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Semiologia Neurológica da Cognição- Semiologia neurológica

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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA DA COGNIÇÃO 
 Função psicológica atuante na aquisição do 
conhecimento. Capacidade de aprender que 
está relacionada à: 
o Memória. 
o Atenção. 
o Linguagem. 
o Função executiva. 
o Abstração, juízo crítico, praxias, etc. 
OBS.: Para que o aprendizado é necessário que 
todas essas áreas estejam atuando perfeitamente. 
DOENÇAS QUE CAUSAM QUEIXAS COGNITIVAS 
 Avaliação da queixa cognitiva 
aguda/subaguda: 
o Delirium 
o AVC 
o Neoplasias. 
o Encefalopatias infecciosas. 
o Encefalopatias autoimunes. 
o Doenças paraneoplásicas. 
o Síndromes epilépticas. 
 Avaliação da queixa cognitiva crônica: 
o Quadro demencial: Mais comum. 
o Neoplasias. 
o Encefalopatias autoimunes: Associada à quadro 
nefropáticos. 
o Hidrocefalias. 
o Infecções. 
DÉFICITS AGUDOS/SUBAGUDOS 
 Delirium: Alterações da atenção. 
o Paciente vai apresentar desorientação 
associado à um quadro neurológico de 
perda da atenção. 
o Precisa apresentar perda da atenção 
básica ou da atenção sustentada. 
OBS.: Geralmente é um paciente que apresenta 
em poucas horas e há poucos dias um quadro 
confusional, associado à essa perda de atenção 
que pode apresentar outros sinais neurológicos 
agudos como: Alterações do nível de consciência 
(torporoso, sonolento ou comatoso) ou agitado. 
Podendo apresentar quadros focais neurológicos, 
quadros de incoordenação. 
o Causas: Compreende desde alterações 
hidroeletrolíticas até pós-traumáticas. 
o Situação muito comum na prática clínica 
independente da especialidade. É muito 
comum em idosos no pós-cirúrgico, 
mudança de rotina, por infecção, alteração 
hidroeletrolítica, desidratação, alterações 
de padrão de sono, traumatismo craniano. 
o Saber identificar no pronto socorro (PS) e 
investigar. 
o Para exame físico: Paciente vigio ou pouco 
agitado, no máximo sonolento. Torporoso 
ou comatoso é impossível fazer esse exame. 
Testar: 
 Capacidade de manter atenção básica: 
Manter a atenção em um ponto por pelo 
menos 10s. Pede ao paciente: 
 Dizer os meses do ano em ordem direta. 
 Contar de 1 até 20 ou pede para ele repetir 
números. Dá uma sequência para ele e ele 
repete na mesma sequência. Normal é que 
consiga pelo menos 5 números em ordem 
direta. 
 Capacidade de manter atenção 
sustentada: Manter atenção numa 
aula, vídeo, filme. Só consegue testar 
quando aumenta a dificuldade das 
Mais comuns. 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
tarefas de atenção básica. Pede ao 
paciente: 
 Dizer os meses do ano ao contrário. 
 Contar de 20 até 1 ou pede para ele repetir os 
números ao contrário. 
OBS.: Na dúvida ou falta de tempo, testar a 
sustentada, porque mesmo ele tendo um delirium 
leve ele não consegue manter. Às vezes o paciente 
não chega confuso no OS, o familiar não consegue 
relatar e fala apenas que o paciente está “aéreo”. 
 Afasia: Alterações da linguagem. 
o Lesão das áreas de linguagem no encéfalo. 
 Duas áreas principais- Área frontal de Broca e 
a outra área sensitiva de Wernick. São áreas de 
linguagem primária que se comunicam com 
outras áreas e são responsáveis pela 
motricidade e sensibilidade da nossa 
linguagem. 
o É sintoma comum em paciente com AVC. 
No geral, são sintomas cognitivos agudos, 
podendo também ser por neoplasia, por 
demência. 
o Caráter agudo: AVC de a.cerebral média. 
o A linguagem é característica do 
hemiencéfalo dominante, então geralmente 
acontece por lesão na área da lesão do 
hemisfério cerebral esquerdo, porque 
normalmente é o dominante. 
o Tipos: 
 Afasia sensitiva: Causada por lesão da área de 
Wernick (lobo temporal). 
 Afasia motora: Causada por lesão do lobo 
frontal na área de Broca. 
o Afasia é alteração de linguagem (não 
confundir com alteração de fala). 
 
AFASIA SENSITIVA 
 Nomeação: Fala um nome completamente 
diferente ou tenta acertar mas muda as letras. 
 Repetição: Não consegue repetir frases. Pede 
inicialmente frases curtas e se ele conseguir 
repetir aumenta a dificuldade para frases mais 
longas. 
 Compreensão: Não consegue compreender o 
que está acontecendo, sobre as perguntas que 
são feitas, algo mais complexo, e muitas vezes 
não compreende o que está acontecendo com 
ele mesmo. 
 Fluência: Consegue falar, montar palavras, 
porém sem nexo e sem sentido. 
AFASIA MOTORA 
 Paciente não nomeia, não repete, mas 
compreende o que está acontecendo, o 
problema é que não tem fluência. Ele tenta 
falar e a palavra não vem. 
 Geralmente chegam na consulta muito 
nervosos por compreender o que está 
acontecendo. 
OBS.: Na afasia motora é uma dificuldade de 
montar as frases e na afasia sensitiva monta, mas 
não compreende o que está montando. 
OBS².: Por ser uma lesão de a.cerebral média, 
geralmente está associada a outros sintomas, mas 
às vezes vem só. É importante saber diferenciar 
afasia de delirium. 
 Os hemisférios cerebrais têm funções 
específicas. Memória, linguagem, inteligência 
prática, aprendizado está no hemisfério 
dominante que geralmente é o esquerdo. 
Inteligência emocional, atenção, atitudes, 
capacidade de construir está no lobo não 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
dominante que geralmente é o direito. Atenção 
espacial está no direito. 
 O hemisfério dominante (“esquerdo”) ele fala 
mais, aprende mais, mas o hemisfério não 
dominante (“direito”) ele mantém mais 
atenção, inteligência emocional. 
 Em ambos hemisférios: Área no lobo parietal 
que é responsável pela atenção, não é atenção 
relacionada ao delirium, mas uma atenção 
espacial que permite interação com o 
ambiente, conseguir assistir aula, conversar 
com as pessoas, perceber estímulos 
luminosos, tato, doloroso, tudo isso exige 
atenção espacial. 
o Lobo parietal direito é mais especial, ele 
faz atenção tanto do lado direito, quanto do 
lado esquerdo. 
o Lobo parietal esquerdo só é responsável 
pela atenção espacial à direita. Ou seja, o 
mundo à direita é mais bem vigiado. 
 Lesão lobo parietal esquerdo: Atenção não 
muda em nada, pois o lobo parietal direito vai 
continuar fazendo atenção dos dois. 
 Lesão lobo parietal direito: Espaço à esquerda 
vai ser perdido, para de prestar atenção nele = 
heminegligência. 
 Alterações da atenção espacial: 
Heminegligência. 
o Espaço se apaga, para de prestar atenção 
nele. Esse sintoma pode ser de muito leve 
à grave. 
 Leve: Pequena dificuldade de manter atenção a 
estímulos, podendo ser visuais, auditivas, 
sensitiva. 
 Grave: Paciente não percebe seu próprio corpo 
do lado esquerdo. Exemplo: só se barbeia do 
lado direito, só come o prato do lado direito, só 
se veste do lado direito. 
o Comum em AVC de a.cerebral média 
direita, ao contrário do AVC que causa 
afasia que é de a.cerebral média esquerda. 
o Testes: 
 Extinção sensorial: Geralmente para 
casos mais leves, porém pode fazer em 
todo mundo. 
 Visual: Pede para paciente olhar para você, 
levantando o dedo de cada lado e depois dos 
dois. Quando é leve ele consegue perceber do 
lado esquerdo quando o objeto se projeta 
apenas desse lado, porém se mostrar dos dois 
lados ele vai falar lado direito. 
 Auditiva: Pode fazer com estralar dos dedos no 
ouvido, unilateral e depois bilateral. Quando 
faz os dois lados pode dizer que só percebe do 
lado direito. 
 Sensitiva: Sensibilidade tátil unilateral depois 
bilateral. Quando é mais grave ele não 
consegue diferenciar. 
 Extinção exploratória/negligência à 
esquerda. 
OBS.: Pode pedir para paciente fazer um desenho 
e ele pode desenhar só o lado direito. Cortar um 
papel. 
OBS².: Da mesma forma que afasia pode ser um 
sintoma único de AVC, a heminegligência também 
e o paciente pode chegar só com a queixa de que 
“não percebe o lado esquerdo”.AVALIAÇÃO COGNITIVA CRÔNICA 
 Queixa mais comum: Memória. 
 De todas as demências Alzheimer é a mais 
comum e se inicia com alterações de memória. 
 É comum em pessoas que estão envelhecendo, 
saíram do trabalho, pararam os estímulos 
cognitivos, aposentadoria de pessoas que 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
tinham a vida muito corrida – não se configura 
demência, apenas falta de estímulo. 
 Alterações atencional por aumento de 
estresse, distúrbios do sono, alterações de 
humor, depressão, ansiedade. 
 Avaliar se quadro é compatível com perda 
cognitiva em testes de triagem. 
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL 
 Teste mais básico. 
 Screening inicial para queixas cognitivas 
crônicas: Demência? Não é porque deu 
alterado que é demência, pode ser: Alteração 
de tireoide, alteração de vitamina, quadro 
metabólico. 
 Baixo grau de escolaridade imprime menor 
performance esperada no teste. 
 Ficar atento para colaboração do paciente: Há 
prejuízo nas respostas em caso de pouca 
colaboração, apatia, falta de atenção, 
ansiedade e alguns distúrbios do humor. 
 
O É um teste, não é diagnóstico, serve para 
entender se o paciente tem um déficit. 
O Total: 30 pontos. 
O Normal para quem estudou mais que 8 
anos é acertar 27/30, no mínimo. 
O Normal para quem estudou menos que 4 
anos é acertar no mínimo 23/30. 
O Para pacientes analfabetos no mínimo 
19/30. 
O Orientação espacial é o que se altera após 
orientação temporal. 
 Registro: Avisa ao paciente que ele 
precisa guardar as três palavras. 
 Memória evocada: Se ele teve 
capacidade de ouvir as palavras e 
guardar. 
 Nomear 2 objetos: Testar a linguagem. 
 Comando de estágios: Saber se o 
paciente está compreendendo um 
comando complexo. Pede três coisas ao 
paciente. 
 Escrever uma frase completa: Não pode 
palavras e nem frases de linguagem 
universal. 
 Copiar dois pentágonos com interseção: 
Testa a capacidade de construir e 
executar do paciente.

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