão d e traba lho esc ra va gi sta. Q ua nto aos 
portug uese s , q ue “ vi nha m b usca r , sem dúvi da s, a riq ue za , mas ri que za q ue 
custa o usad i a, não riq ue za q ue cus ta t rabal ho” ( HOLANDA , S érgio B ua rq ue, 
1995 , p. 4 9), ass umem como a ve ntu rei ros, vi sto q ue di ante da proble mática de 
não a daptação do s i ndíge nas aos canavi ai s, nã o se li mi tam i r buscar em o utras 
colôni as e scra vos mai s ass íd uo s aos t rabal hos b raçai s da i nd ús tri a ca na vi e i ra . 
Os ne g ros represe ntam fator obrig atório no d ese n vo l vi me nto dos la ti f úndi o s 
coloni ai s. 
 
Rua Angélica, 100. 
Jardim das Flores – CEP: 06110-295– Osasco, SP
 Telefone: (11) 2284-6900
 
 
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. 
 
Jardim das Flores
 
–
 
CEP: 
06110
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295
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Osasco
, SP
 
 
Telefone: (1
1) 2284
-
6900
 
 
 
ADEs 
Integral
 
Fichamento n°
 
2
 
 
 
 
 
 
 
Unidade Curricular: 
Formação Econômica do Brasil
 
Professora
: 
Marina Gusmão de Mendonça
 
 
Ano Letivo: 2020
 
Semestre: 
2
º
 
 
Aluno: 
Mauro Sergio Martins de Melo
 
Bibliografia:
 
HOLA
NDA, Sérgio Buarque de. Tra
balho e aventura In: Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1995
 
 
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Jardim das Flores – CEP: 06110-295– Osasco, SP 
 Telefone: (11) 2284-6900 
 
 
ADEs Integral 
Fichamento n° 2 
 
 
Unidade Curricular: Formação Econômica do Brasil 
Professora: Marina Gusmão de Mendonça 
Ano Letivo: 2020 Semestre: 2º 
Aluno: Mauro Sergio Martins de Melo 
Bibliografia: 
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Trabalho e aventura In: Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1995 
 
Fichamento Raízes do Brasil 
Trabalho e Aventura 
 
O espírito desbravador tão aguçado dos portugueses, uma verdadeira proeza para aquele reinado, não é 
encontrado igualmente em nenhum outro povo; como resultado, tais feitos lhes renderam a expansão do 
reinado e dentre as essas conquistas, o Brasil. 
 
O capítulo segundo de Raízes do Brasil, Trabalho e Aventura, adentra a temática da colonização dos 
chamados novos mundos, que por sua vez, apesar do referido espírito de desbravo dos conquistadores 
além-mar, adquiriu posses, não com uma vontade construtora, mas com desleixo e abandono. 
 
Pa ra Sérgi o B uarque de Hola nd a a fo rma ção d e vi das cole ti va s pod em 
se expri mi r em doi s princípi os: a vent urei ro e trabal had or . Pa ra aq uele s de 
di sposi çã o avent urei ra, o se u esforço tem por ce nt rali dad e a chegad a, 
dei xando q uase como super fici al o processo, o decurso. “Se u i dea l é co lhe r o 
fr uto sem p la nta r a á rvo re.” ( HOLA ND A , S érgi o Bua rque , 1995 , p. 4 4); p ote nci a 
as di ficuldad es em trampo li m para c heg ar o nd e q ue re m. C o ntra ri amente , o 
traba l hador é aque le q ue e nxerga por p ri mei ro as di ficuldad es a ve ncer , e não

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