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9o. ano Volume 1 ooo Educação Física 1 2 Livro do professor Livro didático Esportes de rede – ampliando conhecimentos 3 Lutas orientais 17 © Sh ut te rs to ck /O st ill Práticas corporais e mídia Neste semestre exploraremos a relação entre a mídia e as práticas corporais. Para isso, será apresentado o conceito de mídia e como ela influencia nosso cotidiano. Uma vez que a mídia é fruto da produção humana, tanto ela quanto as práticas corporais refletem as relações sociais, uma influenciando a outra. Portanto, as práticas corporais não estão isentas da influência da sociedade na qual elas estão inseridas, e a mídia, utilizada como instrumento de divulgação e de formatação de conceitos e valores, tem um papel importante na maneira como vemos determinadas práticas corporais. Com o crescimento do mercado ligado ao esporte, a mídia desempenha o papel de divulgação daquelas práticas consideradas populares ou, ainda, torna popular determinada prática, atendendo aos propósitos de empresas que patrocinam e lucram com o interesse do público, o qual acaba por se sentir atraído por determinada prática divulgada. Conhecer esses aspectos das práticas corporais é importante para que você compreenda que existem interesses e objetivos que vão além da simples prática. Refletir sobre o fenômeno esportivo com base em um olhar crítico é uma das tarefas da Educação Física. Assim, ao final do semestre, você e sua turma terão a tarefa de organizar o evento comunitário, apresentando essas questões e ampliando a compreensão da comunidade sobre o tema. DK O E st úd io . 2 01 6. D ig ita l. Th eo Sz cz ep an sk i. 2 01 8. D ig ita l. 2 1 © Sh ut te rs to ck /S te fa n Ho lm Esportes de rede – ampliando conhecimentos 1. Quantas vezes você assistiu a um jogo de tênis de mesa na TV? 2. Você vê alguma semelhança entre o tênis de mesa e o voleibol? Quais? 3. Qual desses dois esportes é mais popular no Brasil? 3 Orientações metodológicas.1 Objetivos • Identificar as transformações históricas do fe- nômeno esportivo e a forma como as mídias as apresentam. • Identificar os elementos técnicos ou técnico- -táticos individuais, as combinações táticas, os sistemas de jogo e as regras do tênis de mesa e do voleibol, bem como diferenciar as modalidades esportivas. • Vivenciar o tênis de mesa e o voleibol usando habilidades técnico-táticas básicas. • Formular estratégias e utilizá-las para solucio- nar os desafios técnicos e táticos no tênis de mesa e no voleibol. • Experimentar diferentes papéis (jogador, ár- bitro e técnico) e fruir o tênis de mesa e o voleibol, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. • Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais prá- ticas corporais tematizadas na escola, pro- pondo alternativas e produzindo-as para utilizá-los no tempo livre. • Agir de forma cooperativa e solidária na reali- zação das atividades propostas. • Realizar as atividades com responsabilidade, res- peitando as características físicas próprias e a dos colegas, sem discriminação de qualquer tipo. Ao longo das aulas de Educação Física, você já vivenciou diversos esportes de rede, como o vôlei, o badminton e o tênis de campo. Aprendeu que esses esportes são caracterizados pelo fato de haver uma rede dividindo o campo de jogo em dois e que um objeto deve ser lançado sobre a rede, seja utilizando as mãos, seja algum implemento, como raquetes. Neste capítulo, você estudará mais um esporte de rede, o tênis de mesa, e aprofundará os seus conhecimentos sobre o voleibol. Tênis de mesa Além de ser um esporte de rede, o tênis de mesa pode ser classificado como um esporte tanto individual quanto coletivo. Isso porque, tal como o tênis de campo, o squash, a natação e a ginástica rítmica, o tênis de mesa pode ser praticado de forma coletiva, em duplas. © Sh ut te rs to ck /S te fa n Ho lm Neste semestre serão trabalhados quatro conteúdos: tênis de mesa, voleibol, judô e caratê. Cada um deles apresenta uma série de possibilidades de trabalho no evento comunitário. Essas possibilidades devem ser anotadas pelo grupo durante a fase de pesquisa e programação do evento. Lembre-se de que é importante abordar os conteúdos articulados ao tema do semestre, pois isso enriquece o evento, propondo à comunidade novas reflexões e ampliando a compreensão que ela tem do fenômeno esportivo. 9o. ano – Volume 14 2 Orientações metodológicas. História do tênis de mesa Entre as diferentes versões do surgimento do tênis de mesa, uma das mais divulgadas é a de que sua prática começou a ser realizada por militares ingleses na segunda metade do século XIX. Durante uma expedição mili- tar pela Índia, surgiu um problema vivenciado pelos oficiais ingleses: como manter a forma física no forte calor da região? O calor dificultava a prática do tênis de campo, que era muito popular na Inglaterra. A solução foi a de improvisar um jogo que mantivesse a ideia do tênis, mas que pudesse ser jogado em uma mesa, aproveitando a sombra das árvores. Para realizar esse jogo, fizeram adaptações: as raquetes foram confeccionadas com pequenos pedaços de madeira, a rede foi bastante diminuída, mantendo a mesma função que ela tem no tênis, a de dividir a quadra, e a bolinha, inicialmente, foi feita de cortiça. Outros jogos com as mesmas características, porém com regras um pouco diferenciadas, também foram criados, como o gossima. O nome pingue-pongue, dado em virtude do barulho que a bolinha faz quando bate na mesa e na raquete, foi usado até 1901, quando uma empresa inglesa que vendia um jogo com esse nome registrou a marca. Esse fato impossibilitou que a prática fosse chamada de pingue-pongue e ilustra a relação que a nossa sociedade estabelece com as práticas corporais. Se uma empresa compra um nome, ele torna-se propriedade dela, não podendo ser utilizado de forma gratuita pelos pra- ticantes. Essa influência dos interesses econômicos, articulados aos meios de comunicação (nesse caso, a propaganda), está presente em diversas práticas corporais. No início, o tênis de mesa teve alguns problemas em se popularizar devido às dificuldades de ser jogado com a bola de borracha ou de cortiça. Somente a partir de 1900, quando a bola de celuloide foi introduzida, a sua prática se difundiu de forma mais rápida, chegando, inclusive, a países como os Estados Unidos e o Japão. No Brasil, o tênis de mesa chegou por volta de 1905, trazido por turistas ingleses, e logo sua prática foi se organizando em torno de clubes sociais, culminando com a disputa do primeiro campeonato por equipes, na cidade de São Paulo, em 1912. • Jogo gossima © Fo to ar en a/ Al am y Educação Física 5 Conexões O tema do semestre é a relação entre as práticas corporais e a mídia. Mas você sabe dizer o que é a mídia e de que forma ela influencia o nosso dia a dia? O termo “mídia” é utilizado para um conjunto de meios de comunicação, como jornais, canais de televisão e materiais impressos. A palavra vem do inglês mass media (mídia de massa), que era um objeto de estudo dos pes- quisadores dos EUA durante os períodos eleitorais. Eles buscavam avaliar de que forma os meios de comunicação de massa interferiam nas decisões da população. Nos dias atuais, os meios de comunicação (imprensa, TV e internet) têm uma grande importância na vei- culação não só de notícias, mas de valores, comportamentos e incentivos ao consumo. Nesse sentido, a palavra “mídia” diz respeito ao jornalismo, à publicidade, ao marketing e ao entretenimento. Uma vez que as práticas corporais são criações humanas e fazem parte da cultura, elas também sofrem influência da mídia. Os meios de comunicação mantêm relações com as empresas que investem em propagan- da. Por exemplo: para que um canal de TV possa se manter, há a necessidade de as empresas anunciarem seus produtos por meio de propagandas; dessa forma, procuram atingir o maior número de pessoas, incentivando- -asa consumir seus produtos. Além da TV, as propagandas podem ser veiculadas em diversas mídias, como em outdoors e em sites com grande audiência. Os eventos esportivos são exemplos de como as empresas e os meios de comunicação investem para atingir grandes públicos. Para que uma marca possa estar presente e fazer propaganda em eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, valores altos são pagos às empresas de comunicação e às entidades esportivas (FIFA e COI, por exemplo). Assim, além dos interesses jornalísticos e do entretenimento, existe a forte presença dos interesses econômicos em uma transmissão esportiva. Portanto, uma das tarefas deste semestre será a de refletir sobre quais são as influências da mídia nas diver- sas práticas corporais. A crescente popularidade do tênis de mesa incentivou a realização de torneios entre países. Em 1926, foi criada a Fe- deração Internacional de Tênis de Mesa, e o primeiro cam- peonato mundial oficial foi realizado em Londres, em1927. O tênis de mesa é, atualmente, um dos esportes mais praticados no mundo, e a maioria de seus adeptos está no Oriente, principalmente na China, no Japão e nas Coreias do Sul e do Norte. Esses países também dominam o espor- te nos campeonatos mundiais e nas Olimpíadas. Em 1988, o tênis de mesa foi incluído como modalidade olímpica nos Jogos de Seul. ©Sh ut te rs to ck /B od ru m su rf © Sh ut te rs to ck /P io tr Ad am ow ic z 6 9o. ano – Volume 1 Atividades Como já sabemos, as práticas esportivas precisam ser adaptadas para o espaço escolar. Vamos praticar agora alguns jogos relacionados ao tênis de mesa. 3 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 1 a 2. Saiba + Entre os fundamentos básicos do tênis de mesa, encontram-se as diferentes formas de segurar a raquete, chamadas empunhaduras. Os estilos de empunhaduras mais utilizados são chamados de clássico e caneta. Estilo clássico: a raquete é segurada colocando-se os dedos polegar e indicador paralelos sobre a extremidade da borracha, enquanto os outros três dedos seguram o cabo. O lado da raquete em que fica o dedo polegar é chamado de forehand, e o lado em que fica o dedo indicador é chamado de backhand. Essa empunhadura favorece golpear a bola dos dois lados, realizando os golpes forehand e backhand. Esse estilo facilita a coordenação dos membros superiores, diminuindo os deslocamentos. Estilo caneta: nesse estilo, a raquete é segurada pelos dedos polegar e indicador, que envolvem o cabo pelo lado da frente da raquete, e pelos outros três dedos, que estarão localizados atrás dela. Utiliza-se somente um lado da raquete, favorecendo exclusivamente o uso da palma da mão, caracterizando o golpe forehand. Por isso, as solicitações de deslocamento lateral e de profundidade são mais constantes, o que exige maior trabalho de membros inferiores durante o jogo. deslocamentos. Li m a. 2 01 2. D ig ita l. Educação Física 7 Coletiva – jogo de duplas A partida 1. Constitui-se de sets de 11 pontos. Pode ser jogada em qualquer número de sets ímpares (um, três, cinco, sete, nove, etc.). No caso de empate em dez pontos, o vencedor será o que fizer dois pontos consecutivos primeiro. 2. O atleta que atua o primeiro set em um lado é obrigado a atuar no lado contrário no set seguinte. 3. Na partida quando houver […] – 1 a 1, 2 a 2 ou 3 a 3 –, os atletas devem mudar de lado logo que um deles consiga cinco pontos. O saque 1. A bola deve ser lançada para cima (16 cm no mínimo), da palma da mão livre na ver- tical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo do saca- dor, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor. 2. O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta. 3. Cada atleta tem direito a dois saques, mu- dando sempre quando a soma dos pontos seja dois ou seus múltiplos. 4. Com o placar 10/10, a sequência de sacar e receber devem ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um saque até o fim do set. 5. O direito de sacar ou receber primeiro ou esco- lher o lado deve ser decidido por sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que come- çou a sacar no primeiro set começará receben- do no segundo set e assim sucessivamente. 6. O sacador deverá sacar de forma que o adver- sário possa ver a bola desde o momento em que ela sai da mão até ser batida com raquete. […] Um ponto A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto quan- do: 1. Errar o saque. 2. Errar a resposta. 3. Tocar na bola duas vezes consecutivas in- tencionalmente. 4. A bola tocar em seu campo duas vezes con- secutivas. 5. Bater com o lado de madeira da raquete. 6. Movimentar a mesa de jogo. 7. Ele ou a raquete tocar a rede ou seus supor- tes. 8. Sua mão livre (que não está segurando a ra- quete) tocar a superfície da mesa, durante a sequência. […] © Sh ut te rs to ck /S ai nt ho ra nt D an ie l As regras do tênis de mesa Mesmo que, na escola, o esporte não seja praticado em sua forma original, como ocorre nas competições oficiais, é importante conhecermos as regras para compreender o seu funcionamento quando o vemos na TV ou para poder adaptá-lo às aulas de Educação Física ou aos momentos de lazer. Agora vamos conhecer as regras básicas do tênis de mesa nas modalidades individual e coletiva. Individual […] 1. O saque deve ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor. 2. Cada atleta só pode bater uma só vez na bola. 9o. ano – Volume 18 O tênis de mesa é uma das mais antigas modalidades paralímpicas. Esse esporte está presente nos Jogos Paralímpicos desde sua primeira edição realizada em Roma, em 1960. Os jogadores são distribuídos de acordo com diferentes tipos de classificação funcional, mesurados com base na força muscular, nas restrições locomotoras, no equilíbrio na cadeira de rodas e na habilidade em segurar a raquete. Existem três grandes grupos de classifica- ção: andantes, cadeirantes e andantes com deficiência intelectual. Apesar de o tênis de mesa não ser um esporte popular no país em relação à sua exposição na mídia, sua prática lúdica está muito presente em diversos locais, como nas escolas e nos espaços de lazer. Provavelmente, você já brincou de pingue-pongue (nome popular desse esporte) ou já viu uma mesa de tênis de mesa. Para verificar de que forma o tênis de mesa pode ser abordado no evento comunitário, verificando o acesso da comunidade a esse esporte, organize-se para realizar uma pesquisa sobre a presença dessa prática em diversos espaços: praças, ginásios, escola, salões de festa, etc. Para auxiliá-lo nessa tarefa, está disponível uma sugestão de roteiro de pesquisa no material de apoio. Atividades Agora você colocará em prática os fundamentos do tênis de mesa que aprendeu durante as atividades. Fique atento às orientações do professor, organize um festival de tênis de mesa com sua turma e utilize o quadro disponível no material de apoio para marcar a pontuação dos jogadores. 3. A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a sequência será natural: • Atleta A saca para o X • Atleta X saca para o B • Atleta B saca para o Y • Atleta Y saca para o A que saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta vai dando dois saques. • No empate 10/10, cada um só dá 1 saque por vez. 4. Se a bola do saque tocar a rede (queimar), e cair no lado esquerdo do recebedor – além da linha central – o sacador deverá perder o ponto. GUIA prático do tênis de mesa. Disponível em: <http://www.cbtm.org.br/Data/Sites/1/media/guia-tm_rev-27-5.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2018. © Sh ut te rs to ck /K an ja ne e Ch ai sin © Sh ut te rs to ck /S te fa n Ho lm Educação Física 9 5 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 3 a 4. 4 Orientações metodológicas. © Sh ut te rs to ck /P ao lo B on a Voleibol – mudanças e sistemas de jogo Você já teve a oportunidade de conhecer aspectoshistóricos e alguns fundamentos do voleibol. Agora, de forma mais aprofundada, poderá compreender melhor as ações que constituem o jogo em sua totalidade e, consequentemente, poderá entender melhor o jogo quando tiver oportunidade de assistir a uma partida, além de elaborar estratégias e táticas no momento de praticá-lo. A dinâmica do voleibol pode ser compreendida por meio de análise da sequência das situações básicas que sempre se repetem no jogo: o saque, a recepção, o levantamento, o ataque, a cobertura do ataque, o bloqueio, a cobertura do bloqueio e a defesa. Para cada situação de jogo, podem ser pensadas estratégias e táticas específicas, que definem decisões a se- rem tomadas de forma rápida e, muitas vezes, definidas sob pressão e tensão emocional decorrentes da disputa. A sequência das situações de jogo apontadas na ilustração pode ser descrita do modo a seguir. 1. Por meio do saque, uma das equipes coloca a bola em jogo. 2. Nesse momento, a outra equipe começa a armar o seu ataque, iniciado com a recepção do saque, que passa a bola em direção próxima à rede, de onde se efetuará o levantamento. 3. É feito o levantamento para os atacantes finaliza- rem a ação ofensiva por meio da cortada. Deve ha- ver a cobertura dos companheiros para eventuais bolas rebatidas pelo bloqueio do oponente e que possam voltar para a quadra do time que ataca. 4. Nesse momento, a equipe que sacou começa sua ação defensiva com o objetivo de construir o con- tra-ataque. Antes, porém, posiciona o bloqueio de forma ofensiva, procurando, com saltos, ultrapas- sar os dois braços por cima da rede, objetivando devolver a bola atacada em direção ao solo da quadra adversária. SAQUE RECEPÇÃO LEVANTAMENTO ATAQUE Cobertura do ataque BLOQUEIO Cobertura do bloqueio DEFESA DÜRRWÄCHTER, Gerhard. Voleibol: treinar jogando. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. p. 4 Ja ck A rt. 2 01 8. D ig ita l. 9o. ano – Volume 110 Observando o quadro acima e considerando as situações que você já viu nos jogos de vôlei (ao vivo, na TV e em vídeos na internet), responda às questões abaixo. 1. Qual o tipo de saque mais utilizado nos jogos profissionais? O saque em suspensão. 2. Na sua opinião, por que esse é o tipo de saque mais utilizado nos jogos? Porque é o mais potente e é o tipo de saque que mais dificulta a recepção adversária. 3. Qual o fundamento mais utilizado para realizar o levantamento? Por quê? O toque, porque permite uma maior precisão no levantamento da bola, colocando-a na posição desejada para o atacante realizar a cortada. 4. Qual é o fundamento mais utilizado para receber o saque adversário? Por que os atletas preferem esse fundamento? A manchete é o fundamento mais utilizado, pois o saque é realizado com muita potência, inviabilizando a recepção com o toque. Com o uso da manchete, o passador consegue enviar a bola com mais precisão para o levantador dar sequência à jogada. Organize as ideias 5. A ação do bloqueio define o posicionamento dos jogadores que vão efetuar a defesa, fora da área defendida pelos braços dos bloqueadores, definindo também a cobertura logo atrás do bloqueio. Outra função do blo- queio é a de amortecer a bola atacada, facilitando a defesa e garantindo um bom passe para o levantamento e a finalização do contra-ataque com a cortada. Para cada situação básica, associam-se um ou mais fundamentos ou gestos técnicos mais apropriados. Leia as indicações no quadro a seguir: Situação de jogo Saque Recepção Levantamento Ataque Bloqueio Defesa Fundamento Por baixo Por cima Em suspensão Manchete Toque Toque Manchete Cortada Largada Simples Duplo Triplo Ofensivo Defensivo Manchete Toque Com o pé Educação Física 11 Atividades Agora você relembrará os fundamentos do voleibol, aprimorando sua técnica, além de aprender a reali- zar o bloqueio por meio de diversos jogos pré-desportivos. 6 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 5 a 6. O rodízio, as trocas de posições e as funções no voleibol Quando assistimos a um jogo de vôlei, é comum ouvirmos a expressão “inversão do 5 × 1”, mas você sabe o que ela significa? As equipes que participam de competições utilizam jogadores especializados em determinadas funções durante um jogo, objetivando alcançar o melhor desempenho do time. A regra do rodízio e a possibilidade de efetuar trocas de posição a cada saque favorecem o desenvolvimento de estratégias e táticas que aproveitam as características de cada um dos jogadores em função do posicionamento deles em quadra. Dessa forma, os treinamentos tornaram-se mais objetivos, possibilitando definir previamente quem desempenhará determina- da função ofensiva ou defensiva e de que forma a fará, aumentando o rendimento de cada um. Relembre como se realiza o rodízio As posições na quadra são numeradas conforme a figura. Sempre que uma equipe faz um ponto decorrente de um lance originado do saque da equipe oponente, ela retoma o direito de sacar e todos devem efetuar o rodízio das posições na quadra. A posição de saque é a número 1 e as outras são numeradas no sentido anti-horário até a posição de número 6. O rodízio das posições ocorre no sentido horário. Após o saque, podem ocorrer as trocas de posição entre os jogadores que estão na zona de ataque, à frente da linha dos três metros, e entre os jogadores que estão na zona de defesa, atrás da linha de três metros. Por meio do rodízio, é possível que todos os jogadores realizem o saque. Depois que a bola ultrapassou a rede, cada jo- gador posiciona-se de acordo com a sua função na quadra. Observe a represen- tação ao lado: Com o desenvolvimento do esporte, cada atleta passou a desempenhar uma função específica, ao contrário dos jogos realizados nas aulas de Educação Física, por exemplo, em que todos atuam em todas as funções. Em relação aos atacantes, eles posicionam-se em três locais: no meio da rede, nas pontas da rede (posições 4 e 2) e no fundo da quadra, caso em que é chamado de oposto e ataca vindo do fundo da quadra em direção à rede. Fala-se oposto porque ele está sempre na diagonal do levantador. 6 5 4 3 21 Situação do jogo Recepção Levantamento Ataque Defesa Especialista Passadores Levantador Atacantes: meio – ponta – oposto Líbero 9o. ano – Volume 112 A função do líbero, atleta especializado na defesa, foi criada em 1998 e ele deve seguir algumas regras específi- cas, tais como: não sacar, não bloquear e não atacar a bola para a quadra adversária. Como cada jogador atua em uma função específica de acordo com as suas características, a inversão do 5 × 1 é uma estratégia utilizada pelos técnicos para realizar um bloqueio mais efetivo e, assim, recuperar a posse de bola. Ela acontece quando se retira o levantador da rede, co- locando um jogador mais alto nessa posição. Para que a equipe não fique sem levantador, um jogador que está no fundo da quadra é substituído pelo levantador reserva. Saiba + O voleibol é um exemplo da influência da mídia nas práticas corporais. Ao longo de sua história, o vôlei buscou várias for- mas de popularização e uma das estraté- gias utilizadas foi a alteração de diversas regras para facilitar sua transmissão pelos canais de TV aberta. Para que as partidas de vôlei durassem menos tempo, adequando-se à grade de programação das emissoras, e ficassem mais atrativas, a Federação Internacional de Volei- bol (FIVB) fez algumas alterações, tais como: • retirou o sistema de pontuação por vantagem (no qual só pontuava a equipe que estava sa- cando), tornando a pontuação direta, o que deixou o jogo mais dinâmico e uma partida pas- sou a durar menos, passando de três/quatro horas para cerca de uma hora e meia; • alterou a cor da bola, que antes era branca, facilitando a sua visualização durante as jogadas; • alterou a área do saque para todo o fundo da quadra, deixando esse fundamento mais dinâmico; • criou a função do líbero com o objetivo de tornar as jogadas mais emocionantes, uma vez queas defesas passaram a ser mais frequentes; • com esse mesmo objetivo, estabeleceu a possibilidade de a defesa ser feita com qualquer par- te do corpo. A FIVB ainda estuda diversas mudanças para aplicá-las no jogo, buscando manter a atenção do público, como as experiências de redução da pontuação dos sets e a utilização do desafio eletrônico, entre outras. Com as mudanças, os maiores investimentos dos patrocinadores e os bons resultados alcançados por nosso país desde a década de 1980, o vôlei tornou-se o segundo esporte mais praticado no Brasil. q , j g q fundo da quadra é substituído pelo levantador reserva. A alteração da cor da bola foi uma das mudanças do vôlei ao longo de sua história. Com isso, as jogadas podem ser mais bem visualizadas pelos espectadores. O líbero é o jogador especializado na defesa. © Sh ut te rs to ck /M uz sy © Sh ut te rs to ck /D ziu re k Educação Física 13 Sistemas táticos Como você já estudou em outros momentos, os esportes coletivos utilizam uma série de táticas e estratégias em função de cada situação de jogo. A inversão do 5 × 1 é uma dessas estratégias. As táticas podem ser desenvolvidas de forma individual ou coletiva. Táticas individuais: intenções capazes de mascarar e/ou surpreender o adversário com eficiência em diferentes situações e postos no jogo, com fintas (de passe, de arremesso, de corpo), mudanças de ritmo, trajetórias, etc. Táticas grupais: aplicação de ações em combinação entre dois ou três jogadores de harmoniosas decisões pessoais e dos companheiros. Táticas coletivas: aplicação de todas as ações individuais e/ou grupais dos joga- dores no jogo. São determinadas pela dis- tribuição dos jogadores no espaço de jogo na escolha do(s) sistema(s) de ataque e defesa, na determinação de uma interven- ção sobre uma ação específica em função da equipe ou do adversário. REVERDITO, Riller S.; SCAGLIA, Alcides J. Pedagogia do esporte: jogos coletivos de invasão. São Paulo: Phorte, 2009. p. 182. © Sh ut te rs to ck /C P DC P re ss No caso do voleibol, existem alguns sistemas de jogo que estão ligados às táticas desenvolvidas pelos trei- nadores. Alguns exemplos desses sistemas são: 6 × 6; 6 × 2; 4 × 2; 5 × 1 O primeiro número define a quantidade de atacantes, e o segundo número, a quantidade de levantadores em quadra. No sistema 6 × 6, por exemplo, todos os jogadores executam as ações de ataque e de levantamento, sistema que normalmente é utilizado nas aulas de Educação Física. O sistema mais utilizado no vôlei compe- titivo é o 5 × 1, no qual apenas um levantador organiza as situações de ataque para os outros cinco atacantes. Atividades O objetivo das próximas atividades é o de demonstrar, de forma adaptada, como são exercidas algumas funções durante uma partida de voleibol. Além disso, você poderá praticar tudo que aprendeu durante as aulas, em um divertido torneio de vôlei. 7 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 7 a 8. O vôlei é um esporte coletivo, portanto, além das habilidades individuais, cada jogador deve seguir a tática coletiva elaborada pela equipe técnica. 9o. ano – Volume 114 Hora de estudo Conhecer a dinâmica do voleibol, compreendendo de que forma os jogadores se movimentam em quadra, é importante para que você tenha condições de apreciar esse esporte de forma crítica e autônoma. Porém, se o vôlei for escolhido, é preciso avaliar de que maneira esse conhecimento pode ser trabalhado durante o evento comunitário. A apresentação dos esquemas táticos e das funções em quadra poderá ser feita por meio de cartazes e vídeos. Porém, uma vez que a realização desses esquemas e dessas funções depende de determinado nível de domínio dos fundamentos, sua exigência pode causar a exclusão de algumas pessoas que não dominam as técnicas de forma suficiente. Portanto, pense, com seus colegas, na melhor forma de organizar as práticas de vôlei, as quais poderão ser mais divertidas e inclusivas se forem realizadas de maneira mais lúdica, com um rodízio simples (6 × 6), possibilitando que todos os participantes consigam jogar. 1. Na atualidade, admite-se o importante papel que a mídia exerce e isso também influencia as práti- cas corporais. Retome o material, discuta o assunto com os colegas e escreva o conceito de mídia. O termo “mídia” é utilizado para um conjunto de meios de comunicação, como jornais, canais de televisão e materiais impressos. A palavra vem do inglês mass media (mídia de massa), que era um objeto de estudo dos pesquisadores dos EUA durante os pe- ríodos eleitorais. Eles buscavam avaliar de que forma os meios de comunicação de massa interferiam nas decisões da população. Nos dias atuais, os meios de comunicação (imprensa, TV e internet) têm uma grande importância na veiculação não só de notí- cias, mas de valores, comportamentos e incentivos ao consumo. Nesse sentido, a palavra “mídia” diz respeito ao jornalismo, à publicidade, ao marketing e ao entretenimento. 2. Além do tênis de mesa, outros esportes podem ser praticados de forma individual e coletiva. Assinale as alternativas que indicam esses esportes. a) ( X ) tênis de campo; b) ( X ) squash; c) ( X ) natação; d) ( ) esgrima; e) ( X ) ginástica rítmica. Educação Física 15 8 Orientações metodológicas. 16 3. O tênis de mesa apresenta algumas regras espe- cíficas quando praticado em duplas. Em relação ao saque, de que forma ele deve ser executado? 4. Quais são os tipos de empunhadura que po- dem ser utilizados no tênis de mesa? 5. Qual é a dinâmica normal em um jogo de vôlei? Saque – recepção – levantamento – ataque – cobertura do ataque – bloqueio – cobertura do bloqueio – defesa. 6. Explique o que é e como é feita a inversão do 5 × 1. Situação do jogo Especialista Recepção Passadores Levantamento Levantador Ataque Atacantes: meio – ponta – oposto Defesa Líbero 7. O vôlei atingiu altos níveis de especialização dos jogadores em determinadas funções. Observe o quadro a seguir e complete-o corretamente. 8. Cite alguns exemplos de alterações de regras do voleibol que contribuíram para sua popu- larização por meio da mídia. 1. O saque deve ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor. 2. Cada atleta só pode bater uma só vez na bola. 3. A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a se- quência será natural: • atleta A saca para o X; • atleta X saca para o B; • atleta B saca para o Y; • atleta Y saca para o A, que saca para o X e assim, sucessiva- mente, cada atleta vai dando dois saques. Estilo clássico: a raquete é segurada colocando-se os dedos polegar e indicador paralelos sobre a extremidade da borra- cha, enquanto os outros três dedos seguram o cabo. Estilo caneta: nesse estilo, a raquete é segurada pelos dedos polegar e indicador, que envolvem o cabo pelo lado da fren- te da raquete, e pelos outros três dedos, que estarão locali- zados atrás dela. A inversão do 5 × 1 é uma estratégia utilizada pelos técnicos para realizar um bloqueio mais efetivo e, assim, recuperar a posse de bola. Ela acontece quando se retira o levantador da rede, colocando um jogador mais alto nessa posição. Para que a equipe não fique sem levantador, um jogador que está no fundo da quadra é substituído pelo levantador reserva. - retirou o sistema de pontuação por vantagem (no qual só pontuava a equipe que estava sacando), tornando a pon- tuação direta, o que deixou o jogo mais dinâmico e uma par- tida passou a durar menos, passando de três/quatro horas para cerca de uma hora e meia; - alterou a cor da bola, que antes era branca, facilitando a sua visualização durante as jogadas; - alterou a área do saque, ampliando-a para todo o fundo da quadra, deixando esse fundamento mais dinâmico; - criou a função do líbero com o objetivo de tornar as joga- das mais emocionantes, uma vez que as defesas passaram a ser mais frequentes; - estabeleceu a possibilidade de a defesa ser feita com qual- quer parte do corpo. 2© Sh ut te rs to ck /V er ve rid is Va sil is Lutas orientais 1. Você conhece a prática representada na imagem? 2. Existe alguma semelhança entre ela e as demais lutas que você conhece? 3. Que relação existe entre as lutas e a filosofia? © Sh u © Sh u © Sh u © Sh uh tte r tte r tte rertte rs to c st oc st oc st oc s k/ Ve k/ Ve k/ Ve k/ Ve k/ Ve rv er rv er rv er rv er rv e id is id is id is id is id is Va s V as V as V as V as ilisilisilisilisilis 17 Orientações metodológicas.1 Objetivos • Discutir as transformações históricas, o pro- cesso de esportivização e a midiatização das lutas, valorizando as culturas de origem e respeitando-as. • Formular estratégias e utilizá-las para solucio- nar os desafios técnicos e táticos nas lutas. • Experimentar a execução dos movimentos pertencentes ao judô e ao caratê e fruí-los, adotando procedimentos de segurança e res- peitando o oponente. • Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais prá- ticas corporais tematizadas na escola, pro- pondo alternativas e produzindo-as para utilizá-los no tempo livre. • Agir de forma cooperativa e solidária na reali- zação das atividades propostas. • Vivenciar as atividades com responsabilidade, respeitando as características físicas próprias e as dos colegas, sem discriminação de qual- quer tipo. Judô O judô é uma luta de origem oriental, que pode ser classificada como uma luta com contato direto. O judô foi inventado em 1882, no Japão, pelo profes- sor Jigoro Kano. Na época, Jigoro Kano, com apenas 22 anos, já havia praticado outras lutas, mas considerava que elas eram prejudiciais à saúde. Em virtude disso e utilizando técnicas originárias do antigo jiu-jítsu, organizou e sistema- tizou um método de ensino que pudesse ser praticado por todos. Jigoro Kano era fraco fisicamente. Na sua adolescência, chegou a ser desprezado e agredido por colegas, o que influenciou sua busca pela prá- tica do jiu-jítsu, com o objetivo de se tornar forte. Com seu ingresso na universidade e profundos estudos em diversos estilos de jiu-jítsu, estru- turou técnicas e teorias condizentes com a nova era e com o objetivo do desenvolvimento da Educação Moral, da Educação Física e da competição educativa. Assim, partiu do jiu-jítsu (arte) para o dô (caminho que culmi- na na doutrina da vida), denominando essa prática de judô (o caminho da suavidade). Com base no princípio “Ceder para vencer”, retirado dos ensinamentos de um antigo mestre chamado Shirobei Akiyama, Jigoro Kano retirou as técnicas mais perigosas do jiu-jítsu e adaptou outras, com base em seus conhe- cimentos, para criar um sistema de ataque e defesa, com uma filosofia própria e com a finalidade de auxiliar na educação e na formação humana. Como as demais lutas, o judô apresenta alguns elementos básicos: o cumprimento, o aquecimento e as quedas (para trás e para o lado). jiu-jítsu: significa “técnica suave” e era a arte de defesa dos antigos samurais, que poderiam, mesmo sem espada, enfrentar adversários maiores. © W ik im ed ia C om m on s/ Fo tó gr af o de sc on he ci do © Sh ut te rs to ck /O st ill ©S hu tte rst ock /Sp ort po int • Jigoro Kano 9o. ano – Volume 118 Saiba + O Brasil tem diversos atletas com resultados expressivos no judô. Entre eles: João Derly, bicam- peão mundial; Aurélio Miguel, campeão olímpico em 1988 e medalha de bronze nos Jogos Olím- picos de 1996; Thiago Camilo e Carlos Honorato, medalhas de prata nas Olimpíadas de 2000; Flávio Canto e Leandro Guilheiro, medalhas de bron- ze nos Jogos Olímpicos de 2004; Leandro Guilheiro, Ketleyn Quadros e Thiago Camilo, medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de 2008. Em 2016, foi a vez de Rafaela Silva conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janei- ro. Nascida e criada na comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, a atleta foi formada em um projeto social e conquistou a primeira medalha brasileira na Rio 2016. Atividades Para iniciar o trabalho com o judô, vamos vivenciar alguns jogos de oposição. Lembre-se sempre do com- portamento respeitoso e da atenção que você precisa ter para realizar as atividades de lutas. 2 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 1 a 2. O desenvolvimento da luta e os benefícios do judô A luta de judô inicia com os oponentes em pé, e o objetivo inicial é derrubar o adversário de costas no chão para ganhar o ippon (ponto máximo, suficiente para ganhar o confronto), que vale um ponto. Para ganhar um ippon, é possível ainda imobilizar (segurar) o adversário durante 20 segundos com as costas no solo. Além do ippon, as outras formas de pontuação são o waza-ari, que vale meio ponto, e o yuko. A luta inicia em pé e continua no solo, com os atletas utilizando diversas técnicas de imobilização. Uma delas chama-se honkesagatame. Ela é realizada com o adversário que está imobilizando sentado ao lado do oponente deitado, buscando impedir sua movimentação. Regras A luta é realizada em um tatame com 14 m² e os judocas competem com quimonos de cores diferentes: um branco e um azul. No judô, não são permitidos socos ou chutes. Cada luta tem a duração máxima de cinco mi- nutos nas competições masculinas e de quatro minutos nas femininas. A luta é acompanhada por três árbitros: um fica no tatame e outros dois acom- panham a luta por um sistema de vídeo. São três formas de pontuação. • Ippon: chamado de golpe perfeito, pois encerra a luta. • Waza-ari: resultado de uma queda na qual as costas não encostam totalmente no chão. • Yuko: quando o adversário é derrubado de lado ou imobilizado por 10 a 14 segundos. em são mi- . A com- © Sh ut te rs to ck /C P DC P re ss © Shutterstock/Sportpoint Educação Física 19 No judô, há alguns termos específicos. • Dojo: espaço dos treinos. • Matê: comando do árbitro para pausar a luta. • Soremade: fim de luta. • Hajimê: comando do árbitro para iniciar a luta. • Judogi: quimono. Conseguir sair ou não da imobilização em uma luta não significa simplesmente ganhar ou perder. É preciso se empenhar ao máximo para transpor os próprios limites corporais. Jigoro Kano exemplificou isso dizendo: “Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. O que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.” A sistematização do judô, proposta por Jigoro Kano, possibilitava o desenvolvimento da saúde e da qualida- de de vida, principalmente em três aspectos. O primeiro diz respeito ao desenvolvimento das condições físicas que, por meio da prática da luta, possibilitava o desenvolvimento da força, da resistência, da coordenação, da agilidade e do equilíbrio. O segundo trata do espírito de luta, que envolve a relação entre o desenvolvimento da autoconfiança, da autoestima e do autocontrole, com princípios filosóficos passados ao judoca, tornando-o capaz de proteger a si e aos outros em situações de perigo. O terceiro aspecto é sobre ter uma atitude moral au- têntica, que se relaciona à postura de humildade, perseverança, tolerância, cooperação, generosidade, respeito, coragem e cortesia. É possível observar fortemente, nos princípios do judô, a influência do código dos samurais, pois a sociedade japonesa e o próprio Jigoro Kano acreditavam no desenvolvimento da humanidade como um dos objetivos do ser humano. Saiba + O código dos samurais Uma das características principais das lutas orientais é a presença de uma filosofia que vai além da luta em si, en- volvendo aspectos do desenvolvimento humano, valores e condutas sociais. O judô apresenta esses elementos, os quais estão presentes no bushido, código de conduta dos samu- rais. O bushido foi escrito pelos samurais para ressaltar a im- portância da filosofia, das artes e da ética nas artes marciais. Esses ensinamentos estão presentes em atividades como o caratê, o judô, o kendo, o aikido e o hapkido, identificados como práticascorporais carregadas de valores e atitudes que podem ser levados para a vida dos seus praticantes. A palavra “samurai” significa “aquele que serve”. Dessa forma, os samurais representavam um grupo de praticantes de diversas artes marciais que deveriam defender seu povo, por meio das determinações dos seus senhores e/ou do imperador. Como representavam um grupo de pessoas, os samurais precisavam de uma formação consistente, sendo bem preparados edu- cacional e culturalmente. Entretanto, a partir de 1868, por determinação do governo japonês, deixaram de existir para dar lugar à guarda nacional, porém os ensinamentos dos samurais influenciam a sociedade japonesa até hoje. © Sh ut te rs to ck /L um pp in i A inserção do quimono azul é um exemplo da relação que os esportes estabelecem com a mídia na tentativa de popularizar uma modalidade e aumentar o número de praticantes e patrocinadores. O quimono azul é utilizado em competições trans- mitidas pela TV, com o objetivo de facilitar a compreensão da luta por parte do público. 9o. ano – Volume 120 Ao criar o judô, Jigoro Kano buscou uma prática que desenvolvesse mais do que a habilidade de vencer um oponente. Assim, elaborou uma luta que aprimora a saúde e a qualidade de vida em três aspectos. Retome o material e preencha o quadro com os aspectos solicitados. Organize as ideias Desenvolvimento das condições físicas Força, resistência, coordenação, agilidade, equilíbrio Espírito de luta Autoconfiança, autoestima, autocontrole Atitude moral Humildade, perseverança, tolerância, cooperação, generosidade, respeito, coragem e cortesia Atividades Nas próximas atividades, você aprenderá algumas técnicas de quedas e projeções. Elas serão realizadas de forma individual e em duplas. Fique atento às orientações do seu professor e tome o cuidado necessário com você e com os colegas durante as atividades. 3 Orientações para a realização da atividade. Aulas 3 e 4. Caratê Outra luta de origem oriental que apresenta contato direto com o oponente é o caratê. Ele surgiu no Japão com o nome de caratê-dô, que significa “o cami- nho das mãos vazias”. Essa luta originou-se na província de Okinawa, localizada em uma posição estratégica entre a China e o Japão. Essa região era ora submeti- da ao domínio chinês, ora ao japonês, e isso fazia com que constantemente fosse proibida a utilização de armas pela população, evitando que ela se rebelasse. Assim, o caratê-dô, que no Brasil é conhecido por caratê, era uma luta praticada pelos habitantes daquela localidade, sendo ensinada de pai para filho. Os relatos do surgimento dessa luta indicam que ela seja anterior ao judô, entretanto, o idealizador do caratê, Gichin Funakoshi, teve contato com Jigoro Kano, que o auxiliou no pro- cesso de sistematização e disseminação do caratê no Japão. Assim como as demais lutas, o caratê surgiu como uma forma de defesa e combate. Com o desenvolvimento da so- ciedade e as transformações nas relações sociais, a luta dei- xou de ser uma prática necessária à defesa, passando pelo processo de esportivização. Da mesma forma que o judô, o caratê desenvolveu-se lado a lado com a filosofia oriental, pautando determinados valores que permanecem mesmo no esporte competitivo. • Gichin Funakoshi © W ik im ed ia C om m on s/ Fo tó gr af o de sc on he ci do 21 Todos os mandamentos são numerados como “primeiro”, isso porque, para o criador do caratê, Gichin Funakoshi, nenhum deles é mais importante, todos de- vem estar em primeiro lugar. Entre as preocupações das lutas orientais com o desenvolvimento humano está a relação de respeito com os mestres e os adversários. Os lutadores devem sempre realizar o movimento de reverência, indican- do respeito. São realizadas três reverências no espaço de luta. Reverência ao Shomen (Shomen-Ni): realizada no início e no final de cada aula. Feita em respeito ao mundo exterior do caratê, relembrando suas raízes. Reverência ao Sensei (Sensei-Ni): também deve ser feita no início e no final da aula. Demonstra gratidão pelos ensinamentos do seu instrutor. HITOTSU – JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO Primeiro. Esforçar-se para formação do caráter. HITOTSU – MAKOTO NO MICHI WO MAMORU KOTO Primeiro. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão. HITOTSU – DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO Primeiro. Criar o intuito de esforço. HITOTSU – REIGI O OMONZURU KOTO Primeiro. Respeito acima de tudo. HITOTSU – KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO Primeiro. Conter o espírito de agressão. MELO, Silvio. Apostila de Karate Shotokan. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/52360639/Apostila-de-Karate-Shotokan#>. Acesso em: 25 jan. 2018. © Sh ut te rs to ck /B RG .p ho to gr ap hy Reverência ao parceiro (Otagai-Ni): representa a gratidão ao parceiro que realizou a prática com você. Outra característica das lutas orientais é o siste- ma de graduação dos praticantes, demonstrando o desenvolvimento do atleta ao longo de seu processo de aprendizagem. Essa graduação é simbolizada por meio de faixas de cores diferentes e, em um dos esti- los de caratê, elas seguem o padrão abaixo. • Faixa branca (Shiro Obi): a cor da faixa demonstra que o lutador tem o potencial de alcançar todas as cores das demais faixas. • Faixa amarela (Kiiro Obi): da cor do sol, indica que o praticante é um recém-nascido no caratê. • Faixa vermelha (Aka Obi): da cor do fogo, repre- senta a vontade de conquistar novos objetivos. • Faixa laranja (Daidaiiro Obi): mistura das faixas ver- melha e amarela, representa os conhecimentos dos graus anteriores. • Faixa verde (Midori Obi): simboliza a harmonia e o equilíbrio. • Faixa roxa (Murasaki Obi): simboliza a busca pela elevação espiritual. • Faixa marrom (Chairo Obi): representa a conexão do praticante com seus mestres. • Faixa preta (Kuro Obi): representa a junção de to- das as cores. Simboliza que corpo e mente chega- ram ao final de uma jornada. Representa também a humildade, a maturidade e a disciplina. An ge la G ise li. 20 18 . D ig ita l. O caratê apresenta cinco mandamentos: 9o. ano – Volume 122 Atividades Você vai vivenciar mais alguns jogos de oposição, dessa vez voltados para as técnicas do caratê. Fique atento às regras e boa aula. Características da luta O caratê apresenta movimentos de ataque e defesa. Nos movimentos de ataque, é possível destacar os golpes com as mãos (socos e golpes com as mãos abertas) e com as pernas (chutes e joelhadas). Em relação às técnicas de defesa, também são utilizadas mãos e pernas para bloquear ou para se esquivar dos golpes do adversário. Uma aula tradicional de caratê pode ser sistematizada em duas partes: o kihon e o idogeiko. • Kihon – treinamento básico no qual são aprendidos movimentos e fundamentos da luta. Nele, a técnica é repetida inúmeras vezes, sempre acompanhada do kiai (grito que exterioriza a força do lutador). • Idogeiko – nele, os golpes aprendidos no kihon são realizados em uma sequência de golpes de socos e chu- tes. Pode ser subdividido em kata e kumitê. Kata é um conjunto de golpes contra adversários imaginários, e kumitê é o confronto contra um companheiro de treino. • Lutadores de caratê realizando o kata • Lutadores de caratê realizando o kumitê © Sh ut te rs to ck /Ia ko v Fil im on ov © Sh ut te rs to ck /A fri ca S tu di o An ge la G ise li. 20 18 . D ig ita l. Educação Física 23 4 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 5 a 6. Heisoku dachi: pés unidos e apontando para a frente Kiba dachi: base Hachiji dachi: pés afastados e apontando para fora Zenkutsu dachi: base com peso atrás • Age uke • Gedan barai • Soto uke • Morote uke Também existem diversas técnicas de defesa e ataque. Exemplos de técnicas de defesa: Para a realização dos golpes, o praticante deve posicionar-se em determinada base – posição de pés e per- nas. A seguir, observe algumas delas. Exemplos de técnicas de ataque com as mãos: • Oi zuki •Yama zuki • Shuto uchi • Gyaku zuki Ze ba atr Ilu st ra çõ es : T he o Sz cz ep an sk i. 2 01 8. D ig ita l. 9o. ano – Volume 124 Saiba + O caratê será incluído nos Jogos Olímpicos de 2020 (Tóquio), juntamente com outros quatro esportes: surfe, skate, beisebol e escalada. A decisão foi tomada pelo Comitê Olímpico Internacio- nal (COI) em agosto de 2016. Os critérios utilizados para incluir esses esportes estão relacionados à sua popularidade no Japão (beisebol e caratê) e também ao fato de a luta ter sido criada no país. O caratê terá competições nas categorias de combate (kumitê) e de exibição (kata). Os Jogos Olímpicos de Tóquio terão a maior programação da história das Olimpíadas, com 33 modalidades. Conexões A forma como a mídia trata determinada prática corporal influen- cia muito a visão do público em relação a ela. Considerando os vários formatos da mídia, o cinema tem desempenha- do um papel fundamental na cultura popular. Existem diversos estudos sobre o cinema e o papel que ele desempenha na “indústria cultural”. Nesses estu- dos, analisa-se a influência dos filmes produzidos nos Estados Unidos e exibidos em todo o mundo. No Bra- sil, essa influência tornou-se bastante forte a partir da década de 1980 e, com isso, diminuiu a produção de filmes nacionais. Atualmente, há uma retomada do cinema brasileiro, o qual apresentou um crescimen- to importante nos últimos anos. Para alguns estudiosos do cinema, os filmes são meios de transmissão de ideias, bem como podem reproduzir a realidade na qual estão inseridos. Com o desenvolvimento econômico dos EUA no período pós-Segunda Guerra Mundial, esse país se tornou um grande produtor de filmes, os quais eram divul- gados em diversos lugares do mundo. Com os filmes, eram transmitidos os valores, os conceitos e o estilo de vida estadunidense. Na década de 1980, o mundo vivia os efeitos da chamada “guerra fria”, em que, além das questões bélicas, estava em jogo convencer qual seria o melhor sistema social: o estadunidense ou o soviético. Assim, diversos filmes do período retratavam, na ficção, a disputa entre os EUA e a União das Repúblicas Socialistas Soviéti- cas (URSS). Por meio de personagens e metáforas, os filmes buscavam transmitir ao mundo os supostos benefícios do modo de vida america- no, em detrimento de outras formas de organização social. Para muitos estudiosos, o cinema tem um papel importante na divulgação de concepções de mundo e valores. corporal influen- siderando penha- papel s estu- nos ra- da de o - m o u ul- mes, stilo de os da chamada estava em jogo tadunidense ou tavam, na ficção, Socialistas Soviéti- os filmes buscavam P it t di i t © Sh ut te rs to ck /G ut ze m be rg Educação Física 25 Um dos filmes mais famosos da década de 1980 foi Karate Kid. Nele é narrada a história de Daniel Larusso, um garoto que sofre na escola, perseguido pelos “valentões”. Quando ele conhece o senhor Miyagi, passa a trei- nar caratê. No desfecho, Daniel vence um torneio em que a última luta foi contra um dos “valentões”. Diferente dos demais filmes famosos da época, a história não busca passar uma imagem positiva dos EUA diante do mun- do, mas tem como objeto a amizade entre o discípulo e o mestre que ajuda o aluno a superar suas dificuldades por meio dos ensinamentos do caratê. O filme, muito famoso no Brasil, fez com que o ca- ratê se transformasse em uma “febre” entre os jovens e toda uma geração desejava praticá-lo. Essa capa- cidade comunicativa do filme ilustra o poder da in- dústria cultural e da mídia na criação de desejos e de consumo de mercadorias e serviços. Passada a euforia com o filme, o caratê deixou de estar na moda, sendo substituído por outras novidades. E assim acontece com a música, as roupas e as práticas corporais; o que hoje faz sucesso, amanhã pode desaparecer. Fo to ar en a/ In te rfo to /N G Co lle ct io n • O personagem Daniel aprende as técnicas do caratê com seu mestre Atividades O objetivo das próximas atividades é vivenciar as posições básicas do caratê, bem como os movimentos de defesa e ataque. Depois de aprender esses movimentos básicos, você terá a tarefa de elaborar um kata. Lembre-se dos mandamentos do caratê e dos cuidados com os colegas e com você mesmo. As lutas orientais podem ser apresentadas no evento comunitário relacionando-as à filosofia que perpassa todas essas práticas. Também é possível organizar uma sessão de cinema em que o filme exibido aborde a luta sob uma perspectiva filosófica ou, ainda, promover uma exibição de cartazes e de vídeos que apresentem a história do judô e do caratê. Outra possibilidade é incluir as lutas de maneira lúdica por meio de jogos de oposição ou de apresentações dos movimentos básicos dessa prática. No caso de esse conteúdo fazer parte do evento comunitário, é importante desconstruir a ideia de que a luta é uma prática violenta e que seus praticantes brigam fora do espaço adequado. Para auxiliar na etapa de pesquisa e programação do evento, está disponível, no material de apoio, um roteiro de entrevista. Por meio dela, verifique o conhecimento que a comunidade tem das lutas, quais os estereótipos construídos em relação a esse tema e qual a influência da mídia nessa construção. Com base nesses elementos, organize, com a turma, as atividades do evento comunitário. 6 Orientações metodológicas. 9o. ano – Volume 126 5 Orientações para a realização da atividade. Aulas de 7 a 8. Hora de estudo 1. Qual a relação entre as lutas orientais e a filosofia? Tanto o judô quanto o caratê surgiram com objetivos de defesa. Desde suas origens, essas lutas foram pautadas em valores que vão além do aprendizado do gesto técnico, transmitindo aos praticantes valores que são importantes em todas as esferas da vida. 2. Além da questão filosófica, o que o judô e o caratê têm em comum? Ambos foram criados no Japão. As duas lutas foram sistematizadas, desenvolvendo métodos para seu ensino. Ambas utilizam roupas próprias e um sistema de graduação dos praticantes. 3. De que forma é marcada a pontuação no judô? Ippon: chamado de golpe perfeito, pois encerra a luta. Waza-ari: resultado de uma queda na qual as costas não encostam totalmente no chão. Yuko: quando o adversário é derrubado de lado ou imobilizado por 10 a 14 segundos. 4. Por que o quimono azul passou a ser utilizado no judô? Para diferenciar os lutadores, facilitando a visão do público e dos telespectadores que assistem à luta na TV. Outro objetivo dessa alteração é ampliar o público do esporte, tornando-o mais popular. 5. O que é o código dos samurais e de que forma ele influenciou no desenvolvimento das lutas de origem oriental? Uma das características principais das lutas orientais é a presença de uma filosofia que vai além da luta em si, envolvendo aspectos do desenvolvimento humano, valores e condutas sociais. O judô apresenta esses elementos, os quais estão presentes no bushido, código de conduta dos samurais. O bushido foi escrito pelos samurais para ressaltar a importância da filosofia, das artes e da ética nas artes marciais. Esses ensinamentos estão presentes em artes marciais como o caratê, o judô, o kendo, o aikido, o hapkido, etc., que são identificados na Educação Física como práticas corporais carregadas de valores e atitudes que podem ser levados para a vida dos seus praticantes. 6. Quais são os mandamentos do caratê? Primeiro. Esforçar-se para formação do caráter. Primeiro. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão. Primeiro. Criar o intuito de esforço. Primeiro. Respeito acima de tudo. Primeiro. Conter o espírito de agressão. 27 28 7. Qual o significado das faixas utilizadas pelos praticantes do caratê? O sistema de graduação dos praticantes demonstra o desenvolvimento do atleta ao longo de seu processo de aprendizagem. Essa graduação é simbolizada por meio de faixas de cores diferentes e, em um dos estilos de caratê, elas seguem o padrão a seguir.• Faixa branca (Shiro Obi): a cor da faixa demonstra que o lutador tem o potencial de alcançar todas as cores das demais faixas. • Faixa amarela (Kiiro Obi): da cor do sol, indica que o praticante é um recém-nascido no caratê. • Faixa vermelha (Aka Obi): da cor do fogo, representa a vontade de conquistar novos objetivos. • Faixa laranja (Daidaiiro Obi): mistura das faixas vermelha e amarela, representa os conhecimentos dos graus anteriores. • Faixa verde (Midori Obi): simboliza a harmonia e o equilíbrio. • Faixa roxa (Murasaki Obi): simboliza a busca pela elevação espiritual. • Faixa marrom (Chairo Obi): representa a conexão do praticante com seus mestres. • Faixa preta (Kuro Obi): representa a junção de todas as cores. Simboliza que corpo e mente chegaram ao final de uma jornada. Representa também a humildade, a maturidade e a disciplina. 8. Explique o que são o kata e o kumitê. O kata é um conjunto de golpes contra adversários imaginários, e kumitê é o confronto contra um companheiro de treino. 9. “Quem luta não briga”. Essa frase faz parte dos ensinamentos de diversas lutas. O que ela significa para você? Pense a respeito e escreva uma redação de, no mínimo, dez linhas sobre o tema. Espera-se que os alunos compreendam a diferença entre luta e briga com base nos elementos apresentados no capítulo, principalmente em relação à filosofia oriental. Eles também devem apresentar a compreensão sobre a necessidade da disciplina e do treinamento das lutas para atingir determinado nível de execução das técnicas. A redação pode ser parte do processo que avaliará as atitudes para a superação do senso comum. Capítulo 1 – Página 9 – Você em ação! Pesquisa sobre o tênis de mesa Espaço onde há uma mesa Estado de conservação/material Quem a utiliza Quando é utilizada Capítulo 1 – Página 9 – Atividades Festival de tênis de mesa Equipe: ____________________________ Nome do jogador Pontos Total Total geral 9o. ano – Volume 1 Material de apoio Educação Física 1 2 Capítulo 2 – Página 26 – Você em ação! Pesquisa sobre o conteúdo lutas Nome Profissão/atividade Que lutas conhece? Como teve acesso a esse conhecimento? Qual a sua opinião sobre as lutas?
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