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Módulo de Véspera Enem - Humanas - Simulado Enem SFB 2020 2021

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Ciências Humanas e
suas Tecnologias
VÉSPERA ENEM
 
fariasbrito.com.br @fariasbrito canalfariasbrito@fariasbrito colegiofariasbrito
NÚCLEO ALDEOTA
(85) 3486.9000
NÚCLEO CENTRAL
(85) 3464.7788 (85) 3064.2850
NÚCLEO SUL
(85) 3260.6164
NÚCLEO EUSÉBIO
(88) 3677.8000
NÚCLEO SOBRAL
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
Professor Dawison Sampaio ............................................................................................................................ 5 
Professor D’Laías ............................................................................................................................................. 8 
Professor Hermano Melo ............................................................................................................................... 13 
Professor Nilton Sousa ................................................................................................................................... 19 
Professor João Saraiva ................................................................................................................................... 26 
Professor Pedro Israel .................................................................................................................................... 34 
Professor Adriano Bezerra ............................................................................................................................. 42 
Professor Alexandre Lima .............................................................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
M
ó
d
u
lo
 d
e
 V
é
s
p
e
ra
 E
n
e
m
 2
0
2
0
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
 5 029.438 - 152038/20 
 
 
 
 
 
 
1. (UEL) Como parte do acervo do Museu do Louvre, as 
obras Estátua Equestre e Espada Joiosa expressam o 
período de Carlos Magno, na alta Idade Média europeia 
(séculos VIII-IX). 
 
Sobre as características da dinastia carolíngia, assinale a 
alternativa correta. 
a) Carlos Magno criou a Escola Palatina reunindo 
estudiosos de várias áreas e de diferentes regiões da 
Europa. 
b) Sob o domínio dos carolíngios ocorreu uma separação 
entre o poder temporal e o poder espiritual. 
c) O poder central do rei carolíngio se fortaleceu perante 
o enfraquecimento do poder local dos senhores 
feudais. 
d) O Tribunal do Santo Ofício regulava de forma 
hegemônica os conflitos entre os senhores feudais 
carolíngios. 
e) Carlos Magno manteve um período de paz permanente 
em seus domínios territoriais. 
 
2. (UPE-SSA 1) Por dupla graça de Maomé e Carlos 
Magno, pela criação efêmera, mas plena de significado 
histórico e humano, de um império cristão no interior 
das terras entre o Loire e o Reno, ao mesmo tempo 
romano e cristão. 
 
PIRENNE, Henri. Maomé e Carlos Magno. 
Lisboa: Asa, 1992, p. 123. Adaptado. 
 
Esse trecho é um resumo da tese clássica do historiador 
Henri Pirenne sobre a formação da Europa. Após sua 
leitura, infere-se que o autor 
a) opõe duas figuras históricas, Maomé e Carlos 
Magno, identificando duas civilizações opostas em 
seus valores e suas crenças, e, nessa oposição, 
estaria a gênese da Europa. 
b) propõe uma civilização europeia, fundada nos 
princípios de unidade entre as duas mais importantes 
religiões monoteístas que se fundiram na gênese da 
Europa. 
c) compõe as duas vertentes civilizacionais, o 
Cristianismo e o Islam, e o findado Império 
Romano, destruído pelos bárbaros, como gênese da 
Europa. 
d) impõe como limites intransponíveis a fronteira entre 
os rios Loire e Reno, mantendo, assim, o espaço que 
Roma havia ocupado e, portanto, salientando a 
importância da Antiguidade para a gênese da 
Europa. 
e) expõe dois projetos conflitantes de imperialismo, o 
Carolíngio e o Islamita, e afirma que, no calor dessa 
disputa, se deu a gênese da Europa. 
 
3. (FGV) Por volta do final do século XVI, teve início uma 
transformação profunda no gênero de vida das classes 
privilegiadas. Os castelos deixaram de ser fortalezas e 
se tornaram residências de lazer no campo. Seus fossos 
foram cobertos e suas torres transformaram-se em 
ornamentos. As famílias ricas tinham, além disso, 
solares na cidade, onde passavam uma parte do ano. 
Os divertimentos tornaram-se menos guerreiros, o 
torneio foi substituído pelo carrossel, exercício de 
habilidades a cavalo, vindo da Itália. O jogo de combate 
transformou-se na esgrima com espada, de origem 
italiana, modificada na França. 
 
SEIGNOBOS, Charles. Histoire sincère de la nation française, 1982. 
Adaptado. 
 
As transformações assinaladas pelo texto sugerem 
a) a extinção das famílias nobres medievais com a 
ascensão social da burguesia de comerciantes e 
industriais. 
b) a pacificação das disputas entre Estados como 
resultado da evolução cultural da sociedade europeia. 
c) a passagem do poder político descentralizado para a 
centralização política do absolutismo monárquico. 
d) a dissolução da hierarquização social com base no 
nascimento face ao advento da sociedade de classes. 
e) a democratização do uso das terras produtivas com a 
abolição da exploração da mão de obra servil. 
 
4. (UPE-SSA 2) Na Europa ocidental, a burguesia surge 
entre os séculos X e XI, sob a forma mercantil, isto é, 
composta por comerciantes, cambistas e emprestadores 
de dinheiro, sendo aumentada logo em seguida com a 
participação dos artesãos urbanos. Durante muito tempo, 
o poder político esteve nas mãos da nobreza, dos grandes 
senhores de terras, o que não impediu o crescimento e 
enriquecimento da burguesia. Com a formação das 
monarquias absolutistas, unificando territórios, mercados, 
leis, moedas e tributos, o poder político se concentrou nos 
reis. Bastante enriquecida, uma parte da burguesia 
começou a comprar terras, conquistar títulos de nobreza 
e, inclusive, a assumir cargos nos governos. 
 
MIGLIOLI, Jorge. Dominação burguesa nas sociedades modernas. 
Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/ 
arquivos_biblioteca/artigo205Artigo1.pdf. Adaptado. 
 
Para conquistar o domínio sobre os demais membros da 
sociedade, o grupo descrito no texto se utiliza de 
diversos instrumentos, tendo-se como principal 
a) a divisão de riquezas. 
b) a utilização dos militares. 
c) a abertura do mercado nacional. 
d) o controle dos meios de produção. 
e) o fechamento do comércio ao mercado externo. 
 
 Texto para questão 5. 
 
O Ocidente havia conhecido somente três modos de 
acesso ao poder: o nascimento, o mais importante, a 
riqueza, muito secundário até o século XIII salvo na 
Roma Antiga, o sorteio, de alcance limitado entre os 
cidadãos das cidades gregas da Antiguidade. 
 
Jacques Le Goff. Os intelectuais na Idade Média, 1985. Adaptado. 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
PROFESSOR DAWISON SAMPAIO 
HISTÓRIA 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
 6 029.438 - 152038/20 
5. (Famerp) O excerto sustenta que o acesso ao poder por 
meio da riqueza era secundário na Europa Ocidental até 
o século XIII, quando 
a) as monarquias nacionais sobrepuseram-se aos 
direitos da nobreza senhorial sobre os seus feudos. 
b) o esfacelamento do poder imperial romano 
transferiu as funções de defesa militar para os 
burgueses das cidades. 
c) os reis absolutistas constituíram seus exércitos com 
recursos de impostos arrecadados de banqueiros e 
comerciantes. 
d) as atividades comerciais e artesanais produziram novos 
grupos sociais no interior das cidades medievais. 
e) a fragmentação econômica do continente europeu 
foi substituída por um só padrão monetário. 
 
6. (Unesp) Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, 
cada uma abrigando sua “família”, e as mais perfeitas, 
com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o 
século IX, os mais abundantes recursosconvergiam 
para a instituição monástica, levando-a aos postos 
avançados do progresso cultural; do outro, tudo ali se 
encontrava organizado em função de um projeto de 
perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente 
medido. 
 
DUBY, Georges. “A vida privada nas casas 
aristocráticas da França feudal”. 
História da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado. 
 
A caracterização do mosteiro medieval como uma “casa”, 
um “posto avançado do progresso cultural” e um “projeto 
de perfeição” pode ser explicada pela disposição 
monástica de 
a) valorizar a vida privada, participar ativamente da 
vida política e combater o mal. 
b) recuperar a experiência histórica e pessoal do 
Salvador durante sua estada no mundo dos vivos. 
c) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, 
estudar e combater a desordem do mundo. 
d) identificar-se com as condições de privação por que 
passavam as famílias pobres, celebrar a tradição 
escolástica e agir de forma ética. 
e) reconhecer a humanidade como solidária e unida num 
esforço de salvação da alma dos fiéis e dos infiéis. 
 
7. (Uefs) No Mediterrâneo, “os cristãos não conseguem 
fazer flutuar sequer uma tábua”. Afirmativa de Ibn 
Khaldun, historiador muçulmano (1332-1406), autor da 
História dos Árabes e dos Berberes. 
 
AQUINO, Rubim S. L. de ET AL. História das sociedades: das 
comunidades primitivas às sociedades medievais. 
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, v. 1, 1980, p. 343. 
 
A análise do historiador árabe do século XIV diz respeito 
a) à parceria estabelecida entre muçulmanos e judeus 
para o estabelecimento do monopólio no comércio 
marítimo mediterrâneo. 
b) à autossuficiência da economia feudal europeia na 
Baixa Idade Média, o que desestimulava o acesso às 
rotas marítimas comerciais do Mediterrâneo. 
c) ao controle da navegação comercial no contexto do 
mar Mediterrâneo, estabelecido pelos árabes, 
excluindo os reinos europeus da circulação comercial. 
d) ao atraso no conhecimento da navegação comercial 
pelos reinos europeus, especialmente os localizados 
na península itálica. 
e) à ausência de portos marítimos no sul da Europa, o 
que dificultava a ancoragem de embarcações nas 
atividades comerciais. 
8. (Udesc) Leia o texto a seguir: 
 
“Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem 
como ministros de Deus e seus representantes na terra. 
Consequentemente, o trono real não é o trono de um 
homem, mas o trono do próprio Deus. 
Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que 
atacá-lo de qualquer maneira é sacrilégio. (...) 
 
O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar 
contas de seus atos a ninguém.” 
 
Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a forma de governo 
à qual o trecho se refere. 
a) Democracia representativa. 
b) Monarquia constitucional. 
c) Absolutismo monárquico. 
d) República monarquista. 
e) Monarquia populista religiosa. 
 
9. (FGV-RJ) Soberania popular, igualdade civil, igualdade 
perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta 
facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter 
explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar 
num mundo mental como o do Antigo Regime... 
 
DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e 
revolução. Trad., 
São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 30. 
 
As sociedades europeias do chamado Antigo Regime 
baseavam-se 
a) no princípio da igualdade social e econômica e no 
direito divino de seus monarcas. 
b) na ordenação social hierárquica e em concepções 
filosóficas ligadas a religiões. 
c) na perspectiva da desigualdade social e em doutrinas 
religiosas democráticas. 
d) na liberdade de expressão religiosa e no sentimento 
nacionalista. 
e) na efetivação da igualdade jurídica e na mentalidade 
clerical. 
 
10. (Famerp) A base comum das ideias mercantilistas 
consiste na atuação de dois novos fatores: os Estados 
modernos nacionais, ou seja, as monarquias absolutas, e 
os efeitos de toda ordem provocados pelas grandes 
navegações e descobrimentos sobre a vida das 
sociedades europeias. 
 
FALCON, Francisco. Mercantilismo e transição, 1986. Adaptado. 
 
Os dois fatores mencionados no texto expressam-se, 
respectivamente, 
a) no intervencionismo econômico dos Estados modernos 
e no aumento dos metais nobres entesourados. 
b) na redução significativa do comércio interno 
europeu e na colonização da América e da África. 
c) no desenvolvimento de teorias voltadas à defesa do 
livre comércio e na política de degredo de 
encarcerados. 
d) na difusão das ideias sociais libertárias e no 
aperfeiçoamento dos instrumentos e das técnicas de 
navegação. 
e) no controle político burguês dos Estados modernos e 
no surgimento de órgãos regradores do comércio 
internacional. 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
 7 029.438 - 152038/20 
11. (FGV) Leia trechos do Manifesto dos camponeses, 
documento de 1525. 
(...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada 
comunidade possa eleger o seu pastor e, da mesma 
forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente. 
(...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, 
que se apoderaram de todas as florestas. Se o pobre 
precisa de lenha ou madeira tem que pagar o dobro 
por ela. 
(...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a 
prestar e que aumentam dia a dia (...) 
 
Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. 
História moderna através de textos, 2010. 
 
A partir do documento, é correto afirmar que, no 
território da atual Alemanha, 
a) os movimentos camponeses foram liderados por 
Lutero contra a exploração feita pelos nobres que, de 
forma ilegal, apropriavam-se das florestas e 
reprimiam violentamente os movimentos trabalhistas. 
b) os movimentos dos trabalhadores em favor das 
mudanças propostas por Lutero baseavam-se na 
solidariedade entre os homens e em contraposição 
ao individualismo tão característico da Idade Média. 
c) a liderança dos movimentos camponeses defendeu a 
exploração dos trabalhadores, na Alemanha, apoiada 
por Lutero, e, juntos, receberam proteção dos nobres 
locais contra a perseguição feita pela Igreja Católica. 
d) as revoltas camponesas irromperam exigindo 
reformas sociais e religiosas que prejudicariam parte 
da nobreza apoiada por Lutero, o qual se colocou 
abertamente contra os movimentos. 
e) as experiências dos camponeses contra os nobres, 
apoiados por Lutero, restringiram-se aos aspectos 
religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois 
a cooperação entre os trabalhadores e os proprietários 
marcava a sociedade alemã. 
 
12. (G1-CPS) Quando na mesma pessoa, ou no mesmo 
órgão de governo, o poder Legislativo está unido ao 
poder Executivo, não existe liberdade […] E também 
não existe liberdade se o poder Judiciário (poder de 
julgar) não estiver separado do poder Legislativo (poder 
de fazer as leis) e do poder Executivo (poder de 
executar, de por em prática as leis.) 
 
Montesquieu, O espírito das leis, 1748. In: FREITAS, G. de; 900 
textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1978, v. III, p.24. 
 
Político, filósofo e escritor, o Barão de Montesquieu 
(1689–1755) se notabilizou por sua teoria sobre a 
separação dos poderes, que organiza o funcionamento 
de muitos dos Estados modernos até a atualidade. 
 
Ao formular sua teoria, Montesquieu criticou o regime 
absolutista e defendeu a divisão do governo em três 
poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – como 
forma de 
a) garantir a centralização do poder monárquico e a 
vontade absoluta dos reis, bem como defender os 
interesses das classes dominantes. 
b) desestabilizar o governo e enfraquecer o Judiciário, 
bem como garantir a impunidade dos crimes 
cometidos pelos mais pobres. 
c) evitar a concentração de poder e os abusos dos 
governantes, bem como proteger as liberdades 
individuais dos cidadãos. 
d) estabilizar o governo e fortalecer o Executivo, bem 
como liberar as camadas subalternas da cobrança deimpostos. 
e) fortalecer o povo e eliminar os governos, bem como 
eliminar as formas de punição consideradas abusivas. 
 
13. (UPF) “A Revolução Francesa consigna-se desta maneira 
um lugar excepcional da história do mundo 
contemporâneo. Revolução burguesa clássica, ela constitui, 
para a abolição do regime senhorial e da feudalidade, o 
ponto de partida da sociedade capitalista e da democracia 
liberal na história da França”. 
 
SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa. 
São Paulo: DIFEL, 1985, p. 122. 
 
A grande Revolução Francesa, como outras revoluções 
burguesas do século XVIII, refletiu as ideias dos 
filósofos iluministas. Dentre as características a seguir 
relacionadas, assinale a alternativa que apresenta a base 
do Iluminismo. 
a) A defesa da doutrina de que a soberania do Estado 
absolutista garantiria os direitos individuais e 
eliminaria os resquícios feudais ainda existentes. 
b) A proposição da criação de monopólios estatais e a 
manutenção da balança de comércio favorável, para 
assegurar o direito de propriedade. 
c) A crítica ao mercantilismo, à limitação ao direito à 
propriedade privada, ao absolutismo e à 
desigualdade de direitos e deveres entre os 
indivíduos. 
d) A crença na prática do entesouramento como meio 
adequado para eliminar as desigualdades sociais e 
garantir as liberdades individuais. 
e) A defesa da igualdade de direitos e liberdades 
individuais, proporcionada pela influência da Igreja 
Católica sobre a sociedade, por intermédio da 
educação. 
 
14. (ESPM) Em 1646, em plena guerra civil, um grupo de 
democratas em Londres afirmou que a soberania do 
Parlamento e sua resistência ao rei só poderiam se 
justificar teoricamente se essa soberania derivasse do 
povo. Assim, se o povo era soberano, então o 
Parlamento teria de se fazer representante do povo. 
O mais pobre dos indivíduos tem tanto direito de votar 
quanto o mais rico e o mais importante deles. 
 
HILL, Christopher. O Século das Revoluções. 
 
O texto, que trata de uma revolução e de um grupo 
político nela interveniente, refere-se: 
a) à Revolução Ludita e ao grupo dos destruidores de 
máquinas. 
b) à Revolução Gloriosa e ao grupo dos cartistas. 
c) à Revolução Gloriosa e ao grupo dos cavaleiros. 
d) à Revolução Puritana e ao grupo dos diggers ou 
escavadores. 
e) à Revolução Puritana e ao grupo dos levellers ou 
niveladores. 
 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
 8 029.438 - 152038/20 
15. (FGV-RJ) A Reforma, a despeito de sua hostilidade à 
magia, estimulara o espírito de profecia. A abolição dos 
intermediários entre o homem e a divindade, bem como 
a ênfase na consciência individual, deixavam Deus falar 
diretamente a seus eleitos. Era obrigação destes tornar 
conhecida a Sua mensagem. E Deus não fazia acepção 
de pessoas: preferia falar a John Knox do que à sua 
rainha, Maria Stuart da Escócia. O próprio Knox 
agradeceu a Deus ter-lhe dado o dom de profetizar, que 
assim estabelecia que ele era um homem de boa-fé. 
Na Inglaterra, as décadas revolucionárias deram ampla 
difusão ao que praticamente constituía uma profissão 
nova – a do profeta, quer na qualidade de intérprete dos 
astros, ou dos mitos populares tradicionais, ou, ainda, da 
Bíblia. 
 
HILL, Christopher, O mundo de ponta-cabeça. Ideias radicais durante 
a Revolução Inglesa de 1640. Trad. Renato Janine Ribeiro. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 103. 
 
O texto se refere ao ambiente político e religioso da 
Inglaterra no século XVII. A esse respeito é correto 
afirmar: 
a) A insatisfação popular na Inglaterra era decorrente 
da perspectiva protestante de manter os sacerdotes 
como intermediários entre Deus e os homens. 
b) Os revolucionários basearam-se em princípios 
estritamente racionais e científicos, em uma nítida 
ruptura com as crenças e o profetismo da época. 
c) Apesar de todas as disputas religiosas dos séculos 
XVI e XVII, os monarcas ingleses mantiveram-se 
neutros, o que permitiu a preservação da monarquia. 
d) Para os revolucionários ingleses, Deus considerava 
apenas os parlamentares como pessoas aptas a 
transmitir a doutrina e indicar os caminhos da 
salvação. 
e) A movimentação revolucionária esteve vinculada 
aos conflitos religiosos decorrentes da chamada 
Reforma Protestante iniciada no século XVI. 
 
 
 
 
TC – 1 
 
1. (Enem-PPL) No contexto da polis grega, as leis comuns 
nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida 
pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro 
espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a 
essas convenções a qualidade de instituições públicas. 
 
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: 
vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. 
São Paulo: Annablume, 2010. 
 
No texto, está relatado um exemplo de exercício da 
cidadania associado ao seguinte modelo de prática 
democrática: 
a) Direta. 
b) Sindical. 
c) Socialista. 
d) Corporativista. 
e) Representativa. 
2. (G1-CPS) O termo cidadania teve sua origem no modo 
de vida das antigas cidades de Grécia e Roma. 
Leia atentamente o texto a seguir que traz uma das 
interpretações sobre a cidadania na Antiguidade. 
 
Se quisermos definir os cidadãos dos tempos antigos 
por seu atributo mais essencial, é necessário dizer-se 
que cidadão é o homem que pratica a religião da cidade. 
É o que honra os mesmos deuses da cidade. 
O estrangeiro, pelo contrário, é aquele a quem os deuses da 
cidade não protegem, e que não tem nem mesmo o direito 
de invocá-los. As leis da cidade não existiam para ele. 
 
COULANGES, Fustel de. A cidade Antiga. 
Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/ 
cidadeantiga.pdf, p.302-303. 
Acesso em: 24.jan.2012. Adaptado. 
 
De acordo com a interpretação de Coulanges, é correto 
afirmar que o conceito de cidadania da Antiguidade 
greco-romana era 
a) estabelecido de acordo com critérios monoteístas, 
pois havia crença em um único Deus. 
b) baseado no princípio de que todos os habitantes da 
cidade tinham os mesmos direitos. 
c) definido por critérios de nobreza, já que os reis 
determinavam quem eram os cidadãos. 
d) relacionado à prática religiosa de cada cidade, por 
isso a cidadania era vetada aos estrangeiros. 
e) aplicado, por meio de uma Constituição, a todos os 
que haviam nascido em território greco-romano. 
 
3. (Uerj) 
 
RACISMO ABALA IMAGEM DA NORUEGA 
 
OSLO – Terra perfeita, próspera e justa, 
classificada no ano passado pelo Relatório de 
Desenvolvimento Humano da ONU como o melhor 
lugar para se viver em todo o mundo, a Noruega está 
vendo seu universo de certezas e tranquilidade abalado 
pelo julgamento, iniciado há poucos dias, de neonazistas 
acusados de matar um negro. O caso de Benjamin 
Hermansen, um afro-norueguês de 15 anos esfaqueado 
até a morte por rapazes brancos, tem levado o país a 
questionar sua autoimagem. 
 
Nos últimos meses, a Escandinávia tem debatido 
intensamente imigração e raça, com algumas 
consequências políticas. Na Dinamarca, um partido 
antiimigração saiu-se bem nas eleições de novembro. 
Na Noruega, as eleições de setembro encerraram 80 
anos de dominação do Partido Trabalhista e levaram a 
uma coalizão apoiada pelo Partido Progressista, que é 
contra a imigração. A morte de Benjamin, filho de uma 
norueguesa com um ganense, esquentou o debate. 
 
MUNDOS – Imigração e tensão racial não são 
coisas novas na Escandinávia. Estrangeiros têm vindo 
para aqui, atraídos por generosas leis de asilo e sistemas 
abrangentes de previdência social. Mas muitos países só 
agora se veem às voltas com o fato de que se tornaram 
sociedades mistas, com o surgimento de uma segunda 
geração constituída pelos filhos dos imigrantes. 
PROFESSOR D’LAÍAS 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
 9 029.438 - 152038/20 
Hoje, Oslo tem dois mundos. Na Oslo ocidental, 
há umfervilhar de compristas, algumas com macios 
casacos de peles, e restaurantes cheios de famílias 
consumindo especialidades como costelas de cordeiro. 
Na parte oriental, ruas sujas e sombrias veem passar 
alguns dos 130 mil imigrantes, asilados e outros 
estrangeiros que aqui vivem. 
 
COWELL, Alan. Jornal do Brasil, 04/01/02. 
 
O crescimento recente da extrema-direita em vários 
países da Europa Ocidental pode ser associado, em 
termos políticos, à: 
a) diminuição da imigração europeia do Leste, a partir 
dos anos oitenta. 
b) crise das social-democracias no continente, a partir 
da década de noventa. 
c) maior demanda por força de trabalho nos países 
industrializados, a partir da década de oitenta. 
d) afirmação de políticas de integração social nas 
regiões de emigração, a partir dos anos noventa. 
 
4. (Uefs) Mais recentemente, um grupo com 25.000 
integrantes reuniu-se no Facebook em torno da sigla 
QLC Secret para ofender famosos e não famosos. A 
primeira vítima foi a atriz Taís Araújo, alvo de 
comentários racistas. No processo, que corre sob 
segredo de Justiça, uma juíza da 23ª Vara Criminal do 
Rio determinou ao Facebook que fornecesse 
informações detalhadas da quadrilha e removesse a 
página. A empresa entregou alguns dados cadastrais, e 
só. A página continua no ar. A multa, de 6 de 
novembro, não foi paga: são milhões de reais por dia. 
 
RITTO, Cecília; LEITÃO, Leslie. Silêncio de treze horas. 
Veja. São Paulo: Abril, ed. 2457, ano 48, n. 51, 23 dez. 2015, p. 92. 
 
O conteúdo racista aludido no texto expressa uma face da 
chamada “democracia racial” brasileira, historicamente 
responsável pela 
a) negação da existência de comportamentos racistas na 
sociedade e na dificuldade de reprimi-los, malgrado a 
existência de legislação claramente contrária. 
b) rápida repressão aos ataques racistas, punidos 
severamente com a prisão sem fiança e a 
condenação sumária do acusado. 
c) ineficácia das ações contra os comportamentos 
racistas, em vista da ausência de denúncia aos 
órgãos responsáveis pelas próprias vítimas. 
d) falta de uma legislação clara e objetiva que 
especifique o caráter criminoso dos ataques e das 
ofensas racistas. 
e) inexistência de restrições racistas nas relações entre 
as diferentes classes sociais brasileiras. 
 
5. (Famema) Nosso atual modelo de Estado é fruto da 
Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia 
grega, considerava que os atenienses criaram o princípio 
do Estado legal – um governo fundado em leis 
discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por 
cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa 
uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que 
o governo era algo que as pessoas criavam para 
satisfazer as necessidades humanas, os atenienses 
consideravam seus governantes homens que haviam 
demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não 
deuses ou sacerdotes. 
 
CAMPOS, Flavio de; MIRANDA, Renan G. A escrita da História, 2005. 
De acordo com o excerto e seus conhecimentos, é 
correto afirmar que 
a) a concepção moderna de democracia deriva da 
Revolução Francesa e da Atenas antiga, embora 
nesta a cidadania estivesse limitada à minoria da 
população. 
b) a democracia ateniense, por fundamentar-se na 
comunidade de homens livres, não era compatível 
com a existência de trabalho escravo. 
c) a Revolução Francesa ampliou o conceito de 
democracia grega, ao tornar cidadãos todos os 
habitantes da comunidade, inclusive as mulheres e 
os estrangeiros. 
d) os gregos desenvolveram a noção de lei como uma 
emanação dos deuses, à qual os homens deveriam 
obedecer após discussão em assembleia. 
e) os atenienses vinculavam a política à religião e, por 
isso, seu Estado nacional dependia da razão divina e 
limitava a expressão política dos cidadãos. 
 
6. (UFMG) “Nós pensamos que fosse um mendigo...” 
 
Essa frase foi atribuída aos adolescentes que, em 
Brasília, queimaram vivo o índio Galdino, que dormia 
em um abrigo de ônibus. 
 
Esse fato, ocorrido em 1997, pode ser associado 
a) ao conflito interétnico que tem caracterizado a luta 
pela posse e distribuição das terras das reservas 
indígenas. 
b) à política de eliminação das diferenças e das 
desigualdades sociais, através do extermínio dos 
pobres. 
c) ao surgimento de grupos organizados de extrema 
direita que veem os índios e os pobres como 
responsáveis pela crise do desemprego. 
d) ao descaso e à violência com que as minorias e os 
pobres têm sido historicamente tratados no Brasil. 
 
7. (UFPI) Leia, com atenção, a seguinte afirmação. 
 
“O neoliberalismo reinterpreta o processo histórico de 
cada país: os vilões do atraso econômico passam a ser 
os sindicatos e junto com eles, as conquistas sociais...” 
 
Emir Sader 
 
Tal afirmação se configura diretamente como uma: 
a) crítica à inexpressiva conscientização política dos 
sindicatos. 
b) defesa dos ideais da direita, na elaboração e 
preservação de políticas públicas. 
c) reação à política neoliberal, que menospreza as 
reivindicações dos sindicatos. 
d) ampliação do conceito de cidadania social a toda 
população brasileira. 
e) resultante do acordo estabelecido entre os países 
ricos e os menos favorecidos. 
 
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8. (Enem-2ª aplicação) 
 
 
ZIRALDO. 20 anos de prontidão, 1984. In: LEMOS, R. (Org.) 
Uma História do Brasil através da caricature 1840-2001. 
Rio de Janeiro: Letras e Expressões, 2001. 
 
A imagem está relacionada à situação social dos negros 
no Brasil após a abolição da escravidão, em 13 de maio 
de 1888, e é reflexo de 
a) uma lei que ratificou a libertação dos escravos 
impedindo a difusão do preconceito e da discriminação 
aos libertos. 
b) um ato da Princesa Isabel, que resultou no fim de 
mais de três séculos de escravidão e possibilitou 
uma vida digna aos negros. 
c) uma lei que libertou os escravos, mas sem viabilizar 
a inserção destes na sociedade e seu acesso a direitos 
sociais básicos. 
d) um movimento que se desenvolveu no Brasil e que 
garantiu condições de acesso de forma igualitária 
aos negros no mercado de trabalho. 
e) um processo que, apesar de lento e gradual, garantiu 
a cidadania aos ex-escravos, na medida em que pôs 
fim à hedionda instituição da escravidão. 
 
9. (Udesc) Uma das grandes reivindicações da sociedade 
democrática contemporânea, no Brasil, é a construção 
de uma noção de cidadania efetivamente inclusiva, que 
garanta direitos civis, igualdade e justiça para todos. 
 
Assinale a alternativa que melhor contempla a noção de 
cidadania, no Brasil contemporâneo. 
a) O conceito de cidadania implementado no Brasil é 
tributário apenas daquele cunhado na França, 
durante a Revolução de 1789. O primeiro registro 
escrito que o utilizou foi a Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão, segundo a qual “os 
homens nascem livres e iguais em direitos.”. 
b) As reivindicações a respeito da cidadania nos dias 
atuais não podem ser relacionadas aos processos 
políticos anteriores, como a Abolição da Escravatura, 
a Proclamação da República ou o Golpe Militar de 
1964. 
c) A ideia de cidadania implementada no Brasil pode ser 
compreendida exclusivamente pelas particularidades 
do processo de construção deste país como nação, 
independentemente de processos políticos ou sociais 
que envolvam o Brasil a outros espaços. 
d) A ideia de cidadania implementada no Brasil pode 
ser compreendida apenas se forem observadas, entre 
outras questões, as particularidades do processo de 
construção do Brasil como nação. 
e) A noção de cidadania reivindicada pelos movimentos 
sociais é uma concepção endógena, advinda da 
organização dos grupos indígenas que habitavam o 
território brasileiro antes da chegada dos europeus. 
 
10. (Unirio) “A existência de um texto constitucional é um 
dos critérios pelos quais se podereconhecer o 
liberalismo de uma sociedade política (...) Em segundo 
lugar, essas constituições tendem, todas, a limitar o 
poder. Trata-se mesmo de sua razão de ser. Todas têm 
em comum o fato de traçarem as fronteiras, de 
determinarem os limites de sua ação. O liberalismo 
define-se por sua oposição à noção de absolutismo (...) 
(...) o liberalismo é a expressão, isto é, o álibi, a máscara 
dos interesses de uma classe.” 
 
REMOND, René. “Introdução à história de nosso tempo: 
o século XIX (1815-1914)”. São Paulo, Cultrix, 1976, p.40 e p.30 
 
Utilizando os fragmentos anteriores, podemos afirmar 
que o liberalismo, no século XIX, significou a: 
a) adequação ao regime monárquico e a promoção da 
burguesia. 
b) oposição ao mercantilismo e à burguesia. 
c) defesa do absolutismo e a oposição ao clero. 
d) defesa do enriquecimento e da aliança com a Igreja. 
e) defesa do voto universal e da sociedade aristocrática. 
 
TC – 2 
 
1. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos 
flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a 
situação de praticamente todo o continente africano é, 
neste momento de sua história, catastrófica. Este quadro 
trágico decorre: 
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a 
herança do neocolonialismo, uma vez que a 
dominação colonial europeia se encerrou logo após a 
Segunda Guerra Mundial. 
b) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao 
colonialismo europeu, mas interno ao continente, 
que é o tribalismo, que impede sua modernização. 
c) da inserção da maioria dos países africanos na 
economia mundial como fornecedores de matérias-
primas cujos preços têm baixado continuamente. 
d) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao 
continente, a espoliação imposta e mantida pelo 
Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação. 
e) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, 
que redundou na formação de micro-nacionalismos 
incapazes de reconstruir antigas formas de 
associação, bem como de construir novas. 
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2. (UFJF-Pism) Analise a imagem e o trecho abaixo. 
 
 
Disponível em: http://twixar.me/wMG3. 
Acesso em: 10 out. 2018. 
 
Tradução: 
Escrito na porta: “Conselho de Direitos Humanos da ONU 
– Vou embora! Tenho coisas mais importantes para fazer! 
Escrito na gaiola: “Crianças imigrantes”. 
 
“Se no Natal passado eu afirmasse que o principal 
candidato a presidente do país mais poderoso do mundo 
tivesse dito, abertamente, que concordava com a venda 
de armas, com campos de concentração, com proibições 
extrajudiciais e com direitos de sangue, a menos que 
você fosse um sócio atuante da Internacional dos 
Teóricos da Conspiração, você provavelmente teria dado 
uma gargalhada na minha cara. E, no entanto, aqui 
estamos nós, precisamente nesta realidade. E não se trata 
apenas de Donald Trump. […] Como todo momento 
decisivo, é um teste, que avalia o melhor de nós: se as 
sociedades civilizadas podem, de fato, continuar 
civilizadas, no sentido mais essencial dessa expressão – 
ou se corremos o risco de mergulhar, outra vez, em uma 
era de extremismos, guerra mundial e genocídio. Isso lhe 
parece um exagero? Então?, torne a ler o primeiro 
parágrafo deste ensaio e pergunte a si próprio se esperava 
que um possível presidente norte-americano defendesse 
campos de concentração… apenas um ano atrás.” 
 
HAQUE, Umair. Observatório de Imprensa. 
Disponível em: https://bit.ly/1QCp7VP. Acesso em: 10 out. 2018. 
 
Sobre os extremismos e sua relação com a produção de 
sujeitos desterritorializados na atualidade, afirmar que: 
a) A construção do muro na fronteira com o México é 
uma ação única no mundo, não encontrando 
equivalente em outros países. 
b) A popularidade do governo Trump é maior nos 
países de língua hispânica, o que explica o aumento 
de latino-americanos imigrando em busca do “sonho 
americano”. 
c) Ao contrário da atual política estadunidense, a União 
Europeia tem se situado na vanguarda humanitária, ao 
acolher refugiados de diferentes origens. 
d) Os direitos humanos determinam a atual política 
estadunidense para a imigração e orientam as ações de 
acolhimento dos imigrantes em território americano. 
e) A política de tolerância zero do governo Trump está 
criando isolacionismo e constrangimentos diplomáticos 
junto às Nações Unidas. 
3. (UFRGS) Leia o trecho abaixo, sobre os Estados 
Unidos na contemporaneidade. 
 
O percentual de detenções ligadas a drogas que 
resultaram em condenações à prisão (em vez de 
dispensas, serviços comunitários ou liberdade assistida) 
quadriplicou, resultando num boom de construção de 
prisões nunca antes visto. Em duas décadas, entre 1980 
e 2000, o número de pessoas encarceradas nas prisões 
nos Estados Unidos saltou de mais ou menos 300 mil 
para 2 milhões. 
 
ALEXANDER, Michelle. A nova segregação. São Paulo: Boitempo, 
2017 p. 111. 
 
O trecho faz menção a um processo ainda em curso na 
sociedade norte-americana. Assinale a alternativa que 
indica esse processo. 
a) O crescimento na utilização de penas alternativas à 
prisão de pessoas condenadas por porte e uso de 
drogas. 
b) O encarceramento massivo, especialmente de afro-
americanos, associado à Guerra às Drogas iniciada 
ainda na década de 1970. 
c) O boom de construção de prisões como um 
instrumento de fomento ao crescimento econômico 
no país. 
d) O aumento no número de pessoas presas devido ao 
crescimento dos atentados terroristas em solo norte-
americano, nas últimas duas décadas. 
e) A diminuição constante no número de indivíduos 
presos desde, pelo menos, a década de 1980. 
 
4. (Udesc) “Ao contrário do historiador contemporâneo ao 
fascismo (...) não podemos tratar o fascismo como um 
movimento morto, pertencente a história e sem qualquer 
papel político contemporâneo. Encontramo-nos, desta 
forma, numa situação insólita: sabemos qual a prática e 
as consequências do fascismo e sabemos, ainda, que não 
é um fenômeno puramente histórico, aprisionado no 
passado. Assim, torna-se impossível escrever sobre o 
fascismo histórico sem ter em mente o neofascismo e 
suas possibilidades.” 
 
FILHO, Daniel Araao Reis. O século XX. 
 
Assinale a alternativa que se refere corretamente ao 
trecho acima. 
a) O fascismo é um fenômeno puramente histórico e 
datado, restrito às experiências totalitárias da 
primeira metade do século XX. 
b) O fascismo, além de fenômeno histórico, faz-se 
presente na sociedade contemporânea pelas práticas 
que podem ser identificadas como neofascismo. 
c) O fascismo e o neofascismo são fenômenos 
históricos que, por tratar de passado e presente, não 
podem ser escritos. 
d) No que diz respeito à escrita da história do fascismo, 
a situação dos historiadores contemporâneos ao 
fascismo é idêntica à situação dos historiadores 
atuais. 
e) O fascismo, como fenômeno histórico, não possui 
relação alguma com a contemporaneidade. 
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5. (G1-CFTMG) O antigo Elevado Castelo Branco, uma das 
principais construções viárias da região central de Belo 
Horizonte, sem nome há mais de um ano, enfim vai ser 
rebatizado. Ganhará o nome de uma militante na luta 
contra a ditadura. Às vésperas do aniversário de 50 anos 
do golpe militar, os vereadores aprovaram a proposta que 
muda o nome do viaduto para Dona Helena Greco, 
primeira vereadora eleita na capital mineira. 
 
MACIEL, Alice. Viaduto que homenageava ditador ganhará nome de 
uma militante na luta contra a ditadura. Estado de Minas, 
Belo Horizonte, 26 mar. 2014. 
 
Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/ 
2014/03/26/interna_politica,511900/viaduto-que-homenageava-
ditador-ganhara-nome-de-uma-militante-na-luta-contra-a-
ditadura.shtml. 
Acesso em: 10 set. 2017. 
 
A mudança no nome dessa importantevia de Belo 
Horizonte, ocorrida no ano de 2014, justifica-se na 
medida em que o(a) 
a) povo brasileiro reconheceu avanços democráticos 
ainda vinculados à história oficial da Ditadura Civil-
Militar. 
b) ex-vereadora Helena Greco foi considerada como a 
melhor imagem da memória produzida durante a 
Ditadura Civil-Militar. 
c) sociedade compreendeu que a memória de valores 
democráticos deve se sobrepor à memória oficial da 
Ditadura Civil-Militar. 
d) ex-presidente Castelo Branco foi condenado pela 
Comissão da Verdade como um dos responsáveis 
pelos crimes cometidos durante a Ditadura Civil-
Militar. 
 
6. (Enem/Libras) Pedaços grandes e pequenos do Muro de 
Berlim encontram-se hoje em todos os continentes. 
A Fundação Federal para Superação da Ditadura 
encontrou frações do Muro em cento e quarenta e seis 
lugares em todo o mundo. Deve existir mais metros do 
Muro nos EUA que em Berlim. 
 
SIBUM, H. O Muro de Berlim. DE Magazin Deutschland, n. 3, 2014. 
 
O interesse em adquirir partes dessa edificação histórica 
foi resultado da 
a) valorização artística da obra. 
b) dimensão política do símbolo. 
c) supressão violenta da memória coletiva. 
d) capacidade turística do monumento histórico. 
e) fragilidade política reunificada alemã. 
 
7. (UEL) Leia o texto a seguir, que remete ao debate sobre 
questões de gênero. 
 
A violência contra a mulher acontece cotidianamente 
e nem sempre ganha destaque na imprensa, afirmou a 
ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, 
Nilcéa Freire [...]. “Quando surgem casos, principalmente 
com pessoas famosas, que chegam aos jornais, é que a 
sociedade efetivamente se dá conta de que aquilo acontece 
cotidianamente e não sai nos jornais. As mulheres são 
violentadas, são subjugadas cotidianamente [...]”, afirmou 
a ministra. [...] “Eliza morreu porque contrariou um 
homem que achou que lhe deveria impor um castigo. Ela 
morreu como morrem tantas outras quando rompem 
relacionamentos violentos”, disse a ministra. 
 
“Violência contra as mulheres é diária”, diz ministra, 
Agência Brasil, Brasília, 11 jul. 2010. 
Com base no texto e nos conhecimentos 
socioantropológicos sobre o tema, é correto afirmar: 
a) Questões de gênero são definidas a partir da classe 
social, razão pela qual são mais presentes nas 
camadas populares do que entre as elites. 
b) As identidades sociais masculina e feminina são 
configuradas a partir de características biológicas 
imutáveis presentes em cada um. 
c) As diferenças de gênero são determinadas no terreno 
econômico, daí o fato de serem produto da 
sociedade capitalista. 
d) As experiências socialistas do século XX 
demonstram que nelas as questões de gênero são 
resolvidas de modo a estabelecer a igualdade real 
entre homens e mulheres. 
e) As relações de gênero são construídas socialmente e 
favorecem, nas condições históricas atuais, a 
dominação masculina. 
 
8. (Unicentro) Harriet Martineau (1802-1876) nasceu na 
Inglaterra, foi autora de mais de 50 livros e tem sido 
chamada a “primeira socióloga mulher”. Entre tantos 
feitos, foi original ao dirigir um olhar social à vida 
cotidiana e ao introduzir a Sociologia na Grã-Bretanha, 
com a tradução do livro fundador da disciplina, a 
“Filosofia Positiva”, de Augusto Comte. No entanto, 
quando se fala sobre os fundadores da Sociologia, não é 
comum se ouvir falar em Harriet. 
 
Com base nessas informações, sobre as relações de 
gênero e o mundo do trabalho, é correto afirmar: 
a) A exclusão da mulher no campo do trabalho é 
explicada apenas por conjunturas econômicas. 
b) A história de Martineau se explica por uma alta 
divisão social do trabalho porque antecede a 
Revolução Industrial. 
c) O caso de Harriet exemplifica como a existência de 
gênero pode alcançar a discriminação sexual no 
trabalho. 
d) A relação de gênero é norteada pelas diferenças 
biológicas e justifica as desigualdades e a exclusão 
social da mulher. 
e) A dificuldade encontrada pelas mulheres no mundo 
do trabalho reflete a sua inferioridade nesse campo 
social, diferente da esfera doméstica. 
 
9. (UEL) As reflexões liberais tenderam a acentuar, até o 
século XIX, a compreensão de que o Estado era a 
expressão da Razão. Nessa forma de compreensão 
liberal, é correto afirmar que o Estado 
a) deveria intervir na economia, uma vez que a 
liberdade de negociar reconduziria a sociedade ao 
princípio do “homem como lobo do homem”, 
destacado por Rousseau. 
b) atingiria seu maior grau de eficiência se comandado 
pelas classes industriais, em detrimento das demais 
frações que compõem a burguesia, isto é, 
proprietários de terra e comerciantes. 
c) seria a instância a partir da qual as desigualdades 
formais entre os indivíduos se transformariam em 
igualdade real entre os homens. 
d) tenderia a desaparecer, na medida em que o sistema 
produtivo dividisse as riquezas produzidas pelas 
classes sociais, como expressão da Razão. 
e) representaria os interesses do conjunto da sociedade, 
pairando, portanto, acima das classes sociais e de 
suas demandas específicas. 
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10. (Enem-PPL) “Não à liberdade para os inimigos da 
liberdade”, dizia Saint-Just. Isso significa dizer: não à 
tolerância para os intolerantes. 
 
HÉRITIER, F. O eu, o outro e a tolerância. In: HÉRITIER, F.; 
CHANGEUX, J. P. (orgs.). 
Uma ética para quantos? São Paulo: Edusc, 1999 (fragmento). 
 
A contemporaneidade abriga conflitos éticos e políticos, 
dos quais o racismo, a discriminação sexual e a 
intolerância religiosa são exemplos históricos. Com base 
no texto, qual é a principal contribuição da Ética para a 
estruturação política da sociedade contemporânea? 
a) Revisar as leis e o sistema político como mecanismo 
de adequação às novas demandas éticas. 
b) Propor modelos de conduta fundados na justiça, na 
liberdade e na diversidade humana. 
c) Criar novas leis éticas com a finalidade de punir os 
sujeitos racistas e intolerantes. 
d) Instaurar um programa de reeducação ética fundado 
na prevenção da violência e na restrição da 
liberdade. 
e) Instituir princípios éticos que correspondam ao 
interesse de cada grupo social. 
 
 
 
TC – 1 
 
1. (Unesp) Na colônia, a justiça era exercida por toda uma 
gama de funcionários a serviço do rei. A violência, a 
coerção e a arbitrariedade foram suas principais 
características. [...] Nas regiões em que a presença da 
Coroa era mais distante, os grandes proprietários de 
terras exerciam considerável autoridade administrativa e 
judicial. No sertão, os potentados impunham seus 
interesses à população livre. 
 
LOPEZ, Adriana; Mota, Carlos Guilherme. 
História do Brasil: uma interpretação, 2008. 
 
Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Colonial, o texto 
a) identifica a isonomia e a impessoalidade na 
administração da justiça e seu embasamento no 
direito romano. 
b) explicita a burocratização do sistema jurídico 
nacional e reconhece sua eficácia no controle interno. 
c) indica o descompasso entre as determinações da Coroa 
portuguesa e os interesses pessoais dos governadores-
gerais. 
d) distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta 
o prevalecimento de ações autoritárias em ambas. 
e) diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder 
Executivo e caracteriza a ação autônoma e 
independente de ambos. 
 
2. (Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me 
parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por 
conjecturas e aparências grandes aquilo que podia 
suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam 
muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. 
A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com 
modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de 
entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo 
grandíssimo dano que daí se podia seguir. 
 
LEITE, Serafim. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954. 
O trechoanterior foi extraído de uma carta dirigida pelo 
padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal 
D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu 
conteúdo mostra 
a) a persistência dos ataques franceses contra a 
América, que Portugal vinha tentando colonizar de 
modo efetivo desde a adoção do sistema de 
capitanias hereditárias. 
b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria 
entre as Coroas de Portugal e da França e que visava 
a combater as pretensões expansionistas da Espanha 
na América. 
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a 
expansão de jesuítas franceses, que, no Brasil, 
vinham exercendo grande influência sobre as 
populações nativas. 
d) o projeto de expansão territorial português na 
Europa, o qual, na época da carta, visava à 
dominação de territórios franceses tanto na Europa 
quanto na América. 
e) a manifestação de um conflito entre a recém-criada 
ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do 
combate à pirataria francesa. 
 
3. (FGV) Encontro, teoricamente inexplicável, de dois 
fenômenos que deveriam em princípio repelir-se um ao 
outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto, ali 
estavam eles juntos, articulados, durante todo o período 
pombalino. 
 
FALCON, F. J. C. A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483. 
 
Entre as medidas implementadas durante o período em 
que o Marquês de Pombal foi o principal ministro do rei 
português D. José I, é correto apontar: 
a) A anistia aos mineradores da colônia que possuíam 
débitos tributários com a metrópole portuguesa. 
b) A implementação de medidas liberalizantes e a 
extinção das companhias de comércio monopolistas. 
c) O estabelecimento do Diretório dos Índios, que 
significou uma tentativa de enfraquecer o poder dos 
jesuítas. 
d) A intensificação das perseguições aos judeus e 
cristãos-novos bem como o fortalecimento do 
Tribunal do Santo Ofício. 
e) O fortalecimento da nobreza e do clero em 
detrimento dos setores financeiros e mercantis da 
sociedade portuguesa. 
 
4. (Enem) Art. 90. As nomeações dos deputados e 
senadores para a Assembleia Geral, e dos membros dos 
Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por 
eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em 
assembleias paroquiais, os eleitores de província, e 
estes, os representantes da nação e província. 
 
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias 
paroquiais: 
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não 
compreendem os casados, os oficiais militares, que 
forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis 
formados e os clérigos de ordens sacras. 
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia 
de seus pais, salvo se servirem a ofícios públicos. 
PROFESSOR HERMANO MELO 
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III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os 
guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de 
comércio, os criados da Casa Imperial, que não 
forem de galão branco, e os administradores das 
fazendas rurais e fábricas. 
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade 
claustral. 
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil 
réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou 
emprego. 
 
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br. 
Acesso em: 4 abr. 2015 Adaptado. 
 
De acordo com os artigos do dispositivo legal 
apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do 
Império é marcado pelo(a) 
a) representação popular e sigilo individual. 
b) voto indireto e perfil censitário. 
c) liberdade pública e abertura política. 
d) ética partidária e supervisão estatal. 
e) caráter liberal e sistema parlamentar 
 
5. (Enem) O instituto popular, de acordo com o exame da 
razão, fez da figura do alferes Xavier o principal dos 
Inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração 
de glória. Merecem, decerto, a nossa estima aqueles 
outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a carregar 
com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria 
quando viu comutada a pena de morte dos seus 
companheiros, pena que só ia ser executada nele, o 
enforcado, o esquartejado, o decapitado, esse tem de 
receber o prêmio na proporção do martírio, e ganhar por 
todos, visto que pagou por todos. 
 
ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892. 
 
No processo de transição para a República, a narrativa 
machadiana sobre a Inconfidência Mineira associa 
a) redenção cristã e cultura cívica. 
b) veneração aos santos e radicalismo militar. 
c) apologia aos protestantes e culto ufanista. 
d) tradição messiânica e tendência regionalista. 
e) representação eclesiástica e dogmatismo ideológico. 
 
6. (Enem) Rodrigo havia sido indicado pela oposição para 
fiscal duma das mesas eleitorais. Pôs o revólver na 
cintura, uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se 
para seu posto. A chamada dos eleitores começou às 
sete da manhã. Plantados junto da porta, os capangas do 
Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos 
oficiais a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua 
quase totalidade, tomavam docilmente dos papeluchos e 
depositavam-nos na urna, depois de assinar a autêntica. 
Os que se recusavam a isso tinham seus nomes 
acintosamente anotados. 
 
VERISSIMO. E. O tempo e o vento. 
São Paulo: Globo, 2003. Adaptado. 
Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o seguinte 
aspecto característico da vida política durante a Primeira 
República: 
a) Identificação forçada de homens analfabetos. 
b) Monitoramento legal dos pleitos legislativos. 
c) Repressão explícita ao exercício de direito. 
d) Propaganda direcionada à população do campo. 
e) Cerceamento policial dos operários sindicalizados. 
 
7. (Famema) O período mais produtivo da Época de Ouro 
da MPB coincide, basicamente, com o Estado Novo 
(1937-1945), implantado por Getúlio Vargas. Não é 
uma simples coincidência. Em 1937, Vargas criou o 
Ince (Instituto Nacional de Cinema Educativo), o SNT 
(Serviço Nacional de Teatro) e o INL (Instituto 
Nacional do Livro). De outro lado, Vargas também 
operava, com mão de ferro, o famigerado DIP 
(Departamento de Imprensa e Propaganda). 
 
José Arbex Jr. e Maria Helena V. 
Senise. Cinco séculos de Brasil, 1998. Adaptado. 
 
Durante o Estado Novo, 
a) a postura crítica na música contrastava com a 
simplicidade das outras áreas da cultura, que se 
submetiam ao governo. 
b) a criação de instituições culturais prejudicava 
intelectuais e artistas, que intensificavam sua 
oposição ao governo. 
c) a política econômica do governo privilegiava a 
industrialização, o que deixava a cultura sem verbas 
suficientes. 
d) a produção cultural reforçava o nacionalismo 
exaltado pelo governo, que cerceava a liberdade de 
expressão. 
e) o projeto do governo baseava-se em medidas 
elitistas, o que limitava as manifestações culturais 
populares. 
 
8. (Enem) A democracia que eles pretendem é a democracia 
dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. 
A democracia que eles querem é para liquidar com a 
Petrobras, é a democracia dos monopólios, nacionais e 
internacionais, a democracia que pudesse lutar contra o 
povo. Ainda ontem eu afirmava que a democracia jamais 
poderia ser ameaçada pelo povo, quando o povo 
livremente vem para as praças – as praças que são do 
povo. Para as ruas – que são do povo. 
 
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigosldiscurso-
de-joao-goulart-no-comicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015. 
 
Em um momento de radicalização política, a retórica no 
discurso do presidente João Goulart, proferido no 
comício da Central do Brasil, buscava justificar a 
necessidade de 
a) conter a abertura econômica para conseguir a adesão 
das elites. 
b) impedir a ingerência externa para garantir a 
conservação de direitos. 
c) regulamentar os meios de comunicação para coibir 
os partidos de oposição.d) aprovar os projetos reformistas para atender a 
mobilização de setores trabalhistas. 
e) incrementar o processo de desestatização para 
diminuir a pressão da opinião pública. 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
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9. (Famema) Analise a charge de Luiz Gê, publicada na 
Folha de S. Paulo em 1981. 
 
 
(Ah, como era boa a ditadura…, 2015.) 
 
O processo de abertura política iniciou-se no governo 
do general Geisel e prosseguiu no de Figueiredo. 
A charge revela que esse processo 
a) apoiava a liberdade de expressão e de imprensa. 
b) associava medidas democráticas a outras 
autoritárias. 
c) articulava os sindicatos como base de apoio ao 
governo. 
d) unificava diferentes correntes ideológicas e 
partidárias. 
e) relacionava o nacionalismo ao intervencionismo 
estatal. 
 
10. (Fuvest) 
 
Depois de 20 anos na escola 
Não é difícil aprender 
Todas as manhas do seu jogo sujo 
Não é assim que tem que ser 
 
Vamos fazer nosso dever de casa 
E aí então vocês vão ver 
Suas crianças derrubando reis 
Fazer comédia no cinema com as suas leis 
 
Somos os filhos da revolução 
Somos burgueses sem religião 
Somos o futuro da nação 
Geração Coca‐Cola. 
 
Dado Villa‐Lobos e Renato Russo, Geração Coca‐Cola, 1984. 
 
Esses versos 
a) remetem ao período da Campanha das Diretas Já e 
apresentam esperanças em relação à implantação de 
um regime democrático no Brasil. 
b) revelam a indignação e rebeldia da juventude com os 
rumos da chamada Nova República, especialmente 
contra o Colégio Eleitoral e o bipartidarismo. 
c) propõem um repúdio por parte da juventude 
brasileira em relação às questões políticas e 
comportamentais durante a transição democrática. 
d) oferecem uma visão positiva acerca do período 
militar no Brasil e demonstram ceticismo com 
respeito à transição democrática. 
e) reforçam a capacidade de mobilização e 
reivindicação da juventude pela liberdade de 
expressão e criação de novas universidades públicas. 
 
11. (Unioeste) Observe o desenho a seguir. 
 
 
DUKE, 16 nov. 2015. 
Disponível em: https://www.otempo.com.br/cidades/tragedia-de-
bento-rodrigues-e-retratada-em-charges-1.1174565. 
Acesso em: 15 jul. 2019. 
 
A charge acima aponta uma leitura feita sobre a relação 
produzida entre a empresa mineradora e as comunidades 
atingidas em Mariana-MG, em 2015. Naquele 
momento, houve o rompimento da barragem Fundão e a 
lama de rejeitos atingiu o Rio Doce, atravessando várias 
cidades e, posteriormente, chegando ao mar. 
 
Sobre a ocupação histórica em Minas Gerais e o papel 
expressivo da atividade mineradora na região é correto 
afirmar que: 
a) Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, foi 
considerado um dos principais defensores de 
trabalhadores livres e escravizados no auge da 
mineração no século XVIII. Por essa razão, foi 
condenado e morto como mártir da revolta colonial. 
b) historicamente, a exploração de minérios foi vista 
como uma atividade econômica desinteressante. 
A baixa ocupação dessa região já no século XVIII 
aponta esse desestímulo, uma vez que não foi 
lucrativo nem para a Coroa portuguesa nem para os 
que investiram nas minas e viviam dessa atividade. 
c) podemos destacar que a presença de exploração de 
minérios pelo território brasileiro é realizada em 
constante diálogo com os interesses da população 
que vive na região onde se propõe a barragem – 
ribeirinhos, comunidades indígenas etc. 
d) a exploração de minérios exige avaliação de riscos e 
danos à população e ao meio ambiente. Entretanto, 
parte das análises produzidas posteriormente às 
tragédias de Mariana e Brumadinho apontaram a 
necessidade de rever o uso e, inclusive, desativar 
barragens de minério em atividade. 
e) os desastres com barragens de minérios desaceleraram 
o interesse pela exploração dessa atividade no país. 
No momento, o intuito é expandir o uso dos recursos 
naturais para as comunidades nativas, além da 
expansão da produção agroecológica e familiar. 
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TC – 2 
 
1. (Unesp) 
 
Os diários, as memórias e as crônicas de viagens 
escritas por marinheiros, comerciantes, militares, 
missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, 
seriam as principais fontes de conhecimento e 
representação da África dos séculos XV ao XVIII. 
A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência 
cotidiana foram atribuídos aos africanos ao mesmo 
tempo em que se justificava a sua escravização no Novo 
Mundo. A desumanização de suas práticas serviria 
como justificativa compensatória para a coisificação dos 
negros e para o uso de sua força de trabalho nas 
plantations da América. 
 
CLARO, Regina. Olhar a África, 2012. Adaptado. 
 
As “plantations da América”, citadas no texto, 
correspondem a 
a) um esforço de coordenação da colonização ao redor 
do Atlântico, com a aplicação de modelos 
econômicos idênticos nas colônias ibéricas da 
América e da costa africana. 
b) uma estratégia de valorização, na colonização da 
América e na África, das atividades agrícolas 
baseadas em mão de obra escrava, com a 
consequente eliminação de toda forma de artesanato 
e de comércio local. 
c) um modelo de organização da produção agrícola 
caracterizado pelo predomínio de grandes 
propriedades monocultoras, que utilizavam trabalho 
escravo e destinavam a maior parte de sua produção 
ao mercado externo. 
d) uma forma de organização da produção agrícola, 
implantada nas colônias africanas a partir do sucesso 
da experiência de povoamento das colônias inglesas 
na América do Norte. 
e) uma política de utilização sistemática de mão de 
obra de origem africana na pecuária, substituindo o 
trabalho dos indígenas, que não se adaptavam ao 
sedentarismo e à escravidão. 
 
2. (Unesp) Em meados do século o negócio dos metais não 
ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. 
O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de 
tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, 
boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, 
advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, 
clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia 
paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os 
documentos da época, ascendia a mais de cem mil. 
A necessidade de abastecer-se toda essa gente 
provocava a formação de grandes currais; a própria 
lavoura ganhava alento novo. 
 
HOLANDA, Sérgio Buarque de. “Metais e pedras preciosas”. 
História geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado. 
De acordo com o excerto, é correto concluir que a 
extração de metais preciosos em Minas Gerais no século 
XVIII 
a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas 
de extração e favoreceu a independência colonial. 
b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na 
colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos 
de mineração. 
c) provocou um processo de urbanização e articulou a 
economia colonial em torno da mineração. 
d) extinguiu a economia colonial agroexportadora e 
incorporou a população litorânea economicamente 
ativa. 
e) restringiu a divisão da sociedade em senhores e 
Escravos e limitou a diversidade cultural da colônia. 
 
3. (Unesp) 
 
Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início 
da colonização, configuravam-se nos trópicos 
portugueses preocupações próprias de uma colônia de 
povoamento e não apenas de exploração ou feitoria 
comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para 
sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as 
potencialidades do Império nascente, tendo em vista o 
fomento do bem-estar da própria população local. 
 
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. 
A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005. 
 
A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 
1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo, 
a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e peloprojeto, defendido pelos liberais portugueses, de 
iniciar a gradual descolonização do Brasil. 
b) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, 
do príncipe regente, de impedir a expansão e o 
sucesso dos movimentos emancipacionistas na 
colônia. 
c) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, 
avançando sobre terras da América Espanhola, para 
assegurar o pleno domínio continental do Brasil. 
d) pela invasão francesa em Portugal e pela 
proximidade e aliança do governo português com a 
política da Inglaterra. 
e) pela intenção de expandir, para a América, o projeto 
de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração 
colonial, as colônias espanholas e o Brasil. 
 
4. (ESPM) A antinomia centralização-descentralização foi 
um dos principais temas presentes nos debates 
parlamentares. Para alguns a proposta de descentralização 
era a única capaz de salvar o país da desagregação. 
Acreditavam que, com a concessão de maior liberdade de 
ação, as províncias continuariam ligadas ao império. Para 
outros, era justamente essa maior autonomia que poderia 
levar a ruptura definitiva. Apesar da oposição dos dois 
argumentos, o objetivo de ambos os grupos era o mesmo: 
preservar a unidade nacional. (...) Em 12 de maio de 
1840, depois de prolongados debates parlamentares foi 
aprovada a Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1834. 
 
Sonia Guarita do Amaral – organizadora. 
O Brasil como Império. 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
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A Lei Interpretativa do Ato Adicional deve ser relacionada 
com: 
a) a extinção da Regência Trina e a criação da Regência 
Uma. 
b) a abolição do Conselho de Estado, principal órgão 
de assessoria do imperador. 
c) a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, 
com deputados eleitos que possuíam um relativo 
poder deliberativo. 
d) a criação da Guarda Nacional, subordinada ao 
Ministério da Justiça e, em grande parte, controlada 
pelos senhores de terras e de escravos. 
e) diminuição dos poderes das Assembleias 
Legislativas Provinciais, assegurando o retorno da 
centralização dos poderes 
 
5. (FGV-RJ) A Lei de Terras de 1850, por exemplo, que 
fora apresentada pela primeira vez em 1843, visava 
organizar o país para o fim eventual do trabalho escravo 
– tendo sido votada poucos dias após a interrupção do 
tráfico. 
 
SCHWARCZ, L.M;. STARLING, H.M., Brasil: uma biografia. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 274. 
 
Acerca da Lei de Terras e do processo político e social a 
ela associado é correto afirmar: 
a) O fim do tráfico significou, na prática, o fim da 
escravidão no território brasileiro. 
b) A Lei de Terras impedia a livre ocupação agrária por 
homens livres pobres no Brasil. 
c) A Lei de Terras e o fim do tráfico permitiram a 
constituição de pequenas e médias propriedades no 
Brasil. 
d) A Lei de Terras no Brasil teve as mesmas 
implicações que a Homestead Act, promulgada nos 
Estados Unidos em 1862. 
e) A Lei de Terras previa a distribuição de terras não 
ocupadas a ex-escravos que se dispusessem a 
cultivá-las. 
 
6. (Enem) Os seus líderes terminaram presos e assassinados. 
A “marujada” rebelde foi inteiramente expulsa da 
esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram 
vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes 
nunca mais foram oficialmente utilizados; a partir de então, 
os marinheiros – agora respeitados – teriam suas condições 
de vida melhoradas significativamente. Sem dúvida 
fizeram avançar a História. 
 
MAESTRI, M. 1910: A revolta dos marinheiros – uma saga negra. 
São Paulo: Global, 1982. 
 
A eclosão desse conflito foi resultado da tensão 
acumulada na Marinha do Brasil pelo(a) 
a) engajamento de civis analfabetos após a emergência 
de guerras externas. 
b) insatisfação de militares positivistas após a 
consolidação da política dos governadores. 
c) rebaixamento de comandantes veteranos após a 
repressão a insurreições milenaristas. 
d) sublevação das classes populares do campo após a 
instituição do alistamento obrigatório. 
e) manutenção da mentalidade escravocrata da 
oficialidade após a queda do regime imperial. 
 
7. (FGV) A imagem retrata um episódio de 1943, na 
cidade de Natal: a presença do presidente do Brasil, 
Getúlio Vargas, e do presidente dos Estados Unidos, 
Franklin Roosevelt. 
 
 
NEILSON, Raymond, Segunda visita de Roosevelt ao Brasil, 
In: TOTA, Antonio Pedro. O imperialismo sedutor, 2000. 
 
Tal episódio faz parte de um contexto mais amplo, 
representado pela Política de Boa Vizinhança, que se 
constituiu em uma 
a) forte mobilização dos governos dos Estados Unidos 
e do Brasil no sentido de uma inédita colaboração 
econômica, materializada na oferta estadunidense de 
tecnologia para a recente indústria automobilística 
brasileira e a remessa de aço para as indústrias dos 
Estados Unidos. 
b) ação conjunta do governo e de grandes empresários 
norte-americanos para auferir grandes lucros no 
Brasil e na América Latina por meio de 
investimentos diretos em equipamentos urbanos, 
especialmente o transporte público e a produção e 
distribuição de energia. 
c) nova postura diplomática e comercial dos Estados 
Unidos para a América Latina, especialmente para a 
Argentina, o Brasil e o México, que articulavam um 
bloco político-econômico com o intuito de estabelecer 
relações mais efetivas com a Inglaterra e a França. 
d) reordenação radical da política externa brasileira, 
que passou a ser pautada pelo pragmatismo 
econômico, no qual o governo Vargas procurava as 
melhores condições para garantir o desenvolvimento 
da indústria de base, alternando aproximações entre 
os Estados Unidos e a Inglaterra. 
e) prática diplomática estadunidense para a América 
Latina, que abandonou o intervencionismo, optando 
pela negociação diplomática e o auxílio econômico e 
militar, como o empréstimo para a construção de 
uma siderúrgica no Brasil, a fim de limitar a 
influência europeia na região. 
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8. (Enem) 
 
 
O Cruzeiro, década de 1960. Disponível em: 
www.memoriaviva.com.br. 
Acesso em: 28 fev. 2012. Adaptado. 
 
No anúncio, há referências a algumas das transformações 
ocorridas no Brasil nos anos 1950 e 1960. No entanto, 
tais referências omitem transformações que impactaram 
segmentos da população, como a 
a) exaltação da tradição colonial. 
b) redução da influência estrangeira. 
c) ampliação da imigração internacional. 
d) intensificação da desigualdade regional. 
e) desconcentração da produção industrial. 
 
9. (Uema) O Governo de Emílio Garrastazu Médici 
(1969-1974), o terceiro General-Presidente do regime 
que chegou ao poder por meio do Golpe Militar de 
31/3/1964, foi profundamente marcado tanto pelo auge 
da repressão política quanto pelos elevados níveis de 
crescimento que ficaram conhecidos como ― “Milagre 
Econômico”. Tomando como referência essa 
informação, analise a charge abaixo. 
 
 
Disponível em: http://jornalggn.com.br/video/o-papo-grande-de-
delfin-netto. Acesso em: 30 maio. 2014. 
A crítica a um dos desdobramentos do chamado – 
“Milagre Econômico” refere-se à (ao) 
a) concentração de renda. 
b) aumento do êxodo rural. 
c) crescimento dos níveis salariais. 
d) redução dos níveis de desemprego. 
e) elevação da dívida externa brasileira. 
 
10. (Enem) Batizado por Tancredo Neves de “Nova 
República”, o período que marca o reencontro do Brasil 
com os governos civis e a democracia ainda não 
completou seu quinto ano e já viveu dias de grande 
comoção. Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu 
pela euforia do Plano Cruzado, conheceu as depressões 
da inflação e das ameaças da hiperinflação e desembocou 
na movimentação que antecede as primeiras eleições 
diretas para presidente em 29 anos. 
 
O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB.Jornal do Brasil. 15 nov. 1989. 
 
O período descrito apresenta continuidades e rupturas 
em relação à conjuntura histórica anterior. Uma dessas 
continuidades consistiu na 
a) representação do Legislativo com a fórmula do 
bipartidarismo. 
b) detenção de lideranças populares por crimes de 
subversão. 
c) presença de políticos com trajetórias no regime 
autoritário. 
d) prorrogação das restrições advindas dos atos 
institucionais. 
e) estabilidade da economia com o congelamento anual 
de preços. 
 
11. (UPE) Observe a imagem a seguir. 
 
 
Disponível em: http://hhenkels.blogspot.com.br/2013_06_01_archive.html. 
 
Há uma grande comparação tanto por parte da imprensa 
como dos meios de comunicação em relação aos 
movimentos sociais durante o Regime Civil-Militar no 
Brasil do século passado e os atuais que, de início, 
foram chamados de ‘movimento passe livre’. 
 
Assinale a alternativa que apresenta os principais fatores 
políticos que concorreram para a eclosão desses 
movimentos. 
a) Ascensão da nova classe média que reivindicava 
reformas nos marcos regulatórios. 
b) Baixa produtividade em detrimento a um alto nível 
de inovações tecnológicas. 
c) Efetivação da reforma de alguns marcos jurídicos, a 
exemplo de rodovias e aeroportos. 
d) Instabilidade das instituições e crise da 
representação no âmbito da política. 
e) Ampliação dos recursos nos investimentos básicos 
de energia e telecomunicações, por exemplo. 
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1. (Enem-PPL) No aniversário do primeiro decênio da 
Marcha sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini irá 
inaugurar sua Via dell Impero; a nova Vida Sacra do 
Fascismo, ornada com estátuas de César, Augusto, 
Trajano, servirá ao culto do antigo e à glória do Império 
Romano e de espaço comemorativo do ufanismo 
italiano. Às sombras do passado recriado ergue-se a 
nova Roma, que pode vangloriar-se e celebrar seus 
imperadores e homens fortes; seus grandes poetas e 
apólogos como Horácio e Virgílio. 
 
SILVA, G. História antiga e usos do passado: um estudo de 
apropriações da Antiguidade sob o regime de Vichy. 
São Paulo: Annablume, 2007. Adaptado. 
 
A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do 
patrimônio cultural foi realizada com o objetivo de 
a) afirmar o ideário cristão para reconquistar a 
grandeza perdida. 
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o 
regime político. 
c) difundir os saberes ancestrais para moralizar os 
costumes sociais. 
d) refazer o urbanismo clássico para favorecer a 
participação política. 
e) recompor a organização republicana para fortalecer 
a administração estatal. 
 
2. (Enem-PPL) A eugenia, tal como originalmente 
concebida, era a aplicação de “boas práticas de 
melhoramento” ao aprimoramento da espécie humana. 
Francis Galton foi o primeiro a sugerir com destaque o 
valor da reprodução humana controlada, considerando-a 
produtora do aperfeiçoamento da espécie. 
 
ROSE, M. O espectro de Darwin. 
Rio de Janeiro: Ziai, 2000. Adaptado. 
 
Um resultado da aplicação dessa teoria, disseminada a 
partir da segunda metade do século XIX, foi o(a) 
a) aprovação de medidas de inclusão social. 
b) adoção de crianças com diferentes características 
físicas. 
c) estabelecimento de legislação que combatia as 
divisões sociais. 
d) prisão e esterilização de pessoas com características 
consideradas inferiores. 
e) desenvolvimento de próteses que possibilitavam a 
reabilitação de pessoas deficientes. 
 
3. (Enem) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as 
décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria 
instaurada uma ordem internacional marcada pela 
redução de conflitos e pela multipolaridade. 
 
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria 
apresenta 
a) o aumento de conflitos internos associados ao 
nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo 
religioso e ao fortalecimento de ameaças como o 
terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado. 
b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos 
militares das grandes potências, o que se traduziu em 
maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, 
que tinham sido palco da Guerra Fria. 
c) o desengajamento das grandes potências, pois as 
intervenções militares em regiões assoladas por 
conflitos passaram a ser realizadas pela Organização 
das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento 
de países emergentes. 
d) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, 
que afastou a possibilidade de um conflito nuclear 
como ameaça global, devido à crescente consciência 
política internacional acerca desse perigo. 
e) a condição dos EUA como única superpotência, mas 
que se submetem às decisões da ONU no que 
concerne às ações militares. 
 
4. (Enem-PPL) Quanto aos campos de batalha, os nomes 
de ilhas melanésias e assentamentos nos desertos norte-
africanos, na Birmânia e nas Filipinas tornaram-se tão 
conhecidos dos leitores de jornais e radiouvintes quanto 
os nomes de batalhas no Ártico e no Cáucaso, na 
Normandia, em Stalingrado e em Kursk. A Segunda 
Guerra Mundial foi uma aula de geografia. 
 
HOBSBAWM, E. Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1997. Adaptado. 
 
Um dos principais acontecimentos do século XX, a 
Segunda Grande Guerra (1939-1945) foi interpretada no 
texto como uma aula de geografia porque 
a) teve-se ciência de lugares outrora ignorados. 
b) foram modificadas fronteiras e relações interestatais. 
c) utilizaram mapas estratégicos os exércitos nela 
envolvidos. 
d) tratou-se de um acontecimento que afetou a 
economia global. 
e) tornou o continente europeu o centro das relações 
internacionais. 
 
5. (Enem-PPL) A Guerra Fria foi, acima de tudo, um 
produto da heterogeneidade no sistema internacional – 
para repetir, da heterogeneidade da organização interna 
e da prática internacional – e somente poderia ser 
encerrada pela obtenção de uma nova homogeneidade. 
O resultado disto foi que, enquanto os dois sistemas 
distintos existiram, o conflito da Guerra Fria estava 
destinado a continuar: a Guerra Fria não poderia 
terminar com o compromisso ou a convergência, mas 
somente com a prevalência de um destes sistemas sobre 
o outro. 
 
HALLIDAY, F. Repensando as relações internacionais. 
Porto Alegre: EdUFRGS, 1999. 
 
A caracterização da Guerra Fria apresentada pelo texto 
implica interpretá-la como um(a) 
a) esforço de homogeneização do sistema internacional 
negociado entre Estados Unidos e União Soviética. 
b) guerra, visando o estabelecimento de um renovado 
sistema social, híbrido de socialismo e capitalismo. 
c) conflito intersistêmico em que países capitalistas e 
socialistas competiriam até o fim pelo poder de 
influência em escala mundial. 
d) compromisso capitalista de transformar as 
sociedades homogêneas dos países socialistas em 
democracias liberais. 
e) enfrentamento bélico entre capitalismo e socialismo 
pela homogeneização social de suas respectivas 
áreas de influência política. 
PROFESSOR NILTON SOUSA 
MÓDULO DE VÉSPERA ENEM 2020 
 
 20 029.438 - 152038/20 
6. (Enem) 
 
 
SATRAPI. M. Persépolis. São Paulo: Cia. das Letras, 2007. 
Adaptado. 
 
A memória recuperada pela autora apresenta a relação 
entre 
a) conflito trabalhista e engajamento sindical. 
b) organização familiar e proteção à infância. 
c) centralização econômica e pregação religiosa. 
d) estrutura educacional e desigualdade de renda. 
e) transformação política e modificação de costumes. 
 
7. (Enem) A participação da África na Segunda Guerra 
Mundial deve ser apreciada sob a ótica da escolha entre 
vários demônios. O seu engajamento não foi um processo 
de colaboração com o imperialismo, mas uma luta contra 
uma forma de hegemonia ainda mais perigosa. 
 
MAZRUI, A. “Procurai primeiramente o reino do político...” 
In: MAZRUI, A., WONDJI, C. (Org.). Historia

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