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Organização do Transporte no Brasil MÓDULO 2 2 Sumário Unidade 6 | Organização Geral e Mercados de Transporte Rodoviário 3 1 Introdução 4 2 Visão Geral das Modalidades e Sistemas de Transporte 4 2.1 Modal Rodoviário 5 2.2 Modal Ferroviário 5 2.3 Modal Aquaviário 6 2.4 Modal Dutoviário 6 2.5 Modal Aéreo 6 3 Mercados de Transporte Rodoviário de Passageiros no Brasil 7 3.1 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros 7 3.2 Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros 10 3.3 Transporte Interestadual e Internacional 10 4 Mercado de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil 11 Atividades 13 Referências 14 Unidade 7 | Mercados de Transporte Ferroviário, Aquaviário e Aéreo 16 1 Introdução 17 2 Mercado de Transporte Aquaviário 17 2.1 Serviços de Apoio Marítimo 18 2.2 Serviços de Apoio Portuário 19 3 Mercados de Transporte Ferroviário 19 4 Mercado de Transporte Aéreo 21 Atividades 23 Referências 24 Gabarito 29 3 UNIDADE 6 | ORGANIZAÇÃO GERAL E MERCADOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO 4 Unidade 6 | Organização Geral e Mercados de Transporte Rodoviário 1 Introdução Já sabemos que o transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil, tanto para o transporte de cargas quanto para o transporte de passageiros. A seguir, vamos retomar nossos conhecimentos acerca das modalidades de transporte utilizadas no Brasil e conhecer melhor as características e o funcionamento do mercado rodoviário de transporte de passageiros e de cargas. 2 Visão Geral das Modalidades e Sistemas de Transporte e Como vimos nas unidades anteriores, no Brasil, o transporte é operado nas modalidades rodoviária, ferroviária, aquaviária, aeroviária e dutoviária. Atualmente, grande parte da movimentação de cargas e passageiros é realizada pelo modal rodoviário. Mas, quais os motivos que levam o modal rodoviário a esta participação destacada no mercado? Vamos apresentar em seguida uma rápida comparação entre as cinco modalidades de transporte e conhecer algumas vantagens e desvantagens de cada uma delas. Esta introdução será a base para aprofundarmos nossos conhecimentos acerca dos mercados de transporte brasileiro em cada modalidade. 5 2.1 Modal Rodoviário Tem como característica principal a flexibilidade em fazer o transporte porta a porta no que se refere ao transporte de carga, ou seja, tem a capacidade de levar a mercadoria até o seu destino final. Sua capacidade de transporte é limitada, por veículo. Na verdade, o transporte rodoviário deveria ser utilizado na movimentação de mercadorias em pequenas e médias distâncias ou servir de transporte complementar ao transporte ferroviário e aquaviário. Para o transporte de passageiros é utilizado majoritariamente o transporte é realizado por ônibus, táxi, lotação ou o transporte individual (automóveis). 2.2 Modal Ferroviário Tem como característica principal a capacidade de transportar, de maneira eficiente, grandes volumes de carga por longas distâncias. Para o transporte de passageiros, tem a vantagem de oferecer um serviço mais seguro e rápido (como por exemplo, o serviço de metrô), mas, normalmente, requer uma integração com o transporte rodoviário, pois não consegue, na maioria dos casos, levar o produto até o lugar de consumo final. O motivo é que não há linhas ferroviárias nem estações de trem com acesso a todas as empresas e consumidores. 6 2.3 Modal Aquaviário Este tipo de modal é mais adequado para o transporte de grandes volumes de carga que são movimentados por grandes distâncias, quando não se necessita de uma entrega rápida ou se desejam preços de frete mais baratos. Para o transporte de passageiros é normalmente utilizado em locais onde o acesso é mais fácil por vias fluviais ou marítimas. 2.4 Modal Dutoviário A característica do transporte dutoviário é completamente diferente da dos demais modais. Os dutos operam 24 horas por dia e sete dias por semana, com restrição de funcionamento apenas durante a manutenção e a mudança de produto a ser transportado. Como desvantagem de sua utilização, pode-se dizer que não são flexíveis (as vias são fixas e em pequeno número) e têm limitações quanto à variedade de produtos que podem ser transportados. 2.5 Modal Aéreo Tem como vantagem a rapidez na movimentação, entretanto, é um transporte de alto custo. Normalmente, o transporte aéreo de carga regular é realizado para produtos altamente perecíveis ou de valor elevado. Para o transporte de passageiros, embora mais caro, oferece as vantagens de ser bastante rápido e mais seguro, quando comparado com os demais modais de transporte. 7 3 Mercados de Transporte Rodoviário de Passageiros no Brasil Quando falamos de transporte rodoviário de passageiros, podemos dividi-lo da seguinte maneira: Urbano, Intermunicipal, Interestadual e Internacional. Para atuar nesse mercado, as empresas precisam de uma concessão ou permissão da União, do estado ou do município. Vamos entender melhor o papel desses serviços que são responsáveis pela movimentação de milhares de pessoas em nosso país. 3.1 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros O transporte urbano é de responsabilidade dos municípios. Desta forma, a delegação da prestação do serviço a uma empresa requer um contrato, entre as empresas e os municípios, que incorpore as exigências mínimas necessárias ao funcionamento do setor. Esse contrato é realizado através de um processo de licitação, onde é feita uma concessão de prestação de serviços em que o poder público (neste caso o município) determina as características da frota de veículos, a qualidade do serviço a ser oferecido, as linhas, os itinerários a cumprir, a frequência de viagens, os horários, os pontos de parada, os terminais e a tarifa que poderá ser cobrada pela empresa vencedora. 8 Quando falamos de transporte urbano de passageiros, temos a participação dos seguintes elementos: • Poder Público: delega, através de concessão/permissão, a prestação dos serviços a uma empresa privada. Ele é responsável pela fixação de normas de operação e de tarifa, pela especificação da quantidade de viagens a ser ofertada, e pela fiscalização da operação. • Empresa Privada (operadora): executa a operação especificada, cobra a tarifa determinada, cuida da manutenção dos veículos, realiza as viagens definidas e aufere os lucros determinados a partir do contrato. • Usuário: faz as reivindicações de atendimento, exige a fiscalização, pressiona por melhor qualidade no serviço, exige segurança e paga a tarifa especificada para utilizar o serviço. Em geral, principalmente nas cidades maiores, existe uma secretaria ou departamento que se encarrega de estabelecer as normas, conceder os serviços, fiscalizar e regulamentar o transporte urbano de passageiros. Portanto, o transporte urbano é operado em mercado regulamentado, e para uma empresa atuar há necessidade de se estabelecer um contrato de concessão/permissão com o poder público, que determina as condições de operação. Vejamos alguns exemplos nas cidades brasileiras. • Brasília: Em Brasília, o órgão responsável pela concessão e pela fiscalização do transporte público é o DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal). Os serviços de transporte são oferecidos por ônibus convencionais, por microônibus, vans, por serviço autônomo rural e por transporte coletivo privado (fretamento). Todos esses serviços são oferecidos através de concessão ou permissão. g Você pode conhecer melhor as características do sistema de transporte público do Distrito Federal, acessando o site do DFTrans. Confira! www.dftrans.df.gov.br 9 • São Paulo: Em São Paulo, o órgão responsável pelo transporte urbano é a Secretaria Municipal de Transportes, juntamente com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e a SPTrans (São Paulo Transporte S.A.). Juntas, elas possuem as seguintes atribuições institucionais: a) Gerenciar os serviços de transportecoletivo de passageiros por ônibus; b) Regulamentar e gerenciar os serviços alternativos de transporte de passageiros individuais ou coletivos: táxi, lotação, bairro a bairro, fretamento e transporte escolar; c) Disciplinar e gerir o uso da rede viária municipal. g Você pode aprender mais sobre o funcionamento do transporte por ônibus na cidade de São Paulo acessando o site da SPTrans. Confira! http://www.sptrans.com.br/ • Porto Alegre: O sistema de transporte por ônibus de Porto Alegre é organizado em consórcios, constituídos por empresas privadas e por uma empresa pública, conforme informações a seguir: O órgão gestor é a Secretaria Municipal do Transporte de Porto Alegre, cuja execução está a cargo da Empresa Pública de Transporte e Circulação S/A, que é uma empresa de sociedade anônima, composta de capital 100% público. • Curitiba: O sistema possui características inovadoras e tem sido considerado um dos pioneiros em modernização e reestruturação do sistema de transporte urbano no Brasil. Denominada Rede Integrada de Transportes (RIT), a operação é realizada por empresas privadas e gerenciada pela URBS (Urbanização de Curitiba S/A), e caracteriza-se por ser uma operação apenas através de ônibus, num sistema tronco alimentador, ou seja, baseado nos terminais de integração entre os bairros e o centro da cidade no qual os passageiros passam de linhas alimentadoras para linhas troncais. 10 3.2 Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros O transporte intermunicipal é regulamentado e fiscalizado pelos estados. Cada estado tem um órgão responsável por essa atividade, sendo que alguns estados possuem Agências Estaduais que têm como competência a regulamentação e a fiscalização do transporte intermunicipal. Vejamos alguns exemplos: • O estado do Mato Grosso criou uma Agência de Serviços Públicos, que cuida da regulamentação e da fiscalização do transporte intermunicipal; • Estado da Bahia criou uma Agência de Energia, Telecomunicações e Transporte que também tem a atribuição de fiscalizar e orientar o usuário do transporte intermunicipal de passageiros; • Estado do Amazonas criou uma Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (ARSAM), envolvendo energia, transporte e saneamento; • Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio de Janeiro (ASEP/RJ), que inclui os serviços de transporte. 3.3 Transporte Interestadual e Internacional Neste mercado a prestação de serviço é realizada por concessão através da Agência de Transporte Terrestre (ANTT). A entrada de uma empresa no mercado também se faz através de uma licitação pública, em que o poder público determina as condições de operação e a tarifa a ser cobrada. Após a contratação do serviço, a ANTT realiza a fiscalização para verificar se os serviços estão sendo prestados conforme estabelecido contratualmente. 11 Assim como o transporte interestadual, o transporte internacional também é autorizado pelo poder público. Pode ser autorizado de duas maneiras: • Permissão: execução de serviços regulares (linhas), acordados bilateralmente (entre dois países), sempre precedida de licitação; • Autorização: execução de serviços em período de temporada turística, conforme entendimentos bilaterais, e serviços de fretamento. A criação de linhas e de serviços em temporadas turísticas exige o prévio entendimento entre os países interessados. Para a prestação de serviços de fretamento, há a exigência de registro na ANTT e a expedição de autorização de viagens, conforme procedimento adotado para fretamento interestadual. A forma de atuação no mercado dessas empresas pode ser compreendida da seguinte maneira: • Empresas Regionais: são empresas que realizam o transporte em Estados de uma mesma região. Por exemplos, empresas que só transportam passageiros entre as cidades dos Estados da região Nordeste, ou da região Sul, ou do Sudeste. • Empresas Nacionais: são empresas que realizam o transporte entre cidades dos Estados de uma mesma região, mas também realizam para cidades de estados de regiões diferentes e até mesmo para cidades de estados de todas as regiões brasileiras. • Empresas Internacionais: são empresas que realizam viagens para cidades dos países vizinhos. 4 Mercado de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil O transporte rodoviário de cargas é responsável por mais da metade de toda a carga transportada no Brasil. Diferentemente do transporte de passageiros, o transporte de carga não é considerado um mercado regulamentado (não há interferência do Poder Público para conceder o direito de operar no mercado). O transporte pode ser realizado por empresas, cooperativas ou transportadores autônomos. 12 A contratação do frete é realizada pelos agentes produtores (indústria, comércio, agroindústria, agricultura etc.) diretamente com as empresas transportadoras que, dependendo das necessidades de mercado, utilizam os serviços dos autônomos (caminhoneiros) para complementar sua frota. e O transporte rodoviário de cargas opera em regime de mercado livre, sem restrições que limitem a entrada e saída do mercado. Não existe legislação específica no campo dos transportes que impeça o exercício dessa atividade desde que o transportador atenda aos requisitos mínimos exigidos pela ANTT, por meio do RNTRC. O chamado Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) permite o conhecimento do conjunto de operadores que atuam no mercado e habilita o transportador para exercer sua atividade econômica. Apesar de ser um mercado livre, é importante lembrar que existem normas que os transportadores precisam respeitar. A Lei da Balança é um exemplo. e A Lei da Balança tem como objetivo a preservação das condições das estradas, pontes e viadutos. O excesso de peso é aferido por equipamento de pesagem ou verificação de documento fiscal, na forma estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Outro exemplo de transporte rodoviário de carga que tem legislação própria é o transporte de produtos perigosos. Resumindo Diferentemente do transporte de passageiros, para operar no transporte rodoviário de cargas as empresas não precisam passar por procedimentos de concessão ou autorização. Qualquer empresa pode ingressar no mercado, desde que atenda a algumas exigências estabelecidas pela ANTT. Tanto o transporte de cargas como o de passageiros pode ser oferecido por empresas públicas ou privadas, podendo atuar regional, nacional e internacionalmente. 13 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O transporte rodoviário de passageiros é dividido somente em urbano e interestadual. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O transporte urbano é de responsabilidade da união. Dessa forma, a delegação da prestação do serviço a uma empresa requer um contrato, entre as empresas e a União, que incorpore as exigências mínimas necessárias ao funcionamento do setor. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 14 Referências ABRATI – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, Interestadual e Internacional de Passageiros. Revista da Abrati, nº 37, jun. 2004. ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Pioneira, 1994. AZAMBUJA, A. M. V. Análise de Eficiência na Gestão do Transporte Público por Ônibus em Municípios Brasileiros. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2002. BALLOU, R. R. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da Operação. Módulo de Treinamento, STPP Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros. Brasília: EBTU, 1988. FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. 2. Ed. São Carlos:RiMa, 2004. FLEURY, P. C. Logística integrada. In: Fleury, P. C., Wanke, P.; Figueiredo, K. F. (orgs.). Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. FRADERA, V. M. J.; LHEMEN, A. Transporte Multimodal. Rio Grande do Sul: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 10 jul. 2017. NUNES, R. S.; NANCASSa, B. P.; SEEFELD, R.; NIEDZIELUK FILHO, P.; FREITAS, B. C. O transporte marítimo de cabotagem e suas perspectivas no Brasil. Congresso Internacional de Administração, 2008. MCIDADES – Ministério das Cidades. Mobilidade e desenvolvimento urbano/ Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasília: MCidades, 2006. 15 PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR. Manaus: ABAR, 2005. PASSAGLIA, E.; VALENTE, A. M.; NOVAES A. G. Gerenciamento de Transporte e Frotas. Florianópolis: Pioneira Thomson Learning, 2001. RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional. 3. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005. WANKE, P. F. Logística e transporte de cargas no Brasil: produtividade e eficiência no século XXI. São Paulo: Atlas, 2010. 16 UNIDADE 7 | MERCADOS DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO, AQUAVIÁRIO E AÉREO 17 Unidade 7 | Mercados de Transporte Ferroviário, Aquaviário e Aéreo 1 Introdução Apesar de serem menos expressivos nas matrizes de transporte de cargas e de passageiros no Brasil, os modais ferroviário, aquaviário e aéreo também são de grande importância para a movimentação de cargas e para o deslocamento de pessoas dentro do país e para fora de nossos limites. 2 Mercado de Transporte Aquaviário No transporte aquaviário, os serviços são realizados a partir de um termo de autorização emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Este termo autoriza a construir e a explorar por prazo indeterminado um terminal portuário de uso privativo, e as empresas de transporte aquaviário a operarem por prazo indeterminado como empresas brasileiras de navegação. As autorizações são dadas para a navegação de longo curso, para a cabotagem, para o apoio marítimo e para o apoio portuário. e As empresas que oferecem serviços de navegação de cabotagem, assim como as empresas de navegação de longo curso, também têm seu funcionamento autorizado pelo poder público, que atualmente é representado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). 18 g Existem diversas empresas autorizadas a realizar serviços de navegação de cabotagem. O transporte de cabotagem é o transporte realizado nos limites do país. Neste link, você pode conhecer as principais empresas autorizadas a fazer a navegação de cabotagem. Confira! www.antaq.gov.br Além da autorização para a navegação de longo curso e de cabotagem, a ANTAQ é responsável por dois outros tipos de serviços de apoio relacionados com o transporte hidroviário. São eles: Serviços de Apoio Marítimo e Serviços de Apoio Portuário. 2.1 Serviços de Apoio Marítimo As atividades realizadas pelo serviço de apoio marítimo estão relacionadas com a operação de agenciamento e administração de embarcações, com o afretamento de embarcações de apoio marítimo para reboque, com o manuseio de âncoras, com o suprimento nas embarcações, com o transporte de pessoal e equipes de apoio, com o combate a incêndios e com o afretamento de embarcações especiais para suporte a Veículos Operados Remotamente (ROV), apoio a mergulho, pesquisa, inspeção, lançamento e manutenção de linhas rígidas e flexíveis, manutenção de cabos ópticos submersos. g Você pode conhecer o nome das empresas que atuam com apoio marítimo neste link: http://www.antaq.gov.br 19 2.2 Serviços de Apoio Portuário Essas empresas têm como atividade a prestação de serviços relacionados com a operação portuária, ou seja: aquelas atividades realizadas em áreas portuárias marítimas ou fluviais ou lacustres; e as atividades de navegação mercante destinadas a apoiar as operações dos portos e terminais e as embarcações que as frequentam (descarga de mercadorias, movimentação de contêineres, empilhamento de mercadorias, entre outras). g Você pode conhecer a relação das empresas que atuam com apoio portuário no site da ANTAQ. Confira! http://www.antaq.gov.br 3 Mercados de Transporte Ferroviário O processo de desestatização das ferrovias (concessão da exploração das ferrovias para a iniciativa privada) teve início em 1996. As ferrovias brasileiras estão quase que totalmente privatizadas. A tabela a seguir sintetiza o processo de privatização das ferrovias brasileiras a partir da privatização da Rede Ferroviária Federal iniciada em 1996. O processo foi realizado através de licitação. 20 Fonte: RFFSA e BNDES. g Para conhecer todas as empresas concessionárias das ferrovias, acesse o site da ANTT. Confira! http://www.antt.gov.br Vimos anteriormente que nas grandes cidades não há somente o ônibus para o transporte de passageiros. O transporte urbano e metropolitano conta também com sistemas ferroviários: metrô, trens de subúrbio, bondes etc. Malhas regionais Data do leilão Concessionárias Início da operação Extensão (km) Oeste 05.03.96 Ferrovia Novoeste S.A. 01.07.96 1621 Centro- Leste 14.06.96 Ferrovia Centro- Atlântica S.A. 01.09.96 7080 Sudeste 20.09.96 MRS Logística S.A. 01.12.96 1674 Tereza Cristina 26.11.96 Ferrovia Tereza Cristina S.A. 01.02.97 164 Sul 13.12.96 América Latina Logística do Brasil S.A (ALL) 01.03.97 6586 Nordeste 18.07.97 Companhia Ferroviária do Nordeste 01.01.98 4534 Paulista 10.11.98 Ferrovias Bandeirantes S.A. 01.01.99 4236 Total 25 895 21 Em São Paulo, a malha do sistema de metrô para o transporte de passageiros vem sendo ampliada e atualmente conta com cinco linhas em operação. Ela é operada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), que é uma companhia pública, gerenciada pelo Governo do Estado de São Paulo. g Você pode conhecer mais detalhes sobre o Metrô de São Paulo neste link. Confira! www.metro.sp.gov.br 4 Mercado de Transporte Aéreo O mercado de transporte aéreo é formado por empresas de carga e de passageiros. As grandes empresas normalmente trabalham tanto com transporte de cargas como com transporte de passageiros. Elas estão classificadas nas seguintes categorias: • Empresas brasileiras de transporte aéreo regular: empresas que só operam em uma região ou estado e, também, empresas que operam em todo o território nacional e até mesmo em rotas internacionais. • Empresas brasileiras de transporte aéreo não regular: empresas que operam com fretamento de voos (os chamados voos charters). • Empresas internacionais de transporte aéreo regular: empresas brasileiras e estrangeiras que operam voos internacionais entre o Brasil e outros países. 22 Também estão autorizadas a funcionar empresas internacionais não regulares, empresas de táxi aéreo, empresas de serviços aéreos especializados e empresas auxiliares de transporte aéreo. g Além do transporte de pessoas, é realizado o transporte aéreo de cargas. Neste link, você pode descobrir como ele funciona. Confira! http://www.anac.gov.br/. Resumindo Ao fim desta unidade você já possui uma visão geral sobre como funcionam as cinco modalidades de transporte, quais os veículos mais utilizados em cada uma delas e como é organizado o mercado de transporte em cada modalidade. Nas próximas unidades estudaremos os aspectos relacionados à logística e à integração entre estas cinco modalidades de transporte, ressaltando as atividades logísticas e os ganhos que as empresas podem obter quando atuam com eficiêncianas cadeias logísticas brasileiras. 23 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. No transporte aquaviário, os serviços são realizados a partir de um termo de autorização emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Por meio desse termo autoriza-se a construir e a explorar por prazo indeterminado um terminal portuário de uso privativo, e as empresas de transporte aquaviário a operarem por prazo indeterminado como empresas brasileiras de navegação. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Empresas brasileiras de transporte aéreo regular são empresas que operam com fretamento de voos (os chamados voos charters). Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 24 Referências ABRATI – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, Interestadual e Internacional de Passageiros. Revista da Abrati, nº 37, jun. 2004. ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Pioneira, 1994. AZAMBUJA, A. M. V. Análise de Eficiência na Gestão do Transporte Público por Ônibus em Municípios Brasileiros. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2002. BALLOU, R. R. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da Operação. Módulo de Treinamento, STPP Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros. Brasília: EBTU, 1988. FERRAZ, A. 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In: ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR. Manaus: ABAR, 2005. PASSAGLIA, E.; VALENTE, A. M.; NOVAES A. G. Gerenciamento de Transporte e Frotas. Florianópolis: Pioneira Thomson Learning, 2001. RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional. 3. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005. WANKE, P. F. Logística e transporte de cargas no Brasil: produtividade e eficiência no século XXI. São Paulo: Atlas, 2010. 26 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 6 F F Unidade 7 V F Unidade 6 | Organização Geral e Mercados de Transporte Rodoviário 1 Introdução 2 Visão Geral das Modalidades e Sistemas de Transporte 2.1 Modal Rodoviário 2.2 Modal Ferroviário 2.3 Modal Aquaviário 2.4 Modal Dutoviário 2.5 Modal Aéreo 3 Mercados de Transporte Rodoviário de Passageiros no Brasil 3.1 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros 3.2 Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros 3.3 Transporte Interestadual e Internacional 4 Mercado de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil Atividades Referências Unidade 7 | Mercados de Transporte Ferroviário, Aquaviário e Aéreo 1 Introdução 2 Mercado de Transporte Aquaviário 2.1 Serviços de Apoio Marítimo 2.2 Serviços de Apoio Portuário 3 Mercados de Transporte Ferroviário 4 Mercado de Transporte Aéreo Atividades Referências