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MESA 5 Daniel Tristão Fernanda Elisa Lopes Xavier Luiz Fellipe Canal Maria Eduarda Avelar Natália Barbosa da Silva Thiago Lino Sotopietra 1: O FENÔMENO DO LUGAR (CHRISTIAN NORBERG-SCHULZ,1976); 2: UMA LEITURA DE HEIDEGGER (KENNETH FRAMPTON, 1974); 3: A GEOMETRIA DO SENTIMENTO: UM OLHAR SOBRE A FENOMENOLOGIA DA ARQUITETURA (JUHANI PALLASMAA, 1986). FENOMENOLOGIA Edmund Gusta Albrecht Husserl (1859-1938) Martin Heidegger (1889-1976) Matemático e filósofo Alemão Filósofo Alemão O FENÔMENO DO LUGAR - Christian Norberg-Schulz,1976 Christian Norberg-Schulz Nascimento 1926 Morte - 2000. Arquiteto e teórico da arquitetura Norueguês • BIOGRAFIA Uma noite de inverno Quando a neve cai na janela E os sinos noturnos repicam longamente, A mesa, posta para muitos, E a casa está bem preparada. Há quem, na peregrinação, Chegue ao portal da senda misteriosa, Florescência dourada da árvore da misericórdia, Da força fria que emana da terra. O peregrino entra, silenciosamente, Na soleira, a dor petrifica-se, Então, resplandecem, na luz incondicional, Pão e vinho sobre a mesa. O L U G A R Georg Trakl - Poeta Expressionista C É U E T E R R A TangívelNão - tangível H O M E M L U G A R P E R C E P Ç Ã O E S I M B O L I S M O E S P A Ç O C A R Á T E R (Espaço existencial) (Suporte existencial = habitar) (Terra) (Céu) orientação Identificação (Manifestação do habitar humano) C É U E T E R R A Espaço Identificação Caráter Orientação P E R C E P Ç Ã O E S I M B O L I S M O A ponte se estende lépida e forte sobre o rio. Ela não junta as margens que já existem, as margens é que surgem como margens somente porque a ponte cruza o rio. É a ponte propriamente dita que faz com que as margens fiquem uma defronte da outra. É pela ponte que um lado se opõe ao outro. Tampouco as margens correm ao longo do rio como faixas de fronteira indiferentes da terra firme. Com as margens, a ponte leva ao rio as duas extensões de paisagem que se encontram atrás delas. Põe o rio, as margens e a terra numa vizinhança recíproca. A ponte junta a terra, como paisagem, em torno do rio. G E N I U S L O C I Pathernon Genius loci é um conceito romano. Na Roma antiga, acreditava-se que todo ser “independente” possuía um genius, um espírito guardião. Esse espírito dá vida às pessoas e aos lugares, acompanha-os do nascimento à morte, e determina seu caráter ou essência. Até os deuses tinham seus geniust o que bem ilustra a natureza fundamental do conceito HAB I T A R Templo do Sol, em Cusco (Peru). Foto: SL-Photography / Shutterstock.com Heidegger afirma: “A poesia não voa acima e sobrepuja a terra a fim de escapar dela e de pairar sobre ela. A poesia é o que primeiro trás o homem para terra, fazendo -o pertencer a ela, e assim trazendo -o á morada." UMA LEITURA DE HEIDEGGER - Kenneth frampton,1974 Nesse ensaio Kenneth Frampton toca na filosofia de Martin Heidegger, ele propõe uma noção real de vivência de “lugar” como solução para grande parte dos problemas. Referências: Martin Heidegger “Construir, habitar, pensar”; Melvin Weber “Domínio Urbano do não lugar”; UMA LEITURA DE HEIDEGGER (KENNETH FRAMPTON,1974); -Frampton é um arquiteto critico, historiador e professor titular da Faculdade de Arquitetura Planificação e Preservação da Universidade de Columbia, onde exerce docência desde 1972. - Nascido em 1930 em Woking (Reino Unido), estudou arquitetura na Architectural Association de Londres entre 1950 e 1956 - Em 1966 migrou para os EUA, ingressando como professor primeiramente na Universidade de Princeton e posteriormente passando a fazer parte do corpo docente da Universidade de Columbia. • BIOGRAFIA - Frampton destaca que grande parte dos arquitetos eram incapazes de criar lugares. - Os planejadores buscavam formas para acelerar a criação do espaços reservados ao comercio em busca do lucro. - “Se parássemos com tudo isso, haveriam poucos lugares nos quais qualquer um de nós escolheria para estar” - As cidades ficaram monótonas e industrializadas, sem sabermos ao certo se chegamos ou saímos delas. (A surrealista “cidade continua” de Pentesileia uma das cidades invisíveis de Ítalo Calvino) - O atributo espacial de “Contenção” - Melvin Weber “domínio urbano do não lugar” A essência do construir é deixar habitar. A construção realiza sua essência ao edificar lugares por meio da reunião de seus espaços. Somente se formos capazes de habitar poderemos construir. Martin Heidegger “Construir, habitar, pensar” A GEOMETRIA DO SENTIMENTO - UM OLHAR SOBRE A FENOMENOLOGIA DA ARQUITETURA - Juhani Pallasmaa Juhani Uolevi Pallasmaa é um arquiteto finlandês, professor de arquitetura da Universidade Aalto. Foi diretor do Museu de Arquitetura da Finlândia, de 1978 a 1983. Escreveu diversos artigos sobre filosofia da cultura, psicologia ecológica e teoria da arquitetura e teoria da arte. Pallasmaa é membro da Academia Internacional de Arquitetura e bolsista pesquisador do Instituto Americano de Arquitetos. Seu livro Die Augen der Haut – Architektur und die Sinne (Os olhos da pele - Arquitetura e os sentidos) tornou-se um clássico mundial e livro-texto sobre a teoria da arquitetura. Suas exposições sobre a arquitetura finlandesa, planejamento e artes visuais foram mostradas em mais de 30 países. • BIOGRAFIA Os olhos da pele é a obra mais famosa de Juhani Pallasmaa. Numa censura a arquitetura contemporânea e ao senso comum sobre o que seria uma arquitetura bela, ele critica a primazia do olhar não só na avaliação estética da arquitetura, mas também a ligação que fazemos do olhar comum com um conhecimento quase positivo do mundo. Pallasmaa defende que o tato é o sentido primordial que serviu de base para os outros sentidos e que o corpo por completo é o centro de todas as nossas experiências com o mundo e no mundo. • OS OLHOS DA PELE - JUHANI PALLASMAA • TESE DA OBRA ANALISADA (ADEGA DOMINUS – CALIFÓRNIA, EUA fonte: Google imagens) - Fenomenologia da arquitetura é um movimento dentro da arquitetura que começou nos anos 1950, alcançando um amplo público no final dos anos 1970 e 1980, e continuando até hoje. - A arquitetura deve transcender sua condição física, transcender sua função como mero refúgio. - Mais plenamente que o resto das outras formas artísticas, a arquitetura capta a imediatez de nossas percepções sensoriais. Embora a potência emocional do cinema seja irrefutável, só a arquitetura pode despertar simultaneamente todos os sentidos, todas as complexidades da percepção. A passagem do tempo, da luz, da sombra e da transparência; os fenômenos cromáticos, a textura, o material e os detalhes. Tudo isso faz parte da experiência total da arquitetura. - A experiência cinemática de uma catedral de pedra pode conduzir o observador através e por cima dela, ou inclusive fazê-lo retroceder fotograficamente no tempo, mas só o edifício real permite que o olho passeie livremente por entre os detalhes engenhosos; só a arquitetura oferece as sensações táteis da textura da pedra e dos bancos polidos de madeira, a experiência da luz com o movimento, o cheiro e os sons que ecoam no espaço e as relações corporais de escala e proporção. Todas estas sensações se combinam numa experiência complexa que passa a estar articulada e a ser específica, embora sem palavras. O edifício fala dos fenômenos perceptivos através do silêncio. A fenomenologia arquitetônica, com sua ênfase na experiência humana, conhecimento, proposito e contexto histórico, interpretação e considerações poéticas e éticas, estava em nítido contraste com o anti-historicismo do modernismo do pós-guerra e o pastiche do pós-modernismo. Nunca foi um movimento propriamente dito porque não tinha uma estética imediata associada a ele, portanto, deve ser entendido mais como uma forma de pensar e fazer. • REVERBERAÇÃO Arquitetos como Daniel Libeskind, Steven Holl e Peter Zumthor são considerados por Pallasmaa como praticantes da "fenomenologia da arquitetura". DANIEL LIBESKINDSTEVEN HOLL PETER ZUMTHOR • REVERBERAÇÃO NA ARQUITETURA MUSEU JUDAICO DE BERLIM PLANTA BAIXA - MUSEU JUDAICO DE BERLIM FACHADAS - MUSEU JUDAICO DE BERLIM FACHADAS - MUSEU JUDAICO DE BERLIM FCORTES - MUSEU JUDAICO DE BERLIM
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