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Genética da Morfogênese Dento-Facial & Anomalias • É o estudo da formação dento-facial e as anomalias que podem envolver esse processo. • Existem muitos mecanismos genéticos e moleculares que controlam o desenvolvimento da face e da dentição. • O desenvolvimento normal do embrião vai desde de a fertilização até a formação completo do organismo. • Os 3 primeiros meses do embrião são muito importantes pois é neles que ocorrem a diferenciação celular e então, só depois o crescimento das estruturas. - Qualquer erro ou mutação nessa fase pode causar doenças, anomalias ou um desenvolvimento ruim de certas estruturas. ❖ • Na quarta semana de vida intra-uterina ocorre a migração das células da crista neural para os locais que vão formar as estruturas da face. • Os arcos branquiais irão formar as principais estruturas da face, em especial o 1º arco. • Se nessa quarta semana essas células não migrarem adequadamente a face será comprometida. ➔ Como são estudados os mecanismos genéticos pela embriogênese? • Muitas anomalias são estudadas em animais, como camundongos, pois eles possuem 90% de genes similares, 80% de genes idênticos e 90 % de genes associados as nossas doenças. • Em 2007 cientistas ganharam o prêmio Nobel pela técnica “nocautear genes”, que consistia em inativar certos genes e isso permite a criação de modelos experimentais para diversas doenças, sobretudo as hereditárias, cardiovasculares e câncer. • O camundongo Knockout são geneticamente modificados e o gene alvo é desativado: ➢ Quando um gene é desativado significa que o animal irá apresentar uma determinada doença, como FLP. Conclui-se a partir disso que pode haver contribuições para a criação de fármacos. • O aparelho estomatognático é um sistema que compartilha vias genéticas de desenvolvimento. ➢ Ou seja, ele compreende todas as estruturas que estão relacionadas com as funções da face, cabeça e pescoço, como mastigação, deglutição, respiração e fonação. ➢ Os mesmos genes podem estar pré- determinados para formar estruturas comuns. • Se por exemplo uma via for afetada isso irá repercutir em mais de um tecido da face podendo afetar outras estruturas. ➢ EX: algumas mutações afetam o desenvolvimento mandibular e causam agenesia dentária, ou seja, tecidos diferentes afetados pela mesma via. • Apesar de algumas estruturas usufruírem do compartilhamento de vias, também existem vias independentes. Possuem estruturas independentes um do outro: ➢ Ramo mandibular. ➢ Corpo da mandíbula. • Os mamíferos são os únicos que possuem fechamento completo das cristas, pois são espécies que precisam ao mesmo tempo sugar, respirar e mastigar. • Para que ele se forme adequadamente são necessárias quatro fases: 1. MIGRAÇÃO: - Células da crista neural migram em direção a região que serão formados os arcos branquiais. - Se houver alterações nessa migração pode-se desenvolver por exemplo fenda labiopalatal. 2. PROLIFERAÇÃO: - Quando as células migram para a região correta, lá elas terão que se proliferar. - O defeito disso também pode levar a fenda palatal. 3. ELEVAÇÃO: - Depois da proliferação as estruturas precisam elevar-se. 4. FUSÃO: - Junção das estruturas. • Palato primário: todas as estruturas que estão anteriormente situadas no ao forame incisivo. • Palato secundário: estruturas que estão posteriores ao forame incisivo. OBS: A maioria das fissuras LP envolvem os lábios e os 2 palatos. Isso ocorre porque o palato primário e secundário compartilham genes e mecanismos moleculares. • Já foram descobertas mais de 20 mutações genética em camundongos que envolvem fissura labiopalatal. • Existem também formas sindrômicas da Fenda Labiopalatal. ➢ Síndrome de Pierre Robin: - Onde a criança nasce com Fenda Labiopalatal. - Deficiência no desenvolvimento da maxila e mandíbula. - Possuem glossoptose, que significa uma queda da língua. ❖ • Para que o dente se forme existem 3 eventos: iniciação, brotamento e morfodiferenciação. • Na hora em que o dente está se formando existem vários genes envolvidos no processo. • Alguma anomalia pode gerar dentes supranumerários ou local de erupção. • Mal formações dentais: anomalias de tamanhos dentário, de forma e de número, e podem ser associadas ou não a síndromes. - Vêm de distúrbios durante o estágio de morfodiferenciação do desenvolvimento dentário. • Mal formações dentais em relação a tamanho e anatomia: ➢ Dentes que mais variam em tamanhos: incisivos leterais superiores e 2º pré- molar superior. ➢ 5% da população tem uma discrepância de tamanho dentário e isso modifica a oclusão e torna ela quase impossível. ➢ Fusão: resulta em dentes com câmaras pulpares separadas, porém unidos na dentina. ➢ Germinação: resulta em dentes com câmara pulpar única. ➢ Nos dentes supranumerários o mais comum é o mesiodente, que se localiza na linha média superior. ➢ Erupção ectópica: quando ocasionalmente a má posição de um dente permanente pode guiar a erupção de outro para um lugar errado. • O esmalte pode sofrer alterações durante a formação das estruturas gerando uma amelogênese imperfeita. • Para que o esmalte se forme corretamente células do epitélio interno se diferenciam em ameloblastos e existem 3 estágios: ➢ Secretório: ocorre deposição de matriz orgânica. ➢ Transição: ocorre degradação da parte proteica. ➢ Maturação: agora existe a presença do mineral do esmalte. • É o material mais duro do nosso corpo. • Existem muitas proteínas que regulam os genes para formações do esmalte, como amelogenina, enamelina e ameloblastina. • Existem alguns tipos de amelogênese: 1. Amelogênese imperfeita autossômica dominante: Tipo Hipocalcificada. • A alteração acontece no gene requerido para apropriada calcificação do esmalte. • Falta o final da calcificação do esmalte. 2. Amelogênese imperfeita autossômica recessiva: Tipo Hipoplásica. • Mutação acontece no gene fazendo com que o esmalte se desenvolva pouco. • Gera uma hipoplasia no esmalte e mordida aberta. 3. Amelogênese imperfeita tipo hipomaturada. • Bem mais rara e já foi vista em casamentos consanguíneos. • O dente tem uma cor amarelo intenso. • “maturação para menos”. 4. Amelogênese imperfeita dominante ligada ao X: Tipo Hipoplásica. • Defeito na espessura do esmalte, dentina e mineralização. • Compromete a qualidade do esmalte.
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