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Contabilidade Financeira(Angola) II

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Resumo de Seminário de Contabilidade Geral II – 2018 
 
 
 Introdução 
 
O resultado liquido do exercício obtido em cada período, é dado em termos muito genérico pela 
diferença entre os saldos das contas da classe 6 proveitos e os saldos das contas da classe 7 
custos. Tal resultado tem obviamente, que traduzir – se num lucro ou num prejuízo. 
 
Ou seja a diferença entre proveitos e custos igual ao resultado. Se o resultado for positivo, 
estaremos na presença de um lucro. E se for negativo obviamente será um prejuízo. 
Proveitos> Custos = Resultado positivam (Lucro) 
Proveitos <Custos = Resultado negativo (Prejuízo) 
Proveitos = Custos = Resultado Nulo. 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS (PREVISÃO) 
 
O estado existe para regular o sistema tributário de um determinado País, como por exemplo: na 
aplicação do Imposto sobre Lucros, Imposto de Consumo, Imposto de Selos etc. 
 
O lucro antes de ser distribuído, devesse deduzir o imposto sobre lucros (imposto industrial). 
 
Lucro (Resultado liquido positivo): é o valor residual proveniente do resultado do exercício 
sobre a dedução do imposto industrial (imposto sobre Lucro). Actualmente em Angola a taxa de 
imposto sobre lucros estabelecido pela AGT é de 30% do valor total do resultado do exercício. 
Depois de deduzir o imposto sobre lucro, a conta resultado líquido do exercício é transferido 
para conta resultado transitado. 
 
Os lucros são aumentos de activos e do Capital Próprio. 
 
 
COMPONENTES FUNDAMENTAIS PARA A DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS 
 
1. Reservas. 
2. Dividendos. 
Reservas: São fundos criados pela Empresa para dar resposta a qualquer situação financeira da 
Empresa: exemplo: situações extraordinárias, investigações, estudos de Mercado etc. 
 
TIPOS DE RESERVAS MAIS UTILIZADOS 
 
1) Reservas Legais: São reservas de carácter obrigatório estabelecidas pela lei, que 
permitem facilitar o crescimento do capital da Empresas e da Empresa em si, estas 
reservas correspondem 5% dos lucros obtidos num determinado exercício económico da 
Empresa. 
2) Reservas Estatutárias: São reservas estabelecidas pelo estatuto da Empresa com a 
finalidade de reforçar as reservas legais. A percentagem a atribuir a estas reservas 
obedece ao fixado ou estabelecido no estatuto da Empresa. 
3) Reservas Especiais: São reservas estabelecidas para fins de Investimentos, 
Investigações, Inovações etc. A parte a atribuir a estas reservas define-se durante as 
assembleias de Balanço (Assembleia Geral dos Sócios). 
 
Dividendos: São valores atribuídos aos donos da Empresa como ganho do seu capital 
investido durante um determinado exercício económico. 
 
A parte correspondente para os Dividendos somente é atribuído depois de criar todas as 
reservas necessárias, o remanescente (saldo) é o valor transferido para os dividendos. A 
distribuição dos lucros é feita com a conta de resultado transitado. 
 
 
EXEMPLO DEMONSTRATIVO 
 
A empresa X LDA, depois de ter apurado o resultado, teve o seguinte resultado do exercício 
antes o imposto: 120.000,00 
 
1. Passo devesse calcular o imposto sobre lucro; 120.000x30%=36.000, 
2. Calcular resultado liquido do Exº ou lucro liquido: 120.000 – 36.000 = 84.000 
3. Contabilizar; Cr : Resultado líquido do Exercício 84.000 e Cr: (87) Imposto sobre 
lucros. Ou Dr: RLE 36.000 e Cr: Imposto sobre lucros: 36.000. 
4. Transferência do resultado liquido do exercício para conta resultado transitado: Dr: 
RLE 84.000 e Cr: RT (Resultado transitado): 84.000. 
 
Os lucros foram distribuídos da seguinte forma: reservas legais 5%, reservas estatutárias 
10%, reservas especiais 20% e o resto para dividendos. 
 
1. Rervas legais = 84.000 x 5% = 4.200 
2. R.estatutárias = 84.000 x 10% = 8.400 
3. R.especiais = 84.000 x 20% = 16.800 
4. Resto, Dividendos = 84.000 x 65% = 54.600 
5. Contabilizar (registar) Dr: RT = 84.000; Cr: R.legais = 4.200; Cr: R.estatutárias = 
8.400; Cr: R. especiais = 16.800; Cr: Dividendos a pagar (Entidades participantes e 
participadas) = 54.600 
6. Dr: 87 Imposto sobre luctos = 36.000 e Cr: 34 – Estado = 36.000. 
 
 Pelo pagamento dos dividendos: 
Se os dividendos forem pagos na sua totalidade, devemos eliminar a dívida isto é: Dr : 35 – 
Entidade participantes e participadas = 54.600 e Cr : as Contas das disponibilidades. 
 
 
Nota: Em Angola segundo as normas vigentes, as empresas do Grupo A, devem apresentar 
anualmente as declarações do Modelo 1 (os seus relatórios de Contas). Is é dia 31 de Maio. E as 
empresas do Grupo B os Modelos 1 são apresentados anualmente nos mês de Abril. 
 
 
IMPOSTO DE CONSUMO 
 
O Imposto de Consumo: é o valor descontado aos consumidores, assim como produtores e 
prestadores de serviços de qualquer produto, e este dinheiro no final do exercício económico é 
entregue ao estado para ser incluído na conta única do tesouro para o O.G.E. 
 
Obs: A Empresa somente é um fiel depositor dos fundos do Estado, porque este dinheiro não 
lhe pertence. Ex: (Imposto s/lucros, Imposto de Selo, Imposto de Consumo). Mais sobre 
imposto de consumo, consultar Regulamento do imposto de consumo – Revisto e publicado 
pelo decreto legislativo presidencial nº 3 –A /14, de 21 de Outubro. 
 
Nota: Algumas considerações sobre o Imposto Sobre valor acrescentado 
 
- Estimula as exportações, porque o estrangeiro que compra ao sair do País onde realiza as 
compras lhe é devolvido o valor pago deste Imposto, mas somente quando apresentar os 
respectivos recibos de compra nas autoridades alfandegárias. 
- Minimiza a fuga ao fisco no País, porque o cliente obriga ao vendedor que lhe seja entregue 
o recibo das compras, ademais possibilita que o comprador no momento de apresentar a 
declaração dos seus rendimentos, lhe é reduzido o Imposto por este conceito. 
 
 
Obs: O I. de Consumo incide sobre a base das vendas, isto é incidem sobre as vendas líquidas 
depois de deduzir todos os descontos comerciais e financeiros concedidos no momento das 
vendas sem nenhuma condição de pagamento. Os descontos a pronto pagamentos com a 
condição de antecipação de pagamento não afecta o calculo do imposto de consumo. 
 
Breves considerações sobre o cálculo do Imposto de Consumo incluído ou não incluído na 
factura. 
 
Ex: Imposto de Consumo incluído na factura – no acto das vendas 
 
Vendas Brutas no valor 165 000 (Imposto de Consumo incluído de 10%) 
 
1. Calcular o valor das vendas líquidas pela seguinte fórmula: VL = (VB/1+% do I.C.) 
2. Calcular o valor de imposto de consumo pela seguinte fórmula: IC = (VL x %IC) ou 
 IC = (VB – VL) 
Neste caso teremos os seguintes cálculos: 
 
VB = 165.000 IC = 165.000 – 150.000 
I.C. = 10% IC = 15.000 
VL = X ou IC = VL x %IC 
VL = (165.000/ 1,10) IC = 150.000 x10% 
VL = 150.000 IC = 15.000 
 
Ex: Imposto de Consumo por fora da factura ou não incluído na factura - no acto das 
vendas. 
 
Vendas líquidas no valor de 150 000 (Imposto de Consumo não incluído de 10%) 
VL = 150.000 
IC = 10% 
IC = 150.000 x 10% 
IC = 15.000 
Depois de ter calculado o imposto de consumo, é necessário calcularmos também o valor das 
Vendas Brutas (VB) =» (VB = VL + IC) ou VB = VL (1+% IC) 
 
 
 Descontos 
Descontos Obtidos 
 
Os descontos obtidos podem ser de natureza comercial ou financeira. 
Os descontos comerciais (abatimentos) são reduções do preço de custo que resultam, de um 
modo geral, da encomenda de grandes quantidades de bens, ou do fornecimento de produtos 
diferentes encomendados, por conveniência, na maioria das vezes, da empresa fornecedora. E 
estes descontos podem ser dentro da factura e fora da factura. 
Os descontos financeiros estão intimamente relacionados com o pagamento da divida (pronto 
pagamento ou antecipação de pagamento), isto é, não devem afectar o preçode custo do bem, 
constituindo um proveito financeiro para a empresa compradora e custo financeiro para empresa 
vendedora. 
 
Descontos Comerciais 
 
Incluídos na factura 
De acordo com as normas de contabilidade, sempre que as facturas incluem descontos ou 
abatimentos de natureza comercial, devem registar – se pelo valor liquido. 
 
Fora da Factura 
 
Este tipo de desconto reduz o valor líquido da compra e pode originar a regularização 
do imposto, de um modo geral, é dado a conhecer por meio de uma nota de crédito. 
 
 21.8 Descontos e abatimentos em compras (fora da factura) 
 
Segundo o PGC, esta conta regista os descontos ou abatimentos de natureza comercial e 
fora da factura, documentados habitualmente através de notas de crédito. Esta conta 
apresenta normalmente saldo credor ou nulo. 
 
 MODALIDADE DO DESCONTO COMERCIAL 
 
O desconto comercial divide-se em duas modalidades que são: 
1- Desconto Comercial Concedido (Reduz o valor das Vendas – no ponto de vista do 
vendedor) 
2- Desconto Comercial Obtido (Reduz o valor das compras – no ponto de vista do 
comprador). Os descontos comerciais não envolvem custos nem proveitos. 
 
Exemplo demonstrativo da contabilização do Imposto de Consumo e Descontos Comercias 
no momento das vendas: 
 
1. Vendas a credito no valor bruto de 10 000 (Imposto de Consumo incluído de 10%) e 
desconto comercial de 5%. 
 
VL = 10 000/1, 1 
VL = 9 091 
IC = 10 000-9 091 
IC = 909 
 
DCC = 9 091 x 5% 
DCC = 455 
 
VL (regularizado) = 9091 – 455 
VL = 8.636 
IC (regularizado) = 8.636 x10% 
IC = 864 
Contas a movimentar e a lançar no razão 
 
Debito: Cliente: (8.636 +864) = 9.500 
Credito: Venda: 8.636 
Credito: Estado – imposto de consumo: 864 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo demonstrativo da contabilização do Imposto de Consumo e Descontos Comercias 
no momento das Compras: 
 
2. Compras a credito no valor bruto de 15 000 (Imp. de Consumo incluído de 5%) e 
desconto comercial de 3%. 
Obs: O Imp. de Consumo não se contabiliza no momento das compras, porque não se 
necessita contabilizar as compras liquidas da factura. 
 
Nota: Os D.C. Obtidos incidem sobre as compras líquidas (CL) 
CB = 15 000 
CL = CB/1,05 
CL = 15 000/1,05 
CL = 14 286 
 
D.C.O = 14 286 x 3% 
D.C.O = 429 
IC = 15.000 – 14.286 
IC = 714 (impostos antes do desconto), uma vez que beneficiamos o desconto, o valor do IC 
deve ser regularizado para reflectir a realidade. Deste forma teremos as seguintes 
regularização: 
 
1º Das compras líquidas devesse deduzir os descontos comerciais obtidos depois voltarmos 
a calcular o IC sobre o valor líquido das compras depois de termos deduzido os descontos. 
 
CL (depois da dedução de desconto) = 14.286 – 429 = 13.857 (valor real a ser debitado na 
conta compras) 
IC = 13.857x 5% 
IC = 692,85 (este é o valor real a ser creditado na conta estado). 
Fornecedor = (13.857+692,85) 
Fornecedor = 14.549,85 (o fornecedor deve ser creditado ao novo valor bruto). OBS: os 
descontos comerciais incluídos na factura não são contabilizados porque já são deduzidos 
no valor das compras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCONTOS FINANCEIROS 
 
 
Como referido anteriormente que os descontos financeiros estão intimamente relacionados 
com o pagamento da divida (pronto pagamento ou antecipação de pagamento), isto é, 
‘’não devem afectar’’ o preço de custo do bem, constituindo um proveito financeiro 
para a empresa compradora e custo financeiro para empresa vendedora. 
 
Os descontos Financeiros recaem sobre os meios de pagamento (o montante pago) 
 
Para o Fornecedor representa um custo financeiro, e chama-se Descontos de Pronto 
Pagamento Concedido (DPPC), isto é desde o ponto de vista do Vendedor “DEBITA-SE”. 
 
Para o Cliente representa um Proveito financeiro, e chama-se Descontos de Pronto Pagamento 
Obtidos (DPPO), isto é desde o ponto de vista do Comprador “CREDITA-SE” 
 
Nota: No fim do exercício as duas (2) contas são saldadas e transferidas na conta resultados 
financeira. 
 
Exemplo prático sobre Descontos Financeiros: 
 
3. Suponhamos que a venda da operação (1) foi a pronto pagamento (pagamento imediato) no 
valor líquido de KZ: 9091, desconto de pronto pagamento de 1.5%. 
 
DPPC = (VLx%DPPC) 
DPPC = (9091x0.015) = 136 
VL (depois do desconto) = 9091 – 136 
VL = 8.955 
IC = (VLx%IC) 
IC = (8.955x10%) 
IC = 895 
VB = (VL+IC) = » IC = (8.955+895) 
VB = 9850 
Contas a movimentar e a lançar no razão 
Debito: Caixa/Banco/ Cliente (valor bruto): 9.850 
Debito: DPPC (custo financeiro): 136 
Credito: Venda: 9091(valor liquido antes dos descontos) 
Credito: Estado (IC): 895 
 
4. Com cheque pagou-se 70% da divida da operação (2), tendo beneficiado posteriormente de 
uma nota de credito de desconto de pronto pagamento de 0.8% s/valor pago. 
 
Dívida do fornecedor = 14.549,85 
 
Pagamento da dívida 70% = 14.549,85 x 0.70 = 10.184,9 
 
Desconto a .p.p obtido. = 10.184,9x0.008 = 81,48 
 
Contas a movimentar e a lançar no razão 
 
Debito: Fornecedor: 10.184,9 
Credito: Banco: 10.103,42 
Credito: DPPO (proveitos financeiros): 81,48 
 
AS Compras 
 
As Compras em sentido Lato. 
 
As empresas, para desenvolverem a suas actividades, necessitam de adquirir uma vasta de gama 
de bens e serviços, tais como: 
• Matérias-primas 
• Matérias subsidiárias 
• Mercadorias 
• Imobilizados. 
• Material de escritório 
• Artigos de higiene 
• Assistência técnica 
• Etc. 
Quando consideramos as aquisições de todos os bens de que a empresa necessita para satisfazer 
as suas necessidades, estamos a referir – nos às compras no sentido lato. 
 
As Compras em sentido Restrito 
 
Do ponto de vista contabilístico, o termo compras é utilizado para designar a aquisição de: 
• Matérias-primas 
• Matérias subsidiárias 
• Mercadorias 
 
Custo de Aquisição 
 
O custo de aquisição das mercadorias obtém – se adicionando do valor líquido da factura (preço 
de compras menos Descontos comerciais obtidos menos imposto sobre valor acrescentado) 
todas as despesas de compras (fretes, seguros, transportes, direitos alfandegários, comissões de 
compras etc.). OBS. No caso de Angola, o imposto de consumo no acto da compra não é 
subtraído. Isto é, o imposto de consumo é adicionado como custo de aquisição de compras. 
 
Custo de aquisição = Valor líquido da factura + Despesas adicional de compra 
 
Como já se referiu anteriormente, a compra e venda de bens e serviços está sujeita a IVA. 
O imposto sobre valor acrescentado não é considerado como parcela do custo de aquisição, 
porque de acordo com o CIVA, a empresa compradora tem, em regra, o direito de deduzir o 
imposto suportado na aquisição de bens e serviços. 
A imputação das despesas de compras às mercadorias, por vezes, é tarefa muito moroza e pouco 
rentável, em virtude do montante dessas dessas despesas só ser conhecido posteriormente e 
também por respeitar a uma vasta de gama de artigos, quer em quantidades, quer em valores. 
Muitas das vezes essas despesas são registadas ns respectivas subcontas de Fornecimentos e 
serviços de terceiros. 
 
Registo das compras e despesas de compras 
 
Para uma boa gestão de stock, a conta compras deve dividir – se em tantas subcontas quantas as 
naturezas de bens adquiridos pela empresa, e estas por taxas de IVA a que os bens estão 
sujeitos. NB. No caso de Angola o imposto de consumo nunca é separado das compras, é 
considerado como custo de aquisição de bens. E não precisamos ter a conta Estado – imposto de 
consumo. 
 
Os registos a efectuar pela aquisição de mercadorias: 
 
Pela Compra de mercadorias. 
 
 Debitar Creditar 
Comprasxxxxxx 
 
Estado – IVA xxxxxx 
 Caixa/ Banco xxxxxx 
 Fornecedores c/c xxxxxx 
 
 
OBS. Se tivermos a trabalhar com o imposto de consumo, não teríamos a conta Estado porque o 
imposto estaria imputado no custo de aquisição das mercadorias. Logo as compras, 
fornecedores, banco ou caixa reflectiria o valor bruto. (valor líquido + imposto de consumo). 
 
Pelas despesas de compras 
 
Imputação das despesas de compra às mercadorias adquiridas. 
 
 
 Debitar Creditar 
Compras xxxxxx 
Estado – IVA xxxxxx 
 Caixa/ Banco xxxxxx 
 Fornecedores c/c xxxxxx 
 
 
Caso Prático 
 
Kani Cardoso LDA, com sede em Luanda, dedica – se à comercialização de jogos de vídeo 
game. Recebeu uma factura nº 115 dos Estabelecimentos «Games, LDA» relativa à compra, a 
60 dias. De 2 jogos de vídeo game. 
Preço: 250.000 KZ 
IVA à taxa de 17% 
Desconto de quantidade 4% 
Desconto de antecipação de pagamento 10%+3%, o pagamento foi feito depois de 40 dias. 
 
Registar a factura no Diário/ Razão 
• Considerando o IVA 
• Considerando IPC (imposto de consumo) 
 
 
 
 Debitar Creditar 
Compras 240.000,00 
Estado – IVA 40.800,00 
 Fornecedores c/c 280.800,00 
p/ compra a crédito de mercadorias 
 
Base de cálculos: VL₁ = 250.000,00 antes do desconto 
VL₂ = 250.000 x 96% 
VL₂ = 240.000 
IVA = 240.000 x 17% 
IVA = 40.800 
VB = 240.000 x 1,17 =» VB = 280.800 
Ou DC = 250.000 x 4%; DC = 10.000; VL₂ = 250.000 – 10.000 = 240.000 
Caso tiver a trabalhar com IC (imposto de consumo), o procedimento é o mesmo, mas a 
contabilização só precisamos o valor bruto. Dr : compras 280.800 e Cr: Fornecedores 280.800. 
 
 
No acto de pagamento, 40 dias depois da compra. 
 
 
 Debitar Creditar 
Fornecedores c/c 280.800 
 Caixa/ Banco 245.138,40 
 Proveitos financ – descontos 35.661,60 
p/ pagamento antecipada da dívida 
 
Desconto financeiro = 280.800 x10% 
DF₁ = 28.080 
DF₂ = (280.800 – 28.080) x 3% 
DF₂ = 7.581,60 
Total do desconto financeiro = (28.080 + 7.581,60); DF = 35.661,60 
• Como podemos observar, debitamos o fornecedor no total da divida, e nas 
disponibilidades saiu pouco dinheiro porque beneficiamos um desconto de antecipação 
de pagamento. Que é um proveito para empresa. 
• Sempre que o desconto financeiro tiver a depender de uma condição, o IVA não pode 
ser regularizado. Isto é o IVA não pode ser reduzido pelo desconto. Mas se o desconto a 
pronto pagamento for concedido no momento da compra, teria um impacto no IVA. Isto 
é, o IVA teria que sofrer uma regularização. 
 
 
 
Devoluções de Compras 
 
A operação de devolução é uma operação corrente nas empresas, que ocorre pelos motivos mais 
diversos: 
• Falta de qualidade das mercadorias. 
• Deterioração das mercadorias 
• Expiração do prazo de validade, entre outros. 
 
Quando as mercadorias (matérias – primas ou outras) chegam ao armazém e não estão em 
conformidade com a encomenda efectuada, desencadeia – se a devolução. 
 
A devolução de mercadorias pode ser total ou parcial. 
O registo contabilístico a fazer é o inverso da compra. 
 
 
 
 Debitar Creditar 
Fornecedores c/c xxxxxx 
Compras – devoluções de compras xxxxxx 
Estado – IVA xxxxxx 
p/ devoluções das mercadorias 
 
 
 
 
 
Caso prático 
 
Kani Cardoso, LDA. Devolveu um jogo de game ao seu fornecedor do 1º caso prático, nota de 
crédito a regularizar o IVA à taxa de 17%. 
 
Registar no Diário / Razão 
 
. 
 Debitar Creditar 
Fornecedores 140.400 
Compras – devoluções de compras 120.000 
Estado – IVA 20,400 
p/ devolução de mercadorias 
 
 
VB = 280.800 para dois jogos de game 
VB unitário = 280.800/2 = 140.400 
VL = 140.400/ (1,17) 
VL = 120.000 
IVA = (140.400 – 120.000) ou IVA = 120.000 x 17% 
IVA = 20.400 
 
Os fornecedores foram debitadas no valor bruto unitário, as compras no valor líquido e 
creditamos a conta estado - IVA (sofreu uma regularização). Nota se trabalharmos 
simplesmente com imposto de consumo, não teríamos a conta estado. Debitaríamos 
fornecedores no valor bruto e creditaríamos a conta devoluções de mercadorias ao valor bruto. 
 
 
Adiantamento a Fornecedores 
 
Situações há em que o comprador (cliente) é obrigado a pagar antecipadamente parte do valor 
da mercadoria que vai adquirir. Assim, o fornecedor passa a estar em divida com o comprador. 
Os registos contabilísticos a fazer depende do facto de no momento do adiantamento se 
conhecer ou não o valor da compra. 
 
Quando o preço de compra está previamente fixado 
 
• Pagamento Adianto 
 
 
 Debitar Creditar 
Adiantamento de compras ( VL) xxxxxx 
Estado – IVA do adiantamento xxxxxx 
Caixa/Banco(valor Bruto ) xxxxxx 
p/ adiantamento de compras. 
 
 
• Recepção da Factura 
Anulação do adiantamento 
 
 Debitar Creditar 
Fornecedores xxxxxx 
Adiantamento de compras xxxxxx 
Estado - IVA do adiantamento xxxxxx 
 
• Registo da factura pelo seu valor global 
 
 Debitar Creditar 
Compras xxxxxx 
Estado – IVA da compra xxxxxxx 
Fornecedores c/c xxxxxx 
 
 
 
Quando o preço de compra não está previamente fixado 
 
Pagamento adiantamento 
 
 
 Debitar Crédito 
Adiantamento a fornecedores xxxxxx 
Estado – IVA do adiantamento xxxxxx 
Caixa/Bancoxxxxxx 
 
 
Recepção da factura 
 
Anulação do adiantamento. 
 
 Debitar Creditar 
Fornecedores correntes xxxxxx 
Adiantamentos a fornecedores xxxxxx 
Estado – IVA do adiantamento xxxxxx 
 
 
Registo da factura pelo valor global 
 
 
 Debitar Creditar 
Compras (VL) xxxxx 
Estado - IVA da compra xxxxx 
Fornecedores c/c (valor bruto) xxxxx 
 
 
Caso Prático. 
 
No dia 10 do mês passado, Kani Cardoso LDA, encomendou quatro vídeo games ao 
estabelecimento José Matuta LDA, nas seguintes condições: 
 
Pagamento: 
• 10% No acto da encomenda (preço previamente fixado) 
• 40% Na entrega (cheque no 2028 do Banco BAI) 
• O resto a 30 dias. 
Preço unitário: 250.000 KZ, IVA taxa de 17% não incluído 
 
A factura nº 120 foi emitida passados cinco dias, incluindo um desconto de quantidade de 4%. 
 
Registar as operações no Diário/ Razão. 
Vendas 
 
O objectivo principal de uma empresa comercial é vender ao melhor preço as mercadorias que 
adquiriu, enquanto de uma empresa industrial é vender os produtos e/ ou serviços que produziu. 
As vendas devem ser registadas pela ordem de data da emissão das facturas e pelo seu valor 
líquido (Valor bruto da venda menos descontos de natureza e abatimentos de natureza comercial 
incluídos na factura menos IVA). 
 
As contas Vendas e Prestação de serviços devem ser divididas em subcontas de acordo com as 
naturezas dos bens ou serviços vendidos. 
 
Registo contabilísticos a fazer pelas vendas de bens: 
 
 
 Debitar Creditar 
Caixa/Banco/ Clientes (valor bruto) xxxxx 
Vendas de Mercadorias (valor liquidas) xxxxx 
Estado – IVA xxxxxx 
 
 
No caso de prestação de serviços: 
 
 
 Debitar Creditar 
Caixa/Banco/ Cliente (valor bruto) xxxxx 
Prestação de serviços (valor liquido) xxxxx 
Estado – IVA xxxxx 
 
 
 
 
Despesas de vendas 
 
As despesas de transporte, seguros, cargas e descargas inerentes às vendas dos bens decorrem 
umas por conta do fornecedor e outras por conta do cliente. De um modo geral, todas estas 
despesas são pagas pelo fornecedor e posteriormente facturadas ao cliente. 
 
 
Registo contabilístico 
 
Pagamento das despesas de venda 
 
 Debitar Creditar 
F.S.T – Seguros xxxxxx 
F.S.T – Transporte xxxxxx 
Estado – IVA dos serviços transporte xxxxxx 
Caixa/ Banco xxxxx 
 
 
Se as despesa de vendas forem por contas do cliente, é necessário debitá –las nas próprias 
facturas, caso esta não tenha sido expedida, ou emitindo uma nota de debito. 
 
 
Os registos a fazer: 
 Debitar Creditar 
Clientes c/c xxxxx 
Outros prov. E ganhos operacionais (valor das despesas) xxxxx 
Estado – IVA das despesas xxxxx 
 
 
 
Devoluções de vendas 
 
Em regras, os clientes devolvem mercadorias quando não estão em condições de serem 
consumidas ( por defeitos de fabrico, por deterioração, por terem ultrapassado o prazo de 
validade etc.) ou quando não estão em conformidade com a encomenda. 
 
A empresa vendedora deverá emitir uma nota de devolução no momento da recepção da 
mercadoria devolvida pelo cliente. Posteriormente deverá rectificar o valor da factura com a 
emissão de uma nota de crédito, a qual deverá também regularizar o IVA. 
 
A devolução regista –se na subconta 61.7 devoluções de vendas. O saldo desta conta é um 
elemento importante para gestão da empresa, pois representa, em certa medida, a satisfação ou 
insatisfação dos clientes. 
 
O registo contabilístico: 
 
 
 
 Debitar Creditar 
Devoluções de vendas (valor liquido) xxxxx 
Estado – IVA das devoluções xxxxx 
Clientes c/c (valor bruto das devoluções) xxxxx 
 
 
 
Custos e Perdas Financeiras 
 
Conjuntamente com os custos e proveitos operacionais, as empresas registam, por vezes, custos 
e proveitos de natureza financeira. 
Assim, os custos financeiros suportados pelas empresas respeitam: 
• Aos juros de empréstimos bancários 
• Aos descontos de pronto pagamento concedidos a clientes 
• Às diferenças de câmbio desfavoráveis. 
Os proveitos financeiros obtidos pelas empresas resultam: 
• Dos juros de depósitos bancários 
• Dos rendimentos de participação de capital 
• Dos descontos de pronto pagamento obtidos de fornecedores 
• Às diferenças de câmbios favoráveis, etc. 
 
 
Caso Prático 
 
Recebemos factura nº 310 de Fornecedor ao valor de 60.000 $ ao câmbio de 100 KZ/ $. No dia 
de pagamento, o câmbio era de 145 KZ /$. 
 
Registar a operação no Diário/ Razão. 
 
Correcções relativas a exercícios anteriores. 
 
Há muita gente que não admite pelos seus erros cometidos, esquecendo o ser humano por 
natureza está sujeito a erros. E que nenhuma obra humana é perfeita. O termo erro na 
perspectiva contabilística, precisa uma pequena clarificação. 
 
Quando alguém faz estimativa num determinado período, depois de ter desbrido que nos 
próximo períodos esta estimativa poderá ser superior ou inferior, e se esta não corresponder com 
a realidade, isto não significa um erro na perspectiva contabilística. Isto porque a estimativa é 
simplesmente uma aproximação. 
 
Há três categorias essenciais de erros: 
• Erros do ano corrente 
• Erros dos anos anteriores imateriais 
• Erros dos anos anteriores materiais 
 
Erros dos anos correntes, são erros cometidos ou acontecidos no ano económico corrente, são 
corrigidos no ano corrente sem nenhuma divulgação nos relatórios financeiro. 
 
Erros dos anos anteriores são aqueles cometidos antes do ano corrente mas são descoberto no 
ano corrente. Tais erros incluem os efeitos; 
• Matemáticos 
• Erros na aplicação de políticas contabilísticas 
• Descuidos ou interpretações incorrectas de factos; e 
• Fraude. 
Como corrigir erros? 
• Erros ocorridos no ano corrente tanto matéria ou imaterial, deve ser corrigido no ano 
corrente sem divulgação dos mesmo nos relatóriosfinanceiros. Normalmente a natureza 
deste tipo de erro é regularizado na conta correcções relativas a exercícios dos anos 
anterior. 
 
Exemplo: correcções de erros do ano corrente. 
Uma viatura foi comprada em Janeiro de 2018 ao valor de 100.000,00 KZ, a sua 
depreciação do ano corrente de 10.000 KZ foi enganosamente debitada na conta 
equipamento de transporte aumentando assim o custo de aquisição da viatura. O erro foi 
descoberto no ano corrente. 
a) Suponha que o erro é material 
b) O erro é imaterial e ocorreu no ano anterior. 
Pretende – se que registe a correcção do erro no diário/ razão. 
 
• Erros materiais, a correcção deve ser feito naquele período particular onde o erro 
ocorreu, de forma de aplicação retrospectiva. A divulgação completa e os efeitos da 
correcção serão necessários. Por norma as regularizações da natureza deste erro são 
feita conta dos resultados transitados. 
 
Exemplo: considere os dados do exemplo anterior, assume que o erro é material e 
ocorreu no ano anterior. 
Pretende – se que registe a correcção no diário ou no razão. 
 
 
 
 
 
 
Imposto de Selo 
 
No dia-a-dia da vida da empresa há uma grande quantidade de actos que estarão sujeitos a 
Imposto de Selo e que outras entidades, tais como notários, conservatórias, instituições de 
créditos, seguradoras, etc., irão cobrar – lhe e posteriormente liquidar junto da AGT. 
 
Todavia, importa aqui destacar o imposto que se aplica a actos praticados e cuja 
responsabilidade com o apuramento e a liquidação recai sobre a empresa, e não sobre outras 
entidades. Destes casos, damos especial relevo a: 
• Realização de contratos 
• Emissão de recibos de quitação pelo efectivo recebimento de créditos resultantes do 
exercício da actividade comercial ou industrial; 
• Empréstimos efectuados pelos sócios às sociedades, cujo prazo estipulado não seja 
inferior a um ano e sejam reembolsados antes desse prazo. 
 
O imposto deve ser pago até ao final do mês seguinte àquele em que se constitui a obrigação 
tributária. 
 
Os contratos de trabalho, ou no caso particular dos contratos de trabalho, estes estão incluídos 
no grupo das isenções preconizados no CIS. 
 
Sempre que a empresa emita um recibo vai estar sujeito a imposto de Selo? 
Os recebimentos da empresa decorrente do exercício da sua actividade comercial ou industrial 
são tributados em sede de Imposto de selo a uma taxa de 1%. 
 
 
Imposto provisório 
 
Liquidação provisória. 
 
Entidades residentes: 
A liquidação é feita pelo próprio contribuinte na respectiva declaração, devendo, mais tarde, ser 
feito o acerto pelo valor correspondente e o apurado na declaração. 
 
O imposto relativo aos contribuintes do Grupo A e B é objecto de autoliquidação provisória, por 
referência ao próprio exercício fiscal em que a actividade tem lugar. 
Estas liquidações de imposto têm natureza provisória, deduzindo – se à colecta final do 
contribuinte. 
 
Liquidação do imposto Provisória sobre vendas (1º semestre do exercício) – 2% sobre o 
volume total das vendas do contribuinte, apurado no primeiro semestre do exercício. 
 
Liquidação provisória sobre prestação de serviço (retenção na fonte). As prestações de 
serviço de qualquer natureza estão sujeitas a tributação na fonte, a taxa de 6,5%, a efectuar 
pelas entidades pagadoras dos rendimentos, devendo a entrega do imposto a ser efectuada até ao 
final do mês seguinte. 
 
A matéria colectável, no termos deste regime, é constituída pelo valor global do serviço 
prestado, excluídas as matérias – primas, peças ou materiais necessários à prestação do serviço, 
devidamente documentados. 
 
Quando é que ocorre as liquidações provisórias? 
 
Para as vendas, as liquidações provisórias ocorrem até ao final de Agosto para o Grupo A, e 
Julho para o Grupo B. 
Exemplo 01 
 
A empresa Blue Industrial S.A. vai efectuar, no mês de Julho, o pagamento da avença mensal 
do serviço de apoio informático que lhe é passado pela empresa mega PC, Serviços 
Informaticos Lda. Cuja factura é composta pelos seguintes itens: 
Valor do serviço: 100.000,00 KZ 
Imposto de consumo 5% 
Retenção do Imposto Industrial 6,5% 
 
Calcular o valor a pagar ao Fornecedor e registar a operação. 
 
 
Exemplo 02 
 
A empresa AA – Amelia Lda., emitiu à empresa Valeto – Construtora do Bié Lda., no dia 15 de 
Março, o recibo correspondente à sua factura nº 1234/17, onde conatam os seguintes dados: 
Valor da prestação de serviços: 1.000.000,00 KZ. 
Imposto de consumo 5% 
Retenção na fonte 6,5% 
Imposto de Selo 1% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processamento de Salário 
 
Horário de Trabalho 
 
Horário de trabalho é o período de tempo durante o qual o trabalhador tem a obrigação 
de colocar ao dispor da entidade patronal a sua força de trabalho, manual ou intelectual; 
compreende – se ainda como a determinação das horas de início e do termo do período 
normal de trabalho, diário bem como dos intervalos de descansos. 
Compete a entidade empregadora estabelecer o horário de trabalho do pessoal ao seu 
serviço dentro das normas legais e respeitando - a. Em sede de elaboração do horário de 
trabalho deve – se assegurar que o período de funcionamento obedece o regime de 
trabalho normal conforme as modalidades estabelecidas da Lei Geral de Trabalho. 
Ele é escrito em mapa próprio indicando o início e o termo do período de 
funcionamento do centro de trabalho reconhecido pelo MAPESS, um exemplar fica 
afixado no centro de trabalho e bem visível. 
Se tiver horários de trabalhos por turno ou por equipa com horários diferentes o mapa 
deve discriminar os horários existentes 
O período normal de trabalho é interrompido para descanso e refeições com duração 
não inferior a 45 minutos e nem superior a uma hora e meia de formas a não subcarregar 
o trabalhador por cinco horas de trabalho consecutivo. 
 
 Descontos Obrigatórios 
 
IRT (Imposto Rendimentos de Trabalho. Lei n°18/14) 
 
Em Angola foi aprovada a lei n°18/14 de 22 de Outubro que aprova o Codigo de 
Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho revogando o Codigo de Imposto sobre os 
Rendimentos do Trabalho aprovado pela Lei n° 10/99, de 29 de Outubro, o Decreto 
Executivo n° 80/09, de 7 de Agosto, e toda a legislaçao que contrarie o disposto da 
presente Lei, as suas duvidas e omissoes sao resolvidas pela Assembleia Nacional, 
entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2015, vista e aprovada pela mesma Assembleia 
aos 26 de Junho de 2014 e Promulgada aos 7 de Outubro de 2014. 
 
Da Incidencia. 
Base de Imposto Art. 1° 
O IRT incide sobre os rendimentos de conta propria e de conta de outrem. Contituem 
efeitos para imposto as remuneraçoes a titulo de ordenados, vencimentos, salarios, 
honorarios, avenças, subsidios, premios... 
Tambem constituem efeitos de imposto, os abonos para falha, os subsidos diarios de 
representaçao, remuneraçoes pagas por partidos politicos e outras organizaçoes de 
caracter politico e social, as remuneraçoes dos detentores de participaçoes sociais pelo 
desempenho de trabalhos nas respectivas sociedades... 
Nao Sujeiçao Art. 2° 
Nao perfazem materia coletavel, as contribuiçoes pagas a segurança social, as 
prestaçoes socias pagas pela segurança social em sede de protecçao social obrigatoria, 
as gratificaçoes em sede de fim de carreira mediante a relaçao Juridico Laboral, as 
gratificaçoes de ferias e subsidio de natal ate ao limite de 100% do salrio base do 
trabalhador, os subsidios diarios de alimentaçao e transporte atribuidos a trabalhadores 
dependentes excluindo os funcionarios do estado ate ao limite de 30.000 kz do seu valor 
global mensal... 
Grupo de Tributação art. 3° 
 
Os seus rendimentosdividem se em: 
Grupo A que trata se das remunerações auferidas pelos trabalhadores por conta de 
outrem paga pelo empregador por via do vinculo laboral estabelecido na Lei geral de 
Trabalho e os rendimentos dos trabalhadores vinculados pelo regime jurídico da função 
publica. 
Grupo B trata se das remunerações auferidas pelos trabalhadores de conta própria que 
desempenhem de forma independente, as actividades que figuram na lista de profissões 
do Código de Imposto Sobre os Rendimentos de Trabalho e os rendimentos auferidos 
por titulares de gerência ou administração ou por titulares de órgãos sócias de 
sociedade. 
Grupo C que se percebe por todas as remunerações percebidas pelo desempenho de 
actividades industria e comercias, que se presumem, todas as constantes na tabela de 
lucros mínimos em vigor. 
Das Isenções 
 
Rendimentos isentos art. 5° 
 
Estão isentos do mesmo imposto: 
Os rendimentos auferidos por agente de missões diplomáticas e consulares estrangeiros, 
os rendimentos auferidos pelo pessoal ao serviço de organizações não governamentais 
em acordos com entidades nacionais e com o escrito prévio reconhecimento da Direcção 
Nacional dos Impostos, os rendimentos auferidos pelos cidadão nacionais com idade 
superior a 60 (Sessenta) anos proveniente por pelo trabalho por conta de outrem, 
rendimentos provenientes do exercício previsto no grupo de tributação A e B auferidos 
pelo antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de combatentes tombados 
ou perecido, desde que devidamente registado no Departamento Ministerial de tutela... 
 
Da determinação da matéria colectável 
 
Determinação da matéria colectável dos rendimentos do Grupo A art. 7° 
 
A matéria colectável dos rendimentos do Grupo A e composta por todas as 
remunerações expressas em dinheiro ou em especie de natureza contratual ou nao 
contratual, auferidas por trabalhadores por conta de outrem. A sua determinaçao faz se 
da seguinte forma: 
• Deduçao a contribuiçao global das contribuiçoes obrigatorias para a segurança 
social. 
• Deduçao das componentes remuneratorias nao sujeitas ou isentas, nos termos do 
Codigo de Imposto sobre os rendimentos de Trabalho. 
Da Liquidaçao 
Metodo de Liquidaçao de Imposto Art. 10° 
 
A liquidaçao deste Imposto dos rendimentos do Grupo A e efectuada pela entidade 
responsavel pelo pagamento deste rendimento, mensalmente apos a deduçao a 
contribuiçao global das contribuiçoes obrigatorias para a segurança social e das 
componentes remuneratorias nao sujeitas ou isentas, nos termos do Codigo de Imposto 
sobre os rendimentos de Trabalho, pela aplicaçao da tabela de taxa de Imposto Sobre os 
Rendimentos de Trabalho em vigor e preenchimento do documento de liquidaçao de 
imposto. 
 
Da entrega do Imposto 
 
Pagamento art. 11° 
 
Este imposto devido a atribuição de rendimentos do Grupo A e entregue pela entidade 
empregadora ate ao final do mes seguinte ao do respectivo pagamento na repartição 
fiscal competente. 
 
Das Obrigações declarativas 
Apresentação de declarações art. 12° 
 
As entidades responsáveis pela liquidação e entrega deste imposto relativamente ao 
Grupo A, devem entregar no mes de Fevereiro uma declaração anual (Modelo 2), 
constando as seguintes informações: 
• Nome completo e morada do beneficiário de rendimento, 
• Numero de identificação fiscal do beneficiário, 
• Numero de segurança social do beneficiário, 
• Valor global dos rendimentos pagos, 
• Montante total de imposto pago no exercício anterior. 
Das Taxas 
 
Taxas art. 16° 
 
A matéria colectável apurada por atribuição de rendimentos do Grupo A, aplicam ; se as 
taxas constantes a tabelas anexa ao Código de Imposto sobre os Rendimentos de 
Trabalho. 
 
 
Segurança Social 
 
Em modo geral a segurança social é um programa desenvolvido e administrado pelo 
governo com vista a satisfazer as necessidades de base das pessoas sem recursos, ela e 
uma protecção proporcionada pela sociedade, constituindo um direito para todos os 
integrantes por meios de várias medidas públicas e não podendo ser renunciado. Pois o 
estado e obrigado a conceder tais prestações não podendo isentar nenhuma empresa 
quer sejam ela Publica ou Privada das tais obrigações. 
 
“A Segurança Social define – se como a protecção que a sociedade proporciona aos seus 
membros, através de uma série de medidas públicas, contra as carências económicas e 
sociais que, de outra forma poderiam ocorrer pela supressão ou redução substancial dos 
rendimentos em resultado de doença, maternidade, acidentes de trabalho e doenças 
profissionais, desemprego, velhice, morte e encargos familiares". 
Neste sistema todas as contribuições são arrecadadas para o posterior pagamento, de 
forma temporária ou vitalícia, de prestações pecuniárias (subsídios ou pensões) 
substitutivas dos rendimentos do trabalho nas situações de perda ou interrupção do 
mesmo, como sejam maternidade, encargos familiares, invalidez, velhice e morte. 
 
A Segurança Social comporta consigo os princípios de atenuar os efeitos da redução dos 
rendimentos dos trabalhadores nas situações de falta ou diminuição da capacidade de 
trabalho, na maternidade, no desemprego e na velhice e garantir a sobrevivência dos 
seus familiares em caso de morte. Compensar o aumento dos encargos inerentes às 
situações familiares de especial fragilidade. 
 
Compreendida como Protecção Social Obrigatória, em Angola ela não foge a regra pois 
e também uma responsabilidade assumida pelo estado compreendida em quatro (4) 
aspecto tais como: Económico, Social, Jurídico e Politico. 
 
Prestações Sociais: são os benefícios que os segurados e seus familiares (dependentes) 
têm direito nas situações de perda de rendimentos do trabalho definidas por lei, 
nomeadamente: Subsídios, Pensões e Valores. 
Os subsídios são prestações pecuniárias (dinheiro) que têm carácter imediato. Os 
mesmos existentes no nosso sistema de Segurança Social de Angola, enquadram-se no 
âmbito da protecção das prestações familiares e protecção na morte, nomeadamente: 
• Subsídio de Pré-Maternidade; 
• Subsídio de Maternidade; 
• Subsídio de Aleitamento; 
• Abono de Família; 
• Subsídio de Funeral; 
• Subsídio por Morte. 
As pensões são prestações pecuniárias (dinheiro) de rendimento contínuo pago pelo 
Instituto Nacional de Segurança Social ao pensionista ou, no caso de morte do segurado 
ou pensionista, aos seus dependentes. 
As pensões actualmente disponíveis enquadram-se na protecção de velhice e de morte 
(sobrevivência), nomeadamente: 
• Abono de Velhice; 
• Pensão de Reforma Antecipada; 
• Pensão de Reforma por Velhice; 
• Pensão de Sobrevivência Temporária; 
• Pensão de Sobrevivência Vitalícia. 
 
 
 
 
 
Valores 
Os valores actualmente em vigor por lei das prestações sociais são os seguintes: 
 
Tipo de Pensões Valor Mínimo (Kz) Valor Máximo 
(Kz) 
Periodicidade 
de Pagamento 
Reforma por Velhice 
Reforma Antecipada 
 18.922,00 
 
525.105,00 
 
 
Mensal Abono de Velhice 15.003,00 
Sobrevivência 
Temporária 
Sobrevivência Vitalícia 
15.003,00 
 
Tipo de Subsídios Periodicidade 
de Pagamento 
Valor (KZ) Remunerações do Segurado 
ou Pensionista 
Subsídio de 
Funeral 
Único 25.000 - 
Subsídio de 
Aleitamento 
3 Prestações 
anuais 
18.000,00 Até 5 salários mínimos 
12.000,00 De 6 a 10 salários mínimos 
6.000,00 De 11 a mais salários mínimos 
Abono de Família Mensal 800,00 Até 5 salários mínimos 
500,00 De 6 a 10 salários mínimos 
300,00 De 11 a mais salários mínimos 
 
Em Angola o órgão responsável pela gestão do sistema da segurança social é o Instituto 
Nacional de Segurança Social, sistema composto por um conjunto de regimes de 
carácter contributivo, sendo estes: Regimes dos Trabalhadores por Conta de 
Outrem; Regime dos Trabalhadores por Conta Própria; e Regime dos Membros de 
Confissões Religiosas, mediante o cumprimento de deveres e odireito às prestações 
definidas em Lei. 
 
Desenvolvido pelo Decreto n° 38/08 de 19 de Junho, que pelo seu objecto estabelece o 
regime jurídico de vinculação e de contribuição da protecção social obrigatória, 
aplicando – se as entidades empregadoras e aos trabalhadores abrangidos pela protecção 
social obrigatória. (art. 1° e 2°). 
No Decreto retro mencionado trata – se de: 
 
Segurado: o trabalhador inscrito a protecção social obrigatória conferido o direito da 
prestação pecuniária e em espécie atribuída pela entidade gestora da mesma protecção. 
 
Contribuintes: trata – se das entidades empregadoras que tem em sua tutela 
trabalhadores a prestarem serviços remunerados. (art. 3°) 
 
A vinculação do contribuinte e o segurado na Protecção social obrigatória e consolidada 
com a inscrição junto da entidade gestora da mesma protecção. (art. 7°) 
A inscrição do contribuinte (empresa) e obrigatoriamente consolidado 30 dias após ao 
arranque das suas actividades, competindo a empresa a inscrição dos trabalhadores no 
de curso de (30) trinta dias do inicio da actividade laboral. (art. 8°) 
Os documentos que a empresa apresenta em sede de inscrição são: Certificação de 
exercício de actividade, número de contribuinte, bilhete de identidade do gestor de 
empresa e a relação nominal dos trabalhadores e os trabalhadores para efeito de 
inscrição apresentam: Bilhete de identidade e documentos comprovantes de pessoas 
dependentes. (art. 9°) 
Para a contribuição as PSO são 3% para segurados (trabalhadores) e 8% aos 
contribuintes (empresas). (art. 15°) 
Para trabalhadores de conta de outrem constituem base de incidência: O vencimento 
base, o valor pago em sede de cessação de trabalho, indemnizações por despedimento 
sem justa causa, a participação nos lucros da empresa... (art. 16°) 
 
 
 
 Salários e Processamento de Salários 
 
Noções básicas de salário e de Vencimento 
 
Salário e a recompensa paga a um trabalhador em consequência de um trabalho 
prestado, sendo dividido em diferentes tipos: Salário base, Salário mínimo, salário 
liquido. 
Salário base ou salário bruto: e a remuneração que o trabalhador recebe antes de todos 
os descontos oficiais tais como o INSS e IRT. Normalmente é o valor que vem em sede 
de contrato de trabalho. 
Quanto maior e o salário base maior são os descontos que o trabalhador devera sofrer, 
na prática o trabalhador não recebe o salário base, salvo se não paga os descontos o que 
constitui infracção. 
Salário Liquido: Refere – se a remuneração que o trabalhador recebe apos a deduçao de 
todos os impostos oficias obrigatórios. 
Salário Mínimo trata – se o valor fixado por Lei. 
Remuneração e termo mais amplo que o salário e o vencimento, pois e tudo que o 
trabalhador recebe alem do salário inclui bónus, incentivos e demais regalias. 
 
Procedimento de processamento dos Salários 
 
É no departamento do Recursos Humanos que são processados os vencimentos, este 
processo inicia após a verificação da assiduidades de cada trabalhador, por parte dos 
colaboradores da empresa que registam e validam a mesma referente ao mes na qual 
será feito o processamento bem como certificam e arquivam toda a documentação 
relevante com influencia nos salários, tem – se em conta também aspectos pontuais que 
afectam positivamente os salários como: Ajudas de custo e subsídios. 
Analisadas e conferidas todas as situações através da base legal, procede – se com o 
processamento salarial global. Ele procede – se da seguintes forma: 
Calculo da Segurança Social (3%), após esta dedução do valor remanescente deduzir o 
imposto sobre os rendimentos do trabalho mediante a tabelas anexa ao Código de 
Imposto sobre os Rendimentos de Trabalho antes porém preciso determinar em 
conformidade ao mesmo código a matéria colectável; No final pegar o valor global 
subtrair os valores dos descontos oficias obrigatórios (Segurança social e IRT). 
 
 
Pois para formula do processamento de salário compreendemos da seguinte forma: 
Processamento de Salário = Venc. Base – Seg. Social – Irt 
Sem descorar as seguintes formulas: 
Seg. Social: Vencimento * Taxa seg. Social 
Irt = Materia colectável – Excesso = X 
Irt = X * Percentagem = Y 
Irt = Y + Parcela Fixa = Resultado do Irt 
 
Exemplo: 
O Cardoso é informático trabalha na empresa GGBK LDA, aufere uma retribuição base 
mensal de 250.000 kz, pretende – se saber do RH qual o seu salário liquido? 
 
Remuneração 
Venc: 250.000,00 KZ 
Primeiro devemos calcular a segurança social. 
Seg. Social: Vencimento * Taxa seg. Social 
Seg. Social: 250.000,00 kz * 3% = 7.500,00 kz 
 
A seguir determinamos a matéria coletavél. 
 
Mater. Coletavel = Vencimento base – Seg. Social 
 
Mater. Coletavel = 250.000,00 – 7.500,00 = 242.500,00 KZ 
 
Da matéria colectável partimos para tabela de taxa de IRT 
 
Irt = Matéria colectável – Excesso = X 
 
Irt = X * Percentagem = Y 
 
Irt = Y + Parcela Fixa = Resultado do Irt 
 
Irt = 242.500,00 KZ – 230.000,00 KZ = 12.500,00 KZ 
 
Irt = 12.500,00 KZ * 17% = 2.125,00 KZ 
 
Irt = 2.125,00 KZ + 25.750,00 = 27.875,00 KZ 
 
 
Logo: 
 
Processamento de Salário = Venc. Base – Seg. Social – Irt 
Proc. Salário = 250.000,00 KZ – 7.500,00 KZ – 27.875,00KZ 
Proc. Salário = 214.625,00 KZ 
 
 
 Recibo de pagamento de salário e seu conteúdo 
 
O Recibo de salários é o documento com validade legal contendo nela a discriminação e 
comprovação dos valores pagos e descontados de um trabalhador; em geral os recibos 
de salários mencionam: 
Mês e o Ano; Dados da Empresa (Nome e endereço); Dado do funcionário (Nome, 
cargo), Salário base; Descontos oficiais (Seg. Social e Irt); Zona de assinatura e data...

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