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http://repositorio.ulusiada.pt Universidades Lusíada Gomes, Raquel Antunes Luís, 1984- Os CIAM e Le Corbusier : aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos http://hdl.handle.net/11067/2795 Metadados Data de Publicação 2017-02-09 Resumo A relação que arquitetura e urbanismo estabelecem entre si e com a natureza é uma característica fundamental da cultura arquitetónica e urbanística moderna. Desenvolvem-se numa paisagem de referência romântica que evoca a experiência da natureza e que uma cidade para milhões de habitantes não deverá ignorar. A nova paisagem constrói-se e surgem modelos concretos sob o traço de Le Corbusier, que se opõem à cidade histórica. A nova arquitetura e o novo urbanismo são máquinas aglutinadoras de inte... Palavras Chave Arquitectura moderna - Século 20, Planeamento urbano - Século 20 - Portugal, Le Corbusier, 1887-1965 - Crítica e interpretação Tipo masterThesis Revisão de Pares Não Coleções [ULL-FAA] Dissertações Esta página foi gerada automaticamente em 2020-03-05T18:25:43Z com informação proveniente do Repositório http://hdl.handle.net/11067/2795 U N I V E R S I D A D E L U S Í A D A D E L I S B O A F a c u l d a d e d e A r q u i t e c t u r a e A r t e s Mes t rado in tegrado em Arqu i tectura Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Realizado por: Raquel Antunes Luís Gomes Orientado por: Prof. Doutor Arqt. Joaquim Marcelino da Conceição dos Santos Constituição do Júri: Presidente: Prof. Doutor Arqt. Joaquim José Ferrão de Oliveira Braizinha Orientador: Prof. Doutor Arqt. Joaquim Marcelino da Conceição dos Santos Arguente: Prof. Doutor Arqt. Bernardo d'Orey Manoel Dissertação aprovada em: 3 de Dezembro de 2014 Lisboa 2014 U N I V E R S I D A D E L U S Í A D A D E L I S B O A F a c u l d a d e d e A rq u i t e tu ra e A r te s Mestrado Integrado em Arquitetura Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes Lisboa Outubro 2014 U N I V E R S I D A D E L U S Í A D A D E L I S B O A F a c u l d a d e d e A rq u i t e tu ra e A r te s Mestrado Integrado em Arquitetura Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes Lisboa Outubro 2014 Raquel Antunes Luís Gomes Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Dissertação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa para a obtenção do grau de Mestre em Arquitetura. Orientador: Prof. Doutor Arqt. Joaquim Marcelino da Conceição dos Santos Lisboa Outubro 2014 Ficha Técnica Autora Raquel Antunes Luís Gomes Orientador Prof. Doutor Arqt. Joaquim Marcelino da Conceição dos Santos Título Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Local Lisboa Ano 2014 Mediateca da Universidade Lusíada de Lisboa - Catalogação na Publicação Mediateca da Universidade Lusíada de Lisboa - Catalogação na Publicação GOMES, Raquel Antunes Luís, 1984- Os CIAM e Le Corbusier : aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos / Raquel Antunes Luís Gomes ; orientado por Joaquim Marcelino da Conceição dos Santos. - Lisboa : [s.n.], 2014. - Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa. I - SANTOS, Joaquim Marcelino da Conceição dos Santos, 1961- LCSH 1. Arquitectura moderna - Século 20 2. Planeamento urbano - Século 20 3. Le Corbusier, 1887-1965 - Crítica e interpretação 4. Congresso Internacional da Arquitetura Moderna 5. Universidade Lusíada de Lisboa. Faculdade de Arquitectura e Artes - Teses 6. Teses - Portugal - Lisboa 1. Architecture, Modern - 20th century 2. City planning - 20th century 3. Le Corbusier, 1887-1965 - Criticism and interpretation 4. International Congress for Modern Architecture 5. Universidade Lusíada de Lisboa. Faculdade de Arquitectura e Artes - Dissertations 6. Dissertations, Academic - Portugal - Lisbon LCC 1. NA9031.G66 2014 Dedico este trabalho a mim e a vocês. AGRADECIMENTOS Aos meus país, mas em especial ao meu pai que sempre me incentivou a tirar um curso superior, o financiou e me apoiou a cem por cento a todos os níveis e também ao meu namorado Gonçalo Lopes, que teve uma importância fundamental na parte final, foi o meu segundo ombro, á minha Madrinha, família, amigos e colegas. Ao meu orientador, o Professor Doutor Joaquim Marcelino, pela orientação, atenção e acompanhamento ao longo da dissertação. APRESENTAÇÃO Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes A relação que arquitetura e urbanismo estabelecem entre si e com a natureza é uma característica fundamental da cultura arquitetónica e urbanística moderna. Desenvolvem-se numa paisagem de referência romântica que evoca a experiência da natureza e que uma cidade para milhões de habitantes não deverá ignorar. A nova paisagem constrói-se e surgem modelos concretos sob o traço de Le Corbusier, que se opõem à cidade histórica. A nova arquitetura e o novo urbanismo são máquinas aglutinadoras de intenções éticas e pragmáticas na sua intervenção onde a casa, o habitat, têm de ser individualizados. Mas a novidade não acolhe só simpatias e os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM) irão desempenhar um papel estratégico na nova forma de pensar a arquitetura e o urbanismo, que se dissemina globalmente e onde irão surgir consciências culturais locais no seio da própria globalização. Palavras-chave: CIAM, Le Corbusier, Arquitetura Moderna, Urbanismo, Arquitetura. PRESENTATION The CIAM and le Corbusier: aspects of modern architecture and urbanism Raquel Antunes Luís Gomes The relation that architecture and urbanism establish between themselves and towards nature is a fundamental characteristic of the modern architectural and urbanistic culture. They have developed from a romantic landscape background that evocates the fashion of nature that a city millions of inhabitants should not avoid. The new landscape is to be build and new urban models come to life under Le Corbusier‘s pencil and they oppose to the historical city. The new architecture and the new urbanism are agglutinating machines centered on ethical and pragmatic intensions towards the house, the habitat, they have to be individualized. Yet novelty is not simply welcome with sympathy and the Congrès Internationaux d'Architecture Moderne (International Congresses of Modern Architecture), CIAM, will have an important role on the new way of thinking architecture and urbanism that will spread widely to places where new local cultural consciousness will rise at the core of globalization itself. Keywords: CIAM, Le Corbusier, Modern Architecture, Urbanism, Architecture. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1 – Planta do projeto para o concurso da Liga das Nações, em Genebra. (Canadian Centre for Architecture, 2014). ..................................................................... 34 Ilustração 2 – Nesta foto, estão presentes todos os membros do CIAM I, a mesma foi fotografada em frente à capela do castelo de La Sarraz, na Suíça, em 1928. (Khan, 2009, p. 35). ....................................................................................................................35 Ilustração 3 – Diagrama desenhado por Le Corbusier para a reunião de 1928, em La Sarraz. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 24). .............................................. 35 Ilustração 4 – Projeto de Le Corbusier para uma habitação mínima, em 1926. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 126).................................................. 37 Ilustração 5 – Projeto de Le Corbusier para uma habitação mínima, em 1926. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 127).................................................. 37 Ilustração 6 – Exposição sobre o estudo de habitações mínimas, em Frankfurt, em 1929. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 40). ................................................. 37 Ilustração 7 – Estudo de uma habitação mínima, em 1930. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 41). ................................................................................................... 37 Ilustração 8 – Estudo de A. Klein sobre a habitação mínima apresentado no CIAM II. (Gravagnuollo, 2010, p. 450).......................................................................................... 37 Ilustração 9 – A Cidade Moderna de Vitor Bourgeois, na Bélgica, em Berchem-sur- Bruxelles, em 1922. (Mumford, 2002, p. 18). ................................................................ 38 Ilustração 10 – O primeiro edifício a ser construído pelo CIAM III e segundo os princípios de Gropius. Estes apartamentos foram desenvolvidos por Van Tijen, Brinkman, e Van der Vlugt. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 102). ............ 39 Ilustração 11 – Edifício de Walter Gropius, com onze andares e com sessenta apartamentos pequenos, refletindo a Divisão Racional do solo. Todas as suas lajes e a sua estrutura eram de aço. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 57). .............. 39 Ilustração 12 – Planta de 1931, sobre a Divisão Racional do Solo. (Mumford, 2002, p. 55). .................................................................................................................................. 39 Ilustração 13 – Le Corbusier explicando as suas ideias para o CIAM IV a bordo do Patris II, em 1933. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 80). ............................ 40 Ilustração 14 – Foto de grupo a bordo do Patris II na rota de Atenas, para o CIAM IV. ([adaptação a partir de:] Gravagnuollo, 2010, p. 451). .................................................. 40 Ilustração 15 – Exposição sobre a Cidade Funcional realizada em 1935, em Amesterdão – plano de análise da Cidade Funcional de Baltimore preparado por William Muschenheim. (Mumford, 2002, p. 99). ............................................................ 40 Ilustração 16 – Exposição do grupo de trabalho CIRPAC, em Milão, em 1933. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 75). ........................................................... 40 Ilustração 17 – Analise de Giuseppe Terragni sobre uma Cidade Funcional, no congresso montado pela empresa Bruynzeel em 1933. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 82). ................................................................................................... 41 Ilustração 18 – Capa de uma publicação do grupo CIAM Holandês, em 1935, sobre a exposição da Cidade Funcional, realizada em Amesterdão. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 97). ................................................................................................... 41 Ilustração 19 – A Carta de Atenas. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 115). 42 Ilustração 20 – Estudo sobre o sistema viário, da periferia de Berlim, para o CIAM IV. ([adaptação a partir de:] Gravagnuollo, 2010, p. 451). .................................................. 42 Ilustração 21 – O Plano Verde para Milão, realizado em 1937. (Mumford, 2002, p. 112). ................................................................................................................................ 43 Ilustração 22 – Exposição de Sert e Luis Lacasa, sobre a arquitetura de hoje e sobre Paris no Pavilhão Espanhol, em 1937. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 113). ................................................................................................................................ 43 Ilustração 23 – Desenho de Le Corbusier sobre o habitar, fotomontagem dos tempos novos. Exposição sobre Paris de 1937. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 116). ................................................................................................................................ 43 Ilustração 24 – A cidade de Sert e Wiener, a cidade dos motores, Brasil, 1944. (Mumford, 2002, p. 177). ................................................................................................ 43 Ilustração 25 – Plano de Le Corbusier para Buenos Aires. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger,1999, p. 331). ............................................................................... 44 Ilustração 26 – Marcel Lods, Sotteville-les-Rouen, França, em 1946, apresentado no CIAM VII; de Giedion, a década da nova arquitetura. (Mumford, 2002, p. 196). .......... 45 Ilustração 27 – Habitação tecton (posteriormente Drake e Lasdun), Paddington, apresentado no CIAM VII. (Mumford, 2002, p. 197). ..................................................... 45 Ilustração 28 – Le Corbusier, Plano para a reconstrução do centro cívico, em ST. Dié, na França, em 1945. Publicado no CIAM VIII: ―O Coração da Cidade‖. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 157).................................................................................. 46 Ilustração 29 – Le Corbusier, Plano para a reconstrução do centro cívico, em ST. Dié, na França, em 1945. Publicado no CIAM VIII: ―O Coração da Cidade‖. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 157).................................................................................. 46 Ilustração 30 – Sert and Wiener, Chimbote Grelha para o CIAM VIII: ―O Coração da Cidade‖. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 190). .......................................... 46 Ilustração 31 – Painel do projeto ―Zone‖ de John Voelcker, Pat Crooke, Andrew Derbyshire, exposto no CIAM IX, em 1953. (Mumford, 2002, p. 230). ......................... 47 Ilustração 32 – Marcel Lods, Vladimir Bodiansky, et al., apresentam o projeto de Marly, através desta grelha no CIAM IX, em 1953. (Mumford, 2002, p. 227).......................... 48 Ilustração 33 – Gramma Group, Marrocos (Bodiansky, Candilis, Kennedy, Piot, Mata, Ecochard, Godefroy, Beraud), O habitat marroquino, ou habitat para o maior número, painel de uma fotografia aérea onde é visível uma grande área construída de casas com quintais cujas dimensões das mesmas são de 8x8 metros. Este painel foi apresentado na grelha do CIAM IX, em 1953. (Mumford, 2002, p. 231). ..................... 49 Ilustração 34 – Esboço da ―escala de associação‖ de Geddes‘s sobre a secção do vale. Este esboço foi usado no CIAM X, a partir do ―projeto do quadro 3‖, em 1954. (Mumford, 2002, p. 241). ................................................................................................ 50 Ilustração 35 – Painel apresentado por Drake e Lasdun - uma fragmentação de um bloco em Londres, a partir do CIAM X, em 1956. (Mumford, 2002, p. 253). ................ 51 Ilustração 36 – Casa de Arkley, Staplehurst, em Inglaterra, projeto de John Voelcker, apresentada no CIAM'59 em Otterlo. (Mumford, 2002, p. 263). ................................... 58 Ilustração 37 – Vista aérea, do hospital da Cidade Industrial de Tony Garnier. (Cohen, 1999, p. 72). .................................................................................................................... 61 Ilustração 38 – Jardim da Cidade Industrial de Tony Garnier. (Cohen, 1999, p. 73). .. 61 Ilustração 39 – Vista aérea do Convento da Cartuxa de Ema, na Toscana. (Zaparín, Hernández,2006, p. 31). ................................................................................................ 62 Ilustração 40 – Vista sul do Convento da Cartuxa de Ema, na Toscana, com as suas rampas. (Zaparín; Hernández, 2006, p. 39). ................................................................. 62 Ilustração 41 – Planta do Convento da Cartuxa de Ema, na Toscana. (Zaparín; Hernández, 2006, p. 31). ................................................................................................ 62 Ilustração 42 – Auguste Perret, Igreja de Nossa senhora de Raincy, em França (1922- 1933). (Onderdonk, 1998, p. 177). ................................................................................. 62 Ilustração 43 – Alçado posterior da Igreja de Nossa senhora de Raincy, em França. (1922-1933). (Onderdonk, 1998, p. 181). ...................................................................... 62 Ilustração 44 – Planta da Igreja de Nossa senhora de Raincy, em França (1922-1933). (Onderdonk, 1998, p. 178). ............................................................................................ 62 Ilustração 45 – Interior da Igreja de Nossa senhora de Raincy, em França. (Onderdonk,1998, p. 179). ............................................................................................. 62 Ilustração 46 – Pormenor da Igreja de Nossa senhora de Raincy, em França. (Onderdonk, 1998, p. 180). ............................................................................................ 62 Ilustração 47 – Apartamento, na Rua Franklin, 25 em, Paris. (Frampton, Yukio Futagawa, 1987, p. 116). ............................................................................................... 63 Ilustração 48 – Estação de caminho-de-ferro Porthieu, em Paris. (Frampton, Yukio Futagawa, 1987, p. 133). ............................................................................................... 63 Ilustração 49 – Familistério de Jean-Baptiste André Godin. (Gonsales, 2003). ........... 63 Ilustração 50 – Fábrica de turbinas AEG, em Berlim, na Alemanha, Peter Behrens. ([adaptação a partir de:] Frampton, Yukio Futagawa, 1987, p. 152)............................. 64 Ilustração 51 – Estrutura estandardizada para a construção em série da Casa Dom- ino. (Le Corbusier, 1995a, p. 23). .................................................................................. 68 Ilustração 52 – Um complexo de Casas Dom-Ino. ([Adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 24). ................................................................................................ 69 Ilustração 53 – Perspectiva de uma rua composta por Casas Dom-Ino. ([Adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 26). .......................................................................... 69 Ilustração 54 – Casa Monol com apenas um piso. (Le Corbusier, 1995a, p. 30). ........ 70 Ilustração 55 – Loteamento de Casas Monol. (Le Corbusier, 1995a, p. 30). ............... 70 Ilustração 56 – Perspectiva do interior de uma Casa Monol. (Le Corbusier, 1995a, p. 30). .................................................................................................................................. 71 Ilustração 57 – Casa Monol com dois pisos. (Le Corbusier, 1995a, p. 30). ................. 71 Ilustração 58 – Axonometria da primeira Casa Citrohan de 1920. (Boesiger, 1980, p. 13). .................................................................................................................................. 72 Ilustração 59 – Planta do piso térreo. (Boesiger, 1980, p. 13). ..................................... 72 Ilustração 60 – Planta do mezanino. (Boesiger, 1980, p. 13). ...................................... 72 Ilustração 61 – Planta do terraço. (Boesiger, 1980, p. 13). ........................................... 72 Ilustração 62 – Maquete da segunda Casa Citrohan em gesso (de 1922), exposta no salão de automóveis. (Le Corbusier, 1995a, p. 45). ...................................................... 73 Ilustração 63 – Maquete da segunda Casa Citrohan em gesso (de 1922), exposta no salão de automóveis. (Le Corbusier, 1995a, p. 45). ...................................................... 73 Ilustração 64 – Esquiço da segunda Casa Citrohan de 1922. (Le Corbusier, 1995a, p. 46). .................................................................................................................................. 74 Ilustração 65 – Exemplo dos pilotis no seu projeto para o Ministério da Educação Nacional e da Saúde Pública, no Rio de Janeiro, realizado entre 1936-1945. (Le Corbusier, 1995d, p. 85). ................................................................................................ 76 Ilustração 66 – Exemplo de planta livre no seu projeto para a Casa Loucheur, em 1929. (Le Corbusier, 1995a, p. 200). ............................................................................. 76 Ilustração 67 – Exemplo de fachada livre no seu projeto para o centro de Moscovo, em 1928. (Le Corbusier, 1995a, p. 206). ............................................................................. 76 Ilustração 68 – Exemplo de janela horizontal no seu projeto para a Casa la Roche, em 1923. (Le Corbusier, 1995a, p. 65). ............................................................................... 76 Ilustração 69 – Exemplo de um jardim na cobertura no seu projeto para a Casa Meyer, em Paris, em 1925. (Le Corbusier, 1995a, p. 87).......................................................... 76 Ilustração 70 – O primeiro projeto para a unidade de habitação. (Le Corbusier, 1995d, p. 172). ............................................................................................................................ 80 Ilustração 71 – Planta de localização da Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995e, p. 193). .............................................................................................. 81 Ilustração 72 – Fachada este (fachada principal) da Unidade de Habitação de Marselha, com o seu brise-soleil. (Le Corbusier, 1995e, p. 197). ................................. 81 Ilustração 73 – Fachada norte e oeste da Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995e, p. 196). .............................................................................................. 82 Ilustração 74 – Fachada sul da Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995e, p. 200)................................................................................................................. 82 Ilustração 75 – Dois cortes elucidativos do programa existente na unidade. (Le Corbusier, 1995e, p. 194). .............................................................................................. 83 Ilustração 76 – Maquete da cobertura da Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995d, p. 185). .............................................................................................. 84 Ilustração 77 – Corte de um apartamento tipo, utilizado na Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995d, p. 188). ...................................................................... 84 Ilustração 78 – Plantas de um apartamento tipo, utilizado na Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995d, p. 188). ...................................................................... 85 Ilustração 79 – Pormenor da fachada norte e oeste da Unidade de Habitação de Marselha. (Le Corbusier, 1995e, p. 201). ...................................................................... 86 Ilustração 80 – Pormenor da escada de acesso exterior aos serviços comuns na fachada norte. (Le Corbusier, 1995e, p. 203). ............................................................... 86 Ilustração 81 – Pormenor da escada de acesso exterior aos serviços comuns na fachada norte. (Le Corbusier, 1995e, p. 201). ............................................................... 86 Ilustração 82– Pormenor da escada de acesso exterior aos serviços comuns na fachada norte. (Le Corbusier, 1995e, p. 203). ............................................................... 86 Ilustração 83 – Imagem do ciclo solar. (Le Corbusier, 1995c, p. 25). ........................... 87 Ilustração 84 – Imagem de uma varanda da unidade com o sistema brise-soleil. (Le Corbusier, 1995d, p. 189). .............................................................................................. 87 Ilustração 85 – Os mecanismo de sombreamento no lado direito da imagem e a esquerda a reflexão da luz, num brise-soleil. (Le Corbusier, 1995e, p. 188). .............. 87 Ilustração 86 – Imagem dos pilotis que sustentam a unidade. (Benevolo, 1999, p. 866). ........................................................................................................................................ 88 Ilustração 87 – Vista do corredor central entre os pilotis, no piso térreo. (Norberg- Schulz, 1988, p. 18). ....................................................................................................... 88 Ilustração 88 – Imagem dos pilotis com a envolvente urbana. (Le Corbusier, 1995e, p. 198). ................................................................................................................................ 88 Ilustração 89 – Imagem dos pilotis com a envolvente urbana. (Le Corbusier, 1995e, p. 198). ................................................................................................................................ 88 Ilustração 90 – Fachada principal da unidade com o brise-soleil. (Le Corbusier, 1995e, p. 212). ............................................................................................................................ 89 Ilustração 91 – Esquema simples do brise-soleil. (Le Corbusier, 1995d, p. 193). ........ 89 Ilustração 92 – Uma varanda da unidade com o efeito de sombreamento provocado pelo brise-soleil. (Le Corbusier, 1995e, p. 213). ............................................................ 89 Ilustração 93 – Pormenor da fachada e do brise-soleil. (Le Corbusier, 1995d, p. 193). ........................................................................................................................................ 89 Ilustração 94 – Uma varanda da unidade com o efeito de sombreamento provocado pelo brise-soleil. (Le Corbusier, 1995e, p. 213). ............................................................ 89 Ilustração 95 – Uma célula normalizada e estandardizada da unidade. (Le Corbusier, 1995e, p. 186)................................................................................................................. 90 Ilustração 96 – Corte de uma casa dentro de um paquete. (Moos, 2009, p. 158). ...... 90 Ilustração 97 – Aplicação do Modulor na elaboração dos pilotis utilizados na unidade. (Le Corbusier, 1995e, p. 183). ....................................................................................... 90 Ilustração 98 – Modulor de Le Corbusier. (Le Corbusier, 1995e, p. 183). .................... 90 Ilustração 99 – Imagem do Modulor impressa na parede do vestíbulo. (Le Corbusier, 1995e, p. 184)................................................................................................................. 91 Ilustração 100 – Le Corbusier – um esquiço da Cidade Radiosa em tinta e aguarela. (Khan, 2009, p. 33). ........................................................................................................ 92 Ilustração 101 – Desenho do centro cívico de Viena, modificado por Camillo Sitte. (Hegemann, Peets, 1993, p. 21). ................................................................................... 93 Ilustração 102 – Três plantas procedentes da obra de Camillo Sitte. (Hegemann, Peets, 1993, p. 17). ........................................................................................................ 93 Ilustração 103 – Três praças que derivam da ampliação de ruas. (Hegemann, Peets, 1993, p. 17). .................................................................................................................... 93 Ilustração 104 – As Proporções do Homem – Le Corbusier. (Khan, 2009, p. 141)...... 94 Ilustração 105 – Os três assentamentos humanos. (Moos, 2009, p. 210). .................. 96 Ilustração 106 – Unidade de Produção Agrícola - A Quinta Radiosa. (Le Corbusier, 1981, p. 87). .................................................................................................................... 96 Ilustração 107 – Cidade Industrial - relação da Cidade Industrial com as três ruas. (Le Corbusier, 1995d, p. 73). ................................................................................................ 96 Ilustração 108 – Cidade Radio-Concêntrica - Ocupação natural do território. (Le Corbusier, 1995e, p. 94). ................................................................................................ 96 Ilustração 109 – Cidade Industrial. (Le Corbusier, 1995d, p. 73). ................................. 96 Ilustração 110 – Cidade-Coroa de Bruno Taut – este projeto foi uma referência para a criação da Cidade Contemporânea. (Lucarelli, 2013). .................................................. 98 Ilustração 111 – Vista aérea da Cidade Contemporânea. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger, 1999, p. 318). .............................................................................. 98 Ilustração 112 – Cidade de Nova York, – este projeto foi uma referência para a criação da Cidade Contemporânea, uma vez que, a escala também era a mesma. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger, 1999, p. 318). .......................................................... 98 Ilustração 113 – Cidade Contemporânea – planta geral. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger, 1999, p. 317). .............................................................................. 99 Ilustração 114 – Nesta imagem são visíveis as grandes vias de autoestrada, destinadas ao trafego de alta velocidade. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger, 1999, p. 318). ............................................................................................ 100 Ilustração 115 – Vista de uma rua da Cidade Contemporânea, que atravessa um loteamento à redents, esta configuração de cidade dá-nos a sensação de arquitetura, que nos distância das tradicionais ruas corredores, para além deste aspeto, todos os apartamentos têm uma vista privilegiada sobre os parques. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger, 1999, p. 319). ............................................................................ 100 Ilustração 116 – A praça da estação cercada por cafés com esplanadas nos terraços. ([adaptação a partir de:] Boesiger, Girsberger, 1999, p. 319). .................................... 101 Ilustração 117 – Cidade Contemporânea – a cidade para 3 milhões de habitantes. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 35). ................................................. 102 Ilustração 118 – Perspetiva axonométrica de um edifício-vila, com 120 cidades sobrepostas. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 41). ........................... 104 Ilustração 119 – Perspetiva axonométrica de um edifício-vila. (Le Corbusier, 1995a, p. 92). ................................................................................................................................ 104 Ilustração 120 – Plano geral de subdivisões de células fechadas ou edifícios moradias cujos lotes são de 400x600 (intersecção favorável com a rua). As fachadas estão de costas para a rua, os parques têm 300x120 metros (cerca de 4 hectares). (Le Corbusier, 1995a, p. 94). .............................................................................................. 104 Ilustração 121 – Planta do piso térreo dos edifícios-vilas. (Le Corbusier, 1995a, p. 40). ......................................................................................................................................105 Ilustração 122 – Corte vertical da rua, com o sistema de escadas e corredores que ligam a seção horizontal e os jardins suspensos. (Le Corbusier, 1995a, p. 93). ....... 105 Ilustração 123 – Corte longitudinal através das ruas e das escadas principais, mostrando os vários níveis de circulação referidos no texto. (Le Corbusier, 1995a, p. 93). ................................................................................................................................ 105 Ilustração 124 – Loteamento com bairros residenciais. Nesta imagem são visíveis ruas de circulação com uma largura de 50 m, formando quadriláteros de 400x600 m. (Le Corbusier, 1995a, p. 96). .............................................................................................. 106 Ilustração 125 – Imagem de uma fachada de um edifício-vila com os seus terraços ajardinados. (Le Corbusier, 1995a, p. 43). .................................................................. 107 Ilustração 126 – Terraço ajardinado suspenso. (Le Corbusier, 1995a, p. 42). ........... 107 Ilustração 127 – Planta tipo de um edifício-vila. (Le Corbusier, 1995a, p. 42). .......... 107 Ilustração 128 – Corte pela sala de estar. (Le Corbusier, 1995a, p. 40). ................... 107 Ilustração 129 – Corte pelos jardins nos terraços. (Le Corbusier, 1995a, p. 40). ...... 107 Ilustração 130 – Pavilhão do Espirito Novo. (Gans, 1988, p. 133). ............................ 109 Ilustração 131 – O jardim suspenso. (Le Corbusier, 1995a, p. 99). ............................ 109 Ilustração 132 – Uma sala do Pavilhão do Espirito Novo, com duplo pé direito. (Moos, 2009, p. 69). .................................................................................................................. 110 Ilustração 133 – Plano de Pessac. (Le Corbusier, 1995a, p. 78). ............................... 112 Ilustração 134 – Unidades de habitações desenvolvidas em 1925, para os trabalhadores. Nesta imagem estão expostas as diferentes formas de como é possível elaborar e conjugar estas unidades de habitações de dois andares. (Moos, 2009, p. 145). .............................................................................................................................. 113 Ilustração 135 – Habitações unidas por terraços com coberturas suportadas por arcos. (Gans, 1988, p. 98). ...................................................................................................... 115 Ilustração 136 – Habitações com fachadas recuadas alternadamente em relação ao alinhamento da rua. (Gans, 1988, p. 99). .................................................................... 115 Ilustração 137 – Habitações geminadas com terraço composto por duas habitações em forma de L às quais se atribuíram orientações opostas. (Gans, 1988, p. 99). ..... 115 Ilustração 138 – Habitações unifamiliares isoladas, em que o piso térreo foi ocupado por uma oficina. (Gans, 1988, p. 99). .......................................................................... 115 Ilustração 139 – Vista de uma rua com vários arranha-céus. (Le Corbusier, 1995a, p. 82). ................................................................................................................................ 116 Ilustração 140 – Vista de uma rua com vários arranha-céus. (Le Corbusier, 1995a, p. 84). ................................................................................................................................ 116 Ilustração 141 – Arranha-céu. (Le Corbusier, 1995a, p. 84). ...................................... 116 Ilustração 142 – Vista do terraço do arranha-céu. (Le Corbusier, 1995a, p. 84). ....... 116 Ilustração 143 – Arranha-céu. (Le Corbusier, 1995a, p. 83). ...................................... 116 Ilustração 144 – Plano Voisin, para Paris, exposto no Pavilhão do Espirito Novo, na Exposição Internacional. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 111). ...... 119 Ilustração 145 – Diorama do Plano Voisin, a esquerda é visível o Louvre. (Le Corbusier, 1995a, p. 115). ............................................................................................ 120 Ilustração 146 – Maquete do Plano Voisin, onde são visíveis os 18 arranha-céus. (Le Corbusier, 1995b, p. 93). .............................................................................................. 121 Ilustração 147 – Vista de olho de pássaro da maquete. (Le Corbusier, 1995b, p. 92). ...................................................................................................................................... 121 Ilustração 148 – Um fragmento de maquete com um arranha-céu e com o sistema viário na envolvente deste edifício. (Le Corbusier, 1995b, p. 92). .............................. 121 Ilustração 149 – Nesta imagem é visível a estação central, ladeada por quatro arranha- céus, para além disso também são visíveis os cafés, quiosques, entre outros estabelecimentos no meio da vegetação, o sistema viário principal e secundário e estacionamentos. (Le Corbusier, 1995a, p. 109). ....................................................... 121 Ilustração 150 – Nesta imagem são visíveis os grandes parques junto aos arranha- céus, os restaurantes, cafés e lojas e ao fundo temos a autoestrada a passar entre dois edifícios. (Le Corbusier, 1995a, p. 113). .............................................................. 122 Ilustração 151 – Nesta imagem são visíveis os grandes arranha-céus rodeados pelos parques e pelos grandes sistemas viários existentes no Plano Voisin. (Le Corbusier, 1995a, p. 114)............................................................................................................... 122 Ilustração 152 – Imagem do Bairro de Weissenhof, em Estugarda. (Gravagnuollo, 2010, p. 448). ................................................................................................................ 124 Ilustração 153 – Planta dos vários edifícios do Bairro de Weissenhof, com a identificação dos arquitetos que os realizaram. (Gravagnuollo, 2010, p. 449). .......... 124 Ilustração 154 – As duas habitações projetadas por Le Corbusier. (Le Corbusier, 1995a, p. 150)............................................................................................................... 126 Ilustração 155 – Fachada Sul e Fachada Este. (Le Corbusier, 1995a, p. 153). ......... 127 Ilustração 156 – Corte. (Le Corbusier, 1995a, p. 152). ............................................... 127 Ilustração 157 – Planta do Rés-do-chão. (Le Corbusier, 1995a, p. 152). ................... 127 Ilustração 158 – Planta do Primeiro Piso. (Le Corbusier, 1995a, p. 152). .................. 127 Ilustração 159 – Planta da cobertura. (Le Corbusier, 1995a, p. 152). ........................ 127 Ilustração 160 – Planta do Segundo Piso. (Le Corbusier, 1995a, p. 152). ................. 127 Ilustração 161 – Fachada Este. (Le Corbusier, 1995a, p. 155)................................... 128 Ilustração 162 – Planta do piso térreo. (Le Corbusier, 1995a, p. 154). ...................... 128 Ilustração 163 – Corte da Habitação. (Le Corbusier, 1995a, p. 154).......................... 128 Ilustração 164 – Planta do rés-do-chão. (Le Corbusier, 1995a, p. 155). .................... 128 Ilustração 165 – Planta da cobertura. (Le Corbusier, 1995a, p. 155). ........................ 128 Ilustração 166 – Wagonlit, Tobias Benjamin Köhler, 2003. (Railfaneurope.net, 2008). ...................................................................................................................................... 129 Ilustração 167 – Imagem de um terraço na cobertura. (Le Corbusier, 1995a, p. 151). ...................................................................................................................................... 130 Ilustração 168 – Planta da Cidade Radiosa. (Barbarin, Luque, 2004b, p. 566). ........ 132 Ilustração 169 – Plano de Lúcio Costa para o Brasil. (Benevolo,1999, p. 736). ....... 133 Ilustração 170 – Plano de Le Corbusier para Chandigarh. (Benevolo, 1999. p. 742). 133 Ilustração 171 – Edifícios elevados sobre pilotis, neste tipo de edifícios é possível ver a ampliação da rua e a consequente criação de espaços de caracter cultural, lúdico e desportivo. (Le Corbusier, 1995c, p. 35). ..................................................................... 134 Ilustração 172 – Habitações da Cidade Radiosa dentro do parque. (Le Corbusier, 1995c, p. 33). ................................................................................................................ 134 Ilustração 173 – Uma parte das residências da Cidade Radiosa. (Le Corbusier, 1995c, p. 30). ............................................................................................................................ 135 Ilustração 174 – Uma parte das residências da Cidade Radiosa. (Benevolo, 1999, p. 544). .............................................................................................................................. 135 Ilustração 175 – Nesta imagem é visível a distinção entre as diferentes velocidades e fluxos de circulação, podemos observar a autoestrada elevada 5 metros acima do solo, os percursos pedonais e a zona de circulação de meios de transportes. (Le Corbusier, 1995c, p. 34). .............................................................................................. 137 Ilustração 176 – Separação do peão em relação ao automóvel. (Le Corbusier, 1995c, p. 32). ............................................................................................................................ 137 Ilustração 177 – Imagem de um bairro com habitações tipo da Cidade Radiosa. (Le Corbusier, 1995c, p. 31). .............................................................................................. 140 Ilustração 178 – Corte de um edifício-tipo de Cidade Radiosa. (Le Corbusier, 1995c, p. 32). ................................................................................................................................ 141 Ilustração 179 – Plano Obus para Argel, 1932. (Moos, 2009, p. 103). ....................... 143 Ilustração 180 – Plano Obus. ([adaptação a partir de:] Moos, 2009, p. 264). ............ 143 Ilustração 181 – Plano Obus para Argel e os seus lugares artificiais. ([adaptação a partir de:] Moos, 2009, p. 198). .................................................................................... 144 Ilustração 182 – Topografia de Nemours. (Le Corbusier, 1995c, p. 27). .................... 146 Ilustração 183 – Projeto para Nemours. (Le Corbusier, 1995c, p. 26). ...................... 146 Ilustração 184 – Topografia de Zlín na Checoslováquia. (Le Corbusier, 1995c, p. 38). ...................................................................................................................................... 146 Ilustração 185 – Projeto para a cidade de Zlín na Checoslováquia. (Le Corbusier, 1995c, p. 39). ................................................................................................................ 146 Ilustração 186 – Perspectiva do bairro da marina de Argel, com o seu arranha-céu. (Le Corbusier, 1995d, p. 48). .............................................................................................. 147 Ilustração 187 – Análise da topografia do terreno. (Le Corbusier, 1995c, p. 27). ...... 148 Ilustração 188 – Vista do Plano Geral para a Urbanização da Cidade de Nemours (Norte de África). ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995c, p. 28). .................... 149 Ilustração 189 – Plano Geral para a Urbanização da Cidade de Nemours (Norte de África). (Le Corbusier, 1995c, p. 26). ........................................................................... 150 Ilustração 190 – Um grupo de unidades de habitação, distanciadas no meio do verde, formam um bairro ou uma cidade; desenho de Le Corbusier para a cidade de Nemours (1934) ‖. (Benevolo, 1993, p. 646). .............................................................................. 150 Ilustração 191 – Planta de Chandigarh. (Cristina, 2011). ........................................... 152 Ilustração 192 – Elevação Norte-Este. Corte do Capitólio. Palácio do Governador. (Le Corbusier, 1995e, p. 125). ............................................................................................ 153 Ilustração 193 – Elevação Norte-Este. Fachada lateral do Secretariado. Palácio da Assembleia, Palácio do Governador e o Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995e, p. 125). .............................................................................................................................. 153 Ilustração 194 – Elevação Norte-Este. Secretariado, Palácio da Assembleia, Palácio do Governador. (Le Corbusier, 1995e, p. 125). ........................................................... 153 Ilustração 195 – Elevação Sul-Este. Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995e, p. 125). ...................................................................................................................................... 153 Ilustração 196 – Elevação Sul-Este. Palácio da Justiça, Palácio da Assembleia e o Secretariado (fachada lateral). (Le Corbusier, 1995e, p. 125). ................................... 153 Ilustração 197 – Esquiço do Capitólio. (Le Corbusier, 1995e, p. 119). ....................... 154 Ilustração 198 – Planta do Capitólio. (Le Corbusier, 1995e, p. 123). ......................... 154 Ilustração 199 – Esquiço do Monumento da Mão Aberta. (Le Corbusier, 1995f, p. 92). ...................................................................................................................................... 155 Ilustração 200 – Corte Norte-Oeste, mostrando o Secretariado, o Palácio da Assembleia e o Palácio Governamental. (Le Corbusier, 1995f, p. 54). ...................... 155 Ilustração 201 – Corte Norte-Este, mostrando o Corte Sul do Secretariado, a Assembleia, o Palácio Governamental, o Monumento da Mão Aberta e o Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995f, p. 54). ........................................................................... 155 Ilustração 202 – Corte real mostrando os três edifícios do poder são eles: o Secretariado, o Palácio da Assembleia e o Palácio da Justiça (Tribunal). (Le Corbusier, 1995g, p. 72). ................................................................................................................ 156 Ilustração 203 – Planta dos bairros do Sector 22, criados por Le Corbusier para Chandigarh. (Le Corbusier, 1995e, p. 122). ................................................................ 157 Ilustração 204 – Vista de uma Rua do Bairro do sector 22 e as suas respetivas Habitações. (Le Corbusier, 1995h, p. 116). ................................................................. 157 Ilustração 205 – Vista de uma Rua do Bairro do sector 22 e as suas respetivas Habitações. (Le Corbusier, 1995h, p. 116). ................................................................. 157 Ilustração 206 – Vista de uma Rua do Bairro do sector 22. (Le Corbusier, 1995h, p. 116). .............................................................................................................................. 158 Ilustração 207 – Vista de uma Rua do Bairro do sector 22. (Le Corbusier, 1995h, p. 116). .............................................................................................................................. 158 Ilustração 208 – Uma habitação hindu. (Le Corbusier, 1995h, p. 114). ..................... 158 Ilustração 209 – Interior de uma habitação hindu. (Le Corbusier, 1995h, p. 113)...... 158 Ilustração 210 – Vista da Galeria do Centro Comercial. (Le Corbusier, 1995h, p. 117). ...................................................................................................................................... 159 Ilustração 211 – Esquiço do Palácio da Justiça. (Le Corbusier,1995g, p. 74). ......... 160 Ilustração 212 – Esquiço do Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995g, p. 74). ......... 160 Ilustração 213 – Esquiço do Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995g, p. 74). ......... 160 Ilustração 214 – Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995g, p. 75). ............................. 160 Ilustração 215 – Palácio da Justiça. (Le Corbusier, 1995g, p. 74). ............................. 160 Ilustração 216 – Fachada Principal do Palácio da Justiça, mostrando a rampa de acesso aos escritórios, por de trás da galeria. (Le Corbusier, 1995f, p. 59). ............. 161 Ilustração 217 – Rampas de acesso aos escritórios. (Le Corbusier, 1995f, p. 73). ... 161 Ilustração 218 – Rampas de acesso aos escritórios. (Le Corbusier, 1995f, p. 73). ... 161 Ilustração 219 – Rampas de acesso aos escritórios. (Le Corbusier, 1995f, p. 72). ... 161 Ilustração 220 – Axonometria do Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995f, p. 95). ...................................................................................................................................... 162 Ilustração 221 – Palácio da Assembleia – Fachada Principal. (Le Corbusier, 1995g, p. 82). ................................................................................................................................ 163 Ilustração 222 – Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995h, p. 56). ..................... 163 Ilustração 223 – Palácio da Assembleia (Parlamento). (Le Corbusier, 1995g, p. 83). 163 Ilustração 224 – Corte sul do Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995g, p. 90). 163 Ilustração 225 – Corte pela sala do Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995g, p. 90). ................................................................................................................................ 163 Ilustração 226 – Corte do Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995g, p. 90). ...... 164 Ilustração 227 – Planta do piso térreo do Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995g, p. 88). ............................................................................................................................ 164 Ilustração 228 – Planta do segundo piso do Palácio da Assembleia. (Le Corbusier, 1995g, p. 88). ................................................................................................................ 164 Ilustração 229 – Esquiço do monumento da Mão Aberta. (Le Corbusier, 1995h, p. 67). ...................................................................................................................................... 166 Ilustração 230 – Monumento da Mão Aberta e a sua envolvente. (Le Corbusier, 1995h, p. 67). ............................................................................................................................ 167 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS ASCORAL Assembleia de Construtores para uma Arquitetura Contemporânea CCIGNAM - Central Committee of National Groups of Modern Architecture CIAM - Congresso Internacional de Arquitetura Moderna CIRPAC - Comité Internacional para a Realização dos Problemas de Arquitetura Contemporânea HCIEAES - Comité Internacional para a Extensão da Arquitetura em Economia e Sociologia MARS Grupo de Pesquisa da Arquitetura Moderna MOMA Museu de Arte Moderna SUMÁRIO 1. Introdução ................................................................................................................... 29 2. CIAM / Carta de Atenas / Urbanismo de Le Corbusier / Arquitetura de Le Corbusier ................................................................................................................................... 31 2.1. CIAM e a Carta de Atenas .................................................................................. 31 3. Le Corbusier e a sua biografia e como isso influiu ao longo da sua obra ................ 61 3.1. A Arquitetura de Le Corbusier............................................................................. 65 3.1.1. Casa «Dom-ino» - 1914 ............................................................................... 67 3.1.2. Casa Monol - 1920 ....................................................................................... 70 3.1.3. Casa Citrohan ............................................................................................... 71 3.1.3.1. Casa Citrohan de 1920 – Primeiro Estudo ....................................... 71 3.1.3.2. Casa Citrohan de 1922 – Segundo Estudo ...................................... 73 3.1.4. Os Cinco Pontos para uma Nova Arquitetura - 1926 .................................. 75 3.1.5. Unidade de Habitação de Marselha - 1947 a 1952 ..................................... 80 3.2. O Urbanismo de Le Corbusier ............................................................................ 92 3.2.1. Cidade Contemporânea - 1922 .................................................................... 97 3.2.1.1. Edifício-Vila – 1922 ............................................................................. 103 3.2.1.2. Pavilhão do Espirito Novo - 1925........................................................ 108 3.2.2. Pessac – 1925 ............................................................................................ 112 3.2.3. Plano Voisin – 1925 ................................................................................... 118 3.2.4. Bairro de Weissenhof em Estugarda – 1927 ............................................. 123 3.2.5. Cidade Radiosa - 1929............................................................................... 131 3.2.5.1. Unidade de Habitação da Cidade Radiosa – (Unidade de Habitação da Cidade Radiosa) - 1930 ................................................................................... 140 3.2.6. Plano Obus - 1930 ..................................................................................... 142 3.2.7. Urbanização da Cidade de Nemours – Norte de África -1934 .................. 147 3.2.8. Chandigarh - 1950 ...................................................................................... 151 3.2.8.1. Palácio da Justiça - 1956 .................................................................... 160 3.2.8.2. Palácio da Assembleia - 1961 ............................................................ 162 3.8.2.3. Monumento da Mão Aberta – 1955-1986 ........................................... 165 4. Conclusão ................................................................................................................. 169 Referências ................................................................................................................... 177 Bibliografia .................................................................................................................... 183 Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 29 1. INTRODUÇÃO Uma característica distinta da cultura moderna será a relação intrínseca que estabelecem arquitetura e urbanismo, que se desenvolvem inicialmente a partir de um cenário que ainda remete para a experiencia da natureza, a qual, contudo, precisa de ser interpretada e recreada num contexto em que as novas cidades deveriam acolher milhões de habitantes. É uma paisagem construída que nos leva a evocar soluções que negavam a cidade em si mesma, que abandonavam a cidade propriamente dita e buscavam uma existência alternativa no campo, como aconteceu no pré-urbanismo de Owen. Esses modelos não evoluíram inicialmente numa perspetiva de escala territorial, como mais tarde em Howard ou na grande cidade de Garnier, onde já se encontram estruturadas as áreas funcionais que formaram o zonamento como uma marca distintado Urbanismo Moderno por oposição à Cidade Histórica defendida por Camilo Sitte, a qual é, por outro lado, incompleta para resolver dentro de si todos os problemas que a Revolução Industrial trouxe, nomeadamente, um repentino crescimento demográfico. Deste modo, podemos centrar de imediato a nossa atenção no urbanismo como elemento aglutinador das intenções éticas da intervenção na civilização onde a casa, o habitat, tem de ser individualizado. Esta temática pode transportar-nos de imediato para os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna, os CIAM, e a partir do processo crítico aí desenvolvido analisarmos, quer os casos de cidade, quer os casos de arquitetura. Naturalmente, o destaque de Le Corbusier será inevitável. Assim, a dissertação aborda os casos da Casa Dom-ino; Casa Monol; os dois casos da Casa Citrohan, o primeiro em 1920 e o segundo em 1922; os Cinco Pontos para uma Nova Arquitetura e finalmente a Unidade de Habitação de Marselha no que diz respeito a parte de arquitetura em sim. No que se refere a parte do urbanismo propriamente dito aborda a Cidade Contemporânea e os seus Edifícios-Vilas e o Pavilhão do Esprito Novo; a Cidade de Pessac, em França; o Plano Voisin para Paris; o Bairro de Weissenhof em Estugarda; a Cidade Radiosa e a sua unidade; o Plano Obus para Argel; a Urbanização para a Cidade de Nemours no Norte de África e finalmente a Cidade de Chandigarh na Índia. Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 30 Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 31 2. CIAM / CARTA DE ATENAS / URBANISMO DE LE CORBUSIER / ARQUITETURA DE LE CORBUSIER 2.1. CIAM E A CARTA DE ATENAS Os CIAM (Congrès Internationaux d'Architecture Moderne ou Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna) surgiram com uma ideia sólida a nível arquitetónico e urbanístico, lançaram a polémica sobre o urbanismo da cidade e o desenvolvimento ético numa escala global. A sua atividade passava por organizar grupos de trabalho que pesquisassem e debatessem as características da cidade e a sua arquitetura. Foram realizadas várias reuniões onde eram escolhidos os temas para os congressos seguintes, deste modo foi estabelecida uma linha evolutiva e abrangente da Cidade-Arquitetura, que tinha de ser defendida de todo o tipo de atitudes conservadoras ou neo-historicistas. Para os CIAM, a arquitetura estava dependente das condições sociais da época, da política e da economia, como tal sustentavam que deveria existir uma ligação e uma gestão entre a economia e a industrialização. Deste modo, realçavam a importância da criação de normas e processos de execução eficientes como método para a construção. No fundo, o objetivo dos CIAM era fazer com que a construção passasse do método artesanal a uma produção racional, distinguindo-se da anterior pela qualidade, forma, proporção e harmonia dos seus trabalhos e projetos, aumentando assim a produção e atingindo o maior número possível de pessoas. Durante o período de existência dos CIAM (1928-1956), foram realizados dez congressos em várias cidades. Estes congressos dividiram-se em três fases e todos eles foram desenvolvidos sob diferentes temas e segundo a visão dos arquitetos que os dirigiam. Um último congresso, o de Otterlo‘59, encerra definitivamente o ciclo destes dez congressos que o precederam. A primeira fase dos CIAM desenvolveu-se entre 1928 e 1933, sendo a sua fase mais importante; nela estão incluídos os três primeiros CIAM cujo tema debatido foi essencialmente a «Pesquisa para a Habitação Mínima» denunciando este tema a grande preocupação social dos seus arquitetos e urbanistas. Para além deste aspeto, esta fase também foi marcada pela preocupação em otimizar a organização dos volumes arquitetónicos, assim como pela escolha dos materiais e processos Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 32 construtivos mais eficientes levados já ao nível da apropriação do solo, no que se pode ler como a emergência de uma disciplina urbanística. A segunda fase desenvolveu-se entre 1933 e 1947 e foi dominada por Le Corbusier. Nesta fase os CIAM deixaram de se debruçar sobre a unidade de habitação e centraram-se na «Questão Urbanística». O encontro mais destacado desta análise foi o CIAM IV e a Carta de Atenas1 aí registada por Le Corbusier. A terceira e última fase dos CIAM esteve marcada por alguns conflitos, onde a imaginação prevaleceu sobre o marxismo da época anterior. Nesta fase os congressos passaram a ter a presença de arquitetos pertencentes à nova geração e com um caracter menos autoritário, onde o tema debatido foi a «Revisão do Idealismo Racionalista». Ambas as gerações dos CIAM tinham a noção de que o modelo anterior era insuficiente, contudo as suas propostas de urbanismo para a cidade eram distintas. No fundo, ao longo dos CIAM existiram dois problemas subjacentes, por um lado subsistiam problemas de ordem externa, ou seja, os CIAM não eram entendidos e o Movimento Moderno era externamente atacado o que também não ajudava nada. Por outro lado subsistiam problemas de ordem interna, ou seja, existiam diferentes tendências por parte dos vários arquitetos que os compunham, assim, como também existiam várias tendências dos grupos que de certa forma foram fazendo parte dos vários CIAM. Um consenso interno e uma estratégia unitária revelou-se assim, difícil, embora isto também resultasse de um sentido de debate democrático interno. O crescimento da nova arquitetura na década de 1920, com os arquitetos da Alemanha, Holanda e Bélgica especialmente ativa no seu desenvolvimento, foi um dos principais fatores que contribuíram para a criação dos CIAM. Igualmente importante foi a rejeição da entrada de Le Corbusier e do seu primo Pierre Jeanneret, na Liga das Nações em Genebra, na competição do ano anterior. O júri com nove membros H. P. Berlage dos Países Baixos, Victor Horta da Bélgica, Josef Hoffmann da Áustria, Karl Moser da Suíça, Ivor Tengbom da Suécia, Charles Lemaresquier da França, C. Gato da Espanha, Sir John J. Burnett da Grã-Bretanha e A. Muggia da Itália tinha sido incapaz de chegar a acordo sobre um único vencedor dos 377 projetos apresentados. 1 Será analisada e desenvolvida mais à frente no CIAM IV. 2 Será analisado e desenvolvido mais à frente no subcapítulo 3.2.4. 3 Mais recentemente, esta interpretação foi desafiada por historiadores que viam a história dos CIAM Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 33 Embora favorecidos por Moser, Berlage, Hoffmann, e Tengbom, a entrada de Le Corbusier e Jeanneret foi desclassificada por uma questão técnica pelo jurado francês Lemaresquier, que era uma figura poderosa na Escola de Belas Artes e inimigo da Arquitetura Moderna, para além destes fatores ainda contou com o apoio do governo francês. Le Corbusier e Giedion, o jovem historiador de arte de Zurique e crítico de arquitetura, começou de seguida uma campanha internacional para obter este veredicto. Um dos resultados foi a sua participação nos CIAM, uma vez que desde o início o viam como um valioso instrumento de propaganda para a sua causa (Mumford, 2002, p. 10). Existiram também outros fatores que levaram à formação dos CIAM, como um grupo de arquitetos envolvidos no projeto de habitações experimentais no Bairro de Weissenhof Siedlung2 da Werkbund, em Estugarda, planeado sob a direção de Ludwig e Mies Van der Rohe. Aí se encontraram em 1927, em Estugarda, para a exposição da Werkbund. Esses encontros parecem ter estado ligados, em parte, aos conflitos entre Hugo Häring, o secretário do círculo de Berlim, de arquitetos radicais e aos esforços de Mies e de Walter Gropius,diretor da Bauhaus e presidente da associação nacional dos arquitetos alemães, que utilizaram para "purificar" a nova arquitetura expressionista e outras tendências divergentes. Numa carta ao arquiteto holandês J.J.P. Oud; Giedion explicou-lhe, que este pensava que a agenda oculta de reuniões em Estugarda funcionava como resposta à diretiva de Mies e que o Movimento Moderno proveniente "deveria ser limpo". De acordo com Giedion, esta "limpeza‖ seria realizada por Gropius, Mies, Le Corbusier, Oud, Van Eesteren, Mart Stam e Hans Schmidt, que representou o "coletivo suíço". As ligações entre essas reuniões e o primeiro CIAM no ano seguinte não foram totalmente claras, muitos desses arquitetos também foram convidados a La Sarraz (Mumford, 2002, p. 10-11). Dito de forma abstrata, as várias forças que levaram à fundação dos CIAM podem ser vistas como, em primeiro lugar, pelo esforço de vincular e determinar novas estratégias formais e técnicas para um programa de transformação social através da arquitetura coletivista e do planeamento urbano e regional; segundo, pelo esforço em promover essas estratégias para os clientes oficiais, como a Liga das Nações e os municípios e em seguida a construção de habitação. Em terceiro lugar, embora que menos diretamente, pelos esforços em "purificar" esta nova arquitetura, esforços que de certa forma, permanecem misteriosos (Mumford, 2002, p. 12). 2 Será analisado e desenvolvido mais à frente no subcapítulo 3.2.4. Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 34 O CIAM I realizado em 1928, no Castelo de La Sarraz na Suíça, assinalou o início dos CIAM, através de um documento de compromisso onde foi definida a orientação dos futuros congressos; este documento foi assinado por vinte e quatro arquitetos que representaram a França, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Espanha, Áustria e Bélgica. Aqui a construção era destacada em detrimento da arquitetura (CIAM apud Frampton, 2003, p. 327). Este CIAM foi dirigido pelo arquiteto Karl Moser, e o tema proposto era o Estudo do Urbanismo, desde o zonamento à produção Industrial. Defendia-se o uso do solo de forma coletiva e ordenada, deste modo, as dificuldades da Arquitetura Modena deviam ser desenvolvidas segundo o urbanismo (Montaner, 2001, p. 28). O primeiro congresso dos CIAM foi o resultado de esforços de várias direções, que significativamente incluíram a campanha internacional a favor de Le Corbusier, do projeto da Liga das Nações e das reuniões que envolveram a Weissenhof, e os membros do círculo de Berlim e da Werkbund suíça em 1927. Além dessas causas imediatas também se deveram os esforços anteriores de El Lissitzky‘s e de outros com o intuito de promover uma associação internacional de arquitetos de vanguarda, é ainda de referir, que esses esforços levaram à formação de numerosas revistas de vanguarda por toda a Europa. Como observou Jacques Gubler, as técnicas desses grupos de vanguarda basearam-se essencialmente em técnicas literárias, tipográficas e iconográficas, mas no final de 1920 os eventos dignamente estruturados foram organizados, e o primeiro congresso dos CIAM foi um desses (Mumford, 2002, p. 12). Ilustração 1 – Planta do projeto para o concurso da Liga das Nações, em Genebra. (Canadian Centre for Architecture, 2014). No fundo, o objetivo era fazer com que os CIAM criassem uma vanguarda internacional de Arquitetura Moderna; ambicionavam ser uma elite, uma estrutura nova de associação para que os arquitetos avançassem contra o neoclassicismo dominante Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 35 nas academias de arquitetura. Os seus criadores esperavam colocar a nova arquitetura no seu verdadeiro ambiente econômico e social (Mumford, 2002, p. 9). Ilustração 2 – Nesta foto, estão presentes todos os membros do CIAM I, a mesma foi fotografada em frente à capela do castelo de La Sarraz, na Suíça, em 1928. (Khan, 2009, p. 35). Ilustração 3 – Diagrama desenhado por Le Corbusier para a reunião de 1928, em La Sarraz. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 24). Neste diagrama é visível o que seria desenvolvido no primeiro congresso dos CIAM. Na extremidade mais à direita encontra-se uma torre que simboliza o estado, esta é ―atacada‖ por flechas sob três direções. Uma das setas representa os diferentes órgãos da Liga das Nações, com os quais Le Corbusier propôs a colaboração dos CIAM; outra representava o HCIEAES, uma «Comissão Internacional superior para a extensão de arquitetura, economia e sociologia», que seria uma comissão de pessoas económica e politicamente influentes, e outra o CCIGNAM, o «Comité Central de Grupos Nacionais de Arquitetura Moderna», que em breve seria rebatizado de CIRPAC, «Comité Internacional pour la Réalisation des Problèmes d'Architecture Contemporaine», que pode ser traduzido como «Comité Internacional para a Realização dos Problemas de Arquitetura Contemporânea» (Mumford, 2002, p. 22-23). Depois de La Sarraz, Le Corbusier, Giedion e outros sócios deram ao evento uma qualidade de frequência mítica, funcionando como o ponto onde vários movimentos Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 36 vanguardistas se fundiram, o que chegou a ser conhecido como o Movimento Moderno3 (Mumford, 2002, p. 9). A direção inicial dos CIAM foi definida pela interação de Le Corbusier e de outros proponentes (principalmente de língua francesa), de uma arquitetura nova, principalmente com representantes de língua alemã e de uma aproximação esquerdista e tecnocrática, para a arquitetura e a organização social (Mumford, 2002, p. 9-10). Depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as condições sociais e políticas foram alteradas na Europa, levando a que os esforços anteriores à guerra se tornassem limitados para fazer uma arquitetura, socialmente responsável a qual adquiriu uma nova e decisiva escala. Pouco tempo depois do "congresso preparatório" de La-Sarraz, Giedion, o secretário recém-nomeado dos CIAM, escreveu ao arquiteto e urbanista holandês Cornelis Van Eesteren, onde expunha os objetivos dos CIAM: a) Formular um programa contemporâneo de arquitetura. b) Defender a ideia de Arquitetura Moderna. c) Apresentar essas ideias a nível de técnica, economia e círculos sociais. d) Visualizar a resolução de problemas arquitetónicos (Mumford, 2002, p. 10). Assim, os ideais dos CIAM foram traduzidos de forma concisa onde se defendia uma nova arquitetura com bases éticas e capaz de operar a partir de um desenvolvimento técnico-tecnológico e económico contemporâneo. O CIAM II, realizado em 1929, em Frankfurt foi dirigido pelo arquiteto Ernst May, teve como tema Die Wohnung für das Existenzminmum, cuja base era o «Estudo da Habitação Mínima». Em 1930, foi publicado, em Estugarda, o resumo do livro cujo título era o mesmo deste congresso, e também nessa época por toda a Europa foram expostos vários exemplos de habitação mínima. Ernst May, para além de chefiar o segundo congresso dos CIAM, também criou um grupo de trabalho com o nome de 3 Mais recentemente, esta interpretação foi desafiada por historiadores que viam a história dos CIAM como uma série de episódios desconectados, com participantes inconstantes cujas posições nem sempre estavam claramente definidas, e em quem as metas estavam frequentemente em conflito. Enquanto esta visão prover um contrapeso necessário às reivindicações exageradas de unidade pelos sócios de CIAM, a formação de CIAM parece ser um momento definível na formação de uma aproximação nova para arquitetura (Mumford, 2002, p. 9). Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes37 CIRPAC, cujo objetivo era trabalhar e preparar os assuntos a serem estudados e debatidos nos congressos seguintes (Frampton, 2003, p. 328 ; Montaner, 2001, p. 28). Nas imagens que se seguem é possível analisar vários estudos realizados, por diversos arquitetos sobre o tema habitação mínima. Ilustração 4 – Projeto de Le Corbusier para uma habitação mínima, em 1926. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 126). Ilustração 5 – Projeto de Le Corbusier para uma habitação mínima, em 1926. ([adaptação a partir de:] Le Corbusier, 1995a, p. 127). Ilustração 6 – Exposição sobre o estudo de habitações mínimas, em Frankfurt, em 1929. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 40). Ilustração 7 – Estudo de uma habitação mínima, em 1930. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 41). Ilustração 8 – Estudo de A. Klein sobre a habitação mínima apresentado no CIAM II. (Gravagnuollo, 2010, p. 450). Este tipo de pensamento analítico, centrou-se na atividade humana e no seu habitat, no modo como se poderia construir e otimizar o projeto, os seus recursos, a Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 38 capacidade de mobilizar e gerir todos os recursos tecnológicos e económicos em prol do individuo constituíram e constituem assim, o grande centro orientador do arquiteto e do urbanista. O CIAM III, realizado em 1930, em Bruxelas, foi dirigido pelo arquiteto Vitor Bourgeois, que já em 1922 se tinha concentrado na problemática da cidade no projeto da cidade moderna, Berchem-sur-Bruxelles, na Bélgica. Este CIAM teve como tema Rationelle Bebauungsweisen, cuja base assentou na «Divisão Racional do Solo». Existia uma tentativa em estabelecer, de modo funcional, a relação entre a altura dos edifícios e o espaço entre eles, de modo que se pudesse utilizar tanto a terra como o material, de forma conveniente. Basicamente eram estudados os ambientes dos edifícios médios e altos tentando-se assim, usar métodos construtivos racionais (Frampton, 2003, p. 328 ; Montaner, 2001, p. 28-29). Assim, o CIAM III move-se da arquitetura para o planeamento urbano como grande tema da cidade, a qual enquadra e dá sentido à própria arquitetura. Nas imagens a seguir apresentadas podemos observar, edifícios médios e altos, na sua envolvente existe um determinado espaço entre os edifícios, propícia quer para a circulação pedonal, quer para a circulação viária, para além destes aspetos é possível usufruir de determinados espaços verdes, que se convertem também em espaços de lazer. A par destas características, toda esta construção foi realizada em estruturas de aço, incluindo as estruturas dos pisos. Ilustração 9 – A Cidade Moderna de Vitor Bourgeois, na Bélgica, em Berchem-sur-Bruxelles, em 1922. (Mumford, 2002, p. 18). Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 39 Ilustração 10 – O primeiro edifício a ser construído pelo CIAM III e segundo os princípios de Gropius. Estes apartamentos foram desenvolvidos por Van Tijen, Brinkman, e Van der Vlugt. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 102). Ilustração 11 – Edifício de Walter Gropius, com onze andares e com sessenta apartamentos pequenos, refletindo a Divisão Racional do solo. Todas as suas lajes e a sua estrutura eram de aço. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 57). Ilustração 12 – Planta de 1931, sobre a Divisão Racional do Solo. (Mumford, 2002, p. 55). A primeira fase foi assim marcada por estes três congressos, pelas ideias dos arquitetos alemães da Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade), com tendências socialistas, que defendiam os critérios racionalistas da construção e a nova objetividade, estudavam o isolamento e a distância entre quarteirões. Para além destes aspetos prevaleciam as teorias dos práticos e razoáveis holandeses (Montaner, 2001, p. 28). A segunda fase dos CIAM desenvolveu-se entre 1933 e 1947 foi dominada por Le Corbusier. Os CIAM deixaram de se debruçar sobre a unidade de habitação, como aconteceu na fase anterior, e centraram-se na questão urbanística, o exemplo mais concreto desta análise foi o CIAM IV e a Carta de Atenas, a qual foi aplicada a diversas cidades para além da Europa devido à sua universalidade e ao fato de ser generalista. Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 40 O CIAM IV deveria ter sido realizado em Moscovo, mas Stalin não permitiu que o mesmo se fizesse nesta cidade, pelo que teve lugar a bordo do Navio Patris II, na rota entre Marselha – Atenas – Marselha, em 1933. A bordo do Patris II, surgiu, assim, a carta sobre o planeamento da cidade com o tema «A Cidade Funcional», também conhecida como «Carta de Atenas» (Montaner, 2001, p. 29). Foram realizadas diversas exposições sobre este tema, de entre elas destacou-se a exposição realizada em Amesterdão, em 1935, sobre a cidade de Baltimore cujo plano de análise funcional foi desenvolvido por William Muschenheim. Ilustração 13 – Le Corbusier explicando as suas ideias para o CIAM IV a bordo do Patris II, em 1933. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 80). Ilustração 14 – Foto de grupo a bordo do Patris II na rota de Atenas, para o CIAM IV. ([adaptação a partir de:] Gravagnuollo, 2010, p. 451). Ilustração 15 – Exposição sobre a Cidade Funcional realizada em 1935, em Amesterdão – plano de análise da Cidade Funcional de Baltimore preparado por William Muschenheim. (Mumford, 2002, p. 99). Ilustração 16 – Exposição do grupo de trabalho CIRPAC, em Milão, em 1933. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 75). Para além da exposição referida, muitas outras se realizaram, onde se pode destacar a exposição de Milão, de 1933, desenvolvida pelo grupo de trabalho CIRPAC, citado já anteriormente, no CIAM II. Este grupo foi criado pelo arquiteto Ernst May, cujo objetivo era trabalhar e preparar os assuntos a serem estudados e debatidos nos congressos seguintes. Também no congresso de 1933, Giuseppe Terragni, analisou a Cidade Funcional de Zaandam, na Holanda. Os CIAM e Le Corbusier: aspetos da arquitetura e do urbanismo modernos Raquel Antunes Luís Gomes 41 Já em 1935, a exposição sobre a Cidade Funcional, realizada em Amesterdão, foi capa de uma publicação do grupo CIAM Holandês. Ilustração 17 – Analise de Giuseppe Terragni sobre uma Cidade Funcional, no congresso montado pela empresa Bruynzeel em 1933. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 82). Ilustração 18 – Capa de uma publicação do grupo CIAM Holandês, em 1935, sobre a exposição da Cidade Funcional, realizada em Amesterdão. ([adaptação a partir de:] Mumford, 2002, p. 97). A Carta de Atenas introduziu os princípios do Urbanismo Moderno, tornando-se uma referência para os urbanistas durante muitos anos. Sob influência da corrente francesa e das ideias funcionalistas de Le Corbusier, este foi o documento mais abrangente a nível urbanístico, uma vez que analisa e compara trinta e quatro cidades europeias; daqui emergiram os artigos da Carta de Atenas, os quais eram utópicos, e só foram publicados dez anos mais tarde. Este documento foi o mais sumptuoso e imponente documento, criado pelos CIAM, mas, ao mesmo tempo, também era aniquilador. Nesta carta estavam presentes os problemas e as soluções das cidades, assim como também a delimitação das quatro funções fundamentais da cidade pelas quais o urbanismo se devia reger: habitação, lazer, trabalho, transporte e também os edifícios históricos. Deste modo, as propostas urbanísticas deixaram de se submeter às características dos locais, história, cultura e morfologia do território, uma vez que se admitiu que, teoricamente, as necessidades humanas eram universais, também as soluções urbanísticas seriam semelhantes em qualquer sítio. Procede-se
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