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17/01/2021 Versão para impressão
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Rotinas de recrutamento, seleção e
desenvolvimento de pessoas
Constituição da República Federativa do
Brasil, artigo 7º dos direitos e garantias
fundamentais dos trabalhadores
A Constituição Federal é a lei fundamental e suprema de um Estado. Ela
contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes
públicos, à forma de governo e à aquisição do poder de governar, à distribuição de
competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.
Em seu artigo 7º, seu principal objetivo é a proteção dos direitos do
trabalhador, ou seja, discorre-se sobre os direitos fundamentais dos
trabalhadores urbanos, rurais e domésticos.
Na redação original da Constituição, havia uma desigualdade entre os
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais em relação aos trabalhadores
domésticos. A igualdade entre eles foi inserida, ainda que não totalmente, no ano
de 2013, pela Emenda Constitucional nº 72, após anos de luta dos trabalhadores
domésticos em busca de igualdade de direitos trabalhistas. Essa igualdade pode
ser observada pela leitura do parágrafo único do inciso XXXIV, que diz:
“igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso. § único são assegurados à categoria dos
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXX, XXXI e XXXIII [...]” Mas,
mesmo assim, ainda existem direitos trabalhistas não reconhecidos aos
domésticos.
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Dentre os direitos trabalhistas elencados no artigo 7º da Constituição
Federal, muitos fazem parte do dia a dia de todos nós, tais como:
Seguro-desemprego (II)
É um benefício que oferece auxílio em dinheiro por um período determinado.
Pode ser pago em três a cinco parcelas de forma contínua ou alternada.
Fundo de garantia do tempo de serviço (III)
FGTS é uma poupança aberta pela empresa em nome do trabalhador que
funciona como uma garantia para protegê-lo em caso de demissão sem justa
causa.
Salário mínimo (IV)
É a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a
todo trabalhador.
Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade
do trabalho (V)
Piso salarial é o mínimo previsto para uma categoria por meio das
convenções coletivas ou sentenças normativas;
Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo (VI)
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É proibida a redução do salário, mesmo por consenso do empregado. Ele
somente poderá reduzir o salário se renunciar a seus direitos quando estiver em
juízo do trabalho.
Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os
que percebem remuneração variável (VII)
Por exemplo: o empregado comissionista terá garantido pelo menos um
salário mínimo da categoria, ou seja, ao menos o salário base, caso ele não atinja
o determinado valor em comissão.
Remuneração do trabalho noturno superior à do
diurno (IX)
O trabalho noturno é considerado penoso comparado com o trabalho diurno.
O desgaste do trabalhador é muito maior, ainda que ele aprecie exercer sua
atividade durante esse período, por isso é pago um percentual a mais a esse
trabalhador.
Observe que alguns incisos deixaram de ter uma aplicabilidade prática com a
inserção de novos direitos, como ocorre com o inciso I: “a relação de emprego
protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, deverá prever indenização compensatória, dentre outros direitos”.
A indenização é um pagamento devido ao empregado despedido sem justa causa,
assegurado também nos casos de dispensa indireta.
Outros incisos previstos no artigo 7º dependem de leis ordinárias para que
passem a ter eficácia. Destaca-se, nesse caso,
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X – Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção
dolosa. Nesse caso, como não há no código penal brasileiro uma norma que
determine a ação de retenção de salário como crime, vigora a lei ordinária, que o
define como tal, pois segundo o artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal,
não há crime sem prévia definição legal.
XXVII – Proteção em face da automação, na forma da lei – A preocupação,
nesse caso, é de diminuir os impactos da progressiva automação das empresas
que podem reduzir o número de seus empregados em face de adoção de
máquinas e robôs que executam o mesmo trabalho de forma mais rápida e
econômica. Por exemplo: uma linha de produção tem 50 funcionários trabalhando
no processo ao mesmo tempo. Certo dia, o diretor resolve substituir esses
funcionários por um robô que faz o mesmo serviço. O que acontecerá? Todos eles
serão demitidos. Por causa dessas situações, foi criado esse dispositivo para
proteger os trabalhadores contra sua substituição por máquinas.
O artigo 7º mostra ainda vários direitos visando sempre à proteção do
trabalhador, conforme se passa a analisar.
XI – Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração
e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei
– A lei que regulamenta a participação nos lucros, ou resultados, é a lei de nº
10.101, de 19 de dezembro de 2000. Ela determina que a participação nos lucros
ou resultados deverá ser objeto de negociação entre a empresa e seus
empregados que, de comum acordo, deverão optar ou por uma comissão
escolhida por eles ou por convenção ou acordo coletivo.
 XII – Salário-família – Pago em função do dependente do trabalhador de
baixa renda nos termos da lei. Por exemplo: terá direito ao salário-família no ano
de 2016 o empregado que receber uma remuneração de até R$ 806,80. A cota
referente será de $41,37. A partir de R$ 806,81 até R$ 1.212,64, a cota a receber
será R$ 29,16. O empregado que receber acima de R$ 1.212,64 não tem direito a
esse benefício. 
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XX – Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei – Essas normas incorporam-se ao princípio da
igualdade (art. 5º da CF) e visam garantir que as mulheres tenham o mesmo
acesso e igualdade de oportunidade de trabalho que os homens, buscando afastar
toda e qualquer forma de discriminação em relação à mulher.
Dentre as normas que buscam resguardar o previsto nesse inciso destacam-
se a obrigatoriedade de concessão de intervalo de 15 minutos às mulheres antes
da prorrogação da jornada normal, a instalação nas empresas de "bebedouros,
lavatórios, aparelhos sanitários, cadeiras ou bancos em número suficiente, que
permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico" (artigos 384 e
389 da CLT), além de outros previstos nos artigos 390 a 400 da CLT.
XXI – Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo o período
mínimo de trinta dias, nos termos da lei – Está previsto nos artigos 487 a 491 da
CLT. Somente com o advento da lei 12.506 de 11 de outubro de 2011, o aviso
prévio passou a ser proporcional, prevendo assim:
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta)
dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma
empresa. 
 
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3
(três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo
de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Aviso prévio é direito indispensável, tendo por finalidade evitar surpresas das
partes diante do rompimento do contrato de trabalho por prazo indeterminado,
considerando-se consequência do princípio da continuidade da relação laboral.
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XXII – Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança – As empresas hoje são obrigadas a criar os Serviços
Especializados em Segurança e Medicinado Trabalho, que são regulamentados
pelas Normas Regulamentadoras, as NR, como, por exemplo, a CIPA – NR5 e o
programa de prevenção de riscos ambientais – NR 9.
XXIII – Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres
ou perigosas. Na forma da lei, a insalubridade refere-se a todas as atividades ou
operações que, por sua natureza, exponham empregados a agentes nocivos à
saúde. Nesse caso, é pago um adicional que deve ser calculado sobre o salário
mínimo da região, equivalendo-se por grau, como 40 % para insalubridade de grau
máximo; 20% grau médio e 10% grau mínimo.
As atividades periculosas são consideradas atividades ou operações
perigosas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado,
risco de morte. Esse empregado receberá um adicional de 30% incidente sobre o
salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação
nos lucros da empresa.
Porém, no tocante à atividade penosa, não há lei que a regulamente, sendo
que pode-se considerar penoso o que expõe a risco de dano físico ou similar à
saúde e integridade orgânica. As atividades penosas seriam, portanto, todas
aquelas que produzam uma das duas consequências, sem enquadrarem-se nas
situações específicas de insalubridade ou periculosidade (PINTO, José Augusto
Rodrigues ET all. Manual de Direito do Trabalho – Estudos em homenagem ao
Prof. Cássio Mesquita Barros. São Paulo: LTR, 1998 p. 465).
 XXIV – Aposentadoria – É o direito que tem o trabalhador de passar para a
inatividade após preencher os requisitos previstos em lei. Atualmente, pelo
Regime Geral da Previdência Social, tem direito a aposentar-se o homem com 35
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anos de trabalho e a mulher com 30. É a chamada aposentadoria por tempo de
contribuição. Além disso, existe a aposentadoria por idade. Nesse caso, o homem
aposenta-se com 65 anos e a mulher com 60, tendo que cumprir ainda o requisito
da carência de 180 contribuições ao sistema.
XXV – Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento
até cinco anos de idade em creches e pré-escolas – Trata-se aqui da obrigação
do empregador em fornecer creche ou valor correspondente em dinheiro. Os
artigos 389, § 1º e § 2º e 399 da CLT visam resguardar esse direito. Ressalta-se
que o direito previsto nesse inciso coaduna-se com a obrigação do Estado de
fornecer educação infantil a todas as crianças ( artigo 208, IV da CF).
XXVI – Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho –
O principal efeito desse inciso é o de dar peso jurídico às disposições contidas em
convenções e acordos coletivos de trabalho, vinculando os seus subscritores e
obrigando, reciprocamente, com peso de lei.
Convenções coletivas de trabalho são instrumentos destinados a regular as
relações de trabalho de toda uma categoria profissional. São uma espécie de
contrato coletivo. Com raríssimas exceções, as convenções coletivas são
exclusivas de sindicatos de empregadores e de empregados.
Acordo coletivo são instrumentos que não obrigam toda uma categoria, mas
se destinam a ter vigência exclusivamente entre as empresas ou grupos de
empresas que participaram da negociação.
XXVIII – Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa – Esse inciso tutela o direito do trabalhador ao seguro contra acidentes de
trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. A Previdência Social deverá atender
aos casos de doença, invalidez ou morte decorrente de acidente de trabalho, nos
termos do art. 201, I da CF.
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XXIX – Ação judicial, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1)
– O inciso trata dos prazos prescricionais, ou seja, dos prazos dentro dos quais o
trabalhador pode reclamar judicialmente o pagamento de alguma verba que
entenda devida e não paga.
XXX – Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil – Aqui
novamente se buscam maneiras de proteger e fomentar o Princípio da Igualdade
(artigo 5º da CF).
XXXI – Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios
de admissão do trabalhador portador de deficiência – A Lei n. 7.853, de 24.10.89
dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social.
Nesse sentido, também se destaca o §2º do artigo 5º da Lei 8.112/90 que, na
esfera federal, regulamenta o artigo 37, VIII da CF. Ele reserva percentual de vaga
de cargos públicos aos portadores de deficiência, especificando que a inscrição e
reserva se dará em relação às atribuições compatíveis com a deficiência.
XXXII – Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos – A finalidade do inciso é impedir
discriminações entre os diferentes tipos de trabalho. Além disso, visa impedir que
haja duplicidade de legislação trabalhista geral para cada tipo de trabalho, embora
não impeça que haja regulamentações especiais sobre detalhes que são
peculiares a cada profissão, pela sua natureza.
XXXIII – Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos – Por força da Emenda
Constitucional n.º 20, de 15/12/1998, a idade mínima para o menor poder trabalhar
passou dos quatorze para os dezesseis anos de idade.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1
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A CLT trata do trabalho do menor do artigo 402 ao 441 e considera menor o
trabalhador que tenha entre 14 e 18 anos de idade.
XXXIV – Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso – Aqui novamente temos um
dispositivo que visa resguardar o direito à igualdade, porém, tal norma está
condicionada à compatibilidade em decorrência da natureza do vinculo (se
contínuo ou não). Os avulsos são aqueles que trabalham para várias companhias
diferentes fazendo carga e descarga. Sendo mão-de-obra comumente utilizada em
portos, eles são vinculados apenas ao sindicato da classe. É o sindicato que
distribui a mão-de-obra para as companhias, arrecada os pagamentos e, no fim do
mês, faz a distribuição dos valores entre esses trabalhadores.
O artigo 7º da constituição Federal assegura os direitos dos trabalhadores,
conhecimento importante para a sua atuação como técnico em administrador e
assistente de Recursos Humanos. Caso não possua um exemplar, você poderá
baixá-la no site <www.planalto.gov.br (http://www.planalto.gov.br)>. Procure
manter-se atualizado para auxiliar a empresa em que trabalhará.
http://www.planalto.gov.br/

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