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MÓDULO I
As Tecnologias 
Educacionais a Serviço 
de uma Aprendizagem 
Significativa
AUTORES: Germânia Kelly Ferreira 
de Mereiros
Lillian Kelly Alves Guedes
O Uso das Tecnologias da 
Informação e Comunicação 
no Desenvolvimento da 
Leitura e da Escrita
AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS A SERVIÇO DE
UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Ao longo dos anos, a educação passou por diversas mudanças, fruto
das novas formas de conceber o mundo e suas relações. Nesse sentido,
acreditamos que o homem, enquanto ser único, é resultado da articulação de
suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural –, constituindo-
se, portanto, num ser completo, demandando da escola uma educação integral,
isso porque não se admite mais uma escola que compreenda seu papel
apenas no aspecto tradicional do ensino voltado para o conteúdo, mas que
entende o estudante em todas as suas dimensões. O que se propõe à
educação integral é a integralidade, isto é, um princípio pedagógico onde o
ensino da língua portuguesa e da matemática não está separado da educação
emocional e da formação para a cidadania. Na educação integral, a
aprendizagem é vista sob uma perspectiva holística (GADOTTI, 2009). 
O que é educação integral?
A Educação Integral é uma concepção
que compreende que a educação deve
garantir o desenvolvimento dos sujeitos
em todas as suas dimensões –
intelectual, física, emocional, social e
cultural e se constituir como projeto
coletivo, compartilhado por crianças,
jovens, famílias, educadores, gestores e
comunidades locais.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/conceito/?
utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm
_campaign=AdwordsGrants&gclid=Cj0KCQjw0dHd
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A Educação Integral:
- É uma proposta contemporânea porque,
alinhada as demandas do século XXI, tem como
foco a formação de sujeitos críticos, autônomos e
responsáveis consigo mesmos e com o mundo;
- É inclusiva porque reconhece a singularidade
dos sujeitos, suas múltiplas identidades e se
sustenta na construção da pertinência do projeto
educativo para todos e todas;
- É uma proposta alinhada com a noção de
sustentabilidade porque se compromete com
processos educativos contextualizados e com a
interação permanente entre o que se aprende e o
que se pratica;
- Promove a equidade ao reconhecer o direito de
todos e todas de aprender e acessar
oportunidades educativas diferenciadas e
diversificadas a partir da interação com múltiplas
linguagens, recursos, espaços, saberes e agentes,
condição fundamental para o enfrentamento das
desigualdades educacionais.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/conceito/?
utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm_campaign=A
dwordsGrants&gclid=Cj0KCQjw0dHdBRDEARIsAHjZYYAx701s
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m30EALw_wcB
Dessa maneira, o sistema educacional formal, aqui descrito apenas
nas figuras de pais, professores e gestores e no espaço conhecido como
escola, é insuficiente quando se quer resultados satisfatórios, uma vez que
essa percepção de educação está desalinhada com o contexto do século
XXI. Isso porque, nem tudo do que se aprende é ensinado por alguém
especificamente ou na escola, assim como nem tudo que é ensinado é,
necessariamente, aprendido ou precisa ser institucionalizado pelo espaço
escolar. 
A lógica organizadora dos novos espaços destinados às
aprendizagens múltiplas, ancoradas nos interesses individuais que, dada a
semelhança daqueles que as buscam, tornam-se, portanto, interesses
coletivos, que agora vê no ciberespaço a confluência no meio de tantas
divergências. Dessa forma, é possível perceber um espaço onde se é
possível abrigar interesses diversos, motivados pelo individual, mas com
respostas dadas pela interação com o coletivo. Trata-se das redes virtuais
em ação, onde tempo e espaço transitam em função dos saberes em
processo permanente de construção, como esclarece Kensky (2012):
As inúmeras redes e comunidades virtuais não são formadas por
aglomerações de pessoas ou instituições com características
semelhantes e que funcionam dentro dos mesmos fluxos dos
processos produtivos, como ocorria na sociedade industrial, na
fabricação em série de produtos. As redes não têm centro ou
liderança. Funcionam articulando uma diversidade de elementos
(redes ou nós) conectados e em permanente movimento.
O espaço de fluxo da rede não obedece a coordenadas de tempo e
espaço ou a uma organização social estruturada e definida. Seu
tempo é o momento da exposição e pode ser conectado com o
passado ou o futuro; seu espaço é reconfigurado a todo instante, de
acordo com a perspectiva e os objetivos do usuário, e pode variar da
distância zero (nas simulações intracorporais, por exemplo) até o
infinito. (p. 39-40)
Observando os aspectos da sociedade digital e da escola, outra
questão divergente, além do espaço e do tempo, é o descompasso de
interesses, de objetivos, de motivações entre o que se pretende ensinar e o
que se deseja aprender, diferente do que se configura no ciberespaço. É
como se de um lado fosse a vida comum, o cotidiano, a rotina e, do outro, a
escola, reproduzindo um formato que não consegue mais comunicação com
seu público, o aluno.
De maneira geral, o homem sempre foi construtor de seu
conhecimento. A ele sempre coube a ação ativa de aprender, de formular
suas dúvidas, hipóteses e respostas. O caminho percorrido neste trajeto é
único para cada ser aprendente. Ainda que os exemplos contribuam com o
processo de aprendizagem, eles sinalizam caminhos, mas não limitam o
ponto de chegada ou impedem que outros caminhos sejam criados para se
chegar ao mesmo objetivo.
Partindo desse princípio (das múltiplas formas de se aprender), é, no
mínimo, coerente imaginar formas diversificadas de se aprender e se
ensinar. Cientes de que aprender é diferente de memorizar e de que
compete ao aprendente a construção de seus caminhos epistemológicos,
contesta-se aqui um formato no qual "um sistema" define o que se deve
aprender e em que tempo e quantidades. Como pode a escola definir as
curiosidades individuais dos alunos? Como pode esta mesma instituição
dizer em que ritmo a aprendizagem de cada um deve avançar? Impossível!
Sendo a vida é background da escola, sabe-se que esta dispõe de um
repertório diverso de meios comunicacionais portadores de informações,
assim como de experiências individuais reveladoras de um mix de
possibilidades e de interesses. Dessa forma, se esse espaço se configura
apenas como mais um "canal de informação ditatorial", não mais se
sustentará na sociedade digital. É necessária e urgente a abertura para uma
pedagogia do interesse, contrapondo-se ao instrucionismo. 
Baseando-nos em Piaget (2002), é possível afirmar que o processo de
aprendizagem passa por desequilíbrios (que aqui podemos colocar como
Instrucionismo é uma corrente pedagógica baseada na teoria
didática tecnicista sustentada pela teoria da aprendizagem
comportamentalista (behaviorista). Valoriza-se a estrutura
curricular, é estabelecida uma aprendizagem mecânica de
assimilação e repetição de informações.
Fonte: https://sites.google.com/site/infoeducunirio/perspectiva-instrucionista
curiosidades) para, na busca por uma nova acomodação (respostas),
avançar no seu crescimento intelectual. Além disso, para Vygotsky (2000), a
interação entre os pares (ambiente social) é um campo educativo por
natureza. Assim, a escola pode promover uma revolução em seus
processos, se reinventar e, para tanto, fazer uso das tecnologias educativas
como elemento provocador e promotor de muitas mudançasnecessárias ao
padrão atual de ensino, trazendo para si a cultura das metodologias ativas.
Fonte: http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295
METODOLOGIA ATIVA
Uma mudança de pape# is em que o aluno passa a ser protagonista e o professor vira uma espe#cie
de orientador. Essa e# a mudança proposta pelas metodologias ativas de ensino. O modelo tira o
aluno da condiça'o de ouvinte e faz com que ele tenha mais participaça'o e interaça'o no processo
de aprendizagem.
Quando se fala de metodologia, o alvo esta# nas formas de alcançar os objetivos pedago# gicos
propostos pela aprendizagem ativa. Nesse contexto, ha# diversos modelos que podem ser usados
como exemplo. Entre os mais famosos esta'o o estudo de caso, simulaço' es e debates. Um formato
de destaque e# a aprendizagem baseada em projetos ou problemas (Problem Based Learning –
PBL).
“A metodologia ativa quebra com um conceito tradicional que no# s temos sobre o que e# ensinar. O
professor passa a dar menos aulas expositivas, e o aluno vai estudar mais conteu# do em casa para
poder debater em sala de aula”, destacou a diretora do GEN Educaça'o, Andrea Ramal.
Outro formato bem conhecido e# o flipped learning (sala de aula invertida), no qual os alunos
aprendem o conteu# do em casa, e na aula sa'o realizadas atividades e debates sobre a mate#ria, o
que faz do modelo uma diretriz para as outras metodologias ativas.
Fonte: http://inoveduc.com.br/o-que-sao-metodologias-ativas/
http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295
Sem a pretensão de esgotar o tema do ponto de vista da sua
discussão pedagógica e filosófica, apresentamos aqui três indícios de por
onde começar, mesclando ações de ensino na busca por uma aprendizagem
baseada nos interesses dos alunos, com questões próprias do sistema
educativo, como currículo, avaliação, tempo de aula e uso das tecnologias
educativas.
O primeiro princípio que abordaremos diz respeito ao fato da escola
regular trabalhar com um conteúdo pré-estabelecido para todos os níveis de
ensino, dividindo por ano aquilo que deve ser aprendido neste intervalo de
tempo. Diante desse método, a escola utilizando-se da avaliação para aferir
se aquele conteúdo foi ou não aprendido, como uma prestação de contas
após um ano de ofício.
No entanto, o professor, a partir dos mesmos elementos (conteúdo,
aula e avaliação) pode estabelecer uma nova dinâmica, utilizando a
avaliação para identificar o estágio atual do aluno quanto ao conteúdo
(avaliação diagnóstica) e também para acompanhar a evolução do aluno
(avaliação processual). A forma de apresentação do conteúdo pode passar
por um processo de problematização, assumindo um perfil de desafio e,
portanto, deixando seu caráter impositivo. As tecnologias educativas podem
contribuir com toda esta dinâmica, a partir dos jogos, planilhas, simuladores,
vídeos, podcasts e tantos outros recursos.
O fundamental é que o ato de ensinar não seja uma ação mecânica
promovida pelo professor, mas que seja uma relação de aprendizes, no qual
aquele que já possui um certo domínio sobre o conteúdo se dispõe a
partilhar seus saberes e a descobrir novas formas de fazer isso, valorizando
os saberes do aluno. Percebe-se aqui que a questão primeira não é a
tecnologia em si, mas a concepção de ensino que o professor construiu ao
longo de sua ação docente.
Se, para o professor, o ato de ensinar vincula-se a uma ação de
envolvimento com o aprender do aluno, buscar diferentes métodos e
recursos é uma consequência, uma alternativa para a realização de um
trabalho diferenciado. Agora, se para o professor a aprendizagem está
associada à memorização de conteúdo, as tecnologias serão utilizadas para
reforçar este modelo, não agregando qualquer inovação no processo a não
ser a inserção de novos artefatos à sala de aula.
Além disso, temos um segundo princípio a ser discutido: no campo das
tecnologias educativas, muitas são as possibilidades de se reinventar o ensino,
mas isso deve ser bem planejado para que a utilização desses recursos não se
transforme numa sessão de frustração para professores e alunos, ocasionada
por problemas de ordem técnica ou, o que pode ser pior, de inadequação de
recursos em função dos objetivos. Assim, pensar no objetivo de aprendizagem
vinculado ao conteúdo deve ser o ponto de partida. Então, não se tem uma
proposta de utilização das tecnologias, mas uma intenção de qualificar a
aprendizagem do aluno, sendo o uso das tecnologias educativas uma
oportunidade a mais para que o processo flua de forma significativa. Ainda
nesse planejamento, deve-se incluir situações de aprendizagem nas quais o
aluno seja corresponsável pelo seu percurso cognitivo.
De acordo com pesquisas realizadas por Michael Lewis (2001) e por
Tapscott (1998), ambos citados por Kenski (2012), os jovens estudantes
possuem uma forte "necessidade de independência e autonomia em relação
ao conhecimento que lhes interessa". Seguem afirmando que "nenhum deles
está interessado em ser melhor aluno em todas as disciplinas do colégio,
alguns até são, mas nem sempre. Eles definem suas áreas de interesse e se
aprofundam nelas. (...) Eles se comportam como ativos pesquisadores de
informação e não recipientes" (KENSKI, 2012, p.50).
Dessa forma, é importante que o ato de ensinar seja provocador da
inteligência e do desejo do aluno. Uma das alternativas para esse feito está
no conhecimento que o docente deve ter sobre a realidade do aluno,
permitindo uma contextualização e uma aproximação do conteúdo com a
vida de todos que fazem a comunidade escolar, possibilitando uma
aprendizagem baseada em melhorias da qualidade de vida da
comunidade. 
Nesse caso, seria um bom exercício de entrosamento entre a
aprendizagem criativa e significativa e a pedagogia libertadora e histórico-
crítica propostas por Freire (1987; 1996) e Saviani (1984; 1991; 2009). Para
tanto, é preciso fomentar o cenário formativo do professor, pois
Professores bem formados conseguem ter segurança para
administrar a diversidade de seus alunos e, junto com eles,
aproveitar o progresso e as experiências de uns e garantir, ao
mesmo tempo, o acesso e o uso criterioso das tecnologias pelos
outros. O uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores a
transformar o isolamento, a indiferença e a alienação com que
costumeiramente os alunos frequentam a sala de aula, em interesse
e colaboração, por meio dos quais eles aprendam a aprender, a
respeitar, a serem pessoas melhores e cidadãos participativos.
(KENSKI, 2012, p. 103)
O terceiro e último princípio a ser abordado relaciona-se ao advento
do acesso ao conteúdo passar de um formato suportado pelo discurso e pela
leitura para assumir multisemioses: sons, imagens (ícones), textos e vídeos,
entre outros, apresentadas de forma isolada, ou ainda de forma simultânea,
constituem-se como prática comum aos alunos do século XXI. Textos
lineares e unidirecionais foram substituídos por infográficos repletos de
neologismos e interatividade.
E no universo escolar, como os conteúdos são disponibilizados?
Basicamente, de duas formas: textos lineares e discurso oral. Por meio
dessas formas, temos ainda o discurso unidirecional com leves alternâncias
de bidirecionalidade, isso quando o aluno é convidado a participar. Mais uma
vez, tem-se um conflito, agora de comunicação, de linguagem. As
tecnologias acabam por alterar também este processo, imprimindo mais uma
divergência a ser tratada na perspectiva do ensino com vistas à ampliação
da aprendizagem.
Em estudos realizados por Marco Silva (2012) acerca de
interatividade, o autor expõe que esse conceito é um fenômeno da
sociedadeda informação, manifestando-se nas esferas tecnológicas, dada a
viabilidade comunicacional que as tecnologias podem promover;
mercadológicas, como apelo para ampliação dos negócios; e social,
caracterizando-se como espaço onde, independente do ponto de partida da
comunicação, esta ganha contornos e adornos de quem a recebe e dispõe
de tecnologia para promovê-la em diferentes formatos e ressignificações (p.
12).
No campo educacional, o autor em pauta observa o impacto da
interatividade como positivo, agregando ao ato de ensinar uma comunicação
própria de quem aprende: o diálogo. Percebe-se a mudança que o avanço
tecnológico traz para o ensino na escola, uma vez que, diferentemente de
outros espaços e meios de comunicação (cinema, tv, rádio e impresso), nos
quais a interatividade pode ser caracterizada como leve na esfera da
comunicação bidirecional, na sala de aula, presencial ou on-line, tem-se
interlocutores em pleno contato, dispondo de ferramentas que permitem a
comunicação efetiva e a transformação do discurso como resultado das
compreensões pautadas nas reflexões individuais e/ou coletivas.
Associado à interatividade, tem-se o hipertexto com seus múltiplos
formatos para expressar nosso entendimento, permitindo formatar
argumentos diversos na produção da narrativa, do discurso, da ideia que se
constrói enquanto se aprende, conforme conceitua Coscarelli (2009) “(...)
hipertextos são textos não lineares que oferecem links ou elos de ligação
para outros textos, que podem inclusive ser imagens, gráficos, vídeos,
animações, sons” (p. 554).
Sendo assim, para o professor Luiz Fernando Gomes, em entrevista
concedida ao professor Eduardo S. Junqueira, por ocasião do seminário
intitulado “Novos Letramentos, Novas Agências”, realizado pelo Grupo de
Trabalho Linguagem e Tecnologias (LINTEC), em setembro de 2012, o
desafio do hipertexto no campo escolar passa, prioritariamente, por um
processo de letramento que proporcione ao leitor as competências básicas.
Tem que se ensinar a ler e a escrever para que o sujeito se constitua
no texto, para que ele se identifique, para que ele compreenda a si
mesmo e ao mundo que o cerca e para que ele perceba, entre em
contato, vivencie outros mundos e realidades possíveis que vêm a nós
por meio dos textos verbais, verbovisuais, sonoros, etc. (GOMES,
2012, p. 99)
Isso porque, mesmo com as mudanças, na cultura ocidental, continua-
se lendo da esquerda para direita, com o suporte de pequenos textos
tipográficos na maior parte das vezes. Portanto, a competência fundamental
é ler cada vez mais e melhor. Assumindo essa premissa, é possível dizer
que a escola, desde sempre, já realiza este trabalho. Assim, como fortalecer
tal processo na era digital, em que o hipertexto e a interatividade se
traduzem em forma e conteúdo diferentes do que tradicionalmente a escola
vem implementando em suas práticas educativas?
Diversificar as mídias utilizadas para o processo de ensino,
considerando que o aluno dispõe de uma infinidade de caminhos
tecnológicos, pode ser uma alternativa viável e que reduza o ato de longas
leituras que a escola propõe em concorrência a uma leitura multimodal
ofertada pelas tecnologias. Contudo, a dinâmica do ensino e da
aprendizagem pede algo mais, que sejam também inseridas diferentes
mídias para a aprendizagem que o aluno possa dispor de formatos variados
para ressignificar o produto de suas reflexões. Que ele construa blogs, sites,
gerencie fóruns e comunidades, responsabilize-se por microrrepositórios
temáticos e regionalizados. Enfim, que as tecnologias educacionais sejam
promotores de novas formas de ensinar e aprender, implicando num
movimento cíclico de alterações de formatos e conteúdos em prol de uma
aprendizagem significativa.
REFERÊNCIAS
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 
Campinas: Papirus, 2012.
PIAGET, J. Epistemologia genética. (Á. Cabral, Trad.) São Paulo: Martins 
Fontes,2002.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. (P. Bezerra, Trad.) São 
Paulo: Martins Fontes, 2000.
MOSÉ, V. A escola e os desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2013.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, 
onze teses sobre educação, e política. São Paulo: Cortez: Autores 
Associados, 1984.
__________, D. Padagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São 
Paulo: Cortez: autores associados, 1991.
__________, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do 
problema no contexto brasileiro. Revista brasileira de educação , 143-155, 
2009.
SILVA, M. Sala de aula interativa. São Paulo: Loyola, 2012.
COSCARELLI, C. V. Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio. Linguagem 
em (Dis)curso, p. 549-564, 2009.
GOMES, R. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: M. C. 
Minayo, Pesquisa Social: teoria, método e criatividade (pp. 79-108). 
Petrópolis-RJ: Vozes, 2012.
Centro de Referência em Educação Integral. O que é Educação Integral. 
Disponível em:< http://educacaointegral.org.br/conceito/?
utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm_campaign=AdwordsGrants&
gclid=Cj0KCQjw0dHdBRDEARIsAHjZYYAx701st1Grkcpkz1JfGynXDstGGsVqD
cmyfriK880GSUQAA0gCBjAaAm30EALw_wcB> Acessado em 2 de outubro de 
2018.
INOVEDUC. O que são metodologias ativas de ensino? Disponível em:< 
http://inoveduc.com.br/o-que-sao-metodologias-ativas/>. Acessado em 2 de 
outubro de 2018.
http://educacaointegral.org.br/conceito/?utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm_campaign=AdwordsGrants&gclid=Cj0KCQjw0dHdBRDEARIsAHjZYYAx701st1Grkcpkz1JfGynXDstGGsVqDcmyfriK880GSUQAA0gCBjAaAm30EALw_wcB
http://educacaointegral.org.br/conceito/?utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm_campaign=AdwordsGrants&gclid=Cj0KCQjw0dHdBRDEARIsAHjZYYAx701st1Grkcpkz1JfGynXDstGGsVqDcmyfriK880GSUQAA0gCBjAaAm30EALw_wcB
http://educacaointegral.org.br/conceito/?utm_source=Google&utm_medium=Adwords&utm_campaign=AdwordsGrants&gclid=Cj0KCQjw0dHdBRDEARIsAHjZYYAx701st1Grkcpkz1JfGynXDstGGsVqDcmyfriK880GSUQAA0gCBjAaAm30EALw_wcB
http://inoveduc.com.br/o-que-sao-metodologias-ativas/

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