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Hellen Martins Exame periodontal Se eu quero identificar o grau de acometimento da gengivite, preciso fazer um exame, que é o Índice de Sangramento Gengival (pego a bolinha da Sonda OMS e vou passar na margem da gengiva e vou ver quantos % houve de sangramento e posso fazer o acompanhamento com o paciente). OBS: A nova classificação considera o paciente saudável até 10% de sangramento gengival. Se eu quiser saber se o paciente tem periodontite, posso fazer outro exame que é BSR (exame de diagnostico rápido, não permite um acompanhamento com o paciente, por que ele é um exame estilo “escaneamento” na boca, porém não vai dizer onde está o problema). Os exames periodontais vão servir tanto para diagnostico (para dizer que o paciente tem a doença) e como acompanhamento. Prognóstico - Previsão da duração, curso e término de uma doença e sua resposta ao tratamento. - Pode ser geral ou para dentes individuais (no caso de periodontite). - Estabelecido após o diagnóstico e antes do plano de tratamento - Existe três tipos: ▪ Prognostico bom: Tratamento simples o paciente vai colaborar. ▪ Prognostico ruim: Tratamento complexo, o paciente não está colaborando e está com problemas sistêmicos. ▪ Prognostico duvidoso: Não sei exatamente onde o paciente se encaixa. Isso é importante para planejar o tratamento. Plano de tratamento É uma sequência lógica de como vou tratar o meu paciente. Antes de iniciar o tratamento, preciso me fazer essas três perguntas: ▪ Deve ser tentado o tratamento? ▪ É provável que o tratamento tenha sucesso? ▪ Os dentes remanescentes suportam a carga reabilitadora? Se minha resposta for NÃO para as três perguntas, não vale a pena tentar o tratamento. Se a resposta for SIM a gente passa para a próxima etapa. Se a resposta foi SIM, então vou precisar avaliar também outras coisas. ▪ Fatores clínicos: Vou ver como os dentes estão. ▪ Fatores sistêmicos: Algumas doenças como diabetes, tabagismo. Vão influenciar no resultado do tratamento. Quanto mais fatores sistêmicos o paciente tiver, pior vai ser o resultado ▪ Fatores locais: Se o paciente tem xerostomia (baixa produção de saliva pelas glândulas salivares), trauma oclusal, calculo. ▪ Fatores restauradores: Capacidade ou não daquele paciente ser reabilitado. ▪ Eliminação dos fatores etiológicos: - Biofilme dentário; - Fatores retentivos; Hellen Martins - Fatores modificadores (alterações sistêmicas) Tratamento da Gengivite ▪ Resultados esperados: - Resolução completa da inflamação; - Ausência de sangramento; - Restabelecimento do contorno e da cor gengival; - Manutenção dos níveis de inserção do periodonto; - Permanência do dente na cavidade bucal; - Estética e oclusão aceitáveis. ▪ Plano de tratamento: 1. Avaliar a fase de urgência, tenho que avaliar se o paciente tem dor, se tiver tenho que tratar logo a dor. 2. Tratar a causa, que é a gengivite. Permitir que o paciente controle o biofilme. 3. Manter o tratamento feito. Exemplo de um plano de tratamento: ▪ Exame periodontal – ISG, PSR e PERIOGRAMA. ▪ Fase 1 – Tratamento supagengival. (Controle do biofilme supragengival). - Remoção de fatores retentivos de placa - Instrução de higiene oral (IHO) - Reavaliação (Após 14 diais) ▪ Fase 2 – Tratamento subgengival - Terapia periodontal básica ⃗ Raspagem, alisamento e polimento ⃗ Remoção de outros fatores retentivos de placa ⃗ Controle profissional e caseiro do biofilme ⃗ Antimicrobianos (não é tão comum) ⃗ Controle dos fatores sistêmicos ▪ Raspagem supragengival - Diminuição na quantidade de biofilme - Redução de espécies periodontopatogênicas - P. gingivalis, T. denticola, T. forsythia - Aumento de S. mitis, S. gordonii e A. viscosus - Melhora nos parâmetros clínicos de inflamação ▪ Resultado após raspagem supragengival - Após 7 dias ⃗ Ausência de sangramento marginal ⃗ Ausência de fatores retentivos de placa ⃗ Controle de placa adequado ▪ Por que a fase 1 e fase 2? - A fase 1 é mais para educar o paciente - Permitir o controle de placa pelo paciente - Diferenciar sangramento marginal do periodontal (Na fase 1 estou tratando a gengivite e na 2 a periodontite) - Verificar os resultados da higiene e do procedimento profissional - Um único episódio de raspagem supra e sub sem controle de placa não mantem a microbiota em níveis compatíveis com a saúde ▪ Polimento - A cureta pode arranhar o esmalte e polimento vai tirar isso Hellen Martins - Remoção de placa, película adquirida, manchas e ranhuras no esmalte - Métodos ⃗ Manual ⃗ Contra-ângulo e baixa rotação ⃗ Jato de bicarbonato ⃗ Tiras abrasivas ▪ Remoção de fatores retentivos de placa - Não é só calculo supra, remove também outras coisas que estão acumulando biofilme, por exemplo: Próteses mal adaptadas. - O cálculo é uns dos fatores retentivos da placa ▪ Tratamento da gengivite - Controle da placa supragengival ⃗ Fundamental para evitar nova formação de placa subgengival ⃗ A reinfecção do sulco gengival e da bolsa periodontal é menos frequente em pacientes com bom controle de placa supragengival.