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FISIOLOGIA RESPIRATORIA E VENTILACAO MECANICA - APOSTILA

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
E 
 VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
 
 
Coordenação Pedagógica – IPEMIG 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------- 03 
1. ESTRUTURA E FUNÇÃO PULMONAR ---------------------------------------------- 05 
2. ANATOMIA DA CAIXA TORÁCICA --------------------------------------------------- 07 
2.1. Músculos inspiratórios ----------------------------------- 09 
2.2. Músculos expiratórios ------------------------------------ 11 
3. COMPONENTES DA CAIXA TORÁCICA: ÓRGÃOS E FUNÇÕES ---------- 11 
4. FISIOLOGIA DA CAIXA TORÁCICA: ARTICULAÇÕES E MOVIMENTOS 12 
5. VENTILAÇÃO PULMONAR -------------------------------------------------------------- 14 
6. DIFUSÃO DOS GASES -------------------------------------------------------------------- 16 
7. PERFUSÃO PULMONAR------------------------------------------------------------------ 16 
8. RELAÇÃO VENTILAÇÃO/PERFUSÃO ----------------------------------------------- 17 
9. TRANSPORTE DOS GASES ------------------------------------------------------------ 18 
10. VENTILAÇÂO MECÂNICA --------------------------------------------------------------- 19 
10.1. Objetivos da ventilação mecânica ---------------------------------- 20 
11. RECOMENDAÇÕES E INDICAÇÕES DO SUPORTE VENTILATÓRIO ------- 21 
12. MÉTODOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA ------------------------------------------- 22 
13. CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO POSITIVA ----------------- 23 
13.1. Ventilação ciclada a volume ----------------------------------------------------- 24 
13.2. Ventilação ciclada a fluxo (pressão de suporte) -------------------------- 25 
13.3. Ventilação com relação inversa ------------------------------------------------ 26 
13.4. Hipercapnia permissiva ---------------------------------------------------------- 27 
13.5. Indicações da Ventilação Mecânica ------------------------------------------- 27 
13.6. Parâmetros auxiliares para indicação de ventilação mecânica ----- 28 
13.7. Estratégia inicial de uso ---------------------------------------------------------- 28 
14. MONITORIZAÇÃO DE PACIENTE SOB VENTILAÇÃO MECÂNICA ---- 29 
15. COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA ----- 31 
16. SUPORTE VENTILATORIO NÃO INVASIVO ----------------------------------------- 35 
17. DESMAME -------------------------------------------------------------------------------- 41 
18. REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------- 42 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Prezados alunos, 
 
 
 
Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a 
graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando 
referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são 
indispensáveis ao curso. 
 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são 
neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos 
diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de 
fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo 
conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. 
 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, 
nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência 
que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão 
acrescentar e melhorar nosso trabalho. 
 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, 
vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, 
lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se 
somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, 
por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. 
 
Nesta primeira apostila introduzimos conceitos pertinentes à 
Fisiologia Respiratória e Ventilação Mecânica e discorreremos sobre o 
conhecimento a respeito dos fundamentos, objetivos, métodos e áreas da 
fisioterapia, com foco na otimização da capacidade funcional e no 
desenvolvimento de programas de prevenção e reabilitação, fornecendo 
embasamento para capacitar fisioterapeutas. 
 
Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que 
entendemos serem os mais importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras 
 
4 
 
de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, 
ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas 
aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1. ESTRUTURA E FUNÇÃO PULMONAR 
 
 
Fonte: www.mundoboaforma.com.br 
 
 
Os pulmões, direito e esquerdo, têm forma grosseiramente cônica com 
um ápice, uma base e três lados. Seu peso depende da quantidade de líquido 
presente, em média pesa 900 gramas na mulher e 1100 gramas no homem. O 
pulmão direito é ligeiramente maior que o esquerdo e é responsável por 55% 
da função pulmonar total. 
O pulmão direito apresenta três lobos (superior, médio e inferior) 
enquanto o pulmão esquerdo apresenta apenas dois (superior e inferior). 
Contudo, existe correspondência do lobo médio direito com a região do 
esquerdo chamada língula (figura 01). 
 
6 
 
 
Figura 01: Lobos pulmonares. Superior, Médio e Inferior à direita e Superior e Inferior à 
esquerda. 
 
Na cavidade torácica a pleura visceral é uma fina membrana de tecido 
conjuntivo-elástico que envolve os pulmões e suas reentrâncias de forma 
independente. A pleura parietal reveste toda a cavidade torácica em sua face 
interna. Em condições normais uma quantidade mínima de líquido, menos de 
10 mililitros, está presente entre estas duas membranas. Este líquido é 
conhecido como líquido pleural. 
 
O líquido pleural é um ultrafiltrado do plasma, secretado por linfáticos da 
pleura parietal e absorvido por linfáticos da pleural visceral. A função principal 
do líquido pleural é lubrificar as superfícies do pulmão durante seu 
deslocamento nas fases inspiratória e expiratória. 
 
A traqueia é uma estrutura formada por anéis cartilaginosos incompletos 
em forma de “U”. Na sua parte livre a cartilagem é substituída por músculo liso. 
Seu epitélio é do tipo cilíndrico ciliado com inúmeras glândulas na submucosa 
e vasos. 
 
A traqueia se divide nos brônquios fontes principais direito e esquerdo. 
O brônquio principal direito é mais curto com apenas 2,5 centímetros e de 
calibre mais grosso quando comparado com o brônquio fonte esquerdo, 
praticamente é uma continuação da traqueia. O brônquio principal esquerdo é 
mais longo (5 centímetros) e estreito, apresenta um ângulo mais agudo com a 
 
7 
 
traqueia (figura 02) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 02: Divisões da traqueia, brônquios principais e lobares. 
 
Os brônquios fontes principais direito e esquerdo se dividem em 
brônquios lobares e estes em segmentares. A dicotomia irregular se segue em 
23 gerações até os alvéolos. 
 
 
2. ANATOMIA DA CAIXA TORÁCICA 
 
O tórax é um arcabouço hermético, expansível, não colapsável e em 
forma de cone, que armazena e protege os órgãos intratorácicos e oferece 
apoio às extremidades superiores. 
A caixa torácica é composta por 12 pares de costelas arranjados por 
múltiplas cartilagens sobre o esterno e as vértebras torácicas, juntamente com 
as clavículas (figura 03). 
 
8 
 
 
Figura 03: 12 pares de costelas e suas classificações. Fonte: NETTER, Frank 
H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
A caixa torácica é composta pelos músculos peitoral maior e menor, 
subclávio, intercostais externos e internos, músculo subcostal, músculo 
transverso do tórax e o músculo oco axilartambém chamado de fossa axilar. 
Os ossos torácicos são cobertos por três grupos musculares, os 
primários - diafragma, intercostais internos e externos - e os secundários - 
esternocleidomastóideo, serrátil posterior e elevadores costais - para a 
respiração e aqueles que se anexam aos membros superiores do corpo, 
classificado como terceiro grupo - peitorais maior e menor, trapézio e grande 
dorsal. 
Os músculos respiratórios são constituídos por fibras estriadas, as quais 
apresentam diferentes distribuições em cada músculo. Por exemplo, o 
diafragma apresenta aproximadamente 55% de fibras do tipo I vermelhas 
(resistentes à fadiga); e 45% de fibras estriadas tipo II brancas (fatigáveis). 
Esses músculos trabalham vencendo cargas elásticas, que são as forças 
de retração dos pulmões e da caixa torácica, bem como as cargas resistivas 
das vias aéreas. A partir daí a VE pulmonar ocorre pela geração de pressão 
negativa com o tórax em expansão simultânea da caixa torácica, com uma 
 
9 
 
excursão diafragmática em sentido caudal. Os músculos da respiração podem 
ser classificados em duas categorias: músculos inspiratórios e expiratórios. 
 
a. Músculos inspiratórios 
 
São músculos que participam da fase inspiratória da respiração, eles 
podem ser principais ou acessórios. Na tabela 1 serão listados os músculos 
inspiratórios com sua classificação e suas respectivas funções. 
Tabela1. Músculos inspiratórios 
 
MÚSCULOS CLASSIFICAÇÃO FUNÇÕES 
Diafragma Principais 
É responsável por 
70% do 
volume inspirado; 
quando o diafragma 
se contrai, o 
conteúdo abdominal 
é deslocado para 
baixo e 
para frente, 
aumentando o 
diâmetro 
cefalocaudal do 
tórax, movendo a 
caixa torácica como 
uma “alça 
de balde”; e a parte 
distal das costelas é 
elevada e 
gira para fora. Em 
repouso, o 
deslocamento 
 
10 
 
do diafragma é de 
aproximadamente 
1cm, ao 
passo que na 
inspiração 
forçada pode chegar 
até 10cm. 
Intercostais 
externos 
Principais 
Estabilizadores da 
caixa torácica e 
desempenham 
papel importante na 
postura. 
Porção intercondral 
dos intercostais internos 
Principais 
Agem no esterno e 
no diafragma, 
atuando no 
tórax inferior e no 
abdome, garantindo 
a integridade da 
caixa 
torácica. 
Escalenos Principais 
Quando se 
contraem, elevam as 
costelas e o 
esterno, no 
movimento 
denominado de 
“braço de 
bomba”. 
Peitoral maior Acessórios - 
Peitoral menor Acessórios - 
Eretores da espinha Acessórios - 
Serrátil anterior Acessórios Abduz a escápula. 
 
11 
 
Esternocleidomastóideo Acessórios 
Realiza flexão, 
inclinação e rotação 
da cabeça; auxilia 
os escalenos 
 
 
b. Músculos expiratórios 
 
São músculos que participam da expiração forçada ou tosse, haja vista 
que a expiração acontece normalmente sem a utilização da musculatura por 
causa das propriedades elásticas e complacentes do pulmão, acarretando em 
uma expiração passiva. Na tabela 2 serão listados os músculos expiratórios e 
suas respectivas funções. 
 
Tabela 2. Músculos expiratórios 
 MÚSCULOS FUNÇÃO 
Reto abdominal 
 
Oblíquo interno 
 
Oblíquo externo 
 
Transverso do abdominal 
 
 
Empurrar a parede abdominal para 
dentro, aumentando a pressão intra-
abdominal 
Porção interóssea dos intercostais 
Internos 
Neutraliza a retração elástica dos 
pulmões e da caixa torácica. 
 
 
 
3. COMPONENTES DA CAIXA TORÁCICA: ÓRGÃOS E FUNÇÕES 
 
A caixa torácica é uma importante estrutura corporal que tem como 
 
12 
 
principal função proteger órgãos vitais, como os pulmões e o coração. Os 
mesmos apresentam funções específicas, um garante o bombeamento do 
sangue por todo o corpo e o outro é o principal órgão do sistema respiratório. 
Para que haja o funcionamento correto do organismo, o sistema cardiovascular 
e o sistema respiratório atuam de forma interligada e trabalham em conjunto. 
Os pulmões são órgãos duplos localizados um de cada lado do tórax, na 
região interior da cavidade torácica. O coração fica apoiado sobre o diafragma, 
perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino e cerca de 2/3 de 
massa cardíaca ficam à esquerda da linha média do corpo. Atua como uma 
bomba contrátil propulsora de sangue, auto ajustável, capaz de proporcionar 
pressão e sucção, atuando em conjunto com uma imensa rede de vasos 
sanguíneos para conduzir sangue a todas as partes do corpo humano. 
 
4. FISIOLOGIA DA CAIXA TORÁCICA: ARTICULAÇÕES E MOVIMENTOS 
 
O tórax é constituído pelo esterno, costelas, cartilagens costais e 
vértebras torácicas. É limitado anteriormente pelo esterno, superiormente pela 
clavícula e inferiormente pelo diafragma. A cavidade torácica serve para fixar a 
coluna vertebral posteriormente e faz a fixação do esterno na parte anterior, 
além de proteger os órgãos internos. 
Há um total de 24 costelas, 12 em cada lado. As sete superiores são 
chamadas verdadeiras, fixando-se diretamente no esterno, em sua parte 
anterior. Da 8ª à 10ª, são chamadas de falsas-costelas, porque se fixam 
indiretamente ao esterno através da cartilagem costal da 7ª costela, enquanto a 
11ª e a 12ª são chamadas flutuantes por não apresentam fixações anteriores. 
A variação dos diâmetros transversais das costelas verdadeiras é 
explicada da seguinte maneira: quando o movimento do esterno chega ao seu 
limite, a porção média do corpo das costelas é elevada e, portanto, o ângulo 
condrocostal é aberto, aumentando o diâmetro transversal. 
As costelas articulam-se com as vertebras, principalmente, em duas 
áreas: corpos das vértebras e processo transverso. Estas articulações são 
chamadas articulações costovertebrais. O movimento dessa articulação produz 
 
13 
 
durante a inspiração o aumento do diâmetro do tórax e sua diminuição durante 
a expiração. 
A articulação da cabeça das costelas é do tipo sinovial plana que se faz 
entre cabeça de uma costela típica com as fóveas costais das margens 
contíguas das vértebras torácicas e seus discos intervertebrais. A segunda 
costela se articula com a primeira e com a segunda vértebra torácica, a terceira 
costela se articula com a segunda e com terceira vértebra torácica e assim 
sucessivamente. As exceções se encontram na primeira, décima, décima 
primeira e décima segunda costela. Elas se articulam, cada uma, com uma 
única vértebra de mesmo número. Os ligamentos presentes nessas 
articulações são os ligamentos radiado e intra-articular. 
A articulação entre o tubérculo da costela e a fóvea costal do processo 
transverso de sua própria vértebra torácica denomina-se articulação 
costotransversária. Os ligamentos presentes nessa articulação são: ligamento 
costotransversário superior; ligamento costotransversário posterior; ligamento 
do colo da costela e ligamento do tubérculo da costela. 
Articulações costocondrais são as articulações entre as costelas e suas 
cartilagens costais e são classificadas em anfiartrose do tipo sincondrose. 
Articulações Intercondrais são articulações sinoviais planas, possuem cavidade 
sinovial envolvida por cápsula articular reforçada lateralmente pelos ligamentos 
intercondrais. Presente entre as margens adjacentes da sexta cartilagem e 
sétima, sétima e oitava; e oitava e nona. A articulação entre a nona costela e a 
décima é fibrosa. 
Por último temos as articulações do esterno, são elas: 
Articulação manúbrioesternal: o manúbrio e o corpo do esterno situam-
se em planos ligeiramente diferentes, portanto, quando se articulam formam 
um ângulo denominado ângulo do esterno ou ângulo de Louis. É uma 
anfiartrose do tipo sínfise, pois possui fibrocartilagem unindo os dois ossos. 
Articulação xifoesternal: Entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é 
uma articulação cartilagínea que está normalmente ossificada por volta dos 
cinquenta anos de idade. 
Articulações esternocostais: são sinoviais (diartroses)planas, 
 
14 
 
apresentando todas as características de uma articulação sinovial com uma 
exceção: a cartilagem da primeira costela está diretamente unida ao esterno e 
se trata de uma sincondrose. Os ligamentos presentes nessas articulações 
são: ligamentos esternocostais radiados, ligamento esternocostal intra-articular 
e ligamento costoxifoideo. 
 
5. VENTILAÇÃO PULMONAR 
 
A respiração tem por objetivo fornecer oxigênio aos tecidos e remover o 
dióxido de carbono. Considerando-se esta função, a respiração pode ser 
dividida em quatro eventos principais: (1) ventilação pulmonar, que se refere a 
entrada e saída de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares, (2) difusão 
de oxigênio e de dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue, (3) 
transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos 
corporais, para e das células, e (4) regulação da ventilação e de outros 
aspectos da respiração. 
Os pulmões podem sofrer expansão e retração por duas maneiras: (1) 
pelos movimentos do diafragma para baixo e para cima, a fim de aumentar ou 
diminuir a altura da cavidade torácica, e (2) pela elevação e abaixamento das 
costelas para aumentar e diminuir o diâmetro ântero-posterior da cavidade 
torácica. 
A respiração normal é efetuada quase inteiramente pelo primeiro desses 
dois métodos, isto é, pelo movimento do diafragma. Durante a inspiração, a 
contração do diafragma traciona as superfícies inferiores dos pulmões para 
baixo. A seguir, durante a expiração, o diafragma simplesmente se relaxa, e é a 
retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais 
que comprime os pulmões. Durante a respiração intensa, as forças elásticas 
não são ricas o suficiente para causar a expiração rápida necessária, de modo 
que a força adicional necessária é obtida principalmente pela contração dos 
músculos abdominais, que força o conteúdo abdominal para cima, contra a 
parte inferior do diafragma. 
O segundo método para expandir os pulmões é efetuado pela elevação 
 
15 
 
da caixa torácica. Esse processo determina a expansão dos pulmões, visto 
que, na posição natural de repouso, as costelas estão voltadas para baixo, 
permitindo ao esterno inclinar-se para trás, em direção à coluna vertebral. 
Quando a caixa torácica é elevada, as costelas se projetam quase direta- 
mente para a frente, de modo que o esterno também passa a se mover para 
frente, afastando-se da coluna; em consequência, a espessura ântero-posterior 
do tórax passa a ser cerca de 20% maior durante a inspiração máxima do que 
durante a expiração. Por conseguinte, os músculos que elevam a caixa 
torácica são classificados como músculos da inspiração, enquanto os que 
abaixam a caixa torácica são conhecidos como músculos da expiração. Os 
músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais 
externos; entretanto, outros músculos que também participam do processo 
incluem: (1) os músculos esternodeidomastóides, que elevam o esterno; (2) os 
serráteis anteriores, que elevam muitas das costelas; e (3) os escalenos, que 
elevam as duas primeiras costelas. 
Os músculos que tracionam a caixa torácica para baixo durante a 
expiração são: (1) os retos abdominais, que têm o poderoso efeito de tracionar 
as costelas inferiores para baixo, ao mesmo tempo que, juntamente com os 
outros músculos abdominais, comprimem o conteúdo abdominal para cima, 
contra o diafragma, e (2) os intercostais internos. 
O pulmão é uma estrutura elástica que sofre colapso à semelhança de 
um balão e expele todo seu ar pela traqueia toda vez que não houver uma 
força para mantê-lo insuflado. Além disso, não existe qualquer inserção entre o 
pulmão e a parede da caixa torácica, exceto no local em que é suspenso no 
hilo, do mediastino. Com efeito, o pulmão literalmente flutua na caixa torácica, 
circundado por uma camada muito delgada de líquido pleural, que lubrifica os 
movimentos dos pulmões no interior da cavidade. Além disso, o bombeamento 
contínuo desse líquido para os canais linfáticos mantém leve sucção entre a 
superfície visceral da pleura pulmonar e a superfície pleural parietal da 
cavidade torácica. Os dois pulmões aderem à parede torácica como se 
estivessem colados, embora possam deslizar livremente, quando bem 
lubrificados, à medida que o tórax se expande e se retrai. 
 
16 
 
 
 
6. DIFUSÃO DOS GASES 
 
 
A hematose ocorre no ácino respiratório, que de forma simplificada, 
consta da difusão do O2 e CO2 pela barreira alvéolo-capilar, em sentidos 
opostos. Essa hematose depende de alguns fatores que estão descritos pela 
Lei de Fick: “a quantidade de gás transferida através de uma barreira tecidual é 
proporcional a sua área, a uma constante de difusão e à diferença de pressão 
parcial, e é inversamente proporcional à espessura. A constante é proporcional 
à solubilidade do gás, mas inversamente proporcional à raiz quadrada de seu 
peso molecular. ” 
A difusão de um gás depende de quanto maior for a sua concentração, 
quanto maior for a área do alvéolo e do capilar, da espessura da parede 
alvéolo-capilar e da velocidade de transferência desse gás (cada gás tem um 
índice de solubilidade) ou seja, quão mais fácil e rápido esse gás se difunde. 
 
A difusão de um gás ocorre quando existe movimento das moléculas de 
uma área na qual o gás exerce uma elevada pressão parcial para outra de 
baixa pressão parcial. 
 
A difusão dos gases através da membrana alvéolo-capilar fica na 
dependência da lei de Fick. Esta lei estabelece que a velocidade de 
transferência de um gás através de uma membrana permeável ao gás é 
proporcional à área desta membrana e ao gradiente de pressão parcial deste 
gás entre os lados. Estabelece também que é inversamente proporcional à 
espessura desta membrana. 
 
 
7. PERFUSÃO PULMONAR 
 
 
17 
 
A perfusão é a passagem do sangue pelo capilar pulmonar, carreando o 
oxigênio para nutrição tecidual. Ela depende do débito cardíaco, da frequência 
cardíaca, do retorno venoso e da resistência vascular periférica. A ventilação 
pulmonar e a perfusão são desiguais nos pulmões. A ventilação depende das 
posturas adotadas pelos indivíduos, depende da ação da gravidade ou de 
patologias pulmonares associadas, que podem reduzir a capacidade da 
ventilação. 
 
Existe uma inter-relação direta entre a ventilação e a perfusão. O 
resultado da relação ventilação/perfusão (V/Q) fisiológico é igual a 0,8. Em 
análises obtiveram que há uma relação melhor nas bases pulmonares. Na 
prática, o desequilíbrio desta relação gera uma hipoxemia no indivíduo, em 
algumas situações como: efeito shunt e efeito espaço morto. O efeito shunt 
trata-se de um capilar perfundido, mas sem ventilação pulmonar, ou seja, há 
sangue em contato com os alvéolos, mas por algum motivo, o ar não está 
chegando aos mesmos. A outra situação é o efeito espaço morto, no qual o 
alvéolo está sendo ventilado, mas não há perfusão adequada no capilar 
alveolar. 
 
 
8. RELAÇÃO VENTILAÇÃO/PERFUSÃO 
 
 
O movimento de ar até a partir da interface sangue-gás, a difusão de 
gás através dela, e o movimento do sangue até e a partir da barreira. O 
desequilíbrio entre a ventilação e a perfusão é responsável pela maioria das 
trocas gasosas defeituosas nas doenças pulmonares. 
O nível da PO2 alveolar é determinado por um balanço entre a 
velocidade de remoção do O2 pelo sangue, que é ajustada pelas demandas 
metabólicas dos tecidos e a velocidade de reposição do O2 pela ventilação 
alveolar. Assim, se a ventilação alveolar for anormalmente baixa, a PO2 
alveolar cai (WEST, 1996). 
 
18 
 
A PCO2 eleva-se, isto é conhecido como hipoventilação. As causas de 
hipoventilação incluem drogas como a morfina e os barbitúricos, que deprimem 
o estímulo central para os músculos respiratórios, lesão da parede torácica ou 
paralisia dos músculos respiratórios, em uma alta resistência. 
Em condiçõesnormais a diferença de PCO2 entre o gás alveolar e o 
sangue capilar final resultando de difusão incompleta é imensuravelmente 
pequena, a diferença pode torna-se maior quando uma mistura pobre em O2, é 
inspirada ou a barreira sangue-gás é espessada. 
Uma outra razão pela qual a PCO2 do sangue arterial é menor do que 
aquele no gás alveolar é o sangue desviado (shuntado). Shunt designa o 
sangue que entra no sistema arterial sem passar através de áreas ventiladas 
do pulmão (WEST, 1996). 
Na relação ventilação-perfusão, consideramos três causas de 
hipoxemia: a hipoventilação, difusão e shunt. A concentração de O2, ou a 
melhor, a PO2, em qualquer unidade pulmonar é determinada pela relação 
entre a ventilação e o fluxo sanguíneo; e não apenas O2 mas CO2 N2 e 
qualquer outro gás que esteja presente em condições de estado constante. 
Esta é a razão pela qual a relação ventilação-perfusão desempenha um 
papel chave na troca gasosa pulmonar. 
 
 
9. TRANSPORTE DOS GASES 
 
 
O transporte de oxigênio dos pulmões até os tecidos é simples, 
ocorrendo apenas de dois modos: dissolvido no plasma ou ligado à 
hemoglobina. O oxigênio é transportado pela hemoglobina, uma 
metaloproteína constituída de ferro, que está presente nas hemácias (glóbulos 
vermelhos). 
 
O oxigênio dentro dos alvéolos pulmonares difunde-se até os capilares 
sanguíneos penetrando nas hemácias, onde se liga com a hemoglobina, sendo 
https://www.infoescola.com/sangue/hemoglobina/
https://www.infoescola.com/sangue/hemacias/
https://www.infoescola.com/sangue/hemacias/
https://www.infoescola.com/sangue/hemacias/
https://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/capilar-sanguineo/
https://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/capilar-sanguineo/
 
19 
 
o gás carbônico jogado para fora. Este processo denomina-se hematose. 
 
O processo nos tecidos acontece quando o gás oxigênio desliga-se das 
moléculas de hemoglobina sendo difundido pelo líquido tissular chegando até 
as células. As células liberam o gás carbônico que reage com a água formando 
o ácido carbônico que logo é difundido no plasma do sangue. 
 
O oxigênio dissolvido no plasma obedece à lei de Henry que estabelece 
que a concentração de um gás dissolvida em um líquido é diretamente 
proporcional a sua pressão parcial, a determinada temperatura. A quantidade 
dissolvida no plasma de oxigênio é proporcional à pressão parcial deste. 
 
 
10. VENTILAÇÂO MECÂNICA 
 
 
Fonte: www.fisioterapia.com 
 
https://www.infoescola.com/quimica/acido-carbonico/
 
20 
 
Antes, utilizada somente em procedimentos de emergência em 
reanimação ou em última instância no tratamento do paciente crítico, hoje a 
ventilação pulmonar mecânica é um método de suporte respiratório ao 
paciente, podendo ser utilizada até mesmo preventivamente (VNI) porém, não 
constituindo uma terapia curativa. 
Ventiladores de várias gerações ainda são utilizados nas UTIs do Brasil. 
Desde ventiladores de 1ª geração (como o consagrado Bird Mark-7) até os 
microprocessados de 3ª geração. Modalidades foram desenvolvidas, e hoje 
temos em nossas mãos terapias menos agressivas ao paciente e ao mesmo 
tempo mais eficientes. 
Porém, o emprego da ventilação mecânica implica riscos próprios, 
devendo sua indicação ser prudente e criteriosa, e sua aplicação cercada por 
cuidados específicos. 
 
 Objetivos da ventilação mecânica 
 
Objetivos Fisiológicos 
 
 Manter ou modificar a troca gasosa pulmonar; 
 Ventilação Alveolar (PaCO2 e pH); 
O suporte ventilatório tem como objetivo intervir na ventilação alveolar. 
Em certas circunstâncias, o objetivo pode ser aumentar a ventilação alveolar 
(hiperventilação para reduzir a pressão intracraniana) ou reduzir a ventilação 
alveolar de maneira controlada (hipercapnia permissiva); porém, o objetivo 
usualmente adotado é normalizar a ventilação alveolar. 
 
 Oxigenação Arterial (PaO2, SaO2 e CaO2); 
O objetivo é atingir e manter valores aceitáveis de oxigenação arterial 
(PaO2 > 60 mmHg, SaO2 > 90%). A oferta de oxigênio aos tecidos (D’O2) deve 
ser considerada, corrigindo fatores como o conteúdo arterial de oxigênio 
(hemoglobina) e o débito cardíaco. 
 
 
21 
 
 Aumentar o volume pulmonar; 
Insuflação pulmonar inspiratória final; Visa prevenir ou tratar atelectasia; 
Otimizar a Capacidade Residual Funcional (CRF); 
Utilizar a PEEP em situações em que a redução na CRF pode ser 
prejudicial (redução da PaO2, maior injúria pulmonar), como na SARA e em 
pós-operatório com dor; 
 
 Reduzir o trabalho muscular respiratório. 
 
 Objetivos Clínicos 
 
 Reverter hipoxemia: aumentando a ventilação alveolar, aumentando 
o volume pulmonar, diminuindo o consumo de oxigênio e 
aumentando a oferta de oxigênio; 
 Reverter a acidose respiratória aguda; C - Reduzir o desconforto 
respiratório; 
 Prevenir ou reverter atelectasias; 
 Reverter fadiga dos músculos respiratórios; 
 Permitir sedação, anestesia ou uso de bloqueadores 
neuromusculares; 
 Reduzir consumo de oxigênio sistêmico e miocárdico; 
 Reduzir pressão intracraniana; I - Estabilizar parede torácica; 
 
 
11. RECOMENDAÇÕES E INDICAÇÕES DO SUPORTE VENTILATÓRIO 
 
Importância da conceituação mais ampla de insuficiência respiratória 
(considerando a oxigenação tecidual) para que o paciente seja abordado 
amplamente. 
Na indicação, considerar a evolução das manifestações clínicas e da 
monitoração dos parâmetros fisiológicos. 
A ventilação mecânica deve ser precoce e essencialmente baseada nas 
 
22 
 
manifestações clínicas do paciente. 
Os parâmetros considerados de maior aplicabilidade e os indicadores da 
falência ventilatória são PaO2, PaCO2, P(A-a)O2 e PaO2/FIO2. 
Indicações da ventilação mecânica: IRpA já estabelecida, decorrente de 
alterações da função pulmonar: da mecânica ventilatória; da troca gasosa. 
Profilática: Consequente às condições clínicas que podem 
potencialmente levar à insuficiência respiratória. Exemplo: pós-operatório. 
Disfunção em outros órgãos e sistemas: Exemplo: choque, hipertensão 
intracraniana. 
 
 
12. MÉTODOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
Como métodos de ventilação mecânica devemos entender todo e 
qualquer método de suporte ventilatório capaz de prover, com o menor dano e 
custo possível, a melhor ventilação e oxigenação capazes de suprir a demanda 
do paciente. 
Os métodos de suporte ventilatório mais praticados na rotina assistencial 
e, por isso, considerados convencionais, são os seguintes: 
Ventilação com pressão positiva intermitente, assistida e/ou controlada, 
ciclada a volume ou pressão (IPPV); 
Ventilação a pressão controlada (PCV); 
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV); 
Ventilação com suporte pressórico (PSV); 
Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP); 
Associações: SIMV + PSV, PSV + CPAP, SIMV + CPAP. 
 
Assim, temos como técnicas essenciais de suporte ventilatório aquelas que 
têm demonstrado melhorar a condução das insuficiências respiratórias, 
principalmente na SARA, isto é, as técnicas de suporte ventilatório total ou 
parcial, com respiradores de pressão positiva ciclados a tempo, pressão, 
volume ou fluxo, PEEP, CPAP, SIMV, suas associações, PCV, VAPSV 
 
23 
 
(ventilação com suporte pressórico e volume garantido). 
Técnicas que ainda não se tornaram convencionais, mas tem seguidores 
e indicações, também devem ser consideradas como recursos de suporte 
ventilatório. Entre elas estão a hipercapnia permissiva, a relação I:E invertida, a 
ventilação com jatos de alta frequência e a ventilação com liberação de 
pressão em vias aéreas. 
 
13. CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO POSITIVA 
 
São classificados em quatro modalidades de acordo com o término da 
inspiração: 
 
Ciclados a Tempo 
 
A inspiração termina após um tempo inspiratório predeterminado. A 
quantidade de gás ofertada e a pressão das vias aéreas vão variar, a cada 
respiração, dependendo dasmodificações da mecânica pulmonar. São 
ventiladores também utilizados em domicílio. 
A ventilação a pressão controlada (PCV) é diferente neste modo, pois o 
fluxo desacelerado proporciona uma pressão constante durante a inspiração, 
reduzindo os riscos de barotrauma. Isso possibilita aumentar o tempo 
inspiratório, permitindo inverter a relação I:E. 
 
Ciclados a Pressão 
 
A inspiração cessa quando é alcançada a pressão máxima 
predeterminada. Os volumes oferecidos variarão de acordo com as mudanças 
da mecânica pulmonar. A ventilação-minuto não é garantida. 
 
Ciclados a Volume 
 
A inspiração termina após se completar um volume corrente 
 
24 
 
predeterminado. 
 
Ciclados a Fluxo 
 
A inspiração termina quando determinado fluxo é alcançado. A ventilação 
por pressão de suporte é um exemplo. Neste caso, uma pressão 
predeterminada em via aérea é aplicada ao paciente, o respirador cicla assim 
que o fluxo inspiratório diminui e alcança um percentual predeterminado de seu 
valor de pico (normalmente 25%). 
 
 
13.1. Ventilação ciclada a volume 
 
Ventilação Controlada 
 
Na ventilação controlada, o volume-minuto é completamente 
dependente da frequência e do volume corrente do respirador. Nenhum esforço 
respiratório do paciente irá contribuir para o volume-minuto. 
Entre suas indicações estão os pacientes que não conseguem realizar 
esforço respiratório (traumatismo raquimedular, depressão do SNC por drogas, 
bloqueio neuromuscular). A combinação de ventilação controlada e bloqueio 
neuromuscular possibilita a redução do consumo de oxigênio, sendo 
frequentemente empregada em pacientes com SARA. Adicionalmente, esta 
combinação, especialmente quando associada à hipercapnia permissiva, é 
utilizada para a redução do volutrauma em pacientes com SARA e, também, 
para a diminuição do barotrauma em asmáticos difíceis de ventilar. 
 
Ventilação Assisto-Controlada 
 
No modo assisto-controlado, o ventilador “percebe” o esforço inspiratório 
do paciente e “responde” oferecendo-lhe um volume corrente predeterminado. 
Esse esforço inspiratório deve ser o necessário para vencer o limiar de 
 
25 
 
sensibilidade da válvula de demanda do ventilador, desencadeando, a partir daí 
a liberação do volume corrente. Assim, o paciente “trabalha” para ciclar o 
respirador realizar a inspiração Na presença de auto-PEEP aumenta- se o 
trabalho respiratório proporcional à quantidade de auto-PEEP presente. Um 
modo controlado de back-up de freqüência é necessário para prevenir 
hipoventilação. 
 
Ventilação Mandatória Intermitente (IMV, SIMV) 
 
Na ventilação mandatória intermitente (IMV-SIMV), o grau de suporte 
ventilatório é determinado pela freqüência do IMV. A intervalos regulares, o 
respirador libera um volume previamente determinado. Fora destes ciclos, o 
paciente respira espontaneamente através do circuito do ventilador, portanto, 
com freqüência e volume corrente que variarão de acordo com a necessidade e 
capacidade individuais. A SIMV representa a sincronização com o movimento 
inspiratório; essa modificação, entretanto, cria a necessidade de uma 
modalidade de “disparo”, seja uma válvula de demanda ou um mecanismo de 
flow-by. Ambas as situações aumentam o trabalho respiratório. São vantagens 
do SIMV em relação à ventilação assisto-controlada: 
Melhor sincronismo com o ventilador; 
Menor necessidade de sedação; 
Menor tendência a alcalose respiratória; 
Menor pressão média de vias aéreas, com redução dos riscos de 
barotrauma e comprometimento hemodinâmico, especialmente na vigência de 
PEEP; 
Manutenção da resistência muscular possibilitada pela respiração 
espontânea. 
 
 
13.2. Ventilação ciclada a fluxo (pressão de suporte) 
 
Modalidade ciclada a fluxo, em que, uma vez disparada pela válvula de 
 
26 
 
demanda, uma pressão predeterminada é mantida até que caia o fluxo 
inspiratório do paciente, habitualmente 25% do seu valor máximo. Tende a ser 
muito confortável, uma vez que o paciente detém o controle sobre o ciclo 
respiratório. Pode ser adicionada ao suporte ventilatório total ou parcial (SIMV), 
vencendo a resistência do tubo e do circuito durante a respiração espontânea. 
A resistência ao tubo endotraqueal é função do diâmetro do tubo e do 
fluxo inspiratório. Valores superiores a 10 cmH2O podem ser necessários para 
vencer esta resistência, particularmente naqueles tubos de menor calibre (7 mm 
ou inferior) ou em pacientes com DPOC. Sua aplicação possibilita o aumento 
do volume corrente e a redução da frequência respiratória. 
O suporte ventilatório total exige altos valores de pressão de suporte (27 ± 
5 cmH2O). Valores baixos aumentam o risco de colabamento alveolar. A 
monitorização cuidadosa é necessária, uma vez que nem volume corrente ou 
minuto são garantidos por esta modalidade. A PSV pode ser mal tolerada em 
pacientes com alta resistência de vias aéreas. O seu uso em pacientes com 
DPOC não diminui a auto-PEEP, a qual, por aumentar o trabalho respiratório, 
pode inviabilizar o uso de PSV nestes pacientes. 
Assim como ocorre na ventilação A/C e SIMV, pode ocorrer assincronia 
durante o uso de PSV na modalidade total de assistência ventilatória. No 
momento, a PSV não constitui uma modalidade adequada para a abordagem da 
insuficiência respiratória aguda, entretanto, esforços têm sido feitos para 
contornar estes problemas, para que a PSV possa ser utilizada em maior escala 
no futuro (ventilação assistida proporcional e PSV com volume garantido). 
PEEP define-se como sendo a manutenção da pressão alveolar acima da 
pressão atmosférica ao final da expiração. 
 
13.3. Ventilação com relação inversa 
 
Na faixa etária pediátrica, os estudos prospectivos, randomizados e 
controlados não demostraram diminuição da morbidade e da mortalidade com 
o uso da relação inversa. 
Poderia ser utilizada nas condições caracterizadas por diminuição da 
 
27 
 
complacência (SARA), com hipoxemia refratária (SaO2 < 85%), apesar do uso 
de FIO2 > 0,8 e PEEP > 15 cmH2O. 
 
13.4. Hipercapnia permissiva 
 
Recomenda-se hipercapnia permissiva na obstrução grave das vias 
aéreas inferiores (asma, bronquiolite), não- responsivas ao modo convencional 
de ventilação. 
Recomenda-se nas doenças pulmonares com diminuição da 
complacência (SARA) que necessitam de PIP > 30 a 35 cmH2O e FIO2 > 0,6. 
É contraindicada nos pacientes com risco de hipertensão intracraniana, 
nas arritmias cardíacas graves e na hipertensão arterial grave. 
Os níveis aceitáveis do pH sanguíneo devem situar-se acima de 7,1. 
 
13.5. Indicações da Ventilação Mecânica 
 
Mudança do paradigma in extremis traduzida pela morte da maioria, 
para situação atual, na qual o suporte ventilatório constitui em importante e 
indispensável método para a recuperação do paciente grave sendo utilizado 
inclusive de forma preventiva. 
 
28 
13.6. Parâmetros auxiliares para indicação de ventilação mecânica 
 
 
 Este valor da FR não se aplica em pacientes pediátricos. 
 
13.7. Estratégia inicial de uso 
 
A modalidade inicial da ventilação mecânica deve ser preferencialmente 
assitido-controlada. Os parâmetros deverão ser ajustados inicialmente como 
protocolo a seguir: 
 
FiO2 : 100%. (Recomenda-se que no início do suporte ventilatório seja 
ofertado o valor máximo de concentração de oxigênio, que posteriormente deverá 
ser adequado de acordo com o quadro do paciente, reduzindo a FiO2 mais segura, 
em torno de 50% objetivando uma concentração de O2 suficiente para manter 
uma SpO2 > 90%.). 
 
Frequência respiratória:8 a 12irpm (o valor estabelecido após os primeiros 
momentos de suporte ventilatório deverá estar de acordo com parâmetros como a 
PaCO2 e pH desejados podendo variar e chegar a níveis de até 20 irpm. Porém 
deve-se tomar cuidados para com o desenvolvimento de auto-PEEP em altas 
freqüências). 
 
Volume corrente: 8 - 10ml / kg (valores baseados em 10ml/Kg geralmente29 
são satisfatórios, porém variações de acordo com determinados quadros são 
necessárias. Em SARA, por exemplo, não raro é necessário basearmos o volume 
corrente em 5ml/Kg e em quadros de pulmões mais estáveis poderemos chegar 
a volumes baseados em até 12ml/Kg. É prudente, além de calcular-se 
adequadamente o VC, evitando que a Pins ultrapasse 35cmH2O como padrão 
de segurança inicial). 
 
Fluxo inspiratório:40-60l/min ou manter a relação I/E desejada (Nos 
ciclos controlados, um fluxo entre 40 e 60l/min geralmente é suficiente, podendo 
chegar a níveis de até 90l/min. A relação I:E adequada (normal) é de 1:1,5 a 1:2 
com tempo inspiratório de 0,8 a 1,2 s. Em pacientes obstrutivos recomenda-se 
uma relação I:E 
< 1:3. Em quadros de hipoxemia grave podemos usar esta relação 
invertida. Recomenda-se 3:1). 
 
PEEP: 5 cmH2O (Iniciando a ventilação com PEEP em torno de 
5cmH2O, recomenda-se aumenta-la progressivamente objetivando manter uma 
SpO2 satisfatória (>90%). A monitorização hemodinâmica é recomendada após 
15cmH2O. 
 
Sensibilidade: 1 cmH2O (o consenso recomenda valores de 0,5 a 
2,0cmH2O. O valor estipulado aqui é um valor médio e seguro, porém pode ser 
ajustado de acordo com o quadro do paciente em questão. Existem 
ventiladores que oferecem variações de até 10cmH20 de sensibilidade de 
disparo.) 
Os ajustes posteriores dependerão das condições do paciente* 
 
 
14. MONITORIZAÇÃO DE PACIENTE SOB VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
Todos os pacientes necessitam de contínua monitorização da 
oxigenação/saturação, o que é possível através da oximetria de pulso. 
A gasometria arterial com a medida direta da PaO2 é o método-padrão de 
 
30 
avaliação da oxigenação sangüínea. Para sua melhor caracterização, o dado 
mais simples e rápido consiste na relação PaO2/ FIO2. 
O número de gasometrias necessárias depende das condições de 
cada paciente e das manipulações que forem feitas no respirador, não 
existindo qualquer rotina recomendada. Entretanto, opina-se que ao menos uma 
gasometria por dia deva ser realizada. 
Quando o paciente estiver sob FiO2 de 1,0, o cálculo de outros 
parâmetros, como P(A-a)O2 e fração shunt (Q’s/Q’t), pode ser útil na avaliação, 
não sendo, no entanto, recomendado como rotina. 
Na avaliação da ventilação alveolar, utiliza-se diretamente a PaCO2, 
obtida através da gasometria arterial, associada aos dados de volume corrente 
e freqüência respiratória (volume-minuto — VE). VE1 x (PaCO2)1 = VE2 x 
(PaCO2)2. 
A capnometria acoplada à capnografia é uma técnica bastante útil, 
devendo ser aplicada sempre que possível, especialmente em pacientes 
neurológicos ou com hipercapnia. Recomenda-se que se disponha de, ao 
menos, um capnógrafo por unidade de serviço. 
A obtenção dos dados de mecânica respiratória é extremamente útil; 
para tanto, é preciso ventilar em volume controlado, com fluxo constante (forma 
de onda quadrada) e com pausa inspiratória de pelo menos dois segundos. 
Assim, é possível a obtenção dos valores de complacência e resistência do 
sistema respiratório. Recomenda-se sua medida em todo paciente sob 
ventilação mecânica, desde que não se faça indispensável a sedação adicional 
apenas para este fim, no paciente estável, com perspectiva de descontinuação 
da ventilação. Nos casos em que a sedação adicional for imprescindível para 
estas medidas, a situação clínica e a experiência dos assistentes devem 
determinar a propriedade da sua realização, assim como a sua periodicidade 
É recomendada a medida da auto-PEEP, principalmente nos pacientes 
obstrutivos (resistência de vias aéreas elevada). 
Pela quantidade de informações obtidas com a análise das curvas de 
Pva, VT e VI’, sugere-se que se usem monitores gráficos acoplados aos 
ventiladores. 
Todo paciente sob VM deve ser submetido à radiografia de tórax 
 
31 
diariamente. 
 
Assim, a ficha de avaliação dos pacientes submetidos à VM deve conter 
os seguintes dados, quando uma gasometria for colhida, para podermos 
otimizar ao máximo a monitorização dos parâmetros respiratórios: 
 
FIO2; 
Frequência respiratória; 
Volume corrente; 
Modo ventilatório; 
Pico de pressão inspiratória; 
Pressão de platô; 
PEEP e auto-PEEP; 
Fluxo inspiratório; 
Hemoglobina; 
Gasometria; 
 
15. COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
A aplicação de suporte ventilatório mecânico requer alguns cuidados. 
Apesar dos benefícios, o mesmo não é isento de complicações, as quais, 
podem ser altamente lesivas ao indivíduo. 
A instituição de ventilação mecânica em qualquer paciente altera a 
mecânica pulmonar e a função respiratória, podendo, além de afetar outros 
órgãos, causar grande morbidade ou mortalidade. Os profissionais devem 
conhecer os aspectos anatômicos fundamentais das estruturas envolvidas, a 
fisiologia de tais estruturas e as alterações patológicas. 
Entre as principais complicações e intercorrências, destacam-se as 
seguintes: 
 
Diminuição do Débito Cardíaco 
 
A ventilação mecânica sob pressão positiva aumenta a pressão 
intratorácica média e, desta forma, reduz o retorno venoso e a pré-carga 
 
32 
ventricular direita, principalmente com a utilização da PEEP. A distensão 
pulmonar, pela ventilação mecânica, associada ou não à PEEP, também 
aumenta a resistência vascular pulmonar (RVP). Ressalte-se que ambos os 
efeitos diminuem o débito cardíaco, principalmente em pacientes 
hipovolêmicos. 
 
Alcalose Respiratória Aguda 
 
É uma das ocorrências mais comuns. Pode prejudicar a perfusão cerebral, 
predispor à arritmia cardíaca, além de ser razão frequente para insucesso do 
desmame. Comumente secundária à dispneia, dor ou agitação, a 
hiperventilação alveolar também pode resultar de uma regulagem inadequada 
do ventilador e ser corrigida por ajustes da frequência respiratória, do volume 
corrente, de acordo com as necessidades do paciente. 
 
Elevação da Pressão Intracraniana 
 
A ventilação com pressão positiva na presença de pressão intracraniana 
(PIC) elevada pode prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral, principalmente 
quando se utilizam altos níveis de PEEP, devido à diminuição do retorno 
venoso do território cerebral e o consequente aumento da PIC. 
 
Meteorismo (Distensão Gástrica Maciça) 
 
Pacientes sob ventilação mecânica, principalmente aqueles com baixa 
complacência pulmão-tórax, podem desenvolver distensão gasosa gástrica 
e/ou intestinal. Isto, presumivelmente, ocorre quando o vazamento do gás ao 
redor do tubo endotraqueal ultrapassa a resistência do esfíncter esofágico 
inferior. Este problema pode ser resolvido ou aliviado pela introdução de uma 
sonda nasogástrica ou ajustando-se à pressão do balonete. 
 
Pneumonia 
 
Uma epidemia de pneumonia nosocomial acompanhou o surgimento da 
 
33 
ventilação mecânica. Pneumonia nosocomial define-se por aquela que ocorre 
após 48 horas de hospitalização. Constatou-se que esta situação se deveu 
primariamente aos nebulizadores contaminados por flora polimicrobiana, e que 
os bacilos Gram- negativos eram geralmente os predominantes. O 
reconhecimento do problema, a implementação de rotinas de troca e cuidados 
com os circuitos e nebulizadores, além da adequada desinfecção de alto nível 
ou esterilização dos mesmos, diminuíram a incidência de tal complicação. 
A maioria dos ventiladores atuais de UTI utiliza umidificadores que não 
aerossolizam bactérias, ao contrário dos nebulizadores. Entretanto, os 
nebulizadores de pequeno volume, utilizados para a administração de 
broncodilatadores ou outras medicações, podem ser fontes de infecção quando 
não são manuseados, esterilizados ou trocados adequadamente. 
O condensado que se acumula no circuito expiratório é contaminado por 
microrganismos das vias respiratórias do paciente e, se não for manuseado 
adequadamente, pode servir como fonte de infecção nosocomial. Outra 
importante fonte de disseminação infecciosa, na unidade de terapia 
intensiva,são as mãos dos médicos, enfermeiras e outras pessoas da equipe 
de saúde; esta fonte pode ser bastante reduzida pelo hábito de lavar as mãos e 
pela utilização adequada de luvas. 
 
Podemos classificar as pneumonias associadas a VM em: 
Precoce (< 5 dias); 
Por germes comunitários; 
Por germes nosocomiais; 
Tardia (> 5 dias); 
 
Critérios mínimos para diagnóstico: 
Febre; 
Secreção purulenta; 
Leucocitose ou leucopenia; 
Infiltrado pulmonar novo ou progressivo ao RX de tórax; 
 
Métodos complementares de diagnóstico: 
RX de tórax; 
 
34 
Oximetria de pulso e hemogasimetria arterial; 
Hemocultura; 
Microbiologia do aspirado traqueal; 
Liquido pleural (se existir); 
 
Diagnóstico para exclusão de Pneumonia: 
Ausência de infiltrado pulmonar; 
Ausência de germes ou em nº insignificantes; 
Outra possibilidade diagnóstica que possa explicar a presença de 
infiltrado pulmonar; 
Alterações anatomopatológicas sem evidência de pneumonia; 
 
Atelectasia 
 
As causas de atelectasia relacionadas à ventilação mecânica estão 
associadas à intubação seletiva, presença de rolhas de secreção no tubo 
traqueal ou nas vias aéreas e hipoventilação alveolar. 
 
Barotrauma 
 
As situações como pneumotórax, pneumomediastino e enfisema 
subcutâneo traduzem a situação de ar extra- alveolar. A existência de pressões 
ou de volumes correntes muito elevados foi correlacionada ao barotrauma nos 
pacientes em ventilação mecânica. 
 
Fístula Broncopleural 
 
O escape broncopleural persistente de ar, ou fístula broncopleural (FBP), 
durante a ventilação mecânica, pode ser consequente à ruptura alveolar 
espontânea ou à laceração direta da pleura visceral. A colocação de um 
sistema de sucção conectado ao dreno de tórax aumenta o gradiente de 
pressão através do sistema e pode prolongar o vazamento, principalmente se o 
pulmão não se expandir completamente. 
É desconhecida a frequência de desenvolvimento de FBP como 
 
35 
complicação direta da ventilação mecânica. Um estudo demostrando a 
heterogeneidade do padrão de comprometimento pulmonar na síndrome da 
angústia respiratória do adulto (SARA) reforça a antiga noção de que o 
barotrauma pode ser mais uma manifestação da doença do que de seu 
tratamento, principalmente quando ocorre tardiamente na evolução da síndrome 
e quando existe sepse associada. 
 
Lesões de Pele e/ou Lábios (TOT, TNT e TQT) 
 
Estas ulcerações ocorrem devido ao modo de fixação do tubo, ao tipo de 
material utilizado (esparadrapos) e à falta de mobilização da cânula em 
intervalos de tempos regulares. 
 
Lesões Traqueais 
 
Estas lesões podem ser provocadas por fatores como a alta pressão do 
cuff ou o tracionamento dos TOT ou TQT. Pressões elevadas do balonete 
levam à diminuição de atividade do epitélio ciliado, isquemia, necrose até 
fístulas traqueais. 
 
16. SUPORTE VENTILATORIO NÃO INVASIVO 
 
 
Suporte ventilatório não-invasivo (SVNI) é caracterizado pela não 
existência de via aérea artificial (VAA) para realizar o suporte ventilatório. A 
ventilação é realizada através de máscaras faciais ou nasais, ou dispositivo 
semelhante, que funciona como interface paciente/ventilador, em substituição 
às próteses endotraqueais. Tem como principais objetivos fornecer adequada 
troca gasosa e reduzir o trabalho da respiração. 
A SVNI diminui a necessidade de intubação e suas complicações 
associadas, como infecções nosocomiais, e em situações específicas (por 
exemplo, DPOC agudizado) é capaz de reduzir a mortalidade. Assim, 
acreditamos que SVNI deva ser parte integrante da abordagem terapêutica inicial 
em pacientes com insuficiência respiratória aguda. 
 
36 
Suporte ventilatório não-invasivo inclui o uso de ventilação com pressão 
positiva (VPP), ventilação com pressão negativa (VPN), leito cinésico (rocking 
bed), cinta pneumática (Pneumobelt), marcapasso diafragmático (diaphragm 
pacing), respiração glossofaríngea e métodos não-invasivos usados na terapia de 
higiene brônquica. Considerando as características de abrangência deste 
consenso, abordaremos, exclusivamente, os tópicos relacionados à VPP. 
 
Aplicação na insuficiência respiratória aguda 
 
Hipercapnia; 
Agudização da DPOC; 
Asma; 
Doenças neuromusculares; 
Alterações da caixa torácica (traumas); 
Pós-extubação; 
Agudização da fibrose cística; 
Pacientes terminais que recusam a intubação; 
Hipoxêmia; 
Edema pulmonar cardiogênico; 
Lesão pulmonar aguda; 
Insuficiência respiratória pós-operatória; 
Insuficiência respiratória pós-broncoscopia; 
Desmame; 
Retirada precoce da prótese traqueal; 
Doenças neuromusculares; 
Distúrbios respiratórios do sono; 
 
37 
Aplicação na insuficiência respiratória crônica 
 
Doenças neuromusculares; 
Distúrbios respiratórios do sono; 
Alterações de caixa torácica; 
Pacientes em programa de transplante pulmonar; 
DPOC; 
 
Contraindicações 
 
Insuficiência Respiratória absoluta; 
Instabilidade hemodinâmica e arritmias; 
Angina instável; 
Necessidade de intubação para proteger vias aéreas. Alto risco de 
aspiração (por exemplo, pacientes suscetíveis a vômitos e que apresentarem 
importante distensão abdominal); 
Trauma de face; 
Pneumotórax não-tratado; 
Relativa; 
História recente de infarto do miocárdio; 
Paciente não-cooperativo; 
Pós-operatório do trato digestivo alto; 
Obesidade mórbida; 
Má adaptação a máscara; 
Necessidade de sedação; 
Necessidade de elevada FiO2; 
Considerar as seguintes condições: 
Fratura facial 
Limitação de movimentos nas articulações temporomandibulares 
Tubos nasogástricos; 
Pêlos faciais (barba e bigode); 
Escape aéreo; 
Inadequado pico de fluxo na tosse (< 3 L/s); 
 
38 
Distúrbios da deglutição; 
 
 
Complicações 
 
Necrose facial; 
Distensão abdominal (aerofagia); 
Aspiração do conteúdo gástrico; 
Hipoxemia transitória; 
Ressecamento nasal, oral e de conjuntiva; 
Barotrauma / Volutrauma; 
 
 
Estratégia inicial de uso 
 
Escolha de um ventilador que atenda às necessidades do paciente; 
Escolha da interface adequada; 
Explicar a técnica e suas vantagens ao paciente; 
Fixar manualmente a máscara quando do início do método, mantendo o 
ventilador em modo assistido; 
Ajustar pressão (habitualmente < 25 cmH2O de Ppico) e/ou volume 
corrente (habitualmente 8-10 ml/kg); 
 
Ajuste da PEEP: 
 
Menor PEEP que possibilite SatO2 > 92% e FIO2 < 60% (habitualmente 
< 10-15 cmH2O); 
DPOC 85% auto-PEEP (quando não disponível a medida da auto-PEEP 
usar PEEP de 5 a 8 cmH2O); 
PEEP mínima: 5 cmH2O; 
Fixar a máscara de forma confortável ao paciente, permitindo, se 
necessário, vazamentos que não comprometam a eficácia do modo utilizado. 
Ajustar alarmes (pressão inspiratória mínima e máxima, PEEP mínima, 
 
39 
mínimo volume corrente e mínimo volume-minuto); 
Reavaliação constante na primeira hora; 
Utilizar o maior tempo possível, principalmente nas primeiras 24 horas; 
 
 
 
PEEP (Pressão Positiva ao Final da Expiração) 
 
A pressão positiva ao final da expiração é definida como sendo a 
manutenção da pressão alveolar acima da pressão atmosférica, no final da 
expiração. Utilizam-se valores de PEEP variados, de 5 a 30cmH2O e praticamente 
pode ser utilizado em qualquer modalidade ventilatória. A PEEP mínima após 
intubação traqueal, ou PEEP fisiológica é de 5cmH2O e tem a função básica de 
impedir o colabamento alveolar. A seguir, a relação dos possíveis benefícios da 
PEEP em diferentes condições. 
 
 
 
 
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SARA) e Lesão Pulmonar 
Aguda (LPA): 
 
Melhora da oxigenação. 
Diminuição da lesão pulmonar causada pelo ventilador. 
 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 
 
Diminuição do trabalho ventilatório imposto pela PEEP intrínseca (Auto-
PEEP). Objetivo: diminuir o trabalho ventilatório imposto pela auto-PEEP 
Valor de PEEP: 85% da auto-PEEP 
 
 
 
 
40 
Asma 
Diminuição do trabalho ventilatório impostopela PEEP intrínseca. 
Diminuição da resistência das vias aéreas 
Diminuição do trabalho ventilatório imposto pelo ventilador Risco: piorar 
a hiperinsuflação pulmonar 
A ventilação mecânica na asma, na maioria das vezes, dár-se-á por 
curtos períodos, estando o paciente, parte destes períodos, sedado e até 
mesmo curarizado. Questionamos a validade de se tentar combater a auto-
PEEP para diminuir o trabalho ventilatório, sob o risco de hiperinsuflação. Não 
recomendamos a utilização de PEEP acima de 5 cmH2O (PEEP mínima após 
intubação traqueal). 
 
Edema Agudo de Pulmão Cardiogênico 
 
Diminuição do retorno venoso. 
Aumento da pressão intra-alveolar. 
Diminuição da pressão transmural do ventrículo esquerdo, favorecendo 
seu desempenho. 
 
Efeitos Indesejáveis 
 
Diminuição do retorno venoso, podendo comprometer o débito cardíaco, 
principalmente em situações de hipovolemia. 
Risco de hiperinsuflação em situações de ajustes inadequados da 
ventilação. 
Diminuição da força dos músculos inspiratórios. 
Obs.: A realização destas manobras deve ser feita com cuidado, sendo 
contra-indicadas as situações de hipertensão intracraniana, instabilidade 
hemodinâmica ou fístula broncopleural ativa. 
 
 
 
 
 
41 
PEEP na SARA 
Métodos para a escolha da PEEP: 
 
Obtenção de PaO2 > 60 mmHg com uma FIO2 < 0,6; 
Obtenção de shunt < 15%; 
Diminuição do espaço morto; 
Curva pressão x volume; 
Curva PEEP x complacência; 
Redução progressiva do valor da PEEP, após recrutamento máximo, 
avaliando-se a oximetria pulso. O Consenso recomenda a realização curva 
pressão x volume (avaliando-se a pressão de abertura pela relação PEEP x 
complacência). 
As curvas “P x V” e “PEEP x complacência” podem ser realizadas nas 
fases inspiratória ou expiratória. Provavelmente são mais fidedignas na parte 
expiratória, mas os dados de literatura ainda são insuficientes. 
Iniciar com PEEP = 10 cmH2O, incrementos de 2 cmH2O a cada 30 
minutos, baseando-se na SaO2 e na PaO2/ FIO2. 
Periodicidade das medidas: dependente da monitorização da PaO2/ 
FIO2 
 
 
17. DESMAME 
 
É o processo relacionado à retirada gradual do suporte ventilatório 
mecânico que era proporcionado ao paciente restabelecendo a sua ventilação 
espontânea. O conceito de transição gradual da ventilação mecânica para a 
espontânea está vinculado a técnicas ventilatórias que permitem ao paciente 
progressiva readaptação à ventilação espontânea em função da redução dos 
ciclos de ventilação assistida do ventilador artificial (p.ex. VCV – VCV/ A – SIMV 
– PSV – TT – máscara facial). Recentes estudos mostraram que, na maioria 
dos pacientes com recuperação do evento agudo que motivou a ventilação 
mecânica, o retorno gradual à ventilação espontânea é desnecessário e pode ser 
abreviado. Aproximadamente 60% a 70% dos pacientes criticamente enfermos e 
 
42 
ventilados artificialmente podem ser extubados após breve teste de duas horas de 
ventilação espontânea. 
O protocolo de desmame deve estar programado já no início da VM. 
Atentar para o treinamento muscular, principalmente diafragma, nutrição, 
correção da doença de base, hemodinâmica, estabilidade da relação oferta/ 
demanda ventilatória dentre outros parâmetros. 
 
 
 
 
 
18. REFERÊNCIAS 
 
Fisiologia Respiratória - 6ª Edição 2002 - West, John B Tratado 
de Fisiologia Médica de Guyton & Hall – 11a Edição 
 
Sarro KJ, Silvatti AP, Barros RML. Análise cinemática dos padrões de 
movimentação da caixa torácica de nadadores durante a respiração. 
UNICAMP/Faculdade de Educação Física/Laboratório de Instrumentação para 
Biomecânica; Campinas - SP. 2005. 
 
Chiappa GR, Vieira PJC, Roncada C. Avaliação da função muscular 
ventilatória. Profisio - Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória; ciclo 2; 
volume 3. 2016. 
 
Sarro KJ. Metodologia para análise da movimentação da caixa torácica 
durante a respiração. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - 
Faculdade de Educação Física; 85f. Universidade Estadual de Campinas, 
Campinas – SP. 2006. 
 
Romani JCP, Miara N, Carradore MJK. Clinical evaluation of the role of 
respiratory muscles in adults: a review of the literature. Cadernos da 
Escola de Saúde, Curitiba, 11: 1-19 ISSN 1984 – 7041. 
 
Silva ROE et al. Valores de referência e fatores relacionados à mobilidade 
torácica em crianças brasileiras. Revista paulista de pediatria; volume 30; 
nº 4. São Paulo. 2012. 
 
Kenyon CM et al. Rib cage mechanics during quiet breathing and exercise 
in humans. Journal of Applied Physiology, 1997. 
 
Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Veronez DAL. Abordagem Morfofuncional do Tórax. Universidade 
Federal do Paraná; 2013. 
 
43 
 
Thibodeau GA; Patton KT. Estrutura e Funções do Corpo Humano. 
11ed. São Paulo: Manole, 2002. 
 
Rodrigues JR, M; Bueno MAS; Hoelz C. Exacerbação da doença pulmonar 
obstrutiva crônica. In: KNOBEL, E. Terapia intensiva: pneumologia e 
fisioterapia respiratória. São Paulo: Atheneu, 2004. 
 
Sarro KJ. Proposição, validação e aplicação de um novo método para 
anáilise cinemática tridimensional da movimentação da caixa torácica 
durante a respiração. Sa75p; Campinas, SP: [s.n], 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
AVALIAÇÃO 
 
 
1) O parto é o momento mais esperado durante toda a gravidez. Nas 
últimas semanas a gestante poderá começar a sentir a “descida” da barriga. 
Marque a alternativa correta: Os primeiros sinais de início de trabalho de parto 
são: 
 
a) Contrações uterinas regulares 
b) Expulsão da placenta 
c) Dilatação da bolsa de aguas 
d) Dequitadura 
 
 
2) Complete as lacunas abaixo de acordo com o material estudado: Uma 
gravidez depois do termo é a que continua para além das__________. A 
_______________ é uma síndrome em que a ________ começa a deixar de 
funcionar normalmente numa gravidez pós-termo e põe o feto em perigo. Qual 
das alternativas abaixo corresponde de forma correta a sequência: 
 
a) 40 semanas; pós-maturidade e bolsa de aguas 
b) 32 semanas; linfodonos e bolsa de aguas 
c) 42 semanas; pós-maturidade e placenta 
d) 40 semanas; pré-maturidade e placenta 
 
 
3) Sobre a os cuidados contínuos da assistência de enfermagem ao 
recém nascido, no período inicial pós-parto, marque a alternativa correta: 
 
a) Realizar tricotomia, se necessário. 
 
b) Continuar protegendo contra acidentes ou infecção e identificando 
problemas atuais ou potenciais que possam requerer atenção. 
 
c) Manter a gestante em jejum. 
 
d) Identificar a parturiente com pulseira de identificação. 
 
 
 
4) Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento Conjunto é o sistema 
hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, 
permanece com a mãe, 24h por dia, num mesmo ambiente, até a alta 
hospitalar. Este sistema possibilita a prestação de todos os cuidados 
assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde de binômio mãe e 
filho. È correto afirmar que é objetivo do alojamento conjunto: 
 
a) Possibilitar o acompanhamento da amamentação, com rigidez de 
 
45 
horário, visando esclarecer às dúvidas da mãe e incentiva-la nos momentos 
de segurança. 
 
b) Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na observação de seu filho, 
visando esclarecer dúvidas. 
 
c) Diminuir o número de crianças acompanhadas por serviço de saúde. 
 
d) Aumentar a ansiedade da mãe (ou pais) frente às experiências 
vivenciadas. 
 
 
5) Sobre as mudanças fisiológicas da parturiente no Puerpério, é 
incorreto afirmar: 
 
a) O útero entra em um processo de regressão gradativo até voltar ao 
seu tamanho original. Nas primeiras 24 horas a redução deverá ser de 50%. 
Diminuição do Débito Cardíaco 
 
b) Secreção liberada pela mama nos primeiros dias de amamentação, 
chamada Colostro. Tem coloração amarelada, consistência grossa e rica em 
gordura. É a alimentação ideal do recém-nascido nos primeiros dias. 
 
c) O leite materno apresenta uma consistência mais fina, mais 
transparente.É o alimento ideal nos primeiros 6 meses. Possuem todos os 
nutrientes necessários, propriedades imunológicas e água. Além de 
proporcionar momento de interação entre mãe e filho. 
 
d) O volume de loquiação será menor nos primeiros dias, aumentando ao 
passar do tempo. A sua coloração também sofre alterações indo do vermelho 
até o esbranquiçado. 
 
 
6) Sobre as complicações pós-parto, é incorreto afirmar: 
 
a) A hemorragia puerperal é a perda superior a meio litro de sangue 
durante ou após dequitação, é a terceira causa mais comum de morte 
materna durante o parto, após as infecções e complicações da anestesia. As 
causas variam e a maioria delas é evitável, sendo delas o sangramento da 
área onde a placenta descola do útero, esse sangramento pode ocorrer 
quando o útero não contrai adequadamente por ter sido distendido 
excessivamente, pelo trabalho de parto prolongado ou anormal, pelas 
múltiplas gestações ou pela administração de um anestésico miorrelaxante 
durante o trabalho de parto. 
 
b) Lacerações do trato genital são a segunda maior causa de 
sangramento pós-parto. As lacerações baixas da parede vaginal e do períneo 
geralmente não sangram profusamente, mas aquelas que ocorrem no colo ou 
na porção superior do canal vaginal podem ser profundas e extensas a ponto 
de romper grandes vasos sanguíneos. 
 
46 
c) A infecção puerperal ou febre puerperal continua sendo uma das 
principais causas de mortalidade no puerpério. 
 
d) Causa menos freqüente de hemorragia pós-parto é a atonia uterina, 
ou comprometimento do tono muscular uterino.. 
 
 
7) É correto afirmar que a pré-eclâmpsia pode ser grave se houver: 
 
a) Pressão arterial diastólica igual ou menor que 110mmHg. 
 
b) Presença de menos 2,0 g de proteínas na urina de 24 horas. 
 
c) Sinais de falência cardíaca (falta de ar, cansaço, aumento do número 
de batimentos cardíacos). 
 
d) N.R.A 
 
 
8) È um fator de risco para mulher apresentar pré-eclâmpsia: 
 
a) História de familiares com pré-eclâmpsia ou eclampsia 
 
b) Terceira gravidez 
 
c) Não ter apresentado pré-eclâmpsia em gestação anterior 
 
d) N.R.A 
 
 
9) O quadro clinico de hiperemese gravídica é encontrado na paciente no 
curso de sua gestação, que apresenta náuseas e vômitos, muitas vezes 
levando a um comprometimento de seu estado nutricional. Acomete 60% a 
80% das gestantes no primeiro trimestre no período gestacional 
compreendido entre a 12-16 semanas. Sobre o tratamento para hiperemese 
gravídica, é incorreto afirmar: 
 
a) Avaliação clinica da paciente, hidratação, reposição de eletrólitos, 
complexos vitamínicos. 
 
b) Acompanhamento por Psicólogo. 
 
c) Acompanhamento por Nutricionista. 
 
d) Aumentar a ingesta de gorduras. 
 
 
10) A gravidez ectópica é qualquer gestação localizada fora da cavidade 
uterina. Pode ocorrer em tubas uterinas, abdome, ovário e outras localizações 
do útero. 
 
47 
Sobre os cuidados da enfermagem na gravidez ectópica, é incorreto afirmar: 
 
a) Apenas observar volume e aspecto de sangramento. 
b) Administração de medicamentos 
c) Observar, anotar e comunicar queixas álgicas. 
d) Aferir sinais vitais

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