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relatório FINAL CIEN E MAT 2019


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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (UNIVESP) 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM 
CIÊNCIAS E MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
ARIANA FERREIRA CARMONA 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
 
 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (UNIVESP) 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM 
CIÊNCIAS E MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
ARIANA FERREIRA CARMONA 
 
 
 
Relatório das atividades desenvolvidas como 
requisito para aprovação na disciplina Estágio 
Supervisionado em Ciências e Matemática, do curso 
de Licenciatura em Pedagogia da Universidade 
Virtual do Estado de São Paulo. 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução .............................................................................................................. 9 
2. Caracterização da Escola-Campo de Estágio .................................................. 11 
3. Atividades desenvolvidas .................................................................................. 15 
3.1. Participação no planejamento..........................................................................15 
3.2. Observações na disciplina de Ciências............................................................15 
 3.3. Regência em Ciência.......................................................................................19 
 3.4. Observações na disciplina de Matemática.......................................................22 
 3.5. Regência em Matemática................................................................................24 
4. Comentários e Conclusão...................................................................................27 
5. Referências ..........................................................................................................32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este relatório faz parte da disciplina Estágio Supervisionado em Ciências e 
matemática, do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Univesp – Universidade 
Virtual do Estado de São Paulo. Seu objetivo é apresentar as observações de aulas 
e as experiências vivenciadas em regência de aula no quinto ano do ensino 
fundamental, realizadas na EMEF Imperatriz Leopoldina, localizada no bairro Jardim 
Cidade Pirituba, na cidade de São Paulo, e também as reflexões, críticas, sugestões 
que surgiram nesses momentos de observação. 
A realização de estágios supervisionados, que articulam a teoria à prática, 
durante a formação de professores pedagogos é de indiscutível importância, pois 
contribuem para a formação do professor para além de sua aprendizagem teórica, 
sendo essencial em sua formação para o ensino e aprendizagem do aluno. É 
articulando aquilo que aprendeu em sala de aula através de livros e artigos 
acadêmicos com a realidade escolar, que o educador perceberá os desafios que a 
carreira lhe oferecerá, refletindo sobre a sua futura profissão, sendo capaz de 
integrar os saberes e as práticas por meio das trocas de experiências as quais 
estará submetido na sala de aula. 
É muito comum o professor desenvolver suas aulas tendo como base as 
memórias de sua trajetória escolar, aplicando atividades que para ele fez sentido 
durante sua formação e repetindo posturas de professores que lhe eram agradáveis 
e que despertavam sua curiosidade por aprender, assim como evitando posturas de 
professores que lhe eram desagradáveis, lhe despertavam o medo. No entanto, 
muito tempo já se passou desde a sua formação até o momento atual que exercerá 
sua profissão, logo as relações entre professor-aluno, aluno-aluno mudaram e as 
formas como se acredita que a criança aprenda, também. Por isso é também tão 
importante a realização do estágio, ele precisa experienciar a escola contemporânea 
a fim de que possa fazer uso de suas memórias de uma maneira crítica e reflexiva. 
O principal objetivo da realização desse estágio é a observação das práticas 
escolares nas disciplinas de Ciências e Matemática, refletir sobre elas e relacioná-
las á teoria que aprendemos nas disciplinas cursadas, tornando-se capaz de ampliar 
seus conceitos, criticá-los e ressignificá-los. 
O ensino de Ciências é de suma importância, ainda mais se considerarmos os 
retrocessos que temos vividos em nossa sociedade contemporânea em relação ao 
campo científico. Diversas fake News, por exemplo, a aclamação de que a Terra é 
plana, que vacinas podem causar autismo, dentre outras tantas, circulam em nossas 
redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. Muitas pessoas que 
infelizmente não tiveram a oportunidade de percorrer todos os níveis do ensino 
básico, outras tantas que apesar de terem alcançado o ensino médio são vítimas de 
um ensino de baixa qualidade que não auxiliou no desenvolvimento do senso crítico 
que as permitiriam refletir sobre os assuntos científicos cotidianos, acabam sendo 
vítimas dessas fake News e fazendo parte dessa rede de disseminação de 
inverdades, tomando por vezes decisões que podem comprometer a saúde e o 
desenvolvimento da sociedade como um todo. 
Portanto, a aprendizagem de Ciências no nível básico da educação auxilia os 
estudantes a emitir opiniões com bons fundamentos, a questionar, refletir e criticar 
as notícias que veiculam em nossa mídia e tomar decisões. O interesse das crianças 
pelo campo científico pode torna-las futuramente um profissional dessa área que irá 
atuar na melhoria de qualidade de vida, no enriquecimento cultural e intelectual das 
sociedades. 
De igual importância é o ensino de Matemática no nível básico da educação. 
O Brasil está praticamente todos os anos classificado nas últimas posições dos 
resultados do desempenho dos alunos em avaliações de Matemática internacionais. 
A Matemática está presente em tudo que nos cerca: no cálculo de descontos 
em compras, do ato de conferir o troco na realização de uma compra, de calcular o 
valor dos juros na realização de um empréstimo, etc. Faremos uso da Matemática 
em qualquer que seja a profissão pretendida – das mais simples às mais complexas. 
Ela é uma ciência fundamental para o desenvolvimento do senso crítico, de 
pesquisas, questionamentos e inovações tecnológicas por meio de critérios lógicos. 
A realização dos estágios nessas duas disciplinas do campo científico 
contribui para que possamos investigar o porquê das nossas crianças apresentarem 
resultados ruins nas avaliações nacionais e internacionais a fim de que possamos 
colaborar para uma melhora no ensino e aprendizagem de Ciências e Matemática 
no nível básico. 
 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO 
 
 A escola onde o estágio foi realizado chama-se EMEF Imperatriz Leopoldina, 
portanto é uma escola municipal da cidade de São Paulo, localizada na Rua 
Comendador Feiz Zarzur, s/n, no Jardim Cidade Pirituba. 
 A atual diretora da escola é a Consuelo, que faz parte da equipe há 
aproximadamente 3 anos. A escola funciona nos três períodos, sendo que o noturno 
é destinado à modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos. No período 
matutino há 15 salas de aula em funcionamento, dirigidas tanto ao Ensino 
Fundamental I quanto ao Ensino Fundamental II, atendendo os seguintes anos: 
quartos, quintos, oitavos e nonos. Há quatro salas de quartos anos, quatro salas de 
quintos anos, quatro salas de oitavos anos e três salas de nonos anos. No período 
vespertino há 15 salas de aula em funcionamento, sendo atendidos os primeiros, 
segundos e terceiros anos do Ensino Fundamental I e os sextos e sétimos anos do 
Ensino Fundamental II. Há três salas de primeiros anos, uma sala de segundo ano, 
três salas de terceiros anos, quatro salas de sextos e sétimos anos. 
 O número de alunos matriculados nessa unidade escolar é de 1155 de acordo 
com o númerode matrículas efetivadas até Julho de 2019 e o número de 
funcionários é 98, de acordo com o Censo de 2018. 
 O bairro Jardim Cidade Pirituba é predominantemente residencial, mas 
contém também um número razoável de comércio local; tem suas ruas asfaltadas e 
saneamento básico. È neste bairro que está localizado o Terminal Pirituba e próximo 
dele a estação CPTM Pirituba, portanto é um bairro bem provido de transporte 
público, que liga a região a outras diversas, localizadas no Centro de São Paulo, 
zona norte e zona Oeste. A população desse bairro geralmente usa o transporte 
público para trabalhar. 
 Esse bairro possui moradias de alto padrão, residências de classe média e 
algumas mais carentes. Ligeiramente próximo da escola se encontram alguns 
bairros mais carentes de Pirituba, por exemplo, o Jardim Paquetá, Vila Zatt e Vila 
Mirante. 
 A maior parte dos alunos atendidos pela escola é proveniente dos bairros 
vizinhos mais carentes anteriormente citados. As crianças que moram no próprio 
bairro estudam nessa escola, já que a matrícula é realizada pelo sistema tendo em 
consideração matricular a criança na escola mais próxima de sua residência. Como 
há uma boa oferta de escolas municipais na região, há alunos do bairro que 
escolhem em qual escola querem estudar, já que algumas escolas desse bairro são 
consideradas as escolas públicas com o ensino de melhor qualidade da região – 
percebi isso na fala de alguns alunos da escola. 
 Os alunos que moram próximo da escola geralmente vêm a pé, 
acompanhados de alguém da família quando ainda pequenos. A escola recebe o 
sistema de transporte escolar da prefeitura e este é o meio de transporte mais 
utilizado para aqueles que vêm dos bairros dos arredores. 
 A EMEF Imperatriz Leopoldina tem áreas livres, uma sala de leitura, uma sala 
de informática com acesso à internet banda larga – recentemente foi enviada à 
escola uma impressora 3D - duas quadras – uma coberta e a outra descoberta - 
sala de diretoria, sala dos professores com sanitários localizados ao lado para uso 
exclusivo dos professores e demais funcionários, sanitários para alunos com 
mobilidade reduzida ou deficiência. Tem também sala de secretaria, uma pequena 
sala de depósito para armazenamento de materiais escolares e projetos realizados 
na escola. Há um pátio coberto, onde ficam a cozinha e o refeitório da escola, sendo 
nele servidos o café-da-manhã, lanche nos intervalos, almoço, lanche da tarde e 
almoço no intervalo da tarde e jantar. Próximo das quadras há um parquinho com 
alguns brinquedos, no entanto verifiquei que alguns brinquedos estão muito velhos, 
quebrados e vários professores disseram que há necessidade de ser realizada 
manutenção já faz algum tempo. Há também um estacionamento para os carros dos 
professores. A escola não tem laboratório de ciências. 
Na área livre há algumas árvores plantadas, sendo essa área geralmente 
utilizada pelos alunos no recreio. No chão dessas áreas há algumas brincadeiras 
que estão pintadas a tinta, tais quais: amarelinha, twister, dentre outras. Também há 
um muro pintado de quadro negro em que as crianças brincam de escrever com giz 
durante seus recreios. 
As salas de leitura, de informática e três salas de aula localizam-se no andar 
térreo; as demais salas de aula localizam-se no primeiro andar, sendo o acesso 
realizado por dois lances de escadas. Não há acessibilidade na escola para alunos 
deficientes ou com mobilidade reduzida para além dos banheiros, logo quando há 
alunos com deficiências na escola, a turma em que eles serão alocados 
obrigatoriamente é alguma das três salas do piso térreo. 
Neste ano o Grêmio escolar foi reativado - após dois anos de inatividade – e 
um professor de história é o responsável por ele. De uma a duas vezes por semana 
os alunos se reúnem das 12:00h às 13:30 e também visitam as salas de aula no 
período contra turno em que estudam para dar recados a todos da escola. Há 
também APM na escola com reuniões regulares e outras de caráter emergencial. Os 
Conselhos de classe são realizados ao fim de cada bimestre com a coordenação a 
fim de compreender as falhas e os sucessos encontrados durante o bimestre e 
algumas metas são estabelecidas para a melhora do desempenho escolar dos 
alunos, comportamento, etc. A reunião de pais ocorre bimestralmente e geralmente 
aos sábados de manhã para facilitar a participação dos pais na vida escolar do filho, 
já que boa parte deles trabalha durante a semana. 
Anualmente há a organização de uma festa junina, geralmente realizada em 
um sábado em junho com o apoio de todos os funcionários e alunos da escola. 
Durante as aulas de artes os alunos realizam a decoração da festa, confeccionando 
e pintando bandeirinhas, cartazes e decorando o pátio, onde a festa é realizada. 
Geralmente a escola também organiza uma Mostra Cultural com um tema específico 
que varia a cada ano em que é realizada, em que são expostos os trabalhos 
realizados por algumas turmas ao longo do ano letivo e outros diretamente 
confeccionados para a Mostra, no mês de Outubro. Não são todos os professores 
que participam e nem todos os alunos, pois muitas vezes a organização ocorre às 
pressas e muitos desistem da participação. 
Algumas outras atividades pontuais são realizadas fora da sala de aula, tais 
quais: cinema na escola, geralmente professores do Ensino Fundamental I se 
organizam para passar um filme no pátio, por projeção em data show, geralmente na 
semana da criança, onde ocorrem também diversas brincadeiras na área livre da 
escola, às vezes com contratação de “brinquedões” alugados: pula-pula, piscina de 
bolinha, futebol de sabão, etc. 
Essas atividades realizadas fora da sala de aula geralmente têm um caráter 
extracurricular, ou seja, não tem a ver com os conteúdos que estão sendo 
desenvolvidos na sala de aula, tendo um caráter de entretenimento sem um fundo 
pedagógico. Nas aulas que acompanhei, nunca presenciei a extensão das 
atividades ali desenvolvidas para fora das dependências da sala de aula. A 
professora regente me contou que às vezes alguns professores dão jogos 
matemáticos no pátio, porém é uma atividade que poderia ser realizada dentro da 
sala, apenas muda-se o espaço sem haver qualquer interação diferenciada com ele. 
Na EMEF Imperatriz Leopoldina há a realização de diversos projetos 
pedagógicos financiados pelo Programa Mais Educação da Rede Municipal de São 
Paulo. Eles ocorrem de segunda à sexta-feira das 12:00h à 13:30h e abrangem 
diversos temas de interesse dos alunos. Este ano alguns dos projetos são: xadrez, 
mancala, horta escolar, stop motion para a realização de animações, grafite, teatro, 
robótica, tênis de mesa, reforço escolar em português e matemática, dentre outros. 
Percebi que os alunos do ensino fundamental I exibem maios interesse em participar 
dos projetos do que os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental II. 
No ano de 2019, os quatro professores polivalentes do quinto ano 
organizaram seus horários para realizar as horas atividades juntamente da 
coordenadora e planejar atividades, discutir e avaliar resultados, reavaliar suas 
metodologias, afinar interesses comuns, articulando seus trabalhos e 
compartilhando propostas e resultados. 
Também no ano de 2019 houve regência compartilhada em Ciências nas 
turmas dos quartos e quintos anos. Uma professora de Ciências do ensino 
fundamental II, da mesma escola, teve duas aulas semanais de Ciências atribuídas 
para os quintos anos com o objetivo de realizar projetos de Ciências de acordo com 
os eixos norteadores presentes no “Currículo da Cidade de São Paulo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Os relatos de experiência que serão descritos são frutos da realização de 
meu estágio nas disciplinas de ciências e matemática em uma turma do 5 ano do 
professor Arildo , com 29 alunos, da EMEF Imperatriz Leopoldina. 
 
 
3.1.PARTICIPAÇÃO NO PLANEJAMENTO 
 
Eu tive a oportunidade de participar de algumas reuniões de planejamento 
dos quatro professores polivalentes dos quintos anos com a coordenadora, sempre 
pelas manhãs. Eles compartilhavam ideias sobre o desenvolvimento de atividades 
em várias disciplinas, já que tentavam realizar um trabalho semelhante em suas 
salas para que não houvesse discrepância no ensino, pois cada turma tinha um 
professor diferente e eles enxergavam a necessidade de alinhar seus trabalhos. 
O professor que acompanhei no estágio, o Arildo, era também coordenador 
em outra escola municipal e devido a esse fato ele sempre tinha consigo dados 
exclusivos da gestão que ele aproveitava para discutir com sua coordenadora na 
EMEF em que realizei o estágio. 
As discussões nas reuniões eram muito enriquecedoras, divergiam em muitos 
aspectos – o professor Arildo sempre trazia temas polêmicos – tornando claro para 
mim os quão comprometidos com a educação esses professores eram e o grande 
envolvimento que tinham com os alunos, buscando sempre levantar alternativas 
para que o desempenho das turmas fosse a cada dia melhores, criando iniciativas 
para recuperar aqueles alunos que tinham algum grau de comprometimento na 
aprendizagem. 
 
3.2. OBSERVAÇÕES NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS 
 
 O professor me apresentou à turma no primeiro dia do estágio, explicando 
minha função para a turma. Os alunos me fizeram várias perguntas e ficaram muito 
empolgadas com minha presença na sala. Alguns me disseram que tinham o sonho 
de ser cientistas quando “crescessem”. Queriam saber se eu também já havia sido 
cientista para além de professora, e também diziam algumas coisas engraçadas em 
relação a profissão cientista. Expliquei de maneira simplificada para eles o que era 
ser cientista, a falta de reconhecimento, no Brasil, do papel importantíssimo que um 
pesquisador desempenha na sociedade. Nosso bate-papo foi muito agradável, os 
alunos eram curiosíssimos. 
Assisti a algumas aulas de Ciências sentada no fundo da sala, conforme 
instruiu-me o professor. Ele fez com que eu me sentisse muito confortável durante 
as aulas e geralmente interagia comigo fazendo perguntas, piadas, solicitando que 
eu explicasse algum conceito com alunos ou tecesse comentários a cerca de algum 
assunto. 
 Esta turma era muito curiosa, eles adoravam Ciências e faziam muitas 
perguntas ao professor. Ele mantinha uma ótima relação com seus alunos, era muito 
adorado e sempre estimulava-os a realizarem pesquisas sobre as dúvidas que 
tinham. Às vezes o excesso de empolgação dos alunos fazia com que o professor 
desviasse com frequência do tema da aula e alguns conceitos ficassem inconclusos 
As anotações do professor na lousa eram um pouco confusas para os alunos 
de quinto ano, assemelhavam-se às anotações presentes nas séries finais do ensino 
fundamental II. Os alunos que tinham maior facilidade em aprender não tinham 
maiores problemas com a organização da lousa, porém percebi que os alunos que 
apresentavam dificuldades na aprendizagem geralmente se perdiam em meio a 
tantas informações faladas e escritas na lousa sem organização. Alguns deles já 
nem se preocupavam em não copiar as informações. 
Durante as aulas, chamou muita a minha atenção o fato do professor não 
trabalhar apenas com memorização de conceitos, ele gostava muito de explorar todo 
o espaço da escola e eventualmente levava seus alunos até o pátio e os jardins para 
realizar alguma atividade prática ou lúdica. Esta atitude do professor é corroborada 
por Silva e Trivelato (2011), que afirmam “é crucial que se capte esse interesse 
natural pela ciência e se capitalizem as experiências das crianças de conhecer o 
mundo por meio da exploração”. 
Presenciei uma atividade assim quando um aluno questionou em sala a 
respeito de um tronco de uma árvore na escola que estava podre. O professor pediu 
então ao aluno que lhe mostrasse qual era a árvore, logo todos descemos para o 
estacionamento da escola para observar a árvore. Neste momento, vi que na 
verdade não era uma árvore com um tronco podre, mas sim um macrofungo que 
havia crescido no tronco da árvore 
. O professor pediu meu auxílio para explicar o que era aquilo, no entanto, 
solicitei a ele a permissão de em vez de já dar a resposta pronta para a curiosidade 
do aluno, realizar um levantamento de hipóteses com a turma. Indaguei a eles o que 
eles achavam que era “aquilo que parecia um tronco podre na árvore”. A variedade 
de respostas foi incrível – alguns concordavam com o colega que aquilo era mesmo 
um pedaço do tronco podre, outros diziam que era um alienígena, muitos não 
sabiam o que dizer sobre aquilo, pareciam surpresos e havia também aqueles que 
não estavam muito interessados em levantar hipóteses. Para a minha surpresa dois 
alunos disseram que aquilo devia ser um ser vivo que estava crescendo na árvore. A 
partir dessa resposta, indaguei o por quê eles achavam que era um ser vivo e um 
deles me respondeu que “poderia ser uma planta, pois não se mexia, se fosse um 
animal, teria que se mexer”. Então passei a indagar sobre as características de uma 
planta, ao redor havia várias, e os alunos chegaram à conclusão de que aquele ser 
vivo não era uma planta e eles estavam ficando nervosos e queriam logo descobrir o 
que era. 
Próximo daquelas árvores havia vários cogumelos no chão e então eu falei 
que aquele ser vivo era do mesmo grupo que os cogumelos. Porém, a maioria dos 
alunos não sabia o que era um cogumelo, eles achavam que eram plantas. Então, 
falei que aquilo era um fungo, a turma toda estranhou a informação. A partir disso, 
discorri um pouco sobre os fungos, suas características, importância. Os alunos 
puderam tocar nos fungos presentes no jardim (cogumelos e líquens) – com a 
devida segurança. 
 O professor pediu aos alunos que realizassem uma pesquisa em casa sobre o 
Reino Fungi para entregar e apresentar em um seminário para a turma. 
 Esta atividade espontânea, resultado da curiosidade de um dos alunos, foi 
muito proveitosa para toda a turma. A animação deles era evidente, assim como a 
vontade de aprender que eles demonstraram. Apesar de eu ser professora de 
Ciências no Ensino Fundamental II, eu nunca vivenciei tamanha excitação e sede 
por aprendizagem como pude vivenciar em algumas aulas com esta turma. 
 De acordo com Silva e Trivelato (2011, p.9) 
É importante ressaltar que, quando pequenas, ainda na fase pré-escolar, as 
crianças geralmente têm uma relação prazerosa com os conhecimentos 
relacionados aos fenômenos da natureza e da sociedade. Sentem 
satisfação em formular questões sobre o assunto, fazer explorações e 
descobertas, levantar hipóteses e tentar explicar o mundo à sua volta. No 
entanto, o que se percebe é que, no decorrer da escolaridade, essa relação 
prazerosa com o conhecimento muitas vezes vai se perdendo. Uma das 
tarefas do professor do Ensino Fundamental é evitar que isso aconteça, 
proporcionando atividades que propiciem um aprendizado prazeroso e com 
significado. (SILVIA & TRIVELATO, 2011, P.9) 
 
O professor, às vezes, fazia uso do livro de didático em sala de aula. Segundo 
ele, o conteúdo do livro não estava alinhado aos eixos temáticos do Currículo da 
Cidade de São Paulo, portanto ele o utilizava para realização de alguns exercícios e 
também como complemento aos assuntos por ele ministrados. Alguns alunos 
também o utilizavam como fonte de pesquisa para alguns trabalhos exigidos pelo 
professor. 
Chamou-me muita a atenção a maneira como o professor trabalhava com o 
erro em sala de aula. Em vez de repreender os erros dos alunos, como já presenciei 
em outros contextos de minha trajetória como estudante e professora, ele utilizava o 
erro como um propulsor para o ensino. Segundo Granella e Nogaro (2004, p.3) 
O erro possui uma multiplicidade de conceitos, que podem ser de inclusão, 
de construção ou de uma ideologia da incompetência dooutro, refletindo 
diretamente no processo de aprendizagem, sendo fator decisivo para o 
sucesso ou o fracasso. O conceito de erro é fundamental no processo 
avaliativo. (GRANELLA & NOGARO, 2004, p.3) 
 
Definitivamente, o professor, a partir dos erros de seus alunos, construía 
juntamente deles o conceito aceito hoje como verdade e deixava clara a 
necessidade do erro na construção das teorias aceitas na Ciência, demonstrando 
que sem os erros não seria possível o aperfeiçoamento de uma teoria. Ele também 
fazia questão sempre de falar que a Ciência é inacabada, mutável, que o que hoje é 
aceito como uma verdade pode não vir a ser amanhã. 
O professor também dava oportunidade dos alunos expressarem em sala 
seus conhecimentos prévios acerca dos assuntos trabalhados. Almeida (1996) 
afirma que, os estudos realizados e publicados sobre concepções alternativas em 
ciências, convergem para a ideia de que as concepções prévias são decisivas para 
a nova aprendizagem (Almeida, 1996). 
Os poucos conflitos que pude observar entre os alunos foram resolvidos com 
a mediação do professor através do diálogo. Se necessário, ele pausava a sua aula 
para realizar uma grande reflexão com a turma toda a respeito do problema 
vivenciado. Para este fim, ele contava fábulas, contos, ditos populares e também 
relatava sua experiência de vida; os alunos ficavam muito quietos neste momento e 
o escutavam com grande atenção. Ás vezes o professor pedia uma redação cujo 
tema era o problema ocorrido na sala e os alunos que se sentiam confortáveis em 
lê-las, as liam para a turma toda e se possível, posteriormente acontecia algum outro 
debate. 
Algumas atividades em sala eram realizadas em duplas ou grupos. O docente 
selecionava alguns pares a fim de que alunos com dificuldade de aprendizagem 
pudessem se sentar com os alunos mais avançados, pois assim ambos se 
beneficiariam da ajuda mútua. Alguns alunos eram resistentes para formar grupos 
com aqueles de quem não eram “amigos”, porém o professor era firma em sua 
decisão e não havia a opção de negar suas normas. 
 
 
3.3 REGÊNCIA EM CIÊNCIAS 
 O plano de aula que será descrito, foi aplicado na turma de 5 ano do 
professor Arildo, na EMEF Imperatriz Leopoldina, nos dia 12 e 13 de novembro. 
Foram utilizadas um total de quatro aulas de 45 minutos para a realização da 
atividade. 
 O assunto que estava sendo abordado pelo professor no quarto bimestre era 
a propriedade dos materiais. Ele já havia trabalhado a respeito dos materiais que 
conduzem calor e eletricidade, o próximo conteúdo que ele abordaria seria a 
respeito do comportamento magnético da matéria. Então conversamos e ficou 
decidido que eu faria uma introdução a respeito dos imãs. Para o planejamento das 
aulas, realizei pesquisas nos livros didáticos disponíveis na escola e também em 
sites educacionais a respeito do assunto. 
Tentei realizar atividades investigativas com a turma com o uso de vídeo e de 
atividades práticas – “mão na massa”. Segundo Tosin e Wilsek (2009): 
É fato que no ensino de Ciências há a necessidade de um pluralismo 
metodológico que considere a diversidade de recursos pedagógicos-
tecnológicos disponíveis e a amplitude de conhecimentos científicos a 
serem abordados na escola. É inegável a contribuição dos trabalhos de 
pesquisa sobre o ensino de ciências mostrando que os estudantes 
aprendem melhor quando participam ativamente das atividades de ensino 
(Tosin & Wilsek, p.3, 2009). 
 
 No dia 12 de novembro, iniciei a aula com a exibição de um vídeo para eles, 
através do aparelho de data show. O vídeo é o episódio Larva – Magnet Man, 
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=XalJhyxmgaE, no intervalo de 0:00 
a 1:50. Os alunos se divertiram muito assistindo ao vídeo e logo que ele terminou, 
avisei de que tínhamos que discutir algumas questões em relação ao vídeo. Então 
coloquei na lousa três questões orientadoras: 1) O que aconteceu quando as larvas 
encontraram os ímãs? 2) Se você já teve a oportunidade de brincar com um imã, ele 
se comportou da mesma maneira que no desenho? 3) O que você acha que é real e 
o que é ficção neste desenho das larvas? 
 Então mostrei o vídeo novamente e dei aos alunos 10 minutos para responder 
as perguntas. O entusiasmo deles era tão grande que eles queriam respondê-las 
imediatamente oralmente, porém reafirmei que, neste primeiro momento, era 
necessário responder as perguntas no caderno. Depois que todos terminaram, 
deixei que lessem suas respostas oralmente, porém praticamente todos queriam 
respondê-las e não havia tempo para isso, portanto selecionei alguns alunos. 
 Obtive respostas muito engraçadas e que pareciam óbvias para mim. Vários 
alunos responderam a questão 3 de maneira similar: “professora, ficção neste 
desenho é que as larvas engoliram um imã, é impossível engolir um imã e o que é 
verdade é que os objetos foram atraídos pelos imãs”. No entanto, quando eu passei 
de mesa em mesa para ler as respostas, havia dois alunos que tinham respondido o 
correto a respeito dos imãs – que ficção era o imã conseguir atrair objetos que 
estavam tão longes dele, principalmente o avião e que a realidade é que os imãs 
eram capazes de atrair sim alguns objetos, mas desde que estivessem próximos 
dele”. Eu fiquei impressionada com a resposta destes dois alunos e só deixei que 
eles respondessem oralmente depois dos outros que não tinham se aproximado da 
resposta correta. Alguns alunos da sala nunca tinham manipulado um imã, apesar 
de saber da existência deste. 
 Depois da exibição do vídeo e do compartilhamento das respostas, escrevi na 
lousa mais uma pergunta: “Quais materiais são atraídos pelos imãs? Em que 
condições isso ocorre?” Deixei mais uma vez que respondessem para depois 
compartilharmos as respostas na oralidade para toda a turma. Durante a discussão, 
exibi trechos do vídeo novamente e perguntei de que material todos aqueles objetos 
que eram atraídos pelo imã do desenho, eram feitos. A maioria prontamente 
respondeu que eram feitos de ferro. Então partimos para a próxima etapa da aula, a 
investigação, que foi realizada no dia seguinte –13 de novembro. 
 Para a etapa da investigação, comprei dez imãs pequenos e redondos e levei 
para a escola. A turma foi organizada em pequenos grupos de três a quatro alunos e 
para cada grupo eu dei um imã e uma folha de atividade. Solicitei aos grupos que 
levantassem hipóteses sobre como os diferentes objetos, presentes na sala, que 
eles testariam, se comportariam em relação ao imã: se haveria atração ou não. As 
respostas deveriam ser anotadas na folha de atividade. Então, solicitei que eles 
testassem os imãs nos objetos encontrados pela sala de aula e pelo corredor da 
escola, exceto nas tomadas, pelo risco de levar um choque. 
 A folha de atividade continha as seguintes questões: 1) Quais objetos foram 
testados? 2) Quais deles foram atraídos pelo imã? De que material eles são feitos( 
por exemplo: ferro, plástico, madeira, alumínio, borracha, etc)? 3) Se aproximarmos 
dois imãs, o que acontece? Eles se comportam da mesma maneira que os objetos 
analisados? 
 Depois do momento de teste dos imãs, eles voltaram para a sala para 
responder o questionário e compararem o que de fato ocorreu no teste com suas 
hipóteses previamente levantadas. Se necessário, podiam testar novamente os 
objetos caso não lembrassem muito bem os resultados. Após terem finalizado o 
questionário, cada grupo leu suas respostas e muitos ficaram surpresos ao ver que 
algumas de suas hipóteses não condiziam com o resultado do teste. Vários 
comentaram: “mas professora, eu pensava que os imãs atraíssem tudo o que era 
metálico, mas o imã não atraiu as latinhas de refrigerante, nem o anel do professor, 
por quê?” Alguns ficaram surpresos ao ver, na prática, que os imãs não atraíam 
seus lápis, canetas, borrachas, paredes, vestimentas. 
 Os alunos também ficaram muito empolgados quando aproximaram os imãs econstataram que dependendo do lado que era aproximado, “parecia que tinha uma 
força empurrando um contra o outro e eles não grudavam”. Eles ficaram muito 
confusos e sequiosos por respostas, queriam pesquisar sobre o assunto o mais 
rápido possível. 
 Após os levantamentos de hipóteses e discussões, realizei uma aula 
expositiva dialogada sobre imãs, quais materiais eram de fato atraídos pelos imãs, a 
polaridade Norte e Sul dos imãs e seu poder de atração e repulsão. Expliquei o 
assunto de forma simples e sucinta, já que para um maior detalhamento a respeito 
de imãs seriam necessários muitos conhecimentos prévios que a turma 
naturalmente ainda não tinha, pois estavam no 5 ano. 
 
3.4 OBSERVAÇÕES NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 
 
 Como realizei o estágio da disciplina Matemática na mesma turma que a 
disciplina de Ciências, os alunos já estavam acostumados com minha presença na 
sala. 
A turma era bastante dividida quanto ao gosto pela Matemática – havia alunos 
que adoravam, outros que detestavam e aqueles que diziam gostar “mais ou 
menos”. Havia três alunos que se destacavam no interesse pela disciplina e na 
aprendizagem – tiravam sempre as melhores notas e solicitavam ao professor 
exercícios extras como lição de casa. Porém, infelizmente, boa parte dos alunos 
tinham grandes dificuldades em realizar as quatro operações básicas e percebi que 
vários tinham vergonha de sanar suas dúvidas diretamente com o professor. 
No mês em que comecei o estágio, os alunos fariam uma avaliação externa, a 
prova Saeb, que avalia as disciplinas Língua Portuguesa e Matemática e no mês 
seguinte eles realizariam outra avaliação externa, a prova São Paulo, exclusiva do 
município de São Paulo. Como se sabe, a disciplina Matemática é muito cobrada 
nas escolas para que os alunos tenham um desempenho a cada ano melhor, já que 
os resultados no Brasil, em geral, não são nada animadores e o rendimento dos 
alunos têm sido muito baixo. Portanto, a partir da segunda semana de outubro, os 
professores dos quintos anos combinaram a realização de duas semanas de revisão 
nos tópicos em que os alunos apresentavam as maiores dificuldades, dentre eles, o 
principal era a resolução de problemas. Segundo o professor, essa dificuldade não 
era apenas relacionada aos cálculos matemáticos, mas sobretudo relacionada à 
Língua Portuguesa – a interpretação equivocada da linguagem pelos estudantes. 
Nessas semanas de reforço, o professor tinha dezenas de folhas de 
atividades com problemas matemáticos que seriam selecionados para os alunos 
resolverem, desde os de grau fácil até os de grau complexo. O que mais me chamou 
a atenção foi que o professor selecionava, para ir à lousa, os alunos que tinham 
usado estratégias diferentes para a resolução dos problemas e eles tinham que 
explicar para toda turma o raciocínio usado. 
Essa atitude do professor demonstra uma de suas concepções do por que 
ensinar matemática e de como de acredita que seja ensinar e aprender, pois ele 
levou em consideração as formas de pensar que cada aluno utilizou para resolver as 
situações propostas no problema. De acordo com Diniz & Smole (2016) : 
Essa concepção sobre a resolução de problemas nasceu com os 
trabalhos de Polya (1978) e teve maior importância nos anos 1960, quando 
educadores começaram a centrar sua atenção nos processos ou 
procedimentos usados pelos alunos para resolver problemas. Sob esse 
enfoque, o ensino tem, então, como foco as estratégias e os procedimentos 
utilizados para se chegar à resposta. A resposta em si torna-se menos 
relevante. Essa concepção de resolução de problemas baseia-se na crença 
de que, ao entender como se resolvem problemas, é possível ensinar a 
outros como fazê-lo (...). Ensinar como resolver problemas permitiria 
aprender formas de pensar características da matemática e, portanto, 
aprender matemática (DINIZ & SMOLE, p.10, 2016). 
 
 Era perceptível que, quando os alunos explicavam o raciocínio, a estratégia 
que utilizaram na resolução do problema apresentado, os colegas prestavam muita 
atenção e muitas vezes conseguiam aplicar a estratégia aprendida em outros 
exercícios dados pelo professor. Como o professor gostava de trabalhar em duplas e 
grupos, eles se ajudavam muito e tornava-se nítido o avanço dos alunos que tinham 
maiores dificuldades na disciplina. 
 Em geral, o professor fazia o uso do livro de matemática, mas ele sempre 
trazia muitas atividades impressas prontas de sites e material xerocado de outros 
livros. As explicações aconteciam na lousa, os alunos prestavam atenção e 
copiavam no caderno e partiam para a resolução dos exercícios. 
 No entanto, o professor diversificava suas aulas com jogos de tabuleiro, por 
exemplo: banco imobiliário, jogos de estratégia, jogos indígenas (Jogo da Onça) e 
africanos (Mancala Awalé). Um dos trabalhos propostos pelo professor foi a 
confecção do jogo da onça pelos estudantes, em grupo, utilizando os materiais que 
eles quisessem, de forma criativa. O resultado foi surpreendente, eles foram muito 
criativos e esses trabalhos foram expostos na Mostra Cultural da escola que ocorreu 
no final de Novembro. 
 Quando as crianças cometiam erros, segundo elas mesmas, “erros muito 
bobos, prô”, o professor sempre reforçava que errar era imprescindível para o 
avanço da aprendizagem, que eles não deveriam encarar de forma negativa. 
Segundo Peng e Luo (2009), o erro matemático hoje é visto como uma etapa que 
faz parte da construção do conhecimento, porém no passado era considerado um 
aspecto negativo na aprendizagem da matemática. 
 Nas minhas observações, notei que quando o professor lecionava várias 
aulas tradicionais na semana, em que só se usava lousa, livro e caderno, os alunos 
se dispersavam muito mais rápido durante o desenvolvimento das atividades e 
pareciam também desanimados e desestimulados. Esse quadro de desmotivação 
mudava completamente quando o professor intercalava a essas aulas tradicionais, 
aulas com jogos, brincadeiras e materiais manipuláveis. 
 Durante as explicações, o professor tentava sempre relacionar a matemática 
ao cotidiano de seus alunos. Contava histórias engraçadas em que destacava a 
importância da matemática para: não ser enganado com o troco nas compras, saber 
decidir qual empresa ofereceria um empréstimo mais vantajoso para eles, planejar 
seu próprio orçamento, etc. Para envolver os alunos em seus exemplos, ele 
geralmente inventava situações em que os alunos eram os protagonistas. 
 
 3.4 REGÊNCIA EM MATEMÁTICA 
 
 O plano de aula que será descrito, foi aplicado nos dia 6 e 7 de novembro. Foi 
utilizado um total de X aulas de 45 minutos para a realização da atividade. 
 Pensei em uma aula que envolvesse as quatro operações básicas da 
matemática com os números decimais, pois os alunos tinham dificuldades em 
realizar cálculos com os números decimais. Os alunos teriam que também realizar o 
cálculo de porcentagem, que segundo o professor, também era uma dificuldade para 
vários alunos da turma. 
 Para não realizar uma aula tradicional que usasse somente atividades 
impressas e lápis, planejei uma aula que tivesse relação com o cotidiano deles, em 
que os alunos fossem os protagonistas e que pudesse também desenvolver uma 
visão crítica e autônoma da sociedade. 
 Nessa atividade, os alunos – com a mediação do professor e a minha – 
transformaram a sala de aula em um supermercado. Para este fim, duas semanas 
antes da aula eu havia solicitada que os alunos trouxessem embalagens vazias e 
limpas de produtos alimentícios variados. A contribuição foi grande e tínhamos 
produtos suficientes para montar o supermercado. Eles trouxeram embalagens de: 
arroz, feijão, farinha, ovos, chocolates, sucos, bolachas, refrigerantes, óleo, pão, 
leite, café, latas de ervilha e milho, sabonete, pasta de dente e produtos de limpeza 
para casa. Também trouxeram: cebolas, tomates, pepino, batata e algumas frutas: 
maçã, limão,laranja, uva, manga, abacate e banana. 
 
 1º Etapa: Pesquisa de preços 
Na nossa primeira aula da atividade, a fim de colocar preço nas mercadorias, 
eles realizaram uma pesquisa de levantamento de preços, nos computadores da 
sala de informática. Esse levantamento foi anotado no caderno e então voltamos 
para a sala de aula para montar tabelas com os valores encontrados do produto. 
Organizei a turma em grupos de cinco alunos e eles montaram as tabelas com o 
preço de cada alimento nos diferentes estabelecimentos. As tabelas ficaram prontas 
para uso posterior. 
 
 2º Etapa: Montagem do supermercado 
 Em grupos, na segunda aula, os alunos construíram, com o auxílio das 
carteiras, stands para expor os produtos por eles selecionados e seus devidos 
preços já catalogados. Nós auxiliamos os alunos para que organizassem os 
produtos separando os produtos de limpeza dos alimentos perecíveis e que essa 
organização chamasse a atenção do público consumidor. Eles confeccionaram, 
também em grupos, etiquetas coloridas para os preços dos produtos e etiquetas 
com a porcentagem de desconto oferecido ao item, que variava de 5% a 50% de 
desconto. 
 3° Etapa: Compras no supermercado 
 Os grupos anteriormente organizados foram divididos em dois grandes 
grupos: os consumidores e os vendedores. 
 Nós já tínhamos preparado listas de compra diferentes com os produtos fixos 
para cada consumidor, porém a quantidade de cada produto não estava estipulada – 
eles teriam que calcular quantos itens de cada produto poderiam comprar com a 
meta de dinheiro que poderia ser gasto, o valor que estipulamos foi de 150 reais por 
consumidor. 
 Os alunos tinham que realizar as somas dos valores dos produtos, planejar as 
compras para conseguir adquirir todos os produtos que constavam em suas listas 
sem ultrapassar o limite que poderia ser gasto, calcular os trocos e também os 
descontos que estavam aplicados sobre alguns produtos, realizando os cálculos de 
porcentagem. Cada aluno fazia suas anotações no caderno, não permitimos o uso 
de calculadora. 
 É importante salientar que os registros feitos pelos alunos tinham que estar 
bem organizados no caderno, pois no final os alunos voltariam a seus grupos de 
origem para checar os erros e acertos realizados nas compras. 
 
 4°Etapa: Discussão da atividade 
 
 Os alunos retornam a seus grupos de origem após finalizarem as compras e 
mostram suas aquisições, as contas que foram feitas, os trocos ou a dívida que 
contraíram. 
 Em grupo, eles conferiram todas as contas realizadas, fizeram as correções e, 
enquanto isso, nós passávamos de mesa em mesa para conferir os cálculos e sanar 
dúvidas. 
 As tabelas que eles construíram com o levantamento dos preços dos produtos 
realizados na internet, o professor utilizou para fazer uma atividade de comparação 
de preços com o uso de porcentagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO 
 
 A realização desse estágio deixou clara para mim a importância da integração 
da teoria aprendida nas disciplinas da graduação de Pedagogia com a prática 
proporcionada pelo estágio. É de grande importância que os professores da 
educação básica tenham acesso à formação continuada por meio de políticas 
públicas, pois nas reuniões de professores de que participei, a queixa da maioria dos 
docentes era a falta de cursos públicos que os atualizassem a respeito de novas 
tecnologias, metodologias, assuntos que fossem vinculados à prática escolar, às 
suas necessidades dentro da sala de aula. Muitos diziam que os cursos que faziam 
eram muito teóricos e fora da realidade por eles vivenciadas na escola pública, 
portanto, pouco acrescentava às suas práticas diárias. 
 Durante a observação das aulas pude entender o quão importante é a 
realização de estágio para nosso preparo para exercer nossa profissão com 
qualidade e primazia, pois são diversos os desafios enfrentados por um docente em 
uma classe com trinta alunos tão heterogêneos, com interesses e desejos 
conflitantes, pertencentes ao século XXI, com acesso às informações nas palmas de 
suas mãos a uma velocidade instantânea e que ainda têm que frequentar uma 
escola que pouco mudou sua estrutura desde o século XIX. 
 Fiquei contente ao perceber que as disciplinas oferecidas pelo curso da 
Univesp foram muito úteis para a elaboração de meu plano de aula para a regência 
no estágio. O conteúdo da disciplina Fundamentos e Práticas no Ensino de Ciências 
da natureza foi crucial na tentativa de eu realizar uma aula que fosse investigativa, 
prática – embora eu não tenha realizado um experimento – atrativa, usando recursos 
audiovisuais e em que o aluno fosse protagonista e o professor um mediador no 
processo de aprendizagem. Segundo Tosin & Wilsek (2009): 
Ensinar Ciências por investigação significa inovar, mudar o foco da 
dinâmica da aula deixando de ser uma mera transmissão de conteúdo (...) 
O professor, ao assumir este papel, deverá acompanhar as discussões, 
provocar novas questões, questionar e conduzir o processo de ensino. A 
partir daí busca-se a construção do conceito científico contrapondo as ideias 
que os estudantes têm de senso-comum com as teorias científicas ( TOSIN 
& WILSEK, p.3, 2009). 
 
 A elaboração da aula sobre os imãs foi um desafio para mim, pois o tema é 
bastante complexo está faixa etária, percebi que os alunos continuaram com dúvidas 
que eu não consegui satisfatoriamente sanar, já que eu não conseguia explicar de 
uma forma simplificada o suficiente para a idade deles. Houve momentos em que 
usei termos avançados e eles não conseguiram compreender a explicação. Um 
desses momentos foi minha tentativa de explicar o porquê somente alguns metais 
eram atraídos pelos imãs, esta era a dúvida de vários estudantes. Não consegui 
simplificar a complexidade deste conteúdo e acabei dizendo que ao longo de suas 
trajetórias escolares eles teriam mais conhecimentos para conseguir compreender 
melhor este assunto, que é bastante complexo. 
 As aulas do professor, em ciências, eram basicamente centradas na 
transmissão de conteúdo por ele, apesar dele sempre incentivar a participação dos 
alunos e ouvi-los. Não presenciei aulas experimentais nenhuma vez e ele disse que 
raramente planejava este tipo de aula, já que na escola não há um laboratório. 
Porém, de acordo com Bevlacqua & Coutinho – Silva (2007): 
A realização de experimentos, em Ciências, representa uma excelente 
ferramenta para que o aluno faça a experimentação do conteúdo e possa 
estabelecer a dinâmica e indissociável relação entre teoria e prática 
(BEVLACQUA & COUTINHO-SILVA, p.2, 2007). 
 
No entanto, a ausência de laboratório não pode representar um freio para a 
realização de aulas experimentais. É possível realizar experimentos utilizando 
objetos e materiais do nosso cotidiano para suprir a falta de itens laboratoriais. 
Experimentos aparentemente simples, se forem conduzidos de maneira 
investigativa, contribuirão muito para a aprendizagem dos alunos como 
protagonistas, que levantam hipóteses e vivenciam o conflito cognitivo, tiram suas 
próprias conclusões, pesquisam, propõem novas hipóteses e o professor atua como 
mediador durante todo este processo. De acordo com Campos & Nigro (1999 apud 
BASSOLI, 2014, p.5) “os experimentos investigativos, ou atividades práticas 
investigativas, são aqueles que exigem grande participação do aluno durante sua 
execução. Diferem de outras atividades por envolverem, obrigatoriamente, 
discussão de ideias, elaboração de hipóteses explicativas e experimentos para 
testá-las.” 
 É preciso tomar cuidado com o termo “aulas práticas”, pois há diversas 
concepções de aulas práticas, dentre elas: demonstrações práticas, experimentos 
ilustrativos, experimentos descritivos e experimentos investigativos (BASSOLI, 
2014). Muitos professores pensam que atividade prática é mera demonstração ou 
ilustração e que isto basta.As atividades práticas demonstrativas são realizadas 
pelo professor e o aluno é mero espectador que não intervém na atividade realizada 
(CAMPOS & NIGRO, 1999). Os experimentos ilustrativos têm a mesma função dos 
demonstrativos, com a diferença de que o aluno participa do processo, porém a 
problematização e o engajamento intelectual do aluno ainda dependem do professor 
para que ocorram (BASSOLI, 2014). 
 O ensino por investigação em ciências auxilia no desenvolvimento de 
cidadãos críticos e conscientes na sociedade, que é responsabilidade da escola. A 
lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN) informam a necessidade do educando ser capaz de construir o 
saber e tornar-se crítico. Assim sendo, os conteúdos de ensino perdem a 
importância em si mesmos e passam a ter a função primordial do desenvolvimento 
crítico do estudante (MELLO, 2000). Ainda segundo Mello (2000), esses objetivos só 
serão alcançados com mudanças no sistema de formação dos professores. As 
licenciaturas ainda estão baseadas em modelos que são conteudistas e 
disciplinaristas, que precisam ser mudados a fim de que conteúdos transversais e a 
transdisciplinaridade sejam trabalhadas pelo licenciandoe e então ela possa ter 
práticas pedagógicas que estejam alinhadas com sua formação. 
 O professor gostava de trabalhar em duplas e ou grupos que ele mesmo 
escolhia. Esse fato me chamou a atenção, pois compreendi a importância de 
selecionar os pares a fim de que eles pudessem se ajudar. Constatei que as 
explicações dos colegas eram às vezes mais efetivas para a compreensão do que a 
explicação dada pelo professor. Colello (2005) afirma que a criação de grupos 
heterogêneos auxilia no avanço cognitivo dos integrantes. 
 Depois da minha regência, o professor me elogiou, gostou da prática 
investigativa e demonstrou interesse em estudar esse assunto para realizar algumas 
aulas que envolvessem a investigação. A participação dos alunos na minha aula foi 
intensa, eles ficaram intrigados com as questões propostas e levantaram várias 
hipóteses para explicar os fenômenos que eles observavam. Esta experiência vivida 
foi muito rica para mim e me trouxe muitas ideias de planos de aula para eu 
desenvolver futuramente quando eu for docente. 
 Referente às aulas observadas da disciplina Matemática, a forma de trabalhar 
do professor me trouxe lembranças de minha trajetória escolar. A maneira como a 
resolução de problemas em matemática, na escola em que eu estudava , era 
desenvolvida, tinha como concepção um modelo tradicional de resolução de 
problemas, pois se baseava em reproduzir exatamente a estratégia de resolução 
que era ensinada pelo professor em sala, para aquele “tipo” de problema em 
particular. Lembro-me que eu resolvia no passo a passo, feito um robô, conforme o 
professor havia ensinado. Não eram exploradas outras estratégias de resolução que 
alguns colegas, eventualmente, realizavam. 
 A visão de resolução de problemas, que a professora de matemática que eu 
tive tinha, era a visão tradicional. Segundo Diniz & Smole (2016): 
Em uma dessas concepções, a resolução de problemas pode ser entendida 
como a meta do ensino de matemática. Nessa perspectiva, o ensino de 
matemática, seus conceitos, técnicas e procedimentos devem ser 
ensinados antes, para que depois o aluno possa resolver problemas. Tudo 
se passa como se o aluno precisasse possuir todas as informações e os 
conceitos envolvidos na situação – problema para depois poder enfrenta-la. 
(...) Essa foi a visão de resolução de problemas do denominado modelo 
tradicional de ensino e a forma predominante de ensino no Brasil até os 
anos 1960 (DINIZ & SMOLE, p.9, 2016). 
As aulas que envolviam o uso dos materiais manipuláveis interessavam a 
vários alunos, eles adoravam construir coisas. No entanto, é preciso estar atento ao 
usar esses materiais a fim de que não seja feito seu uso equivocado. De acordo com 
Nacarato (2005) o professor pode fazer uso do material sem haver relação entre a 
base material e os conceitos que estão sendo trabalhados ou então o professor 
achar que há relação, mas para os alunos essa relação não se torna evidente. Há 
também casos em que as crianças apenas reproduzem exatamente o que o 
professor fez, não havendo uma verdadeira ação que parta das crianças. Inúmeros 
podem ser os usos inadequados ou pouco exploratórios de qualquer material 
manipulável, o que acaba por pouco ou nada contribuir para a aprendizagem 
matemática. 
 A atividade que desenvolvi na minha regência deixou os alunos muito 
empolgados. Percebi que alguns, antes de efetuarem as compras, fizeram uma 
pesquisa de comparação de preços em todos os stands. Porém, vários foram os 
alunos que compraram os produtos sem muito planejamento e contraíram dívidas, 
pois também realizaram cálculos errados nos descontos dos produtos e também 
cometeram alguns erros nas operações básicas, principalmente multiplicação e 
divisão. Durante toda a atividade, tanto eu quanto o professor estivemos presentes 
orientando-os, quando necessário, nos cálculos; por exemplo: quando havia 
produtos repetidos nas listas de compras, nós propusemos que fossem realizados 
cálculos de multiplicação. 
 Utilizamos os exemplos dos alunos que contraíram dívidas para introduzir a 
noção de números negativos. 
 Essa atividade foi bastante desafiadora para mim, pois exigia bastante 
organização, ainda mais em uma sala com 29 alunos. Fazer o acompanhamento dos 
grupos, de seus registros também foi uma tarefa bastante trabalhosa. Sinto que para 
realizar novamente uma atividade como esta, eu teria que realizar algumas 
mudanças no planejamento, talvez fosse preciso usar mais aulas para que eu 
pudesse acompanhar com mais atenção as negociações realizadas pelos grupos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
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