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Resinas Compostas 1904 – Cimento de Silicato: primeiro material estético liberação de flúor, CETL parecido com o dente e bastante solúvel; 1936 – Resina Acrílica: surgiu através da deficiência de alta solubilidade do cimento de silicato, porém apresentava alta contração de polimerização e liberação de calor; 1940 – Resina Pseudo-Composta: surgiu através da deficiência de alta contração e liberação de calor da resina acrílica, sendo adicionadas cargas para diminuir a alta contração de polimerização, porém não houve união das partículas com a matriz orgânica; 1962 – Descoberta do BISGMA (monômero resinoso): menor solubilidade, menor contração e melhores propriedades mecânicas. As resinas compostas são formadas por uma matriz orgânica com partículas inorgânicas incorporadas a elas, ligados por um agente de união; MATRIZ ORGÂNICA: 1. Monômeros: Maior parte constituinte da matriz orgânica; A resina é uma combinação desses monômeros; Tipos de monômeros: BISGMA, UDMA, HEMA e TEGDMA; BISGMA: alta viscosidade, menor contração de polimerização e menor desenvolvimento de calor durante a polimerização; UDMA: segundo mais viscoso; HEMA e TEGDMA: mais líquidos, são diluentes; 2. Inibidores da Polimerização: Histórico: Composição: É um produto químico adicionado às resinas para promover maior tempo de trabalho e aumentar o tempo de armazenamento, por diminuir a polimerização espontânea delas; Inibidor: hidroquinona; 3. Iniciadores da Polimerização: São agentes químicos que ao serem estimulados dão início ao processo de polimerização; Agentes iniciadores das Resinas Fotopolimerizáveis: canforoquinonas ou diquetona; Agente iniciador das Resinas Autopolimerizáveis: peróxido de benzoila; 4. Modificadores de Cor: Quatro grupos de cores; A marrom avermelhado: 80% da população (A1- A2 - A3 - A3,5 - A4); B amarelo alaranjado (B1 a B4); C cinza; D cinza rosado: idosos; MATRIZ INORGÂNICA: Partículas muito pequenas, de natureza inorgânica, cuja finalidade é melhorar as propriedades físico-químicas, principalmente a instabilidade dimensional (contração de polimerização) da matriz; São partículas de quartzo, sílica coloidal e vidros cerâmicos; Pode ter vários tamanhos de partículas de cargas em uma resina composta; Quanto mais partículas de cargas tiverem: menos quantidade de matriz resinosa no material, maior a dureza e resistência, menor diminuição ao desgaste, menor contração de polimerização, menor expansão e contração térmica, menor sorção de água e manchamento; AGENTE DE UNIÃO: Silano; O agente de união é aplicado nas partículas de carga para uni-las quimicamente com a matriz orgânica; Recebe as tensões da matriz polimérica e transfere para as partículas de carga; Impede a penetração de carga na interface carga-resina. QUANTO AO TAMANHO DAS PARTÍCULAS: 1. Macropartículas: Não são mais utilizadas; Partículas de quartzo de 15 µ; As partículas eram tão grandes que se desprendiam da matriz orgânica; Possuíam baixa lisura superficial e isso ocasionava o acúmulo de placa bacteriana, que acabava pigmentando a restauração; Eram quimicamente ativadas (pasta base e pasta catalisadora); 2. Micropartículas: Partículas de sílica coloidal 0,01 a 0,1 µ; Alta lisura superficial e facilidade de polimento (por conta do tamanho das partículas); Maior contração de polimerização (por conta das partículas de carga ser menor e gerar espaços entre elas, e se ter uma maior quantidade de matriz orgânica); Baixa resistência ao desgaste e maior deformação sobtensões; Utilizadas em regiões que não recebem grandes esforços mastigatórios: classe III e V; 3. Híbridas – Microhíbridas: Mistura de partículas de carga de diferentes tamanhos – 0,04 a 1 µ / 0,06 a 2 µ; Menor contração de polimerização; Resistência ao desgaste satisfatório; Polimento satisfatório e lisura superficial; 4. Nanopartículas – Nanohíbridas: Partículas silanizadas individualmente ou nanoaglomeradas – 0,02 a 0,07 µ ; Excelente lisura superficial; Boa resistência ao desgaste; Menor contração de polimerização; Facilidade de polimento (por conta do tamanho das partículas); Classificação: QUANTO A VISCOSIDADE: 1. Baixa viscosidade flow: Baixa quantidade de carga; Menos resistentes; É utilizada para selamento de sulcos e fissuras ou regiões com mínima exposição mastigatória; 2. Média viscosidade; 3. Alta viscosidade compactáveis: Alto conteúdo de carga; Boas propriedades físico-mecânicas; Necessário uma maior pressão durante a inserção e adaptação na cavidade; Difícil polimento: maior rugosidade e baixa estética; Utilizadas em dentes posteriores; QUANTO AO MÉTODO DE ATIVAÇÃO: 1. Quimicamente ativadas: Resinas de macropartículas; Co-iniciador: amina terciária aromática; Iniciador: peróxido de benzoila; Vantagem: polimerização por completo; Desvantagem: incorporação de ar e tempo de trabalho reduzido; 2. Fotoativadas: Luz ultravioleta; Luz visível; Canforoquinona: fotoiniciador, recebe a luz e inicia o processo de polimerização; Vantagens das resinas fotoativadas: não ser necessário misturar, não há incorporação de ar e polimerização so inicia quando há a exposição à luz; Desvantagens: profundidade de polimerização limitada e sensibilidade à luz do ambiente (sempre manter fechada). É uma reação em que os monômeros (molécula menores) se combinam para formar moléculas longas (polímeros); A canforoquinona é o fotoiniciador das resinas compostas; Fotopolimerização: Quando o fotopolimerizador entra em contato com a resina composta, a canforoquinona fica em um estado reativo e gera radicais livres. Os radicais livres quebram as ligações duplas de carbono (monômeros) e transformam em ligações simples (polímeros); Esse rompimento das ligações duplas e transformação em ligações simples é a contração de polimerização, que consequentemente diminui o volume do material. É o percentual de duplas ligações de carbonos convertidas em ligações simples para formar uma resina polimérica; Quanto maior o grau de conversão (ligações duplas quebradas e ligações simples formadas) melhor será as propriedades mecânicas e resistência ao desgaste; O grau de conversão depende de vários fatores: Composição da resina; Transmissão da luz através do material; Concentração de fotoiniciador e inibidor; Nenhuma resina tem grau de conversão 100% - normalmente é de 60 a 65%; Para um bom grau de conversão deve-se fazer uma boa fotopolimerização. Ocorre a conversão dos monômeros em polímeros; aproximação molecular e diminuição do volume; Dependendo do grau de contração de fotopolimerização pode gerar: Fendas marginais na interface; Microinfiltrações; Sensibilidade pós-operatória; Descoloração marginal; Alternativas para minimizar os efeitos da contração de polimerização: Utilizar bases cavitárias (CIV); Fazer a técnica de inserção incremental; Grau de Conversão da Resina Composta: Contração de fotopolimerização: Inserção de pequenos incrementos (2mm); Permite uso de múltiplas cores; Deve-se ter cuidado com a contaminação em camadas e falhas de adesão entre elas; Ocorre de forma oblíqua e com intenção de diminuir o fator C; Fator C: relação existente entre a forma do preparo cavitário e a capacidade de alivio das tensões provenientes da contração de polimerização – OU SEJA: número de paredes com o número de superfícies livres; Quanto maior o fator C, pior é; O fabricante afirma que pode realizar incrementos de 4mm; Quepossui baixa contração de polimerização, alto grau de conversão, menor geração de tensão e polimerização uniforme; Porém, as pesquisas não mostram isso. O preparo é bastante conservador, limitado ao acesso e remoção do tecido cariado; Possui estética agradável; Há facilidade de reparo, caso quebre; Reforça a estrutura dental remanescente; Apresenta custo inferior em comparação com as técnicas indiretas. Sensibilidade da técnica restauradora; Contração de polimerização; Impossibilidade de isolamento absoluto; Extensão da área a ser restaurada; Possibilidade de manchamento superficial. Técnica de Inserção Incremental: Resinas Bulk Fill: Vantagens das Resinas Compostas: Limitações das Resinas: Compostas: 1. FÍSICAS: Coeficiente de Expansão Térmico Linear: Capacidade do material se expandir ou contrair na presença de uma fonte de calor ou frio; As resinas possuem um CETL mais elevado que o do esmalte e dentina; CETL do dente 11,4 / dentina 14-50. Sorção de Água: Não é uma característica boa para a resina; O silano impede essa sorção de água, pois ele garante uma estabilidade da porção orgânica com a inorgânica, e impede a penetração de agua na interface carga-resina. Solubilidade: As resinas polimerizadas de forma inadequada absorvem mais água e possuem maiores valores de solubilidade; Uma boa polimerização reduz a solubilidade do material. Cor: A resina apresenta características de opacidade, translucidez, fluorescência e opalescência; A cor é dividida em três dimensões: - Matiz: é a cor propriamente dita, é representada pelas letras A, B, C, D; - Croma: é a intensidade de pigmentos presentes na cor, é representada pelo número; - Valor: é medido em preto e branco, refere-se à quantidade de pigmentos brancos presentes em uma cor. Normalmente, o croma e o valor são inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior o croma, menor será o valor. Dureza: As resinas não devem ser exacerbadamente duras e nem muito maleável, elas devem ser resilientes a ponta de não quebrar ou se deslocar. Propriedades: Radiopacidade: Permite diferenciar as cáries secundárias e distinguir interface dente- restauração. Biocompatibilidade: Os monômeros podem se difundir para a polpa e gerar danos, devido às resinas não serem convertidas 100% no processo de polimerização. Esculpibilidade: Essa característica é muito importante para as resinas, pois é a capacidade de manter-se no lugar até a o momento de polimerização, sem escoar. Contração de Polimerização: O uso de fotopolimerizadores com a capacidade de ajustar a intensidade da luz são importantes para a diminuição dos efeitos de contração das resinas, pois a canforoquina não é excitada de uma vez; O ideal seria que a contração de polimerização fosse o menor possível, para evitar a formação de fendas entre o dente e a restauração; São meios de evitar os efeitos de contração da resina: uso da técnica de inserção incremental, bases cavitárias e direção do fotopolimerizador mais distante do dente para que a canforoquinona não seja excitada de uma vez (aproxima o foto aos poucos). 2. MECÂNICAS: Deformação Elástica: capacidade de retornar a suas dimensões originais após a remoção da força externa. Ex: elástico de cabelo e materiais de moldagem. Deformação Plástica: irreversível, o corpo permanece do mesmo jeito após a forca aplicada ser reduzida ou eliminada. Ex: carro amassado e cerâmicas. Módulo de Elasticidade: refere-se à rigidez. Ex: o amálgama apresenta um alto módulo de elasticidade e os materiais para moldagem um baixo módulo de elasticidade. Resistência: tensão máxima que uma estrutura pode suportar sem apresentar uma quantidade especifica de deformação plástica. Resistencia à Tração: possuir força o suficiente para que não seja arrancada. Resistência à Compressão: possuir força o suficiente para que não se quebre enquanto estiver sofrendo uma compressão. Resistência ao Cisalhamento: possuir força para que não se desloque durante movimentos de protrusão e lateralidade. Ex: pacientes com bruxismo. Resistência à Flexão: possuir força para que a porção central não se frature. Ex: dois dentes com uma prótese fixa entre eles. Resistência à Abrasão: possuir resistência a perda de material da superficie pela ação mecânica ou combinação de ações mecânicas e químicas. Ex: durante a escovação. 3. CLÍNICAS: Tempo de Trabalho: tempo que tem para manipular o material até o material pegar presa. Tempo de Presa: tempo para ficar duro. Acabamento: promove a remoção de excesso de material restaurador. Podem ser feitos com brocas, lâmina de bisturi 12 e discos de lixa. As brocas com a parte mais rugosa tem o maior poder de corte, enquanto a parte lisa tem um poder de corte menor (lixa de unha). Polimento: dar brilho e lisura ao material, e é realizado com pontas siliconadas e disco de feltro. Seleção da cor; Condicionamento do substrato; Inserção da resina composta; Acabamento e polimento. Técnica Restauradora – Passo a Passo:
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