Buscar

Direito 2021 - Código Tributário Nacional - Breves comentários ao CTN - DM Machado Ideal para Concursos Públicos e OAB 1a e 2a Fases CTN - Código Tributário Nacional - baixar download grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Breves Comentários ao Código Tributário Nacional – CTN – DM Machado
Art 1º 
Esse dispositivo se refere à Constituição Federal de 1946, que corresponde ao Art. 146 da Constituição Federal, de 1988; mencionando as normas gerais de direito tributário, que são matérias reservadas à lei complementar conforme III, alínea B em especial do referido artigo constitucional, que mencionam obrigação (Art. 113 do CTN) lançamento (Art. 142 do CTN) crédito (Arts. 139 a 141 do CTN) prescrição (Art. 174 do CTN) e decadência (Art 173, I do CTN).
Art. 2º 
O artigo deve ser lido em conjunto com o Art. 5º parágrafo 2º e Arts. 145 a 162 da Constituição Federal, pois menciona o sistema Tributário Nacional, não obstante, o Art 96 do CTN deve ser acrescentado pois trata-se de legislação tributária, supracitada no texto legal, a lei 4320 de 1964 que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal, o art. 194 do CTN, que fala sobre Administração Tributária e legislação tributária deve ser levemente adicionado para fomentar o estudo inicial do Código, formando esse primeiro contato com a legislação e a interpretação sistemática do mesmo, os dispositivos do CTN apontados serão oportunamente comentados.
Art. 3º 
Traz a definição de tributo, prestação pecuniária, pecus em latim significa gado, se referindo à riqueza que na época era manifestada em gado, servindo como moeda de troca à época, prestação é uma obrigação de fazer, sendo a mesma tributária e principal (pagar o tributo) e pecuniária em dinheiro, dessa forma, entendemos que o tributo não deverá ser quitado de outra forma, em serviços por exemplo, salvo a dação em pagamento de bem imóvel como veremos adiante (Art. 156, XI do CTN).
Prestação compulsória: a obrigação tributária principal independe da vontade do contribuinte, uma vez praticado o fato gerador, nasce a obrigação tributária, noutras palavras é uma prestação imposta ao sujeito passivo.
Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Está interligado intimamente com o conceito de prestação pecuniária, o pagamento será feito sempre em moeda corrente, dinheiro ; ou através da dação em pagamento por Bens Imóveis, hipótese autorizada em lei.
Que Não constitua sanção de ato ilícito: Tributo não é multa, não deve decorrer de uma penalidade aplicada por um ato contrário à lei, como traficar drogas, poluir o meio ambiente, avançar o sinal vermelho etc...
Assim os fatos geradores serão sempre decorrentes de uma atividade (normalmente econômica) lícita, como auferir renda (IR) circular mercadorias (ICMS) prestar serviço (ISS) e assim por diante.
Instituída em lei: trata-se do princípio da legalidade, Arts. 5º, II, 150, I, da CF e 97 do CTN) em regra o tributo será instituído por lei ordinária, em alguns casos específicos por lei complementar (Art. 148, 153, VII e 154, I da CF) que é o caso dos empréstimos compulsórios, impostos sobre grandes fortunas e Impostos Residuais da União sucessivamente.
Cobrada mediante atividade plenamente vinculada: Somente a Administração pública através do lançamento tributário, poderá cobrar o tributo, independe da vontade do fiscal, ele será obrigado a cobrar inclusive sob pena de responsabilidade pessoal se não o fizer, não havendo pagamento pelo contribuinte, o mesmo será inscrito em dívida ativa, através da CDA, certidão de dívida ativa, e posteriormente ajuizada e Execução Fiscal (processo judicial) para a cobrança do crédito tributário.
Recomenda-se a leitura conjunta dos Artigos 97, 118, I, e 142 do CTN; Arts. 145, parágrafo 1º e 150, II, da CF, Súmulas 545 e 666 do STF e 353 do STJ.
Art 4º
A espécie tributária não será determinada pelo nome ou demais apontamentos que a lei venha a fazer, ou até mesmo o destino do dinheiro não poderá dizer que uma espécie tributária tem aquela natureza jurídica por conta dessa aplicação de recursos.
Desse modo, uma taxa pode assim ser chamada pela lei, mas a rigor pode ter natureza jurídica de imposto ou vice-versa, temos de olhar para o Fato Gerador do tributo, e não para sua denominação, assim saberemos a real natureza jurídica de um tributo.
Art 5º 
Adota a teoria tripartida de tributo, por ser anterior à Constituição Federal de 1988, tendo os:
Impostos, como espécie tributária não vinculada à uma contraprestação estatal, isto é, paga-se impostos e o dinheiro vai para o custeio de despesas públicas gerais e não para uma área específica, como por exemplo o IPVA é pago e o dinheiro não vai para as estradas de rodagem, como muito se fala a respeito, (Art. 145, I, Art 167, IV, da CF e Art. 16 do CTN).
Taxas: São tributos com destinação específica (Art. 145, II, CF, e Art 77 do CTN). contraprestacionais, isto é, o contribuinte paga taxas e em troca recebe do Estado integralmente a prestação de um serviço público ou o exercício da fiscalização de um poder de polícia, o fruto da arrecadação é destinado a uma das duas prestações pelo Estado.
Contribuições de Melhoria: Também é tributo vinculado (Art. 145, III da CF e Art. 81 do CTN) destina-se ao custeio de obras públicas e decorrente delas havendo valorização imobiliária, o fato gerador se consuma, respeitando o limite individual, isto é o acréscimo que cada Imóvel teve e o limite total, o custo total da obra, por exemplo uma obra pública realizada em quatro Imóveis: tendo o custo total de R$ 10.000,00 (dez mil reais) considerando que o valor original dos mesmos fosse de igual valor, após a obra pública os referidos imóveis valorizaram R$ 5.000,00 (cinco mil reais) passando a valer R$ 15.000,00 (quinze mil reais) cada, o valor que poderá ser cobrado deverá respeitar um total de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) podendo ser cobrado R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) como contribuição de melhoria, considerando o limite total da obra que foi de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Além desses tributos, atendendo à teoria pentapartida dos tributos, adotada pelo STF, temos o:
Empréstimo Compulsório: Trata-se de tributo (Art. 148 CF) que faz frente a despesas adicionais inesperadas, somente pode ser instituído por lei complementar e traz consigo uma característica bem peculiar, que é a promessa de restituição, isto é, o contribuinte paga esperando ser ressarcido lá na frente; pode ser instituído em decorrência de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; e no caso de investimento de caráter urgente e de relevante interesse nacional; sendo que o destino da arrecadação será vinculado (Art. 148, Parágrafo Único da CF).
Contribuições Gerais ou Especiais: A grosso modo, nada mais são do que Impostos com Destinação específica, Com previsão expressa na Constituição Federal em seu (Art. 149 CF) as contribuições especiais podem ser:
Contribuições Sociais: podem ser Gerais (Art. 146 CF) e as destinadas ao financiamento da seguridade social (Art. 195 da CF) a primeira abrange áreas como habitação por exemplo e a segunda o custeio da seguridade social (assistência social, previdência social, e saúde) ambas são de competência da União.
CIDE – Contribuição de intervenção no Domínio Econômico: Como o próprio nome sugere, são criadas por meio de lei ordinária para intervir em algum setor da economia, são de competência da União, e previstas no (Art. 177 CF).
Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas: São contribuições conhecidas como contribuições corporativas, que representem categorias profissionais, como CRC, CRM, são as famosas anuidades de classe, é importante ressaltar que segundo o STF, a OAB não se enquadra aqui, pois trata-se de contribuição suis generis não tributárias. Esses conselhos não podem fixar novos valores, respeitados os limites legais (RE 704.202)
COSIP – Contribuição Social para o Custeio de Iluminação Pública: Conhecida também como CIP, Tributo com competência dos Municípios e Distrito Federal, não sendo contribuição especial, revelando-se uma contribuição Suis Generis (RE 573.675).
Art. 6º 
A competência mencionada é plena pois o ente que a receberpode instituir tributos, estabelecer fatos geradores, base de cálculo, contribuintes, responsáveis tributários, bem como cada circunstância em que o crédito tributário será cobrado, respeitado os ditames constitucionais.
O caput desse artigo deve ser interpretado conjuntamente com (Arts. 24, 30, 145 caput e parágrafo 1º, Art. 150 a 152 da CF)
O parágrafo único fala sobre repartição de receitas, e que o fato dela existir não esbarra na competência tributária de outro ente, o referido parágrafo deve ser apreciado combinado com as Súmulas 69 e 578 do STF e os Artigos 146, I e II da CF, 150, 153, parágrafo 5º, 154 a 162 da CF.
Art 7º 
Competência é a atribuição concedida a um ente para exercer seu poder de tributar, e nos termos desse artigo, ela é indelegável, não se pode transferir a outro ente o encargo de legislar em matéria tributária; além disso, ela é intransferível, irrenunciável, incaducável ou imprescritível.
Não se deve confundir com capacidade tributária ativa, que é delegável, transferível e precária, pode ser transferida a capacidade e arrecadar e fiscalizar tributos, mas nunca o legislar a respeito destes, podendo ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral (precariedade).
A leitura conjugada da Súmula 69 do STF, o Art 37, XXII, 145, 148 a 149ª e 153 a 156 CF ajuda a materializar o conteúdo desse artigo.
O parágrafo primeiro fala sobre a possibilidade da capacidade tributária ativa ser delegada, e deve ser lido com a Súmula 483 do STJ e Arts. 183 a 193 do CTN.
O parágrafo 2º fala sobre a precariedade como natureza da transferência de capacidade tributária ativa, uma vez que conforme já mencionado acima, pode ser revogada a qualquer momento.
O parágrafo 3º por sua vez, deixa claro, que a arrecadação de tributos não constitui delegação de competência, nem transferência da capacidade ativa, mencionando as pessoas jurídicas de direito privado, aqui como exemplo podemos citar os bancos, que arrecadam tributos por meio de seus sistemas de pagamentos como por exemplo a arrecadação de DARF por meio do Internet Banking, onde há o devido repasse à receita federal.
Art. 8º 
A idéia aqui é que o fato de determinado ente não exercer a competência a si outorgada não autoriza a outro ente distinto o faça, uma vez que a competência tributária é facultativa e é a Constituição Federal quem a estabelece. O Art 155, parágrafo 2º, XII, G, CF pode ser indicado como leitura complementar a esse artigo.
Art 9º 
Traz vedações aos entes federativos:
I – atende ao princípio da legalidade, proibindo que se institua ou majore tributos sei a lei correspondente, com exceção da alteração de alíquota ou base de cálculo do imposto de importação (II), Imposto sobre Exportação (IE) Imposto sobre operações financeiras (IOF).
Leitura combinada: Art. 5º, II, Art. 150, I, 153, parágrafos 1º e 4º, Art. 155, parágrafo 4º, IV, C, e 177, parágrafo 4º, I, B, CF e Art. 97 do CTN.
II – segue o estabelecido pelo princípio da anterioridade, trazendo como exemplo o imposto sobre o patrimônio e a renda, a anterioridade vem para evitar que o contribuinte seja surpreendido com uma cobrança que o onere mais, para isso, vem para preparar o contribuinte para a nova cobrança estabelecendo o prazo mínimo de 90 (noventa) dias e o próximo exercício financeiro seguinte.
Leitura conjugada: Art. 150, III, CF e 106 e 144, parágrafo 1º do CTN.
III – está em consonância com o princípio da liberdade de tráfego que assim como os dois incisos anteriores tem previsão na Carta Magna; proibindo que a liberdade de ir e vir não seja tributada, isto é, pelo mero deslocamento, não se pode pagar tributos, suponha-se que um cidadão resolve se mudar, e o Município que o recebe entende que é uma cidade pequena e que precisa de recursos, decidindo-o tributar, esse tributo será inconstitucional.
Leitura complementar: Art. 5º, XV, 150, V, 155, II, CF.
IV – Nesse inciso de alíneas, estão previstas verdadeiras imunidades, que seguem a sorte do previsto na Constituição Federal.
A-) Traz a imunidade recíproca, onde os entes públicos não podem cobrar impostos uns dos outros, sobre patrimônio, renda ou serviços.
Leitura conjunta: Arts. 150, VI, A, e Parágrafos 2º e 3º CF, Arts. 12 e 13 do CTN e parágrafo 2º deste artigo (9º) do CTN.
B-) Aqui está presente a imunidade religiosa, abarcando apenas e tão somente os impostos, dessa forma uma taxa de lixo devida por uma igreja por exemplo, é devida, uma vez que não é imposto. As imunidades religiosas não alcançam a maçonaria nem as seitas satânicas por exemplo, uma por ser orientação filosófica e outra por que o preâmbulo constitucional invoca Deus (entendimentos jurisprudencial e doutrinário), os cemitérios religiosos também são abrangidos pela imunidade de impostos, lembrando que se a igreja possuir um estacionamento (imóvel) por exemplo, alugado a terceiros e essa prove ter aplicado os recursos recebidos para suas finalidades institucionais permanecerá a imunidade.
Leitura adicional: Súmula Vinculante 52, 724 do STF, Art. 19 I, da CF, Art. 150 parágrafo 4º da CF 150, VI, B e C, da CF.
C-) Refere-se à Imunidade subjetiva ou condicionada: garantindo imunidade tributária aos impostos dessas pessoas jurídicas supracitadas, a leitura deve se dar visando a interpretação sistemática dos seguintes dispositivos: 
Súmulas 724 e 730 do STF, Arts. 150, VI, C, parágrafos 1º, 2º e 4º e 195, parágrafo 7º da CF e Art. 14, parágrafo 2º do CTN.
Existem requisitos que condicionam o gozo da imunidade tributária por esses entes, previstas no Art. 14 do CTN e seus incisos, não distribuir lucros, aplicar integralmente no Brasil seus recursos e manterem escrituração fiscal.
D-) Trata-se da imunidade cultural: que alcança além dos citados no texto legal os livros eletrônicos (E-books) e os seus leitores como suporte (E-Readers, tais como o Kindle) tal imunidade abrange o papel, o livro, mas não a editora. Nos termos da Súmula 657, do STF a imunidade alcança os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos
Leia em conjuntamente: Súmula 662 do STF, Arts. 150, VI, D, parágrafos 1º e 4º CF e Lei 11.945 de 2009 Art 1º.
Parágrafo 1º: Diz que a imunidade conferida em relação aos impostos às pessoas mencionadas no IV e suas alíneas não dispensa a Responsabilidade Tributária de reter os impostos casos estejam nessa posição atribuída pela lei, por exemplo, uma igreja, contratando uma empresa de reformas, o fato dela ser imune ao pagamento de impostos, não exclui a sua responsabilidade de reter o ISS, caso a lei assim o determine.
Parágrafo 2º Primeiramente devemos compreender esse artigo se interpretado conjuntamente com o Artigo 12 do CTN, a idéia é que a imunidade recíproca é extensiva às Autarquias dos Entes Federados, lembrando que as sociedades de economia mista podem gozar de Imunidade se prestarem serviço público, pertencendo à Administração pública indireta, Ex: Correios e serviço postal, Infraero, Casa da moeda, todos merecem imunidade, esse é o posicionamento majoritário jurisprudencial, atenção às sociedades de economia mista com o intuito de lucro, como por exemplo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal conforme Arts 150, parágrafo 3º CF e 170 da CF.
Artigos relacionados: Art. 150, VI, A e parágrafo 2º CF.
Art 10
Está relacionado ao princípio da uniformidade geográfica, previsto na Constituição Federal em seu artigo 151, I, da CF que deve ser combinado com os artigos 150 , II, da e 19, III, da CF, o tributo deve ser uniforme em todo o território nacional, esse princípio é válido somente para a União, para tributos federais, tomemos como exemplo uma indústria de calçados que recolha 10 por cento de IPI, não pode-se privilegiar essa empresa em uma determinada região em detrimento de outra, ou o Imposto de Renda com a Receita Federal considerando o domicílio fiscal de um contribuinte em zona urbana em detrimento de outro em zona rural para aplicar alíquotas diferentes em razão da região onde esses residem, não pode prosperar, pois viola a uniformidade geográfica.
Como exceção clara,temos os incentivos fiscais para dirimir desigualdades socioeconômicas no País, como por exemplo a Zona Franca de Manaus, ZFM ou Zona de Processamento e Exportação, ZPE.
Art 11
Aqui faz menção ao princípio da Não Diferenciação Tributária, que aplica-se apenas à esfera estadual e municipal, tomemos como exemplo clássico, uma situação fática onde um carro nacional tem uma alíquota de IPVA estabelecida por seu Estado de origem em 4 por cento, e o mesmo Estado pretende estabelecer a alíquota de 7 por cento para carros importados, não pode prosperar, pois a alíquota é em razão da origem ou destino do carro, sendo portanto inconstitucional. Lembrando que o veículo poderá ter como IPVA fixado com alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização, isto é um carro que faça transportes de refrigerados por exemplo, poderá ter alíquota maior ou menor no Estado, isso pode prosperar, é constitucional (Art. 156, parágrafo 6º, II, da CF).
Artigos indicados para leitura em conjunto: Art. 152 CF e Súmula 591 do STF.
Art. 12. 
A imunidade recíproca é extensível em razão das finalidades essenciais por ela exercidas, às suas autarquias, os Entes Federados são imunes, as suas autarquias e fundações também, desde que sejam essenciais à população, prestados exclusivamente pelo Estado e sem fins lucrativos, a cobrança de tarifas por si só, não descaracteriza a imunidade, mas se houver objetivo de lucro, aí sim, os impostos passarão a ser devidos.
Leitura conjunta: Súmulas 73, 74, 75, 336 e 583 do STF; Arts. 37, XIX e 150, parágrafos 2º e 3º da CF e RE 363.412 AgR
Art. 13. 
O que o artigo estabelece é que concessionários e permissionários de serviços públicos não estão abarcados por nenhuma imunidade de impostos, o parágrafo único por sua vez, é manifestamente inconstitucional, pois permite a concessão de isenções heterônomas, contrariando claramente o disposto no Art. 151, III, do CTN, que estatui que a União não pode conceder isenções a tributos de Estados e Municípios, por exemplo, caso haja uma lei federal estipulando uma isenção para tributo municipal, não pode, será inconstitucional, não havendo Exceções para esse princípio. Não se deve confundir com o disposto no Art, 84, VIII da CF, onde o Tratado Internacional propõe isenção a tributo estadual, onde não se trata de isenção heterônoma, nesse caso, a União, através do Presidente da República, representante do País no cenário internacional, age como chefe de Estado.
Leituras Recomendadas: RE 543.943 AgR-PR, Súmulas 77 e 78 e 81 do STF, Art. 150, parágrafo 3º e 6º e 173, parágrafo 1º e parágrafo 2º da CF, Art. 152, I, B do CTN.
Art. 14. 
As imunidades tributárias referentes à impostos previstas no artigo 9º IV, do CTN, (vide comentários acima) são condicionadas aos requisitos previstos nesse artigo: não distribuírem lucros, pode e deve lucrar, mas se distribuir perde a imunidade, devendo também aplicar todo o dinheiro no Brasil, nunca no exterior, sob pena de perder direito à imunidade, e manter escrituração fiscal (obrigação acessória) em livros contábeis que devem ser fidedignos.
Parágrafo 1º Descumpridos os requisitos dispostos no caput desse artigo, bem como descumprida a condição legal de responsável tributário apesar de ter imunidade, o Fisco pode suspender a imunidade.
Parágrafo 2º A Imunidade subjetiva ou condicionada dos partidos políticos, e suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação, e assistência social sem fins lucrativos, deve atender aos objetivos institucionais previstos em seus estatutos ou atos constitutivos, conforme o previsto no Art. 150, parágrafo 4º da CF; lembrando que os sindicatos patronais não fazem jus à imunidade, somente os sindicatos dos trabalhadores.
Art. 15
Esse artigo estabelece que a competência para instituir empréstimo compulsório é exclusiva da União, mediante lei complementar, diante de guerra externa (guerra interna não enseja empréstimo compulsório) um conflito civil por exemplo, não autorizaria tal instituição) ou a probabilidade clara de vir a ocorrer, calamidade pública (não podendo ser calamidade regional, como por exemplo, o caso de Brumadinho, também não ensejaria a instituição de empréstimo compulsório,; lembrando que a impossibilidade dos recursos disponíveis deve também estar presente, a hipótese de absorção temporária do poder aquisitivo (inciso III) não foi recepcionada pela Constituição Federal, o que significa dizer é que não merece atenção esse dispositivo, apenas para não deixarmos em aberto, citamos o exemplo do plano Collor, onde as poupanças foram praticamente confiscadas pelo Governo Federal.
Parágrafo único: o prazo e condições de resgate serão estabelecidos em lei, assim como o fato gerador, é importante enfatizar que a lei é a complementar, como o referido tributo tem a promessa de restituição, como isso ocorrerá também caberá à aludida lei.
Artigos relacionados: Art. 148 da CF e Súmulas 553 do STJ, e 418 do STF.
Art. 16
O artigo em questão, trata de Imposto, espécie tributária que não é vinculada, isto é, independe de uma prestação estatal em relação ao contribuinte, há a obrigação tributária de pagar um imposto ao praticar determinado fato gerador previsto em lei (tipicidade) mas o fruto de sua arrecadação não será direcionado a um fim específico. (veja comentários do Artigo 5º do CTN) esse dispositivo deve ser aliado ao Art. 167, IV, da CF
Art. 17	
O rol de impostos é taxativo, numerus clausus, elencados no Código Tributário Nacional e na Constituição Federal, por vezes em lei complementar específica são impostos:
Municipais: 
IPTU: Imposto sobre propriedade territorial urbana: Art. 156, I, da CF, Arts. 32 a 34 do CTN.
ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis: Art. 156, II, da CF, Arts. 35 a 42 do CTN.
ISS – Imposto sobre serviços de qualquer natureza: Art. 156, III, e LC116-2003
Estaduais 
	
ITCMD – Imposto sobre transmissão causa mortis e doação: Art. 155, I, Arts. 35 a 42 do CTN
ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços: Art. 155, II, e LC 87-1996.
IPVA – Imposto sobre propriedade de Veículos Automotores: Art. 155, III, da CF
Federais:
Imposto de Importação: Art. 153, I, CF Arts. 19 a 22 do CTN.
Imposto de Exportação: Art. 153, II, CF Arts. 23 a 28 do CTN.
IR – Imposto de Renda: Art. 153, III CF Arts. 43 a 45 do CTN
IPI – Imposto sobre produtos industrializados: Art. 153, IV CF e Arts. 46 a 51 do CTN
IOF – Imposto sobre operação financeira: Art. 153, V, CF e Arts. 63 e 67 do CTN
ITR - Imposto Territorial Rural: Art. 153, VI, CF Arts, 29 a 31 do CTN.
IGF - Imposto sobre grande fortuna: Art. 153, VII CF 
IRU – Impostos Residuais da União: Art. 154, I da CF
IEG - Impostos Extraordinários de Guerra: Art. 150, III, parágrafo 1º da CF
Art 18
I – a competência da União em criar impostos caso existam territórios federais 
Aqueles de competência estadual, caso os territórios não sejam divididos em Municípios, também poderá o mesmo Ente (a União) instituir os impostos municipais; tal inciso deve ser lido em conjunto com os Arts. 18 e 32 Dessa forma, em havendo território federal estabelecido no País e esse não esteja dividido em Municípios, a União poderá cobrar IPVA e ISS sem existir invasão de competências.
II – Caso o Distrito Federal e os Estados não estejam divididos em Municípios, poderá o Distrito Federal em competência cumulativa estabelecer os impostos dos Estados e Municípios.
Art. 32, parágrafo 1º , 147, 155 e 156 da CF.
Art 19
O fato gerador é a entrada de mercadorias importadas no território nacional, na ocasião do desembaraço aduaneiro, deve-se considerar o Drawback que é um regime de incentivo fiscal ao importador caso os insumos sejam utilizados para posterior exportação de produtos, a idéia é: “compro milho estrangeiro e vendo sucrilhos brasileiro para os gringos”. 
Dossiê legislativo: Súmula 569 do STJ, Súmulas 89, 132, 142, 302, 308, 404, 534, 577 e 582 do STF, Art. 150, parágrafo 1º, 153, I, parágrafo 1º CF, Art. 74, II, Lei 3244 de 1957, Lei 8032 de 1990, Lei8085 de 1990 Art 2º, Lei 9449 de 1997, Decreto lei 37 de 1966, Decreto lei 2434-1978, Decreto n. 4732 de 2003, Dec. 6759 de 2009 Arts. 69 a 211.
Art. 20.
O caput estabelece a base de cálculo do Imposto de Importação indicando os incisos com alíquotas diferentes. Um fato relevante a ser citado é que o Imposto de Importação é exceção aos princípios da anterioridade Anual e nonagesimal, isto é não aguarda nem os noventa dias nem o exercício seguinte, pode ser cobrado imediatamente, isso decorre do fato de sua finalidade extrafiscal, uma vez que destina-se a regular mercados. Ler Art. 75, do Decreto 6759-2009 e Art. 146, III, A, CF).
I – a alíquota específica considera uma unidade de medida, significa dizer que será mensurada em litros, metragem, peso, microgramas, e afins; assim, é irrelevante, o valor dos produtos de origem estrangeira para o imposto de importação. Ler Art 2º, I, Decreto lei 37-1966
II – ad valorem: incide sobre o valor da operação, aqui, considera-se apenas e tão somente o valor monetário dos produtos de origem estrangeira e não suas unidades de medida. Leitura complementar: Súmula 124 do STJ, Art. 2º, II, e 17 a 21 do Decreto 37-1966, 
III – o preço do produto apreendido ou abandonado, terá como base de cálculo o valor que for levado à leilão. Leitura adicional: Art 2º do Decreto 37-1966 e Arts. 1204 a 1263 do CC.
Art. 21
Bem autoexplicativo esse artigo, que deve ser lido e interpretado em consonância com o Art. Art. 150 parágrafo 1º e 153, parágrafo 1º da CF e Arts. 9º, I, do e 97, I, II e IV do CTN; o Poder Executivo respeitando o estabelecido em lei, pode alterar alíquotas ou base de cálculo do Imposto de Importação, isso decorre da sua extrafiscalidade, que tem como função principal regular o comércio exterior.
Art. 22
O contribuinte será o importador (inciso I) aquele que traz mercadorias de origem estrangeira para o Brasil, e o arrematante (aquele que compra em hasta pública ou leilão). Como leitura conjunta indicamos: Arts. 31 e 32 do Decreto lei 37 de 1966, Art. 2º, XIV, do Decreto 4732-2003, Decreto 6759-2009, Arts. 105 e 106 do Decreto 6759-2009.
Art. 23
Assim como o imposto de importação, o imposto sobre exportação será instituído por lei ordinária federal, e também tem finalidade extrafiscal (de regular o mercado do comércio exterior), assim como é exceção aos princípios da legalidade (podendo as alíquotas ser alteradas por Decreto) e ambas as anterioridades (podendo ser exigido imediatamente). Como leitura complementar indico: Art. 153, II, e parágrafo 1º e Art. 62, parágrafo 2º da CF, Súmula 129 do STJ, Art. 1º do Decreto lei 1578 de 1977 e Art. 212 a 281 do Decreto 6759 de 2009.
Art. 24
A base de cálculo é o valor normal de mercado de uma mercadoria de origem nacional destinada ao exterior mediante um cenário de livre concorrência global; as alíquotas serão específicas (com unidades de medida, tais como gramas, quilos, metros, litros, ampéres e afins; e ad valorem quando considerarem o valor da operação em si mesma, tendo a entrega tida como efetuada no local de saída do produto, os tributos incidentes na operação serão deduzidos bem como quando de difícil apuração, a CAMEX (Câmara de Comércio Exterior estabelecerá critérios a respeito.
Leitura complementar: Art. 214 do Decreto 6759-2009, Art. 146, III, A, da CF, Art. 1º do Decreto Lei 1578 de 1977.
Art. 25.
Redação tranquila e de fácil compreensão, mas deixa uma dúvida difícil de sanar, o que é valor básico? Não há respostas na doutrina ou jurisprudência, mas ao interpretar uma norma tem-se de considerar o contexto teleológico em que ela está inserida, tendo em vista que trata-se de um tributo extrafiscal, pode-se entender como o preço médio (considerando as condições de mercado) do produto, toda vez que uma mercadoria exceder esse valor, a base de cálculo poderá ser adotada considerando parte do valor ou preço. O Art. 2º do Decreto lei 1578 de 1977 deve ser lido conjuntamente com esse dispositivo para melhor compreensão.
Art. 26
Trata-se de verdadeira Exceção à legalidade, uma vez que por Decreto, o Executivo pode alterar alíquotas ou bases de cálculo respeitando os ditames da lei, em decorrência da sua função extrafiscal (de regular mercados) adequando-se à política cambial e políticas do comércio exterior.
Leitura Extra: Art. 150, I, e 153, parágrafo 3º da CF, Art. 9º, I, e 97, I, II e IV, do CTN, Arts. 2º e 3º, parágrafo único, do Decreto lei 1578 de 1977 e Art. 2º XIII do Decreto 4732 de 2003.
Art. 27
Totalmente autoexplicativo e curto, dispensa comentários, mas recomenda-se a leitura dos Artigos 146, III, A da CF e Art. 5º e 8º do decreto lei 1578 de 1977.
Art 28
O produto arrecadado do imposto de exportação se destina à formação de reservas monetárias, a dificuldade natural é compreender que reservas são essas, considerando o contexto cambial em que o referido tributo está inserido, trata-se de reservas cambiais, que naturalmente constituem recursos direcionados, que nada mais servem do que para controlar as oscilações da moeda corrente, provisionar recursos para eventuais incertezas no cenário macroeconômico, trata-se de espécie do gênero reservas internacionais.
Leitura recomendada: Art. 167, IV, do CTN e Art. 28 do decreto lei 1578 de 1977
Art 29
Em que pese o artigo mencione a posse como um de seus fatos geradores, o locatário em nenhuma hipótese será o contribuinte do imposto, o que ocorre é que podem existir contratos particulares estabelecendo-o que o mesmo será responsável pelo pagamento do ITR, mas não há animus domini, isto é, não há a intenção de ser dono pelo locatário; lembrando que os instrumentos particulares não são oponíveis, não terão validade perante Fisco (Art. 123 do CTN). É importante lembrar que o referido imposto observa o princípio da anterioridade anual, e totalmente o princípio da legalidade.
Dispositivos recomendados: Súmula 139 do STJ, Arts. 153, VI, e parágrafo 4º, 186 e 191 da CF, Art. 32, parágrafo 1º do CTN, Arts. 1196, 1228, 1473, III, 1784 e 1791 do CC, Lei 9393-1996, Arts. 8º a 10º do Decreto lei 57 de 1966, Decreto 4382 de 2002.
Art. 30
Será considerado o valor da terra nua, isto é desprovida de benfeitorias, os dispositivos que complementam o entendimento são: Art. 10º da lei 9393-1996, Súmula 595 do STF, Art. 50 da lei 4504 de 1964, Art. 9º do Decreto lei 4382 de 2002.
Art. 31
O possuidor jamais será contribuinte do ITR (Vide comentários no Art. 29 dessa obra) como indicação para leitura deixamos: Arts. 1196, 1228 e 1473 do CC, Art. 1º da lei 9393-1996, Arts. 5º e 6º da lei 4382 de 2002.
Art. 32. 
O momento de ocorrência do fato gerador é 1º de janeiro de cada ano, tendo como função maiormente fiscal, mas podendo em alguns casos ser extrafiscal, como no caso de alíquotas progressivas alíquotas progressivas em função do descumprimento da função social da propriedade, (Art. 182, parágrafo 4º II, da CF) Outro apontamento é que o referido imposto, deve atender apenas ao princípio da anterioridade anual, mas não da nonagesimal.
Dispositivos relacionados: Súmulas 539, 583, 589, 668 e 724 do STF, Súmulas 160, 397, e 399 do STJ, Art. 156, I, e parágrafo 1º da CF, Arts. 79 a 81 do CC, Lei 10257 de 2001.
Parágrafo 1º 
Dispensados maiores comentários, a lei municipal determinará o que é zona urbana devendo haver pelo menos 2 (dois) dos melhoramentos elencados nos incisos subsequentes, o Art. 15 do decreto lei 57 de 1966 é leitura de grande valia para unificar a compreensão desse parágrafo.
I – devemos interpretar esse inciso como sendo ruas asfaltadas e água encanada .
II e III – os incisos devem ser interpretados conjuntamente, referindo-se ao serviço de água e esgoto como prestação de serviço público específico de divisível.
IV – quando há uma concessionária de energia elétrica fornecendo o serviço, ainda que sem postes.
V – autoexplicativo.
Parágrafo 2º 
Se a lei municipal estabelecer que determinada região é área urbanizável, ainda que não haja nenhum dos melhoramentos mencionados anteriormente, será tida como área urbanapara efeitos de IPTU, lembrando que ainda que um imóvel esteja em área urbana, mas seja utilizado para fins rurais, como por exemplo um terreno para o plantio de feijão, haverá a cobrança de ITR e não IPTU conforme o Art. 15 do Decreto Lei 57-1966.
Leitura complementar: Informativo 240 do STJ, Súmula 626 do STJ, Art. 16 do Decreto Lei 57 de 1966
Art. 33
A base de cálculo do IPTU não considerará o valor dos bens móveis que guarnecem o imóvel, tais como obras de arte, jóias, eletrodomésticos, elevador se houver, ainda que sejam considerados luxuosos.
Leitura adicional: Súmulas 589 e 668 do STF, 156, parágrafo 1º da CF
Art. 34
Apenas relembramos que o locatário não pode ser contribuinte de IPTU, mesmo por força de contrato, e recomenda-se a leitura dos dispositivos:
Súmulas 74, 75, e 724 do STF, Súmula 399 e 614 do STJ, 
Art. 35
A transmissão a ser considerada para efeitos do ITBI, que é tributo de competência municipal, deve ser entre vivos (inter vivos) por ato oneroso (nunca gratuito) de bens Imóveis, exceto os bens dados em garantia, a respeito da ocorrência do fato gerador, é o momento em que se der a transmissão.
Dispositivos relacionados: Súmulas 110, 111, 112 a 115, 326, 329, 331, 435, 470, 590, 656 do STF, Arts. 155, I, parágrafo 1º, I, 156, II, parágrafo 2º da CF.
I – deve-se ler a transmissão a qualquer título desde que onerosa, a acessão física é fenômeno estuado pelo direito civil, (Art. 1248 CC) como leitura complementar além do supracitado artigo indicamos: Súmulas 328 e 329 do STF, Art. 156, I, da CF, Arts. 79, 80, 1196, 1228 e 1473 do CC.
II – o Art. 1225 prevê um rol taxativo de direitos reais, e no caso o fato gerador decorre do registro da escritura pública em cartório de Imóveis, sendo devido o ITBI com a transferência do bem Imóvel, ficam de fora os chamados direitos reais de garantia, hipoteca, penhor, anticrese, lembrando que a Usucapião, é forma originária de aquisição da propriedade, em decorrência disso, não haverá ITBI.
Leitura complementar: além do Artigo mencionado acima, Art. 156, II, CF e Art. 1245 do Código Civil.
III – Tal fenômeno trata da transferência de direitos relativos aos casos tratados nos incisos anteriores, a transmissão onerosa a qualquer título de bem imóvel e a transmissão de direitos reais sobre bens Imóvel também onerosa; quando houver a venda de um Imóvel por exemplo quem pagará é o comprador, no caso de permuta, cada qual paga o ITBI inerente ao Imóvel que toma posse.
Parágrafo Único.
O referido dispositivo, trata do ITCMD, e numa redação clara e completa estabelece os fatos geradores e contribuintes, os dispositivos adicionais são: Súmulas 328 a 331 470 e 590 do STF.
Art. 36.
Exceto se a atividade preponderante for de compra e venda de bens Imóveis, haverá a imunidade de ITBI específica nos casos dos incisos subsequentes (conforme previsão constitucional, Art. 156, parágrafo 2º, I, da CF)
I – se houver a integralização de capital por uma pessoa jurídica em Imóvel, passando a compor o capital social dessa organização, haverá a imunidade de ITBI.
II – Quando houver um bem Imóvel que passe a integrar o patrimônio de outra pessoa jurídica que seja decorrente de incorporação ou fusão, isto é quando uma adquira a outra ou quando ambas se unam e formem uma terceira pessoa jurídica, estará assegurada a imunidade.
Parágrafo único. O parágrafo único se refere à desincorporação de patrimônio de uma pessoa jurídica, da mesma forma que na incorporação, haverá imunidade de ITBI, se não for pessoa jurídica com atividade preponderante da compra e venda de Bens Imóveis, podemos pensar aqui claramente na hipótese de dissolução de sociedade, onde a imunidade específica do ITBI permanece.
Art 37
Quando se tratar de uma imobiliária por exemplo, que tem como atividade principal e compra de venda de Bens Imóveis a imunidade restará descaracterizada. Art. 156, parágrafo 2º, I, e parágrafo 3º da CF.
Leitura adicional: 
Parágrafo 1º 
Quando mais de 50 por cento da receita oriunda da atividade desempenhada pela pessoa jurídica advier da compra e venda de bens Imóveis e sendo nos 2 anos anteriores ou subsequentes à operação caracterizará a atividade preponderante.
Parágrafo 2º 
Caso a pessoa jurídica que comprar um Imóvel inicie suas atividades logo após ou até 2 (dois) anos antes da aquisição, será revelada a atividade preponderante; considerando os 3 primeiros anos seguintes à operação.
Parágrafo 3º 
Praticado o fato gerador, faz nascer a obrigação tributária, descaracterizada a imunidade, conforme previsão legal e constitucional já como vem sendo estudado, o tributo passa a ser devido, sendo assim o ITBI será lançado, constituindo-se o crédito tributário, passando a ser exigível pelo Fisco em face da pessoa jurídica que assim exercer atividade preponderante na compra e venda de bens Imóveis, conforme critérios também já estudados anteriormente.
Parágrafo 4º 
Se a transmissão onerosa de bens e direitos se der de forma conjugada com o patrimônio total da pessoa jurídica, ainda que haja atividade preponderante, as disposições desse artigo são inaplicáveis; permanecendo então a imunidade que é a regra, trata-se então da exceção da exceção.
Indicamos a leitura: Súmulas 75, 108, 110, 111, 113, 326, 328, 470, e 590 do STF; Art. 1245 do CC.
Art. 38
O valor médio é aquele obtido em condições normais de mercado; um apontamento relevantíssimo a ser feito, é que no caso do IPTU e ITBI incidentes sobre um mesmo Imóvel, podem existir valores venais diferentes, pois são formas de apuração distintas conforme entendimento da jurisprudência (RESP 1.709.052).
Leitura complementar: Art. 130, parágrafo único do CTN e Arts. 79 80 do CC.
Art. 39
Esse dispositivo está em harmonia com a Constituição Federal em seu Art. 155, Parágrafo 1o inciso IV da CF, o disposto nesses artigos foi estatuído objetivando evitar a chamada “guerra fiscal” entre os Entes Federados, estabelecendo-se alíquotas mínimas e máximas através do Senado Federal, a depender da legislação competente.
Dispositivos complementares: Súmula 656 do STF, Art. 97, II e IV do CTN, Resolução 9 de 92 do Senado Federal que estabelece alíquota máxima para o ITCMD.
Art. 40
Acredita-se majoritariamente que esse dispositivo foi recepcionado pela Constituição Federal, havendo a possibilidade de dedução do IR do montante pago a título de ITBI.
Art 41.
Esse artigo está localizado na seção do ITBI, o que quanto à regra matriz de incidência tributária nos faz pensar no aspecto espacial do referido tributo, mas quando nos deparamos com a sua redação, a mesma vem confirmar o estabelecido na Constituição Federal em seu Art. 155, parágrafo 1º, I a III a e b quanto ao ITCMD, não obstante, o Art. 156, parágrafo 2º, I, também deve ser considerado para fins da análise quanto ao ITBI, de qualquer sorte, deve-se considerar que o local é a situação do bem, naturalmente para efeitos do ITBI, o Município será competente para instituir o imposto, e para o ITCMD o Estado terá a referida competência.
Leitura Adicional: Arts. 1784 e 1786 CC.
Art. 42 
Quanto ao ITBI, os contribuintes do imposto poderão ser o transmitente, cedente ou cessionário, quanto ao ITCMD, o sujeito passivo será o herdeiro ou legatário. Ler as Súmulas 75 e 108 do STF.
Art. 43
O Imposto de Renda é tributo de competência federal, a disponibilidade econômica é quando o contribuinte aufere renda recebendo o crédito em sua conta por exemplo, a disponibilidade jurídica é quando o mesmo ainda não detém o recurso em sua posse, mas tem direito a recebe-lo, como exemplo podemos citar a indenização por horas extras, que segundo o entendimento consubstanciado na Súmula 463 do STJ. Como leitura complementar recomenda-se: Art. 39 da lei 11.196 de 2005, Arts. 22 e 23 da lei 9250 de 1995, Súmulas 125, 136, 215, 386, 394, 447, 463, 498, 556, 590, 598, e 627 do STJ, Art. 153, parágrafo 2º, I, da CF, Arts. 40 e 45 do CTN, Lei 9249 de 1995, Lei 9250 de 1995, Lei 9430 de 1996.
I – renda para efeitos do IR é o produto do capital, como por exemplo o oriundodo rendimento de aplicações financeiras, debêntures, ações, tesouro direto e afins, do trabalho, seja ele decorrente de relação empregatícia formal, informal, contrato de prestação de serviços a qualquer título, trabalhos autônomos e de profissionais liberais enfim, qualquer trabalho, ou da combinação de ambos, como podemos pensar num assessor de investimentos que é assalariado numa corretora de ações, portanto exerce trabalho, e faz operações day trade na bolsa de valores, tendo como renda, também o produto de seu capital.
Leitura complementar: Súmula Vinculante 41, Súmulas 125, 136, 184, 215, 262, 386, 463 do STJ.
II – tudo o que vier a proporcionar acréscimo patrimonial ao contribuinte, que ainda que não se encaixe no inciso anterior, podemos pensar por exemplo, nos afiliados de empresas e produtos que não são nem empregados, autônomos ou afins (trabalho) nem auferem renda como produto do seu capital, mas sim ganham comissões de vendas sobre produtos físicos e eletrônicos anunciados em plataformas de e-commerce de pequenas, médias e grandes redes e marcas.
Leitura adicional: Súmulas 93 e 94, 96 e 99, e 587 do STF, Súmulas 125 e 136 do STJ, Art. 153, parágrafo 2º inciso II, da CF, Art. 4º, da lei 8383 de 1991, Art. 2º da lei 8981, lei 9249 de 1995, lei 9250 de 1995 e lei 9430 de 1996.
Parágrafo 1º: 
Será imposto de renda, independente do nome que receba, se o fato gerador for auferir renda e obter acréscimo patrimonial, independente do nome que venha a receber, de onde venha o recurso, de qualquer país em qualquer condição jurídica, sendo proveniente de ato ilícito ou não, é por isso que um traficante de drogas, paga imposto de renda, pois aufere renda, mesmo exercendo atividade contrária à lei (crime) pouco importa também de que País vem o recurso, proveniente de onde for (origem) e de qual modo receber (forma) transferência bancária, remessa de dinheiro via Western Union, enfim.
Parágrafo 2º 
Bem clara a redação desse parágrafo, dispensa maiores comentários, a lei fixará em que circunstâncias e aspecto temporal o imposto de renda incidirá, diante do recebimento de dinheiro proveniente do exterior, originado da receita ou rendimentos; e quando será considerada sua disponibilidade econômica ou jurídica. 
Art. 44
A sistemática do Imposto de Renda é complexa, além dos regimes tributários citados nesse artigo, temos o Simples Nacional, o primeiro apontamento relevante a fazer é que o Decreto 9580 de 2018, que revoga do decreto 3.000 de 1999, compila as normas principais acerca do IR. São quatro os regimes tributários brasileiros:
Simples Nacional - Enquadramento: ME que fature até 360 mil, EPP que fature de R$ 360.000 (trezentos e sessenta mil reais) até R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) lembrando que bancos e pessoas jurídicas sócias de outras pessoas jurídicas não podem optar pelo Simples Nacional. Não consideram-se ganhos de capital e aplicações financeiras por exemplo. (LC 123 de 2006 e Resolução da CGSN 140-2018).
Lucro Presumido: Acima de R$ 4.800.000 (quatro milhões e oitocentos mil reais até R$ 78.000.000 (setenta e oito milhões de reais) ao Ano, considerando todas as receitas inclusive ganho de capital e aplicações financeiras.
Lucro Real: Acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) obrigatoriamente será lucro real.
Na faixa de faturamento entre R$ 4.800.000 (quatro milhões e oitocentos mil reais) e R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) Em regra as empresas podem optar por lucro real ou presumido, a menos que haja estipulação legal em contrário (indicações de dispositivos na leitura complementar).
Arbitrado: Será aplicado quando houver a impossibilidade de apuração por algum motivo relevante, como por exemplo quando a pessoa jurídica tiver livros contábeis incendiados ou extraviados ou por descumprimento de obrigações principais ou acessórias, podendo se dar de ofício (pela autoridade fiscal competente ou voluntário (pela própria empresa através do contador; o valor será o lucro presumido acrescido de 20 (vinte) por cento, de modo que será sempre maior que os outros regimes tributários
Leitura complementar: Lei 11.482 de 2007, Súmula 584 do STF, Art. 35 da Lei 7.713 de 88, Arts. 4º a 19 da Lei 8383 de 1991, Art. 47 da Lei 8981 de 1995, Art. 15 da Lei 9249 de 1995, Arts. 1º e 25 da Lei 9430 de 1996, Arts. 13 e 14 da Lei 9718 de 1998.
Art. 45
Aquele que auferir renda ou obter acréscimo patrimonial de qualquer ordem será contribuinte do IR, (vide comentários do art. 43 do CTN). Ler em conjunto o Art. 128 do CTN e comentários para melhor interpretação desse dispositivo como um todo.
Parágrafo Único: Esse dispositivo trata do instituto da responsabilidade tributária na modalidade substituição tributária, em que a lei pode atribuir a pessoa diferente que não praticou o fato gerador, mas que tenha com ele ligação, a obrigação de recolher o referido imposto, onde a empresa será o substituto tributário retendo o imposto na fonte, referente aos salários devidos ao empregado que será o substituído.
Leitura complementar: Súmula 94 do STF, Súmula 447 do STJ, Art. 64 da Lei 9430 de 1996.
Art. 46.
O IPI é imposto federal, além das hipóteses legais de sua incidência elencadas nos incisos subsequentes, podemos apontar de maneira simples e prática, que toda vez que houver modificação de uma matéria prima em seu estado original para a formação de um novo produto perfeito e acabado para fins de mercancia, haverá o referido imposto, por exemplo, compra-se ferro e produz-se uma estatueta de ferro com a imagem da justiça, haverá a incidência do mencionado imposto.
I – tal procedimento é a praxe para liberar mercadorias provenientes do exterior, e sobre ele incidirá o IPI e por óbvio, enquanto não quitado o devido tributo, a mercadoria não será liberada a quem de direito.
II – A saída de estabelecimento do importador, industrial, comercial ou em caso de leilão de mercadorias do arrematante, é fato gerador do IPI; esse inciso remete ao Art. 51 do CTN, que elenca esses contribuintes.
III – Em se tratando de mercadorias que se encontrem em situação irregular perante o Fisco em caso de apreensão (mediante constatação de contrabando, entrada irregular de mercadorias ou até mesmo não quitação de imposto) ou abandono, serão levadas a leilão, tendo como fato gerador a sua arrematação em hasta pública.
Parágrafo Único: Vide comentários no caput desse artigo, qualquer que seja modificado, recondicionado, aperfeiçoado, ensejará o IPI. Leitura suplementar: Súmulas 536 e 591 do STJ, Súmula 95 do STJ, Art. 153, IV e parágrafos 1º e 3º da CF, Arts. 74, I, e 83 e 86 do CTN, Art. 2º da Lei 4502 de 1964 e Decreto 7212 de 2010.
Art. 47
I – a base de cálculo no caso do desembaraço aduaneiro será ad valorem, acrescido do imposto de importação, das taxas e encargos cambiais conforme incisos posteriores. Ler também artigo 14, I, B, da Lei 4.502 de 1964.
A-) Se o produto for de origem estrangeira e industrializado, haverá tanto IPI e II.
B-) Essas são as Taxas alfandegárias, que serão cobradas na ocasião do desembaraço aduaneiro.
C-) encargos cambiais são custos que podem incluir despesas adicionais de frete, seguros, e eventuais cobranças não englobadas anteriormente que não tenham natureza tributária.
II – refere-se a saída do produto dos estabelecimento (vide comentários do Art. 46, II)
A-) assim que houver a saída da mercadoria destinada a arrematação, a base de cálculo será o valor da operação de venda dos produtos industrializados abandonados ou apreendidos pelo Fisco; 
B-) de redação clara, mas levanta uma questão, o que é preço corrente? É um conceito de microeconomia, que se refere ao valor expresso em moeda corrente por um produto num cenário comum de mercado.
III - Esse artigo refere-se ao caso de produto levado a hasta pública (leilão) a base de cálculo será o preço da arrematação.
Art. 48
Referido dispositivo abarca o princípio da seletividade tributária que para o IPI é obrigatório, que preconiza pelo aumento ou diminuição da basede cálculo levando em conta a essencialidade de um produto, de forma que quanto maior a alíquota, menos essencial será o mesmo, quanto menor a alíquota, mais essencial será o bem, como exemplo clássico peguemos o cigarro, que não é nada bom para a saúde, nem tãopouco essencial para a subsistência de um ser humano, suas alíquotas são das mais elevadas; de igual modo; alimentos, tem ou ao menos deveriam ter uma menor carga tributária, haja vista sua essencialidade à vida cotidiana.
Leitura complementar: Art. 153, parágrafo 3º, I, Decreto 7212 de 2010.
Art. 49
Aqui há o princípio da não cumulatividade, de forma que haverá um balanceamento entre o valor pago com a diferença a maior na entrada e na saída do estabelecimento, não havendo assim maior oneração da carga tributária.
Leitura complementar: Súmulas 494 e 495 do STJ, Art. 225 do Decreto 7212 de 2010.
Parágrafo único: conforme comentários do caput, a diferença será sempre positiva, e transferir-se a ao período subsequente, compensando-se débitos e créditos de IPI nas etapas posteriores da cadeia produtiva.
Leitura complementar: Art. 153, Parágrafo 3º, II, da CF, Art. 11 da Lei 9779 de 1999.
Art 50
A dificuldade maior é o tal como comércio por cabotagem, é a navegação entre portos do mesmo País, segundo José Oliveira Netto Dicionário Jurídico Universitário, página 112. Do mais segue-se a redação legal, quando os produtos sujeitos ao IPI vão de um Estado a outro, ou para o Distrito Federal, deverão ser acompanhados de nota fiscal especial. Em conjunto deve-se ler o Artigo 195 do CTN.
Art. 51.
Esse artigo é bem claro, dispensa comentários alongados, pois trata-se dos contribuintes do imposto, o importador (aquele que compra mercadorias provenientes do exterior e as traz ao Brasil) ou quem a lei assim determinar como tal, o industrial, isto é o empresário dono de indústria ou quem a lei assim definir como tal, o comerciante (que compra e vende mercadorias prontas e acabadas) que forneça ao industrial produtos industrializados ou modificados em sua natureza, e o leiloeiro de produtos abandonados ou apreendidos levados à hasta pública.
Leitura complementar: Súmula 591 do STF, Arts. 20, III, 46, II, do CTN, Art. 35 da Lei 4502 de 1964, Arts. 31 e 32 do Decreto Lei 37 de 1966, Decreto 7212 de 2010.
Arts. 52 a 58. (Revogados de acordo com o Decreto-lei no 406 de 31-12-1968).
Essa seria a seção II do Código Tributário Nacional, sobre o ICMS, então deixarei como indicações leituras proveitosas de dispositivos legais relacionados a esse Imposto:
Súmulas 536, 569, 571 a 574, 576, 578 e 579 do STF, Art. 155, II, parágrafo 2º da CF, Art. 2º, parágrafo 2º, da Lei 87 de 1996, Decreto Lei 406 de 1968, Art. 225 do Decreto 7212 de 2010, Resolução no 22 de 1989.
Arts. 59 a 62. Revogados de acordo com o Ato Complementar no 31 de 1966.
Seria a Seção III do Código Tributário Nacional, mas os artigos acima foram revogados pelo supracitado dispositivo, seria estatuída uma espécie de ICMS Municipal (?!) mas não seria pertinente gastar tempo comentando revogações e seus motivos.
Como leituras relacionadas sugere-se: Art. 155, II, parágrafo 2º da CF, Lei complementar 87 de 1996, a Lei Kandir que estabelece e regula o ICMS.
Art 63
O IOF é imposto de competência federal, e incidirá nas hipóteses mencionadas no caput e elencadas nos incisos subsequentes, lembrando que a previsão constitucional no Art. 153, parágrafo 5º sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial incidirá o refiro imposto, sendo extrafiscal e não observando ambas as anterioridades, o IOF não incide sobre a poupança de acordo com a Súmula 664 do STF e 185 do STJ.
I – Referente às operações de crédito, primeira hipótese elencada em que incidirá o IOF; nos contratos de mútuo oneroso, empréstimos bancários, a entrega do dinheiro (disponibilização do recurso em conta) é o fato gerador do tributo.
II – nas operações de câmbio o fato gerador incide sobre a entrega da moeda, a rigor, é mais comum que as casas de câmbio ou instituições financeiras façam o devido crédito em conta corrente ou poupança, a tendência é que com a implementação do PIX, pelo Banco Central do Brasil, as maiores empresas globais e bancos multinacionais de grande porte passem a oferecer também a disponibilização desses recursos de forma digital com crédito através desse meio de pagamentos.
III – nas operações de seguro a emissão da apólice ou o recebimento do prêmio pelo segurado (isto é a indenização pelo sinistro ocorrido) caracterizam o fato gerador com o nascimento da obrigação tributária.
IV – títulos e valores mobiliários são nada mais do que ações negociadas em bolsa de valores, aplicações financeiras como debêntures, ouro como ativo financeiro (normalmente utilizado como hedge (proteção da carteira de investimentos) em cenários de maior incerteza macroeconômica.
Parágrafo único: o dispositivo se refere ao fato de ao existir uma mesma operação de crédito, a incidência prevista na mesma exclui a do fato gerador referente aos títulos e valores mobiliários, e vice-versa, isso tem por claro, evitar a indevida bitributação. 
Vide como complementação: Súmula 588 do STF, Art 1º da lei 5143 de 1966, Art. 8º da lei 7766 de 1989, Art. 1º da lei 8033 de 1990, Lei 8894de 1994, Decreto Lei 1783 de 1980, e Art. 65 e seguintes da lei 8981 de 1995.
Art. 64
o artigo é de redação tranquila a apenas estabelece a base de cálculo do IOF, que referente às operações de crédito o valor total da operação contratual (principal e juros), em relação às operações cambiais, o valor disponibilizado ao cliente, em dinheiro ou creditado em conta, quanto às operações de seguro, o valor do prêmio pago ao segurado em decorrência de sinistro, quanto às operações em renda variável tais como ações na bolsa de valores, na emissão escritural o seu valor nominal mais ágio quando houver, nas compras e vendas o valor da cotação de determinada ação e no pagamento ou resgate o valor pago.
Leitura Complementar: Art. 1º do Decreto Lei 1783 de 1980.
Art. 65
Trata-se de verdadeira Exceção ao princípio da legalidade tributária, autorizando ao Poder Executivo por ato, alterar alíquotas ou bases de cálculo, o que nitidamente decorre da característica extrafiscal do IOF, e de sua natural função de regular os mercados, contribuindo para uma eficaz política monetária.
Art. 153, parágrafo 1º, da CF, Art. 9º, I, e 97, II e IV, CTN, Arts. 3º e 10 da Lei 5143 de 1966, Lei 8894 de 1994, 
Art 66
A redação me parece atécnica, pois a rigor há um só contribuinte, um único sujeito passivo na relação obrigacional tributária, somente uma parte, o que praticar um dos fatos geradores abordados nos dispositivos supracitados, o IOF desse modo, incidirá e o crédito tributário será devido.
Leitura Complementar: Súmulas 30 e 435 do STJ, Art. 4º da Lei 5143 de 1966, Art. 3º do Decreto Lei 1783 de 1980.
Art. 67
O presente artigo não foi recepcionado pela Constituição Federal, uma vez que se trata de um imposto, vedada à sua vinculação segundo Art. 167, IV da Constituição Federal, as reservas de dinheiro, que servem para cobrir fatos imprevisíveis e graves, tais como catástrofes naturais, prejuízos significativos, ou qualquer infortúnio macroeconômico, seriam formadas a partir da destinação das receitas líquidas obtidas pela arrecadação do IOF, como Leitura complementar indicamos: Art. 12 da Lei 5143 de 1966.
Art. 68
Conforme leciona o professor Eduardo Sabbag, O Imposto sobre Serviços de Transportes e Comunicações foi unificado pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e está inserido na competência tributária dos Estados. (página 290, 2ª edição, Código Tributário Nacional Comentado)
Dessa forma, deixamos a leitura sugerida dos Dispositivos: Art. 155, II, Parágrafo 2º da CF, Lei Complementar 87 de 1996, a lei Kandir, que trata do ICMS, Súmula 334 e 350 do STJ.
Art. 69
Trata-se então, da base da cálculo do ICMS, Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, que será a prestação de serviço de transporte interestadual, e intermunicipal,e de comunicação, o preço do serviço, conforme estabelece o Art. 13, III, da Lei Complementar 87 de 1996, de Lei Kandir.
Art. 70
O Art. 4º da Lei Complementar 87 de 1996, estabelece o contribuinte do ICMS, que com habitualidade ou caracterizando intuito comercial, circule mercadorias; ainda que as operações e prestações hajam iniciadas no exterior, ou ainda que sem habitualidade, importe mercadorias ou bens do de outros Países, sendo destinatária ou prestadora de serviço iniciado no exterior, ou quando adquira em licitação produtos ou mercadorias apreendidos ou abandonados, pela sistemática do Código, é razoável entender ao invés de licitação, hasta pública, ou quando adquirir produtos lubrificantes ou combustíveis derivados de petróleo, o que obviamente não inclui o álcool combustível, que é derivado da cana de açúcar, e também de energia elétrica proveniente de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou industrialização (nesse último caso).
O Art. 155, parágrafo 2º da Constituição Federal deve ser lido conjuntamente com esse dispositivo, para melhor compreensão do ICMS.
Arts. 71 a 73
Foram revogados de acordo com o Decreto-Lei, no 406, de 31-12-1968, essa Seção tratava do ISSQN, que atualmente é regido pela Lei 116 de 2003, que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza de competência dos Municípios e do Distrito Federal.
Art. 74
Referido imposto é Inconstitucional, uma vez que não existe previsão na Carta Magna para essa espécie tributária, indicamos a leitura do Art. 155, II, parágrafo 2º, XII, Alínea H, e Parágrafos 3º e 5º do mesmo artigo da Constituição Federal, bem como o Art. 156, III, da CF, e Arts. 95 e 217 do CTN.
Art. 75.
De igual modo não há previsão constitucional para esse artigo, logo, tem-se como não recepcionado pela Constituição Federal, entretanto, indicamos a leitura dos dispositivos abaixo:
Súmulas 30 e 435 do STJ, Art. 155, II e parágrafo 2º da CF, Arts. 19 a 22 ,do 46 ao 51 do CTN, Arts. 3º a 10º da Lei 5143 de 1966, Arts. 1º a 7º do Decreto Lei 406 de 1968.
Art. 76
Tal dispositivo fala acerca do IEG, Imposto Extraordinário de Guerra, constituindo verdadeira exceção ao princípio da anterioridade, a ambas as anterioridades (anual e nonagesimal) podendo ser exigidas imediatamente; (Art. 150, parágrafo 1º da CF) e de acordo com sua previsão constitucional (Art. 154, II, da CF), não é mencionado prazo, ao contrário do estatuído aqui no texto legal, de forma que revela-se parcialmente não recepcionado ou até mesmo por alguns entendido como inconstitucional, de qualquer sorte, tal cobrança deverá ser paulatinamente eliminada.
Art. 77
Taxas são tributos vinculados (isto é contraprestacionais) o serviço será sempre prestado pelo Estado (nunca por um ente privado), seja por polícia administrativa (atividades de fiscalização) ou por serviço público, específico (capaz de ser identificado e apontado como tal) e divisível, (capaz de ser mensurado, sendo suscetível de utilização separadamente, por parte da cada um dos seus usuários, identificado o seu destinatário, isto é, quem o utiliza), a sua utilização deve ser efetiva (o contribuinte realmente faz uso daquele serviço) ou potencial (quando é autorizado que o Poder Público realize um serviço a cobre somente pelo fato de disponibilizar aquele serviço à população.
Como exemplo clássico, é a Taxa de Lixo, que ainda que o morador comprove não produzir lixo, a taxa será devida, pois é específica e divisível, de forma que será tida como uti singuli
Ao contrário, temos a taxa de limpeza de logradouros públicos, que é uti universi, não podendo ser considerada como divisível, isto é, uma vez que é prestada a todos, não sendo possível medir a quantidade de serviço e a quem será destinada.
As Taxas de segurança pública e iluminação pública, não poderão ser cobradas mediante taxa, uma por ter sido julgada inconstitucional (RE 536.639 A GR / RN ) e outra por ter a Súmula Vinculante 41 nesse sentido, respectivamente.
É importante ressaltar que o valor da taxa deverá ser equivalente ao custo real da atuação estatal, o custo do serviço público, sob pena de ser considerada confiscatória (violando assim o princípio do não confisco) lembrando que a Taxa de Lixo poderá ser instituída de acordo com a área do Imóvel, mas não de acordo com o valor venal do mesmo.
É relevante ainda frisar que custas e emolumentos judiciários, tem natureza de Taxa (art. 98, parágrafo 2º da CF, ADI, 1.145, RE 233.843).
As associações não podem ser destinatárias de custas e emolumentos, os mesmos devem ser direcionados aos cofres públicos; a Caixa de assistência dos Advogados podem sim ser destino de arrecadação de custas e emolumentos.
Por último, estabelecemos as diferenças entre Taxas e Preços Públicos, As Taxas, são criadas por lei, visam remunerar o serviço público prestado pelo Estado diretamente pelo Ente Federativo ou no exercício de seu poder de polícia; tem a natureza jurídica de tributo, seu reajuste se dará apenas por lei, é portanto oriundo do direito público, sua receita é derivada (deriva de uma imposição da Administração Pública) compulsória sendo efetiva ou potencial.
Os preços públicos: decorrem de um contrato administrativo, objetivam remunerar o serviço prestado por concessionária de serviço público, tem natureza jurídica de preço público (tarifas) e seu reajuste se dará mediante ato da concessionária ou permissionária nos ditames do contrato. Se origina do direito privado, sendo Receita originária, de ordem facultativa, e sendo cobrada de forma efetiva.
Leitura Complementar inicial: Súmulas Vinculantes 12 e 19, Súmulas 129, 348, 545, 595, 665, 667 e 670 do STF, Súmula 157 do STJ, Art. 145, II, da CF.
Em seguida ler: Súmula 82, 128, 129, 132, 140 a 142, 302, 324, 348, 545, 550, 595 e 596 do STF
Parágrafo Único: 
Por essa razão que por exemplo a Taxa não pode ter como base de cálculo o valor venal (pois esse corresponde à base de cálculo do IPTU) mas a Súmula Vinculante 29 é fundamental para interpretar esse parágrafo, pois será constitucional se tiver elementos (partes) da base de cálculo de um imposto, não podendo ser exatamente iguais. Em conjunto devem ser feitas as leituras complementares: Súmulas 80 e 124 do STJ, Arts. 5º, XXXIV, 145, II, e parágrafo 2º, 150, V, e 206, IV da CF e Arts. 78 e 79 do CTN.
Art. 78
Poder de polícia é a atividade fiscalizatória que em razão da supremacia do interesse público em detrimento do particular (princípio do direito administrativo) visa limitar ou disciplinar direito, interesse ou liberdade, normatizando a prática de atos (fazer) ou abstenção de fatos (deixar de fazer) no que se refere à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes e afins, valores caros ao Estado Democrático de Direito. Está relacionado à Tutela dos direitos individuais ou coletivos, homogêneos ou heterogêneos.
Parágrafo Único: Respeita princípio da legalidade como um todo (administrativo e tributário) quando se diz que O Poder de Polícia, será exercido pelo Poder competente e dentro dos limites da lei aplicável; e com a observância do princípio do devido processo legal, refere-se ao grande corolário do ordenamento jurídico brasileiro, que ao lado do princípio da dignidade da pessoa humana, formam a mais ampla matriz valorativa do direito. Falou em processo legal, falou em direito processual em sua maior amplitude que se possa imaginar, o assunto é infinito e foge do bosquejo dessa obra, mas deve ser observado de forma prática, como um verdadeiro supraprincípio.
Art. 79
Esse é o “coração das taxas” uma vez que remete ao Artigo 77 e destrincha os conceitos que envolvem serviços públicos, quando utilizados efetivamente ou potencialmente pelo contribuinte (inciso I) seguindo explicando no inciso II e III de forma clara o que são serviços específicos e divisíveis. Recomenda-se caso haja alguma dúvida a releitura dos comentários do artigo 77 bem como o seu texto legal; não havendo maiores necessidades de comentários alongados, pois o dispositivo é de simples redação jurídica.
Art. 80As Taxas possuem competência comum, com previsão constitucional no Art. 23 da Constituição Federal bem como no Artigo 145, II da Carta Magna, assim como as contribuições de melhoria, que também poderão ser instituídas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas atribuições.
Art. 81
Recomenda-se a leitura do Art. 5º do CTN e seus comentários, lá é abordado o básico sobre Contribuições de Melhoria, ademais pode-se afirmar que é necessária uma lei para cada obra pública, para que haja contribuição de melhoria observado o disposto no Artigo seguinte (Art. 82 do CTN) como leitura conjugada a esse dispositivo indicamos: Art. 5º, XII, 145, III, 150, IV e 170, II da CF, Art. 3º do Decreto-Lei 195 de 1967.
Art. 82
Tal dispositivo prevê os requisitos mínimos da lei que estabelecer as contribuições de melhoria, elencados nos incisos subsequentes.
I – deverá haver publicação do memorial descritivo do projeto, o orçamento do custo da obra, o quanto será cobrado a título de contribuição, determinação do local beneficiado (zona) e a determinação do fator de absorção do benefício da valorização, que nada mais é do que a valorização de cada Imóvel como resultado da obra.
II – Refere-se à tempestividade (prazo) para impugnar (questionar) qualquer dos itens constantes no inciso I.
III – tal regulamentação do referido processo administrativo é feita pelo Decreto 70.235 de 1972, podendo também questionar qualquer matéria referida nos incisos anteriores, na via judicial se assim preferir, ao invés da via administrativa.
Parágrafo 1º o quanto será pago a título de contribuição de melhoria, deverá ser rateado respeitando o custo individual da obra, isto é, não pode superar o montante da valorização do Imóvel, de forma que se o Imóvel valorizou R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e obra pública custou R$ 10.000,00 (dez mil reais) e haviam por exemplo 4 (quatro) Imóveis que originalmente custavam R$ 10.000,00 (dez mil reais) deve ser respeitado o limite individual, isto é cinco mil reais, mas tem-se o valor total em dez mil reais de forma que poderá ser cobrado somente R$ 2.500,00 a título de contribuição de melhoria, totalizando R$ 10.000,00 (dez mil reais) que é o custo total da obra, assim, respeitando-se ambos os limites: individual e total da obra pública de que decorra valorização imobiliária.
Parágrafo 2º 
O lançamento deverá conter os elementos essenciais ao respectivo ato administrativo como base de cálculo, alíquota e prazos; devendo ter forma especial no que se refere à contribuição de melhoria, observado o disposto, Art e 5º do Decreto-Lei 195 de 1967, ressalte-se ainda, a observância ao princípio da capacidade contributiva, isto é quem pode mais paga mais, devido ao seu caráter contraprestacional.
Como leitura complementar indica-se: Arts. 142 e 146 da CF, Decreto Lei 165 de 1967, e Decreto 70.235 de 1972.
Art. 83
Esse dispositivo faz remissão ao Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e trata da Repartição de Receitas tributárias entre a União e os Estados e Municípios mediante a celebração de convênios acerca do assunto, que regulará tal instituto, tendo sua participação em no máximo 10 (dez) por cento nessa distribuição de recursos.
A Leitura complementar dos Arts. 157 a 162 da CF, Lei Complementar 61 de 1989, Lei complementar 62 de 1989,e Lei complementar 63 de 1990, é de fundamental importância.
Art. 84
Mediante lei Federal, a União poderá atribuir a competência de arrecadar impostos aos Estados e Distrito Federal (ocorrendo verdadeira delegação da capacidade tributária ativa) cujo produto da arrecadação será distribuído total ou parcialmente a esses delegados; a mesma regra do caput vale também aos Estados, caso esses venham a distribuir aos Municípios parte de sua arrecadação tributária.
Art. 85
Ainda sobre repartição de receitas tributárias, 
I - Acredita-se majoritariamente, que esse dispositivo não foi recepcionado pela Carta Magna; vide Art. 158, II, da CF, que regula de forma diversa a distribuição de receitas do ITR, a competência para instituir referido tributo é da União, mas ao Município é assegurada a repartição de receitas ao Município.
II - a repartição segundo esse inciso alcança também o IR, mas primeiramente recomenda-se a leitura dos dispositivos constitucionais Arts. 158, I, e 159, I, pois há detalhamento acerca dessa distribuição, feitas essas leituras, adotar-se á o método de interpretação sistemático dos dispositivos que aliados a esse inciso, formarão uma compreensão total, extraída da norma.
Parágrafo 1º 
Não demanda maiores comentários, recomenda-se apenas e tão somente a leitura e interpretação do Art. 162 da Constituição Federal (também de redação clara e autoexplicativa) para melhor compreensão do referido parágrafo.
Parágrafo 2º 
O produto da arrecadação do Imposto de Renda (IR) poderá obter autorização mediante lei, para que suas receitas sejam incorporadas e destinadas aos Estados Municípios e Distrito Federal, em que pese, mencione que a União estabelecerá as obrigações acessórias, não há necessidade que essas venham a ser implementadas mediante lei, se vier por meio dela, tudo bem, mas referidas obrigações, que visam auxiliar a Receita Federal na arrecadação e fiscalização de tributos, podem ser estabelecidas por qualquer meio, qualquer veículo normativo, tais como portaria, decreto, convênio etc.
Parágrafo 3º 
Esse parágrafo foi revogado, recomendamos a leitura dos seguintes dispositivos: Art. 86, parágrafo único do CTN, Arts. 47 e 48 do Estatuto da Terra, Lei 4504 de 1964.
Arts. 86 e 87. Revogados de acordo com a Lei Complementar 143 de 2013. Recomenda-se a leitura dos Arts. 159, I, A e B, 161, II e III, parágrafo único da CF e Arts. 34, parágrafo 2º e 39 do ADCT.
Arts. 88 e 89
Revogados de acordo com a Lei Complementar 143 de 2013.
Art. 90.
O Art. 159, I, B, da CF, estabelece que 22,5 por cento sairá do Fundo de Participação e irá para os Municípios, ocorrendo a repartição de Receitas da União para com os Municípios; o inciso do artigo mencionado no caput, foi revogado conforme já mencionado anteriormente, como leitura complementar recomenda-se: Art. 91, parágrafo 1º, B, do CTN, Arts. 3º, parágrafo único, B do Decreto Lei 1881 de 1981.
Art. 91
Há menção ao Artigo 86, que foi revogado, recomendando-se a leitura conjugada do Art. 159, I, B, parágrafo 3º da CF; deve-se observar as tabelas desse dispositivo, tomando como base o critério populacional, visando prestigiar dessa forma Municípios menores; no que se refere ao FPM (Fundo de Participação dos Municípios) 10 por cento irão para as Capitais, e 90 por cento para os Municípios interioranos ou de regiões metropolitanas.
Art. 92
Esse dispositivo não carece de maiores explicações, mas recomenda-se a leitura dos Arts. 33, parágrafo 2º, 70, 71, 72 parágrafo 1º, 74, parágrafo 2º e 161, parágrafo único da CF, bem como a Lei de Responsabilidade Fiscal LC 101-2001 e a Lei de Licitações e Contratos 8666 de 1993.
Art. 93. Revogado de acordo com a Lei Complementar 143 de 2013.
Art. 94. Revogado de acordo com a Lei Complementar 143 de 2013.
Art. 95. Revogado de acordo com a Lei Complementar 143 de 2013.
Art. 96. 
O conceito de legislação tributária vai muito além da lei, é muito mais amplo do que apenas a expressão lei; é o direito tributário positivo, com fontes formais da matéria, através de instrumentos normativos sendo eles legais, como leis, tratados e convenções internacionais e Infralegais como decretos ou normas complementares. As fontes formais podem ser primárias, isto é, legais e Infralegais, ou secundárias, como por exemplo as normas complementares, convênios sobre ICMS por exemplo, Instruções Normativas e portarias.
Aqui estão presentes as fontes formais primárias, Constituição Federal, Emenda Constitucional, Leis complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas provisórias (ato administrativo com características próprias de lei, ou seja tem força de lei), Decretos Legislativos (Art. 49 da CF), Resoluções doSenado (Arts. 51 e 52 da CF) que estabelecem limites mínimos e máximos, visando evitar a chamada “guerra fiscal” como por exemplo o ICMS (com limites máximos e mínimos) ITCMD (limite máximo) IPVA (limite mínimo); tratados e convenções internacionais.
Art. 97
Aqui se faz presente o Princípio da Reserva Legal, aqui é a lei em sentido estrito sendo abordada, lei ordinária, na Constituição Federal, impera o princípio da legalidade, na instituição e majoração de tributos, apenas reconhecemos uma exceção quando estiver explicitamente indicada, conforme o Art. 150, I, III, B, da CF, como exemplos de aplicação desse artigo em comento, podemos citar o Artigo 159 e 160 deste Código, O II, IE, IPF e IOF por exemplo são exceções à legalidade previstas na Carta Magna; no Código Tributário Nacional, os temas reservados à lei em sentido estrito precisam ser explicitamente indicados, como é feito através dos incisos subsequentes.
I – A instituição ou extinção de qualquer tributo deverá ser feita através de lei, recomenda-se a leitura: Súmula Vinculante 31, Súmula 185 do STJ, Art. 195 parágrafo 4º da CF, 153, VII, Art. 148, e 154, I da CF.
II – A majoração de qualquer dos tributos somente se dará por lei, exceto o Imposto sobre Importação (II) que poderá ter suas alíquotas ou bases de cálculo alteradas por Ato do Poder Executivo, Imposto sobre Exportação (IE) de igual modo ao primeiro, ITBI que deverá respeitas as alíquotas máximas estabelecidas pelo Senado Federal, o Artigo 57 foi revogado na parte em que era disposto no CTN, portanto não se aplica o disposto aqui; valendo o previsto na LC 87 de 1996, e o IOF, que também poderá ter alíquotas ou bases de cálculo alteradas por Ato do poder executivo, sem necessidade portanto de lei. São verdadeiras exceções ao princípio da legalidade, se necessário for, volte nos referidos comentários dos artigos mencionados nesse inciso, para melhor compreensão.
Ademais, indicamos a leitura: Súmula 95 do STJ, Arts. 150, I, 153, parágrafo 1º, 155, parágrafo 4º, IV, C, e 177, parágrafo 4º, I, B, da CF.
III – o dispositivo em comento, no qual há remissão a outro, esse foi revogado, portanto a definição do fato gerador deverá vir através de lei, sem exceções; indicamos a leitura: Art. 146, III, A, da CF e Art. 4º do CTN.
IV – a Fixação da Alíquota e base de cálculo também será instituída por meio de lei, à exceção dos mesmos mencionados no inciso II, IE, ITBI e IOF.
V – As multas tributárias só podem ser estabelecidas por meio de lei.
VI – exclusão do crédito é quando o fato gerador é praticado, mas é afastada a sua exigência, total ou parcial que se dará nas hipóteses do Art. 175, do CTN, a isenção (exclusão total) e a anistia (exclusão parcial), que serão comentados oportunamente. A suspensão e hipótese fática aplicada, quando o fato gerador já ocorreu, mas sua exigibilidade é suspensa, que são os casos previstos no Art. 151, do CTN, Extinção, é quando o crédito tributário deixa de existir mediante a satisfação da obrigação tributária, modalidade prevista no Art. 156 do CTN.
Lembrando que a suspensão, exclusão e isenção de crédito tributário deverão ser interpretadas de forma literal (Art. 111 do CTN) e somente se suspendem, modificam ou extinguem nos casos previstos no próprio CTN; (Art. 141 do CTN) o art. 183 prevê as garantias do crédito tributário, todos esses dispositivos serão comentados um a um adiante.
A dispensa ou redução de multas (penalidades) também só ocorrerão mediante lei. Indicamos a leitura dos dispositivos: Art. 146, III, B, CF, Arts. 139 a 141, 151 a 182 do CTN.
Parágrafo 1º 
Se a base de cálculo for aumentada, encarecendo o valor a ser pago a título de tributo, o mesmo, será considerado como majorado; devendo então respeitar os princípios constitucionais da anterioridade, nonagesimal e anual em regra; sendo manifestamente proibido ao Município atualizar IPTU por meio de decreto, em percentual elevado ao índice de correção monetária. Deve-se ler também em conjunto, os Arts. 33 e 97, parágrafos 1º e 2º do CTN.
Parágrafo 2º 
Nos casos mencionados no inciso II, desse mesmo artigo, atualizar a base de cálculo, não significa majorar tributo, então para isso, não precisa de lei, a atualização da base de cálculo desse modo, pode se dar por meio de ato do Poder Executivo por exemplo, os referidos impostos são II, IE, ITBI e IOF.
Art. 98
Há uma atecnia do legislador aqui, de forma que onde se lê revoga, deve-se interpretar como suspende, o tratado internacional entra na nossa legislação como lei ordinária, visto que no Brasil vigora o sistema paritário, não se tratando de direitos humanos não haverá força de emenda constitucional. Embora o tratado seja integralizado como lei ordinária, por se tratar de situação específica, observa-se o princípio da especialidade das leis, ou seja, havendo um tratado, que preveja um mesmo assunto que o Código Tributário Nacional, prevalecerá o que dispuser o Tratado ou Convenção. Indicamos a leitura complementar: Súmula 575 do STF, Súmulas 20 e 71 do STJ, Art. 96 do CTN, Art. 5º, parágrafos 2º e 3º da CF e as jurisprudências RESP 1.161.467 e RE 543.943.
Art. 99
No direito brasileiro, ao ser assinado um decreto pelo Presidente da República, é necessário uma lei que o regulamente, é exatamente o previsto aqui, o conteúdo e alcance das normas se limitarão ao que a lei estabelecer, pois em função da mesma foi estatuído, observando inclusive as regras de interpretação estabelecidas no Código Tributário Nacional, toda vez que o CTN disser nesta Lei (com letra maiúscula se refere ao próprio CTN).
Art. 100
Aqui estão as chamadas fontes formais secundárias, atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (instruções normativas por exemplo) que nada mais são do que normas complementares. As decisões administrativas, os costumes (práticas reiteradas) e os convênios.
Como leitura complementar: Art. 103, I e III, 108, parágrafo 2º do CTN, Súmula 95 do STJ, Art. 155, XII, G, da CF, Art. 84, IV CF.
Art 101
Salvo disposição de lei em contrário, a lei começa a vigorar em todo o País, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, exceto quando prevista de forma diferente nesse capítulo do CTN. Como leitura complementar deixamos os seguintes dispositivos: Art. 2º do CTN e Arts. 1º a 6º do Decreto Lei 4657 de 1942.
Art. 102
Se os convênios firmados por Municípios, Estados ou Distrito Federal reconhecerem extraterritorialidade de uma lei tributária, assim como outras leis ordinárias assim o fizerem ou até mesmo o próprio CTN (que tem status de lei complementar) estabelecer expressamente nesse sentido, a lei poderá ter eficácia fora do Brasil.
Como leitura adicional: Art. 2º do CTN e Art. 3º da Lei Complementar 116 de 2003, Lei do ISS.
Art. 103
A menos que haja disposição em sentido diverso, entrarão em vigor:
Na data de sua publicação quando se tratar de atos normativos (normas complementares); as decisões administrativas, 30 (trinta) dias após sua publicação e os convênios celebrados pelos Municípios, Estados, Distrito Federal e a União, na data em que previstos no próprio Convênio.
Art. 104
Traz regras referente aos impostos sobre o patrimônio ou a renda que contrariam o princípio constitucional da anterioridade nonagesimal que em regra se aplica a essa espécie tributária, quando instituírem ou majorarem impostos, que definam novos fatos geradores ou que extingam ou reduzam isenções, exceto se a lei dispuser de forma mais favorável ao contribuinte.
Observe-se os Artigos 150, III, Alíneas B e C, e parágrafo 1º da CF.
Lembrando que a isenção em caráter geral e não onerosa, pode ser revogada a qualquer tempo, se em caráter individual, e mediante prazo certo e condições específicas, não pode ser livremente suprimida, estudaremos esse tema adiante nos comentários que estão por vir no Artigo 178 do CTN.
Uma isenção que venha a ser extinta, passa a onerar o contribuinte, devendo assim observar o princípio da anterioridade, de ambas, anual e nonagesimal, visando com que o contribuinte não seja surpreendido

Continue navegando