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Microbiologia Clínica 
Conceitos Gerais
Prof. Me. Ana Cláudia Alves de Oliveira Santos
Especialização em Microbiologia Aplicada ao 
Laboratório Clínico
Rotinas Laboratoriais
Prof. Me. Ana Cláudia Alves de Oliveira Santos
O que é possível fazer no 
laboratório de Microbiologia 
Clínica?
Rotinas Laboratoriais
• Pesquisar e identificar, direta ou indiretamente, os
• microrganismos relevantes e potencialmente
infectantes.
• Através do estudo suas características morfológicas,
• bioquímicas e o controle do crescimento bacteriano.
Para isso....
• Técnicas de microscopia.
• Coloração de Gram.
• Cultura de bactérias aeróbias e anaeróbias.
• Avaliar as características do metabolismo. 
bacteriano.
• Identificação.
A Rotina do laboratório de 
Microbiologia
✓Urocultura 
✓Hemocultura 
✓Cultura de líquidos cavitários
✓Cultura de secreções e cateter 
✓Cultura de fungos 
✓Cultura para micobactérias
✓Antibiograma
✓Controle interno de Qualidade
✓Ensaio de proficiência
A rotina
• Envolve exposição tanto com material clínico e reagentes
químicos como com potenciais agentes patogênicos.
• Para evitar contaminação e riscos a saúde a conduta do
profissional é fundamental no laboratório.
Obrigatório!
• Biossegurança
• Boas Práticas Laboratoriais
• Organização
• Atenção e Cautela
Boas práticas
• Uso do jaleco e EPIs
• Cabelos presos
• Evitar relógio, colares, brincos longos....
• Vestimenta adequada
• Não comer ou beber
• Não pipetar com a boca
• Evitar colocar as mãos na boca
• Proibido re -encapar e entortar agulhas após o uso. 
• Descartar em recipiente apropriado
• Lavar as mãos antes e depois das aulas práticas
Urocultura
Umas Rotinas mais Frequentes
• A urocultura, também chamada de cultura de urina
ou urinocultura, serve para diagnosticar a infecção
no trato urinário (ITU);
• Detecção do agente etiológico envolvido e o
número de colônias existentes.
• Material biológico é a urina de preferencia a
primeira urina da manhã, no entanto, o exame
pode ser feito durante o dia.
Meios de cultura Utilizados
Ágar Mac Conkey
Ágar CLED 
CHROMagar
Principais Agentes Etiológicos 
Isolados
• Os principais agentes das ITU são geralmente limitados aos
componentes da própria microbiota intestinal do paciente.
• Entre os bacilos Gram-negativos, a maioria é causada por
Escherichia coli e, em menor frequência, por Proteus mirabilis,
Klebsiella pneumoniae, Enterobacter spp e Pseudomonas
aeruginosa.
• Entre os micro-organismos Gram-positivos, destacam-se, em 
relação à frequência, Enterococcus spp e Staphylococcus
saprophyticus. 
Hemocultura
Infecção na Corrente sanguínea
• Hemoculturas são usadas para detectar a presença
de bactérias ou fungos no sangue.
• Identificar os microrganismos presentes e orientar
o tratamento.
• Em geral, são pedidas duas ou mais hemoculturas e
colhidas como amostras consecutivas.
Meios de cultura Utilizados
Os frascos específicos para hemocultura contêm o
anticoagulante polianetolsulfonato sódico (SPS) em
concentrações que variam de 0,025 a 0,05%.
• Os microrganismos identificados mais frequentes 
foram:
• Staphylococcus epidermidis(20,6%).
• Staphylococcus aureus (12,6%).
• Acinetobacter baumannii (8,6%).
• Staphylococcus haemolyticus (8,3%).
• Staphylococcus hominis (8%).
• Pseudomonas aeruginosa (6%).
Cultura de Líquidos Cavitários
• Existem no humano vários líquidos em determinadas
cavidades, que são normalmente estéreis, mas que
podem ser invadidos e infectados por bactérias,
fungos, vírus e parasitas.
• Por serem normalmente estéreis, o
achado de qualquer quantidade de micro-
organismos nesses líquidos é importante para
configurar um processo infeccioso
Cultura de Líquidos Cavitários
Tipos de Líquidos Cavitários
• Líquido pleural.
• Líquido Peritoneal.
• Líquido Pericárdico.
• Líquido Sinovial.
• Líquido Cefalorraquidiano.
Principais Agentes Etiológicos 
Isolados
Líquido pleural: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus
aureus, Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa,
Entorobacteriaceae e anaeróbios estritos.
Líquido Peritoneal: Pneumococos e Streptococos, Klebsiella,
Staphylococcus aureus.
Líquido Pericárdico: Estreptococos, Estafilococos,
Pneumococos, Meningococos e Haemophillus.
• Líquido Sinovial: Staphylococcus aureus é a causa mais
frequente de artrite infecciosa em adultos.
• Líquido Cefalorraquidiano (LCR) Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenza, Klebsiella
pneumoniae, Escherichia coli .
Principais Agentes Etiológicos 
Isolados
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/cocos-gram-positivos/infec%C3%A7%C3%B5es-estafiloc%C3%B3cicas
Cultura de secreções e cateter
• Fungos e bactérias que compõem o meio ambiente ou a
microbiota normal podem causar doenças em indivíduos
severamente comprometidos.
• A utilização de cateter venoso central é um fator de risco
importante para infecções da corrente sanguínea, cujos
agentes mais prevalentes são os que compõem a
microbiota da pele.
Cultura de secreções e cateter
Cultura de secreções
• Trato Respiratório:
✓Secreção de orofaringe
✓Secreção de nasofaringe
✓Secreção nasal
✓Escarro
✓Aspirado traqueal
✓Amostras broncoalveolares
✓Feridas e abscessos
Cultura de secreções
• Trato Genital:
✓Secreção vaginal.
✓Secreção uretral.
✓Secreção prostática.
Infecção relacionada ao cateter
• A implantação do cateter há o rompimento da barreira do
tecido cutâneo, colocando o paciente em risco de
desenvolver infecções relacionadas a esse tecido.
• O local da inserção do cateter torna-se colonizado com
baterias da pele do paciente, principalmente estafilococos
ou com as carreadas pelos profissionais de saúde.
✓Staphylococcus aureus.
✓ Staphylococcus coagulaase Negativa.
✓Enterobacter sp.
✓Pseudomonas aeruginosa.
Principais Agentes Etiológicos 
Isolados de Cateter
Meios de cultura Utilizados
Ágar Mac Conkey Ágar Manitol Salgado
Ágar Sangue
Cultura de Fungos
Cultura de Fungos
• O principal objetivo do laboratório de micologia clínica é o
isolamento e a correta identificação dos fungos
patogênicos.
• A coleta adequada, o transporte, o processamento e o
cultivo das amostras clínicas são etapas essenciais
para que esse objetivo seja alcançado.
• Os profissionais do laboratório clínico devem ter
conhecimento sobre os critérios de obtenção da amostra a
fim de obterem os melhores resultados que correlacionem
com a suspeita clínica
Tipos de Amostras Micológicas
Considerações sobre 
Biossegurança
• Toda amostra processada em micologia deve ser considerada
potencialmente patogênica, devendo ser manipulada em uma
cabine de segurança biológica.
• Para fungos filamentosos observados em crescimentos
bacteriológicos usuais, as placas devem ser seladas com película
Parafilm M® para prevenir a contaminação acidental com esporos
potencialmente infectantes.
Processamento das Amostras para 
Exame Microscópico Direto
• Uma amostra encaminhada para o cultivo em micologia pode
ser examinada em microscopia direta quanto à presença de
estruturas fúngicas, sendo uma análise complementar, e
nunca substitutiva à cultura.
• O exame direto é uma análise primária da amostra, que pode
fornecer ao médico-assistente informações preliminares que
contribuem para o início do tratamento, podendo ajudar na
determinação do significado do micro-organismo que virá a
ser isolado na cultura.
• Os métodos de exame microscópico direto de 
amostras em micologia são:
• Preparo e clarificação em KOH.
• Pesquisa direta para Cryptococcus.
• Colorações.
Processamento das Amostras para 
Exame Microscópico Direto
Cultivo dos Fungos
• As amostras para cultivos em micologia devem ser inoculadas 
em meios combinados que garantam o crescimento de todos 
os agentes de significado clínico.
• Em todos os casos, alguns fatores devem ser considerados e 
uma complementariedade entre os meios deve ser garantido
• Adição de cloranfenicol e/ou gentamicina na formulaçãodos
meios de cultura para inibir a contaminação bacteriana.
• Incorporar a ciclo-hexamida ao meio de cultura para inibir o
crescimento de fungos saprófitas de crescimento rápido que
possam atrapalhar o surgimento de patógenos importantes e
de crescimento mais lento.
• Deve ser ressaltado que a ciclo-hexamida inibe o crescimento 
de fungos patogênicos importantes.
Cultivo dos Fungos
Meios de Cultura
Ágar Sabouraud Dextrose Ágar Batata
Ágar Mycosel
Isolamento Fúngico
• Cryptococcus neoformans/gattii.
• Penicillium marneffei.
•
Aspergillus fumigatus.
• Scedosporium prolificans.
• Algumas espécies de Candida
e zigomicetos.
ciclo-hexamida
inibe o 
crescimento de 
fungos 
patogênicos
Cultura de Micobactérias
Cultura para Micobactérias
• Tuberculose (TB) é, ainda nos dias de hoje, uma doença
devastadora e um grande desafio de saúde pública, pois
é a segunda principal causa de morte a partir de um
único agente infeccioso, ficando atrás apenas do vírus da
imunodeficiência humana (HIV).
• A TB é causada pelos membros do complexo 
✓Mycobacterium tuberculosis (CMTB).
✓M. africanum.
✓M. bovis
✓M. bovis bacillus Calmette-Guérin (BCG).
✓M. microti.
✓M. canettii.
✓M. pinnipedii. 
✓M. mungi.
Agentes Etiológicos da Tuberculose
• O principal agente da TB humana é o M. tuberculosis, 
enquanto M. africanum é mais encontrado na África. 
• M. bovis causa doença em bovinos e em vários outros 
mamíferos, além de atingir também o homem. 
• M. microti é patogênica para roedores, M. caprae, para 
caprinos e a M. pinnipedii causa infecção em leões 
marinhos.
Agentes Etiológicos da Tuberculose
• As micobactérias não tuberculose (MNT) são comumente
encontradas no meio ambiente e possuem patogenicidade
variável conforme a espécie.
• As espécies potencialmente patogênicas podem causar
uma variedade de doenças em humanos, que diferem em
gravidade e importância em saúde pública.
Agentes Etiológicos da Tuberculose
•Aspectos clínicos (sinais e sintomas)
•Raio X
•Baciloscopia (Ziehl-Neelsen)
•Cultura- Lowenstein-Jensen,
Middlebrook
•PPD
Diagnóstico
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=Cultura-+Lowenstein-Jensen,&source=images&cd=&cad=rja&docid=JT8Ms1ojqVvb9M&tbnid=GGhitV8IO74faM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.scientia.blog.br%2Fwordpress%2F%3Fp%3D2505&ei=O01LUbvdCcTOrQGk6YC4CA&bvm=bv.44158598,d.dmQ&psig=AFQjCNGzoYFJV7Cizl_yI6P85SkzsWpf2w&ust=1363975860310717
Diagnóstico Laboratorial
De acordo com a suspeita clínica (escarro)
• Coloração: Ziehl Neelsen (visualização de BAAR)
Observar ~ 300 campos (objetiva de 100 X)
Sensibilidade da técnica de esfregaço: 104 céls/mL
➢Negativo, ausência de BAAR no esfregaço
➢+ <1 bacilo por campo em 100 campos
➢++ 1 – 10 bacilos por campo em 50 campos
➢+++ > 10 bacilos por campo em 20 campos
• Falso positivos: Nocardia, Legionella e Rhodococcus
Diagnóstico Laboratorial
INVESTIGAÇÃO DE TUBERCULOSE EM CASOS NOVOS (NUNCA 
ANTES TRATADOS) COM TRM -TB
Diagnóstico Laboratorial
INVESTIGAÇÃO DE TUBERCULOSE EM CASOS NOVOS (NUNCA 
ANTES TRATADOS) EM POPULAÇÕES MAIS VULNERÁVEIS, COM 
TRM -TB
Diagnóstico Laboratorial
INVESTIGAÇÃO DE TUBERCULOSE EM CASOS DE 
RETRATAMENTOS (RECIDIVA OU RETORNO APÓS ABANDONO) 
COM TRM-TB
Antibiograma
Introdução
• Técnica destinada à determinação da sensibilidade
bacteriana in vitro frente a agentes antimicrobianos,
também conhecido por Teste de Sensibilidade a
Antimicrobianos (TSA).
• Utilizado para microrganismos cuja sensibilidade às drogas 
normalmente não seja previsível.
• Realizado em um isolado bacteriano de cultura recente.
• Não se trata de uma tarefa fácil, por suas limitações.
• Descoberta de novos mecanismos de resistência.
Introdução
• Existem vários comitês que trabalham na 
padronização dos testes de sensibilidade:
✓Clinical laboratory Standards Institute (CLSI); 
✓ European Committee on Antimicrobial Susceptibility
Testing (EUCAST); 
✓Brazilian Comittee on Antimicrobial Susceptibility
Testing (BrCAST).
Introdução
• Para cada método são preconizados aspectos que 
dizem respeito ao:
✓ inoculo, 
✓meio de cultura, 
✓temperatura, 
✓tempo e atmosfera de incubação, 
✓bem como cepas-padrão utilizadas no controle de 
qualidade do teste. 
Introdução
• Em cada combinação micro-organismo e droga são também estabelecidos os critérios
interpretativos de acordo com o seguinte:
✓ Sensível: o isolado é inibido quando doses usuais dos antimicrobianos são utilizadas;
✓ Intermediário: inclui isolados cuja CIM possa ser atingida por níveis de antimicrobianos
no sangue e nos tecidos, mas a taxa de resposta possa ser menor que para aqueles
classificados como sensíveis. A categoria intermediária implica eficácia clínica em sítios
aonde fisiologicamente as drogas são mais concentradas como por exemplo, as
quinolonas e beta-lactâmicos na urina, ou quando doses maiores possam ser utilizadas
(beta-lactâmicos);
introdução
✓Sensível dose dependente (SDD): Implica que a susceptibilidade do
isolado é dependente do regime terapêutico utilizado. Estas doses são
superiores àquelas referendadas para classificação da categoria sensível;
✓Resistente: refere-se a isolados que não são inibidos por concentrações
de antimicrobianos utilizados em doses habituais ou que os limites
indicam a presença de um mecanismo de resistência como, por exemplo,
a produção de beta-lactamases.
Métodos de desenvolvimento
• Kirby-Bauer: Difusão com disco (disco-difusão); 
• Diluição em caldo (macro ou micro); 
•
• Etest®; 
• Automação.
Kirby-Bauer: Difusão com disco 
(disco-difusão)
• Utilização de discos de papel 
filtro impregnados com 
concentração padrão de 
antibiótico;
• Os discos são colocados na 
superfície do ágar Mueller-
Hinton semeado com uma 
suspensão padronizada da 
bactéria a ser testada;
• O método informa se a 
bactéria é resistente, sensível 
ou se possui sensibilidade 
intermediária à determinado 
antibiótico pela medição do 
halo de inibição.
Disco difusão
Técnica
• Teste indireto: realizado com cultura pura de 24 horas de
crescimento de bactérias devendo ser feito Gram antes do
antibiograma;
• Teste direto: utilização do material pesquisado (urina, sangue,
pus, etc). A desvantagem da utilização direta destes materiais dá-
se pela dificuldade de controle da quantidade de inócuo e o
isolamento da bactéria.
Técnica
• Com a alça de semeadura, 
transferir 3 a 4 colônias (teste 
indireto) com a mesma morfologia 
e inocular em 2,0 a 3,0 mL de 
solução fisiológica estéril, caldo MH 
ou caldo TSB;
• Esperar 15 minutos observando a 
turbidez da solução;
• Utilizar como referência de turbidez 
o tubo 0,5 da escala de McFarland.
Escala de McFarland
• Padrão de turvação utilizado para determinar a intensidade de
multiplicação bacteriana em meios de culturas líquidos;
• O grau de turvação indica a [ ] das bactérias;
• O método consiste em uma escala de onze tubos 0,5 a 10 com
diferentes quantidades de cloreto de bário e ácido sulfúrico
para se obter diferentes concentrações de sulfato de bário.
Técnica
• Com um swab estéril, 
semear a solução no Agar 
Mueller-Hinton;
• Aguardar 5 minutos à 
temperatura ambiente para 
que o inócuo seja 
completamente absorvido 
pelo ágar;
• Colocar o disco com o 
auxílio de uma pinça 
previamente flambada;
✓Os discos devem ter uma 
distância de 2,5cm. 
✓Máximo de 12 discos em 
placas de 15 cm e 5 discos 
em placas de 9 cm.
Técnica
• Após 15 minutos da colocação dos discos, as placas são 
invertidas e incubadas;
• Incubar de 18 a 24 horas à 35 +/- 1º C;
• Medir o diâmetro dos halos;
• Classificá-los quanto a resistência, sensibilidade 
intermediária e sensibilidade.
Resultado
Resultado
Controle de Qualidade Interno
Controle de Qualidade Interno
• O laboratório de microbiologia clínica deve assegurar a
qualidade de todos os insumos e equipamentos
utilizados no processamento de amostras clínicas,
visando a obter o melhor e o mais rápido resultado a ser
enviado ao clínico para quetome decisões acertadas
sobre o diagnóstico e tratamento de seus pacientes.
Procedimento Operacional Padrão 
(POP)
• A base do controle de qualidade é a produção de
manuais de procedimentos, como o POP.
• Neles são detalhados desde procedimentos de coleta,
de transporte de amostras, de critérios de rejeição e
dos processos desde a semeadura até o laudo final.
• Nos POP, devem ser ainda incluídos o preparo de meios
de cultura feitos no laboratório, como manusear kits
comerciais e reagentes ou suplementos.
• Todas as planilhas de controle de qualidade devem ser
preenchidas por todos os funcionários treinados e, a
partir dessa etapa, um funcionário designado deve
relatar os resultados anormais e as medidas de
correção para o supervisor imediato.
• Todas essas planilhas devem ser arquivadas por 2 anos.
Procedimento Operacional Padrão 
(POP)
• Todos os POP devem ser revisados anualmente, com
aprovação de alterações em vários níveis de
competência dentro do laboratório e, a seguir, devem
se tornar disponíveis nas áreas de trabalho.
Procedimento Operacional Padrão 
(POP)
Insumos
• O controle de qualidade interno se propõe a
avaliar os insumos utilizados no laboratório
diariamente, liberando-os para o uso na rotina.
Meios de Cultura
• O controle de qualidade deve analisar as características
dos meios de cultura empregados na rotina.
• Se forem fabricados no próprio laboratório, devem ser
observados esterilidade, pH e performance, de acordo
com cada lote preparado. Deve constar na placa um
rótulo contendo nome do meio, lote, dia de fabricação
e data de vencimento.
Cepas Padrão
• Tanto para insumos como para meios de cultura, 
devem ser utilizadas cepas controle ATCC obtidas de 
fontes confiáveis e rastreáveis. Exemplos de um 
mínimode cepas a serem adquiridas pelo laboratório 
são: 
• Escherichia coli ATCC 25922;
Staphylococcus aureus ATCC 25923; 
• Staphylococcus epidermidis ATCC 12228;
• Streptococcus pyogenes ATCC 19315; 
• Klebsiella pneumoniae ATCC 13883; 
• Enterococcus faecalis ATCC 29212 e Pseudomonas 
aeruginosa ATCC 27853, 
Cultivo de Cepas Padrão
Ensaio de Proficiência
O que é???
• O ensaio de proficiência é uma das ferramentas que
compõem a garantia da qualidade, ao lado de controle
interno, controle de processos e outras medidas
de gestão.
• Essas ferramentas juntas promovem a monitoração integrada
dos processos e um ambiente de melhoria contínua.
Rotina Microbiológica
• Que também servem para controle de qualidade do 
antibiograma.
Todas as cepas devem ser armazenadas em freezer a 
-80°C, se possível, e usadas no máximo até a 5ª 
passagem.
Objetivos
• O ensaio de proficiência tem como propósito principal
identificar desvios sistematizados do processo e desvios
que não são percebidos facilmente por outras
ferramentas de controle.
•
• Na prática, age como um controle final que ajuda a
monitorar múltiplas etapas do processo, podendo,
algumas vezes, identificar necessidades de melhorias
nas demais ferramentas de controle e de gestão.
Benefícios do Ensaio de Proficiência
Cocos Gram
positivos de 
Interesse Médico
Anteriormente
Staphylococcus
Características Microbiológicas
✓Gênero: composto por 37 espécies
Resistência a uma ampla gama de condições ambientais:
• Crescimento em pH mínimo de 4.2, máximo de 9.3 (ótimo de 7,0-7,5)/
temperatura mínima de 6 e máxima de 48ºC ( ótima de 37ºC).
• Toleram ainda altas concentrações de cloreto de sódio até 25% (ótimo 
de 7-10%)
• Anaeróbios facultativos
• Não fastidiosos, não móveis e não esporulados
• Agrupam- se em cachos (o mero agrupamento das células em
cachos não serve como critério de identificação de gênero)
Produção
• Isolados da família Micrococcaceae também são catalase
positivas, mas não são usualmente isolados de amostras
humanas.
0,04U
Staphylococcus
Coagulase + Coagulase -
S. aureus
S. saprophyticus
S. epidermides
Cerca de 90% da microbiota normal 
Patogênica apenas quando a barreira da 
pele é rompida ou invadida
Patogênica, causadora de 
infecções comunitárias e 
hospitalares
Coagulase 
Positiva
• O Staphylococcus aureus está presente no nariz de cerca de
30% dos adultos saudáveis e na pele de cerca de 20%. Os
percentuais são maiores em pessoas que são pacientes ou
trabalham em um hospital.
• As bactérias podem ser transmitidas de pessoa a pessoa
pelo contato direto ou através de objetos contaminados
(como equipamentos de ginástica, telefones, maçanetas de
porta, controles remotos de televisão ou botões de
elevador) ou, pela inalação de gotículas infectadas
dispersas por espirro ou tosse.
• Sítios de colonização não nasal: faringe, a vagina, axilas e
alguns sítios de pele queratinizada, especialmente o períneo e com
maior prevalência a mão
Transporte 
Parede resistente a 
lisozima
1) Escape da fagocitose
2) Aderência às células do hospedeiro
3) Produção de toxinas e enzimas 
líticas 
Principal reservatório > Mucosa nasal 
~40% da população adulta > assintomática
• Animais também podem ser
colonizados por S. aureus.
• A transmissão de S. aureus
entre esses animais e
humanos ocorre em ambas
as direções.
• A dinâmica dessa
transmissão ainda não está
bem estabelecida.
Staphylococcus aureus – fatores de virulência
Garantem a estabilização da infecção e a sobrevivência dos
Staphylococcus no tecido e a sua disseminação para outros locais no
organismo.
Patogênese
Quando a relação com o hospedeiro não é comensal,
S. aureus pode agir como o agente etiológico de
diferentes síndromes
Infecções superficiais
Síndromes toxigênicas
Infecções profundas
Infecções superficiais
• Consiste principalmente em infecções supurativas (que
resultam na formação de pus) em tecidos moles
superficiais.
• Nesse tipo de infecção, o inóculo vem do meio externo e
leva ao crescimento bacteriano localizado em sítios como
feridas cirúrgicas, lesões decorrentes de queimaduras e
outras infecções da derme e tecido subcutâneo.
FOLICULITE: infeção dos 
folículos
Hordeólo: folículo dos 
cílios 
CARBÚNCULO: tecidos 
vizinhos invadidos pelo 
furúnculo
FURÚNCULO: infecção 
mais séria dos foliculos
É um tipo de abcesso 
Impetigo
• Principal agente etiológico: Staphylococcus aureus
• Infecção Infecções superficiais da derme não necessariamente
envolvendo o folículo piloso
• Altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças.
• Sua transmissão e disseminação acontece por contato direto.
• Pode ocorrer sobre outras doenças prévias da pele, como a dermatite
atópica, que sofrem a contaminação secundária pela bactéria.
Impetigo bolhoso e não bolhoso
Cepa produtora de toxina esfoliativa
Impetigo não bolhoso
• Forma clínica mais comum
• Normalmente a bactéria invade a pele através
de pequenas rupturas ou ferimentos.
• As lesões geralmente são indolores, se
rompem e formam crostas de coloração clara.
• Prurido ocasional e sem repercussão sistémica.
• Cura sem sequelas
• Cepa infectante não produtora de toxina
esfoliativa
Impetigo bolhoso
• Causado por uma toxina
estafilocócica (tipoA) > favorece o
aparecimento de vesículas maiores,
cheias de líquido.
• Representa um problema frequente
em berçários e hospitais.
Celulite 
• Condição caracterizada por crescimento bacteriano e
inflamação difusa, mas localizados, da derme e tecido
subcutâneo sem a formação de pus.
Síndromes toxigênicas
• Categoria de doenças causadas por S. aureus é composta
por síndromes associadas à produção de toxinas, muitas
vezes com ação sistêmica ou à distância.
• Essas síndromes são desencadeadas pela ação de toxinas
que agem como superantígenos.
Síndrome 
da Pele Escaldada
• Uma forma particularmente grave de impetigo bolhoso
• Envolve a produção de toxina esfoliativa (ET) ou Toxina estafilocócica
(tipo B) > ligam à zona granulosa da epiderme, causando uma
clivagem superficial intraepidérmica.
S. aureus - Síndrome da pele escalda
Síndrome do 
choque tóxico
• Ação sistêmica provocadapor linhagens 
produtoras de toxina (TSS-1: 
superantígeno – ativa grande população 
de células T: ↑ liberação de citocinas). 
• Sintomas: febre alta, eritema difuso com 
descamação da pele - Destrói células 
endoteliais - hipotensão e morte por 
falência múltipla de órgãos (5 % dos casos) 
Toxinfecção Alimentar
• A ingestão de toxinas superantigênicas de S. aureus pré-
formadas em alimento em decorrência do crescimento
bacteriano no alimento resulta no desencadeamento de
uma síndrome chamada toxinfecção alimentar
estafilocócica.
• Essas toxinas superantigênicas são denominadas de
enterotoxinas estafilocócicas (SEs)
Modo de Transmissão
• A manipulação de alimentos por indivíduos portadores de S.
aureus produtor de SEs e o subsequente armazenamento desse
alimento em temperatura que não impeça o crescimento de S.
aureus por tempo suficiente a ponto de a população bacteriana
atingir fase estacionária de crescimento é a principal causa de
toxinfecção alimentar estafilocócica
Infecções profundas
Incluem a disseminação das células bacterianas e a sua
instalação em sítios distantes do local de entrada.
• Endocardite
• Osteomielite
• Infecção pulmonar
• Complicações: choque séptico,
Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA)
MRSA
• Descritos já na década de 60-70, inicialmente eram associados
à Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAAS).
• No final dos anos 90, foram associados a infecções
comunitárias.
• MRSA é um dos maiores problemas no que concernem
infecções nosocomiais devido à sua alta prevalência e
limitada opção terapêutica.
• Infecções adquiridas na comunidade com MRSA têm um
curso clínico mais agressivo e envolvem principalmente a
pele e os pulmões.
• A maior agressividade destas estirpes é devido à
produção de várias toxinas , principalmente a leucocidine
de Panton-Valentin.
• A meticilina não é mais utilizada na clínica como
antibiótico, pois apresenta toxicidade ao hospedeiro. Para
a terapia antiestafilocócica são utilizados, em seu lugar, os
beta-lactâmicos análogos oxacilina, cloxacilina,
dicloxacilina, flucoxacilina e naficilina.
• Todavia, o termo MRSA é utilizado para denominar S.
aureus com este tipo de resistência aos beta-lactâmicos.
• No laboratório clínico, a detecção de MRSA é feita
utilizando-se a oxacilina, e no Brasil, MRSA é ora
referido como “S. aureus resistente à oxacilina”
(ORSA).
• MRSA é o termo internacional utilizado na quase
totalidade das publicações científicas.
Beta-lactâmicos
• Classe de antibióticos que inibem a síntese da parede
celular de bactérias através do impedimento de enzimas
que catalizam a transpeptidação do peptidoglicano.
Proteínas ligadoras de penicilina (PBPs – penicillin binding
proteins).
• Com a estrutura incompleta do peptidoglicano, a parede
celular da bactéria é enfraquecida e a célula morre.
Classificação -
βlactâmicos
• Os antibióticos beta-
lactâmicos são classificados
pela semelhança estrutural
adicionados de radicais que
fornecem a estabilidade
dessa droga
• Os mecanismos de ação e
de resistência são comuns a
todos!
Alteração das PBP 
• Adquirida por plasmídeo ou mutação (S. aureus)
Produção enzimática
• Produção de β-lactamases
Alteração da Permeabilidade
• Diminuição da permeabilidade da membrana externa das bactérias 
Gram - através de mutações e modificações nas porinas, que são 
proteínas que permitem a entrada de nutrientes e outros 
elementos para o interior da célula.
Aumento da atividade de Bombas de 
Efluxo
• É um mecanismo originado por mutação genética
• não é um mecanismo independente, estando sempre associadas
a outros mecanismos de resistência.
Staphylococcus epidermidis
e
Outras Espécies de Staphylococcus
Coagulase-negativos
São bactérias que constituem a microbiota da pele e de
membranas mucosas de humanos e de outras espécies
animais. Geralmente estabelecem uma relação simbiótica
com seus hospedeiros, mas podem desencadear processos
infecciosos ao invadir o tecido colonizado.
Staphylococcus epidermidis
• Espécie do grupo de SCoN encontrada com maior frequência
na microbiota epitelial humana.
• Diferente de S. aureus, S. epidermidis não possui, até onde se
sabe, uma ampla variedade de toxinas.
• Considerada por muito tempo uma espécie comensal é agora
vista como um importante patógeno oportunista responsável
por infecções nosocomiais associadas a dispositivos médicos
de longa permanência.
A produção de biofilmes - aglomerados multicelulares aderidos a
superfícies - é o processo mais importante associado à virulência
de S. epidermidis e, também, o mais estudado
Proteínas, exopolissacarídeos e até mesmo os ácidos teicóicos parecem estar envolvidos com 
a formação da matriz extracelular do biofilme
Staphylococcus saprophyticus
• Staphylococcus saprophyticus, pode ser
encontrada no sistema genital de homens e
mulheres;
• Essa bactéria possui proteínas em sua
superfície que permitem que fique aderida
mais facilmente às células do trato urinário;
• Causando infecção quando há condições que
favorecem a sua proliferação.
Habilidades Clínicas
Habilidades Clínicas
• Os Staphylococcus saprophyticus representam a
maioria das amostras (93 por cento ) coagulase
negativas e novobiocino-resistentes incidentes
no aparelho urinário do homem.
• É a espécie Gram-positiva mais frequente nas
infecções urinárias de mulheres em fase
produtiva (15 a 30 anos) podendo ser causa de
infecções urinárias altas, com envolvimento
renal.
Identificação Laboratorial 
de 
Staphylococcus sp. 
Material biológico
Bacterioscopia
➢Coloração de Gram
✓Liberação do laudo preliminar
✓Determinação do meio de cultura para cultivo primário
✓Avaliação da qualidade da amostra clínica
✓Exame microscópico negativo não invalida que possam existir Staphylococcus
COCOS GRAM+
➢Cultura microbiológica:
✓Avalia o crescimento e isolamento.
Ágar sangue – Meio não seletivo- Enriquecidos
- Isolamento de 24 h
- Colônias lisas, 
- Borda contínua
- Coloração branco-porcelana ou cinza esverdeado (B-Hemolítico)
❖S. aureus podem ter pigmento amarelo ou amarelo-alaranjado, podendo
apresentar hemólise, aparece mais pronunciada após incubação de 72 h em
temperatura ambiente.
➢Prova da Catalase (H2O2 - peróxido de hidrogênio) 
➢ Não fazer direto do meio sangue (ferritina) e sim de outro meio nutritivo > falso positivo
• Objetivo: Diferenciar Staphylococcus spp. e 
Streptococcus spp
• A enzima catalase converte o peróxido de hidrogénio em 
água e oxigénio (borbulhar positivo);.
Staphylococcus
Coagulase + Coagulase -
S. aureus
S. saprophyticus
S. epidermides
Cocos G+ produtores de catalase
Cocos G+ coagulase negativos
Prova da Coagulase em tubo
1. Adicionar a um tubo contendo 0,5 mL de plasma de coelho
com EDTA uma porção da colônia-teste.
2. Incubar o tubo por 4h e observar a formação de coágulo.
3. Em caso de resultado negativo, reincubar o tubo por mais
18 h e repetir a leitura.
+
-
Ágar Manitol Salgado
- Seletivo (alta concentração de Sal)
- Diferencial (indicador de ph)
.
Incubar a 35ºC por 18 - 24 h.
Staphylococcus - teste da coagulase
Coagulase + = S. aureus
Coagulase - = outros Staphylococcus
+ -
Prova da coagulase:
Staphylococcus - teste da DNase
DNase + = S. aureus
DNase - = outros Staphylococcus
+
Prova da DNase:
Prova da DNAse
1. Semear em ágar DNAse a amostra que se quer testar.
2. Incubar a placa a 35 – 37ºC por 18 – 24 h.
3. Após incubação acrescentar HCl 1N ao meio de cultura
4. Positivo quando ocorre transparentização do Agar em volta das 
colónias, o DNA não hidrolisado aparece mais opaco; .
GRAM: Cocos 
G+, em forma 
de cachos
CATALASE: 
positiva
COAGULASE: 
positiva
DNAse: 
positiva
MANITOL: 
cresce e 
fermenta
Staphylococcus
aureus
Streptococcus
• Os gêneros Streptococcus e Enterococcus englobam os
cocos Gram-positivos, catalase-negativos, de maior
importância em medicinahumana.
• Muitos são integrantes da microbiota normal do corpo
humano, particularmente vias aéreas superiores e trato
intestinal.
• A maioria necessita de meios enriquecidos,
geralmente pela adição de sangue, para o
crescimento (Agar sangue).
• Anaeróbios facultativos
➢β-hemolíticos: causam a lise total das hemácias
➢α-hemolíticos: causam a lise parcial das hemácias
➢ γ –hemolíticos: não causam lise das hemácias
A identificação dos estreptococos é,
entretanto, até hoje, relativamente
complexa: observação inicial das
propriedades hemolíticas das
amostras.
Classificação em grupos sorológicos:
• Baseada nas características antigênicas de um
polissacarídeo, de composição variável, chamado
carboidrato C, localizado na parede celular, que pode
ser detectado por diferentes técnicas imunológicas,
destacando-se, entre elas, a precipitação em tubo
capilar e a aglutinação pelo látex.
Grupos de Lancefield: (A, B, C, D, E, F, G, H, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U e V).
Streptococcus pyogenes
• A espécie Streptococcus pyogenes é a principal representante
dos estreptococos β-hemolíticos, e forma cadeias relativamente
longas quando cultivada em meio líquido.
• Grupo A de Lancefield
• As necessidades nutricionais são complexas, mas, de modo geral,
crescem bem em meio de ágar sangue e em meios líquidos
contendo glicose.
Fatores de virulência
• Estreptolisinas:
• S: >responsável pelo halo de hemólise em torno das
colônias > não imunogênica.
• O: > imunogênica >contribui para a virulência de S. pela
ação lítica em hemácias, leucócitos e possivelmente outras
células.
• NADase: entram nas células hospedeiras por poros pré-
formados (estreptolisina )e induz apoptose
• ScpA e SIC: inibem o sistema complemento.
• Estreptoquinase: dissolver coágulos, pela transformação do
plasminogênio em plasmina
• Desoxirribonuclease: degrada o DNA
• Hialuronidase: dissolve a substância fundamental
• do tecido conjuntivo, o ácido hialurônico
Fatores de Virulência
Patogênese
• A maioria das infecções causadas por S. pyogenes tem início
nas vias aéreas superiores (faringe) ou na pele.
• Existem cepas “especialistas” em infecções da faringe e
cepas “especialistas” em infecções cutâneas, enquanto
outras são considerada “generalistas” e causam ambos os
tipos de infecção.
• Tal tendência é considerada dependente do tipo M
apresentado pela amostra
São conhecidos mais de 80 tipos M
• Nas infecções da faringe, S. pyogenes é, de modo geral,
transmitido por meio de aerossóis/gotículas e a primeira
etapa da infecção consiste em sua adesão ao epitélio da
mucosa.
• As infecções cutâneas são geralmente adquiridas por
contato com pacientes portadores de piodermites e
se instalam quando a pele apresenta lesões
provocadas por traumas, picadas de inseto, cirurgias
e por outros meios nem sempre evidentes.
Faringites
• Virais e bacterianas
• Entre as bacterianas, em torno de 90% são causadas por
S. pyogenes.
• A infecção é transmitida por gotículas infectadas
provenientes de pacientes com o mesmo tipo de
processo.
Piodermites
• As piodermites são infecções purulentas da pele causadas, na
maioria das vezes, por estreptococos e/ou estafilococos. O
impetigo e a erisipela constituem as piodermites
estreptocócicas mais comuns.
• Os estreptococos do grupo A não conseguem sobreviver
bem na pele intacta, sendo necessário um mínimo trauma
superficial na camada córnea para que haja penetração e
proliferação.
Fascite necrosante
• É uma infecção profunda do tecido conjuntivo subcutâneo,
que se caracteriza por destruição dos tecidos muscular e
gorduroso e se dissemina ao longo do plano fascial.
• Acredita-se que a protease SpeB seja importante neste
processo
• A fascite é uma doença grave que evolui rapidamente, com
elevados índices de mortalidade.
Sequelas pós-estreptocócicas
Febre reumática
• A doença caracteriza-se por lesões inflamatórias não supurativas,
envolvendo o coração, as articulações, os tecido celular subcutâneo e o
sistema nervoso central.
• Os indivíduos que sofrem um episódio de febre reumática são
particularmente predispostos a outros episódios, em consequência de
infecções estreptocócicas subsequentes das vias aéreas superiores.
Glomerulonefrite
• A glomerulonefrite pode aparecer depois da faringite e
das piodermites.
• Como a febre reumática, trata-se também de uma
doença de natureza imunológica.
Diagnóstico e Tipagem
• Isolamento de S. pyogenes é facilmente obtido em placas contendo
meio de ágar sangue, onde a bactéria forma colônias β-hemolíticas
• A maneira mais segura e prática para identificar S. pyogenes é
verificar se a amostra isolada possui o antígeno do grupo A.
• S. pyogenes pode ser presuntivamente identificado por ser sensível
à bacitracina e hidrolisar o substrato pirrolidonil-ß-naftilamida (teste
do PYR).
• O diagnóstico também pode ser feito de forma indireta. Pacientes
infectados por S. pyogenes produzem anticorpos contra a
estreptolisina O, hialuronidase e desoxirribonuclease.
• A pesquisa de anticorpos contra estreptolisina O é positiva em 85%
dos pacientes, ao passo que a pesquisa de anticorpos para
hialuronidase e desoxirribunoclease é positiva em 95%, e a
pesquisa para os três anticorpos é positiva em praticamente todos
os pacientes.
• Entretanto, em virtude do aparecimento tardio dos anticorpos, o
estudo da resposta sorológica está primariamente indicado quando
do diagnóstico da febre reumática e glomerulonefrite.
Tratamento - β-lactâmicos
• Nesta categoria, estão incluídas as penicilinas, as
cefalosporinas, os monobactâmicos e as carbapenemas.
Todos estes possuem em comum o anel β-lactâmico.
• Antibiótico de escolha: Penicilina G
Penicilinas naturais:
extraídas de culturas
do bolor Penicillium
Penicilinas 
semi-sintéticas: 
parte da penicilina 
é produzida pelo 
bolor e parte é
adicionada 
sinteticamente.
Streptococcus agalactiae
• “estreptococos do grupo B”
• Em 1930 foi descrito sua presença em secreções vaginais de
pacientes assintomáticas.
• Em 1970 foi confirmada sua atuação como patógeno em seres
humanos (associação com sepse e pneumonia puerperal e
neonatal)
• A partir de então, este agente emergiu como causa frequente de
bacteremias, pneumonias e meningites em crianças com idade
inferior a 3 meses de idade, assim como de infecções em adultos,
homens ou mulheres (gestantes ou não).
• A gravidade do problema estimulou a implantação de medidas
profiláticas, tais como o uso de antibióticos durante o parto.
Os recém-nascidos podem 
ser infectados de três 
maneiras:
• Antes do nascimento, as
bactérias da vagina se
espalham para o canal do
parto dentro do útero e
infectam o líquido amniótico
que envolve o bebê. O bebê
é infectado pela ingestão do
fluido infectado.
• Durante o parto, pelo
contato com as bactérias no
canal do parto.
• Após o nascimento, através
do contato próximo com a
mãe.
• A ruptura prematura das membranas placentárias
também favorece a colonização fetal. No entanto, há
evidências de que S. agalactiae pode penetrar na
cavidade amniótica através da placenta íntegra e
causar infecções fulminantes no feto ainda dentro do
útero
Fatores de virulência
Fatores de virulência
• Hemolisina: forma poros nas membranas celulares de
diferentes células
• FbsA, FbsB e e CspA: permitem a ligação à queratina
humana, presente em tecidos epiteliais do pulmão, da pele
e da vagina.
• GAPDH: ao serem expostas ao meio extracelular passam a
auxiliar na adesão do micro-organismo.
• A aspiração da secreção vaginal pelo recém--nascido
pode levar a bactéria até os alvéolo pulmonares, onde
ela proliferará abundantemente se não for eliminada
rapidamente pelos macrófagos pulmonares.
Manifestações clínicas
• Em recém-nascidos dois tipos de síndromes clínicas são
descritos em neonatos: a síndrome precoce (7 a 90 dias
após o nascimento) que incluem a pneumonia, artrite
séptica, sepse emeningite e a síndrome tardia que
incluem bacteremia associada à meningite.
• Em parturientes, os estreptococos do grupo B estão
associados a doenças que variam desde a infecção
urinária branda até quadros de sepse grave,
tromboflebite séptica, meningite, osteomielite, e
endocardite.
Em homens e em mulheres não parturientes
• O trato gastrointestinal é um reservatório importante
para os estreptococos do grupo B em indivíduos
adultos, e o trato genital masculino é também
considerado como uma importante fonte de
pielonefrite e prostatite
Diagnóstico
• Os espécimes clínicos mais indicados para a pesquisa de
portadores são aqueles colhidos da vagina, cérvice uterina e
região anorretal.
• Em recém-nascidos, o material deve ser coletado logo após o
nascimento, a partir do cordão umbilical, canal auditivo
externo, garganta e reto.
• Nas crianças com sintomatologia, deve ser coletado sangue,
liquor e urina.
• A identificação presuntiva de S. agalactiae é geralmente feita pelo teste
de CAMP
• Detecta uma Substância (fator CAMP) produzida por Streptococcus do
grupo B, a qual potencializa a ação hemolítica da β-lisina de
Staphylococcus aureus, tendo como efeito a formação de uma área de
hemólise sinérgica,
• Para a identificação definitiva recorre-se à pesquisa do antígeno do grupo
B, através de métodos sorológicos ou de genes espécie-específicos por
PCR
.
Tratamento 
• O antibiótico de escolha continua sendo a penicilina,
em doses 10 vezes superiores às usadas, por exemplo,
para o tratamento das infecções causadas por S.
pyogenes.
• Outra alternativa recomendada é a associação de
penicilina com aminoglicosídeo
Aminoglicosídeos 
• Antibióticos aminoglicosídicos, como a estreptomicina e a
gentamicina, interferem nas etapas iniciais da síntese
proteica pela alteração conformacional da porção 30S do
ribossomo 70S procariótico
Streptococcus pneumoniae
• Frequentemente referido como pneumococo
• Cadeias curtas
• Em ágar sangue, as colônias são alfa-hemolíticas e imprimem cor
esverdeada ao meio
Embora seja encontrado, com frequência, no trato
respiratório superior de indivíduos assintomáticos,
S. pneumoniae é um dos principais patógenos
humanos, responsável, em particular, por infecções
graves em crianças e indivíduos idosos.
Fatores de virulência
• Autolisina: degradação da parede celular
• Pneumolisina: Inflamação
• Hialuronidade: cliva o ácido hialurônico, tornando o tecido conjuntivo
mais frouxo, o que facilita a invasão bacteriana
• Neuraminidase: clivam as moléculas de ácido siálico reduzindo a
viscosidade do muco e aumentam a capacidade de aderência,
alterando a superfície das células epiteliais do hospedeiro
• CbpA e PsaA : considerada uma das principais adesinas de
pneumococos.
Fatores de virulência
Pneumonia
• É uma infecção aguda, normalmente precedida por um estado
gripal, que afeta os lóbulos inferiores dos pulmões.
• Ocorre quando a bactéria sobrevive à fagocitose pelos
macrófagos pulmonares e proliferam nos alvéolos, onde sofrem
autólise promovendo a liberação de substâncias que provocam
inflamação.
Meningite
• S. pneumoniae é um dos agentes mais comuns de meningite
bacteriana, tanto em crianças como em adultos, com
predominância em pacientes com idade abaixo dos 5 anos.
• Pode resultar de bacteremias primárias, mas muitas vezes se
instala em associação a otites, sinusites e pneumonias.
Bacteremia
• A bacteremia é a apresentação clínica invasiva mais
comum da infecção pneumocócica entre crianças de até
2 anos de idade.
• Ocorre em aproximadamente 25% dos casos de
pneumonia e em cerca de 80% dos casos de meningite
pneumocócica.
Otite e sinusite
• S. pneumoniae é uma das principais causas de otites e
sinusites.
• Frequentemente, estes processos são complicações de
infecções virais do trato respiratório, que provocam
obstrução dos seios paranasais e da trompa de Eustáquio.
Diagnóstico
• A abordagem clássica é a cultura em meios ricos, tais como ágar sangue
e ágar chocolate.
• No ágar sangue, os pneumococos formam colônias circundadas por
halos de α-hemólise, que podem ser facilmente identificadas através de
testes simples, tais como o de suscetibilidade à optoquina e o de bile-
solubilidade.
• Em casos de meningite, a cultura deve ser sempre precedida do exame
microscópico de esfregaços corados pelo Gram, pois a presença de
diplococos Gram positivos no material é altamente sugestiva de
meningite pneumocócica
Enterococcus
Enterococcus
Prof. Me. Lucas Lima
• Cocos Gram +: em geral isolados , aos pares ou em 
cadeias curtas 
• Anaeróbicos facultativos
Negativos no teste da catalase: algumas amostras podem
produzir uma pseudocatalase, determinando um teste
fracamente positivo.
• Crescem bem em meio de ágar sangue, preparado com
sangue de carneiro, apresentando colônias alfa ou não
hemolíticas.
• Características peculiares desses micro-organismos
incluem a capacidade de crescer em condições
variadas de temperatura (de 10ºC a 45ºC) e de pH (de
4,0 a 9,6), bem como na presença de concentrações
elevadas de cloreto de sódio (NaCl a 6,5%) e de sais
biliares.
• A maioria dos integrantes deste gênero produz as
enzimas pirrolidonil arilamidase e leucina
aminopeptidase, que hidrolisam os substratos L-
pirrolidonil-β-naftilamida (PYR) e L-leucina- β-naftilamida
(LAP), respectivamente, constituindo testes-chave na
caracterização de Enterococcus
• A maioria apresenta o antígeno do grupo D de Lancefield
• Amplamente distribuídos na natureza e fazem parte da microbiota residente
(intestino) do homem e de animais.
• São transmitidos de um paciente a outro através das mãos de profissionais de
saúde, alguns dos quais podem albergar enterococos no tratogastrintestinal,
mas podem ser transmitidos também por artigos médico-hospitalares.
• Nos seres humanos, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium são as
espécies identificadas com maior frequência, tanto colonizando diversos sítios
anatômicos, quanto participando em diferentes quadros infecciosos.
Fatores de virulência
• Expressão de uma variedade de mecanismos de resistência
aos antimicrobianos: (determinados por genes localizados no
cromossomo), quanto adquiridos (decorrentes de mutações
ou genes extra -cromossômicos).
• Os principais determinantes de virulência associados à
patogênese de E. faecalis, destacam-se como fatores
secretados: a citolisina e a gelatinase
• Citolisina: Toxina hemolítica
• Gelatinase: hidrolisa gelatina, colágeno, elastina, caseína,
hemoglobina, glucagon, neurotensinas >>> Participa na degradação
dos tecidos do hospedeiro e modulação da resposta imune.
Adesinas
• Proteína Esp > liga a célula do hospedeiro
• Proteínas que ligam colágeno
• Um dos fatores mais estudados
• Envolvidos na aderência de enterococos às células do hospedeiro.
• Expressão é induzida por feromônio.
• Encontra-se inserida na parede celular : responsável pelo contato
bactéria-bactéria, promovendo a formação de agregados celulares,
que precedem a transferência genética de plasmídios em eventos
de conjugação.
Substância Agregativa 
Infecções
• Infecções do trato urinário,
• bacteremias,
• endocardites,
• infecções intra-abdominais do trato biliar e de feridas,
incluindo úlceras de decúbito e úlceras do pé diabético.
• A origem das amostras de enterococos que causam infecções
do trato urinário é, predominantemente, a microbiota
gastrintestinal do próprio paciente
Tratamento e controle
• Terapia antimicrobiana é difícil. Antimicrobianos de
nova geração estão sendo utilizados
(linezolida,fluoroquinolona);
• Práticas apropriadas de controle de infecções (uso de
jaleco e luvas,isolamento de pacientes infectados –
quando resistentes aos glicopepetídeos).
Diagnóstico
Identificação de Cocos Gram Positivos Catalase 
Negativa
Estreptococos 
α-hemólise β-hemólise γ-hemólise 
Optoquina 
R S
S. Grupo 
viridans
S. pneumoniae
‘’Camp test’’(-) (+)
Outros β
hemolíticos
S. agalactiae
Bile esculina (+) Bile esculina (-)
Enterococcus spp Outros 
estreptococos
PYR
(+)
S. pyogenes

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