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Memoriais - Esquema para segunda fase OAB

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MEMORIAIS 
Fundamentos 
Rito comum: 
Artigo 403, §3º do CPP (complexidade da causa ou excessivo número de réus) 
Ou 
Artigo 404, §único do CPP (quando requerida diligência em audiência). 
 
Momento processual: Palavra mágica → Encerrada a instrução 
Após instrução. Peça: Memoriais 
Antes da sentença. 
 
Pedido de absolvição sumária. 
NA Resposta à Acusação. → Artigo 397, CPP. 
Memoriais Procedimento Comum → Artigo 386, CPP. → NUNCA CONFUNDIR 
Memoriais Procedimento do Júri → Artigo 415, CPP. 
 
O que pedir nos memoriais? 
Se pede o que o Juiz pode dar na sentença. 
Então, se for no procedimento comum, o juiz pode absolver ou condenar (assistente de 
acusação). 
No caso de condenação, pode se pedir nulidade do processo, questões de mérito para 
absolvição ou de questões subsidiárias para diminuir a pena. 
No caso do Procedimento do Júri, há 4 opções que o juiz pode ter: pronúncia (assistente de 
acusação), impronúncia, absolvição sumária e desclassificação. 
 
Questões importantes que podem aparecer como perguntas: 
Pode o assistente de acusação apresentar memoriais? 
Sim, depois do MP. 
Diferente da Apelação, que o assistente só pode apelar se o MP não apresentar recurso. 
Nos memoriais, o assistente pode apresentar os memoriais mesmo que o MP já tenha 
apresentado. 
 
Consequências da não apresentação dos memoriais: 
1) Acusação: querelante não apresenta na ação penal privada: não apresentou = perempção 
= causa de extinção da punibilidade. 
2) Acusação: querelante não apresenta na ação penal subsidiária da pública: a falta de 
manifestação do querelante obriga o MP a retomar a ação e apresentar os memoriais. 
3) Acusação: o MP não apresenta na ação penal pública: pelo princípio da disponibilidade, o 
MP não pode deixar de apresentar. 
4) Acusação: assistente de acusação deixa de apresentar: FODA-SE, não muda em nada. 
 
1) Defesa: não apresenta memoriais: NÃO PODE, É OBRIGATÓRIO, princípio da ampla defesa. 
Juiz proferiu sentença sem memoriais da defesa: NULIDADE → se fudeu! 
 
Se o MP ao final da instrução entender que o réu é inocente, pode pedir absolvição? 
Sim, pode pedir, mas o juiz não é obrigado a aceitar, pode proferir uma sentença 
condenatória, mesmo que o MP tenha opinado pela absolvição. 
 
Perempção na ação penal privada → Querelante não faz o pedido de condenação → SE 
FUDEU! → perempção → causa de extinção da punibilidade. Artigo 60, III, CP e artigo 107, IV, 
CP. 
O juiz não condena nem absolve se não houver o pedido de condenação na ação penal privada 
→ decreta extinção da punibilidade pela perempção. 
 
Diferente da ação penal subsidiária da pública → se o querelante não fizer o pedido de 
condenação, não ocorre a perempção, os autos voltam para o MP para que ele retome ação. 
 
Defesa deve sempre pedir 
Prazo → 5 dias. 
Pronome → denunciado ou defesa. 
 
Teses e Pedidos 
1 Preliminares 
1.1 Nulidades 
- Incompetência do Juízo; 
- Ilegitimidade da parte; 
- Nulidade de citação; 
- Prova ilícita; 
- Falta de corpo delito; 
- Nulidades da audiência; 
- Falta de elemento essencial do ato. 
- Não oferecimento de condicional do processo, (Artigo 89, Lei 9.099/95). 
 
1.2 Extinção da punibilidade 
- Extinção da punibilidade (Artigo 107, CP); 
- PPP em abstrato; 
- Não pedido de condenação = perempção; 
- Ressarcimento do dano no peculato culposo (Artigo 312, §3º do CP); 
- Ressarcimento do dano antes do recebimento da denúncia no crime de estelionato mediante 
emissão de cheque sem fundos (Artigo 171, §2º, VI, e Súmula 554, STF). 
- Retratação antes da sentença nos crimes de Calúnia, Difamação (artigo 143, CP) ou falso 
testemunho (artigo 342, §2º, CP). 
 
2. Mérito → M.A.T.I.C.S → absolvição 
Art. 386, CPP. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que 
reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 
23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre 
sua existência; 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
 
- Materialidade – (incisos I e II) 
- Autoria – (incisos IV e V) 
- Tipicidade – (inciso III) 
- Ilicitude – (inciso VI) 
- Culpabilidade – (inciso VI) 
- Subsidiárias de Mérito 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art28%C2%A71
Exemplos: 
- Fato atípico pelo princípio da insignificância; 
- Vítima admite em juízo que mentiu sobre existir o crime para prejudicar o réu; 
- Juiz fica em dúvida se a vítima sofreu o crime ou só quer prejudicar o réu; 
- Fato atípico → Exemplo: conjunção carnal com maior de 14 anos, não é crime; 
- Exemplo: estava há 500kms de distância do local, sendo impossível ser autor; 
- Fato ocorreu, mas há dúvidas quando autoria ou participação do réu; 
- Fato ocorreu, mas a prova que incriminou foi ilícita e não tem mais provas; 
- Súmula Vinculante nº 24; 
- Coação física irresistível; 
- Crime impossível → artigo 17, CP; 
- Erro de tipo essencial → artigo 20, CP; 
- Excludentes de ilicitude; 
- Excludentes de culpabilidade; 
 
3. Subsidiárias de Mérito 
3.1 Desclassificação do crime 
- Súmula 337, STJ. É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime 
e na procedência parcial da pretensão punitiva; 
Exemplos: de crime mais grave para mais leve (roubo para furto), qualificado para simples, 
doloso para culposo ou cooperação dolosamente distinta (autor para participe). 
- Roubo → furto → pede desclassificação de roubo para furto e que seja enviado ao MP para 
formular o pedido de suspensão condicional do processo (artigo 89, Lei 9099/99). 
- Doloso para culposo → Furto → não existe crime culposo → pede absolvição. 
 
3.2 Quantidade de pena 
- Evitar as circunstâncias judicias da primeira fase do artigo 59, CP; 
- Vedação do non bis in iden do artigo 8º, Pacto San José da Costa Rica, pelo aumento de pena 
porque houve grave ameaça no roubo; 
- Apontar as atenuantes do artigo 65, CP; 
- Afastar agravantes do artigo 61 e 62, CP; 
- Apontar causas de diminuição de pena (tentativa); 
- Afastar qualificadoras; 
- Reconhecimento de concurso formal ou crime continuado em vez de concurso material; 
- Súmula 444, STJ. Proibido usar IP ou processo em andamento para aumentar a pena base; 
- Súmula 532, STJ. Proibido aumentar acima do máximo e diminui abaixo do mínimo; 
- Súmula 241, STJ. Proibido usar o mesmo fato para aplicar maus antecedentes na 1ª fase e 
reincidência na 2ª fase; 
- Súmula 545, STJ. Quando a confissão for utilizada para a formação do conhecimento do 
julgador, o réu para jus à atenuante prevista no artigo 65, III, d, CP; 
- Súmula 443, STJ. O aumento na 3ª fase de aplicação da pena no crime de roubo 
circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para sua exasperação a 
mera indicação do número de majorantes. 
 
3.3 Regime inicial 
- Artigo 33, CP. 
- Pedir para não reincidente e com pena até 4 anos regime aberto; 
- Súmula 269, STJ. É admissível adoção regime semiaberto aos reincidentes condenados a 
pena igual ou menor a 4 anos, se as circunstâncias judiciais foram favoráveis.; 
- STF decidiu que é inconstitucional artigo 2º, §1º da Lei 8072/90 (Crimes Hediondos) que diz 
que o regime inicial é fechado para os crimes hediondos e equiparadas (T.T.T); 
- Súmula 718, STF. A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui 
motivaçãoidônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena 
aplicada; 
- Súmula 719, STF. A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena 
aplicada permitir exige motivação idônea; 
- Contravenção não admite regime inicial fechado e nem cumprimento de pena no fechado. 
 
3.4 Substituição da PPL por PRD (artigo 44, CP) ou Sursis (artigo 77, CP) 
- Sursis (Suspensão condicional da pena do artigo 77, CP) é subsidiário, pede se não for cabível 
a PRD; 
- é inconstitucional o artigo 44, Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) o qual veda a substituição PPL 
para PRD no crime de tráfico de drogas; 
- Requisitos PRD (artigo 44, CP): pena não superior a 4 anos em crime doloso (culposo 
qualquer pena) + crime sem violência ou grave ameaça + não reincidente em crime doloso; 
- Artigo 44, §3º, CP. É uma exceção que aceita PRD quando o reincidente não é específico e a 
medida é socialmente recomendável. 
- Requisitos do Sursis do artigo 77, CP: 
Regra: pena não superior a 2 anos + não reincidente em crime doloso; 
Exceção 1 : maior de 70 ou razões de saúde → pena não superior a 4 anos; (§2º) 
Exceção 2: condenação anterior seja pena de multa. (§1º) 
Observações: Pedidos 
não precisa qualificar (já qualificado nos autos); a) recebimento dos presentes memoriais. 
verbo apresentar; b) em preliminar, que seja reconhecida a nulidade 
ab initio... 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS b) em preliminar, que seja decretada a extinção da 
punibilidade... 
 c) caso não seja esse o entendimento, que seja 
absolvido com base no artigo 386, CPP... 
 e) subsidiariamente seja desclassificado para o 
crime... e consequentemente... 
 f) subsidiariamente seja reconhecida atenuante... 
g) subsidiariamente seja fixado o regime aberto... 
i) subsidiariamente seja substituída a PPL por PRD 
 
Prazo → 5 dias 
Exemplo 1: intimado para apresentar a peça cabível no dia 12 de novembro (quinta-feira). 
Conta os dias corridos. 
Exclui o primeiro (dia da intimação) e inclui o último. 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
- - - 12 13 (1) 14 (2) 15 (3) 
16 (4) 17 (5) 18 19 20 21 22 
 
Exemplo 2: intimado para apresentar a peça cabível no dia 20 de novembro (sexta-feira). 
Conta os dias corridos, a partir do primeiro dia útil. 
Exclui o primeiro (dia da intimação) e inclui o último. 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
- - - - 20 21 22 
23 (1) 24 (2) 25 (3) 26 (4) 27 (5) 28 29 
OBS → se cair no sábado, domingo ou feriado → prorroga para último dia útil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca de... 
 
 
 
Processo nº... 
 
 
Cliente, já qualificado nos autos em epigrafe, por seu advogado que está 
subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência 
apresentar ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, §3º, 
do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I – Dos Fatos 
 
O réu foi denunciado pela prática do crime de furto simples de um celular contra 
o seu tio. 
A denúncia foi recebida pelo juízo da ... Vara Criminal da Comarca de... no dia 
15 de agosto. 
Durante a instrução, foram ouvidos os policiais militares e a sua tia, como 
testemunhas de acusação e a sua mãe como testemunha de defesa. 
O Ministério público requereu a condenação nos termos da denúncia. 
 
II – Do Direito 
 
Em preliminar, o fato imputado é de ação penal pública condicionada a 
representação da vítima, conforme artigo 182, III, do Código Penal. 
A denúncia foi oferecida sem a representação da vítima, logo há falta de 
elemento essencial da denúncia, sendo caso de nulidade, nos termos do artigo 564, 
III, a, do Código de Processo Penal. 
O réu não tinha intenção de subtrair para si o telefone, só tinha intenção de 
fazer uma ligação e depois devolver. 
Sendo assim, o réu não teve dolo de subtrair para si ou para outrem na sua 
conduta, tanto é que ligou para sua mãe e disse que estava com o celular do seu tio 
e que logo iria devolver. 
Portanto, o fato é atípico, devendo no mérito o réu ser absolvido nos termos do 
artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal. 
Caso não seja o entendimento de Vossa Excelência, que seja reconhecida a 
confissão espontânea do artigo 65, III, d, do Código Penal e, também, a menoridade 
relativa, como atenuante, pois o réu era menor de 21 anos, na data do fato, isso com 
fulcro no artigo 65, I, também do Código Penal. 
O crime de furto simples tem pena máxima de 4 anos. Então, em caso de 
eventual condenação pelo Magistrado, deverá ser fixado o regime inicial aberto, com 
base no artigo 33, §2º, c, do Código Penal, visto que o réu é primário e as 
circunstancias judiciais do artigo 59 do Código Penal, a ele são favoráveis. 
Além disso, o crime foi cometido sem violência ou grave ameaça e a sua 
eventual pena é inferior a 4 anos, sendo cabível a substituição da pena privativa de 
liberdade pela restritivas de direito, nos termos do artigo 44 do Código Penal. 
 
 
III – Do pedido 
 
 
a) O recebimento dos presentes memoriais; 
b) Em preliminar, que seja anulado ab initio pela falta de elemento essencial da 
denúncia, nos termos do artigo 564, III, a, do Código de Processo penal. 
c) Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, que no mérito 
absolva o réu, pela ausência de dolo em subtrair para si ou para outrem em sua 
conduta, caracterizando fato atípico, nos termos do artigo 386, III, do Código de 
Processo Penal. 
d) Caso de Vossa Excelência não concorde com os pedidos supracitados, que 
subsidiariamente seja reconhecida as atenuantes da menoridade relativa e da 
confissão espontânea, fixando-se a pena no mínimo legal; 
e) Em caso de eventual condenação, que seja fixado o regime aberto para início 
de cumprimento de pena; 
f) E que seja substituída a pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, 
nos termos do artigo 44 do Código Penal. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
Local..., data... 
Advogado ...

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