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Tecnologias Educ Aplicadas ao Trabalho Psicopedagógico

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Tecnologias Educacionais Aplicadas 
ao Trabalho Psicopedagógico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto 
Profa. Edna Genghini 
 
 
 
 
 
PROFESSOR-AUTOR 
 
Antônio Palmeira de Araújo Neto é mestre em Engenharia de Produção pela 
Universidade Paulista – Unip (2013). Especialista em Gestão da Tecnologia da 
Informação pelo Centro Universitário UNINASSAU em Pernambuco (2010). 
Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade de Pernambuco (2008). 
Profissional certificado em ITIL v3 Foundation e COBIT v4.1 Foundation. Professor de 
disciplinas de Tecnologia da Informação dos cursos de graduação (presencial e a 
distância) em Gestão de TI do Centro Universitário do Senac. Professor de disciplinas 
de Tecnologia da Informação e Redes de Computadores na Universidade Paulista – 
Unip. Professor de disciplinas técnicas de Telecomunicações do Instituto Técnico de 
Barueri. Tem experiência de mais de dez anos em Gestão e Governança de TI e na 
prestação de serviços de TI a empresas do segmento financeiro e concessionárias de 
serviços de telecomunicações. 
 
PROFESSORA COLABORADORA/COORDENADORA 
 
Edna Barberato Genghini é professora universitária desde 2002. Atualmente na 
função de coordenadora para todo o Brasil de três cursos em nível de pós-graduação 
lato sensu: em Psicopedagogia Institucional, Docência para o Ensino Superior e 
Formação em Educação a Distância pela Universidade Paulista – Unip-EaD, onde 
também atua como professora adjunta nas modalidades SEI e SEPI. É diretora e 
psicopedagoga da Mentor Orientação Psicopedagógica Ltda. Me. desde 1991. Possui 
graduação em Economia Doméstica – Faculdades Integradas Teresa D’Ávila de Santo 
André (1980), graduação em Pedagogia pela Universidade Guarulhos (1985), 
pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade São Judas (1987), mestrado 
em Ciências Humanas pela Universidade Guarulhos (2002) e pós-graduação lato 
sensu em Formação em Educação a Distância pela Unip (2011). É autora e coautora 
de livros-texto para cursos de pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia 
Institucional, Docência para o Ensino Superior e Formação em Educação a Distância 
da Unip-EaD. 
Áreas de interesse: neurociências – educação inclusiva – psicopedagogia 
clínica e institucional – formação e gestão em educação a distância – formação de 
docentes para o ensino superior. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................... 4 
UNIDADE I .............................................................................................................................................. 6 
1. INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO ......................... 6 
1.1 Histórico das tecnologias da informação e da comunicação ..................................................... 6 
1.2 Conceitos básicos de tecnologias da informação e da comunicação ........................................ 9 
1.2.1 Infraestrutura de TI ................................................................................................................... 11 
1.2.2 Hardware .................................................................................................................................. 12 
1.2.3 Computadores .......................................................................................................................... 16 
1.2.4 Software ................................................................................................................................... 17 
1.2.5 Banco de dados ....................................................................................................................... 20 
1.2.6 Redes de computadores .......................................................................................................... 23 
UNIDADE II ........................................................................................................................................... 26 
2. FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADAS NAS ORGANIZAÇÕES 26 
2.1 Aplicações utilizadas nas organizações ................................................................................... 26 
2.2 Inteligência artificial .................................................................................................................. 28 
2.3 Tecnologias de redes e a internet ............................................................................................ 30 
2.4 Sistemas de informação ........................................................................................................... 31 
2.5 Microsoft Excel ......................................................................................................................... 34 
2.5.1 Introdução................................................................................................................................. 34 
2.5.2 Iniciando o uso da planilha ....................................................................................................... 39 
UNIDADE III .......................................................................................................................................... 47 
3. AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E O PROCESSO DE ENSINO E 
APRENDIZAGEM .................................................................................................................................. 47 
3.1 Histórico da tecnologia na educação ....................................................................................... 47 
3.2 As novas tecnologias educacionais ......................................................................................... 49 
3.3 Tecnologias assistivas .............................................................................................................. 51 
3.4 Os professores e o uso das novas tecnologias ........................................................................ 53 
3.5 O computador e a alfabetização .............................................................................................. 55 
3.6 Processo de aprendizagem utilizando games.......................................................................... 55 
3.7 Educação a distância ............................................................................................................... 56 
3.7.1 Histórico da educação a distância ........................................................................................... 56 
3.7.2 Ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) ........................................................................... 59 
3.7.3 Fórum de discussão ................................................................................................................. 62 
3.7.4 Chat .......................................................................................................................................... 64 
3.7.5 Videoaulas e as videoconferências .......................................................................................... 65 
UNIDADE IV .......................................................................................................................................... 67 
4. TECNOLOGIAS APLICADAS AO TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO ..................................... 67 
4.1 A psicopedagogia e o psicopedagogo ..................................................................................... 67 
4.2 Tecnologias aplicadas .............................................................................................................. 68 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 77 
 
 
4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
As tecnologias da informação e da comunicação são ferramentas fascinantes, 
principalmente nos dias de hoje. Não há como não as contemplar em todas as áreas 
da vidadas pessoas na sociedade. 
Antes privilégio de poucos, essas tecnologias têm sido desmistificadas, 
apresentando-se cada vez mais como um ferramental extremamente comum e útil em 
diversas organizações, negócios e no nosso cotidiano, reinventando processos, 
contribuindo com a disseminação do conhecimento e contribuindo para que o mundo 
fique interconectado, em todos os sentidos. 
Fomentando a disseminação do conhecimento e universalizando a educação, 
a TI tem apoiado os processos de ensino e de aprendizagem, como base para a 
educação a distância, proporcionando grande oportunidade de disseminação de 
informações que favorecem a construção de processos pedagógicos inovadores. 
Quando mencionamos “tecnologias da informação e da comunicação”, o que 
queremos dizer? Quais são essas tecnologias? 
 
Muitos são os recursos que suportam toda a assim chamada infraestrutura 
TI, composta eminentemente por hardware, software, bancos de dados e 
redes computadores. Uma das grandes chaves do sucesso no uso da TI é 
descobrir como utilizar todas estas “peças” da infraestrutura de modo 
estratégico visando agregar valor ao dia a dia das pessoas. 
Conhecer e entender TI não é fácil, porque nesta área tudo se atualiza muito 
rápido. Logo as tecnologias ficam obsoletas. Por isso a importância da busca 
constante do conhecimento em TI (ARAÚJO NETO, 2015, p. 9). 
 
Quaisquer profissionais nos dias de hoje, principalmente da área de educação, 
precisam estar abertos para dominar as tecnologias, compreendê-las e assim 
utilizá-las, visando à melhoria dos seus processos diários. 
O objetivo deste componente curricular é conhecer o histórico das tecnologias 
da informação e da comunicação, reconhecendo a importância destas tecnologias no 
processo de ensino e aprendizagem. Também se pretende identificar ferramentas de 
TI que podem ser utilizadas nas organizações e no trabalho do psicopedagogo. 
Este material textual foi dividido em quatro unidades. A unidade I apresenta 
uma introdução geral sobre o histórico e a introdução às tecnologias da informação e 
da comunicação, buscando-se conhecer a infraestrutura de TI como um todo. 
A unidade II apresenta um conjunto de ferramentas de TI utilizadas nas 
organizações, dentre elas o computador, as aplicações, a inteligência artificial, os 
sistemas de informação e as planilhas eletrônicas. 
A unidade III aborda as tecnologias da informação e da comunicação e o 
processo de ensino e aprendizagem. Também nesta mesma unidade, destaca-se a 
importância da EaD no processo de ensino e aprendizagem. 
 
5 
A unidade IV é um pouco mais específica e apresenta as tecnologias aplicadas 
ao trabalho do psicopedagogo. 
Esperamos que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer 
mais sobre tecnologia da informação e como aplicá-la em seu dia a dia de 
psicopedagogo. 
Boa leitura! 
 
 
 
 
6 
 
UNIDADE I 
 
1. INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA 
COMUNICAÇÃO 
 
O primeiro grande desejo do homem era o de fazer cálculos com rapidez. Por 
volta de 2000 a. C. se encontra o marco inicial dos dispositivos calculadores, com o 
surgimento do ábaco. Esse primeiro dispositivo calculador utilizava varetas 
deslizantes com contas de madeira para fazer cálculos binários. 
 
O significado do nome computador é calculador. Por isso, convém referir-se a 
uma calculadora como um computador, compreendendo-se o significado de seu 
nome. 
 
1.1 Histórico das tecnologias da informação e da comunicação 
 
Após o surgimento do ábaco, é possível também considerar outros artefatos 
com praticamente a mesma finalidade de efetuar cálculos, mas sustentados por novas 
tecnologias. Isso bem antes do computador com características modernas que se 
conhece nos dias de hoje. 
Próximo ao século XIX, verifica-se já o surgimento de tecnologias de 
comunicação, tais como o telégrafo e o telefone, além do uso acelerado da energia 
elétrica e da própria lâmpada. Já no século XX, impulsionada pela Primeira e Segunda 
Guerras Mundiais, percebe-se grande evolução das tecnologias, principalmente das 
tecnologias de informação com características ainda rústicas. 
 
 
 
7 
 
 
É comum conceber a evolução da informática como a evolução do computador, 
embora as tecnologias da informação sejam mais amplas do que o computador. 
A informática ou, podemos assim dizer, a tecnologia da informação (TI), 
começou a ser utilizada pelas organizações, por volta da década de 1960, a partir dos 
famosos mainframes. Estes eram computadores de grande porte, com alto poder de 
processamento centralizado e extremamente caros, além de se apresentarem com 
poucas opções tecnológicas. 
Nesse período inicial, a área de TI das organizações objetivava apenas o 
fornecimento de recursos para suportar o controle operacional de forma centralizada. 
Era comum referir-se à área de TI como área de CPD, que significa Centro de 
Processamento de Dados. O CPD tinha como finalidade suportar esse processamento 
centralizado e manter os terminais de computadores operando de forma adequada. 
É comum observar também, nesse contexto, que o desenvolvimento de 
aplicativos e de soluções tecnológicas, baseado no uso de computadores, ainda era 
muito incipiente e com estruturas tímidas. Utilizavam-se rotinas praticamente 
“artesanais” para a criação de recursos tecnológicos e de programas capazes de 
atender às necessidades dos negócios. Vale salientar também que, nesse período, as 
ferramentas tinham uma valorização superior quando comparadas aos processos, de 
forma que os processos sempre tinham de se adaptar às ferramentas. 
É na década de 1970 que se começa a mencionar o uso dos primeiros Sistemas 
de Informação (SI), nos ambientes empresariais, gerando grandes benefícios para os 
negócios das organizações. A TI recebe grande importância e começa-se a perceber, 
naquele momento, que ela é um recurso organizacional importante, inclusive para a 
tomada de decisão. Eleva-se, assim, a TI, de um simples recurso de operação, a uma 
ferramenta fundamental para a tomada de decisão, além de sua contribuição para a 
inovação e a aprendizagem. 
A década de 1980, caracterizada por grandes mudanças e por quebra de 
paradigmas, é muito afetada pela ideia de globalização e de internacionalização. Esse 
período favorece uma profissionalização da área de TI, trazendo novidades nunca 
antes vistas, tais como as terceirizações, a integração de sistemas, os sistemas 
interorganizacionais, os sistemas distribuídos e o uso acelerado das 
telecomunicações. Também, nesse recorte histórico, encontra-se uma execução de 
negócios dependente cada vez mais da aplicação da TI. 
 
Em 1990, a TI é convocada a estar presente no centro da discussão 
estratégica das empresas, favorecendo transformações no negócio e 
agregando cada vez mais valor às iniciativas organizacionais (ARAÚJO 
NETO, 2018, p. 7). 
No início deste milênio (ano 2000), contempla-se uma mudança do modelo 
cliente-servidor (caracterizado pelo uso de intranets) para os modelos 
baseados na web, em que os sistemas são operados por meio da internet. 
 
8 
Tudo isto torna-se cada vez mais possível a partir da ubiquidade da internet 
e pela democratização no uso da banda larga, principalmente nos países 
desenvolvidos 
Também se verifica que os sistemas de software proprietários vão dando 
cada vez mais espaço para uma proposta de sistemas de software abertos, 
com o uso do software livre, com destaque para o sistema operacional aberto 
Linux atuando como o sistema dos servidores das redes no ambiente web. 
 
Todas essas megamudanças ocorrem revolucionando a forma como a 
sociedade, de forma geral, enxerga o mundo e realiza suas tarefas. Um bom exemplo 
são as novas formas de comércio eletrônico, que possibilitam aos usuários adquirirem 
produtos por meio de poucos cliques. 
 
 
 
Para conhecer um pouco mais sobre a evolução da informática, consulte o 
segundo capítulo do livro Informática – Conceitos e aplicações, de Marcelo Marçula e 
PioArmando Benini Filho. 
Vivencia-se um período de transformação e quebra de paradigmas, 
compartilhando-se uma grande vitória da humanidade: a informação 
anywhere/anytime (em todo lugar/em todo tempo). A partir da informação e das 
tecnologias que com ela trabalham, nascem as ideias inovadoras e seu uso inteligente 
pelas pessoas. 
 
Assim, as tecnologias da informação têm se tornado cada vez mais uma 
realidade inerente à vida de todos, pessoas e empresas, e uma ferramenta 
fundamental para as organizações, gerando aumento da produtividade e 
qualidade dos produtos e serviços. 
A tecnologia tem auxiliado na habilidade de manipular um grande volume de 
transações por um custo unitário médio decrescente, de apoiar operações 
geograficamente dispersas por intermédio do processamento distribuído e de 
oferecer novos produtos e canais de distribuição (ARAÚJO NETO, 2015, 
p. 16). 
 
Saindo um pouco do contexto organizacional e adentrando a realidade mais 
concreta das pessoas, observa-se TI em tudo que se faz e se opera. Por exemplo, 
deseja-se ir ao cinema, então verifica-se a sessão por meio de smartphones, compra-
se, inclusive, as entradas. Consulta-se a previsão do tempo, as principais notícias, os 
extratos bancários e diversas outras informações, com poucos cliques ou toques na 
tela do smartphone. 
 
 
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1.2 Conceitos básicos de tecnologias da informação e da comunicação 
 
Na verdade, o que é tecnologia? É o mesmo que tecnologia da informação? 
Tecnologia da informação e tecnologias da informação são a mesma coisa? O que 
dizer sobre tecnologias da informação e da comunicação? 
Em primeiro lugar, convém dizer (para surpresa de muitos) que nem toda 
tecnologia é tecnologia da informação. 
 
[…] a tecnologia é concebida como um conjunto de procedimentos, 
inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio dos 
quais as capacidades humanas de uma sociedade podem ser ampliadas 
(ARAÚJO NETO, 2015, p. 16). 
 
Para sustentar a ideia de que uma tecnologia não necessariamente é TI, é 
possível citar, por exemplo, uma simples caneta esferográfica. Ela nada tem de TI e 
mesmo assim é uma tecnologia. 
 
O que é mesmo TI? 
 
A Tecnologia da Informação (TI) é o conjunto formado por hardware, 
softwares, bancos de dados, redes de computadores que associados a 
procedimentos, inovações e métodos que auxiliam no processo de 
transformação de dados em informação e de informação em conhecimento 
de modo a gerar valor para as pessoas e organizações que dela se utilizam. 
A TI contribui para a tomada de decisão gerando mais rapidez e flexibilidade 
nos processos de negócios, reinventando o fluxo de informação e o modo 
como o ambiente organizacional se desenvolve (ARAÚJO NETO, 2015, 
p. 17) 
 
Alguns autores, sobretudo aqueles dedicados à área de educação no Brasil, 
mencionam a Tecnologia da Informação (TI) como Tecnologia da Informação e da 
Comunicação (TIC). Convém dizer que os dois termos representam a mesma coisa, 
podendo dispensar-se o termo “comunicação”, devido ao fato de este ser um dos 
recursos de TI. 
Outros autores mencionam muito a expressão “tecnologias da informação” que, 
na verdade, representa o conjunto de ferramentas ou ferramental. Ou seja, eles 
também retomam o mesmo conceito. 
Para bem entender as tecnologias da informação e da comunicação, é 
necessário conhecer os conceitos de dado, informação e conhecimento. 
Laudon e Laudon (2011) defendem que os dados se apresentam como 
correntes de fatos brutos e que representam eventos existentes nas organizações ou 
nos ambientes físicos, antes de terem sido organizados ou arranjados, para poderem 
ser usados. 
 
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Entre exemplos de dados, é possível citar uma sequência de letras (a, b, c, d, 
e, f, g, h, i, j) ou uma sequência de números (1, 2, 3, 4, 5, 6). Tanto a sequência de 
números quanto a sequência de letras por si sós nada representam e nada revelam, 
ou seja, não agregam um valor. Trata-se de algo bruto e não estruturado, não 
conduzindo à compreensão de algo. 
 
Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que 
podem representar algo estruturado. Para melhor exemplificar, considerando-
se que os números 1,0; 2,0; 3,0; 5,0 foram colhidos de um diário de classe de 
um professor sobre um determinado aluno, tem-se a informação das notas 
de suas provas (ARAÚJO NETO, 2015, p. 14). 
 
A figura a seguir esboça o processo de transformação dos dados em 
informação. 
 
 
Fonte: adaptado de Stair e Reynolds (2011, p. 6). 
 
Conhecimento é a compreensão sobre o valor das informações e a consciência 
da maneira de sua utilização no apoio a tarefas específicas ou para tomada de uma 
decisão. 
Como é sabido, os dados são fatos brutos que podem ser processados, 
organizados em conjunto, com valor, a fim de se obter a informação. Por meio das 
informações alcança-se o conhecimento. A figura a seguir ilustra o conceito 
hierárquico de dados, informação e conhecimento. 
 
 
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Fonte: adaptado de Costa et al. (2012, p. 2). 
 
Recorrendo-se aos exemplos anteriores (que mencionam os conceitos de dado 
e de informação), pode-se afirmar que, se o aluno tem as informações de notas iguais 
a 1,0; 2,0; 3,0; 5,0, o conhecimento o impulsiona a estudar mais, porque as notas 
estão muito baixas. 
 
 Infraestrutura de TI 
 
A infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, 
software, bancos de dados e redes/telecomunicações) de sistemas de informação que 
formam a base dos sistemas computadorizados. 
O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as 
atividades de entrada, saída e processamento de dados. Nesse item estão inclusos 
os computadores pessoais, notebooks, mainframes, dispositivos móveis e suas 
constituições. 
Os softwares abrangem os programas de computador que gerenciam as 
atividades computacionais (software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas 
atividades básicas nos processos de negócios (software aplicativo). 
Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, contendo 
informações dos negócios, na forma de arquivos relacionados. Eles são um 
componente fundamental e valioso para o funcionamento dos sistemas 
computadorizados. 
As redes de computador e as telecomunicações consistem no componente que 
proporciona a comunicação de dados, voz e imagem dentro do negócio, por meio de 
uma transmissão eletrônica de sinais. 
 
 
 
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 Hardware 
 
Stair e Reynolds (2011) afirmam que o hardware é qualquer maquinário 
(utilizando circuitos digitais) que contribui com a execução de atividades de entrada, 
saída, processamento e armazenamento de um sistema de informação. 
O hardware é um dos componentes mais importantes da infraestrutura de TI e 
é por meio dele que o usuário entra em contato com o mundo da TI. O melhor exemplo 
é o próprio computador, que antes estava nas mesas e agora está nas mãos dos 
usuários. 
Desde o lançamento do primeiro computador, o hardware só se aprimorou. 
Impulsionado pela engenharia eletrônica e pelas tecnologias de construção de 
circuitos integrados, é considerado um grande criador de vantagem competitiva, 
fazendo com que as empresas queiram cada vez mais investir. 
Conforme mencionado anteriormente, o termo computador remete a um 
dispositivo com capacidade de executar cálculos, ou seja, um calculador. É 
justamente isso que faz um computador: apenas cálculos, utilizando operações 
lógicas e matemáticas. 
Alguns autores se referem ao computador como um sistema computacional, 
devido a ele ser formado por partes, com um objetivo definido, que é efetuar o máximo 
de tarefas em substituição à pessoa humana. Por isso são sempre feitas analogias 
entre os computadores e as pessoas. 
Claro que há uma série de diferenças entre as pessoas e os computadores ao 
executarem tarefas, mas a principal é a forma como tarefas e operações são 
executadas e “enxergadas”. Em primeiro lugar, um computador executa todas as suas 
atividades a partir deinformações que foram anteriormente prestadas. Em segundo, 
o computador só entende bits e bytes. 
Um bit é a representação de um dígito numérico no sistema de numeração 
binário. Um byte é um conjunto de oito bits. A partir dos bits e bytes são formados as 
instruções primitivas e os códigos que fazem o computador funcionar. 
As instruções primitivas são também chamadas de linguagem de máquina; 
remetem ao nível mais baixo e concreto de uma estrutura de computador que não é 
“compreensível” pelo usuário. O usuário “enxerga” a linguagem de alto nível do 
computador, que está separada e distante da linguagem de baixo nível ou linguagem 
de máquina. 
A ideia mais atual de estrutura básica de um sistema computacional está 
apresentada na figura a seguir. 
 
 
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Fonte: adaptado de Stallings (2010, p. 51). 
 
O sistema computacional básico é formado por unidade central de 
processamentos, memórias, dispositivos de entrada e saída e barramento. Grande 
parte desses componentes está instalada na placa-mãe em um computador comum. 
O primeiro item do sistema computacional a ser mencionado é o processador 
ou unidade central de processamento (UCP), conhecida também como CPU, sua sigla 
em inglês. É o processador o coração de todo o sistema, que tem a função de executar 
as instruções dos programas de computador. 
A função básica da CPU de executar programas se faz pela busca de uma 
instrução na memória, pela interpretação da instrução, pela busca de dados e pelo 
processamento de dados e escrita de dados. 
De forma geral, a CPU é composta de três componentes: unidade lógica e 
aritmética (ULA), unidade de controle, registradores. A unidade de controle é 
responsável por buscar informações na memória principal. A unidade lógica e 
aritmética é responsável por realizar os cálculos e a comparação entre os valores. Os 
registradores compõem uma memória de alta velocidade (interna à CPU), utilizada 
para armazenar resultados temporários e para controle do fluxo de informações. 
 
 
De forma errada, algumas pessoas se referem ao gabinete do computador 
(artefato metálico onde se situam todas as placas e componentes de hardware) como 
CPU. A CPU, no entanto, é um circuito integrado (chip). 
O segundo componente do sistema computacional é a memória. Considerado 
como um item da estrutura interna do computador, ela armazena programas e dados, 
apresentando-se sob diversos tipos, quanto à hierarquia, à proximidade do CPU e a 
características próprias. 
 
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Dentre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o 
bom funcionamento do computador, no que tange à sua dependência das memórias: 
tempo de acesso e capacidade de armazenamento. 
O tempo de acesso, também conhecido como latência, é o tempo gasto para 
realizar uma operação de leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais do que 
copiar algo da memória; já a operação de escrita é copiar algo na memória. A 
capacidade é outra característica importante; ela expressa a quantidade bytes que 
podem ser armazenados na memória. 
Os principais tipos de memória são: 
 Armazenamento temporário: memória RAM (random access memory), que 
significa memória de acesso aleatório. Quando o computador é desligado, tudo que 
estava na memória é apagado. 
 Apenas de leitura: memórias ROM (read only memory), que significa 
memória apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do que estava 
na memória é perdido. 
O terceiro elemento do sistema computacional é o barramento. Ele representa 
os caminhos elétricos que proveem a ligação de dois ou mais dispositivos. Na história 
da computação, existiram diversos tipos de barramentos. Alguns já estão em desuso, 
enquanto outros continuam sendo utilizados por diversas placas. 
Os barramentos são compostos por três partes distintas: barramento de dados, 
barramento de endereços, barramento de controle. No barramento de dados trafegam 
os dados do sistema computacional. No barramento de endereço trafegam as 
informações das posições de memória em que estão situados os dados. Pelo 
barramento de controle trafegam informações de controle do sistema. 
 
O quarto componente do sistema computacional é o conjunto de dispositivos 
de entrada e saída, que são responsáveis por fazer a interface do computador 
com o mundo exterior, ou seja, com o usuário. 
Os dispositivos de entrada e saída são conhecidos como periféricos e são 
conectados ao restante do sistema computacional por meio de barramentos 
e portas de comunicação (ARAÚJO NETO, 2015). 
 
Dentre os principais dispositivos de entrada e de saída, é possível citar: 
 Teclado: considerado um dos mais antigos; é composto por teclas que 
representam um sinal único quando pressionados. 
 Mouse: permite realizar atividades não relacionadas à digitação; funciona 
como um apontador para selecionar opções, efetuar desenhos etc. 
 Scanner: permite realizar a digitalização de documentos; hoje, muito 
integrado a impressoras, que recebem o nome de multifuncional. 
 Leitor de código de barras: dispositivo que efetua leitura de código de barras 
a partir da utilização de feixes de laser. 
 Câmera: utilizada para capturar imagens estáticas ou em movimento. 
 Microfone: utilizado para captação de ondas sonoras. 
 
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 Monitores de vídeo: utilizados para apresentar o resultado de um 
processamento por meio de uma imagem; em suas versões touch screen, servem 
como dispositivo de entrada. 
 Impressora: dispositivo que apresenta resultado de processamento em 
documentos impressos. 
 Dispositivos de armazenamento externo: responsáveis por armazenar, 
externamente, dados a memórias principais e secundárias do computador. Um bom 
exemplo são os gravadores de fita magnética, de DVD/CD e os dispositivos de 
memória USB. 
Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e seu 
controlador. A função principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e 
saída, garantindo o acesso ao barramento. 
 
 
 
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 Computadores 
 
Existem hoje no mercado diversos tipos de computadores. Os autores dão 
diversas classificações, mas, de forma geral, denominam-se: computadores pessoais; 
computadores portáteis; supercomputadores; mainframes; servidores; smartphones. 
Os computadores pessoais, também conhecidos como desktops, são os 
famosos computadores de mesa ou PCs. O primeiro deles foi projetado por John 
Blankenbaker, em 1971, e seu nome era Kenbak-1. Ele não tinha processador, sendo 
formado por chips numa placa de circuito. Foram comercializados apenas quarenta 
equipamentos. 
O Micral 1973 foi o primeiro computador pessoal com um processador (utilizou 
o processador Intel 8080). Desenvolvido por Thi Truong, foi comercializado por U$ 
1.750,00, mas nunca penetrou no mercado americano. 
O Altair 8800 foi lançado em 1975, com uma capacidade bem superior ao 
anterior. Foi projetado por Ed Roberts, que cunhou pela primeira vez o termo 
computador pessoal. Ele custava U$ 297,00 e teve alta penetração no mercado 
americano. 
Por volta de 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple e projetaram 
o Apple I e, logo após, em 1977, o Apple II, um computador pessoal um pouco mais 
parecido com a ideia de desktop que se tem hoje. O Apple III foi o PC projetado para 
concorrer com a IBM em 1981, que já comercializava os seus PCs. Em 1984, a Apple 
lança o Macintosh, o primeiro computador com interface gráfica. 
É bem verdade que atualmente os usuários de desktops têm diminuído. O 
espaço para os notebooks e smartphone tem aumentado. No entanto, ainda existe 
uma parcela considerável de mercado que enxerga a relação custo-benefício 
favorável. Um bom exemplo seriam os usuários de jogos digitais. 
Outro tipo de computador é o portátil, assim chamado por satisfazer os 
interesses de mobilidade dos usuários. Os notebooks, os netbooks e os tablets são 
eles. Surgiram pela primeira vez em 1981, pelas mãos de Adam Osborne. O primeiro 
computador portátil recebeu o nome de Osborne 1, noentanto ele não se parece muito 
com os modelos mais modernos e parrudos. 
Os supercomputadores são muito potentes, com altíssimo desempenho, mas 
diferentemente dos mainframes, são utilizados em aplicações específicas, que exigem 
capacidades computacionais extensas e rápidas. Entre as aplicações do mainframe, 
encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres naturais, pesquisas nas 
áreas de saúde, entre outros. 
Seymour Cray (cofundador da Empresa Control Data) projetou, em 1960, o 
primeiro supercomputador e, logo depois, em 1972, ele fundou a empresa Cray 
Research Inc., responsável pela fabricação de diversos supercomputadores. 
 
 
17 
 
 
Acesse o site www.top500.org e conheça a lista dos mais potentes 
supercomputadores do mundo. O maior supercomputador do Brasil está em Salvador 
e ocupa a posição 95 do ranking. 
Os mainframes, ainda não completamente obsoletos, são computadores 
potentes de alto desempenho e capacidade, desenvolvidos, nos anos 1960 pela IBM, 
para muitas corporações. Hoje, no entanto, está restrito a um número menor de 
modelos de negócios, tais como: bancos, varejistas, seguradoras, companhias 
aéreas, empresas de cartões de crédito, governos, entre outros. Normalmente são 
mantidos em centros de dados com acesso restrito e processam grande quantidade 
de transações. 
É comum certa confusão entre os conceitos e as aplicabilidades dos 
supercomputadores e dos mainframes. A chave para o entendimento das diferenças 
entre um e outro reside, em primeiro lugar, na compreensão de que os mainframes 
processam dados de várias aplicações de usuários ao mesmo tempo. 
Aos poucos os mainframes têm perdido espaço para os servidores, que 
cumprem um papel relativamente parecido, mas em um contexto diferente. Os 
Servidores são computadores responsáveis pelo gerenciamento de uma rede de 
computadores e o fornecimento de serviços. 
Outro tipo de computador extremamente utilizado nos dias de hoje é o 
smartphone, que tem alcançado grande popularidade, principalmente a partir da 
universalização do acesso à internet e à quantidade de aplicações disponíveis nas 
mais diversas plataformas que podem ser acessadas por ele. 
 
 Software 
 
O software é o componente da infraestrutura de TI que, de fato, faz o hardware 
funcionar. Ambos são programas que comandam a operação do computador e 
disponibilizam, para o usuário, aplicações para serem utilizadas em suas tarefas 
diárias. Esses programas são um conjunto de instruções que dizem o quê, quando e 
como devem ser realizadas as operações pelo sistema computacional. 
De forma geral, os softwares são classificados em software de sistemas e 
software de aplicação. O quadro a seguir mostra uma relação entre o software de 
aplicação e o software de sistemas. 
 
http://www.top500.org/
 
18 
 
Fonte: adaptado de Stair e Reynolds (2011, p. 123). 
 
Os softwares de sistemas comandam o hardware, gerenciando e coordenando 
suas funcionalidades, fazendo a interface entre as aplicações (software de aplicação) 
e todo o aparato de hardware. O melhor exemplo de software de sistemas são os 
sistemas operacionais. 
Sistema operacional é um conjunto de programas que controla o hardware do 
computador, dos recursos de entrada e saída, de armazenagem dos programas e de 
dados, agindo como interface com os softwares aplicativos, conforme ilustrado na 
figura a seguir. 
 
Fonte: adaptado de Laudon e Laudon (2011, p. 117). 
 
 
19 
Normalmente o sistema operacional está armazenado em um disco, onde, logo 
após iniciar-se o sistema computacional, partes do sistema operacional são 
carregadas na memória do computador. 
A efetividade do computador está diretamente ligada à atuação do sistema 
operacional. Devido a isso, é de suma importância a escolha do sistema operacional 
alinhado ao sistema computacional para que as necessidades, tanto de hardware 
quanto de software, estejam aderentes. 
Os sistemas operacionais mais conhecidos e mais utilizados no mercado são 
os da Microsoft (Windows) para desktop e notebooks. Para smartphones e tablets, os 
mais utilizados são os da Apple (IOS) e da Google (Android). 
Os softwares também podem ser considerados como softwares de aplicação. 
Eles auxiliam na execução das tarefas de negócios, ou seja, são voltados a 
expectativas específicas dos usuários, atendendo a finalidades gerais e específicas. 
Dentre os exemplos de software de aplicação estão os processadores de texto, as 
planilhas eletrônicas, os softwares de e-mail, os geradores de apresentação etc. 
Segundo Stair e Reynolds (2011), os softwares de aplicação interagem com os 
softwares de sistemas para utilizar os recursos de hardware necessários a sua 
operação e assim exercerem suas funcionalidades. 
Os softwares de aplicação podem ser divididos em: software vertical e software 
horizontal. Os verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo de negócio. 
Os horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio, por automatizarem 
processos comuns a todas as indústrias. 
Os softwares de aplicação também podem se dividir em proprietários e de 
prateleira. 
O software proprietário é desenvolvido para atender a uma necessidade 
específica da organização. Pode ser desenvolvido internamente (pelos profissionais 
de TI) ou por empresas terceirizadas, com expertise suficiente. Quando esse 
desenvolvimento ocorre internamente, na organização, há maior controle sobre os 
processos de desenvolvimento e, consequentemente, sobre os resultados. 
As principais vantagens do software proprietário são fazer exatamente o que 
se quer e a facilidade na modificação de características, conforme as necessidades. 
As principais desvantagens do software proprietário são consumo de tempo (que é 
alto) e um risco potencial de desempenho limitado. 
Os softwares de prateleira são adquiridos diretamente da prateleira da loja, por 
meio de empresas especializadas que desenvolvem soluções-padrão e 
pré-formatadas, com as melhores práticas e costumes das organizações, para apoio 
aos processos de negócios. 
As principais vantagens do software de prateleira são o custo inicial de 
desenvolvimento mais baixo e a alta qualidade. Suas principais desvantagens são 
pagamento por características não requisitadas e não ter características importantes, 
exigindo futuras modificações ou personalizações. 
Os softwares também podem ser classificados em: 
 Freeware – distribuído gratuitamente, mas sem revelar o código-fonte; 
 Free software – pode ser ou não distribuído gratuitamente e são permitidas 
modificações e redistribuição; 
 
20 
 Open source – distribuído sob licença, com código-fonte de domínio público 
ou com copyright. Neste, o código-fonte pode ser modificado; 
 Shareware – distribuído gratuitamente, com uso gratuito limitado e, após 
período de teste, exige-se pagamento pela utilização; 
 Adware – distribuído gratuitamente sob concordância do usuário em 
visualizar propagandas; 
 Domínio público – distribuído sem copyright. 
 
 Banco de dados 
 
Muitas organizações e as pessoas, de forma geral, já começam a perceber que 
um de seus grandes tesouros são os seus dados. Eles representam a 
matéria-prima para a geração da informação completa e precisa, para tudo o que 
envolve nossos processos diários, apresentando-se de diversas formas, obedecendo 
a uma hierarquia que se inicia na menor porção de dados, manipulável por um sistema 
computacional: o bit. 
 
 
O bit é um sinal digital 0 ou 1 que representa a ausência ou a presença de um 
sinal elétrico. Um conjunto de 8 bits formam um byte. 
Um byte pode representar um caractere, que pode ser uma letra minúscula, 
uma maiúscula, um número ou um caractere especial. Vários caracteres organizados 
formam o campo. Um conjunto de campos agrupados forma um registro. Registros 
inter-relacionados formam arquivos que, se relacionados entre si, formam uma base 
de dados. Essa é a hierarquia dos dados. 
Um banco de dados, também conhecido por base de dados, é uma coleçãoorganizada de fatos e de informações, consistindo em dois ou mais arquivos de dados 
relacionados. Auxilia as empresas a gerir informações para reduzir custos, para 
aumentar lucros, para acompanhar atividades anteriores do negócio e para criar novas 
oportunidades de negócios. 
As principais vantagens dos bancos de dados são: 
 Utilização estratégica aperfeiçoada dos dados corporativos. 
 Redução na redundância de dados. 
 Melhoria na integridade dos dados. 
 Modificação e atualização mais fáceis. 
 Independência dos programas. 
 Melhor acesso aos dados e às informações. 
 Padronização no acesso de dados. 
 
21 
 Estrutura para desenvolvimento de programas. 
 Melhor proteção dos dados. 
 Compartilhamento do recurso de dados. 
 
Desenvolvido com o objetivo de simplificar os sistemas de gerenciamento de 
bancos de dados, o modelo relacional de banco de dados é aquele que organiza os 
dados em tabelas bidimensionais (denominadas relações) com colunas e linhas. Toda 
informação nesse banco de dados é representada por valores em relações ou tabelas. 
Estas não são relacionadas umas às outras no momento do projeto. Entretanto, os 
projetistas utilizam o mesmo domínio em várias relações e, se um atributo é 
dependente de outro, essa dependência é garantida por meio da integridade 
referencial. 
Nesse tipo de campo, trabalha-se com o conceito de campo e registro. O campo 
(coluna) é o atributo específico das entidades de um banco de dados relacional. O 
registro (linha) é a informação específica de uma entidade. A figura a seguir mostra 
uma tabela de um banco de dados relacional contendo quatro registros e cinco 
campos. 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor. 
 
Outro conceito importante nesse tipo de banco de dados é o de chave primária, 
também conhecida como campo-chave, que na verdade é um campo que identifica 
exclusivamente um registro. Na figura anterior afirma-se que a chave primária é o 
campo Número_Fornecedor. 
A lógica de trabalho do banco de dados relacional é o uso do relacionamento, 
pelo fato de ela determinar o modo como os registros de cada tabela se associam a 
registros de outras. 
O relacionamento indica a ligação entre os participantes das entidades de 
dados em um determinado banco de dados e permite ao projetista de BD criar um 
modelo lógico, consistente, da informação a ser armazenada. No entanto, só existirá 
 
22 
um relacionamento se houver um campo de pesquisa específico de uma tabela 
chamado chave estrangeira. 
A figura a seguir mostra um relacionamento entre duas tabelas de um banco 
de dados relacional. A primeira é a de fornecedores, com a chave primaria igual ao 
campo Número_Fornecedor. A segunda, é a de produtos, com a chave primária igual 
ao campo Número_Produto. A chave estrangeira que se encontra na tabela de 
produtos é o campo Número_Fornecedor 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor. 
 
Os relacionamentos podem ser de três tipos: 
1. relacionamento um para um – quando um registro de uma tabela se 
relaciona apenas com um registro de outra tabela; 
2. relacionamento um para muitos – quando um registro de uma tabela se 
relaciona com muitos registros de outra tabela; 
3. relacionamento muitos para muitos – quando muitos registros de uma 
tabela se relacionam com muitos registros de outra tabela. 
 
Na figura anterior, encontra-se um relacionamento um para muitos, porque 
temos um registro de fornecedor que aparece muitas vezes na tabela de produtos. 
Nada mais normal, pois um fornecedor pode comercializar muitos produtos. 
 
 
23 
 Redes de computadores 
 
Uma rede de computadores é um conjunto de componentes capazes de 
favorecer a troca informações e o compartilhamento de recursos, interligados por um 
sistema de comunicação. As redes de computadores baseiam-se nos princípios de 
uma rede de informações que, por meio de hardware e software, torna-as mais 
dinâmicas para atender suas necessidades de comunicação. 
Os componentes de uma rede de computadores são: protocolos, meios de 
comunicação, mensagens e dispositivos. 
Os protocolos representam as regras que regem o processo de comunicações 
entre os dispositivos. Eles normalmente são criados em um contexto descrito por um 
modelo ou padrão, não operando de forma isolada, mas totalmente interligados entre 
si, formando uma pilha de protocolos. Isso porque os computadores não somente 
utilizam um protocolo para se comunicarem, mas vários. 
Os meios físicos têm um papel fundamental nas redes de computadores. Eles 
interligam a origem ao destino. A utilização de determinado meio vai depender da 
velocidade desejada, do custo que se deseja ter e da capacidade e desempenho que 
se espera dele. 
Os meios de transmissão confinados também são chamados de meios guiados. 
São caracterizados pelo uso de algo palpável, normalmente um cabo. Os meios físicos 
guiados são: cabo de pares metálicos, cabo de fibra óptica e o cabo coaxial. 
O cabo de pares trançados consiste em um conjunto fios agrupados em pares 
metálicos, com uma capa plástica e com um trancamento entre eles a fim de evitar a 
interferência eletromagnética de um par no outro. É o meio físico mais utilizado nas 
redes de computadores e em telecomunicações, tendo aplicações na telefonia, nas 
redes locais e nas redes de longa distância também. 
O cabo de fibra óptica consiste num cabo contendo uma fibra de vidro 
transparente e bem fina que transporta a informação por meio de um sinal de luz na 
fibra. 
O cabo coaxial, composto por um condutor interno com blindagem metálica, é 
empregado em transmissão digital e em sinais de televisão. 
O quadro a seguir mostra as diferenças entre os três cabos considerados meios 
guiados. 
 
 
24 
 
Fonte: adaptado de Stair e Reynolds (2011, p. 211). 
 
Os meios físicos não confinados são também conhecidos como não guiados. 
São todos aqueles que operam por meio de um sinal de rádio enviado pelo ar. Dentre 
os sistemas de transmissão que operam em longa distância através do ar elencam-se 
os sistemas de comunicação via satélite, a telefonia móvel celular, os sistemas de 
radiovisibilidade e a radiodifusão de broadcast. 
A mensagem é aquilo que se deseja transmitir entre a origem e o destino. A 
formação, a codificação e a formatação da mensagem obedecem a regras, 
conhecidas como protocolos. 
Os dispositivos são os elementos responsáveis pela transmissão, recepção e 
encaminhamento de dados. Eles estão divididos em: 
 dispositivos finais – formam a interface entre os usuários e a rede de 
comunicação subjacente; 
 dispositivos intermediários – conectam os hosts individuais à rede e podem 
conectar várias redes individuais para formar uma rede interconectada. 
 
 
25 
 
 
O ponto central desta unidade foi apresentar um histórico e uma introdução às 
tecnologias da informação e da comunicação. Já na primeira parte, mencionou-se a 
evolução dessas tecnologias em seus mais variados componentes (hardware, 
software, bancos de dados e redes de computadores). No item seguinte, 
conceituou-se tecnologias da informação e da comunicação, além de terem sido 
abordados termos-chave utilizados na informática. 
No terceiro item desta unidade, o cerne residiu em uma introdução à 
infraestrutura de TI. Já nos itens seguintes, efetuou-se um aprofundamento de seus 
componentes, apresentando-se aspectos voltados a sua aplicabilidade no dia a dia 
das pessoas. 
 
 
 
26 
UNIDADE II 
 
2. FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO UTILIZADAS 
NAS ORGANIZAÇÕES 
 
Uma das decisões mais importantes nas organizações reside na escolha dos 
melhores e mais adequados softwares, sejam estes de sistemas ou de aplicações, 
para quaisquer tipos de computadores e infraestrutura de TI. 
Sobre as aplicações, deve-se pensar nas vantagens em se comprar o software 
ou em se desenvolver internamente o próprio software. É o tipo de decisão conhecida 
como make or buy. 
 
2.1 Aplicações utilizadas nas organizações 
 
Um dos softwares mais utilizados em uma organizaçãoe pelas pessoas, de 
forma geral, é o processador de texto. Trata-se do aplicativo mais popular, porque 
permite aos usuários criarem, editarem, revisarem e imprimirem textos com aparência 
profissional por meio da disponibilização de diversas ferramentas de criação e 
formatação de frases, expressões e parágrafos. 
Os processadores de texto mais populares atualmente são o Microsoft Word, 
da Microsoft e o BrOffice. No entanto, já existem soluções de processadores de texto 
em nuvem, como o Google Docs. 
A figura a seguir apresenta a janela principal do Microsoft Word. 
 
 
Fonte: Microsoft Word. 
 
 
27 
Por meio de recursos avançados, como corretores ortográficos, os 
processadores de texto identificam e corrigem erros de grafia, sugerem formação de 
frases e melhorias no texto redigido, além de implementarem correções gramaticais e 
pontuação. 
A maioria dos processadores de texto permite que o usuário crie documentos 
com gráficos, formas, imagens e figuras criadas e diagramadas a partir dos recursos 
de ilustração do próprio processador de texto ou importadas de outros processadores. 
Outro software aplicativo extremamente popular é a planilha eletrônica, que se 
revela como uma grande aliada na montagem de modelagem, no planejamento e na 
análise de negócios que requerem cálculos diretos e interdependentes, com 
apresentação de resultados gráficos, tendências, objetivos etc. 
Uma das funcionalidades mais importantes de uma planilha eletrônica é a 
capacidade de formatação gráfica dos dados em análise. A maioria das planilhas de 
mercado é apresentada por meio de gráficos do tipo colunas, linhas, pizza, barras, 
área, dispersão e outros mais variados tipos, os quais permitem que o usuário faça 
uma análise visual das informações ali contidas de forma a rapidamente identificá-las 
e, assim, partir para uma tomada de decisão imediata. 
A planilha eletrônica mais conhecida é o Microsoft Excel, que integra o pacote 
Office. A figura a seguir apresenta a janela principal do Excel. 
 
 
Fonte: Microsoft Excel. 
 
Os softwares aplicativos geradores de apresentação também têm grande 
importância por serem um auxiliar na montagem de apresentações, as quais exigem 
recursos multimídia como gráficos, fotos, animações, imagens e videoclipes. 
Normalmente os softwares aplicativos geradores de apresentação constituem-
se por slides, os quais são a área de trabalho do usuário. Assim como em uma 
prancheta de desenho, o usuário poderá montar sua apresentação utilizando todos os 
recursos gráficos e de multimídia disponibilizados pela ferramenta. Por meio dessas 
 
28 
funções, o usuário pode criar novas apresentações ou lançar mão de apresentações 
pré-definidas (sugeridas) para modelar seus dados. 
Os recursos de apresentação têm como finalidade chamar a atenção da plateia 
ou do público para informações importantes constantes nos slides e proporcionar certa 
dinamização da apresentação. Os geradores de apresentação normalmente 
disponibilizam animações de slides do tipo desvanecimento, entrada de texto pela 
direita, entrada de texto pela esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima, 
granularização, efeito persiana vertical e horizontal, dentre outros. 
O principal e mais conhecido gerador de apresentação é o Microsoft Power 
Point, que integra o pacote Office. A figura a seguir apresenta a janela principal do 
Power Point. 
 
 
Fonte: Microsoft Power Point. 
 
2.2 Inteligência artificial 
 
Todos os sistemas e as soluções em tecnologias de informação capazes de 
simular ou duplicar as funções do cérebro humano, além de comportamentos e 
padrões humanos, são conhecidos como sistemas de inteligência artificial. A ideia 
dessas soluções é apresentar plataformas tecnológicas que demonstrem 
características inteligentes. 
 
Desde que o termo inteligência artificial foi definido nos anos de 1950, 
especialistas discordam sobre a diferença entre a inteligência natural e a 
artificial. Os computadores podem ser programados para ter bom senso? 
Diferenças profundas separam a inteligência natural da artificial, mas elas 
declinam em número. Uma das forças motoras da pesquisa em inteligência 
artificial é a tentativa de entender como as pessoas realmente raciocinam e 
pensam. Criar máquinas que possam raciocinar é possível somente quando 
 
29 
entendermos realmente nossos processos de raciocínio (STAIR; 
REYNOLDS, 2011, p. 419). 
As principais características do comportamento inteligente que os sistemas de 
inteligência artificial tentam reproduzir, com muita dificuldade, são: 
 resolução de situações complexas; 
 resolução de problemas, mesmo que faltem informações; 
 determinação do que é importante; 
 reação rápida e correta diante de novas situações; 
 entendimento de imagens; 
 interpretação e manipulação de símbolos; 
 criatividade e imaginatividade; 
 aprendizado com a experiência e aplicação de conhecimentos adquiridos 
da experiência. 
 
O quadro a seguir apresenta uma comparação entre a inteligência natural 
(humana) e a inteligência artificial (sistemas computacionais). 
 
 
Fonte: Stair e Reynolds, 2011, p. 420. 
 
A inteligência artificial envolve diversas especialidades, sendo por isso bem 
multidisciplinar. Os principais ramos da inteligência artificial são: robótica, sistemas de 
 
30 
visão, processamento da linguagem natural, reconhecimento de voz, sistemas de 
aprendizagem, sistemas de lógica difusa, algoritmo genético e redes neurais. 
 
A robótica é o ramo que trata do desenvolvimento de dispositivos mecânicos 
ou computacionais e que desempenha tarefas humanas, onde é exigido alto 
grau de precisão, com atividades rotineiras e perigosas para as pessoas que 
as desempenham. 
Os sistemas de visão são compostos por hardware e software que permitem 
a captura, armazenamento e manipulação de imagens por parte de um 
sistema computacional. 
Os sistemas de processamento de linguagem natural e reconhecimento de 
voz são aqueles que permitem que um computador compreenda e reaja a 
declarações e a comandos feitos em uma linguagem natural das pessoas. 
Normalmente o processamento de linguagem natural corrige erros de 
soletração, converte abreviações e comandos. 
Os sistemas de aprendizagem são aqueles que combinam hardware e 
software e permitem ao computador mudar seu modo de funcionamento ou 
reagir a situações com base na realimentação que recebe. 
Os sistemas de lógica difusa são tecnologias baseadas em regras próprias 
para trabalho com imprecisões, descrevendo um processo de modo 
linguístico e depois representando por meio de regras. 
Os algoritmos genéticos são sistemas que encontram soluções ideais de um 
problema específico, baseando-se em métodos inspirados na biologia 
evolucionária, nas mutações e nos cruzamentos. 
As redes neurais são sistemas computacionais que simulam o funcionamento 
de um cérebro humano. Esse tipo de sistema utiliza um alto poder de 
processamento paralelo, numa arquitetura própria parecida com a estrutura 
cerebral das pessoas. As redes neurais são utilizadas para resolver 
problemas complexos, com o uso de grande quantidade de dados, por meio 
do aprendizado de padrões e modelos. 
 
2.3 Tecnologias de redes e a internet 
 
Com o crescimento exponencial do uso da internet pela sociedade, 
percebem-se diversas tecnologias e ferramentas que têm modificado a forma como 
se dão as atividades e a rotina das pessoas. 
Claro que tudo começou a partir da primeira necessidade que os computadores 
tinham de se interligar e de compartilhar recursos. Hoje, o mundo está praticamente 
todo interligado, as ferramentas de redes são cada vez mais utilizadas e diversos 
aplicativos em plataforma mobile têm feito toda diferença. 
Fazendo grande sucesso, é possível citar primeiro as redes sociais. Elas 
fornecem toda estrutura de comunicação entre grupos de pessoas, possibilitando a 
troca de interesses e informações. Surgiram por volta da década de 1990, com grande 
sucesso e destaque para asredes Classmates e ICQ. Hoje alcançam praticamente 
todos os usuários da internet por meio de conhecidas plataformas como Facebook, 
LinkedIn, Twitter, Google+, Instagram. 
Com grande penetração em praticamente todos os tipos de públicos, as redes 
sociais se apresentam como verdadeiras oportunidades para alavancar negócios, 
 
31 
agregar valor a produtos, por meio de propagandas, e até mesmo fornecer 
informações para as empresas conhecerem melhor o perfil dos consumidores. 
Além das redes sociais, outra grande tecnologia é a de computação em nuvem, 
que permitiu o compartilhamento de muitos recursos antes utilizados em 
computadores isolados. As tecnologias de computação em nuvem permitem o 
compartilhamento de capacidades de armazenamento, de cálculos e aplicativos 
centralizados que podem ser acessados por qualquer computador com acesso à 
internet. Um bom exemplo disso é o uso de recursos como o Onedrive, da Microsoft, 
e do Drive, do Google Docs, utilizados por tantas pessoas no mundo inteiro. 
É possível citar também a videoconferência como importante ferramenta de 
comunicação. Ela contribui muito para agilidade dos processos de negócios, porque 
permite que pessoas realizem uma conferência combinando, ao mesmo tempo, voz e 
imagem. Os executivos, que antes gastavam horas se deslocando por meio de 
viagens aéreas ou terrestres, podem alcançar muito mais eficiência por meio da 
videoconferência para se reunirem com clientes, funcionários e fornecedores. 
Até a justiça brasileira aderiu ao uso dessa ferramenta. A lei 11.900, de 8 de 
janeiro de 2009, permitiu o uso videoconferência para o interrogatório e oitiva de 
testemunhas. Entre as vantagens no uso da videoconferência estão: economia de 
tempo; economia de recursos financeiros investidos em viagens; agilidade no 
processo de tomada de decisão. 
O tráfego de voz sobre o protocolo IP foi também uma das inovações em 
telecomunicação que mais agregaram valor aos negócios. Essa tecnologia permite a 
transmissão da voz através de pacotes de dados do Protocolo de Internet (IP), ao 
invés do uso do sistema comutado de telefonia. 
O objetivo da tecnologia de voz sobre IP é prover uma alternativa aos sistemas 
tradicionais de telefonia, mantendo a qualidade (disponibilidade, confiabilidade e 
capacidade de recuperação) das redes públicas comutadas. 
A grande limitação dessa tecnologia está em não ter, em algumas situações, 
uma conexão de internet com largura de banda e qualidade necessárias ao bom 
funcionamento das chamadas. 
As principais vantagens da tecnologia de voz sobre IP são: 
 diminuição nos custos com telefonia; 
 convergência de serviços de telecomunicações; 
 interligação a uma rede mundial. 
 
2.4 Sistemas de informação 
 
Os recursos de infraestrutura de tecnologia da informação suportam a 
existência de sistemas de informação. Os sistemas representam um conjunto de 
tecnologias de informação, pessoas e procedimentos que transformam e disseminam 
informações em determinada organização. 
Esses sistemas possuem entradas (normalmente são dados) e saídas (podem 
ser dados e informações), além de um mecanismo de realimentação controlada. A 
figura a seguir apresenta essa ideia. 
 
32 
 
 
Fonte: adaptado Stair e Reynolds (2011, p. 9). 
 
 
É comum as pessoas se referirem à área de TI como área de sistemas de 
informação ou área de SI. 
São muitos os papéis dos sistemas de informação. Dentre eles, é possível citar: 
 Auxílio nos processos operacionais diários, aumentando a eficiência, a 
produtividade e o atendimento ao cliente. 
 Auxílio no processo de tomada de decisão em uma organização, nos mais 
variados níveis de gerência. 
 Suporte a estratégias na busca de vantagens competitivas para o 
desenvolvimento de novos produtos e serviços, ou novas oportunidades; 
É comum compreender os sistemas de informação a partir de três perspectivas, 
também conhecidas como dimensões dos sistemas de informação: organizacional, 
tecnológica e humana. 
Stair e Reynolds (2011, p. 15) apresentam as dimensões da seguinte forma: 
 
Na dimensão organizacional, coloca-se em evidência a organização que 
utiliza o SI, bem como todas as suas ações no intuito de moldá-lo e 
estabelecer procedimentos formais e regras de acordo com sua cultura. 
Na dimensão humana, consideram-se as pessoas, porque elas desenvolvem 
os SI, treinam e são treinadas, além de serem responsáveis diretamente 
pelas definições da interface homem-máquina. 
A dimensão tecnológica é aquela que permitiu a automatização dos sistemas 
informações porque agregou aos sistemas todos os recursos tecnológicos de 
hardware, redes, software e bancos de dados. 
 
Para melhor compreender, voltemos ao exemplo da escola de ensino médio. O 
SI a ser implementado é um dedicado ao cadastro de alunos, incluindo dados pessoais 
 
33 
e acadêmicos. Ao desenvolver-se um sistema de informação para esse tipo de 
organização, é necessário considerar, para as três dimensões: 
 Organizacional – Quais valores balizam as ações a serem desempenhadas 
pela empresa e podem influenciar no desenvolvimento do sistema? Quais 
processos desenhados vão ditar as tarefas desempenhadas pelo sistema? 
 Humana – Quais serão os usuários deste sistema? Qual seria o tipo de 
interface mais interessante? 
 Tecnológica – Qual é a capacidade de hardware e sistema operacional 
necessários para que o sistema funcione? Qual será o banco de dados? 
Há alguma particularidade nas redes de computadores? 
 
A partir dos objetivos a serem atingidos por meio do uso de SIs, é possível 
dividi-los por abrangência e por nível decisório. Na abrangência, encontra-se uma 
classificação funcional (departamentalizada) atendida pelos sistemas, ao passo que 
no nível decisório, encontra-se o nível funcional no processo de tomada de decisão. 
Partindo-se do pressuposto da abrangência, os sistemas de informação podem 
ser divididos em três tipos: sistemas departamentais; sistemas integrados; sistemas 
interorganizacionais. Essa classificação pode ser vista na figura a seguir. 
 
 
Fonte: Eleutério (2015, p. 96). 
 
Os sistemas departamentais atendem a determinada área ou departamento, de 
forma isolada, auxiliando na execução de processos específicos. Esses sistemas têm 
seus próprios bancos de dados, que não são compartilhados com outros sistemas. 
Por exemplo, em uma universidade, cada departamento pode ter um sistema de 
informação departamental diferente, considerando as particularidades dos processos. 
Os sistemas integrados são utilizados por diversas áreas do ambiente 
organizacional, ao mesmo tempo e de forma integrada, com um mesmo banco de 
dados. Alguns autores se referem a esses sistemas como ERP (Enterprise Resource 
Planning) ou sistemas de planejamento de recursos empresariais. O principal objetivo 
do ERP é fornecer um acesso totalmente integrado, de forma automatizada, para os 
departamentos, por meio de módulos de softwares específicos. 
Os sistemas interorganizacionais auxiliam, de forma conjunta, a mais de uma 
organização com titularidades e gerências independentes. 
 
 
34 
Também é possível classificar os sistemas de informação quanto ao nível 
decisório. A figura a seguir apresenta essa classificação. 
 
 
Fonte: Eleutério (2015, p. 98). 
 
Os sistemas de processamento de transações (SPT) trabalham na captação 
e no processamento de dados detalhados necessários para a atualização dos 
registros das operações de negócios. 
Os sistemas de informações gerenciais auxiliam o gerenciamento e o 
planejamento das operações de uma empresa, suportando decisões 
estruturadas. 
Os sistemas de informação estratégica auxiliam no processo de tomada de 
decisões não estruturadas (ELEUTÉRIO, 2015, p. 99). 
 
2.5 Microsoft Excel 
 
Considerado um dos mais robustos aplicativos criados pela Microsoft, o Excel 
é um software capaz de criar e de gerenciar planilhas eletrônicas, em formato 
matricial, composto por células organizadas em linhas e colunas, possibilitandomanipular diversos tipos de dados por meio de cálculos e fórmulas. 
 
 Introdução 
 
A versão 2016 é destinada a computadores pessoais e pode ser instalada 
separadamente ou no pacote de aplicativos conhecido como pacote Office 365, da 
Microsoft, vendido como um serviço de assinatura alojado na nuvem. 
O Excel pode ser utilizado também em plataformas MAC (de propriedade da 
Apple). Também há uma versão móbile, disponível para uso em smartphone com 
plataformas Android ou iOS. 
 
35 
Comparando-se a versão 2016 com as versões anteriores, as principais 
mudanças foram: 
 Recurso Diga-me – destinado ao fornecimento de informações rápidas sobre o 
aplicativo para o usuário. 
 Gráficos novos – inclusão de seis novos tipos de gráficos (cascata, histograma, 
Pareto, caixa e caixa estreita, treemap e explosão solar). 
 Seleção múltipla com segmentação de dados – a forma de segmentar dados 
está com um recurso diferenciado, devido a um novo botão de seleção múltipla 
na barra de títulos de segmentação de dados. 
 Inserção diferenciada de fórmulas – quando o dispositivo é sensível ao 
toque, é possível inserir fórmula matemática utilizando-se caneta stylus ou 
até mesmo o dedo. 
 
 
As pastas de trabalho do Excel são salvas no formato .xlsx e podem utilizar 
planilhas das versões anteriores, entre a de 2007 e a de 2016. As versões anteriores 
a 2007 não são compatíveis com o Excel 2016. 
Para abrir a aplicação Excel 2016, o usuário poderá localizar o programa 
diretamente no botão iniciar da barra de tarefas, clicar em todos os programas e 
procurar o Excel 2016, ou simplesmente digitar o nome do programa na opção de 
pesquisa próximo ao botão iniciar, conforme pode ser visto na figura a seguir. 
 
 
36 
 
 
Fonte: elaboração pelo autor, s.d. 
 
Ao abrir o programa, será colocada à disposição do usuário uma série de 
modelos internos de ferramentas e de recursos pré-formatados utilizando o Excel. A 
figura a seguir apresenta algumas opções disponíveis. 
 
 
37 
 
Fonte: Frye (2016, p. 7). 
 
Para fins didáticos, neste material textual, será mantido o foco na planilha em 
branco. Dessa forma, ao selecionar a pasta de trabalho em branco, o usuário terá à 
disposição uma pasta contendo diversas planilhas que podem ser vistas na figura a 
seguir. 
 
 
 
38 
Fonte: Microsoft Excel. 
 
É possível modificar os nomes das planilhas de trabalho do Excel, conforme o 
usuário desejar. Elas funcionam como uma subdivisão da pasta de trabalho, na barra 
de guias. 
 
 
Fonte: Frye (2016, p. 13). 
 
 
 
 
 
39 
 Iniciando o uso da planilha 
 
A figura a seguir apresenta uma visão geral de uma planilha em branco do 
Excel e suas ferramentas. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 25). 
 
O primeiro componente a ser compreendido é a faixa de opções. É por meio 
dela que o usuário executará uma série de comandos, tais como inserir, editar, 
formatar dados, entre outros. Esses comandos são agrupados por semelhança, em 
guias dedicadas a tarefas específicas. 
Assim a faixa de opções é composta pelas seguintes opções: 
 Guias – abas que organizam os grupos e os comandos. 
 Grupos – conjunto de comandos organizados de forma lógica. 
 Comandos – botão, caixa ou menu que produz alterações no documento ou 
programa. 
A figura a seguir apresenta a faixa de comandos: 
 
40 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 25). 
 
As principais guias do Excel 2016 são: Página Inicial, Inserir, Layout de Página, 
Fórmulas, Dados, Revisão e Exibir. 
A guia Página Inicial tem a finalidade de promover a formatação e a edição do 
conteúdo das planilhas. A figura a seguir mostra a guia Página Inicial. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 26). 
 
41 
A guia Inserir apresenta todos os elementos que podem ser inseridos na 
planilha. Entre eles estão as tabelas, os gráficos, as figuras e as ilustrações. A figura 
a seguir apresenta esta guia. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 26). 
 
A guia Layout da Página disponibiliza ferramentas que auxiliam na configuração 
de propriedades de páginas, temas, cores, opções de impressão, entre outros. A 
figura a seguir apresenta a guia Layout da Página. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 26). 
 
A guia Fórmulas apresenta a possibilidade do uso de fórmulas, exibidas por 
categoria. A figura a seguir apresenta essa guia. 
 
 
 
42 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 26). 
A guia Dados suporta comandos com a finalidade de manipular dados internos 
com fontes externas, filtros e conexões. A figura a seguir apresenta essa guia. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 26). 
 
A guia Revisão permite executar tarefas relacionadas à revisão de texto, à 
tradução de idiomas, além de inserir comentários e alterar pasta trabalho. A figura a 
seguir apresenta essa guia. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 27). 
 
A guia Exibir auxilia o usuário na alteração do modo de exibição da planilha, na 
modificação de zoom, na organização de janelas e na criação de macros. A figura a 
seguir apresenta essa guia. 
 
 
43 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 27). 
Outra guia importante é a guia Arquivo, presente nos aplicativos da Microsoft 
desde as versões 2010. Por ela, é possível criar novos trabalhos, abrir planilhas 
recentemente utilizadas, além de imprimir, compartilhar, entre outros. 
A figura a seguir apresenta detalhes dessa guia. 
 
 
Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 28.) 
 
A barra de Ferramentas de Acesso Rápido opera de forma independente da 
guia que o usuário selecionou. Dentre as opções disponíveis na barra de ferramentas, 
é possível citar: botão Salvar, botão Desfazer, botão Refazer. 
 
44 
A barra de Ferramentas de Acesso Rápido pode ser personalizada. Nela, novos 
itens podem ser colocados ou retirados conforme a necessidade do usuário. Para isso, 
é necessário que o usuário clique no botão Personalizar, conforme indicado na figura 
a seguir, e selecione as opções desejadas. 
 
Fonte: elaborado pelo autor, s.d. 
 
A barra de título situa-se na parte superior do programa e apresenta os 
seguintes componentes: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, nome do arquivo, 
botão Entrar, opções de exibição da faixa de opções, Minimizar, Maximizar, Fechar. 
Os outros componentes do Excel são: caixa de nome, barra de fórmulas, 
células, guias de planilha, barra de rolagem, barra de status, barra de zoom. 
A caixa de nome apresenta a descrição da célula selecionada. No caso de 
seleção de mais de uma célula, a caixa de nome apresenta o intervalo de seleção. A 
barra de fórmulas fica praticamente ao lado da caixa de nome e abaixo da faixa de 
opções. 
A figura a seguir apresenta a barra de fórmulas e a caixa de nome. 
 
45 
 
Fonte: elaborado pelo autor, 2018. 
As barras de rolagem, de status e de zoom situam-se na parte inferior da 
planilha. Elas servem respectivamente para rolar entre os dados, exibir informações 
referentes às células selecionadas e alterar o tamanho de exibição da planilha. 
A figura a seguir apresenta cada uma dessas barras mencionadas. 
 
 
46 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor, 2018. 
 
 
 
Tendo compreendido os conceitos básicos de TI, na unidade I, o foco desta 
unidade residiu nas ferramentas de tecnologia da informação utilizadas nas 
organizações. Já no primeiro item, tratou-se do computador, seus tipos e suas 
classificações. 
No segundo item, mencionaram-se diversas aplicações utilizadas pelas 
organizações de forma geral. A ideia de aplicação apresentada foi em softwares, haja 
vista eles serem classificados em software de sistemas e software de aplicação. No 
terceiro item, a temática foi a inteligência artificial e um paralelo traçado com a 
inteligência humana, apresentando-se seus diversos usos. 
No item quatro, o foco se deu nas tecnologias de redes de computadores e a 
internet para o uso eficiente e eficaz da TI. No item cinco, apresentaram-se os 
sistemas de informação; na última parte, aprofundou-se o uso de planilhas eletrônicasutilizando-se o Microsoft Excel. 
 
 
 
47 
UNIDADE III 
 
3. AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E O 
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
 
Ao falar sobre informática ou tecnologias da informação, de forma imediata 
remete-se apenas ao bom e velho computador, nas suas diversas variantes e 
dispositivos relacionados, tais como smartphones, laptops, supercomputadores, 
impressoras, scanners, modems, entre outros. 
 Como foi constatado nos capítulos anteriores, as tecnologias da informação e 
da comunicação causaram uma verdadeira revolução na forma como se vivencia 
todos os aspectos da vida humana. 
 
3.1 Histórico da tecnologia na educação 
 
A educação, fundamentada nos processos de gestão, de ensino, de 
aprendizagem e de mediação tecnopedagógica, também se utiliza, e muito, das 
tecnologias da informação e comunicação como eficiente ferramental na busca de 
seus objetivos. 
Não só como ferramental, mas como agente catalisador de mudanças, as 
tecnologias da informação têm alterado o ritmo e a velocidade do ensinar e do 
aprender, alterando tempo e espaço nos contextos da educação. Um bom exemplo 
disso é sua utilização na educação a distância, tão presente na vida das pessoas. 
A prática docente tem sido forçada a se reinventar nestes tempos tecnológicos, 
impulsionando os professores a utilizarem novas formas de condução do processo 
pedagógico. Os professores têm percebido que o aluno, que nasceu nesta geração 
totalmente digital, não mais se satisfaz com as formas arcaicas de mediação e 
exposição de conteúdo. Para muitos, o giz e a lousa, que não fazem sentido, têm sido 
substituídos paulatinamente por ferramentas como tablets, smartphone, lousas 
digitais, ambientes virtuais de aprendizagens, dentre outros. 
No Brasil, tudo começou na década de 1970, quando os setores administrativos 
e de secretaria das instituições de ensino começaram a se informatizar, por meio de 
sistemas de informação, acompanhados de ferramentas de infraestrutura de TI, como 
computadores, impressoras, tecnologias de rede e de banco de dados. 
Alguns autores descrevem o desenvolvimento das tecnologias da informação 
dentro do processo educacional em ondas. A primeira onda trouxe as ferramentas de 
software e de informática básica para os contextos administrativos das escolas. Em 
um segundo momento, surgiram os softwares educativos utilizados no processo de 
ensino e de aprendizagem. Em um terceiro momento, com o uso da internet, o 
surgimento da aprendizagem colaborativa por meio de redes ganha uma força 
extraordinária. 
No primeiro momento do uso da informática nas escolas, uma das grandes 
barreiras era a formação das pessoas envolvidas no processo educacional. Elas não 
tinham conhecimento das ferramentas, além de terem grandes dificuldades de 
 
48 
operação em nível de usuário, o que dificultava a execução de tarefas que envolviam 
sistemas e computadores. 
Foi quando, na década de 1980, surge o primeiro grande projeto público com o 
objetivo de utilizar a informática como ferramenta nos processos de ensino e de 
aprendizagem. O nome do projeto era o Educom, considerado fruto do Primeiro 
Seminário Nacional de Informática na Educação, coordenado pela Universidade de 
Brasília. 
 
 
Nessa época (década de 1980), devido ao fechamento de mercado que o Brasil 
vivia, eram escassas as ferramentas e as tecnologias de informática. Principalmente 
em software para a área educacional. 
O Educom também tinha como meta a criação de centros de pesquisa sobre 
informática na educação, que foram inicialmente implantados nas Universidades 
Federais de Pernambuco, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. 
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também teve um desses centros 
instalados. 
Na Unicamp também foi desenvolvido um projeto voltado a tecnologias 
aplicadas à educação, conhecido como Logo. O Logo foi uma linguagem 
computacional criada em 1967, nos Estados Unidos, especificamente para o ensino 
da matemática. Em um primeiro momento restrito a grandes laboratórios e já na 
década de 1970 utilizado em escolas públicas norte-americanas, o Logo chega à 
década de 1980. 
 
 
Conheça alguns projetos de tecnologias aplicados à educação da Unicamp no 
endereço eletrônico www.nied.unicamp.br. 
Ainda na década de 1980, mais próximo do final, surge o Programa Nacional 
de Informática Educativa (Proninfe). Impulsionado pelo Educom, a ideia do Proninfe 
era trabalhar a formação de professores nas questões voltadas à informática. Assim 
observa-se uma transição da primeira onda (foco em processos administrativos da 
educação) para a segunda onda (foco em processos de ensino e de aprendizagem). 
Na década de 1990, as ferramentas de tecnologias de informação começaram, 
aos poucos, a ter seu uso disseminado na sociedade e na vida das pessoas, 
ocorrendo um movimento paralelo ao desenvolvimento da informática nas escolas. 
Surgem algumas escolas de informática básica, apresentando cursos voltados a 
http://www.nied.unicamp.br/
 
49 
softwares aplicativos, tais como planilhas eletrônicas, editores de texto, geradores de 
apresentação, entre outros. 
O surgimento desses cursos e de escolas de informática básica aceleraram 
ainda mais o uso das tecnologias da informação no contexto educacional. Claro, a 
princípio para atender a demandas de mercado de trabalho, mas em um segundo 
momento, houve pressão para as escolas a terem em suas grades curriculares a 
formação em informática. 
No final da década de 1990, surge o Programa Nacional de Informática na 
Educação (Proinfo), que cria os Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTE) para a 
formação de professores e técnicos, além de distribuição de computadores para as 
escolas públicas 
Ainda nesse período (década de 1990), o acesso às redes de computador e à 
internet começam a se popularizar, de forma precária, é claro, mas favorecendo o 
direcionamento da internet nas escolas. Outro grande destaque desse período é a 
criação de disciplinas específicas voltadas para a informática nos cursos de 
licenciatura e pedagogia, o que favorecia ainda mais a formação de professores, com 
um trabalho alinhado ao uso de ferramentas de TI. 
No início deste século, foram grandes os movimentos no intuito de popularizar 
cada vez mais o uso das ferramentas de tecnologia da informação dentro da escola. 
Hoje, é possível afirmar que informática e educação são praticamente indissociáveis, 
porque justamente trouxeram não somente o professor e os funcionários da escola 
para serem usuário da informática, mas agora os próprios alunos. 
Antes, para efetuar quaisquer pesquisas, os alunos recorriam àquelas grandes 
enciclopédias encontradas em quaisquer bibliotecas. Hoje, é possível achar milhares 
de fontes (é verdade que algumas não são confiáveis), que trazem diversas 
informações sobre os mais variados assuntos pesquisados. Sem contar inclusive que 
muitas informações podem ser encontradas em plataformas que trazem não só textos 
escritos, mas vídeos, e-books, entre diversos outros recursos que só facilitam o 
processo educacional. 
É possível citar inúmeras situações e contextos em que o uso da informática e 
da internet revolucionaram a forma como aprendemos, mas nenhum outro expressa 
melhor essa afirmação que os processos de educação a distância, que serão vistos 
adiante. 
 
3.2 As novas tecnologias educacionais 
 
Foi mencionado na primeira unidade desta disciplina que o conceito de 
tecnologia está associado a um ferramental que amplia as capacidades humanas e 
não necessariamente precisa ser uma tecnologia da informação e da comunicação. 
Quando se observa o ambiente da sala de aula, vê-se como tecnologias o giz, a lousa, 
o projetor, jogos com encaixes ou argolas, dentre outros que sequer remetem a um 
computador. 
Por isso, é comum referir-se às tecnologias da informação e da comunicação 
para a área de educação como as novas tecnologias que vêm dando protagonismo à 
figura do aluno como sujeito ativo no processo

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