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1 ANÁLISE-DE-VIABILIDADE-DE-PROJETOS7

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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 2 
2 PROJETOS .................................................................................... 3 
2.1 Ferramentas de gestão de projetos ...................................................... 7 
3 MATEMÁTICA FINANCEIRA........................................................ 11 
3.1 Elementos conceituais básicos da matemática financeira.................. 12 
3.2 Como aprender e aplicar os conceitos da Matemática Financeira? ... 14 
4 FUNDAMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DE 
PROJETOS 15 
4.1 Qual é o Objetivo de uma empresa? .................................................. 15 
4.2 Planejamento financeiro ..................................................................... 17 
4.3 Ativo e Passivo ................................................................................... 18 
4.4 Capital de Giro ................................................................................... 23 
4.5 Sociedade por ações .......................................................................... 28 
4.6 Fluxo de Caixa ................................................................................... 31 
5 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS ................................... 36 
5.1 Análise de Investimentos .................................................................... 36 
5.2 Valor presente líquido e taxa interna retorno ...................................... 39 
5.3 Custo de Oportunidade ...................................................................... 42 
5.4 Payback Simples e Payback Descontado .......................................... 44 
5.5 Análise do risco .................................................................................. 49 
5.6 Avaliação de riscos ............................................................................ 51 
6 PROJECT FINANCE .................................................................... 54 
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................. 59 
 
 
 
 
 
2 
 
 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 PROJETOS 
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço 
ou resultado exclusivo. 
O projeto é temporário; por ter uma data prevista para iniciar e uma data 
prevista para terminar e gera entregas exclusivas que podem ser serviços ou produtos 
ou resultados específicos. 
O ato de gerenciar projetos existe desde o início dos tempos, sendo modificado 
e aprimorado pela utilização de ferramentas e técnicas conhecidas nos dias de hoje. 
Os projetos em que o gerenciamento era necessário podiam ser dos mais diversos 
tipos, desde construções até projetos administrativos. 
Com o passar do tempo, foi crescendo a necessidade de se seguir um 
planejamento, detalhando uma sequência de atividades, para a realização de um 
projeto, de modo a garantir seu sucesso. Entre as décadas de 50 e 60, essa 
necessidade era mais aparente em empresas realizavam tarefas complexas em um 
ambiente dinâmico, como as aeroespaciais, de defesa e de construção. Já as 
empresas envolvidas com tarefas mais simples geralmente mantinham um 
Gerenciamento de Projetos informal, em que o gerente de projetos tinha pouca 
autoridade e a comunicação informal era predominante. Exemplos de aplicação do 
Gerenciamento de Projetos entre as décadas de 50 e 60 foram os programas Polaris, 
da Marinha Norte-Americana, e Apollo, da Nasa. (KERZNER, 2001; WIDEMAN, 2001 
apud GAUER, Ermano Leopoldino). 
Durante as décadas de 70 e 80 muitas empresas aderiram ao Gerenciamento 
de Projetos formal, frente ao aumento da complexidade de suas atividades. A partir 
da década de 90, o Gerenciamento de Projetos deixou de ser uma escolha, passando 
a ser uma necessidade, para continuidade da mesma. 
Segundo CASAROTTO (2004 apud GAUER, Ermano Leopoldino) nas últimas 
décadas, os projetos têm se tornado cada vez mais complexos, dinâmicos e com 
maiores riscos envolvidos. Isso se deve à globalização do mercado, ao maior fluxo de 
informações e ao crescimento tecnológico, os clientes se tornaram mais exigentes 
quanto à qualidade de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que seus projetos 
se tornaram mais complexos. Neste ambiente de crescente competitividade, as 
 
4 
 
empresas são pressionadas a trabalhar com maior eficiência, desenvolvendo produtos 
melhores a cada nova tendência de mercado. 
Os projetos estão intimamente ligados com a estratégia de negócios da 
empresa; portanto, seu sucesso é de grande importância para a prosperidade 
da mesma. Ao mesmo tempo, por serem únicos, frequentemente envolverem 
mais de uma pessoa, ou até mesmo diversas áreas de uma empresa, e 
estarem limitados por diversos fatores, como custo, tempo, pessoal 
envolvido, entre outros, os projetos podem atingir um grau de complexidade 
que torna cada vez mais importante a coordenação e o controle dos 
processos envolvidos nos mesmos, minimizando a possibilidade de 
fracassos. (VARGAS, 2005 apud GAUER, Ermano Leopoldino). 
As características principais dos projetos são unicidade, ou seja, cada projeto 
apresenta peculiaridades que o diferenciam dos demais, e temporariedade, que 
significa que os projetos apresentam um início e um fim bem definidos. (PMI, 2000; 
VARGAS, 2005 apud GAUER, Ermano Leopoldino). 
Os projetos são desenvolvidos sob diversas condições, mas três delas se 
destacam por serem suas restrições: tempo, custo e desempenho técnico, sendo 
desenvolvimento e qualidade. Essas restrições costumam ser representadas através 
de um triângulo, onde cada uma se encontra em um dos vértices (ou lados). 
 
 
Fonte: CLELAND; IRELAND, 2002, p. 11 
 
5 
 
Essa representação mostra a dependência entre as restrições, ou seja, a 
alteração de uma delas irá afetar as demais. Podemos citar como exemplo, um projeto 
realizado em um prazo muito curto afeta o custo, devido à necessidade de horas 
extras, e pode afetar também seu desempenho devido à pressa para a conclusão. 
Uma figura muito importante no ambiente de gerenciamento de projetos é o 
gerente de projetos. As atividades do gerente de projetos envolvem todo o projeto, 
incluindo seu planejamento e implementação, com constante coordenação das áreas 
funcionais da empresa. Assim, ele é responsável pelo sucesso do projeto. Ao mesmo 
tempo, os demais membros da equipe devem reconhecer a competência do gerente 
de projetos no que diz respeito ao entendimento geral. 
Assim, o trabalho do gerente de projetos envolve muitas responsabilidades, 
mas pouca autoridade, ou seja, ao longo do processo de desenvolvimento do 
Gerenciamento de Projetos, foram criadas diversas associações dedicadas a esse 
assunto. Atualmente, existem inúmeras delas, que representam os interesses em 
Gerenciamento de Projetos em seus respectivos países. 
Entre todas as associações existentes, uma merece destaque porseu alcance 
mundial: o PMI – Project Management Institute. 
O PMI é uma associação sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento do 
Gerenciamento de Projetos. Fundada em 1969 na Pensilvânia, EUA, possui hoje mais 
de 150.000 associados em todo o mundo. Os trabalhos do PMI incluem publicações 
como revistas, livros e boletins informativos. O PMI também certifica profissionais em 
Gerenciamento de Projetos (Project Management Professional, PMP) e mantém um 
Programa de Desenvolvimento Profissional. 
Uma importante contribuição do PMI para o Gerenciamento de Projetos foi o 
estabelecimento de padrões para a sua prática. O principal documento feito com esse 
objetivo é o PMBOK Guide, A Guide to the Project Management Body of Knowledge, 
que descreve as áreas de conhecimento envolvidas no Gerenciamento de Projetos. 
O PMBOK é reconhecido mundialmente e também aprovado como um Padrão 
Nacional Americano (ANS). 
 
 
 
 
6 
 
Outras associações e manuais 
A maioria das associações de gerenciamento de projeto surgiram a partir do 
final da década de 1960, de acordo com o PMI. Assim como o PMI as outras 
associações perceberam a necessidade de elaborar um material de referência para 
seus membros utilizarem, que servissem como um padrão e também como base para 
a formação e certificação de profissionais. Vale destacar as seguintes associações e 
seus respectivos manuais. 
A ISO 10006:2007, Quality management: Guidelines to quality in project 
management, é o padrão internacional desenvolvido pela ISO para a gestão da 
qualidade em empreendimentos, mais especificamente para o gerenciamento de 
projetos. Esse padrão é similar ao PMBOK, contudo, os padrões da ISO são muito 
menos detalhados. No Brasil a ABNT tem o seu equivalente que é a NBR 10006:2006. 
A International Project Management Association (IPMA), sediada na Suíça e 
seu manual IPMA Competence Baseline (IBC). Ela pode ser classificada como a 
opção européia ao PMI. No Brasil, a Associação Brasileira de Gerenciamento de 
Projetos (ABGP) é filiada a IPMA e adotando também seu manual, o Referencial 
Brasileiro de Competências (RBC) em Gerenciamento de Projetos. 
A Association for Project Management (APM), sediada na Inglaterra e seu 
manual APM Project Management Body of Knowledge. 
Por fim, vale a pena mencionar o Project Risk Management International 
Association (PRMIA), associação internacional criada para reunir indivíduos e 
organizações interessados na área de gestão de riscos, e seu manual The Risk 
Manager Handbook. Essa associação também tem uma filial brasileira. 
 
Associação Site 
PMI http://www.pmi.org 
PMI Brasil http://www.pmi.org.br 
IPMA http://www.ipma.co.uk 
ABGP http://www.abgp.org.br 
APM http://www.apm.org.uk 
PRMIA http://www.prmia.org 
 
 
http://www.pmi.org/
http://www.pmi.org.br/
http://www.ipma.co.uk/
http://www.abgp.org.br/
http://www.apm.org.uk/
http://www.prmia.org/
asaco
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asaco
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7 
 
2.1 Ferramentas de gestão de projetos 
Diante de todos os recentes avanços tecnológicos dos últimos tempos, 
importantes recursos de automação têm surgido para que os gestores de diversas 
áreas lidem melhor com as tarefas do dia a dia. Em vista das possibilidades existentes, 
todo o mercado empresarial passou a contar com diferentes ferramentas para otimizar 
a gestão. 
São vários os modelos, as técnicas e as ferramentas que emergiram ou se 
reciclaram para auxiliar e potencializar o crescimento das organizações. Veja algumas 
dessas ferramentas a seguir. 
Gráfico de Gantt 
O engenheiro e consultor de empresas Henry Gantt foi um pioneiro na 
humanização da Administração. Ao trabalhar para otimizar processos, o profissional. 
Henry Gantt colaborou por muitos anos com Frederick Taylor, que é considerado hoje 
o pai da administração científica. Sua visão diferenciada, de que o ser humano deve 
ser o foco dentro da indústria, fez dele o precursor de métodos administrativos mais 
humanizados e menos autoritários adotados durante os anos que se seguiram. 
Henry Gantt, com uma mente à frente de seu tempo, se tornou referência na 
administração pelo Diagrama elaborado por ele e que leva seu nome o Gráfico de 
Gantt. 
Com a ferramenta, sua proposição era tornar racionalizadas e manter sob seu 
controle quaisquer operações de produção em curso que estivesse administrando, em 
qualquer âmbito. Se, hoje, o Diagrama de Gantt é uma ferramenta simples adotada 
largamente pelos administradores, em sua época ele mudou radicalmente e para 
melhor a administração da produção. 
Também conhecido como Diagrama de Gantt, o Gráfico de Gantt é uma 
ferramenta que possibilita a visualização do progresso dos projetos em curso. 
Em síntese, ele consiste em um recurso visual de monitoramento das 
atividades, que fornece o status de todas as tarefas pertencentes ao escopo do 
empreendimento. 
 
 
8 
 
Um dos grandes atributos desse tipo de gráfico é sua forma de apresentação 
dos dados, que possibilita uma compreensão bastante intuitiva por todos aqueles que 
o observam, sejam ou não gestores. 
No gráfico de Gantt, os intervalos de tempo correspondem ao início e ao fim de 
cada etapa do projeto em andamento. Essas fases surgem no gráfico representadas 
por barras em um eixo horizontal. Assim, cada barra é equivalente a uma determinada 
demanda e pode conter, além da tarefa em si, o tempo disponível para realizá-la e os 
recursos humanos designados para sua execução. 
A atualização diária do gráfico, conforme decorrem os dias de realização da 
atividade, mostra a evolução das demandas. Assim, ele comunica, de maneira visual, 
aquelas que estão próximas do vencimento de seus prazos. 
Ele funciona, então, como uma linha do tempo, que enumera as atividades 
envolvidas, estabelecendo limites de início e fim para cada uma delas. 
Cinco partes principais do Gráfico de Gantt: 
• Tempo: O tempo é fator crucial das atividades de gerenciamento e um dos 
pontos mais complexos para se gerir. No Gráfico de Gantt, o eixo horizontal 
principal representa o tempo do projeto. Ele pode ser dividido em horas, dias, 
meses, ou até mesmo anos, de acordo com as suas necessidades. 
• Responsáveis: Em um plano de ação nos moldes 5W2H, por exemplo, um dos 
fatores envolvidos é a definição de um responsável (Who ou quem, entre os 
W’s). Ou seja, cada etapa de sua consecução nomeia um responsável que, 
mesmo tendo pessoas sob sua supervisão, é quem responde pela execução 
da tarefa. Assim, a parte do Gráfico de Gantt que trata dos responsáveis define 
quem são as pessoas e equipes que se comprometem a responder pelas 
diferentes etapas do projeto. 
• Barras: As barras são distribuídas horizontalmente e representam as tarefas. 
O tamanho varia de acordo com o tempo que vão levar até que sejam 
finalizadas. Elas são o elemento visual mais importante do Diagrama, pois vão 
ser a principal fonte de acompanhamento do desenrolar do projeto. 
• Setas: As setas demarcam as relações de interdependência. Elas definem 
quais tarefas dependem da finalização de outras e quais estão diretamente 
relacionadas entre si. 
 
9 
 
• Objetivos e metas: Por último e não menos importantes, os objetivos e as metas 
são marcas no gráfico que funcionam como uma espécie de demarcação 
vertical ou linha de chegada, avisando sobre o final de etapas importantes ou 
até mesmo o fim do projeto. 
Na prática, para ilustrar de modo mais prático, imaginemos o projeto de um 
software, por exemplo. Os requisitos do sistema devem ser levantados antes de 
quaisquer ações serem colocadas em prática. Ainda que algumas atividades possam 
ser realizadas em paralelo, para a entrega dos requisitos, existem aquelas que devem 
ser feitas primeiro. Somente depois que elas são finalizadas é que as outras podem 
começar. 
Ou seja: a primeira deve ser completada em tempo hábil, para que não venha 
a prejudicar o andamento das próximas. E as atividades em paralelo também 
precisamacontecer de forma concomitante às demais, para que o prazo não sofra 
prejuízos. 
Por isso, o Gráfico de Gantt é considerado uma das melhores ferramentas de 
gestão de projetos. Ele fornece um acompanhamento visualmente otimizado das 
atividades, evitando a necessidade de geração, análise e cruzamento de diferentes e 
complexos relatórios para se aferir o status das atividades do projeto. 
A suíte de aplicativos do Office, amplamente adotada no meio corporativo, 
oferece a possibilidade de montar um Gráfico de Gantt utilizando softwares como o 
Excel ou o Outlook. 
Tomando como base o Excel, que é um dos mais populares softwares de 
planilhas eletrônicas, você pode montar um Gráfico de Gantt básico, a partir de uma 
tabela simples, de três colunas, contendo: tarefas envolvidas no projeto; dias 
decorridos desde o início do prazo de cada tarefa; dias que restam para conclusão da 
tarefa. 
A tecnologia, que facilita a aplicação dessas ferramentas, é aliada do sucesso, 
na medida em que atua fortemente para o aumento de produtividade e a lucratividade 
de um negócio. Não a utilizar a seu favor é, basicamente, perder dinheiro. 
 
 
 
 
10 
 
Microsoft Project 
Contemporâneo do MS-DOS, o Microsoft Project é considerado um dos 
aplicativos mais adequados à área de gerenciamento de projetos. Isso porque ele 
evoluiu junto com os sistemas operacionais da gigante norte-americana que o produz 
e empresta seu nome a esse software. 
O programa proporciona aos líderes facilidades como: Calendários detalhados, 
distribuidores automáticos de tarefas e visualização de dados em múltiplos ângulos, 
entre outras vantagens. 
MS Project é um dos produtos da Microsoft, sendo o mais popular para criação 
de cronogramas. O Project gerencia 3 fatores de seu projeto, de forma 
interdependentes e sujeitos as alterações no decorrer do processo. Sendo que, se 
houver modificação em um dos fatores, os outros também serão afetados. Estes 
fatores são: Tempo, recursos e o escopo. 
Veja as principais etapas para criação de um cronograma no MS Project, desde 
um projeto que pode ser simples como o planejamento de uma viagem, até projetos 
mais complexos como a construção de um edifício ou uma usina hidrelétrica. 
 
Fonte: Apostila MS Project 2013: Um breve resumo de aplicações 
 
 
 
11 
 
 MATEMÁTICA FINANCEIRA 
A matemática financeira é um dos mais importantes pilares das diversas áreas 
que envolvem a gestão empresarial. 
Em um mercado dinâmico e complexo, o conhecimento da matemática torna-
se elemento básico para profissionais que estejam envolvidos nas operações de 
qualquer organização, de grande ou pequeno porte, nacional ou internacional, pública 
ou privada. Seu uso é indispensável e se estende por toda a estrutura empresarial. 
A matemática financeira e comercial tem sido adotada como instrumento 
estratégico onde compreendem sua aplicação, inclusive, quando a utilizam para obter 
vantagens negociais quase que imperceptíveis para a outra parte contratante, porém 
com consequências expressivas no resultado final.
Para exemplificar melhor, vamos observar como ocorre na prática. 
 
 
 
“A empresa CBX deseja comprar uma máquina no valor de R$ 20.000. A 
empresa não quer pagar juros ao banco, fixado em 8%. O comerciante oferece uma 
opção: 5% ao mês de juros, o valor total será R$ 21.000. Metade à vista (R$ 10.500), 
a outra metade no próximo mês”. Nesse caso, é preciso notar que o comprador está 
pagando R$ 10.500 à vista. Não pode correr juro algum sobre essa parte. Como o valor 
total à vista era R$ 20.000, o saldo financiado é de apenas R$ 9.500 (R$ 20.000 menos 
R$ 10.500). Depois de 30 dias, o comprador vai pagar outra parcela R$ 10.500, que 
é 11% maior que o verdadeiro valor financiado de R$ 9.500. Ou seja, a taxa de 
juros real da operação é quase 11% ao mês – 3% superior à fixada pelo banco. Pelo 
exposto, percebe-se que o vendedor está maximizando seus lucros apenas utilizando 
a matemática a seu favor, enquanto o comprador está contratando uma operação 
menos benéfica aos negócios justamente por não compreendê-la. 
Fonte: Gabriel Tavares (Graduado em Direito pelas Faculdades COC, pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto 
Brasileiro de Estudos Tributários (IBET). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://fia.com.br/blog/matematica-financeira/
 
12 
 
 
Fonte: vendamais.com.br 
Podemos observar como uma simples operação de compra e venda pode 
afetar de maneira significativa o resultado esperado pelo vendedor e comprador, não 
é difícil imaginar a importância desse instrumento nas complexas operações que 
envolvem a gestão de um negócio, inclusive na análise de contratos, financiamentos, 
operações com mercadorias e projetos. 
3.1 Elementos conceituais básicos da matemática financeira 
• Valor atual (VP) 
Pode ser chamado de principal, capital inicial, valor presente, valor atual, 
montante inicial, valor de aquisição, valor à vista. O valor atual é o valor a ser aplicado 
por meio de alguma operação financeira. 
• Valor futuro (VF) 
Valor Futuro (siglas VF ou FV) permite estimar como valores irão evoluir ao 
longo do tempo, levando em consideração uma taxa de juros para a correção do 
dinheiro no período. É importante no planejamento da aposentadoria e em 
investimentos em geral. Pode ser chamado de montante, montante final, valor futuro. 
É o valor de resgate. 
 
 
13 
 
• Juros (J) 
O grande objetivo da matemática financeira é permitir a comparação de valores 
em diversas datas de pagamento ou recebimento, e o elemento-chave para a 
comparação desses valores é a taxa de juros. 
Na prática da matemática financeira, o juro é o elemento que nos permite levar 
um valor datado de uma data para outra, isto é, são os juros que nos permitem levar 
um Valor Presente para um Valor Futuro ou vice-versa. Enfim, são esses que nos 
permitem comparar valores e decidir pela melhor alternativa de compra, venda ou 
pagamento, os juros representam a remuneração do capital empregado em alguma 
atividade produtiva. O juro pode ser simples ou composto. 
• Regime de capitalização 
Os juros são normalmente classificados em simples ou compostos, 
dependendo do processo de cálculo utilizado. Ou seja, se um capital for aplicado a 
certa taxa por período, por vários intervalos ou períodos de tempo, o valor do montante 
pode ser calculado segundo duas convenções de cálculo, chamadas de regimes de 
capitalização: capitalização simples (juros simples) e capitalização composta (juros 
compostos). 
Juros simples: o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o 
capital inicial emprestado ou aplicado, ou seja, os juros gerados em cada período são 
sempre os mesmos. 
Juros compostos: o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo 
no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada intervalo de tempo é 
incorporado ao capital inicial e passa a render juros também. 
Os juros compostos são mais utilizados nas operações empresariais e no 
comércio, principalmente em operações de médio e longo prazo. O juro simples é mais 
utilizado em operações de curtíssimo prazo, por exemplo, em duplicatas. 
• Taxa de juros (i) 
A taxa de juros representa os juros numa certa unidade de tempo. A taxa 
obrigatoriamente deverá explicitar a unidade de tempo. Por exemplo, o juro pode ser 
diário, semanal, mensal, bimestral etc. 
O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para 
empréstimos definem qual deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de 
juros. A taxa de juros pode ser nominal ou efetiva. 
 
14 
 
 
• Tempo (n) 
Quando se diz “tempo” na matemática financeira, leia-se número de períodos. 
Por exemplo, se uma taxa é mensal, o tempo corresponde ao número de períodos de 
um mês; por outro lado, se a taxa é semestral, o tempo corresponderá ao período de 
um semestre. 
3.2 Como aprender e aplicar os conceitos da Matemática Financeira?A matemática financeira não é um conteúdo de assimilação imediata, pelo 
contrário, envolve um estudo gradativo e prático. Portanto, não sendo possível 
compreendê-la apenas com uma simples leitura de um texto. Pelo contrário, 
recomenda-se o estudo por meio de um conteúdo interativo. 
Lembrando que há algum tempo, o conhecimento da matemática financeira e 
comercial era limitado àqueles que dominavam o conteúdo matemático. Assim, a 
compreensão dessa ferramenta exigia domínio matemático de diversas formas, o que 
dificultava o acesso à boa parte dos profissionais. Atualmente é muito mais favorável 
ao aprendizado da matemática financeira, graças à disponibilização de novos meios 
tecnológicos que facilitam o aprendizado e a aplicação do seu conteúdo. 
A matemática financeira pode ser utilizada por qualquer profissional inclusive 
por aqueles que possuem dificuldade com o aprendizado matemático, podemos citar 
como exemplo o uso comum de duas importantes ferramentas tecnológicas: o Excel 
e a calculadora HP-12C. 
O Excel é um aplicativo que permite a criação e o gerenciamento de planilhas 
eletrônicas, no entanto, sua utilização não se restringe apenas a esse aspecto, tendo 
aplicações mais diversas quanto se possa imaginar. 
Entre as vantagens da utilização do Excel, podemos mencionar: automatização 
de cálculos, fórmulas intuitivas, fórmulas parametrizadas, registro das operações, 
facilidade de correção de valores e fórmulas etc. 
Nesse sentido, o Excel tem sido um instrumento facilitador para a compreensão 
e aplicação da matemática financeira pelos profissionais contábeis, tributários, 
gerentes, diretores, investidores, dentre outros, inclusive, por usuários que não 
tenham muito domínio matemático. 
 
15 
 
A HP-12C possui várias facilidades que agregam à rotina profissional de 
profissionais das mais diversas áreas. Possui uma estrutura simples que facilita o 
aprendizado, a calculadora emprega uma lógica de cálculo incomum, a Notação 
Polonesa Reversa – RPN. Nela, primeiro digitam-se os números e, só depois, indica-
se que operação deve ser feita com eles. Essa maneira de calcular evita o uso de 
parênteses e do sinal de igual. O maior desafio, de utilização, passa a ser a 
compreensão e o uso dessa ferramenta, de forma a tirar proveito de todas suas 
funcionalidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FUNDAMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DE PROJETOS 
4.1 Qual é o Objetivo de uma empresa? 
Uma empresa pode ter vários objetivos; ser uma grande empresa, exportar 
para diversos países, ser líder de mercado, recordes em produção, produzir com 
responsabilidade, valorizar seus trabalhadores. São vários os objetivos de uma 
empresa. O principal objetivo de uma empresa é produzir com poucos custos obtendo 
o maior lucro possível, ou seja, o principal objetivo da empresa é gerar lucros. 
 
Segundo Oliveira; Peres; Silva 2002. “A definição dos objetivos 
organizacionais de uma empresa ou grupo empresarial é competência de sua 
administração. Ou seja, é dela a incumbência de traçar os objetivos e também 
de idealizar ferramentas que venham fazer cumprir esses objetivos. ” (Apud 
Barbosa, 2016 p. 05). 
 
16 
 
 
Fonte: cotanet.com.br 
Ressaltando que a empresa precisa ser bem administrada para que se tenha 
exatamente qual é o seu resultado, se o resultado não for positivo é preciso retificar 
os erros antes que seja tarde demais, na maioria das vezes a empresa até apresenta 
lucro, mas não significa necessariamente que a empresa está bem. É preciso avaliar 
qual foi o investimento e se o retorno está de acordo com o esperado. 
Por outro lado, se a empresa está dando um retorno bastante favorável, é 
preciso que seja avaliada a possibilidade de novos investimentos, avaliar o mercado 
é preciso lembrar ainda que a rentabilidade de um mês pode não se repetir no mês 
seguinte. O dinheiro gera dinheiro, mas se não soubermos utilizá-lo da maneira 
correta podemos ter uma enorme dor de cabeça. 
 
 
 
 
 
17 
 
4.2 Planejamento financeiro 
Gitman (1997, p.588) menciona “O planejamento financeiro é um dos 
aspectos importantes para funcionamento e sustentação de uma empresa, 
pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na 
consecução de seus objetivos. Dois aspectos-chave do planejamento 
financeiro são o planejamento de caixa e de lucros. O primeiro envolve o 
planejamento do orçamento de caixa da empresa; por sua vez, o 
planejamento de lucros é normalmente realizado por meio de demonstrativos 
financeiros projetados, os quais são úteis para fins de planejamento 
financeiro interno, como também comumente exigidos pelos credores atuais 
e futuros. ” (Apud Lucion, 2005, p.04). 
Um bom planejamento financeiro deve prevenir o que acontecerá caso o 
planejado não ocorra, frustrando as expectativas dos executivos e do mercado ou se 
o mercado não estiver aquecido o suficiente para retornar o resultado esperado. Deste 
modo, o objetivo do planejamento financeiro é evitar surpresas e desenvolver planos 
alternativos. 
Por meio do planejamento financeiro as metas estabelecidas para o 
crescimento de uma empresa atingem resultados satisfatórios. O planejamento 
financeiro ocupa-se da parte financeira, na qual pode-se destacar, os elementos da 
política de investimento e financiamento da empresa, sem examinar detalhadamente 
os componentes individuais dessas políticas. 
É de suma importância ter um bom conhecimento do negócio para uma análise 
das políticas de investimento e financiamento. O planejamento financeiro torna-se um 
instrumento indispensável para a estratégia empresarial fornecendo um relatório 
técnico para os executivos tomarem decisões que consequentemente trazem 
crescimento em uma empresa. 
Uma empresa tem como principal objetivo à criação e obtenção de lucro, porém 
outros objetivos também são dos quais destaca-se, uma maior taxa de retorno do 
capital, participação do mercado, obtenção de recursos financeiros. Um bom 
planejamento financeiro é a forma de garantir que os objetivos e planos traçados em 
relação às áreas particulares de operação da empresa sejam viáveis e internamente 
coerentes. O planejamento financeiro ajuda a estipular metas, deixando os gestores 
motivados, oferecendo os mecanismos para avaliação dos resultados. 
De modo paralelo, um planejamento financeiro atribui a empresa à 
oportunidade de desenvolver, avaliar e comparar muitos cenários de diferentes 
 
18 
 
ângulos, permitindo assim, que questões relativas às linhas futuras de negócios da 
empresa e os melhores projetos de financiamento se necessários, sejam analisados. 
Segundo Weston (2000, p.342), “O planejamento financeiro envolve a 
realização de projeções de vendas, renda e ativos baseados em estratégias 
alternativas de produção e de marketing, seguidas pela decisão de como atendes às 
necessidades financeiras previstas” (Apud Lucion, 2009). 
A ausência de um planejamento financeiro a longo prazo é o principal motivo 
de ocorrência de dificuldades e falências de empresas. Planos financeiros a longo 
prazo possuem a tendência a serem custeados por planos financeiros a curto prazo e 
estão ligados a planejamento estratégico da organização. 
4.3 Ativo e Passivo 
ATIVO 
 
Representa os direitos que a entidade possui junto a terceiros e os bens 
pertencentes a ela. O ativo também corresponde às aplicações e recursos de uma 
entidade. 
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de transações 
passadas ou eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios 
econômicos para a entidade. 
As entidades normalmente obtêm ativos comprando ou produzindo, mas outras 
transações ou eventos podem gerar ativos, podemos citar por exemplo: Um imóvel 
recebido do governo como parte de um programa para fomentar o crescimento 
econômico da região onde se localiza a entidade ou a descoberta de jazidas minerais. 
Transações ou eventos previstos para ocorrerno futuro não podem resultar, por si 
mesmos, no reconhecimento de ativos; por isso, por exemplo, a intenção de adquirir 
estoques não atende, por si só, à definição de um ativo. 
 
Bens 
Contabilmente, tudo aquilo que é útil à entidade e pode ser representado 
monetariamente é denominado BEM. Os bens podem ser classificados de diversas 
 
19 
 
formas. De acordo com sua natureza e finalidade, os bens podem ser assim 
classificados: 
Quanto à natureza: 
• Bens tangíveis: Bens corpóreos, que têm forma física, palpáveis. Exemplos: 
Veículos, máquinas, edificações, mercadorias, dinheiro etc.; 
• Bens intangíveis: Bens incorpóreos, que não têm forma física. Exemplos: 
marcas, patentes, softwares, direitos autorais etc. 
Quanto à finalidade: 
• Bens numerários: Bens que representam disponibilidades em dinheiro. Esses 
bens são registrados na conta Caixa. 
• Bens de venda: ativos que pertencem à entidade e que há a intenção de sua 
venda. Normalmente, os bens de venda são aqueles registrados na conta 
Estoque, como matéria-prima, mercadorias, produtos em elaboração, produtos 
acabados. 
• Bens de uso: Bens que pertencem à entidade, mas que não há intenção de 
venda. Esses bens têm como finalidade gerar benefícios para a empresa 
mediante o seu uso, mas não mediante sua venda. Exemplos: bens registrados 
no ativo imobilizado (máquinas, edificações, veículos, hardwares, imóveis, 
terrenos etc.) e no ativo intangível (marcas, patentes, softwares, direitos 
autorais etc.); 
• Bens de renda: Bens que pertencem à entidade e que geram benefícios 
mediante sua valorização ou locação. Exemplos: participações societárias em 
outras empresas, imóveis para locação etc. 
 
Direitos 
Contabilmente, direitos representam o poder de receber ou de compensar 
alguma coisa em benefício da própria entidade. Representam créditos da entidade 
junto a terceiros (governo, empregados, empresas etc.). Direitos representam 
recursos da entidade em posse de terceiros. Assim, se a entidade tem direito a receber 
algo, há um terceiro que tem a obrigação correspondente. Exemplos de contas 
contábeis do ativo que representam direitos: 
 
20 
 
• Clientes ou Duplicatas a receber: registra o direito de receber determinado valor 
por venda de ativos ou por prestação de serviços para recebimento a prazo; 
• Adiantamento de salários: registra o direito de a entidade compensar o valor 
adiantado a empregado quando ocorrer o posterior pagamento do salário; 
• Tributos a recuperar: registra o direito que a entidade possui de compensar o 
valor do tributo pago a maior ou pago antecipadamente. 
Duplicata é um título de crédito emitido pelo credor em uma transação de 
compra venda de mercadorias ou de prestação de serviços. A entidade vendedora ou 
prestadora do serviço emite uma duplicata para cobrança da mercadoria vendida ou 
do serviço prestado, a qual deverá ser aceita pelo comprador (devedor). Assim: 
• Duplicata emitida = vendedor (direito, ativo); 
• Duplicata aceita = devedor (obrigação, passivo). 
Nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor em favor de determinada 
pessoa, com o objetivo de representar uma promessa de pagamento. Assim: 
• Nota promissória emitida = devedor (obrigação, passivo); 
• Nota promissória aceita = credor (direito, ativo). 
O sacador da duplicata é o emitente, ou seja, o credor. O sacado da duplicata 
é o comprador, ou seja, o devedor. 
 Na nota promissória, o sacado é o emitente, ou seja, o devedor. Já o 
beneficiário é o credor. 
 PASSIVO 
Representa as obrigações (dívidas) da entidade para com terceiros. As contas 
do passivo representam recursos de terceiros em posse da entidade. O passivo 
também pode ser denominado Passivo Exigível ou Capital de Terceiros e corresponde 
às Origens de recursos de uma entidade. 
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já 
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de 
gerar benefícios econômicos. Uma característica essencial para a existência de um 
passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente. 
 
21 
 
Assim, por exemplo, a aquisição a prazo de mercadorias ou de serviços resulta 
em contas a pagar, e a obtenção de um empréstimo resulta na obrigação de liquidá-
lo. São exemplos de contas do passivo: 
• Fornecedores ou Duplicatas a pagar: registra a obrigação da entidade de pagar 
determinado valor por compras ou contratação de serviços a prazo; 
• Empréstimos e financiamentos obtidos; 
• Provisões passivas – 13º salário, de férias, de contingências etc.; 
• Notas promissórias a pagar (ou emitidas) 
• Tributos a recolher (ou a pagar); 
• Salários a pagar. 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Patrimônio Líquido (PL) é a diferença entre o Ativo e o Passivo de uma 
entidade, ou seja, é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos 
os seus passivos. O patrimônio líquido pode também ser denominado Riqueza líquida, 
Capital próprio, passivo não exigível, situação líquida. Também corresponde, 
juntamente com o passivo, às origens de recursos. 
 
 
No patrimônio líquido são 
registrados os recursos aportados 
pelos sócios, o resultado do exercício 
(lucro ou prejuízo), as reservas 
resultantes de apropriações de lucros 
(Reservas de lucros) e as reservas para 
manutenção do capital (Reservas de 
capital). 
 
 Fonte: investorcp.com 
 
 
 
22 
 
 
RECEITAS E DESPESAS 
 
As receitas e as despesas são conhecidas como variações patrimoniais e não 
são contas patrimoniais, ou seja, não são contas do ativo, do passivo e do patrimônio 
líquido. 
Quando somadas as receitas e despesas de uma entidade, chega-se ao 
resultado em determinado período. Se as receitas foram superiores às despesas, a 
entidade apurou “Lucro Líquido”. Se as despesas foram superiores às receitas, a 
entidade apurou “Prejuízo”. Esse resultado, lucro líquido ou prejuízo, é registrado no 
patrimônio líquido. Daí, conclui-se que receitas têm efeito positivo no PL, e as 
despesas têm efeito negativo no PL. 
• Receitas: Variações patrimoniais que aumentam o patrimônio líquido de uma 
entidade em determinado período. Podemos citar como exemplo, rendimentos 
de aplicações financeiras, pagamento de uma dívida com desconto, 
recebimento de um direito com juros, recebimento de uma doação etc. O 
Pronunciamento Conceitual Básico CPC Estrutura para a Preparação e a 
Apresentação das Demonstrações Contábeis define assim as receitas: “são 
aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma 
de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que 
resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de 
aporte dos proprietários da entidade”. 
• Despesas: Correspondem às variações patrimoniais que reduzem o patrimônio 
líquido de uma entidade em determinado período, seja por um evento que 
provocou uma redução do ativo sem a correspondente diminuição do passivo, 
seja pelo evento que provocou um aumento do passivo sem o correspondente 
incremento do ativo. São exemplos de despesa: baixa de um ativo por perda 
ou perecimento, pagamento de uma dívida com juros, recebimento de um 
direito com desconto, registro de uma dívida sem registro de um ativo 
correspondente etc. 
 
 
 
 
23 
 
4.4 Capital de Giro 
 O capital de giro é o dinheiro necessário para bancar a continuidade do 
funcionamento da sua empresa. 
O capital de giro garante a saúde financeira de uma empresa, proporcionando: 
• Recursos de financiamento aos clientes (nas vendas à prazo); 
• Mantendo os estoques; 
• Assegurando o pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou 
mercadorias de revenda), bem como o pagamento de impostos, salários e 
demais custos e despesas operacionais. 
 
 
Fonte: capitalsocial.cnt.br 
O capital de giro é a diferença entre os recursos disponíveis em caixa e a soma 
das despesase contas a pagar. 
Para calcular o Capital de Giro líquido (CGL), basta somar os Ativos Circulantes 
(Investimentos) e reduzir os Passivos Circulantes (Fonte de Recursos). 
 
CGL = AC – PC 
 
“AC ” é o ativo circulante e “PC” corresponde ao passivo circulante. 
 
24 
 
Ou seja, o Capital de Giro pode ser entendido como a quantidade de dinheiro 
que a empresa precisa para operar regularmente. E este recurso financeiro está 
alocado nos estoques, nas contas a receber, no caixa ou na própria conta corrente da 
empresa. 
Exemplo: Suponhamos a inauguração de uma pizzaria quando iniciar suas 
atividades ela irá precisar inicialmente de ter farinha de trigo, queijos, massa de tomate 
e outros itens que compõem o cardápio, além disso é preciso contar com bebidas, 
refrigerantes e cerveja. Estes itens estarão no Estoque da Pizzaria. 
As mercadorias em estoque, são necessárias para que o empreendimento não 
falhe na hora que o cliente solicitar uma pizza no cardápio, é um dinheiro que está 
parado na empresa. E até que o cliente não pague pela pizza, esse dinheiro parado 
precisa ser financiado por uma fonte. 
Agora imagine que o cliente pediu a pizza, comeu, e no final pediu para pagar 
no cartão de crédito. O empreendedor sabe que na hora que ele passar aquele cartão, 
levará cerca de 30 dias para efetivamente receber o dinheiro, esse recebível que está 
contabilizado na conta de Contas a Receber também é um dinheiro parado e que 
precisa de financiamento. 
Podemos concluir que os itens que estão no Balanço Patrimonial e nas contas 
do Ativo Circulante, tais como Estoques e Contas a Receber, são investimentos 
necessários para que a empresa opere, ou seja, o Capital de Giro. 
Podemos identificar que estes itens são um investimento, sendo assim quais 
são os recursos que financiam essa necessidade? 
Existem várias fontes para financiá-lo, mas temos aquela que é a natural, que 
se trata da fonte de recursos ligada a operação: os fornecedores. 
Então, supondo que aqueles itens de Estoque na Pizzaria foram adquiridos a 
prazo, ainda não foram pagos, assim não houve necessidade de financiamento do 
Capital de Giro. 
A conta de Fornecedores a Pagar no Balanço Patrimonial está no grupo de 
Passivo Circulante. Existem outras que assim como esta contribuem nesse 
financiamento como as Contas a Pagar por exemplo, Funcionários e Impostos a 
recolher. 
 
25 
 
Para compreendermos melhor a dinâmica do Capital de Giro é preciso 
conhecer os conceitos do Ciclo Econômico, Operacional e do Ciclo Financeiro de uma 
empresa. 
Suponhamos que nesta pizzaria a mercadorias permaneçam 42 dias em 
estoque, com uma média de recebimento de clientes igual a 60 dias sendo o 
pagamento a fornecedores em 30 dias. Teremos os seguintes valores para o cálculo 
dos ciclos como exemplo: 
Ciclo Econômico 
O ciclo econômico é o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. Vai 
desde a aquisição dos produtos até o ato da venda, não levando em consideração o 
recebimento das mesmas. 
Fórmula: 
Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME) 
 
 Exemplo: 
Ciclo Econômico = 42 dias 
Ciclo Operacional 
O conceito de ciclo operacional é bastante simples, ele é o intervalo de tempo 
gasto na execução de todas as atividades da empresa até o recebimento de suas 
vendas. Então temos dentre as atividades, a compra de matéria prima, pagamento 
dos fornecedores, a estocagem, a produção a venda e o recebimento das vendas. 
Compreende o período entre a data da compra até o recebimento de cliente. 
Caso a empresa trabalhe somente com vendas à vista, o ciclo operacional tem o 
mesmo valor do ciclo econômico. 
 
Fórmula: 
 
Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber 
(PMCR) 
 
 
26 
 
 Exemplo: 
Ciclo Operacional = 42 dias + 60 dias 
Ciclo Operacional = 102 dias 
Ciclo Financeiro 
Também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a 
fornecedores e o recebimento das vendas. Quanto maior o poder de negociação da 
empresa com fornecedores, menor o ciclo financeiro. 
O ciclo financeiro é o intervalo de tempo entre os eventos financeiros que 
ocorreram no ciclo operacional da empresa. 
 
Fórmula: 
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - Prazo Médio de Pagamento a 
Fornecedores (PMPF) 
 
Exemplo: 
Ciclo Financeiro = 102 dias - 30 dias 
Ciclo Financeiro = 72 dias 
 
Quando há necessidade em Capital de Giro, as empresas precisam de recursos 
para financiar sua operação, estes recursos podem ser de empréstimos bancários, ou 
de recursos dos próprios sócios. Por isso é muito importante tomar as decisões de 
compras e vendas com bastante critério, já que quanto maior for o prazo que você 
oferece ao seu cliente ou quanto maior forem as parcelas de vendas a prazo no seu 
faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter. 
Porém, pode ocorrer o inverso. A saída de recursos com pagamento do 
fornecedor pode ocorrer após as entradas do recebimento das vendas e essa sobra 
de recursos normalmente é alocada no caixa da empresa. 
Essa situação pode ser de dificuldades nas empresas a sobra de Capital de 
Giro, acredite! Pois os recursos em Caixa dão a falsa impressão que a empresa pode 
distribuir lucros, fazer investimentos em imobilizados ou utilizá-los de outras formas, e 
quando chega a hora de pagar fornecedores não há recursos suficientes. 
 
27 
 
Por isso é tão importante acompanhar os relatórios contábeis, pois eles 
poderão dar a dimensão real do que está ocorrendo com a empresa. 
É importante para a empresa, sempre buscar alternativas que resultem em 
ciclos financeiros reduzidos, observando sempre as limitações do mercado e o setor 
econômico inserido. 
Com ciclos menores temos o aumento do giro de negócios, proporcionando 
maiores retornos sobre os investimentos. No exemplo temos um ciclo financeiro de 72 
dias, isso significa dizer que durante 1 ano (360 dias) a empresa gira 5 vezes. Observe 
que após o pagamento a fornecedores, a empresa começa a financiar suas atividades 
com seu próprio capital de giro. Abaixo temos a diminuição do ciclo financeiro 
estendendo o pagamento a fornecedores de x' para x''. Outras medidas seriam a 
antecipação de vendas e de seus respectivos recebimentos. 
 
 
Fonte: portaldecontabilidade.com.br 
 
 
 
 
 
 
28 
 
4.5 Sociedade por ações 
 
Fonte:prof-paulo.grande.adv.br 
Conforme Ricardo Negrão (2003, p.3372 apud Tenório Ageu) a origem das 
sociedades por ações deriva da junção de diversos fatores os quais coligados levavam 
a união do Estado com investidores para empreender a alguma aventura mercantil. 
Esta relação ganhou destaque a partir da Idade Média, período em que os grandes 
descobrimentos passaram a incentivar as aventuras comerciais. 
A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a 
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das 
ações subscritas ou adquiridas. 
A regulação das S/A está estabelecida na Lei 6.404/1976, com alterações 
posteriores. O estatuto social definirá o objeto de suas atividades de modo preciso e 
completo. 
A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões 
"companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviada, mas 
vedada a utilização da primeira ao final. 
A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se 
por deliberação dos subscritores em assembleia-geral ou por escritura pública, 
considerando-se fundadores todos os subscritores. 
 
29 
 
O estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda 
nacional. 
O capital social é repartido em partes chamadas ações. É a soma de toda 
contribuição dos sócios, isto é, o montante financeiro pertencente à companhia. Com 
essa quantia a sociedade dá início a parte econômica. O capital social é expresso em 
moeda nacional e pode compreender qualquer espécie de bem que possa ser 
avaliadoem dinheiro durante seu processo de formação. São instituídas por lei 
algumas regras que delimitam os valores dos bens que farão parte do capital social. 
• Redução de capital: pode ocorrer por desvalorização das ações ou por excesso 
ou falta de subscritores (alguém que ingressa na sociedade, adquirindo ações); 
• Aumento de capital: ocorre quando as ações se valorizam ou há entrada de 
subscritores, pois eles adquirem ações, aumentando o patrimônio da 
companhia. 
Sociedade de Capital: As ações de uma sociedade anônima podem ser 
transmitidas para qualquer pessoa sem se importar com a característica do sócio. O 
estatuto não pode proibir esse tipo de negociação, mas pode limitá-la. 
Responsabilidade do Acionista - A responsabilidade do acionista é limitada ao 
valor das ações adquiridas e subscritas. Assim que a ação for integrada, o acionista 
não terá nenhuma responsabilidade suplementar. 
Podem ser divididas em dois tipos: 
Capital aberto (quando seus valores mobiliários podem ser negociados no 
mercado de valores - bolsa de valores ou mercado de balcão) e; 
Capital fechado (seus valores mobiliários não passam por negociações na 
bolsa ou no mercado de balcão). 
É importante saber a diferença entre as duas, suas principais características e 
as vantagens e desvantagens. Outro elemento essencial é a questão das ações. Elas 
podem restringir os direitos e as vantagens do acionista e mostram o tamanho da 
empresa. 
Principais Órgãos 
As sociedades anônimas possuem uma estrutura fixa, determinada pela lei 
6.404/76. Deve existir uma divisão de órgãos dentro das companhias para que não 
 
30 
 
haja relação de vantagem e desvantagens entre grupos, além de manter a legalidade 
de tudo que se pratica dentro da empresa. 
Assembleia Geral 
É o órgão mais poderoso no que diz respeito às decisões da empresa. A 
responsabilidade da assembleia é reunir os acionistas para discutir os interesses da 
companhia. Através de eleição, é possível decidir sobre o futuro dela ou mesmo 
destituir membros da administração e do conselho fiscal. Existem, ainda, a 
Assembleia geral ordinária e Assembleia geral extraordinária. A primeira é obrigatória, 
anual e visa discutir matérias pré-estabelecidas. A segunda pode ser convocada a 
qualquer momento quando houver necessidade de debater assuntos residuais ou 
urgentes. Com o objetivo de modernizar o contato entre os acionistas, a Lei das S.A. 
instituiu em 2011 uma autorização para que os acionistas de companhias abertas 
pudessem realizar assembleias gerais à distância, podendo até realizar votações. 
Elas são chamadas de Assembleias Eletrônicas ou Votações Eletrônicas. 
Conselho de Administração 
É um órgão facultativo. Só precisa existir caso a sociedade seja do tipo dualista, 
isto é, quando, além da assembleia geral, existe outro órgão com poder de fiscalizar 
a diretoria, que, no caso, é o conselho de administração. É também um órgão 
deliberativo e composto por acionistas escolhidos pela assembleia geral, os 
chamados conselheiros. A principal função do conselheiro é agilizar as decisões. 
Cabe a ele também se reunir com os outros conselheiros para que possam discutir os 
negócios da empresa e fiscalizar o trabalho dos diretores. 
Possuem os seguintes tipos de acionistas: 
Acionista Controlador - é um grupo, empresa ou indivíduo que precisa ser 
escolhido por meio de voto, o que lhe dá o poder de controle da companhia; 
Acionista Majoritário - aquele que detém boa parte das ações ordinárias, 
representado por mais de 50%; 
Acionista Minoritário - aquele que tem uma pequena parcela em ações. 
O conceito de acionista controlador evoluiu e, assim, foi definido que ele não 
está associado apenas à pessoa (física ou jurídica) que detém a maioria das ações 
 
31 
 
com direito a voto. É observado na sociedade quem verdadeiramente exerce o poder 
de controle, quer seja um grupo de acionistas ou uma pessoa. 
Essa regra geral do comando das companhias parte do pressuposto de que as 
sociedades são feitas para atender aos interesses dos sócios e, portanto, aquele que 
é selecionado por voto na assembleia geral pode decidir pelos seus próprios 
interesses dentro da empresa. 
No Brasil, as sociedades anônimas foram aceitas por lei no Brasil em 1850. 
Nessa época, as sociedades eram abertas para funcionar por tempo determinado. Ao 
fim do prazo, elas eram dissolvidas. Cerca de trinta anos depois, estabeleceu-se uma 
lei para regulamentar esse tipo de companhia. No século XX, com a evolução 
comercial do país, o funcionamento das S/As se tornou mais eficiente, tanto as 
nacionais quanto as estrangeiras. 
Em 1976, uma reforma na lei de número 6.404 favoreceu os acionistas 
minoritários de sociedade anônima de capital aberto, que não eram privilegiados por 
causa de algumas falhas no decreto anterior. Depois, ela foi sendo complementada e 
modificada por causa das mudanças nos planos econômicos e crises financeiras 
enfrentadas no país. 
4.6 Fluxo de Caixa 
O fluxo de caixa constitui-se em instrumento essencial para que a empresa 
possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Logo o fluxo de caixa 
deverá refletir, com precisão, a situação econômica da empresa. 
Em termos financeiros é a capacidade de honrar seus compromissos também 
pode ser chamada de liquidez. Conforme Zdanowicz; (2004 pág. 15, apud Antônio 
José 2005). “Para a análise e a segurança da mesma, o instrumento estratégico que 
pode e deve ser amplamente utilizado é o Fluxo de Caixa”. 
Esta ferramenta pode ser também conceituada como o instrumento utilizado 
pelo administrador financeiro com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e 
desembolsos financeiros da empresa, em determinado momento, prognosticando 
assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível desejado pela 
empresa. 
 
32 
 
O fluxo de caixa pode ser elaborado em função de sua projeção. A curto prazo 
para atender as necessidades para empresa, principalmente, de capital de giro, que 
é o caso de nosso estudo, e a longo prazo para fins de investimento em bem do ativo 
permanente. 
O fluxo de caixa tem como propósito básico a projeção das entradas e das 
saídas de recursos financeiros para determinado período, proporcionando dessa 
maneira um planejamento do fluxo de recursos, tendo como resultado o diagnóstico 
da necessidade de se captar empréstimos ou disponibilidade de aplicar o excedente, 
mas atividades mais rentáveis da empresa. 
O fluxo de caixa não somente permite ao gestor financeiro uma visão real da 
situação da empresa, tanto em termos de equilíbrio de caixa como os recursos 
disponíveis, contrapondo a Demonstração de Resultado do Exercício, que informa 
somente a situação econômica da empresa em um dado momento. 
O processo de elaboração e planejamento do fluxo de caixa da empresa está 
embasado na construção de uma estrutura capaz de coletar, processar e utilizar as 
informações de forma segura para estimar os futuros ingressos e desembolsos de 
caixa conforme as intenções e necessidades da empresa. 
Conforme IUDÍCIBUS, MARTINS, GELBECKE, (2003, apud ALLAN Marcos, 
SANDERSON Idelmo, 2012). A demonstração do fluxo de caixa é dividida de acordo 
com a função e classificação das atividades de sua estrutura e possui o objetivo de 
qualificar a movimentação, identificando se sua natureza é operacional de 
investimento ou financiamento. 
Requisitos de importância para implantação do fluxo de caixa, segundo 
(ZDANOWICZ, 2000). 
• Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara dos 
níveis de responsabilidade de cada área. 
• Integração dos diversos setores e/ou departamentos da empresa ao 
sistema do fluxo de caixa. 
• Definição do sistema de informação, quanto a qualidade e aos 
formulários a serem utilizados, calendário de entrega dos dados 
(periodicidade) e os responsáveis pela elaboração das diversas 
projeções. 
 
33 
 
• Treinamento do pessoalenvolvido para implantar o fluxo de caixa na 
empresa. 
• Criação de um manual de operações financeiras. 
• Comprometimento dos responsáveis pelas diversas áreas, no sentido de 
alcançar os objetos e metas propostas no fluxo de caixa. 
• Controles financeiros adequadas, especialmente da movimentação 
bancária. 
• Utilização do fluxo de caixa para avaliar com antecedência os efeitos da 
tomada de decisões que tenham impacto financeiro na empresa. 
• Fluxograma das atividades da empresa, ou seja, definir as atividades 
meio e as atividades fins. 
Sendo assim, pode-se reafirmar que o fluxo de caixa é uma ferramenta que 
permite ao administrador financeiro visualizar, num determinado período, se ocorrerá 
excedentes de caixa ou escassez de recursos financeiros, consentindo um 
direcionamento mais assertivo dos mesmos. 
Transações que afetam o caixa (entradas e saídas) 
Os aumentos do disponível de caixa provem de várias transações dentro do 
ciclo operacional da empresa e consistem em transpor do orçamento de vendas as 
entradas provenientes, podemos citar: Aumento de capital social, entrada de recursos 
financeiros através de venda do ativo, descontos e calções de duplicatas e 
empréstimos, financiamentos, cobrança simples e recebimento à vista, dividendos 
recebidos de outras pessoas, indenizações de seguros e processos, juros recebidos, 
aluguéis a receber entre outros. 
As transações de saída de caixa são provenientes de todas as operações 
financeiras decorrentes de pagamentos gerados pelo processo de produção, 
comercialização e distribuição de produtos pela empresa como: Pagamentos de 
dividendos aos sócios, pagamentos efetuados a fornecedores e compras á vista, 
pagamentos relativos aos custo e despesas operacionais, diretas e indiretas, compras 
à vista dos itens que vão compor o imobilizado da empresa e ativo permanente, 
pagamentos com origem de dividas contraída ou atrasos em sua liquidação como: 
 
34 
 
Encargos financeiros, comissões, pagamento de juros, correção monetária, 
amortização e regate de débitos junto as instituições financeiras e outros. 
 
 
Fonte: Principais ingressos e desembolsos de caixa (ZDANOWICZ,200 apud Marcos Allan) 
 
 
 
35 
 
Métodos de Fluxo de Caixa 
Para projetar o fluxo de caixa a empresa pode utilizar vários métodos, porém a 
projeção vai depender de vários fatores como seu porte, sua atividade econômica, 
seu processo de comercialização ou produção, periodicidade com que efetuam os 
recebimentos fazem os pagamentos e revelar dados de como são originadas as fontes 
de caixa: 
Fontes Internas: Vendas a prazo, vendas à vista e vendas do ativo permanente. 
Fontes Externas: Provenientes de instituições financeiras, impostos (governo), 
fornecedores etc. 
Modelo de fluxo de caixa 
 
Fonte: Principais ingressos e desembolsos de caixa (ZDANOWICZ,200 apud Marcos Allan) 
 
36 
 
 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS 
5.1 Análise de Investimentos 
A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos com 
prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno adequado 
aos proprietários desse capital. 
Orçamento de capital é um processo que envolve a seleção de projetos de 
investimento e a quantificação dos recursos a serem empregados e busca responder 
a questões como: 
• O projeto vai se pagar? 
• O projeto vai aumentar a riqueza dos acionistas ou vai diminuí-la? 
• Esta é a melhor alternativa de investimentos? 
O orçamento de capital requer uma estimativa de fluxos de caixa livres que 
serão obtidos com o projeto de análise. As previsões de investimentos em ativos, de 
vendas, também de preços, de custos e despesas devem ser elaboradas da forma 
mais realista a acurada possível. 
De qualquer modo, a incerteza em orçamentos de capital é elevada, pois 
envolve cenários econômicos e políticos de longo prazo. 
Os métodos mais comuns de avaliação de projetos de investimento são: 
• Valor presente líquido – VPL; 
• Taxa interna de retorno – TIR. 
• Payback; 
• Payback descontado; 
Análise de riscos financeiros 
A análise de riscos financeiros consiste na avaliação das incertezas 
relacionadas às operações financeiras de uma empresa, que incluem da gestão do 
fluxo de caixa até a alocação de recursos em investimentos. 
 
 
37 
 
O objetivo da análise de riscos financeiros é auxiliar na tomada de decisões 
pelo gestor da companhia no sentido de evitar riscos indesejáveis ou criar planos para 
minimizar seu impacto sobre as contas da empresa. 
 
Fonte: pilulaempreendedora.com.br 
Na análise dos riscos financeiros, as incertezas são mensuradas por meio da 
avaliação da probabilidade de que determinado evento ocorra, utilizando métodos de 
contabilidade e estatística. 
Riscos financeiros têm relação com as operações financeiras de uma 
organização. Eles incluem os riscos provocados por uma má administração dos fluxos 
de caixa e os riscos ligados a retornos abaixo do esperado nas transações financeiras 
e nos investimentos. Entre as possíveis causas desses riscos podemos citar: 
• Administração financeira inadequada 
• Endividamento elevado 
• Exposição a variações de câmbio ou de taxas de juros 
• Operações de mercado ou investimentos com alto grau de incerteza 
sobre seus retornos 
• Baixa qualidade das informações que pautam a tomada de decisão 
 
38 
 
O risco financeiro pode ser dividido em risco de mercado, risco de crédito, risco 
de liquidez e risco operacional. 
Riscos de mercado 
São os riscos provocados por possíveis oscilações em preços e cotações. É o 
risco a que está exposto, por exemplo, um industrial que importa os seus insumos, 
pagando em dólar, mas vende o produto final no mercado nacional. Esse empresário 
pode ter prejuízos, por exemplo, no caso de uma queda brusca na cotação na moeda 
local, que poderá afetar sua capacidade de pagar seus fornecedores. 
Riscos de crédito 
São os riscos relativos à possibilidade de o credor não receber um dinheiro que 
lhe é devido ou de o pagamento ser feito com atraso. 
O exemplo mais comum é o dos bancos que emprestar dinheiro ou fazem 
financiamentos para seus clientes. Esses consumidores costumam ser avaliados 
antecipadamente de acordo com o risco de não pagarem o que devem. Riscos 
maiores costumam ser compensados com taxas de juros mais altas. 
Além dos bancos, esse risco também atinge indústrias, comércios e outros 
negócios que vendem a prazo. Um pequeno distribuir que recebe por meio de boletos, 
por exemplo, está exposto ao risco de o comprador de seus produtos não pagar a 
mercadoria após o recebimento. 
Riscos de liquidez 
O risco de liquidez corresponde à possibilidade de a empresa não conseguir 
arcar com os seus compromissos. Uma das causas possíveis é a má gestão do fluxo 
de caixa. 
Contas com prazos não casados com as previsões de entrada de caixa, por 
exemplo, podem fazer com que a empresa não tenha dinheiro para pagar o que deve 
no momento do vencimento. 
Riscos operacionais 
O risco operacional corresponde a perdas geradas por falhas provocadas, por 
exemplo, por funcionários, processos, sistemas e eventos externos que afetem as 
operações da companhia. É o caso dos defeitos em equipamentos, do uso de 
sistemas de informática obsoletos e da baixa qualificação de funcionários. 
 
39 
 
Esse é um dos riscos mais difíceis de medir com objetividade. Conseguir 
calculá-lo de forma confiável depende de a empresa ter criado um bom banco de 
dados com o registro de falhas dessa natureza. 
Ao tomar conhecimento dos riscos financeiros a que está exposta, a empresa 
pode decidir por evitá-lo ou assumi-lo, podendo tomar as medidas necessárias para 
minimizar ou anular os efeitos adversos. As opções de tratamento após a identificação 
e análise de um risco financeiro são: 
Evitar o risco: A empresa pode não entrar na situação que gera esse risco ou 
decidir se retirar dela, por exemplo, se desfazendo de um investimento.Aceitar o risco e retê-lo: A empresa assume o risco tal como ele se apresenta. 
Por exemplo, mesmo sabendo que sua frota de veículos está obsoleta, decide não 
renová-la agora, por considerar que o risco que ela representa é tolerável. 
Aceitar o risco e reduzi-lo: A empresa toma medidas para minimizar a chance 
de problemas. Se há um risco alto de assaltos, por exemplo, a companhia poderá 
optar por adquirir um sistema de alarme e vigilância eletrônica, reduzindo as chances 
de o evento ocorrer. No caso dos investimentos, a empresa também pode optar por 
protegê-los por meio de uma operação de hedge. 
Aceitar o risco e transferi-lo ou compartilhá-lo: Nesse caso, a empresa 
reconhece o risco, mas transfere suas possíveis consequências para um terceiro. O 
exemplo mais simples é a contratação de um seguro que a indenize no caso de o risco 
se verificar. 
Aceitar o risco e explorá-lo: Nesse caso, não apenas a empresa sabe dos riscos 
a que está sujeita como ainda aumenta seu grau de exposição. É o caso dos 
investimentos agressivos no mercado financeiro, que têm possibilidades de ganhos 
proporcionais aos riscos inerentes. 
5.2 Valor presente líquido e taxa interna retorno 
O Valor Presente Líquido (VPL) é a ferramenta muita utilizada por grandes 
empresas na análise de investimentos, sendo avaliada como o somatório do valor 
presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa. Ou seja, 
desconta os fluxos de caixa do projeto que está sendo avaliado a uma determinada 
 
40 
 
taxa, estipulada pelos shareholders1. Essa taxa, usualmente chamada de taxa de 
desconto, é o retorno mínimo que deve ser esperado para que o projeto seja aceito. 
Se o fluxo de caixa do projeto, após ser descontado ao valor da taxa de 
desconto, for maior ou igual a zero significa que executar o projeto é viável, pois este 
remunera o capital investido a uma taxa igual ou maior que a taxa mínima de retorno. 
Quando o VPL for menor do que zero, via de regra, o projeto é rejeitado. 
A fórmula de cálculo do VPL é representada da seguinte forma: 
 
Onde: FC: Fluxo de caixa de cada período 
I: É a taxa de desconto escolhida e 
 j = 1. 
Assim, como observado, cada fluxo de caixa é dividido pela taxa de desconto 
elevada ao seu respectivo período, observando que os juros, neste caso, são 
compostos. Para a taxa de desconto, normalmente aplica-se a Selic. 
Segundo, Ross, Westerfield e Jordan 2002 (Apud SEBBEN Jéssica, 2018). O 
valor presente líquido é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje por 
realizar um investimento 
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é definida como a taxa de desconto que iguala 
ao valor atual líquido dos fluxos de caixa de um projeto a zero. Em outras palavras, a 
TIR é a taxa de desconto que anula o VPL. 
A fórmula de cálculo da TIR é representada da seguinte forma: 
 
 
1 Shareholder: É uma palavra em inglês bastante comum no contexto empresarial, que em 
português significa acionista, ou seja, é uma pessoa que possui pelo menos uma ação de uma 
organização ou empresa. Os acionistas (shareholders) podem obter algum lucro se a empresa tem 
algum sucesso no mercado. 
 
41 
 
Onde, F significa o fluxo de caixa de cada período e o t é o período em questão. 
Ao observar a fórmula, notamos que cada fluxo de caixa é dividido pela (TIR) elevada 
ao seu respectivo período, sendo que os juros, neste caso, são compostos. E tudo 
isso deve ser igual a zero. 
Segundo Souza (2014, p. 153, apud SEBBEN Jéssica, 2018), a taxa interna de 
retorno: 
Representa a taxa que iguala o valor presente das entradas de caixa do 
investimento com o desembolso inicial, ou seja, a TIR é a taxa de desconto 
que iguala o valor presente líquido do investimento a zero. O processo 
decisório, utilizando esse método de análise, dá-se em decorrência do 
investimento que apresenta a maior taxa. 
No processo decisório, os projetos que tiverem a TIR maior ou igual à taxa 
mínima de retorno, definida pelos shareholders, podem ser executados. Já os projetos 
que tiverem a TIR menor que a taxa mínima de retorno exigida, via de regra, são 
recusados. 
O princípio fundamental da TIR é que as entradas líquidas de caixa 
intermediárias são reinvestidas à própria TIR. O VPL, por sua vez, supõe que as 
entradas líquidas de caixa intermediárias são reinvestidas ao custo de capital da 
empresa. 
O conflito de avaliação entre estes dois métodos acontece sob certas condições 
onde cada um deles classifica alternativas de projeto de forma diferente. Isso pode 
acontecer por diversos fatores. 
Em casos de conflito sugere-se o método do VPL para escolher qual projeto 
deverá ser executado, pois indica o projeto que gerou maior riqueza aos shareholders. 
Enfim, pode-se perceber que nenhum método é suficiente para analisar e 
comparar projetos, principalmente os mais complexos e com diferentes horizontes de 
tempo. 
É importante ressaltar que as metodologias devem ser utilizadas como suporte 
à tomada de decisão, porém estas devem ser confrontadas e analisadas por 
diferentes aspectos que levem em consideração a visão estratégica da empresa. 
 
 
 
 
42 
 
Como calcular a VPL na calculadora financeira HP 12c: 
A função correspondente nesta calculadora aparece de cor laranja com a sigla 
NPV, que quer dizer o VPL em inglês (Net Present Value). Esta função se torna ativa 
quando pressionamos o botão " f ". 
O cálculo é feito preenchendo cada valor do fluxo de caixa nas funções de cor 
azul ativadas com a tecla "g". Os passos são os seguintes: 
Digitar o valor de investimento inicial - CHS - g - CFo; 
Preencher com os valores do fluxo de caixa - g - CFj; 
Caso algum valor preenchido em "CFj" se repita, basta digitar a quantidade 
desta repetição - g – Nj. 
Digitar a Taxa Mínima de Atratividade - i; 
Descobrir a VPL pressionando: f - NPV. 
Exemplo 
Considerando um VPL para um investimento inicial de R$ 40.000,00 com um 
retorno esperado de R$ 5.000,00 ao fim de cada ano e por um período de 12 anos e 
uma taxa de 4%. Os passos para este cálculo são: 
40.000 - CHS - g - CFo ; 
5.000 - g - CFj ; 
12 - g - Nj ; 
4 - i ; 
Ao final, as teclas: f - NPV 
O VPL resultante é o de R$ 6.925,37. Se quisermos também saber qual a TIR 
deste investimento basta pressionar "f" e a tecla "IRR" e o resultado é de 6,865% 
para este investimento. 
5.3 Custo de Oportunidade 
É a rentabilidade da melhor opção existente, ao invés do projeto. 
Sendo assim, um investidor ao comparar projetos de investimento, sempre 
considera como alternativa o investimento cuja remuneração é igual ao custo de 
oportunidade do capital investido. 
 
43 
 
Um critério para a decisão de fazer ou não um investimento é comparar TIR e 
Custo de Oportunidade. 
Se: TIR > Custo de Oportunidade = vale a pena investir no negócio 
 TIR < Custo de Oportunidade = não vale a pena investir no negócio 
Custo de capital é o valor da taxa de juros que pagamos para ter acesso aos 
recursos necessários para efetivar nosso negócio. Podemos citar como exemplo, a 
realização de um empréstimo. Ele deve ser inferior ao rendimento proporcionado pelo 
negócio, que é dado pela TIR. 
Desta forma, temos um outro critério de decisão: 
Se: TIR > Custo de capital = compensa investir no negócio 
 TIR < Custo de capital = não compensa investir no negócio 
A taxa mínima de atratividade é aquela taxa de juros mínima para que o 
investidor prefira investir no negócio ao invés da aplicação financeira. 
Sabendo-se qual é a taxa mínima de atratividade para um determinado 
investidor ou empresa, temos que: 
Se: TIR > Taxa mínima de atratividade = vale a pena investir no negócio. 
 TIR < Taxa mínima de atratividade = não vale a pena. 
Investimentos Independentes 
São aqueles cujos fluxos de caixa não se relacionam, sendo independentes 
entre si, de modo que a aceitação ou rejeição de um projeto 
não influencia na aceitaçãoou rejeição do outro. 
Investimentos mutuamente excludentes 
São os projetos que competem entre si, por restrições de ordem técnica ou 
financeira, de modo que a aceitação de um inviabiliza a aceitação do outro. 
 
Na existência de investimentos mutuamente excludentes, o investidor deve 
buscar o investimento que: 
Tenha maior VPL; 
Apresente maior TIR; 
 
 
44 
 
Análise Incremental (Fluxo Incremental) 
Se forem fornecidas as informações sobre VPL e TIR de projetos mutuamente 
excludentes (ou seja, for preciso escolher apenas um deles), deve-se lançar mão da 
análise incremental. 
Calcula-se a TIR do fluxo de caixa incremental entre dois projetos. 
É a diferença entre o fluxo de caixa entre os 2 projetos, calculada em diversos 
pontos no tempo. 
A partir destas diferenças calcula-se a rentabilidade desta diferença. 
O resultado é o cálculo da rentabilidade do adicional investido no projeto mais 
“caro”. 
 Faz-se uma análise sobre esta TIR (Taxa Interna de Retorno) é maior do que 
a TMA (Taxa Mínima de Atratividade), custo de capital ou custo de oportunidade, 
conforme o caso. 
 Neste caso deve-se dar preferência ao projeto com maior investimento, desde 
que ele tenha TIR maior que o mínimo exigido, e o fluxo incremental também tenha 
TIR maior que o mínimo exigido. 
5.4 Payback Simples e Payback Descontado 
Payback, ou “retorno do investimento” é uma técnica utilizada para calcular o 
prazo de recuperação do capital investido. É o tempo de retorno do investimento inicial 
até o momento no qual o ganho acumulado se iguala ao valor deste investimento. 
Normalmente este período é medido em meses ou anos. 
Segundo BRUNI e FAMÁ (2007, p.67 apud MATTE, Djessica Karoline) O 
método do payback é uma forma simples, fácil e direta, que estima o prazo necessário 
para se recuperar o investimento realizado”. 
O método de período payback determina o número de períodos necessários 
para recuperar o investimento realizado. Quanto mais rápido a aplicação recuperar o 
investimento, melhor será o resultado. Para que isso aconteça, a soma acumulada de 
entrada caixa deve ser igual ao investimento realizado. 
 
45 
 
Para determinar a aceitação do investimento, o avaliador deve estipular um 
prazo máximo para o retorno do investimento. Esse prazo máximo de retorno é o 
tempo que o investidor estipula para ter de volta o dinheiro investido. 
O payback pode ser calculado de duas formas: 
Payback Simples: Não considera o custo de Capital da empresa; 
Payback Descontado: Considera o custo de Capital da empresa. 
 
 
Fonte:wrprates.com 
Payback simples 
É definido como o número de períodos (anos, meses, semanas etc.) para se 
recuperar o investimento inicial. Para se calcular o período de payback de um projeto 
basta somar os valores dos fluxos de caixa auferidos, até que essa soma se iguale ao 
valor do investimento inicial. 
 
Uma vez que o período de payback é encontrado quando os fluxos de caixa 
“pagam” o investimento, então basta somar os fluxos de caixa ao valor do investimento 
inicial. Observe a tabela a seguir: 
 
 
 
 
46 
 
 
n FC Saldo 
0 -1500 -1500 
1 150 -1350 
2 1350 0 
3 150 
4 -80 
5 -50 
 
No exemplo, o payback é de 2 anos. 
 
Vantagens: Simplicidade e rapidez; é uma medida de risco do investimento, 
pois quanto menor o período de payback, mais líquido é o investimento e, portanto, 
menos arriscado. 
Desvantagens: Não considera o valor do dinheiro no tempo, não considera os 
fluxos de caixa após o período de payback; não leva em conta o custo de capital da 
empresa. 
Para obter o Payback Simples de um projeto de investimentos, basta verificar 
o tempo necessário para que o saldo do investimento (soma dos fluxos de 
caixa colocados e gerados pelo investimento) seja igual a zero. Como o 
payback simples não considera o custo de capital, a soma do saldo do 
investimento pode ser feita com base nos valores nominais (nas datas 
futuras) BRUNI e FAMÁ (2007, p.67 MATTE, Djessica Karoline). 
Payback descontado 
Quando o custo de capital é considerado na análise, o método do payback 
passa a ser denominado payback descontado (BRUNI e FAMÁ, 2007, p. 72 
apud MATTE, Djessica Karoline) 
Este método é semelhante ao payback simples, mas com o adicional de usar 
uma taxa de desconto antes de se proceder à soma dos fluxos de caixa. Em geral 
esta taxa de desconto será a TMA. 
 
47 
 
Neste método, todos os fluxos de caixa futuro deverão ser descontados por 
esta taxa em relação ao período ao qual o fluxo está atrelado. 
Por exemplo: Se desejássemos trazer a valor presente (VP) um fluxo que 
estivesse a 5 períodos futuros, o procedimento seria o seguinte: 
 
Suponha que o valor desse fluxo é R$500 e a TMA é 12%: 
 
Logo, o payback descontado é igual ao payback simples, com a diferença de 
que considera os fluxos descontados (trazidos a valor presente) para encontrar 
quando os fluxos de caixa pagam o investimento inicial. 
Confira o que ocorre com o payback descontado aplicado ao mesmo fluxo de 
caixa utilizado para exemplificar o payback simples, agora utilizando uma TMA de 
10%: 
 
n FC VP VP Acumulado 
0 -1500 -1500 -1500 
1 150 136,36 -1363,64 
2 1350 1115,70 -247,93 
3 150 112,70 -135,24 
4 -80 -54,64 -189,88 
5 -50 -31,05 -220,92 
 
No caso deste exemplo, o investimento nunca irá se pagar! Isto ocorre porque 
o valor presente acumulado não chega a zero. 
 
 
 
 
 
48 
 
 
n FC VP VP Acumulado 
0 -1500 -1500 -1500 
1 0 0 0 
2 0 0,00 0 
3 450 338,09 -1161,91 
4 1050 717,16 -444,74 
5 1950 1210,80 766,05 
 
Percebe-se que desta vez o investimento terá, sim, um período de payback 
descontado, e este valor estará entre o fluxo de caixa 4 e o fluxo 5. Mas como 
encontrar o valor exato do momento em que ocorrerá o período de payback? 
Basta dividirmos o último fluxo de caixa negativo pela soma do último fluxo 
negativo com o primeiro fluxo positivo, em valor absoluto, da seguinte forma: 
 
 
 
Podendo concluir assim: Além dos 4 anos, ainda será necessário mais 37% 
de um ano para que ocorra o período de payback descontado, isto é, 4,37 anos! 
Vantagens do payback descontado: Continua simples e prático, como o payback 
simples, resolve o problema de não considerar o valor do dinheiro no tempo. 
Desvantagens do payback descontado: Apesar de considerar uma taxa de desconto, 
continua sem levar em conta os fluxos de caixa após o período de payback. 
O período de payback é um dos métodos mais simples para analisar a 
viabilidade econômica e financeira de um projeto de investimento. O payback simples 
é uma medida muito utilizada no dia a dia, principalmente quando precisamos fazer 
contas rápidas e não temos tempo para uma análise mais detalhada. 
 
49 
 
5.5 Análise do risco 
Segundo o PMI (2000), “os riscos são eventos ou condições incertas que, caso 
ocorram, provocam um efeito positivo ou negativo nos objetivos do projeto”. 
O PMI sugere que os riscos possam ter efeitos positivos ou negativos sobre o 
projeto, porém, esses riscos com efeitos positivos nada mais são do que as 
estimativas positivas do projeto, e as novas oportunidades que surgiriam poderiam 
exigir tal contingência de recursos que isso implicaria na realização de um novo 
projeto, o que, consequentemente, exigiria uma outra análise. E também, essa 
semelhança das estimativas positivas de algumas das variáveis relacionadas ao 
projeto não dão a entender que sejam necessariamente riscos. 
 
 
Fonte: Riscos em projetos: Fiocruz (2007) 
Normalmente, as organizações reconhecem a existência do risco quando ele 
significa uma ameaça para o sucesso do projeto, podendo ser aceito se estiver em 
equilíbrio com o benefício que pode ser ganho ao se aceitar o risco. Se por um lado 
um pequeno risco não irá pressionar as barreiras técnicas, de cronograma e custos 
do projeto, por outro, assume-se um grande risco quando não há a compreensão 
necessária dos elementos que podem levar

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