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Prática Jurídica IV - Juízes, Conciliadores e Partes no Juizado Especial Cível

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Prática Jurídica IV 
@piluladc 
Juízes, Conciliadores e Partes 
no Juizado Especial Cível 
 
 
 
Lei 9099/95 
 
Seção II 
Do Juiz, dos Conciliadores e dos 
Juízes Leigos 
 
“Art. 5º O Juiz dirigirá o processo 
com liberdade para determinar as pro-
vas a serem produzidas, para apreciá-
las e para dar especial valor às regras 
de experiência comum ou técnica.” 
 
“Art. 6º O Juiz adotará em cada 
caso a decisão que reputar mais justa e 
equânime, atendendo aos fins sociais 
da lei e às exigências do bem comum.” 
 
“Art. 7º Os conciliadores e Juízes 
leigos são auxiliares da Justiça, recru-
tados, os primeiros, preferentemente, 
entre os bacharéis em Direito, e os se-
gundos, entre advogados com mais de 
cinco anos de experiência. 
Parágrafo único. Os Juízes leigos 
ficarão impedidos de exercer a advo-
cacia perante os Juizados Especiais, 
enquanto no desempenho de suas fun-
ções.” 
 
3 figuras que podem dar fim ao pro-
cesso: juiz togado, juiz leigo e concili-
ador. 
 
• Juiz Togado: foi aprovado para a 
magistratura regularmente pe-
rante concurso público. Respon-
sável pela vara do JEC, cabe a 
ele tocar e dirigir os processos 
sob sua competência. 
Art 5o e 6o. liberdade para deter-
minar as provas a serem produ-
zidas, apreciá-las. Vai buscar 
decisão justa e equânime. 
Pode apreciar de maneira mais 
informal, para que não siga tan-
tas questões extremamente téc-
nicas e complicadas. Mantém-se 
o ato ainda que a formalidade 
esteja respeitada (com certos li-
mites). Só há nulidade se houver 
um prejuízo. Menor apreço ao 
formalismo, mas não às provas. 
Precisa fundamentar sua decisão 
normalmente. 
 
• Juiz leigo: decisão arbitral. 
É um procedimento de arbitra-
gem previsto dentro da lei 9099, 
quando a lei for omissa, pode ir 
pra arbitragem. Veremos mais pra 
frente quando cabe essa arbitra-
gem. 
Previsto no Art 7o, é tido como 
auxiliar da justiça, recrutado entre 
advogados com mais de 5 anos 
de experiência. Sempre com a 
supervisão do juiz togado. Não 
pode ser advogado nesse jui-
zado, geraria conflito de interes-
ses. 
 
• Conciliador: busca inicialmente a 
conciliação das partes, está ali 
como facilitador, para permitir 
Prática Jurídica IV 
@piluladc 
que as partes construam uma 
solução na presença dele. 
Preferencialmente bacharel em 
direito, mas não precisa ser ad-
vogado nem bacharel. 
 
Quem pode ser parte no JEC - tanto 
como autor quanto como réu. 
 
“Art. 8º Não poderão ser partes, 
no processo instituído por esta Lei, o 
incapaz, o preso, as pessoas jurídicas 
de direito público, as empresas públi-
cas da União, a massa falida e o insol-
vente civil. 
§ 1o Somente serão admitidas a 
propor ação perante o Juizado Espe-
cial: 
I - as pessoas físicas capazes, 
excluídos os cessionários de direito de 
pessoas jurídicas 
II - as pessoas enquadradas 
como microempreendedores individu-
ais, microempresas e empresas de pe-
queno porte na forma da Lei Comple-
mentar no 123, de 14 de dezembro de 
2006; 
III - as pessoas jurídicas qualifi-
cadas como Organização da Sociedade 
Civil de Interesse Público, nos termos 
da Lei no 9.790, de 23 de março de 
1999; 
IV - as sociedades de crédito ao 
microempreendedor, nos termos do art. 
1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro 
de 2001. 
§ 2º O maior de dezoito anos po-
derá ser autor, independentemente de 
assistência, inclusive para fins de con-
ciliação.” 
 
Não pode: Art 8º 
• Incapaz - Incapaz é o relativa-
mente ou o absoluto, nenhum 
dos dois pode; 
• Preso; 
• PJ de direito público - união, es-
tado, município, DF e autarquias; 
• Empresas públicas da união - 
JEC é estadual, não pode tratar 
de nenhum órgão federal - art 
109 inciso 1o da CF delimita 
também, só os juizes federais 
julgam; 
• Massa falida - empresa que en-
trou em falência, empresas em 
recuperação judicial ainda po-
dem ser parte; 
• Insolvente civil - a pessoa física 
que faliu. 
 
Pode: Rol taxativo - Art 8o 
• Pessoas físicas capazes, excluí-
dos os cessionários de direito de 
PJ 
 
Cessionários de direitos - PJ tem um 
crédito a receber, em tese pra não de-
morar tanto quanto no civil normal, po-
deria procurar o JEC, mas não pode, 
porque não tem essa previsão. 
 
Para conseguir isso, as empresas bur-
lavam cedendo o crédito para uma pes-
soa física para que ela receba o crédito 
da PJ e possa entrar com a ação no 
JEC. Por isso, pessoa física só pode 
cobrar créditos dela própria, se for ce-
dido não. 
• Exceção também para condomí-
nio residencial - código civil an-
tigo permitia cobrar as taxas de 
condomínio no JEC. Enunciado 9 
do FONAJE. 
 
“ENUNCIADO 9 – O condomínio re-
sidencial poderá propor ação no Jui-
zado Especial, nas hipóteses do art. 
275, inciso II, item b, do Código de 
Processo Civil.” 
Prática Jurídica IV 
@piluladc 
Quem faz a representação é o síndico, 
salvo se ele cedeu os poderes de re-
presentação pra outra pessoa. 
 
• Espólio, pelo enunciado 168, 
também pode ser parte no JEC, 
desde que não haja interesse de 
incapazes nesse espólio. 
Pergunta: Incapaz do momento 
do espólio ou da ação que cita o 
espólio? - vale no momento da 
ação que cita o espólio 
 
“ENUNCIADO 168 – Não se aplica 
aos recursos dos Juizados Especiais o 
disposto no artigo 1.007 do CPC 2015 
(XL Encontro – Brasília-DF).” 
 
“Art. 1.007. No ato de interposição 
do recurso, o recorrente comprovará, 
quando exigido pela legislação perti-
nente, o respectivo preparo, inclusive 
porte de remessa e de retorno, sob 
pena de deserção. (...)” 
 
• MEI, Microempresas e empresas 
de pequeno porte (pela classifi-
cação tributária) LC 123/2006, 
que dá alguns benefícios pra es-
sas empresas. 2 enunciados do 
FONAJE - 135 - Não adianta só 
alegar que se encaixa em uma 
dessas classes de empresas, 
precisa comprovar, não é presu-
mida por mera alegação 
141 - Devem ser representadas 
pelo próprio individual ou sócio 
dirigente. 
 
“ENUNCIADO 135 (substitui o 
Enunciado 47) – O acesso da microem-
presa ou empresa de pequeno porte no 
sistema dos juizados especiais de-
pende da comprovação de sua qualifi-
cação tributária atualizada e documento 
fiscal referente ao negócio jurídico 
objeto da demanda. (XXVII Encontro – 
Palmas/TO).” 
 
“ENUNCIADO 141 (Substitui o 
Enunciado 110) – A microempresa e a 
empresa de pequeno porte, quando au-
toras, devem ser representadas, inclu-
sive em audiência, pelo empresário in-
dividual ou pelo sócio dirigente (XXVIII 
Encontro – Salvador/BA).”

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