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Semiologia Neurológica

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Semiologia neurológica 
Etapas do exame neurológico 
 Ectoscopia 
 Estado mental 
 Linguagem 
 Nervos cranianos 
 Motricidade 
 Reflexos cutâneos e tendinosos 
 Sensibilidade superficial e profunda 
 Equilíbrio, coordenação e marcha. 
 Sinais meníngeos 
 
 
Algumas terminologias 
 Acinesia: Impossibilidade para realizar movimentos. 
Sintoma acompanha diferentes processos patológicos 
dos gânglios basais. 
 Adiadococinesia: incapacidade para realizar 
movimentos continuados de alternância rápidos como 
pronação-supinação ou flexão-extensão devido 
disfunção cerebral. 
 Agnosia: perda da capacidade de reconhecer objetos 
e pessoas. 
 Agrafia: incapacidade de escrever provocada pela 
lesão dos centros nervosos que controlam gestos 
gráficos. Geralmente aparece junto com a afasia. 
 Alexia: cegueira verbal, impossibilidade de 
compreender o sentido das palavras escritas. 
 Anartria: perda da capacidade de articular palavras 
por lesão no SNC 
 Apraxia: perda da capacidade de articular palavras 
por lesão do SNC 
 Apraxia ideatória: perda da capacidade de idealizar o 
gesto. 
 Ataxia: falta de coordenação na marcha, devido à 
lesão no SNC 
 Atetose: movimentos involuntários flexoextensor ou 
pronosupinador em mãos e dedos e às vezes nos pés, 
devido à lesão do sistema extrapiramidal (lesão do 
núcleo da base do encéfalo, putamen caudado e 
pálido). 
 Balismos: movimentos violentos de grandes 
amplitudes, inesperados localizados em um hemicorpo 
devido a uma disfunção extrapiramidal. 
 Bradicinesia: redução da intensidade do movimento. 
 Clôno(us): Contrações ritmadas de um músculo, 
provocadas por seu estiramento brusco. Geralmente 
significa lesão do neurônio motor superior. 
 Coréia: movimentos bruscos, sem coordenação, 
involuntários geralmente da raiz do membro devido à 
lesão extra-piramidal. 
 Estereognosia: percepção das formas e dos volumes 
dos objetos. 
 Disartria: distúrbio na coordenação motora da fala 
por lesão do SNC 
 Disgrafia: distúrbio na escrita em que se observam 
substituições, omissões e inversões de letras e de 
sílabas, assim como funções de palavras. 
 Disfonia: alteração no timbro ou tom da voz 
 Dislalia: é um distúrbio da pronuncia das palavras. 
Podendo ser de troca ou suspensão 
 Dislexia: distúrbio na leitura, caracterizado por um 
nível de leitura inferior ao que corresponde ao nível de 
idade intelectual do individuo, que não aparece 
associado a transtornos sensoriais nem a retardo 
mental. A leitura é lenta e as palavras frequentemente 
adivinhadas. 
 Dispraxia: distúrbios da capacidade de coordenar os 
movimentos. Discordância entre o ato querido e o 
realizado. 
 
 
 
 
 
 
Nervo olfatório 
 Pesquisar olfato individualmente em cada narina, de 
olhos fechados, utilizando substância com odores 
característicos e não irritantes (não usar acetona, 
álcool, etc). 
 
Nervo óptico 
 Acuidade visual 
 Campo visual 
 Reflexo fotomotor e consensual 
 Reflexo de acomodação 
 Fundo de olho 
Nervo oculomotor 
 Abertura palpebral 
 Reflexo fotomotor direto e consensual 
 Reflexo de acomodação 
 Motilidade ocular: reto superior, reto inferior, reto 
médio, obliquo inferior (olhar para cima e para dentro) 
Nervo troclear 
 Motilidade ocular oblíquo superior (olhar para baixo e 
para dentro) 
 
Nervo abducente 
 
 Motilidade ocular: reto lateral (abdução) 
 
Nervo trigêmeo (oftálmico, maxilar e mandibular) 
 
 Sensibilidade superficial da face (pele e mucosas) 
 Motricidade (masseter, temporal, pterigoide interno e 
externo) mastigação. 
 Reflexos superficiais: córneo-palpebral e 
esternutatório (ou nasal) 
 Reflexo profundo: mandibular (ou masseteriano ou da 
mandíbula) 
 
Nervo facial 
 Mimica da face (incluindo platisma) 
 Sensibilidade gustativa 2/3 anteriores da língua 
 Reflexos profundos: 
- orbicularis oculi (ou supraorbital, glabelar, 
nasopalpebral) 
- orbicularis oris (ou perioral, oral, bucal, 
nasomental) 
 Reflexos superficiais 
- córneo-palbebral 
- palmo-mentual 
Nervo glossofaríngeo e vago 
 Desvios do palato e úvula 
 Gustação 1/3 post da língua 
 Sensibilidade da faringe 
 Reflexo do vômito 
Nervo acessório 
 Esternocleidomastoideo 
 Trapézio 
 
Hipoglosso 
 
 Movimentação da língua 
 
 
 
 
Coordenação motora (cerebelo) 
 Manobra índex-naso/naso-índex 
 Disdiadococinesia 
 Manobra calcanhar-joelho 
 Sinal do rechaço 
Exame da marcha 
 
1. O paciente deve estar descalço e se possível com 
pouca vestimenta. 
2. Andar em linha reta, sem controle visual, na ponta dos 
dedos, no calcanhar. 
3. Tipos de marcha: 
 
 
Classificação 
 Sensibilidade geral: tato, dor, temperatura, pressão, 
vibração (palestesia), movimento e posição segmental 
(cinético-postural). 
 
 
Caso clínico 
 
 
 
 
 
 
O que chama atenção: queixa progressiva, inicio súbito, 
sialorreia, parestesia, dificuldade para falar, hipoestesia, déficit 
motor, evolução rápida, o quadro começou nos pés e foi 
ascendendo: subiu tanto a sensibilidade quanto à fraqueza 
muscular dos pés para as pernas e depois, nos braços. (a 
progressão não foi em minutos/horas como é no AVC, e sim em 
dias). Observação: ele não relatou maior intensidade em um 
lado do que no outro, ou seja, não tem lateralidade do déficit. 
Déficit motor e sensitivo progressivo, assimétrico e 
ascendente. 
Déficit motor e sensitivo progressivo, assimétrico e 
ascendente, VII nervo periférico bilateral,reflexo tendinoso 
periférico ausente em MMII e hipoativos em MMSS : Síndrome de 
Guillain barre (síndrome do neurônio motor inferior). 
Pode ter: flacidez, hipotrofia, hipo/aflexia, pode ter 
fasciculações e a fraqueza muscular (paralisia flácida aguda). 
 
Caso clínico 
 
 
 
 
 
 
O que chama atenção: déficit motor progressivo unilateral, 
disartria e disfagia com líquidos, evolução de meses, não é 
bilateral e simultâneo, deambulação com apoio unilateral, a 
evolução foi do esquerdo para o direito (diferente do AVC): 
Esclerose lateral amiotrófica: doença do neurônio motor (tanto 
inferior quanto superior): Paralisia flácida (não aguda) 
Esclerose lateral amiotrófica 
 É uma das principais doenças neurodegenerativas, ao 
lado das doenças de Parkinson e de Alzheimer, 
 Incidência na população varia de 0,6 – 2,6 por 100.000 
habitantes 
 Mais prevalente nos pacientes com idade entre 55 e 
75 anos 
 Distúrbio progressivo que envolve a degeneração do 
primeiro e segundo neurônios motores (em vários 
níveis: bulbar, cervical, torácico e lombar). 
Quadro clínico: reflete a perda de neurônios do sistema motor: 
do córtex ao corno anterior da medula 
- os achados físicos correlacionam-se com as diferentes 
topografias da degeneração dos núcleos motores: bulbar, 
cervical ou lombar. 
- ASSIMETRIA, PROGRESSIVO, SINAIS DE LIBERAÇÃO PIRAMIDAL 
- SINAIS BULBARES E SINAIS “PERIFÉRICOS” (atrofia e hipotonia) 
 
Exames complementares 
 Ressonância magnética (RM) de encéfalo e junção 
craniocervical com ausência de lesão estrutural que 
explique os sintomas. 
 Eletroneuromiografia (ENMG) dos 4 membros com 
presença de denervação em mais de um segmento e 
neurocondução motora e sensitiva normais, 
 
Síndromes neurológicas 
 
 
Chama atenção: esfíncteres afetados, começou nos MMII e 
depois evoluiu para os MMSS, náuseas, vômitos, soluços, objetos 
caem da mão. (poderia ser esclerose múltipla). 
 
 
- manobras cerebelares: sem alterações em MMSS e 
prejudicado em MMII 
Síndrome piramidal; síndrome do neurônio motor superior. 
Lesão medular 
Observação: Lhermitte + indica comprometimento na medula 
cervical 
 
Quais exames complementares? Ressonância de medula 
 
 
 
Neuromielite óptica: neurite óptica (normalmente bilateral), 
síndrome da área postrema e mielite transversa aguda (o que o 
paciente do último caso tem).Caso clínico

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