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Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Módulo III: Estratégia de Processos ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: Paulo Cunha http://www.ind.puc-rio.br/pagina.aspx?id=index Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Objetivos de aprendizagem 1. Discutir as quatro principais decisões de processos; 2. Posicionar um processo na matriz de contato com o cliente ou de produto – processo; 3. Relacionar a escolha do processo com a estratégia de manufatura; 4. Identificar prós e contras do envolvimento do cliente; 5. Explicar o que é automação, intensidade de capital, economias de escopo e foco; 6. Discutir como as decisões de processo devem ser coerentes entre si; 7. Definir reengenharia de processos e melhorias de processos. 2 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Agenda 1. Introdução ao conceito de Estratégia de Processo 2. Principais decisões de processo I. Estruturas de processos de serviços II. Estrutura de processos de manufatura III. Envolvimento do cliente IV. Flexibilidade de recursos V. Intensidade de capital 3. Padrões de decisão para processos de serviço 4. Padrões de decisão para processos de manufatura 5. Integração Vertical 6. Foco por segmentos de processo 7. Estratégias para mudar 3 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia de Processo 4 McDonald’s fez mudanças sutis nos processos usados para embalar alimentos para diminuir o impacto ambiental - Reduziu o desperdício em mais de 30% desde 1990 - Tornou-se um os maiores compradores de materiais reciclados dos Estados Unidos ◦ Substituiu caixas por papel leve especial ◦ Introduziu guardanapos menores ◦ Dependeu menos de plásticos para canudinhos, bandejas e equipamentos de playground General Motors descobriu que estava produzindo 40 kg de lixo para cada carro montado em 1991 - Com mudanças nos processos , a quantidade de lixo sólido caiu para 6,8 kg Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia de Processo Estratégia de processo é o padrão de decisões tomadas na gestão dos processos, de maneira que estes alcancem suas prioridades competitivas. Um processo envolve o uso dos recursos de uma organização para fornecer algum valor. Por que gerenciar processos e não apenas as atividades que o compõem? - Porque permite identificar as atividades que adicionam valor para o cliente e aquelas que são executadas apenas por razões históricas ou por defeito de desenvolvimento. - Evitar que os responsáveis otimizem sua atividades em detrimento do desempenho do processo (por exemplo, deixar de comunicar uma informação importante para os outros). 5 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia de Processo As decisões de melhoria de processo são mais indicadas quando: - É introduzido um produto novo ou profundamente modificado; - Há necessidade de melhoria da qualidade; - Há alteração nas prioridades competitivas; - Há mudança na demanda; - O desempenho é inadequado; - Há mudança na disponibilidade ou custos dos insumos; - Concorrentes adotam novo processo com vantagens; - Surgem novas tecnologias que oferecem vantagens. 6 Processos devem estar em constante evolução em função da busca de melhoria contínua. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Principais decisões de processo Principais decisões na gerência de processo: - Estrutura de processo ◦ Determina a maneira como os processos são projetados em relação aos tipos de recursos necessários, como os recursos são divididos entre eles e suas principais características. - Envolvimento do cliente ◦ Refere-se aos modos como os clientes podem se tornar parte do processo e a extensão de sua participação. - Flexibilidade de recursos ◦ É a facilidade com que os funcionários e os equipamentos podem lidar com uma variedade de produtos, níveis de saída, deveres e funções. - Intensidade de capital ◦ É a combinação de equipamentos e habilidades humanas em um processo. 7 Essas dimensões são mais bem entendidas no nível de processo do que no nível da empresa. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé 2 - Principais decisões de processo 8 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Uma boa estratégia para um processo de serviço depende, primeiramente, do tipo e da quantidade de contato com o cliente. Contato com o cliente é a medida em que o cliente está presente, ativamente envolvido e recebe atenção pessoal durante o processo. 9 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Contato com o cliente e elementos do processo - Contato ativo: o cliente é uma grande parte da criação do serviço e afeta o próprio processo de serviço. - Contato passivo: o cliente não está envolvido na adaptação do processo para satisfazer necessidades especiais ou no modo como o processo é realizado. - Complexidade do processo: a quantidade e a complexidade das etapas necessárias para realizar o processo. - Variação do processo: a extensão em que o processo pode ser altamente personalizado com considerável margem de manobra quanto à maneira como é realizado. - Fluxo flexível: os clientes, materiais ou informações movem-se em caminhos diversos, com o caminho de um cliente ou tarefa, muitas vezes, cruzando o caminho que o próximo cliente tomará. - Fluxo de linha: os clientes, os materiais ou as informações de movem linearmente de uma operação para a seguinte, de acordo com uma seqüência fixa. 10 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Matriz de contato com o cliente para processos de serviço 11 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Estruturação do processo de serviço - Front office (linha de frente - serviços profissionais): um processo de muito contato com o cliente quando o prestador de serviços interage diretamente com o cliente interno ou externo. Ênfase no processo. - Hybrid office (linha híbrida - loja de serviços): um processo com níveis moderados de contato com o cliente e serviços padronizados com algumas opções disponíveis. - Back office (linha de retaguarda – serviço de massa): um processo de pouco contato com o cliente e pouca personalização de serviços. Ênfase no produto. 12 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Exemplo de serviço profissional (front office) - Consultor planejando a melhor forma de ajudar os seus clientes 13 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Exemplo de lojas de serviços (hybrid office) - Uma academia oferece alguma variedade dentro de um conjunto padrão de instalações e processos 14 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos deserviços Exemplo de serviço de massa (back office) - Um centro de atendimento pode lidar com um volume muito elevado de pedidos de clientes, pois seus processos são padronizados 15 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.1 - Estruturas de processos de serviços Estruturas do processo de serviços no setor de serviços financeiros 16 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Estratégia de serviços: Processo e Tecnologia Serviço profissional - altamente personalizados e muito trabalho intensivo Serviço de Loja - personalizados e trabalho intensivo Serviço de Massa - menos personalizados e menos trabalhosos Fábrica de Serviços - menos personalizados e menos trabalhosos 2.1 - Estruturas de processos de serviços Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Copyright 2006 John Wiley & Sons, Inc. Matriz de Serviços-Processos Source: Adapted from Roger Schmenner, “How Can Service Businesses Survive and Prosper?” Sloan Management Review 27(3):29 2.1 - Estruturas de processos de serviços Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Serviços profissionais Uma médica fornece serviços a cada cliente baseada em capacitação extensiva em medicina. Loja de Serviços Apesar de ter sido preparada antes, uma aula é afetada pela interação com os estudantes em cada sala. Serviços de Massa A loja de varejo oferece uma variedade padrão de produtos para escolha dos clientes. Fábrica de Serviços Electricidade é uma commodity disponibilizada de forma contínua. 2.1 - Estruturas de processos de serviços Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura 20 Kumar (2018), https://www.youtube.com/watch?v=ilIPJaK9mnU. Acessado em 28/09/2018 https://www.youtube.com/watch?v=ilIPJaK9mnU Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Escolha de processo: maneira de estruturar o processo organizando os recursos em torno dele mesmo ou em torno dos produtos. - Processo por tarefa (job shop): um processo com a flexibilidade necessária para produzir uma ampla variedade de produtos em quantidades significativas, com considerável complexidade e variação nas etapas realizadas. - Processo em lote (batelada): difere do processo por tarefa no que diz respeito a volume, variedade e quantidade. - Processo em linha (massa): um processo que se situa entre os processos em lote e o contínuo; os volumes de produção são altos e os produtos são padronizados, o que permite que os recursos sejam organizados em torno de produtos específicos. - Fluxo contínuo: é o ponto extremo da produção padronizada de grande volume, com fluxos de linha rígidos, sendo que a produção não se inicia e se interrompe por intervalos de tempo longos. 21 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Processo por tarefa (jobbing process): - Quantidades muito pequenas ou apenas alguns necessários; - Feito especialmente: variedade de alta, baixa repetição, cada um personalizado; - Requisitos de habilidades são geralmente amplos; - Equipe conclui todo o produto; - Orçamentos por trabalho. 22 file:///D:/Videos/Misc short vids/v0401project.mov Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Processo em lote (batch process): - Volumes maiores e variedade menor do que por tarefa; - Produtos padrão, demanda repetitiva; - Especializado, estreita habilidade; - Set-ups (trocas) em cada etapa da produção. 23 file:///D:/Videos/Misc short vids/v0402guitar.mov Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Processo em linha (mass process): - Volumes mais elevados do que por lote; - Produtos padronizados, repetidos; - Baixa e/ ou estreita habilidade; - Não há set-ups ou são quase instantâneos. 24 file:///D:/Videos/Yamaha Piano Manufacture.mov Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Fluxo contínuo (continuous process): - Extremamente altos volumes e baixa variedade: freqüentemente único produto; - Produtos padronizados, repetidos; - Altamente intensivos em capital e automatizados; - Poucas trocas necessárias; - Difícil e caro iniciar e parar o processo. 25 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Matriz de produto-processo 26 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Prioridades competitivas e escolha do processo 27 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé 28 Alguns autores definem ainda o processo de projeto. 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.2 - Estrutura de processos de manufatura Processo de projeto (project process): um processo com a flexibilidade necessária para produzir uma ampla variedade de produtos em quantidades significativas, com considerável complexidade e variação nas etapas realizadas. - Único, complexo, ‘produtos’ de grande escala com alto conteúdo de trabalho - Especialmente feito, cada um é customizado - Muitas habilidades diferentes têm de ser coordenadas - Definidos para o início e o término: objetivos de qualidade, tempo e custo 29 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé AltoBaixo Volume C u s to m iz a ç ã o Alta Baixa Processo de projeto • Escolha da localização para uma nova fábrica na Europa • Adoção do ERP para os processos de negócios de uma empresa industrial Processo por tarefa • Usinagem de tubos metálicos de precisão • Equipe de consultoria interna em uma empresa industrial Processo por lote • Processo de forjaria para produzir acessórios para o acesso a vasos de pressão • Produção de um lote de livros didáticos em uma gráfica Processo em linha • Montagem de carros • Linha de pães Processo contínuo • Processo de refino de petróleo • Processo de fabricação de massas Foco no processo Foco no produto 30 Foco intermediário Processos em organizações industriais Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé Processo de projeto • Processo envolvendo leasing e a construção de instalações prediais para uma grande empresa de seguros • Projeto de campo de um grupo de alunos Processo por tarefa • Processo de atendimento ao cliente em uma instituição de serviços financeiros • Clínica médica de atendimento geral Processo por lote • Processo de atendimento de pedido de importador/distribuidor • Colocação de ordens de compra em uma agência de relações públicas Processo em linha • Fila em um restaurante self- service ou em um refeitório • Fila de espera no caixa de um banco Processo contínuo • Usina geradora de eletericidade • Acesso a linhas telefônicas AltoBaixo Volume C u s to m iz a ç ã o Alta Baixa31 Processos em prestadoras de serviços Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Aplicação ao case Silva Projetos Criativos Usando os norteadores de desempenho de volume e variedade - Que processos o Silva deveria adotar (por projeto, jobbing, por lotes, em massa, ou de fluxo contínuo) no início das operações? - Que processos deveria adotar ao final, com os móveis customizados e padronizados sendo produzidos ao mesmo tempo? 32 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.3 - Envolvimento do cliente Envolvimento do cliente: bom ou ruim? - Vantagens ◦ Competências competitivas melhoradas - mais envolvimento do cliente pode significar melhor qualidade, entrega mais rápida, maior flexibilidade e até custo menor - Os clientes podem ficar cara a cara com os fornecedores de serviços, podendo fazer perguntas, solicitações especiais de imediato e fornecer informações adicionais. - O auto-serviço é a escolha de muitos varejistas que competem por custo. - A participação do cliente na seleção do produto é escolha de empresas que competem com base em personalização. - O cliente pode determinar o horário e o local da prestação do serviço em empresas que competem com base em flexibilidade. ◦ Tecnologias emergentes: as empresas agora podem estabelecer um diálogo ativo com os clientes e torná-los parceiros na criação de valor. - Desvantagens ◦ O envolvimento do cliente pode tornar o processo menos eficiente - São exigidas maiores habilidades interpessoais. - A mensuração da qualidade se torna mais difícil. 33 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.4 - Flexibilidade de recursos Empregados, equipamentos e instalações capazes de lidar com uma ampla variedade de produtos, níveis de produção, deveres e funções. Permite: - Oferecer variedade ao cliente; - Personalizar produtos; - Freqüentes lançamentos produtos novos; - Ajustar a produção ao volume de demanda. Força de trabalho flexível: uma força de trabalho cujos membros são capazes de realizar muitas tarefas, seja em suas próprias estações de trabalho, seja quando mudam de uma estação para outra. - A flexibilidade do funcionário é uma forma de conseguir serviço ao cliente confiável e de aliviar os gargalos de capacidade; porém, gera custos, pois requer mais habilidades e, assim, mais treinamento e educação. Equipamento flexível: volumes baixos significam que os projetistas do processo devem escolher equipamentos flexíveis de uso geral ou universal. 34 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.4 - Flexibilidade de recursos Relação entre custos de processo e volume de produto 35 Unidades por ano (Q) Processo 2: Equipamento de uso especial ou dedicado Processo 1: Equipamento de uso geral ou universal Quantidade de equilíbrio F2 F1 C u s to t o ta l (d ó la re s ) Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Intensidade de capital é a combinação de equipamentos e habilidades humanas no processo; quanto maior for o custo relativo do equipamento, maior será a intensidade do capital. Automação é um sistema, processo ou equipamento automático e auto- regulador. - Automação fixa é um processo de fabricação que produz um tipo de peça ou produto em uma seqüência fixa de operações simples. ◦ Indicada para processos em linha ou de fluxo contínuo. - Automação flexível (ou programável) é um processo de fabricação que pode ser mudado facilmente para manipular vários produtos. ◦ Indicada para processos que requerem customização. 2.5 - Intensidade de capital 36 Automação: a Gillete gastou 750 milhões de dólares em linhas de produção e robótica que lhe proporcionaram a capacidade de fabricar 1,2 bilhão de cartuchos de lâminas de barbear em um ano Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2.5 - Intensidade de capital De forma geral, alta intensidade de capital baixa flexibilidade Em certos tipos de operações de fabricação, como usinagem e montagem, a automação programável divide essa relação inversa entre flexibilidade de recursos e intensidade de capital. - Economias de escopo ◦ São economias que refletem a capacidade de produzir vários produtos com custo mais baixo quando combinados que quando produzidos separadamente. ◦ Economia que se tem quando se introduz novos produtos que compartilham e aumentam a utilização de recursos já existentes. - Com economias de escopo, as duas prioridades competitivas muitas vezes conflitantes de personalização e preço baixo se tornam mais compatíveis. - Tirar vantagem de economias de escopo exige que uma família de peças ou produtos tenha volume coletivo suficiente para utilizar os equipamentos com total capacidade. 37 Exemplo: posto de gasolina que abre uma loja de conveniência. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé 3 - Padrões de decisão para processos de serviço 38 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé 4 - Padrões de decisão para processos de manufatura 39 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 5 – Integração vertical Integração vertical é o grau em que o sistema de produção pertencente à empresa opera a cadeia de valor. - Exemplo: Se a empresa “terceiriza” (i.é. passa a comprar de outro, ao invés de fabricar) algum tipo de componente de seu produto ela reduz sua integração vertical “para trás”, ou à montante. Se ela passa, ela mesma a vender seus produtos, ela está aumentando a integração vertical “para frente”, ou à jusante - Maior ou menor integração vertical é, geralmente, uma decisão estratégica. - O mesmo objetivo pode ser razão para aumentar ou diminuir a integração vertical. - É importante considerar os efeitos de curto prazo e os de longo prazo. - Há fatores quantitativos e qualitativos a se considerar. - A escolha da opção de menor “custo de transação” é considerada determinante. 40 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Extração de borracha da Ford no Pará: 1928-1942 41 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Extração de borracha da Ford no Pará 42 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Extração de borracha da Ford no Pará - Fordlândia 43 Disney na Amazônia No segundo galpão, é difícil abrir caminho entre as caminhonetes Ford abandonadas e os destroços de equipamentos hospitalares – lâmpadas cirúrgicas, leitos etc. Um fato surpreendente é que uma máquina de cortar ferro ainda está em funcionamento, mais de 80 anos depois, e praticamente sem manutenção. No segundo andar, uma imensa prateleira metálica sustenta caixas cheias de peças de reposição com a inscrição Standard Oil of Brazil. Saindo do prédio, segue-se para o hospital. O edifício também está em ruínas: uma parte do teto afundou, as portas foram destruídas, assim como as paredes. As salas de esterilização e Raio X foram transformadas em imensas incubadoras de mosquitos. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Extração de borracha da Ford no Pará - Fordlândia 44 Para chegar ao bairro reservado aos americanos é preciso se enfiar na floresta e andar por mais de um quilômetro. As casinhas são perfeitamentealinhadas ao longo de uma grande avenida. Há umas dez casas, um hotel, uma piscina, postes de luz e hidrantes da época. A casa mais importante, a número 1, era reservada a Henry Ford. Sem muita utilidade, já que ele nunca pôs os pés na Fordlândia. Ford não teria, de fato, razão para ir até lá. Seu projeto foi, no final, um fiasco. As seringueiras tiveram dificuldade para crescer. O terreno rochoso era pouco fértil, e os milhares de árvores foram plantadas muito próximas umas das outras. Como se tudo isso não bastasse, um cogumelo devastou as plantações. Os dirigentes tentaram encontrar soluções. Chamaram um botânico em 1933. Tarde demais. Tentou segundo investimento em Belterra, a 60 km de Santarém. Investimento total da Ford: US$ 20- 30 milhões Venda por Henry Ford II (neto) ao governo brasileiro: US$ 250.000 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 5 – Integração vertical 45 Razões para aumentar a integração vertical - geralmente só é interessante quando a escala de produção é elevada e quando os processos que está integrando são importantes para o futuro. ◦ Penetração em mercados estrangeiros; ◦ Melhorar desempenho em custo, qualidade, pontualidade, menor prazo e variedade; ◦ Melhorar utilização dos recursos; ◦ Aproximar-se do consumidor ou da fonte de matéria-prima. Razões para aumentar a terceirização (reduzir integração) - pode ser particularmente interessante para empresas com baixo volume. ◦ Penetração em mercados estrangeiros; ◦ Melhorar desempenho em custo, qualidade, pontualidade, menor prazo e variedade; ◦ Melhorar utilização dos recursos (empregados, equipamentos, instalações e materiais); ◦ Aumentar o foco nas competências distintivas ou em atividades de maior valor agregado. Fatores que têm influenciado a tendência de maior terceirização: ◦ Concorrência global; ◦ Tecnologia da informação; ◦ Ritmo acelerado de mudança tecnológica. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 - Foco por segmentos de processo O processo de uma instalação pode não ser caracterizado nem ser realmente projetado para um conjunto de prioridades competitivas e para um tipo de processo. - Em uma empresa de serviços, algumas partes do processo podem parecer de front office e outras de back office. Foco: concentrar a atenção e a especialização nos produtos mais importantes. - Objetivo: reduzir a interferência maléfica da produção de uma linha de produtos nas outras, quando cada linha requer uma estratégia diferente. - Fábricas dentro de fábricas (PWPs – plants within plants) são operações diferentes dentro de uma instalação com prioridades competitivas, processos e equipes de trabalho individualizadas operando sob o mesmo teto. - Fábricas focadas são o resultado da divisão de grandes instalações que produzem todos os produtos da empresa em diversas fábricas menores especializadas. 46 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégias para mudar Reengenharia de processos é um profundo repensar e o reprojeto radical de processos com a finalidade de melhorar drasticamente o desempenho em termos de custo, qualidade, serviço e velocidade. - Idéias para reengenharia ou aperfeiçoamento de um processo podem ser descobertas fazendo-se seis perguntas sobre cada passo do processo e sobre o processo como um todo. 1. O que está sendo feito? 2. Quando está sendo feito? 3. Quem está fazendo? 4. Onde está sendo feito? 5. Como está sendo feito? 6. Como se sai em relação aos diversos indicadores de desempenho? Melhoria do processo é o estudo sistemático das atividades e fluxos de cada processo para melhorá-lo. 47 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha A Reengenharia de processos Reengenharia - Processo de repensar e restruturar uma organização Características de um processo após a reengenharia - Várias funções são combinadas em uma. - Quem faz toma as decisões. - Os passos do processo fluem naturalmente. - Há múltiplas versões do processo (flexibilidade). - O trabalho é feito onde faz mais sentido. 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Reengenharia de Processos de Negócios Questões com a reengenharia - Inabilidade da gerência para ligar os esforços de reengenharia com a estratégia corporativa. - A reengenharia é encarada como um programa tático e não como uma questão estratégica para toda a empresa. - Falta de comprometimento e participação da alta gerência. 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé Comparação entre técnicas de implantação estratégicas e táticas para a Reengenharia Tático Estratégico Escopo Uma função ou cargo Unidade de negócios estratégica Foco Um processo isolado Todos os processos críticos Alvo Fluxo de processos Holístico: fluxo de processos, sistemas, estruturas, incentivos, cultura Papéis Iniciativa de melhoria isolada Visão focada em todas as iniciativas de melhoria Resultados Diminuição de gastos, de pessoal, de espaço Aumento do lucro, retorno do investimento, market share 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Ford vs. Mazda FORD MAZDA 400 empregados 5 empregados Porque a Ford precisa de 400 funcionários no contas à pagar enquanto Mazda só precisa de 5 ? Hammer, M. 1990. Reengineering Work: Don’t automate, obliterate. Harvard Business Review. July. Leituras complementares7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Como o processo funcionava na Ford Ordem de compra Bens Pagamento Fatura Cópia da ordem de compra Compras Contas a pagar Vendedor Recepção de documentos Recepção 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha O Processo na Ford após a Reengenharia Ordem de compra Bens Pagamento Vendedor Recepção Contas a pagarBases de dados Compras 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé ESPER A ESPER A ESPER A ESPER A 42 DIAS Primeiro contato Diagnóstico CENTRO DE SAÚDE MAMOGRAFIA &ULTRA CLINICA DE MAMAS BIÓPSIA CLINICA DE MAMAS D20D1 D10 D30 Eficiência de recursos - Alice Eficiência de fluxo: 2 horas / 1.008 horas = 0,2% 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé 2 hs Primeiro contato Diagnóstico CLINICA DE MAMAS Eficiência de fluxo - Sara Eficiência de fluxo: 80 minutos / 120 minutos = 67% 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Se o Lean é tão simples, porque há tantos relatos de dificuldades de implementação em produtos e serviços? O Paradoxo do Lean: matriz de eficiência Porque não se pode obter ao mesmo tempo eficiência no uso dos recursos e eficiência de fluxo Eficiência de recurso Eficiência de fluxo Leis de processos: Lei de Little Lei das restrições (Gargalos) Lei de Kingman (Variabilidade) Alta Baixa Baixa Alta 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Tempo de throughput (TH) = Unidades no fluxo (UF) x Tempo de ciclo (TC) Tempo de ciclo = 2 minsTempo de throughput = ? = 10 x 2 min = 20 min UF = 10 Tempo de throughput ou de atravessamento é o tempo necessário para que uma unidade se mova (passe) pelo processo (fluxo). Tempo de ciclo é o tempo médio entre duas unidades de saída resultantes do processo. A lei de Little (L=λW) Paradoxo: para que a eficiência de recursos seja alta é preciso sempre um estoque de elementos no fluxo. Para que um especialista de saúde não tenha tempo ocioso é preciso que os clientes esperem na fila. Alice: eficiência de recursos é alta, tempo de processo é lento, eficiência de fluxo é baixa 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Teorema de Little (L=λW) Little, J.D.C. (2011, página 537), Little’s Law as Viewed on Its 50th Anniversary, Operations Research, 59 (3), 536-549 A 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Tempo de throughput (TH) = Unidades no fluxo (UF) x Tempo de ciclo (TC) Tempo de throughput = 5 dias × 7 horas = 35 horas Precisamos marcar 500 exames de mama em 5 dias (7 horas de trabalho por dia). Cada exame leva uma hora (tempo de produção). Quantos médicos serão necessários? 35 horas = 500 exames × Tempo de ciclo Tempo de ciclo = 35 horas 500 exames = 0,07 horas ou 4,2 minutos Número de médicos = Tempo de produção = 1 hora = 14,29 Tempo de ciclo 0,07 Little’s law (a really quite useful law) (Continued) Nota: Tempo de produção = tempo necessário para processar uma unidade no fluxo Calculando capacidade com a LL (L=λW) 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégias para mudar Lei de Little - Conteúdo de trabalho: volume total de trabalho necessário para produzir uma unidade de recurso de saída - Tempo de atravessamento (TA): tempo necessário para mover uma unidade de recurso por todo processo - Trabalho em processo ou em andamento (work-in-progress – WIP) - Tempo de ciclo (TC): tempo médio entre unidades de recursos de saída emergindo do processo - 68 Tempo de ciclo = 2 minutos Tempo de atravessamento = ?WIP = 10 Tempo de atravessamento = 10 × 2 minutos = 20 minutos Tempo de atravessamento (TA) = Trabalho em processo (WIP) x Tempo de ciclo (TC) Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégias para mudar Lei de Little - Exemplo - 500 resultados de exames precisam ser feitos em 5 dias (trabalhando 7 horas por dia). O laudo de um resultado de exame leva uma hora para ser gerado. Quantos funcionários são necessários para essa atividade? 69 Tempo de atravessamento (TA) = Trabalho em processo (WIP) x Tempo de ciclo (TC) TA = 5 dias × 7 horas = 35 horas 35 horas = 500 resultados × Tempo de ciclo Tempo de ciclo = 35 horas 500 resultados = 0,07 horas Número de funcionários = Conteúdo de trabalho = 1 hora = 14,29 Tempo de ciclo 0,07 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégias para mudar Lei de Little - Exercício - Todo ano era a mesma rotina. Todas as estações de trabalho no prédio precisavam ser renovadas (testadas, novos programas instalados etc.) e só havia uma semana possível para se fazer isso. A semana caiu no meio do período das férias de agosto, quando o processo de renovação causaria a menor perturbação possível ao trabalho rotineiro. No ano anterior, as 500 estações de trabalho haviam sido renovadas no período de uma semana de trabalho (40 horas). Cada renovação levou em média duas horas e 25 técnicos finalizaram o processo dentro do prazo. Este ano, serão renovadas 530 estações de trabalho, mas o suporte de tecnologia de informação da empresa inventou um teste e uma rotina de renovação mais rápidos que levarão apenas uma hora e meia, em média, em vez de duas horas. Quantos técnicos serão necessários este ano para completar o processo em uma semana? 70 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégias para mudar Eficiência percentual de atravessamento (EA) - Eficiência de atravessamento é o conteúdo do trabalho daquilo que está sendo processado como uma percentagem do seu tempo de atravessamento - Exercício: Um centro de licenciamento de veículos recebe documentos de solicitação de licenciamento, digita os detalhes, checa a informação fornecida, classifica a solicitação de acordo com o tipo de licença, confirma o pagamento e depois emite a licença e a envia pelo correio. Atualmente, processa em média 5.000 licenças a cada dia de oito horas de trabalho. Uma recente checagem no local verificou que havia 15.000 solicitações “em andamento” ou esperando para serem processadas. A soma de todas as atividades necessárias para processar uma solicitação é de 25 minutos. Qual é a eficiência do processo? 71 EA = Conteúdo de trabalho x 100 Tempo de atravessamento Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Gargalos Gargalos formam filas. A lei dos gargalos estabelece que o tempo de processo é afetado pelo estágio que tem o maior tempo de ciclo. O gargalo é o estágio do processo que tem o tempo de ciclo mais longo. 1. Antes do gargalo há sempre uma fila 2. Depois do gargalo tudo é mais lento 3. Trabalhe mais rápido ou coloque recursos extra e outro gargalo surgirá Porque os gargalos aparecem? 1. Porque as atividades devem seguir um agenciamento lógico, ordenado. No aeroporto: chegar – bagagens – segurança - embarque 2. Sempre há variações nos processos. Pessoas levam tempo variável, por exemplo, no controle de segurança no aeroporto. 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000 Utilização N ú m er o m éd io d e u n id ad es es p er an d o p ro ce ss am e n to Variabilidade decrescente 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000 Utilização N ú m er o m éd io d e u n id ad es es p er an d o p ro ce ss am en to X Y Z Alta utilização mas tempo de espera longo Redução da variabilidade Tempo de espera curto mas baixa utilização (a) Variabilidade decrescente permite maior utilização sem tempos de espera longos. (b) Gerenciando capacidade e/ou variabilidade de processos. Variações, recursos, tempo de processo Fórmula de Kingman 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Onde τ é o tempo médio de serviço (i.e. μ = 1/τ é a taxa de serviço), λ é o tempo médio das chegadas, ρ = λ/μ é a utilização, ca é o coeficiente de variação (i.e. desvio-padrão/media) das chegadas e cs é o coeficiente de variação dos tempos de serviço. J. F. C. Kingman (1961). The single server queue in heavy traffic. Mathematical Proceedings of the Cambridge Philosophical Society, 57, pp 902-904 doi:10.1017/S0305004100036094 A fórmula de Kingman é uma aproximação do tempo médio de espera numa fila de tipo G/G/1 (distribuição geral aleatória de chegadas/ distribuição geral aleatória de serviços / servidor único). A fórmula é o produto de três termos: utilização, variabilidade e tempo de serviço. Tem acurácia elevada em sistemas que estejam operando próximos à saturação. Fórmula de Kingman utilização Tempo de serviçovariabilidade 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé 0 20% 40% 60% 80% 100% Utilização de capacidade Low X X X Utilização alta mas tempo de throughput longo Utilizaçãobaixa mas tempo de throughput baixo Reduz variabilidade do processo High 10 mins 30 mins Frequência de chegada (demanda) Tempo de processamento Utilização = 33,33 % Q = 0 Ta m an h o m éd io d a fi la X Utilização = 50 % Q = 0 20 mins X 10 mins Utilização = 100 % Q = 0 X Utilização = 100 Q = infinito 9 mins X 5–15 mins 5–15 mins Frequência de chegada (demanda) Tempo de processamento Utilização = <100 % Q = >0 Te m p o d e th ro u gh p u t d o p ro ce ss o (o u es to q u es ) Tempo de Throughputt time e capacidade utilizada 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Em se tratando de excelência em operações............ Princípios são gerais As soluções não são ...... .... elas dependem das circunstâncias A tarefa é construir os princípios baseados nos quais as operações e processos possam ser desenvolvidos Princípios versus soluções 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Princípios + Ferramentas Soluções= Conceitos Gerais Estudos de casos, teorias, pesquisas, etc. Métodos baseados na prática e outros ‘Depende de você!’ (aplicados ao contexto) Circunstâncias específicas Eg. Lean, Redes de Suprimentos, Reengenharia de Processos, etc. Princípios versus soluções 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Não obstante alguns elementos comuns abordagens de melhoria diferem Ênfase em mudanças rápidas Ênfase em mudanças graduais Ênfase em soluções – o que fazer Ênfase em métodos – como fazer 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Alguns dos elementos que vão compor as abordagens de melhoria: BPR, Lean, TQM, Six Sigma Soluções – o que fazer Métodos – como fazer Mudanças graduais Mudanças rápidas Juntar staff operacional e controladores Integração de dados Visibilidade dos dados Processos início-ao- fim Repensar Radical Decisões baseadas em evidências Sistemas e procedimentos Abrangente Ciclos de melhorias O objetiivo é perfeição Reduzir variações Centrado no cliente Ênfase na educação Incluir a todos Relação com clientes Identificação de perdas Fluxo sincronizado Análise de processos Reengenharia (BPR) Lean Qualidade (TQM) Six Sigma 7 – Estratégias para mudar Departamento de Engenharia Industrial ENG 1514 – Estratégia da Produção 2012.2 Professor: A. Márcio T. Thomé Six Sigma Não obstante alguns elementos comuns abordagens de melhoria diferem Ênfase em mudanças rápidas Ênfase em mudanças graduais BPR Lean TQM Ênfase em soluções – o que fazer Ênfase em métodos – como fazer 7 – Estratégias para mudar
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