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MISKOLCI, Richard, Marcas da Diferença no Ensino Escolar

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Prévia do material em texto

Marcas da diferença no
ensino escolar
MISKOLCI, Richard (Organizador) 
.
Luiz Fábio Santos
Mestre em Educação pela UFSCar com Especialização em Gestão
Educacional pela UNICAMP. Especialização Latu Sensu em Direito
Educacional pela Faculdade de Educação São Luis, Graduado em
Pedagogia pela Universidade de Sorocaba, Professor de
Educação Básica I na Rede de Ensino de Sorocaba de 1992 a
2007, no ensino regular e na educação de jovens e adultos,
Diretor de Escola da Rede Estadual de São Paulo de 2002 a 2008,
desde 2008 no cargo de Supervisor de Ensino da Rede Municipal
de Sorocaba.
Prof. Richard Miskolci
.
é Professor Associado de Sociologia do Departamento de Medicina
Preventiva da UNIFESP, onde coordena a área de Ciências Sociais e Humanas em
Saúde.
Também é Pesquisador do CNPq e coordenador do Quereres - Núcleo de
Pesquisa em Diferenças, Direitos Humanos e Saúde.
É docente dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
(UNIFESP) e Sociologia (UFSCar).
Foi coordenador adjunto da área de Sociologia na CAPES entre 2015 e
2018.
Doutor em Sociologia pela USP (2001), fez estágio sanduíche na
Universidade de Chicago e desenvolveu estágios pós-doutorais, com bolsa
FAPESP, no Department of Women's Studies da Universidade de Michigan, em
2008, e no Departamento de Estudos Feministas da Universidade da Califórnia,
em 2013.
É membro da International Sociological Association e da Sociedade
Brasileira de Sociologia, onde atua no Comitê de Relações Internacionais.
Também é membro da ABRASCO, onde participa do GT Saúde da População
LGBTI+.
É parecerista do CNPq, da CAPES, da FAPESP, da FAPERJ e de
diversos periódicos na área de ciências sociais e estudos de gênero e sexualidade.
Coordena a coleção Annablume Queer.
Seus livros mais recentes são "Desejos Digitais: uma análise sociológica
da busca por parceiros online" (2017), "O Desejo da Nação: masculinidade e
branquitude no Brasil de fins do XIX" (2012) e "Teoria Queer: um aprendizado
pelas diferenças" (2012; 3.a edição 2017).
Marcas da Diferença no Ensino Escolar
surgiu originalmente como material para o
curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE)
oferecido na modalidade a distância pela UFSCar
para mais de mil cursistas em boa parte do Brasil
durante o ano de 2009.
.
Criado por especialistas, pretendia oferecer uma
visão atualizada sobre temáticas vivenciadas na escola
em nossos dias.
A acolhida da obra superou as expectativas e,
após o fim do curso, gerou esta nova proposta editorial.
Mais do que uma edição revista e ampliada do
material anterior, o que oferecemos é um novo livro
apto a ser utilizado como fonte individual de
aprendizado sobre os temas ou, até mesmo, como
texto para cursos de aperfeiçoamento de educadores(as).
.
Marcas da Diferença no Ensino Escolar almeja oferecer um
apanhado teórico atualizado e consistente voltado para a
aplicação na escola.
Os capítulos que compõem esse volume dialogam
entre si, constituindo uma forma articulada de lidar com os
marcadores sociais das diferenças, em especial gênero,
sexualidade e “raça”.
Como um todo, pretende auxiliar na compreensão de
questões ainda pouco exploradas na área de educação, mas
que se impõem na prática exigindo que educadoras e
educadores se aprofundem nelas, questionem o senso
comum e encarem os desafios do presente com os olhos
voltados para o futuro.
Capítulo 1
A cultura e a escola
Elizabeth Macedo 
Objetivos
Este capítulo tem por objetivo sensibilizar
educadores e educadoras para que percebam a
diferença como constitutiva da sociedade e da
escola contemporâneas, permitindo-lhes
desconstruir discursos homogeneizadores que
estão na base dos preconceitos.
.
Discute as relações entre o currículo escolar e a
cultura que constituem a própria ideia Moderna de
escola, buscando reinterpretá-la num mundo descrito
como marcado pela interação entre culturas.
Após apresentar perspectivas universalistas e
relativistas, opta por uma abordagem discursiva que
define a cultura como espaço de criação de sentidos e a
diferença como a possibilidade de criação do novo.
A discussão não se fixa em nenhum âmbito
específico a que frequentemente associamos o discurso
da diferença – por exemplo, raça, gênero,
sexualidade –, mas pode ser utilizada para a análise
de qualquer um deles.
Visão geral do capítulo
O capítulo propõe a problematização da
concepção de cultura como repertório
partilhado de sentidos, argumentando que tanto
o universalismo cultural como as perspectivas
multiculturais têm falhado no entendimento da
cultura como criação e como espaço em que
os sujeitos constroem suas identificações.
.
Após abordar as respostas historicamente
construídas para a relação entre cultura e
escola, defende a compreensão da cultura em
bases discursivas e procura pensar as
alternativas para uma escola preocupada com a
diferença.
.
O capítulo está dividido em três partes, nas
quais a temática da cultura é analisada em sua
relação com a escola e o currículo.
Na primeira, aborda-se a moderna concepção
universalista de cultura e os movimentos recentes
que a puseram em xeque, assim como vertentes
contemporâneas em defesa da necessidade de algo
universal na cultura.
.
As formas como a escola e os currículos
responderam tanto a perspectivas universais
quanto ao mundo descrito como multicultural são
objeto de análise.
Argumenta-se que o universalismo excludente
foi substituído por perspectivas multiculturais que
mantinham a marca da exclusão da alteridade
enquanto tal.
.A segunda parte inicia-se com a crise do
representacionismo para assumir a centralidade da
linguagem nas ciências sociais e humanas e a cultura
como criação de sentidos.
Do ponto de vista da escola, defende que é
preciso construir alternativas que deixem fruir a
diferença, desconstruindo as fixações que estão na base
tanto das perspectivas universalistas quanto relativistas.
Opera com a ideia de que a cultura precisa ser
entendida como produção de sentidos em detrimento da
noção mais comum de repertório partilhado de sentidos.
.
A última parte busca exemplificar
alguns aspetos envolvidos na tarefa de agir de
maneira a desconstruir fixações no ambiente
escolar.
Capítulo 2
gênero
Iara Beleli
Apresentação
Este capítulo fornece elementos para
refletir sobre as convenções de gênero a partir
de casos concretos discutidos em pesquisas
desenvolvidas no espaço escolar.
Além disso, propõe uma interlocução
com imagens veiculadas pela mídia que não
pedem licença para entrar em nossas vidas.
.
Os conceitos que aparecem nessas imagens, muitas
vezes, estão reproduzidos no material didático e na
literatura infantil, informando, todo o tempo, a
identidade que as pessoas “devem” ter.
Essa identidade, apresentada como um modelo a
ser seguido, está ancorada em marcas corporais, como se
os comportamentos, gostos, estilos de vida estivessem
determinados pelo sexo.
Este material pode auxiliar na compreensão de
gênero – um marcador de diferença que perpassa as
relações entre alunos(as), e entre estes e os profissionais
que se dedicam à educação.
objetivos de aprendizagem
O principal objetivo deste capítulo é provocar uma
discussão sobre as construções de gênero,
problematizando a “naturalização” dos modos
como as pessoas se veem e são vistas.
A ideia é explorar essas construções de forma
a questionar a singularidade do “masculino” e do
“feminino” e, assim, pensar sua multiplicidade.
.Esse questionamento pode auxiliar os educadores
a lidar com situações que colocam em dúvida os sujeitos
que não se inserem em modelos hegemônicos de
masculinidade e feminilidade.
Esse debate remete às convenções culturais e
históricas que indicam comportamentos diferenciados
para meninos e meninas, muitas vezes informados pelos
programas de TV, pelas revistas, pelas propagandas, pelo
cinema e pela literatura infantil, mas também, e mais
grave, pelo próprio material didático.
.
Este material coloca em interlocução
situações recorrentes em sala de aula, nas imagens
que aparecem na mídia e nos clássicos daliteratura
infantil.
Essas situações e imagens certamente
pautam conversas entre as alunas e os alunos e
podem auxiliar os educadores a provocar um
debate sobre assimetrias de gênero, identidades e
convenções que se estabelecem baseadas em
corpos sexuados.
Visão geral do capítulo
Gênero é uma marca de diferenciação social que
incide em quaisquer relações – afetivas, de trabalho, na rua,
no lazer – de forma que não pode ser ignorada.
Essa marca de diferença acaba por (des)valorizar seres
humanos a partir de comportamentos, gostos, impingindo aos
sujeitos formas de ser homem e de ser mulher.
A ideia geral deste capítulo é problematizar as
convenções de gênero, sempre lembrando a intersecção com
outros marcadores de diferença (sexualidade, raça, classe).
.
Este capítulo está divido em três partes.
A primeira apresenta uma definição de gênero e
alguns elementos para compreender como essa marca de
diferença não se restringe apenas à vida doméstica, à
família, mas está presente em todos os espaços, além de
se intersectar com outros marcadores de diferença.
A segunda propõe uma reflexão sobre como as
diferenças de gênero podem criar conflitos entre alunos e
alunas, entre alunos e professores e entre professores e
família.
.
A última discute as simbologias justapostas
nas imagens que aparecem na mídia e na
literatura.
Esse debate pode auxiliar os educadores a
perceber se, e como, essas simbologias são
transpostas à sala de aula, às brincadeiras no
recreio e às relações entre meninas e meninos.
Um sujeito careca e desdentado me 
convenceu a fazer um seguro.
.
A análise dessas imagens tem como
objetivo suscitar nos educadores questões
sobre suas próprias convenções, um primeiro
passo para desconstruir modelos arraigados e
afinar o olhar para as diferenças, sejam elas de
gênero, de raça/etnia, de classe, de
sexualidade.
Capítulo 3
sexualidade e orientação sexual
Richard Miskolci 
Apresentação
O capítulo sobre sexualidade e orientação sexual fornece
elementos para discutir convenções de maneira a promover o
respeito às diferenças nessa esfera tão importante de nossas
vidas.
Busca incentivar um olhar crítico sobre a forma como
nossa sociedade ainda impõe barreiras à expressão de
identidades e coíbe o desejo criando desigualdades pouco
reconhecidas.
Também mostra como o espaço escolar pode se tornar
aliado importante no desenvolvimento de uma visão mais
aberta, democrática e respeitosa para lidar com as diferenças
no tocante à vida sexual e afetiva.
Objetivos de aprendizagem
Este capítulo tem como objetivo principal
sensibilizar educadoras e educadores para uma
esfera da vida social que até recentemente parecia
existir somente fora da escola: a sexualidade.
Nesse domínio encontra-se a fascinante parte
de nossas vidas marcadas por ideais, desejos,
afetos, prazeres, mas também – infelizmente – por
recusas, proibições e estereótipos que reproduzem
injustiças e desigualdades as mais diversas.
.
Reconhecer a multiplicidade das formas
como as pessoas vivenciam o amor, o afeto, o
desejo e o prazer é o primeiro passo para
compreender como o senso comum tão
arraigado em nossa sociedade tenta impor um
padrão único que violenta, machuca e pune
aquelas e aqueles cujos sentimentos não se
conformam a esse padrão.
.
Respeitar essas pessoas e incluí-las no
ambiente escolar é, além de uma obrigação ética e
de cidadania, uma grande chance para trazer ao
debate as convenções culturais e históricas sobre a
sexualidade que passam por uma mudança
profunda.
O direito à educação e o compromisso de
formar cidadãs e cidadãos não será plenamente
alcançado sem o reconhecimento das diferentes
formas como as pessoas vivem suas relações
afetivo-sexuais e suas identidades de gênero.
Visão geral do capítulo
Este capítulo busca introduzir uma perspectiva
moderna sobre a sexualidade, ou seja, a que enfatiza
os aspectos culturais e históricos em sua construção
como fenômeno social relevante.
Ao invés de abordar a esfera da sexualidade
como algo puramente biológico ou psíquico, busca
apresentar uma perspectiva histórica em que as
formas contemporâneas das identidades sexuais e
das orientações sexuais são discutidas como o
resultado de processos longos e inacabados.
.
Somos seres marcados pela cultura e pela época em
que vivemos.
Compreendemos a nós mesmos segundo
padrões arraigados, mas que podemos discutir e
transformar em busca de relações mais igualitárias,
respeitosas e sob a proteção de direitos.
.
Este capítulo tem relação com o de Gênero,
podendo ser ainda mais bem aproveitado se a
educadora ou o educador tiver compreendido as
discussões de gênero para ampliar as questões lá
discutidas para a esfera da sexualidade.
Gênero e sexualidade são fenômenos sociais
sempre relacionados, mas a particularidade do
último repousa em reconhecer que as
problemáticas afetivo-sexuais vão além da díade
homem-mulher e do binário masculino-feminino.
.A sexualidade é uma parte central da vida
humana e não se restringe ao privado, pois
constantemente marca nossas relações no espaço
público, a forma como nos encaram e nos atribuem uma
identidade.
A sexualidade está presente nas relações sociais,
interfere e molda a vida pública e o acesso aos direitos.
Daí a importância de se informar sobre os direitos
sexuais como inalienáveis e parte integrante e essencial
na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
.
O capítulo está dividido em três partes.
Na primeira delas, o(a) leitor(a) encontrará
elementos para compreender porque a
sexualidade não se restringe à vida privada,
antes é moldada socialmente no espaço público
e, em especial, na escola.
.
Na segunda parte, será introduzida uma
perspectiva social e histórica sobre a
sexualidade a fim de fornecer elementos para
compreendê-la de forma mais complexa,
atual e apropriada para os desafios que o
presente impõe ao espaço escolar.
.
A última parte busca explicitar como o
processo educativo auxilia na padronização das
maneiras como as pessoas desejam e amam,
fornecendo elementos para uma maior
compreensão e respeito à diversidade afetivo-
sexual humana.
.Este material foi elaborado de forma a explicitar o
que acontece em sala de aula de forma crítica e
esclarecida para que profissionais da educação revejam
convenções ultrapassadas e injustas que infelizmente
fazem da escola um espaço duro e violento para muitas
pessoas.
As partes buscam partir de experiências da sala de aula,
fornecer um apanhado teórico atualizado e consistente
sobre sexualidade e orientação sexual e propor leituras,
documentários e filmes que complementem as
discussões e as aprofundem segundo o interesse e as
necessidades de cada educador ou educadora.
.
A intenção deste capítulo é auxiliar na
compreensão de um tema ainda pouco
explorado na área da educação, mas que cada
vez mais se impõe na prática, exigindo que
educadoras e educadores se aprofundem nele,
questionem pressupostos e encarem os desafios
do presente com os olhos voltados para o
futuro.
Capítulo 4
relações étnico-raciais
Valter Roberto Silvério (Org.), Karina 
Almeida de Sousa, Paulo Alberto
Santos Vieira, Tatiane Cosentino Rodrigues, 
Thaís Santos Moya 
apresentação
O capítulo referente às relações étnico-raciais
objetiva agregar as discussões correntes neste livro
às questões que envolvem as diferenças marcadas
pelo processo de racialização e colonização
vivenciado em nosso país, tendo em vista a
problematização teórica e política das
consequências desse processo no sistema
educacional brasileiro.
objetivos de aprendizagem
Ao final da leitura esperamos que o(a)
leitor(a) consiga compreender a
interseccionalidade existente entre os
marcadores sociais enfatizados no livro, de
modo a percebê-los como um complexo
dispositivo de poder e conhecimento que
orienta e aloca pessoas em configurações sociais
de superioridade em contraste à inferioridade
de outros.
.
Discutiremos como as marcas sociais (gênero,
sexualidade, raça, classe, religião) se interseccionam e
interferemno cotidiano escolar.
Para tanto, buscaremos demonstrar que houve um
processo de construção social dessas marcas, do qual a
escola é um dos instrumentos de execução e reprodução.
Aqui discorreremos especificamente sobre o processo de
construção social e histórica do racismo e do antirracismo
brasileiros, com o intuito de demonstrar as possibilidades e
potencialidades das experiências resultantes da Lei
10.639/2003 e das ações afirmativas em nosso país.
Visão geral do capítulo
Por meio da contextualização histórica,
problematização teórica e provocação política, este
capítulo agrega as discussões sobre a diferença às
especificidades das relações raciais brasileiras.
Neste capítulo é inevitável a retomada das
discussões feitas nos capítulos anteriores, sem
perder de vista as especificidades das questões
étnico-raciais.
.
Na primeira parte discutiremos como as
marcas sociais (gênero, sexualidade, raça, classe,
religião) se interseccionam e interferem no
cotidiano escolar, demonstrando que a escola
não é um ambiente neutro, pelo
contrário, tem o alto potencial de reproduzir e
multiplicar estereótipos e discriminações
fundamentados nas referidas marcas.
.
Na segunda parte discorreremos acerca do
processo de construção social e histórica do
racismo e antirracismo brasileiros, visando
problematizar e demonstrar como a relação
existente entre a política e a ciência deliberou
sobre a formação da identidade nacional e o
sistema educacional do país.
.
Na terceira parte, a relação identidade
nacional e sistema educacional será colocada
em foco com o intuito de demonstrar as
potencialidades de transformação social da
educação por meio de políticas que trabalham
positivamente com as diferenças sociais,
culturais e étnico-raciais.
Capítulo 5
curso gênero e diversidade na escola 
A experiência da universidade federal 
de são Carlos
Fernando de Figueiredo Balieiro, Priscila 
Martins Medeiros, Thais Fernanda Leite 
Madeira, Tiago Duque
a estrutura do curso
O Gênero e Diversidade na Escola foi um curso de
formação continuada oferecido na modalidade de educação a
distância para professores(as) da rede pública de ensino,
promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres (SPM/PR), pela Secre taria Especial de Políticas de
Igualdade Racial (Seppir) e pelo Ministério da Educação
(MEC).
Sua realização foi uma parceria entre essas duas
secretarias, o MEC, a Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), a Secretaria de
Educação à Distância (SEED/MEC), o Centro Latino-Americano
em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/ IMS/UERJ) e as
instituições de ensino superior que participaram dos editais,
a fim de oferecer o curso.
.
Boa sorte
Bons Estudos
Fabio.sedu@gmail.com

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