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Organização do Transporte no Brasil_MODULO 2


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Organização do 
Transporte no 
Brasil
MÓDULO 2
2
Sumário
Unidade 6 | Organização Geral e Mercados de Transporte Rodoviário 3
1 Introdução 4
2 Visão Geral das Modalidades e Sistemas de Transporte 4
2.1 Modal Rodoviário 5
2.2 Modal Ferroviário 5
2.3 Modal Aquaviário 6
2.4 Modal Dutoviário 6
2.5 Modal Aéreo 6
3 Mercados de Transporte Rodoviário de Passageiros no Brasil 7
3.1 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros 7
3.2 Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros 10
3.3 Transporte Interestadual e Internacional 10
4 Mercado de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil 11
Atividades 13
Referências 14
Unidade 7 | Mercados de Transporte Ferroviário, Aquaviário e Aéreo 16
1 Introdução 17
2 Mercado de Transporte Aquaviário 17
2.1 Serviços de Apoio Marítimo 18
2.2 Serviços de Apoio Portuário 19
3 Mercados de Transporte Ferroviário 19
4 Mercado de Transporte Aéreo 21
Atividades 23
Referências 24
Gabarito 29
3
UNIDADE 6 | ORGANIZAÇÃO 
GERAL E MERCADOS DE 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
4
Unidade 6 | Organização Geral e Mercados de 
Transporte Rodoviário
1 Introdução
Já sabemos que o transporte rodoviário 
é o mais utilizado no Brasil, tanto para 
o transporte de cargas quanto para o 
transporte de passageiros. A seguir, vamos 
retomar nossos conhecimentos acerca das 
modalidades de transporte utilizadas no 
Brasil e conhecer melhor as características 
e o funcionamento do mercado rodoviário 
de transporte de passageiros e de cargas.
2 Visão Geral das Modalidades e Sistemas de Transporte
 e
Como vimos nas unidades anteriores, no Brasil, o transporte é 
operado nas modalidades rodoviária, ferroviária, aquaviária, 
aeroviária e dutoviária. Atualmente, grande parte da 
movimentação de cargas e passageiros é realizada pelo modal 
rodoviário. Mas, quais os motivos que levam o modal rodoviário 
a esta participação destacada no mercado?
Vamos apresentar em seguida uma rápida comparação entre as cinco modalidades 
de transporte e conhecer algumas vantagens e desvantagens de cada uma delas. 
Esta introdução será a base para aprofundarmos nossos conhecimentos acerca dos 
mercados de transporte brasileiro em cada modalidade.
5
2.1 Modal Rodoviário
Tem como característica principal a 
flexibilidade em fazer o transporte porta 
a porta no que se refere ao transporte 
de carga, ou seja, tem a capacidade de 
levar a mercadoria até o seu destino 
final. Sua capacidade de transporte 
é limitada, por veículo. Na verdade, o 
transporte rodoviário deveria ser utilizado 
na movimentação de mercadorias em 
pequenas e médias distâncias ou servir de 
transporte complementar ao transporte 
ferroviário e aquaviário.
Para o transporte de passageiros é utilizado majoritariamente o transporte é realizado 
por ônibus, táxi, lotação ou o transporte individual (automóveis).
2.2 Modal Ferroviário
Tem como característica principal a capacidade de transportar, de maneira eficiente, 
grandes volumes de carga por longas distâncias. Para o transporte de passageiros, tem 
a vantagem de oferecer um serviço mais seguro e rápido (como por exemplo, o serviço 
de metrô), mas, normalmente, requer uma integração com o transporte rodoviário, 
pois não consegue, na maioria dos casos, levar o produto até o lugar de consumo final. 
O motivo é que não há linhas ferroviárias nem estações de trem com acesso a todas as 
empresas e consumidores.
6
2.3 Modal Aquaviário
Este tipo de modal é mais adequado para o transporte de grandes volumes de carga 
que são movimentados por grandes distâncias, quando não se necessita de uma 
entrega rápida ou se desejam preços de frete mais baratos. Para o transporte de 
passageiros é normalmente utilizado em locais onde o acesso é mais fácil por vias 
fluviais ou marítimas.
2.4 Modal Dutoviário
A característica do transporte dutoviário é completamente diferente da dos demais 
modais. Os dutos operam 24 horas por dia e sete dias por semana, com restrição 
de funcionamento apenas durante a manutenção e a mudança de produto a ser 
transportado. Como desvantagem de sua utilização, pode-se dizer que não são 
flexíveis (as vias são fixas e em pequeno número) e têm limitações quanto à variedade 
de produtos que podem ser transportados.
2.5 Modal Aéreo
Tem como vantagem a rapidez na movimentação, entretanto, é um transporte de alto 
custo. Normalmente, o transporte aéreo de carga regular é realizado para produtos 
altamente perecíveis ou de valor elevado. Para o transporte de passageiros, embora 
mais caro, oferece as vantagens de ser bastante rápido e mais seguro, quando 
comparado com os demais modais de transporte.
7
3 Mercados de Transporte Rodoviário de Passageiros no 
Brasil
Quando falamos de transporte rodoviário de passageiros, podemos dividi-lo da 
seguinte maneira: Urbano, Intermunicipal, Interestadual e Internacional.
Para atuar nesse mercado, as empresas precisam de uma concessão ou permissão da 
União, do estado ou do município. Vamos entender melhor o papel desses serviços que 
são responsáveis pela movimentação de milhares de pessoas em nosso país.
3.1 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros
O transporte urbano é de responsabilidade dos municípios. Desta forma, a delegação 
da prestação do serviço a uma empresa requer um contrato, entre as empresas e os 
municípios, que incorpore as exigências mínimas necessárias ao funcionamento do 
setor.
Esse contrato é realizado através de um 
processo de licitação, onde é feita uma 
concessão de prestação de serviços em que 
o poder público (neste caso o município) 
determina as características da frota de 
veículos, a qualidade do serviço a ser 
oferecido, as linhas, os itinerários a cumprir, 
a frequência de viagens, os horários, os 
pontos de parada, os terminais e a tarifa 
que poderá ser cobrada pela empresa 
vencedora.
8
Quando falamos de transporte urbano de passageiros, temos a participação dos 
seguintes elementos:
• Poder Público: delega, através de concessão/permissão, a prestação dos 
serviços a uma empresa privada. Ele é responsável pela fixação de normas 
de operação e de tarifa, pela especificação da quantidade de viagens a ser 
ofertada, e pela fiscalização da operação.
• Empresa Privada (operadora): executa a operação especificada, cobra a tarifa 
determinada, cuida da manutenção dos veículos, realiza as viagens definidas e 
aufere os lucros determinados a partir do contrato.
• Usuário: faz as reivindicações de atendimento, exige a fiscalização, pressiona 
por melhor qualidade no serviço, exige segurança e paga a tarifa especificada 
para utilizar o serviço.
Em geral, principalmente nas cidades maiores, existe uma secretaria ou departamento 
que se encarrega de estabelecer as normas, conceder os serviços, fiscalizar e 
regulamentar o transporte urbano de passageiros. Portanto, o transporte urbano é 
operado em mercado regulamentado, e para uma empresa atuar há necessidade de se 
estabelecer um contrato de concessão/permissão com o poder público, que determina 
as condições de operação. Vejamos alguns exemplos nas cidades brasileiras.
• Brasília: Em Brasília, o órgão responsável pela concessão e pela fiscalização 
do transporte público é o DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal). 
Os serviços de transporte são oferecidos por ônibus convencionais, por 
microônibus, vans, por serviço autônomo rural e por transporte coletivo privado 
(fretamento). Todos esses serviços são oferecidos através de concessão ou 
permissão.
 g
Você pode conhecer melhor as características do sistema de 
transporte público do Distrito Federal, acessando o site do 
DFTrans. Confira! 
 
www.dftrans.df.gov.br
9
• São Paulo: Em São Paulo, o órgão responsável pelo transporte urbano é a 
Secretaria Municipal de Transportes, juntamente com a CET (Companhia de 
Engenharia de Tráfego) e a SPTrans (São Paulo Transporte S.A.). Juntas, elas 
possuem as seguintes atribuições institucionais:
a) Gerenciar os serviços de transportecoletivo de passageiros por ônibus;
b) Regulamentar e gerenciar os serviços alternativos de transporte de passageiros 
individuais ou coletivos: táxi, lotação, bairro a bairro, fretamento e transporte 
escolar;
c) Disciplinar e gerir o uso da rede viária municipal.
 g
Você pode aprender mais sobre o funcionamento do transporte 
por ônibus na cidade de São Paulo acessando o site da SPTrans. 
Confira! 
 
http://www.sptrans.com.br/
• Porto Alegre: O sistema de transporte por ônibus de Porto Alegre é organizado 
em consórcios, constituídos por empresas privadas e por uma empresa pública, 
conforme informações a seguir: O órgão gestor é a Secretaria Municipal do 
Transporte de Porto Alegre, cuja execução está a cargo da Empresa Pública 
de Transporte e Circulação S/A, que é uma empresa de sociedade anônima, 
composta de capital 100% público.
• Curitiba: O sistema possui características inovadoras e tem sido considerado 
um dos pioneiros em modernização e reestruturação do sistema de transporte 
urbano no Brasil. Denominada Rede Integrada de Transportes (RIT), a operação 
é realizada por empresas privadas e gerenciada pela URBS (Urbanização de 
Curitiba S/A), e caracteriza-se por ser uma operação apenas através de ônibus, 
num sistema tronco alimentador, ou seja, baseado nos terminais de integração 
entre os bairros e o centro da cidade no qual os passageiros passam de linhas 
alimentadoras para linhas troncais.
10
3.2 Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
O transporte intermunicipal é 
regulamentado e fiscalizado pelos estados. 
Cada estado tem um órgão responsável por 
essa atividade, sendo que alguns estados 
possuem Agências Estaduais que têm 
como competência a regulamentação e a 
fiscalização do transporte intermunicipal. 
Vejamos alguns exemplos:
• O estado do Mato Grosso criou uma Agência de Serviços Públicos, que cuida da 
regulamentação e da fiscalização do transporte intermunicipal;
• Estado da Bahia criou uma Agência de Energia, Telecomunicações e Transporte 
que também tem a atribuição de fiscalizar e orientar o usuário do transporte 
intermunicipal de passageiros;
• Estado do Amazonas criou uma Agência Reguladora dos Serviços Públicos 
Concedidos do Estado do Amazonas (ARSAM), envolvendo energia, transporte 
e saneamento;
• Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio de 
Janeiro (ASEP/RJ), que inclui os serviços de transporte.
3.3 Transporte Interestadual e Internacional
Neste mercado a prestação de serviço é realizada por concessão através da Agência 
de Transporte Terrestre (ANTT). A entrada de uma empresa no mercado também se 
faz através de uma licitação pública, em que o poder público determina as condições 
de operação e a tarifa a ser cobrada. Após a contratação do serviço, a ANTT realiza a 
fiscalização para verificar se os serviços estão sendo prestados conforme estabelecido 
contratualmente.
11
Assim como o transporte interestadual, o transporte internacional também é 
autorizado pelo poder público. Pode ser autorizado de duas maneiras:
• Permissão: execução de serviços regulares (linhas), acordados bilateralmente 
(entre dois países), sempre precedida de licitação;
• Autorização: execução de serviços em período de temporada turística, 
conforme entendimentos bilaterais, e serviços de fretamento.
A criação de linhas e de serviços em temporadas turísticas exige o prévio entendimento 
entre os países interessados. Para a prestação de serviços de fretamento, há a exigência 
de registro na ANTT e a expedição de autorização de viagens, conforme procedimento 
adotado para fretamento interestadual.
A forma de atuação no mercado dessas empresas pode ser compreendida da seguinte 
maneira:
• Empresas Regionais: são empresas que realizam o transporte em Estados de 
uma mesma região. Por exemplos, empresas que só transportam passageiros 
entre as cidades dos Estados da região Nordeste, ou da região Sul, ou do 
Sudeste.
• Empresas Nacionais: são empresas que realizam o transporte entre cidades 
dos Estados de uma mesma região, mas também realizam para cidades de 
estados de regiões diferentes e até mesmo para cidades de estados de todas 
as regiões brasileiras.
• Empresas Internacionais: são empresas que realizam viagens para cidades dos 
países vizinhos.
4 Mercado de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil
O transporte rodoviário de cargas é responsável por mais da metade de toda a carga 
transportada no Brasil. Diferentemente do transporte de passageiros, o transporte 
de carga não é considerado um mercado regulamentado (não há interferência do 
Poder Público para conceder o direito de operar no mercado). O transporte pode ser 
realizado por empresas, cooperativas ou transportadores autônomos.
12
A contratação do frete é realizada pelos agentes produtores (indústria, comércio, 
agroindústria, agricultura etc.) diretamente com as empresas transportadoras que, 
dependendo das necessidades de mercado, utilizam os serviços dos autônomos 
(caminhoneiros) para complementar sua frota.
 e
O transporte rodoviário de cargas opera em regime de mercado 
livre, sem restrições que limitem a entrada e saída do mercado. 
Não existe legislação específica no campo dos transportes que 
impeça o exercício dessa atividade desde que o transportador 
atenda aos requisitos mínimos exigidos pela ANTT, por meio do 
RNTRC.
O chamado Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) 
permite o conhecimento do conjunto de operadores que atuam no mercado e habilita 
o transportador para exercer sua atividade econômica. Apesar de ser um mercado livre, 
é importante lembrar que existem normas que os transportadores precisam respeitar.
A Lei da Balança é um exemplo.
 e
A Lei da Balança tem como objetivo a preservação das condições 
das estradas, pontes e viadutos. O excesso de peso é aferido por 
equipamento de pesagem ou verificação de documento fiscal, 
na forma estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito 
(Contran). Outro exemplo de transporte rodoviário de carga que 
tem legislação própria é o transporte de produtos perigosos.
Resumindo 
 
Diferentemente do transporte de passageiros, para operar no transporte 
rodoviário de cargas as empresas não precisam passar por procedimentos 
de concessão ou autorização. Qualquer empresa pode ingressar no 
mercado, desde que atenda a algumas exigências estabelecidas pela ANTT. 
Tanto o transporte de cargas como o de passageiros pode ser oferecido 
por empresas públicas ou privadas, podendo atuar regional, nacional e 
internacionalmente.
13
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O transporte rodoviário de 
passageiros é dividido somente em urbano e interestadual. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O transporte urbano é de 
responsabilidade da união. Dessa forma, a delegação da 
prestação do serviço a uma empresa requer um contrato, 
entre as empresas e a União, que incorpore as exigências 
mínimas necessárias ao funcionamento do setor. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
14
Referências
ABRATI – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, 
Interestadual e Internacional de Passageiros. Revista da Abrati, nº 37, jun. 2004.
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. 
São Paulo: Pioneira, 1994.
AZAMBUJA, A. M. V. Análise de Eficiência na Gestão do Transporte Público por 
Ônibus em Municípios Brasileiros. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de 
Produção. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.
BALLOU, R. R. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e 
Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993.
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da Operação. 
Módulo de Treinamento, STPP Gerência do Sistema de Transporte Público de 
Passageiros. Brasília: EBTU, 1988.
FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. 2. Ed. São Carlos:RiMa, 
2004.
FLEURY, P. C. Logística integrada. In: Fleury, P. C., Wanke, P.; Figueiredo, K. F. (orgs.). 
Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.
FRADERA, V. M. J.; LHEMEN, A. Transporte Multimodal. Rio Grande do Sul: Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, 2003.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal da internet, 2017. Disponível 
em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 10 jul. 2017.
NUNES, R. S.; NANCASSa, B. P.; SEEFELD, R.; NIEDZIELUK FILHO, P.; FREITAS, B. C. O 
transporte marítimo de cabotagem e suas perspectivas no Brasil. Congresso 
Internacional de Administração, 2008.
MCIDADES – Ministério das Cidades. Mobilidade e desenvolvimento urbano/
Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasília: 
MCidades, 2006.
15
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: 
ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. IV Congresso Brasileiro de 
Regulação da ABAR. Manaus: ABAR, 2005.
PASSAGLIA, E.; VALENTE, A. M.; NOVAES A. G. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 
Florianópolis: Pioneira Thomson Learning, 2001.
RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de Transporte no Brasil e à Logística 
Internacional. 3. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005.
WANKE, P. F. Logística e transporte de cargas no Brasil: produtividade e eficiência no 
século XXI. São Paulo: Atlas, 2010.
16
UNIDADE 7 | MERCADOS DE 
TRANSPORTE FERROVIÁRIO, 
AQUAVIÁRIO E AÉREO
17
Unidade 7 | Mercados de Transporte Ferroviário, 
Aquaviário e Aéreo
1 Introdução
Apesar de serem menos expressivos nas matrizes de 
transporte de cargas e de passageiros no Brasil, os 
modais ferroviário, aquaviário e aéreo também são de 
grande importância para a movimentação de cargas 
e para o deslocamento de pessoas dentro do país e 
para fora de nossos limites.
2 Mercado de Transporte Aquaviário
No transporte aquaviário, os serviços são realizados a partir de um termo de autorização 
emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Este termo 
autoriza a construir e a explorar por prazo indeterminado um terminal portuário de uso 
privativo, e as empresas de transporte aquaviário a operarem por prazo indeterminado 
como empresas brasileiras de navegação.
As autorizações são dadas para a navegação de longo curso, para a cabotagem, para o 
apoio marítimo e para o apoio portuário.
 e
As empresas que oferecem serviços de navegação de cabotagem, 
assim como as empresas de navegação de longo curso, também 
têm seu funcionamento autorizado pelo poder público, que 
atualmente é representado pela Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários (ANTAQ).
18
 g
Existem diversas empresas autorizadas a realizar serviços de 
navegação de cabotagem. O transporte de cabotagem é o 
transporte realizado nos limites do país. Neste link, você pode 
conhecer as principais empresas autorizadas a fazer a navegação 
de cabotagem. Confira! 
 
www.antaq.gov.br
Além da autorização para a navegação de longo curso e de cabotagem, a ANTAQ é 
responsável por dois outros tipos de serviços de apoio relacionados com o transporte 
hidroviário. São eles: Serviços de Apoio Marítimo e Serviços de Apoio Portuário.
2.1 Serviços de Apoio Marítimo
As atividades realizadas pelo serviço de apoio 
marítimo estão relacionadas com a operação de 
agenciamento e administração de embarcações, 
com o afretamento de embarcações de apoio 
marítimo para reboque, com o manuseio de 
âncoras, com o suprimento nas embarcações, 
com o transporte de pessoal e equipes de apoio, 
com o combate a incêndios e com o afretamento 
de embarcações especiais para suporte a Veículos 
Operados Remotamente (ROV), apoio a mergulho, pesquisa, inspeção, lançamento e 
manutenção de linhas rígidas e flexíveis, manutenção de cabos ópticos submersos.
 g
Você pode conhecer o nome das empresas que atuam com apoio 
marítimo neste link: 
 
http://www.antaq.gov.br
19
2.2 Serviços de Apoio Portuário
Essas empresas têm como atividade a prestação de serviços relacionados com a 
operação portuária, ou seja: aquelas atividades realizadas em áreas portuárias marítimas 
ou fluviais ou lacustres; e as atividades de navegação mercante destinadas a apoiar 
as operações dos portos e terminais e as embarcações que as frequentam (descarga 
de mercadorias, movimentação de contêineres, empilhamento de mercadorias, entre 
outras).
 g
Você pode conhecer a relação das empresas que atuam com 
apoio portuário no site da ANTAQ. Confira! 
 
http://www.antaq.gov.br
3 Mercados de Transporte Ferroviário
O processo de desestatização das ferrovias (concessão da exploração das ferrovias 
para a iniciativa privada) teve início em 1996. As ferrovias brasileiras estão quase que 
totalmente privatizadas.
A tabela a seguir sintetiza o processo de privatização das ferrovias brasileiras a partir 
da privatização da Rede Ferroviária Federal iniciada em 1996. O processo foi realizado 
através de licitação.
20
Fonte: RFFSA e BNDES.
 g
Para conhecer todas as empresas concessionárias das ferrovias, 
acesse o site da ANTT. Confira! 
 
http://www.antt.gov.br
Vimos anteriormente que nas grandes cidades não há somente o ônibus para o 
transporte de passageiros. O transporte urbano e metropolitano conta também com 
sistemas ferroviários: metrô, trens de subúrbio, bondes etc.
Malhas 
regionais
Data do 
leilão
Concessionárias
Início da 
operação
Extensão 
(km)
Oeste 05.03.96
Ferrovia 
Novoeste S.A.
01.07.96 1621
Centro-
Leste
14.06.96
Ferrovia Centro-
Atlântica S.A.
01.09.96 7080
Sudeste 20.09.96
MRS Logística 
S.A.
01.12.96 1674
Tereza 
Cristina
26.11.96
Ferrovia Tereza 
Cristina S.A.
01.02.97 164
Sul 13.12.96
América Latina 
Logística do 
Brasil S.A (ALL)
01.03.97 6586
Nordeste 18.07.97
Companhia 
Ferroviária do 
Nordeste
01.01.98 4534
Paulista 10.11.98
Ferrovias 
Bandeirantes 
S.A.
01.01.99 4236
Total 25 895
21
Em São Paulo, a malha do sistema de metrô para o transporte de passageiros vem 
sendo ampliada e atualmente conta com cinco linhas em operação. Ela é operada pela 
Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), que é uma companhia pública, 
gerenciada pelo Governo do Estado de São Paulo.
 g
Você pode conhecer mais detalhes sobre o Metrô de São Paulo 
neste link. Confira! 
 
www.metro.sp.gov.br
4 Mercado de Transporte Aéreo
O mercado de transporte aéreo é formado por empresas de carga e de passageiros. As 
grandes empresas normalmente trabalham tanto com transporte de cargas como com 
transporte de passageiros.
Elas estão classificadas nas seguintes categorias:
• Empresas brasileiras de transporte 
aéreo regular: empresas que só 
operam em uma região ou estado 
e, também, empresas que operam 
em todo o território nacional e até 
mesmo em rotas internacionais.
• Empresas brasileiras de transporte 
aéreo não regular: empresas que 
operam com fretamento de voos 
(os chamados voos charters).
• Empresas internacionais de transporte aéreo regular: empresas brasileiras e 
estrangeiras que operam voos internacionais entre o Brasil e outros países.
22
Também estão autorizadas a funcionar empresas internacionais não regulares, 
empresas de táxi aéreo, empresas de serviços aéreos especializados e empresas 
auxiliares de transporte aéreo.
 g
Além do transporte de pessoas, é realizado o transporte aéreo 
de cargas. Neste link, você pode descobrir como ele funciona. 
Confira! 
 
http://www.anac.gov.br/.
Resumindo 
 
Ao fim desta unidade você já possui uma visão geral sobre como funcionam 
as cinco modalidades de transporte, quais os veículos mais utilizados em 
cada uma delas e como é organizado o mercado de transporte em cada 
modalidade. Nas próximas unidades estudaremos os aspectos relacionados 
à logística e à integração entre estas cinco modalidades de transporte, 
ressaltando as atividades logísticas e os ganhos que as empresas podem 
obter quando atuam com eficiêncianas cadeias logísticas brasileiras.
23
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. No transporte aquaviário, os 
serviços são realizados a partir de um termo de autorização 
emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários 
(ANTAQ). Por meio desse termo autoriza-se a construir e a 
explorar por prazo indeterminado um terminal portuário de 
uso privativo, e as empresas de transporte aquaviário a 
operarem por prazo indeterminado como empresas 
brasileiras de navegação. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Empresas brasileiras de 
transporte aéreo regular são empresas que operam com 
fretamento de voos (os chamados voos charters). 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
24
Referências
ABRATI – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, 
Interestadual e Internacional de Passageiros. Revista da Abrati, nº 37, jun. 2004.
ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. 
São Paulo: Pioneira, 1994.
AZAMBUJA, A. M. V. Análise de Eficiência na Gestão do Transporte Público por 
Ônibus em Municípios Brasileiros. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de 
Produção. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.
BALLOU, R. R. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e 
Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993.
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da Operação. 
Módulo de Treinamento, STPP Gerência do Sistema de Transporte Público de 
Passageiros. Brasília: EBTU, 1988.
FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. 2. Ed. São Carlos: RiMa, 
2004.
FLEURY, P. C. Logística integrada. In: Fleury, P. C., Wanke, P.; Figueiredo, K. F. (orgs.). 
Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.
FRADERA, V. M. J.; LHEMEN, A. Transporte Multimodal. Rio Grande do Sul: Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, 2003.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal da internet, 2017. Disponível 
em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 10 jul. 2017.
NUNES, R. S.; NANCASSa, B. P.; SEEFELD, R.; NIEDZIELUK FILHO, P.; FREITAS, B. C. O 
transporte marítimo de cabotagem e suas perspectivas no Brasil. Congresso 
Internacional de Administração, 2008.
MCIDADES – Ministério das Cidades. Mobilidade e desenvolvimento urbano/
Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasília: 
MCidades, 2006.
25
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: 
ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. IV Congresso Brasileiro de 
Regulação da ABAR. Manaus: ABAR, 2005.
PASSAGLIA, E.; VALENTE, A. M.; NOVAES A. G. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 
Florianópolis: Pioneira Thomson Learning, 2001.
RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de Transporte no Brasil e à Logística 
Internacional. 3. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2005.
WANKE, P. F. Logística e transporte de cargas no Brasil: produtividade e eficiência no 
século XXI. São Paulo: Atlas, 2010.
26
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 6 F F
Unidade 7 V F
	Unidade 6 | Organização Geral e Mercados de Transporte Rodoviário
	1 Introdução
	2 Visão Geral das Modalidades e Sistemas de Transporte
	2.1 Modal Rodoviário
	2.2 Modal Ferroviário
	2.3 Modal Aquaviário
	2.4 Modal Dutoviário
	2.5 Modal Aéreo
	3 Mercados de Transporte Rodoviário de Passageiros no Brasil
	3.1 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros
	3.2 Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
	3.3 Transporte Interestadual e Internacional
	4 Mercado de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil
	Atividades
	Referências
	Unidade 7 | Mercados de Transporte Ferroviário, Aquaviário e Aéreo
	1 Introdução
	2 Mercado de Transporte Aquaviário
	2.1 Serviços de Apoio Marítimo
	2.2 Serviços de Apoio Portuário
	3 Mercados de Transporte Ferroviário
	4 Mercado de Transporte Aéreo
	Atividades
	Referências