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Fisiologia do pâncreas

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Fisiologia do Pâncreas
· Pâncreas exócrino:
Ácinos pancreáticos -> enzimas digestivas + Na2HCO3 -> Ducto pancreático -> Papilas -> Age sobre o quimo -> facilita a digestão
· Enzimas digestivas:
· Digestão de proteínas: Tripsina, Quimiotripsina e Carboxipolipeptidase
· Digestão de carboidratos: Amilase pancreática
· Digestão de lipídios: Lipase pancreática
· Pâncreas endócrino:
O pâncreas é constituído por 2 tipos de tecidos, que são
· Ácinos: secretam suco digestivo e solução de bicarbonato
· Ilhotas de Langherans: possuem 4 tipos celulares
· Células alfa: secretam glucagon
· ‘’ beta: secretam insulina e amilina
· ‘’ delta: secretam somatostotina
· ‘’ PP: secretam polipeptídio pancreático
Regulação da secreção de insulina
· A concentração de glicose plasmática é a principal forma de regulação 
· Quando ocorre um aumento exagerado, como após as refeições, a concentração de insulina plasmática também se eleva e essa resposta é o principal mecanismo de feedback para a regulação sanguínea
· A liberação de insulina depende de nutrientes e ela é aumentada por homônios chamados de incretina, que é um peptídeo 1 chamado de GLP – 1 produzido no íleo terminal e no cólon e o polipeptídeo inibitório gástrico chamado de GIP, que é produzido no duodeno e no jejuno proximal. Eles farão o que se chama de efeito incretino, estimulo a produção de insulina que ocorre com a presença de glicose; quando a glicose sérica diminui ocorre a supressão da secreção de insulina, bem como a presença das catecolaminas que protegem o individuo dos efeitos do exercício. 
Glucagon
· É produzido nas céls. Alfa e age sobre um receptor acoplado à proteína G estimulatória
· Tem o efeito contrário ao da insulina, aumenta o nível de glicose no sangue
· É um hormônio hiperglicemiante
· Age no fígado estimulando a gliconeogênese por meio da ativação das enzimas responsáveis por esse processo e capta aminoácidos presentes nas células hepáticas para convertê-los em glicose
· Promove a glicogenolise (quebra do glicogênio) através de uma cascata de amplificação mediado pro AMP 5, explicando o motivo de pequenas quantidades de glucagon possuírem um efeito intenso
1.Glucagon ativa adenilil ciclase na mebrana da célula hepática
2. Formação de monofosfato de adenosina
3. Ativação de proteína reguladora da proteinocinase
4. Ativação de proteinocinase
5. Ativação de fosforilase cinase b
6. Conversão de fosforilase cinase b em fosforilase cinase a
7. Degradação de glicogênio em glicose-1-fosfato
8. Desfosforilação da glicose e liberação das células hepáticas
· Ativa a lipase das céls. Adiposas, fornecendo ácidos graxos como fonte de energia e inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado, o que impede de remover os ácidos graxos do sangue
Controle da secreção
· O aumento de glicose sanguínea inibe a secreção de glucagon e na hipoglicemia ele é secretado
· Na alta concentração de aminoácidos estimula a secreção de glucagon, promovendo a conversão deles em glicose
· O exercício estimula a secreção dele, por aumento do nível de aminoácidos plasmáticos, diminuição da glicose sanguínea ou estimulação beta adrenestica nas ilhotas pancreáticas 
Somatostotina
· Produzida nas céls. Delta
· Inibe a secreção de: insulina, glucagon e polipeptídeos pancreáticos
· Inibe a produção de GH
· Classificada por hormônio inibitório e é estimulado por glicose, aminoácidos e pela colecistocinina (hormônio produzido no intestino)
Polipeptideo pancreático
· Produzido pelas céls. PP
· Retarda a absorção de alimentos
· Diminui o apetite
· Inibe a secreção gástrica
Insulina: 
· hormônio hipoglicemiante (diminui o açúcar no sangue) 
· Interfere no metabolismo de carboidratos, lipídeos e de proteínas 
· É um hormônio proteico, sendo transportado livre no sangue e por isso tem uma meia vida curta: cerca de 5 minutos
· Sua síntese vai ocorrer no RER:
1. Formação da pré-pró-insulina
2. Formação da pró insulina 
3. Vai para o Complexo de Golgi e perde o peptídeo C
4. Transforma na insulina para ser secretada
· Está ligada à grandes quantidades de energia no sangue, quanto maior alimentos energéticos maior será o estímulo para a secreção da insulina
Transportadores de glicose
· A glicose pode ser transportada por dois processos: a difusão facilitada e o transportador dependente de sódio
· Difusão facilitada: proporcionada devido aos transportadores chamados de GLUT
São enumerados de 1 a 7 (GLUT 1,2...7)
Os mais importantes são:
GLUT 2 – sensor das céls. Beta (céls. Beta, intestino e rins)
GLUT 4 – estimulado por insulina (presente, principalmente, no músculo esquelético, cardíaco e tec. Adiposo)
Os outros GLUT serão responsáveis, em grande parte, pelo consumo basal de glicose
· Transportador de glicose dependente de sódio (transp. ativo)
SGLT 1 e 2: estão presentes no intestino e nos túbulos renais
· As células Beta possuem um grande número de transportadores de glicose, GLUT 2
· Quando a glicose entra nessas céls., ela é imediatamente fosforilada em glicose 6 fosfato (enzima glicocinase)
· Ela é oxidada e forma ATP e inibe os canais de K+ sensíveis à ATP das céls. Beta
Esses canais são um complexo de proteínas que possuem:
Subunidade SUR, ativada por drogas chamadas sulfonilureias 
· Com o fechamento desses canais, há a despolarização da membrana e abertura dos canais de Ca++ voltagem dependentes
· Promovendo o influxo de cálcio, que estimula a fusão das vesículas que contém insulina com a membrana celular, causando secreção
Receptor de insulina
· Duas subunidades alfa, na parte externa
· Duas subunidades beta, na parte interna
Essas subunidades estão ligadas por uma ponte de sulfeto
1. A insulina chega e se liga as subunidades alfa, provoca uma alta fosforilação nas subunidades beta por meio da ponte de sulfeto
2. Com isso, a subunidade beta ative a tirosinocinase e causa a fosforilação de outras enzimas intracelulares
Efeitos sobre os carboidratos 
· Após uma refeição, há o aumento de circulação de glicose na corrente sanguínea e estimula a secreção de insulina pelas céls. Beta, que aumenta a captação de glicose principalmente nos músculos, tec. Adiposo e fígado através do aumente da expressão do GLUT 4
· Tec. Muscular utiliza a glicose e ác. Graxos como fontes de energia, mas a membrana celular é pouco permeável a glicose em repouso e para utiliza-la é necessário a ajuda da insulina e é o que ocorre no período entre as refeições; quando há a prática de exercício físico intenso, a membrana se torna mais permeável dispensando a ação da insulina
· Caso os músculos não estejam necessitando de energia, essa glicose é armazenada na forma de glicogênio muscular que pode ser quebrado e usado
· Há a formação de glicogênio, principalmente, no fígado; a insulina aumenta a captação da glicose pelas céls. Hepáticas por meio do aumento da atividade da enzima glicocinase, que fosforiza a glicose depois que ela entra nos hepatócitos e ela não pode mais sair pela membrana após a fosforilação.
· Além disso, a insulina aumenta a atividade das enzimas que sintetizam o glicogênio (glicogeniocinase) e inativa a fosforilase hepática que quebra o glicogênio em glicose
· Quando a glicose sanguínea diminui, junto com o aumento do glucagon, esses efeitos anteriores serão revertidos. Importante porque alguns tecidos, como o cérebro, só utilizam a glicose como fonte de energia e não dependem da insulina para a sua captação e sim, apenas da presença da glicose no sangue
· O excesso de glicose é transformado em ác. Graxos, que ficam sob forma de lipoproteínas de densidade muito baixa e são transportados para o tecido adiposo, onde serão armazenadas na forma de gorduras
Efeitos sobre os lipídeos
· A insulina favorece o armazenamento de gorduras pelo tecido adiposo
· Aumenta a utilização de glicose pela maioria dos tecidos, o que automaticamente diminui a utilização de ác. Graxos poupando a gordura
· Promove a síntese de gordura quando o fígado não consegue armazenar mais glicose
· Inibe a lipase hormônio sensível (promove a hidrólise de triglicerídeos no tec.Adiposo) e inibe a liberação de ác. Graxos para o sangue
· Promove o transporte de glicose para as céls. Adiposas, onde uma parte é sintetizada em ác. Graxos e a outra em glicerol para formar os triglicerídeos
· A deficiência da insulina, como no diabetes, a lipase hormônio sensível fica muito ativada, promovendo hidrólise de triglicerídeos e liberando ác. Graxos e glicerol no sangue. Os ác. Graxos passam a ser a principal fonte de energia para as céls. (exceto o cérebro) e a metabolização desses ác. produzem ác. acético e cetona, que acumulam no organismo causando cetose e acidose
· A falta de insulina e o excesso de ác. graxos no sangue promovem a conversão hepática deles em fosfolipídeos e colesterol, aumentando a concentração de lipídeos no sangue
· O uso excessivo de gorduras como fontes de energia faz com que esses ác. graxos sejam transportados para a mitocôndria, onde ocorre beta-oxidação e liberação de Acetil-CoA, que entra no ciclo do ác. cítrico produzindo energia.
· O fígado não consegue usar toda a Acetil-CoA, formando ác. acetoacético, que se transforma em ác. B-hidroxibutírico e Acetona, caracterizando cetose e acidose
Ativa a lipoproteína lipase nas paredes dos capilares do tecido adiposo – quebra os triglicerídeos para absorção e armazenamento dos adipócitos
Inibe a lipase hormônio sensível (menos liberação de ác. graxo) – aumenta a entrada de glicose no adipócito (glicerol) 
Efeitos sobre as proteínas
· Promove o armazenamento
· Estimula o transp. de aminoácidos para as céls. Agindo em sinergismo com o GH para promover o crescimento
· Aumenta os processos de tradução do RNAm e aciona a maquinaria ribossômica 
· Inibe o catabolismo das proteínas, principalmente o muscular
· No fígado, inibe a gliconeogênese, reduzindo a atividade das enzimas responsáveis e reduzindo a oferta de substratos (aminoácidos) 
· Provoca a entrada de potássio nas céls., diminuindo a sua concentração extracelular. Com isso, aumenta a ação da bomba de sódio e potássio e mais potássio é bombeado para dentro ca cél. Isso faz com que as infusões de insulina com glicose sejam eficientes para reduzir o estado de hipercalemia.

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