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apostila Endocrinologia

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Endocrinologia Clínica
1
Endocrinologia Clínica
Professora Karen Bauab
Endocrinologia Clínica
2
Endocrinologia Clínica
3
Sumário
Introdução 4
Glândulas Endócrinas e Principais Distúrbios Endócrinos 4
Glândula Pineal 4
Hipotálamo 5
Hipófise ou glândula pituitária 6
Alterações na secreção de prolactina 8
Alterações da secreção de GH 9
Tireoide 10
Avaliação da função tireoidiana e doenças da tireoide 10
 Hipotireoidismo 11
Hipertireoidismo 12
Paratireoides 13
Metabolismo ósseo e doenças osteometabólicas 13
Papel do paratormônio e da calcitonina nos níveis de cálcio: 14
Hiperparatireoidismo 15
Hipoparatireoidismo 15
Osteoporose 15
Osteomalacia e raquitismo 16
Glândula Adrenal ou Suprarrenal 16
Distúrbios do córtex adrenal 18
Insuficiência adrenal 18
Síndrome de Cushing 18
Ilhotas de Langerhans (Pâncreas Endócrino) 20
Gônadas (Testículos e Ovários) 20
Anomalias reprodutivas masculinas 22
Hipogonadismo 22
Defeitos na ação androgênica 24
Disfunção erétil ou impotência 24
Ginecomastia 25
Distúrbios da reprodução feminina 26
Puberdade precoce 26
Menstruações irregulares e amenorreia 27
Referências 29
Sumário
Endocrinologia Clínica
4
Introdução
O sistema endócrino é responsável pelo equilíbrio e 
perfeito funcionamento do organismo. Esse sistema opera 
em longo prazo por meio de sinais químicos, executados 
por substâncias denominadas hormônios (do grego 
hormaein = excitar). Os órgãos e tecidos que segregam 
tais substâncias são conhecidos como glândulas endócrinas 
(do grego endo = dentro e krynos = secreção).
O hormônio é lançado pela glândula endócrina 
através da corrente sanguínea, onde circula em baixas 
concentrações. Chegando ao órgão-alvo, acopla-se a 
receptores de alta especificidade e afinidade localizados na 
superfície das células. Os hormônios nunca são secretados 
em uma velocidade constante e, dessa maneira, regulam 
diversas atividades fisiológicas, como a concentração 
hídrica, a disponibilidade de carboidratos para o trabalho 
celular, a absorção de minerais, a pressão arterial, o 
surgimento dos caracteres sexuais, a maturação das 
células reprodutivas, a estimulação do desenvolvimento 
(crescimento), a regulação do ciclo menstrual feminino, 
a secreção de leite nos mamíferos, a dilatação do canal 
vaginal e as contrações uterinas em virtude do parto, entre 
outras inúmeras funções. 
h t t p : / /www.e cb . epm .b r /~ ramo r t a ra / b ce l / j o e l / AULA%20
SINALIZA%C3%87%C3%83O%20P%C3%93S%202011.pdf
O sistema endócrino é composto por várias glândulas 
que se situam em diferentes pontos do nosso organismo. 
Em alguns casos, ao invés de seguir um sentido direto, 
o estímulo hormonal emitido por uma glândula (agente 
primário) regula a atividade metabólica de uma segunda 
glândula (receptor intermediário/agente secundário), 
para então prosseguir até a região do organismo onde irá 
estimular uma reação no tecido ou órgão correspondente 
(receptor terminal).
 
O funcionamento do sistema endócrino é regulado por 
mecanismo de feedback, ou retrocontrole. Chamamos de 
feedback negativo quando o hormônio secretado por uma 
glândula atinge uma concentração acima do necessário 
e isso tem como efeito a interrupção da secreção desse 
hormônio e a consequente suspensão do circuito de ação. 
Denominamos feedback positivo quando a concentração 
de um hormônio é baixa e há necessidade de a glândula 
secretá-lo para que uma determinada atividade fisiológica 
possa ser desenvolvida.
Glândulas Endócrinas e Principais Distúrbios 
Endócrinos
As principais glândulas endócrinas são: glândula pineal, 
hipotálamo, hipófise (ou glândula pituitária), tireoide, 
paratireoides, suprarrenais (ou adrenais), ovários, 
testículos e ilhotas de Langerhans (no pâncreas). Além 
dessas glândulas, a mucosa gástrica e a duodenal possuem 
células de função endócrina.
Glândula Pineal
A glândula pineal está localizada entre os hemisférios 
cerebrais. Ela secreta um hormônio chamado melatonina, 
que é sintetizado a partir do neurotransmissor serotonina. 
Os impulsos nervosos originados na retina atingem a 
pineal, que, em resposta a esse estímulo, diminui a 
secreção de melatonina. Dessa forma, a quantidade de luz 
regula a secreção, que atingirá sua concentração máxima 
durante o sono. Entende-se, portanto, que a melatonina 
regula o ritmo circadiano.
Esse hormônio também está envolvido no controle de 
eventos biológicos que ocorrem ciclicamente, como o ciclo 
reprodutivo feminino. O mecanismo de atividade da me-
latonina ainda é pouco conhecido, porém ela parece estar 
envolvida no controle do início da puberdade, inibindo o 
hipotálamo e impedindo a produção de GnRH (hormônio 
liberador de gonadotrofina). Estudos observaram que a di-
minuição ou ausência da produção de melatonina acarreta 
Endocrinologia Clínica
5
o aumento de LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio 
folículo-estimulante), ambos hormônios gonadotróficos 
produzidos pela hipófise, que determinam um quadro de 
puberdade precoce.
Hipotálamo
O hipotálamo está localizado, juntamente com a hipó-
fise, no interior do crânio, em uma depressão do osso es-
fenoide (sela túrcica), e é o principal elo integrador entre 
o sistema nervoso e o endócrino. Além de ser responsável 
pela regulação da liberação e inibição dos hormônios da 
hipófise, o hipotálamo também produz ocitocina e ADH 
(hormônio antidiurético), que ficam posteriormente esto-
cados no lobo posterior da hipófise (neuro-hipófise) até 
que o organismo necessite que sejam secretados.
Os hormônios produzidos no hipotálamo que agem na 
liberação ou inibição dos hormônios hipofisários são: 
a)	 Hormônio	liberador	de	tireotrofina	(TRH) – 
age interagindo com receptores localizados na membrana 
das células tireotróficas e lactotróficas hipofisárias, o que 
estimula a síntese e secreção do hormônio tireoestimu-
lante (TSH) e da prolactina (PRL). A regulação da síntese 
e secreção de TRH é influenciada por várias regiões do 
sistema nervoso central e pelos hormônios tireoidianos cir-
culantes.
b)	 Hormônio	 liberador	 de	 gonadotrofinas	
(GnRH) – age nas células hipofisárias regulando a sín-
tese e a secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) 
e do hormônio luteinizante (LH). A secreção do GnRH é 
estimulada pela noradrenalina e inibida pela dopamina e 
pela endorfina. Além do hipotálamo, a placenta também 
sintetiza o GnRH.
c)	 Hormônio	liberador	do	hormônio	do	cresci-
mento	(GHRH)	– interage com os receptores de mem-
brana das células da hipófise, resultando na síntese e li-
beração do hormônio do crescimento (GH). A liberação do 
GNRH é estimulada por endorfinas, glucagon e neuroten-
sina e inibida pela somatostatina endógena e pelo IGF-1 
(fator de crescimento semelhante à insulina).
d) Hormônio inibidor da liberação de hormônio 
do	crescimento	(GHRIH	ou	somatostatina)	– é um 
hormônio pan-inibidor, pois inibe a secreção de TSH. Atua 
no sistema nervoso, como neurotransmissor ou neuromo-
dulador, e no pâncreas, onde inibe a secreção de insulina 
ou glucagon. A somatostatina tem sua síntese e liberação 
estimulada pelo GH, pelo IGF-1 e pelo hormônio liberador 
de corticotrofina (CRH). A inibição da somatostatina é rea-
lizada pela acetilcolina, que induz a liberação de GHRH.
e)	 Hormônio	 liberador	 de	 prolactina	 (PRH)	 - 
atua nas células lactotróficas da hipófise estimulando a 
liberação de prolactina (PRL). 
f)	 Hormônio	inibidor	de	prolactina	(PIF/dopa-
mina) - atua nas células lactotróficas da hipófise inibindo 
a liberação de prolactina (PRL).
g)	 Hormônio	liberador	de	corticotrofina	(CRH) 
– age estimulando as células corticotróficas da hipófise a 
liberarem o hormônio adrenocorticotrófico(ACTH). O CRH 
é sintetizado em neurônios na eminência mediana do hi-
potálamo, na circulação porta-hipofisária. Estrogênios es-
timulam a secreção de CRH. A hipoglicemia é outro fator 
estimulante, pois o organismo reconhece-a como uma si-
tuação de estresse.
Os hormônios produzidos no hipotálamo que ficam ar-
mazenados na hipófise posterior (neuro-hipófise) para que 
esta os secrete quando necessário são:
a)	 Hormônio	 antidiurético	 (ADH)	 - a principal 
função do ADH é a manutenção da hemostasia hídrica, 
que permite ao rim reabsorver água e concentrar a urina. 
Outros estímulos para a liberação do ADH pela hipófise in-
cluem: dor, estresse mental, sono, exercício e agentes quí-
micos como catecolaminas, angiotensina, opiáceos, pros-
taglandinas, anestésicos, nicotina e barbituratos. Agentes 
como álcool, fenitoína e glicocorticoides inibem a liberação 
do ADH.
b) Ocitocina – esse hormônio estimula as contrações 
uterinas na hora do parto e a glândula mamária na 
lactação. A liberação é estimulada pela amamentação e 
Endocrinologia Clínica
6
pelo estiramento do útero. Estresse emocional inibe a 
lactação, provavelmente por inibir a liberação de ocitocina. 
Hipófise ou glândula pituitária
A hipófise é um pequeno órgão que pesa cerca de 0,5 
g e se localiza na sela túrcica do osso esfenoide. 
Ela liga-se por um pedúnculo ao hipotálamo na base 
do cérebro. A hipófise pode ser dividida em lobo anterior 
(denominado adeno-hipófise), lobo intermediário e lobo 
posterior (denominado neuro-hipófise).
http://dc239.4shared.com/doc/-r9OjrCM/preview.html
A adeno-hipófise secreta seis hormônios importantes:
a)	 Hormônio	 adrenocorticotrófico	 (ACTH)	 - é 
secretado após estimulação das células corticotróficas da 
hipófise pelo CRH. 
O ACTH estimula o córtex da glândula suprarrenal a 
produzir o hormônio cortisol (glicocorticoide). 
A secreção de ACTH é estimulada por serotonina, 
acetilcolina e endorfinas e responde aos estímulos 
estressantes, sejam físicos ou mentais, aumentando 
consequentemente a secreção de cortisol. 
http://dc96.4shared.com/doc/DzC1LbHy/preview.html
Tumor	hipofisário	secretor	de	ACTH	(corticotro-
pinoma	ou	doença	de	Cushing)
 A doença de Cushing refere-se especificamente à pre-
sença de um tumor na hipófise que, por lançar grandes 
quantidades de ACTH, estimula uma secreção excessiva 
de cortisol na glândula adrenal. O excesso de cortisol no 
organismo por um longo período causa um conjunto de 
alterações físicas e mentais denominado Síndrome de 
Cushing. A dosagem de ACTH determina se a origem da 
síndrome é hipofisária ou adrenal. Vamos estudar esse as-
sunto mais detalhadamente quando falarmos dos distúr-
bios da glândula adrenal.
b)	 Hormônio	tireoestimulante	(TSH)	-	estimula 
a glândula tireoide a secretar os hormônios tiroidianos (T3 
e T4). O aumento da concentração de T3 e T4 na circula-
ção sanguínea inibe a secreção de TSH pela hipófise, da 
mesma forma que a diminuição da concentração de T3 e 
T4 no sangue leva a um aumento do estímulo da secreção 
de TSH. Contudo, o hormônio T3 é o mais potente inibidor 
conhecido da síntese e secreção hipofisária de TSH (feed-
back negativo). A secreção de TSH é pulsátil e circadiana 
Endocrinologia Clínica
7
noturna e é estimulada pela noraepinefrina e inibida por 
dopamina, serotonina e endorfinas.
http://www.endocrinopediatria.com.br/Feed-back.htm
Tumor	hipofisário	secretor	de	TSH	(tireotropino-
ma)
O tumor hipofisário secretor do TSH causa hipertireoi-
dismo hipofisário. Laboratorialmente, as dosagens de TSH 
e T4L estão aumentadas.
c)	 Hormônios	gonadotróficos:	hormônio	lutei-
nizante	(LH)	e	hormônio	folículo-estimulante	(FSH) 
– a cada uma a três horas, o hipotálamo secreta pulsos de 
GnRH que duram vários minutos, o que causa liberação 
pulsátil de LH e FSH pela adeno-hipófise. A secreção das 
gonadotrofinas também é estimulada por noraepinefrina, 
acetilcolina e ácido gama-aminobutírico e inibida por sero-
tonina, dopamina e endorfinas. O estrógeno nas mulheres 
e a testosterona nos homens exercem feedback negativo 
ao nível hipofisário, bloqueando a ação do GnRH, e ao 
nível hipotalâmico, inibindo a secreção de GnRH.
O LH estimula as células intersticiais das gônadas 
masculinas e femininas a liberarem androgênios, portanto, 
no homem, é o primeiro estímulo para a produção de 
testosterona pelos testículos. O FSH estimula diretamente 
a espermatogênese. Na mulher, o pico de LH é o que 
desencadeia a ovulação. O LH também estimula as células 
foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona, e o 
FSH estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos 
e a produção de estrógeno pelas células foliculares. Um 
efeito importante do FSH é ampliar a sensibilidade ao LH, 
aumentando o número de receptores deste hormônio nas 
células da granulosa ovariana. 
Quando há fecundação, ocorre um decréscimo de LH 
durante a fase lútea. Os baixos níveis de LH devem ser 
substituídos por um hormônio placentário equivalente: 
a gonadotrofina coriônica humana (HCG). Sua principal 
função é manter a atividade do corpo lúteo do ovário 
durante a gravidez.
d)	 Prolactina	 (PRL) – a secreção de PRL é 
controlada essencialmente pelo hipotálamo, que inibe a 
secreção desse hormônio liberando o hormônio inibidor 
da prolactina (PRH), que é certamente a dopamina. A 
somatostatina também contribui para que haja essa 
inibição. A secreção da PRL estimulada pela noraepinefrina 
e pelas endorfinas é realizada em pulsos. Esses pulsos têm 
amplitude estendida durante o sono e o estresse, incluindo 
anestesia, cirurgia, hipoglicemia, medo e tensão emocional. 
A PRL tem papel no desenvolvimento das mamas antes 
Endocrinologia Clínica
8
e após a puberdade, em conjunto com estrogênios, 
progesterona, cortisol e hormônio do crescimento (GH).
Durante a gravidez, a PRL, juntamente com o 
estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo 
melhor desenvolvimento dos alvéolos das mamas. Depois 
do parto, ela, juntamente com a insulina e o cortisol, 
estimulam a síntese e secreção do leite materno. A 
PRL exerce também alguma influência na ausência de 
menstruação (amenorreia) durante o período de lactação. 
Nos homens, a função da PRL não é conhecida, porém, 
quando em excesso, causa danos na fertilidade e potencia 
sexual. 
Algumas semanas após o nascimento do bebê, os 
níveis de secreção de PRL voltam ao normal (“não 
grávido”) e são aumentados a cada vez que a mãe 
amamenta a criança. Nesse momento, por meio de 
fenômenos neuroendócrinos, há um “jorro” de PRL que 
estimula a “descida” do leite. 
Alterações	na	secreção	de	prolactina
O tumor secretor da prolactina é o mais frequente entre 
os tumores secretores da hipófise e é conhecido como 
prolactinoma. Além do prolactinoma, a hiperprolactinemia 
(excesso de PRL sérica) tem diversas outras causas, 
entre elas: insuficiência renal crônica, gravidez, estímulo 
nas mamas, trauma na parede do tórax, hipotireoidismo 
primário, síndrome da sela vazia, causas hipotalâmicas, 
alguns medicamentos (fenotiazinas, butirofenonas, 
metoclopramida, sulpirida, alfametildopa, reserpina, TRH, 
estrogênios, cimetidina e antidepressivos tricíclicos) e 
estresse. O excesso de PRL sérica é observado em 30% 
das mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Na maioria dos pacientes com hiperprolactinemia, 
a dosagem de gonadotrofinas basais é baixa. Estudos 
sugerem que a PRL inibe a secreção de GnRH, resultando 
em um quadro de hipogonadismo. O excesso de PRL causa 
distúrbios menstruais (amenorreia/oligorreia), galactorreia 
e infertilidade na mulher; no homem, causa perda da libido 
e potência sexual, oligospermia ou redução do volume do 
ejaculado, galactorreia com ou sem ginecomastia. 
e)	 Hormônio	do	crescimento	(GH) – é também 
denominado somatotrófico ou somatotropina. O GH 
exerce seus efeitos sobre todos ou quase todos os tecidos 
do corpo. Além disso, exercenumerosas ações sobre o 
metabolismo de proteínas (aumenta a síntese proteica 
em todas as células do organismo), de lipídeos (causa 
liberação de ácidos graxos do tecido adiposo e faz com 
que as gorduras sejam utilizadas para obtenção de 
energia em preferência aos carboidratos e proteínas) e de 
carboidratos (diminui o uso da glicose para obtenção de 
energia, acentua a deposição do glicogênio nas células, 
diminui a captação de glicose pelas células, gerando 
hiperglicemia, e aumenta a secreção de insulina pelo 
pâncreas). A síntese e a liberação do GH são estimuladas 
pela secreção do GHRH pelo hipotálamo, pela dopamina, 
pela noraepinefrina, pela serotonina e pelas endorfinas e 
são inibidas pela somatostatina (GHRIH).
Fatores que Afetam a Secreção de GH
Fatores estimuladores Fatores inibidores
Baixa concentração 
de glicose
Baixa concentração 
de ácidos graxos livres
Arginina
Jejum ou fome
Hormônios da 
puberdade
Exercício
Estresse
Estágios III e 
IV do sono
Agonistas alfa-
adrenérgicos
Alta concentração 
de glicose
Alta concentração de 
ácidos graxos livres
Obesidade
Senescência
Somatostatina
Hormônio do 
crescimento
Agonista beta-
adrenérgicos
Gravidez
O lobo intermediário da hipófise produz e secreta o 
hormônio melanotrófico, ou melanocortina (MSH), que 
estimula a pigmentação da pele (acelera a síntese natural 
de melanina) e a síntese de hormônios esteroides pelas 
glândulas adrenal e gonadais. Ainda interfere na regulação 
da temperatura corporal, no crescimento fetal, na secreção 
de prolactina, na proteção do miocárdio em caso de isquemia 
e na redução dos estoques de gordura corporal. No tocante 
Endocrinologia Clínica
9
à duração da proteção do registro, no caso do software, 
face à rapidez de sua obsolescência, a proteção sofre maior 
limitação temporal. A duração da tutela dos direitos relativos 
ao programa de computador é de 50 anos, contados a partir 
de 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação 
ou, na ausência desta, da sua criação, nos termos do artigo 
2º, § 2º, da Lei de Software.
Alterações	da	secreção	de	GH	
Alterações clinicamente importantes da secreção do 
GH são relativamente incomuns e de difícil diagnóstico. 
As concentrações de GH sofrem variação sob condições 
aleatórias e, portanto, não se deve usar uma única 
dosagem para distinguir o que representa ou não a secreção 
anormal. A dosagem de GH é bem mais esclarecedora 
quando usamos testes dinâmicos, que envolvem o uso 
de um estímulo ou supressão provocado farmacológica 
ou fisiologicamente. De forma oposta ao GH, uma única 
dosagem de IGF-1 é considerada suficiente pra uma 
avaliação acurada da sua produção. A concentração sérica 
de IGF-1 é influenciada por fatores como idade, grau 
de maturação sexual e estado nutricional e é baixa em 
pacientes com deficiência de GH, bem como na privação 
aguda ou crônica de proteínas ou calorias.
Os tumores secretores de GH podem causar acromegalia 
e gigantismo. A exposição prolongada ao excesso de GH 
causa um crescimento exagerado do esqueleto e partes 
moles, a acromegalia, mais frequente em adultos. Quando 
esse excesso ocorre antes que se complete o crescimento 
dos ossos longos, essa condição clínica é chamada de 
gigantismo, na qual, além do crescimento exagerado de 
ossos e tecido conjuntivo, há uma grande aceleração 
do crescimento linear. Em aproximadamente 10% dos 
pacientes com acromegalia, as dosagens de GH séricas estão 
dentro dos valores de referência, porém essencialmente 
todos esses pacientes têm uma resposta anormal na 
dosagem de GH com supressão com glicose. Esse exame 
é realizado pela manhã. Com o paciente em jejum de 8 
horas, administramos, por via oral, uma solução de 75 g de 
glicose anidra (dextrosol = 82,5 g, ou produto similar em 
dose correspondente) e fazemos coletas de sangue 30, 60, 
90 e 120 minutos após a ingestão, amostras nas quais será 
dosado o GH. A resposta esperada é que haja supressão 
do GH abaixo de 1,0 ng/mL (método imunométrico), ou 
abaixo de 2,0 ng/mL (se dosado por radioimunoensaio). 
Na acromegalia, não há a supressão adequada ou ocorre 
aumento paradoxal do GH. A dosagem IGF-1 apresenta-se 
elevada na acromegalia, e esse exame frequentemente se 
relaciona melhor com a gravidade clínica do problema do 
que a dosagem de GH basal ou com supressão com glicose.
A deficiência da secreção do GH atrasa o crescimento das 
crianças. Nos adultos, a carência desse hormônio manifesta-
se de forma bastante variável, com fraqueza e diminuição 
da massa muscular, aumento da gordura abdominal, 
osteopenia, dislipidemia e diminuição da sensação de bem-
estar, além de ser geralmente acompanhada de diminuição 
da produção de outros hormônios hipofisários, tais como 
TSH, LH, FSH e ACTH. A deficiência de GH pode ser congênita 
ou adquirida. As causas congênitas são menos comuns e 
podem ou não estar associadas a defeitos anatômicos. As 
causas adquiridas incluem tumores e doenças infiltrativas 
da região hipotálamo-hipofisária, tratamento cirúrgico de 
lesões hipofisárias, trauma, infecções e infarto hipofisário ou 
radioterapia craniana. A dosagem de IGF-1 é baixa quando 
há deficiência do GH, porém não indica necessariamente 
essa deficiência (pacientes com deficiência de crescimento 
causada por outras doenças endócrinas e não endócrinas 
também apresentam dosagem baixa de IGF-1). 
A dosagem da proteína ligadora tipo 3 do IGF (IGFBP-3) 
apresenta-se diminuída em 50% a 80% no déficit de GH e 
normal nas crianças com baixa estatura sem déficit de GH. 
Contudo, o IGFBP-3 está alterado em desnutrições, cirrose 
e diabetes mellitus, podendo resultar em valores baixos. 
Pacientes com deficiência de GH apresentam dosagens 
baixas de GH após testes de estímulos. Na tabela a 
seguir, estão apresentados diferentes testes disponíveis 
para avaliação da reserva de hormônio de crescimento, 
destacando-se as principais vantagens e desvantagens de 
cada um.
Teste Vantagens Desvantagens
Exercício
- estímulo fisiológico.
- não tem efeitos 
colaterais.
- baixo custo.
- baixa sensibilidade.
- pode não haver 
resposta em um grande 
número de normais.
Endocrinologia Clínica
10
Teste de 
estímulo com 
glucagon
- potente liberador de 
GH, fornecendo limites 
claros entre normais 
e deficientes de GH.
- pode provocar 
náuseas e vômitos.
Teste de 
tolerância à 
insulina (ITT)
- é um dos mais 
potentes estímulos para 
a secreção de GH.
- permite que o eixo 
corticotrófico seja avaliado 
ao mesmo tempo.
- é um procedimento 
de risco, requerendo a 
presença de um médico 
durante o teste.
- sintomas de 
hipoglicemia.
- há risco de crise 
convulsiva generalizada 
consequente à 
hipoglicemia, sendo 
contraindicado 
em indivíduos 
com antecedente 
de epilepsia.
Estímulo com 
L-DOPA
- nenhuma vantagem 
aparente.
- pode provocar 
náuseas e vômitos.
L-DOPA 
+propranolol
- ganho em sensibilidade 
com a adição do 
betabloqueador à L-DOPA.
- pode provocar 
náuseas e vômitos.
Estímulo com 
clonidina
- é potente estímulo para 
a liberação de GH .
- é um teste bem 
tolerado, apesar de 
seus efeitos colaterais.
- tem como principais 
efeitos colaterais 
hipotensão e 
sonolência, sendo estas 
dependentes da dose.
Estímulo com 
arginina
- teste simples, bem 
tolerado e que não sofre 
influência da idade.
- alguns indivíduos 
normais podem não 
apresentar elevação de 
GH (falso-positivo).
- teste demorado 
(infusão de 30 minutos).
- pode provocar 
náuseas e vômitos.
Estímulo 
com GHRH
- é o fator hipotalâmico 
específico liberador 
de GH.
- não é estímulo potente 
para a liberação de GH, 
gerando grande número 
de falsos- positivos, 
principalmente 
quando usado como 
estímulo isolado.
- pode ocorrer como 
efeito colateral rubor 
facial transitório.
GHRH 
piridostigmina
- a associação aumenta 
o poder do teste.
- há relato de dor 
abdominal pela 
piridostigmina, além 
de fasciculações 
musculares. Pode aindaocorrer o rubor facial 
causado pelo GHRH.
GHRH + 
arginina
- potencializa o estímulo 
exercido pelo GHRH pela 
inibição da somatostatina.
- é um excelente teste 
provocativo de secreção 
de GH em adultos.
- arginina pode 
provocar náuseas e 
vômitos, além do efeito 
colateral já citado 
provocado pelo GHRH.
GHRH + 
GHRP-6
- considerado o mais 
potente estímulo liberador 
de GH, sem efeitos 
colaterais para o paciente. 
O poder preditivo do teste 
é próximo de 100%.
- não é afetado por sexo, 
idade nem quantidade 
de tecido adiposo.
- é um excelente teste 
provocativo de secreção 
de GH em adultos.
- não há relato de efeito 
colateral com o GHRP-6. 
Permanece o rubor 
causado pelo GHRH.
http://www.fleury.com.br/medicos/medicina-e-saude/manuais/
manual-de-provas-funcionais/Pages/capitulo-1.aspx
Tireoide
A função da glândula tireoide é concentrar o iodo 
circulante para liberá-lo aos tecidos periféricos na forma de 
hormônios tireoidianos. Estes são liberados na circulação 
sistêmica em resposta ao TSH. Os principais hormônios 
secretados pela glândula tireoide são: tetraiodotironina 
(T4), triiodotironina (T3) e calcitonina. Embora a tireoide 
secrete principalmente o T4, as ações biológicas dos 
hormônios tireoidianos ocorrem pela ligação do T3 ao seu 
receptor nuclear. A tireoide é a única fonte de T4, enquanto 
que somente 20% do T3 é proveniente dela e 80% é 
originado na desiodação do T4 nos tecidos, principalmente 
no fígado. Além de originar o T3 ativo, o T4 também pode 
dar origem a uma forma de T3 inativo, o T3 reverso (rT3).
As principais funções dos hormônios T3 e T4 são: aumento 
do consumo de oxigênio e, portanto, da taxa metabólica; 
aumento da excreção de colesterol, causando a diminuição 
da colesterolemia; aumento da absorção de glicose com 
potencialização da ação da insulina; aumento da força de 
contração do coração e da frequência cardíaca, o que gera 
aumento do volume sistólico e do peristaltismo; manutenção 
proteica, pois o aumento de T3 leva ao predomínio do 
catabolismo nos músculos e nos ossos; e, por fim, estímulo 
da lipólise e da secreção de GH. A calcitonina regula a taxa 
de cálcio no sangue, inibindo sua remoção dos ossos, o que 
diminui a taxa plasmática de cálcio.
Avaliação	da	função	tireoidiana	e	doenças	da	ti-
reoide
Alguns medicamentos podem influenciar a função ti-
reoidiana. Dopamina e glicocorticoides diminuem a secre-
Endocrinologia Clínica
11
noensaio por quimioluminescência (CLIA), imunoensaio 
por fluorescência polarizada (FPIA), enzima imunoensaio 
(EIA), ensaio imunoabsorvente ligado a enzima (ELISA) e 
radioimunoensaio (RIA). 
Atualmente, devido aos inconvenientes do uso de ma-
terial radioativo, a grande maioria dos kits presentes no 
mercado utiliza imunoensaios com marcação não radioati-
va de antígenos ou anticorpos. A sensibilidade e especifici-
dade dos testes que avaliam a função tireoidiana melhora-
ram significativamente. Os ensaios de primeira geração do 
TSH permitiam apenas o diagnóstico de hipotireoidismo. 
Com a utilização dos ensaios de TSH de segunda geração 
(sensibilidade funcional de 0,1 a 0,2 mU/L) e de terceira 
geração (sensibilidade funcional de 0,01 a 0,02 mU/L), foi 
possível a detecção do hipertireoidismo, tornando a do-
sagem do TSH o teste mais útil na avaliação da função 
tireoidiana.
A pesquisa de T4 livre é muito mais empregada do que 
a de T3 livre. O T3 aparece com dosagem normal em 30% 
dos hipotiroideanos. A dosagem de T4L é a evolução da 
dosagem do T4 total, pois elimina o problema das varia-
ções dos níveis da globulina transportadora (TBG). Atual-
mente, os laboratórios utilizam métodos de imunoensaios 
(EIA, CIA, FPIA ou RIA), que estão disponíveis na forma 
de kits comerciais. 
A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune 
na qual o organismo produz anticorpos contra a glându-
la tireoide, o que provoca uma inflamação crônica, que 
pode acarretar o aumento do volume da glândula (bócio) 
e diminuir sua atividade (hipotireoidismo). É a causa mais 
comum de hipotireoidismo permanente em áreas sem de-
ficiência de ingestão de iodo (no Brasil, por exemplo, é 
lei que o sal de cozinha venha iodado, para que toda a 
população tenha ingestão de iodo). Embora exista uma 
variedade de anticorpos antitireoideanos, somente os an-
ticorpos antitireoglobulina (anti-Tg) e antitireoperoxidase 
(anti-TPO), antigo antimicrossomal, são comumente uti-
lizados para avaliação da função tireoidiana. A presença 
desses anticorpos em títulos significativos no soro de um 
paciente indica um processo autoimune. A pesquisa des-
ses anticorpos é fundamental para o diagnóstico da tireoi-
dite de Hashimoto.
ção de TSH. Lítio, fenilbutazona, sulfonilureias e aminoglu-
tetimina diminuem a secreção dos hormônios tireoidianos, 
enquanto amiodarona e iodetos podem tanto aumentar 
quanto diminuir a secreção de T3 e T4.
	Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é causado por qualquer alteração 
estrutural ou funcional que interfira na produção de níveis 
adequados dos hormônios tireoidianos. Ele pode ser 
dividido didaticamente em três grupos:
-	Primário: quando o problema está na tireoide.
-	Secundário: quando o problema esta na hipófise, ou 
seja, há deficiência no hormônio tireoestimulante (TSH).
-	 Terciário:	 quando há deficiência do hormônio 
liberador de tireotrofina (TRT), secretado pelo hipotálamo.
Os principais sintomas do hipotireoidismo são: fraqueza 
e cansaço, intolerância ao frio, intestino preso, ganho 
de peso, depressão, dor muscular e nas articulações, 
unhas finas e quebradiças, enfraquecimento do cabelo 
e palidez. Podem aparecer outros sintomas, geralmente 
de manifestação mais tardia: fala lenta; pele ressecada e 
espessada; inchaço das mãos, pés e face; diminuição do 
paladar e do olfato; rouquidão; e menstruação irregular.
Diagnóstico	laboratorial	do	hipotireoidismo
Pequenas alterações nas concentrações dos hormônios 
tireoidianos livres resultam em grandes alterações nas 
concentrações séricas de TSH, tornando este o melhor in-
dicador de alterações discretas da produção tireoidiana. 
Os métodos disponíveis para a pesquisa de TSH são: imu-
Endocrinologia Clínica
12
Hipertireoidismo
É importante distinguir entre hipertireoidismo e tireotoxicose. Embora sejam usados como sinônimos, possuem 
significados diferentes. Hipertireoidismo refere-se a uma tireoide hiperativa, enquanto tireotoxicose refere-se a 
uma síndrome causada por excesso de hormônios tireoidianos.Os pacientes com hipertireoidismo usualmente têm 
tireotoxicose, mas aqueles com tireotoxicose nem sempre apresentam hipertireoidismo. Por exemplo, em pacientes 
com tireoidite, a glândula não está hiperativa; ao contrário, está liberando hormônios tireoidianos na circulação em 
consequência da inflamação destrutiva. No caso da tireoidite de Hashimoto, pode ocorrer tireotoxicose moderada, 
principalmente na fase inicial da doença. Após o período tireotóxico, que pode perdurar por meses, cerca de 40% 
evoluem para hipotireoidismo, mas alguns podem retornar à condição de eutireoidismo (estado normal da tireoide).
Os principais sintomas apresentados por pacientes com hipertireoidismo são: perda de peso com grande apetite, 
intolerância ao calor, taquicardia, palpitações, nervosismo, tremores, hiperdefecação, aumento do volume da glândula 
tireoide (bócio), fraqueza muscular, labilidade emocional e exoftalmia (saliência exagerada do globo ocular). A doença 
de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo (75% dos casos) e é de origem autoimune. Nessa doença, o 
organismo produz anticorpos contra os sítios receptores normais de TSH (TRAb), que agem aumentando a síntese de 
AMP cíclico e, por consequência, a secreção de T3 e T4. Pacientes com doença de Graves e outras doenças autoimunes 
podem ocasionalmente apresentar anticorpos antitireoglobulina em títulos baixos.
Diagnóstico	do	hipertireoidismo
http://cardiopapers.com.br/tag/guia-de-bolso-de-clinica-medica/No teste de captação de iodo radioativo, o paciente toma uma cápsula ou líquido contendo iodo radioativo (I131) e, 
após 6 horas e 24 horas dessa ingestão oral, a quantidade de radioatividade na glândula tireoide é medida por exames 
de imagem.
Endocrinologia Clínica
13
Curiosidade
No teste do pezinho, exame realizado no bebê logo 
após o parto, são dosados o TSH e o T4 neonatal. 
Essa dosagem é de extrema importância, pois, como 
os hormônios tireoidianos influenciam fortemente 
o crescimento e o desenvolvimento, a falta deles 
pode levar o prejuízo no crescimento da criança e 
a um retardo mental, que será tanto maior quanto 
mais tempo essa falta de hormônios persistir.
Outros testes que podem ser utilizados na avaliação da 
função tireoidiana:
-	Dosagem	de	TBG: Pode ser útil na confirmação de 
casos de deficiência congênita da TBG, que ocorre em 1 a 
cada 9.000 nascidos vivos.
-	 Dosagem	 de	 T3	 reverso	 (rT3):	 Indicada em 
pacientes com doença grave sistêmica, em que o T3 e T4 
estão diminuídos e o rT3 está aumentado.
-	 Dosagem	 de	 anticorpo	 antirreceptor	 de	 TSH	
(TRAb): útil no diagnóstico e acompanhamento da 
doença de Graves.
-	Calcitonina: Muito útil para diagnóstico de tumores 
medulares da tireoide.
Paratireoides
São quatro glândulas muito pequenas que se localizam 
na face posterior da tireoide. O hormônio das paratireoides 
é o paratormônio (PTH). Seu papel fisiológico é regular o 
nível de íons cálcio e fosfato no plasma sanguíneo. Além de 
exercer essa função, o PTH regula, nos rins, uma enorme 
gama de funções na célula epitelial, incluindo a ativação 
de uma enzima envolvida na síntese de calcitriol (forma 
ativa da vitamina D encontrada no corpo), a expressão de 
receptores de vitamina D e o transporte iônico de cálcio, 
fosfato e outros íons.
O PTH regula a taxa de cálcio, estimulando a remoção 
do mineral da matriz óssea (o qual passa para o plasma 
sanguíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intes-
tino e sua reabsorção pelos túbulos renais, aumentando a 
concentração no plasma. 
http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/apost-fisiol-parte6.pdf
Metabolismo ósseo e doenças osteometabólicas
Além da função mecânica, o tecido ósseo tem função 
metabólica, pois representa a maior fonte de sais minerais 
e participa ativamente do equilíbrio eletrolítico do organis-
mo como um todo. Depois que o osso atinge seu tamanho 
e forma adultos, o tecido ósseo antigo é constantemente 
destruído, e um novo é formado em seu lugar. Esse pro-
cesso é chamado de remodelação óssea e possibilita que 
os tecidos que já estão gastos ou que tenham sofrido le-
sões sejam substituídos por outros novos e sadios, como 
também permite que o osso sirva como reserva de cálcio 
para o corpo.
A remodelação óssea acontece com base em dois pro-
cessos antagônicos, mas acoplados: a formação e a reab-
sorção óssea. A conexão desses dois processos é mantida 
Endocrinologia Clínica
14
em longo prazo por um complexo sistema de controle. 
Condições como idade, doenças osteometabólicas, ação 
de algumas drogas, entre outras, podem alterar o equilí-
brio entre formação e reabsorção, acarretando o predomí-
nio de um sobre o outro, com consequências metabólicas 
(hiper ou hipocalcemia) e/ou mecânicas (osteoporose). A 
remodelação óssea obedece a estímulos físicos e hormo-
nais. Dentre os controles sistêmicos, o paratormônio e a 
vitamina D são os maiores responsáveis pela manutenção 
de níveis séricos estáveis de cálcio, condição indispensável 
para que inúmeras funções orgânicas sejam cumpridas.
Os hormônios responsáveis pela atividade óssea são: 
o hormônio de crescimento (GH), que é secretado pela 
hipófise e responsável pelo crescimento dos ossos; a 
calcitonina, que é produzida pela tireoide, inibe a atividade 
osteoclástica e acelera a absorção de cálcio pelos ossos; o 
paratormônio, sintetizado pelas paratireoides, que aumenta 
a atividade e o número de osteoclastos, elevando a taxa 
de cálcio na corrente sanguínea; e os hormônios sexuais, 
que ajudam na atividade osteoblástica promovendo o 
crescimento de novo tecido ósseo.
Lembrete:
Osteoclastos e osteoblastos são células do tecido 
ósseo envolvidas no processo de remodelação. Os 
osteoclatos tem como função básica a reabsorção 
óssea. Os osteoblastos tem como função principal 
a formação do tecido ósseo e possuem receptores 
para estrogênios, progesterona, glicocorticoides, 
testosterona e vitamina D3. Os osteócitos são células 
derivadas do osteoblasto e as mais abundantes do 
tecido ósseo. São responsáveis pela manutenção do 
tecido ósseo vivo, detectando as alterações físicas 
e químicas nele e recrutando os osteoblastos e 
osteoclastos para as funções de síntese e reabsorção.
Papel	do	paratormônio	e	da	calcitonina	nos	níveis	de	cálcio:
http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino1.asp
Endocrinologia Clínica
15
Agora que já vimos um pouco sobre metabolismo 
ósseo, vamos falar das doenças osteometabólicas. 
Hiperparatireoidismo
O hiperparatireoidismo é a hiperfunção de uma ou 
várias das glândulas paratireoides, o que acarreta o au-
mento de secreção do paratormônio (PTH). O hiperparati-
reoidismo pode ser primário, quando essa hipersecreção é 
causada por um defeito na própria glândula paratireoide, 
ou secundário, quando ocorre em decorrência de algum 
distúrbio metabólico (a insuficiência renal crônica é a mais 
frequente causa de hiperparatireoidismo secundário).
O diagnóstico laboratorial do hiperparatireoidismo ba-
seia-se na elevação do cálcio no soro e na elevação do 
hormônio da paratireoide (PTH).
A dosagem de PTH já foi difícil e com inúmeros pro-
blemas metodológicos. Atualmente, com a disponibilidade 
dos ensaios imunométricos, as metodologias foram bas-
tante simplificadas e consegue-se uma uniformidade de 
resultados considerável. O uso dessas novas metodologias 
com alto grau de sensibilidade propiciou um grande avan-
ço no diagnóstico diferencial das hipercalcemias.
A dosagem de PTH sérico requer um cuidado especial 
nas condições de coleta. O PTH é um peptídeo de meia-
-vida biológica bastante curta e extremamente frágil. A 
amostra de sangue deve ser refrigerada logo após a co-
leta, e centrifugação, separação do soro e congelamento 
devem ser rápidos. Caso essas condições não sejam se-
guidas, dosagens falsamente baixas desse hormônio po-
dem ser observadas, com consequências importantes para 
o paciente.
Hipoparatireoidismo
O hipoparatireoidismo é a diminuição da liberação de 
PTH pelas paratireoides, o que leva a hipocalcemia (dimi-
nuição do cálcio no sangue). A causa mais frequente do 
hipoparatireoidismo é o trauma cirúrgico, em cirurgias de 
tireoide e paratireoide e de neoplasias de cabeça e pes-
coço, podendo ser, nesses casos, transitório ou definitivo.
A concentração de cálcio no sangue pode estar anor-
malmente baixa sem produzir qualquer sintoma. Com o 
passar do tempo, a hipocalcemia pode afetar o cérebro, 
provocando sintomas como confusão, perda da memória, 
delírio, depressão e alucinações. As manifestações clíni-
cas da hipocalcemia são relacionadas a um aumento da 
excitabilidade neuromuscular. A intensidade dos sintomas 
varia, dependendo do grau de hipocalcemia. A manifesta-
ção clínica característica da hipocalcemia aguda é a crise 
de tetania (rigidez e espasmos musculares).
O tratamento de manutenção consiste na correção da 
calcemia pela administração de cálcio e vitamina D (pro-
move a absorção do cálcio).
Os achados laboratoriais típicos no paciente com hi-
poparatireoidismo são PTH baixo ou indetectável, baixa 
concentração de cálcio no sangue e fósforo aumentado.
O aumento ou a diminuição de magnésio no sangue 
(hipermagnesemia e hipomagnesemia) podem induzir hi-
poparatireoidismo funcional, caracterizado por diminuição 
da secreção e por resistência tecidual à ação do PTH, que 
se resolve com a correção dos níveis de magnésio.
OsteoporoseNa osteoporose, a reabsorção óssea ocorre em maior 
medida do que a formação. Por consequência, há uma 
perda líquida de osso e um risco que acompanha o aumen-
to de fraturas, resultando em deformidade e dor crônica. 
As áreas mais suscetíveis a fratura são quadril, coluna e 
punho.
É mundialmente considerada um dos principais proble-
mas de saúde pública, devido a repercussões individuais 
(mortalidade, morbidade, incapacidade funcional) e so-
ciais (diminuição da força de trabalho, aumento do risco 
de institucionalização, ônus econômico).
Endocrinologia Clínica
16
A osteoporose não provoca sintomas por anos, até sur-
girem as fraturas. A maioria das dores crônicas típicas do 
problema resulta das fraturas, que podem se desenvolver 
após trauma mínimo ou inaparente e até na ausência de 
trauma. As principais causas de osteoporose são: falha 
do desenvolvimento de massa óssea adequada durante o 
crescimento (em consequência de dieta pobre ou exer-
cícios inadequados), deficiência de estrógeno ou testos-
terona, síndrome de Cushing, hipertireoidismo, hiperpa-
ratireoidismo, imobilização ou perda excessiva de peso, 
mieloma múltiplo, defeitos hereditários para a síntese de 
colágeno, mastocitose sistêmica, terapia com heparina, ar-
trite reumatoide.
O diagnóstico de osteoporose é realizado por meio de 
um exame de imagem, chamado densitometria óssea. 
Exames de laboratório que pesquisam marcadores bio-
químicos de formação (N-telopeptídeo, desoxipiridinolina 
ou C-telopeptídeo) e reabsorção óssea (fosfatase alcalina 
óssea e osteocalcina sérica) são utilizados para monitorar 
o tratamento dos pacientes, mas não para fazer o diag-
nóstico. 
Osteomalacia e raquitismo
A osteomalacia e o raquitismo são causados por uma 
mineralização defeituosa durante a formação óssea, com-
prometendo a estabilidade óssea, com consequente en-
curvamento. Uma mineralização óssea defeituosa produz 
o raquitismo nas crianças e a osteomalacia nos adultos, 
ambos geralmente causados por deficiência de vitamina D 
ou pela depleção de fosfato. 
O raquitismo pode ser classificado em hipocalcêmico 
ou hipofosfatêmico, apresentando características clínicas 
e laboratoriais distintas. No entanto, em ambos há hipo-
fosfatemia. As causas mais comuns de raquitismo hipo-
calcêmico são deficiência de vitamina D ou resistência à 
sua ação. Raquitismo hipofosfatêmico é mais comumente 
causado por perda renal de fosfato.
O raquitismo pode apresentar-se como baixa estatura 
e/ou diminuição da velocidade de crescimento e tem como 
característica a presença de deformidades esqueléticas 
que mais comumente atingem as partes do esqueleto com 
crescimento mais rápido: antebraço distal, joelhos e jun-
ções costocondrais. 
A osteomalacia pode ser assintomática ou apresentar 
sintomas inespecíficos, como dor óssea difusa (maior na 
coluna lombar, na pelve e nas extremidades inferiores) e 
fraqueza muscular. 
No diagnóstico, em geral algum dos seguintes exames 
laboratoriais encontra-se alterado, dependendo da causa 
da doença: dosagem sérica de cálcio, fósforo, PTH, 25-hi-
droxivitamina D e fosfatase alcalina e excreção urinária de 
fósforo e cálcio. 
Os níveis séricos de PTH tendem a estar elevados no 
raquitismo hipocalcêmico e normais no raquitismo hipofos-
fatêmico. Dosagens bioquímicas como fosfatase alcalina 
sérica (que geralmente apresentarão resultados muito aci-
ma do esperado para a idade) e dosagem de cálcio (nor-
mal no raquitismo hipofosfatêmico e baixo ou próximo ao 
limite inferior do normal no raquitismo hipocalcêmico) são 
úteis no acompanhamento da atividade da doença.
Glândula Adrenal ou Suprarrenal
As suprarrenais são constituídas por uma camada de-
nominada cortical ou córtex da suprarrenal (ou córtex 
adrenal) e outra denominada camada medular ou medula 
da suprarrenal (ou medula adrenal).
As principais secreções do córtex adrenal são: 
a)	 Glicocorticoides	(principal:	cortisol)	- estimu-
lam a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao 
mesmo tempo em que diminuem a captação de glicose pe-
las células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. 
Essas ações elevam a concentração de glicose no sangue, 
a taxa metabólica e a geração de calor. Os glicocorticoi-
des também diminuem a migração de glóbulos brancos 
para os locais inflamados, determinando menor liberação 
de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região; 
consequentemente, há diminuição da reação inflamatória.
Endocrinologia Clínica
17
b)	 Mineralocorticoides	(aldosterona) - aumentam a reabsorção de água e de íons sódio e cloreto nos túbulos 
renais, aumentando a pressão arterial.
c)	 Andrógenos	- desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários masculinos.
 A regulação principal da secreção adrenocortical é exercida pela hipófise por intermédio do ACTH. Contudo, a 
secreção de mineralocorticoides está sujeita também a regulação independente por intermédio de outras substâncias, 
das quais a mais importante é a angiotensina II. Esta é um octapeptídeo formado na corrente sanguínea pela ação 
da renina (enzima secretada pelo rim). A noradrenalina acelera os batimentos cardíacos (taquicardia) e atua na 
manutenção da pressão sanguínea. A adrenalina produz contração dos vasos sanguíneos, aumento da pressão arterial 
e da frequência cardíaca, maior concentração de sangue nos músculos e outros órgãos, deixando o organismo pronto 
a reagir em situações de susto, fortes emoções, raiva, medo ou fuga.
Síntese	de	hormônios	esteroides	(esteroidogênese	adrenal)
tp://adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=10
Endocrinologia Clínica
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Distúrbios do córtex adrenal
Insuficiência	adrenal
A insuficiência adrenal (IA) pode ser dividida em insuficiência adrenal primária (ou doença de Addison), que é ca-
racterizada por baixa produção de cortisol e altas concentrações de ACTH, e insuficiência adrenal secundária, que é 
caracterizada por baixa produção de cortisol e de ACTH e tem como causa doenças que comprometem o eixo hipotála-
mo hipofisário. A falência da produção de cortisol e aldosterona é observada na insuficiência adrenal primária, porém, 
na secundária, a deficiência é apenas de cortisol, pois, com as adrenais preservadas, há a manutenção da secreção de 
aldosterona, que é regulada primariamente pelo sistema reninangiotensina. Uma resposta abaixo do normal de cortisol 
na dosagem de cortisol com estimulação com ACTH sustenta o diagnóstico de IA primária; uma resposta normal quer 
dizer que a adrenal é capaz de liberar o cortisol normalmente.
Causas de insuficiência adrenal primária Causas de insuficiência adrenal secundária
Idiopática (65% dos casos)
Tuberculose (20% dos casos)
 Infecção por fungos 
Hemorragia adrenal
Metástases
Sarcoidose
Amiloidose
drenoleucodistrofia
Adrenomieloneuropatia
AIDS
Hiperplasia adrenal congênita 
(principal causa em criança)
Hipoplasia adrenal congênita
Deficiência familiar de glicocorticoide
Uso de medicação (ex. mitotane, aminoglutetimida)
1. Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
A. Exógena (glicocorticoides, ACTH)
B. Endógena: pós-operatório de 
síndrome de Cushing curada
2. Lesões hipotalâmicas ou hipofisárias
A. Neoplasias
B. Craniofaringeoma
C. Necrose isquêmica
D. Hipofisite autoimune
E. Infecção
3. Sarcoidose
4. Trauma cranioencefálico
5. Deficiência isolada de ACTH
Síndrome de Cushing
http://fabianacamilo.com/tag/sindrome-de-cushing/ 
Endocrinologia Clínica
19
Síndrome de Cushing é a resultante fenotípica da exposição crônica a concentrações elevadas de glicocorticoides, 
endógenos ou exógenos (síndrome de Cushing iatrogênica). Causas endógenas dessa síndrome são raras e acometem 
mais mulheres do que homens, na razão de 8:1 para doença de Cushing (tumor hipofisário produtor de ACTH), 4:1 para 
adenomas adrenais e 2:1 para carcinomas adrenais. A síndrome de Cushing ACTH-dependente por secreção ectópica 
de ACTH acomete mais homens que mulheres.
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1696/sindrome_de_cushing.htmEndocrinologia Clínica
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Ilhotas de Langerhans (Pâncreas Endócrino)
O pâncreas é constituído por dois tipos principais 
de tecidos: os ácinos, que secretam suco digestivo no 
duodeno (função exócrina), e as ilhotas de Langerhans, que 
secretam os hormônios insulina e glucagon diretamente 
no sangue (função endócrina). As ilhotas de Langerhans 
apresentam três tipos de células principais: alfa ou A, que 
secreta o hormônio glucagon; beta ou B, que secreta o 
hormônio insulina; e delta ou F, que secreta o hormônio 
somatostatina.
http://diabetes-biobio94.blogspot.com.br
a)	 Hormônio	insulina – é secretado pelas células 
beta das ilhotas de Langerhans. Esse hormônio aumenta 
a captação de glicose pelas células enquanto, ao mesmo 
tempo, inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua 
deposição no tecido adiposo. No fígado, estimula a captação 
da glicose plasmática e sua conversão em glicogênio. 
Dessa forma, provoca a diminuição da concentração de 
glicose no sangue.
b)	 Hormônio	glucagon	– é secretado pelas células 
alfa das ilhotas de Langerhans e age ativando a enzima 
fosforilase, que fraciona as moléculas de glicogênio do 
fígado em moléculas de glicose, que passam para o sangue 
elevando a glicemia (taxa de glicose sanguínea).
Tanto a insulina quanto o glucagon atuam como 
importantes sistemas de controle por feedback a fim 
de manter a glicemia nos níveis normais. Quando a 
concentração de glicose aumenta muito, ocorre a secreção 
da insulina, e esta causa redução da glicemia. Por outro lado, 
a redução da glicemia estimula a secreção do glucagon, 
que passa a atuar de maneira oposta, aumentando-a para 
os níveis normais.
c)	 Hormônio	somatostatina	– é secretado pelas 
células delta das ilhotas de Langerhans. Esse hormônio 
também é produzido pelo hipotálamo e age inibindo a 
liberação do hormônio de crescimento (GH) pela hipófise. 
No pâncreas, esse hormônio exerce efeito inibidor sobre 
as células alfa e beta, inibindo a secreção de insulina e 
glucagon.
Gônadas (Testículos e Ovários)
Os testículos estão localizados no interior da bolsa 
escrotal e sofrem influência dos hormônios FSH e LH, 
produzidos e secretados pela adeno-hipófise. 
O FSH induz a produção de espermatozoides, e o 
LH induz a produção de testosterona pelas células de 
Leydig dos testículos. A testosterona é responsável pelo 
aparecimento das características sexuais secundárias 
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masculinas (barba, pelos pubianos, engrossamento da voz, desenvolvimento da musculatura etc.), pelo amadurecimento 
dos órgãos genitais e pela libido sexual. Quase que totalmente (98%), a testosterona circulante está ligada a proteínas 
séricas, principalmente à SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) e à albumina. A SHBG liga-se à testosterona 
com alta afinidade, e a testosterona ligada à SHBG (SHBG-bound T) não é disponível para dissociação em tecidos-alvo 
via receptor de andrógeno. De forma oposta, a albumina liga-se à testosterona com baixa afinidade, e a dissociação 
é rápida. Assim sendo, tanto a testosterona ligada à albumina como a testosterona livre são consideradas disponíveis 
aos tecidos-alvo para ação androgênica, e essas duas frações juntas (ligada e livre) são denominadas de testosterona 
biodisponível.
Quase toda a testosterona que chega aos tecidos-alvo (por exemplo, à próstata) é convertida em di-hidrotestosterona, 
que é mais potente. Os ovários estão localizados no interior da cavidade pélvica das mulheres e produzem dois 
hormônios: os estrogênios e a progesterona. Os ovários sofrem o estimulo dos hormônios hipofisários LH e FSH. O 
FSH induz a formação dos folículos ovarianos, que produzem estrogênio. Com o aumento dos estrogênios, ocorre o 
aumento da liberação do hormônio LH, o qual promove a ovulação e a formação do corpo amarelo (lúteo), que irá 
produzir progesterona. Os estrogênios determinam o aparecimento das características sexuais secundárias femininas 
(mamas, pelos pubianos, acúmulo de gordura em algumas regiões etc.), estimulam o desenvolvimento do endométrio 
para receber o embrião, induzem o amadurecimento dos órgãos genitais e são responsáveis pelo desejo sexual. A 
progesterona é produzida pelo corpo amarelo (corpo lúteo), que se origina do folículo ovariano rompido durante a 
ovulação. A progesterona estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e, juntamente com o estrógeno, atua 
preparando a parede do endométrio uterino para receber o embrião.
http://www.vouterumbebe.com/duracao-do-ciclo-menstrual/
Endocrinologia Clínica
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O ciclo menstrual tem início no primeiro dia 
da menstruação. No início do ciclo, o FSH induz o 
desenvolvimento dos folículos ovarianos. Estes produzem 
estrógeno e induzem a liberação do hormônio LH pela 
adeno-hipófise. O estrógeno inicia o desenvolvimento do 
endométrio para receber o embrião. No 14º dia do ciclo 
menstrual, o hormônio LH atinge níveis máximos e ocorre 
a ovulação (liberação do ovócito II ou óvulo). O folículo 
rompido origina o corpo lúteo (amarelo), que produz 
progesterona. Esta atua em conjunto com o estrógeno 
no desenvolvimento do endométrio, aumentando sua 
espessura e vascularidade para uma eventual gravidez. As 
altas taxas de estrógeno e progesterona inibem a liberação 
de FSH e LH e, por consequência, ocorre o atrofiamento 
do corpo lúteo.
Dessa maneira, os níveis de progesterona caem de forma 
acentuada, e a redução brusca na taxa desse hormônio faz 
com que a mucosa uterina sofra descamação e ocorra a 
menstruação. Se ocorrer gravidez, o embrião implantado na 
parede uterina produzirá o hormônio HCG (gonadotrofina 
coriônica humana), o qual estimulará o corpo lúteo a 
manter a produção de progesterona e estrógeno. Por volta 
do quarto mês de gestação, o corpo lúteo degenera-se, 
e a placenta passa a produzir estrógeno e progesterona, 
mantendo a mucosa em contínua proliferação.
Anomalias reprodutivas masculinas
Hipogonadismo	
O hipogonadismo é a redução da função das gônadas 
(testículo). O hipogonadismo primário (deficiência 
testicular) pode ser congênito ou adquirido. As causas 
congênitas incluem síndrome de Klinefelter, criptorquidismo 
e hipoespermatogênese idiopática. A síndrome de 
Klinefelter após a puberdade caracteriza-se por aparência 
eunucoide, testículos firmes e pequenos, ginecomastia, 
azoospermia e por vezes retardo mental. As causas 
adquiridas mais frequentes são orquite (que pode ser 
causada pelo vírus da caxumba) e traumatismo físico e as 
menos frequentes são radiação e agentes antineoplásicos.
O hipogonadismo secundário tem como causa deficiên-
cias no hipotálamo ou na hipófise, que podem ser congêni-
tas ou adquiridas. As alterações hipotalâmicas congênitas 
são mais frequentes do que as hipofisárias e podem causar 
apenas puberdade atrasada ou hipogonadismo hipogona-
dotrófico idiopático. Geralmente, o crescimento progride 
sem sinais puberais e com testículos muito pequenos. A 
deficiência gonadotrófica hipofisária adquirida é mais fre-
quente que a hipotalâmica e, geralmente, é causada por 
tumores.
Tumores secretores de prolactina também podem 
causar sintomas de disfunção erétil e infertilidade, uma 
vez que o aumento de prolactina suprime a produção de 
GnRH. Outras causas de hipogonadismo secundário são 
hipotireoidismo, síndrome de Cushing e cirrose alcoólica.
A síndrome de Kallmann é a associação de hipogo-
nadismo hipogonadotrófico e anosmia (perda do sentido 
do olfato), descrita por Maestre de San Juan em 1856 e 
caracterizada como condição hereditária por Franz Josef 
Kallmann em 1944. Os pacientes podem apresentar ce-
gueira para cores, agenesia renal, surdez neurossensorial, 
fenda labial ou palatina, diminuição ou ausência das carac-
terísticas sexuais secundárias em homens e testículos pe-
quenos. Essa síndrome é resultado de uma deficiência de 
GnRH no hipotálamo durante o desenvolvimento embrio-
nário, o que tem como consequênciaa deficiência das gô-
nadas. Essa síndrome atinge tanto o sexo masculino como 
o feminino, porém é cinco vezes mais comum em homens.
Há uma combinação de hipogonadismo primário e se-
cundário no envelhecimento (denominado andropausa ou 
hipogonadismo masculino tardio) e em doenças sistêmicas 
como alcoolismo, anemia falciforme e hepatopatias.
A avaliação laboratorial do hipogonadismo inclui as 
dosagens séricas de testosterona, LH, FSH, prolactina e 
SHBG. A SHBG é produzida no fígado, tem grande afinida-
de pela testosterona e menor afinidade pelos estrógenos. 
A testosterona não ligada (livre) tem atividade biológica, a 
ligada à SHBG é inativa. A SHBG age como um modulador 
da secreção androgênica nos tecidos. 
Endocrinologia Clínica
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No hipogonadismo primário, a dosagem de testosterona sérica encontra-se diminuída, com altos níveis de LH e FSH. No 
hipogonadismo secundário, o LH e o FSH encontram-se também diminuídos. A patologia hipofisária pode ser distinguida da 
patologia hipotalâmica por meio de testes dinâmicos da função endócrina. O teste de estímulo com GnRH avalia a reserva de 
gonadotrofinas. O aumento do FSH e do LH após o teste indica patologia hipotalâmica.
http://www.ceaclin.com.br/exames/avaliacao_funcao_gonadal.shtml
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Defeitos na ação androgênica 
O defeito mais comum e grave da ação androgênica é a síndrome do testículo feminilizante (também chamada de 
síndrome de Morris ou pseudo-hermafroditismo masculino). É uma doença com herança ligada ao cromossomo X que 
afeta pacientes com cariótipo 46, XY, nos quais há prejuízo total ou parcial do processo de virilização intraútero devido 
à alteração funcional do receptor de andrógenos. Há formação de testículos normofuncionantes (geralmente intra-
abdominais ou localizados no canal inguinal, frequentemente referidos como hérnias inguinais), porém ocorre uma 
deficiência de receptores periféricos para a testosterona. As pacientes possuem vagina em fundo cego e pelos axilares 
e pubianos escassos ou ausentes. Não há desenvolvimento adequado de características sexuais secundárias femininas 
porque não existem ovários e, portanto, não há produção de estrogênio suficiente. Contudo, há crescimento do tecido 
mamário, que costuma ocorrer na adolescência devido à conversão de androgênios em estrogênio. De forma geral, os 
pacientes em idade pós-puberal possuem níveis séricos elevados de LH e concentrações normais ou elevadas de FSH, 
estrógeno e testosterona em relação aos homens normais. 
Disfunção	erétil	ou	impotência
A disfunção erétil é definida como a incapacidade de obter uma ereção longa o suficiente para uma relação plenamente 
satisfatória em pelo menos 50% das tentativas. A perda de ereção antes da ejaculação é a queixa mais frequente. 
É uma condição complexa que envolve fatores arteriais, venosos, sinusoidais, neurológicos, hormonais, bioquímicos, 
sociais e psicológicos. A impotência psicogênica é o diagnostico mais comum. Outras causas incluem: hipertensão, 
diabetes mellitus, uremia, doença vascular doença neurológica, hipogonadismo, hipertireoidismo, hipotireoidismo, 
neoplasias, estados de ansiedade, uso de bebida alcoólica e de alguns medicamentos (drogas que atuam no SNC ou 
no pico adrenérgico da ansiedade, anti-hipertensivos como betabloqueadores, tiazidas e metildopa, cimetidina e alguns 
antilipêmicos). O alcoolismo de longo prazo e a cirrose hepática podem prejudicar a condução nervosa intrapeniana 
e gerar atrofia testicular ou ginecomastia. Com o avançar da idade, o corpo cavernoso do pênis falha na retenção do 
sangue.
http://www.ceaclin.com.br/exames/avaliacao_funcao_gonadal.shtml
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Ginecomastia
Ginecomastia é o crescimento benigno de tecido glandular mamário em homens e está associada a um aumento da 
relação entre estrogênio e androgênio. Há situações em que esse desbalanço é considerado fisiológico (período neonatal, 
na puberdade e na senilidade). 
Embora em 25% dos pacientes com ginecomastia a causa não possa ser identificada, a tabela a seguir lista as 
principais causas:
Ginecomastia fisiológica
• Ginecomastia do recém-nascido.
• Ginecomastia puberal (causa 25% dos casos).
• Ginecomastia do envelhecimento.
Drogas relacionadas 
a ginecomastia
(causa 10% a 20% 
dos casos)
• Hormônios (andrógenos, HCG, estrógenos, GH).
• Antiandrógenos ou inibidores da síntese de andrógenos (ciproterona, flutamida).
• Antibióticos (isoniazida, cetoconazol, metronidazol).
• Antiulcerosos (cimetidina, omeprazol, ranitidina).
• Quimioterápicos (agentes alquilantes).
• Drogas cardiovasculares (amiodarona, IECAs, digitoxina, nifedipina, 
reserpina, espironolactona, metioldopa, verapamil).
• Drogas psicoativas (diazepam, haloperidol, fenotiazinas, antidepressivos tricíclicos).
• Outras drogas (álcool, anfetaminas, heroína, maconha).
Causas endócrinas
• Hipogonadismo primário - com lesão de células de Leydig (causa 8% dos casos).
• Hiperprolactinemia.
• Tireotoxicose (causa 1,5% dos casos).
• Defeitos do receptor androgênico.
• Aumento de atividade de aromatase.
Doenças sistêmicas
• Cirrose hepática (causa 8% dos casos).
• Insuficiência renal crônica (causa 1% dos casos).
• Realimentação após período de inanição.
Neoplasias
• Tumor testicular germinativo ou tumor de células de Leydig (causa 3% dos casos).
• Tumor adrenal feminilizante.
• Tumor não trofobástico secretor de HCG.
http://medicinanet2.tempsite.ws/conteudos/revisoes/1287/ginecomastia.htm
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Após o exame físico, deve-se realizar a dosagem de testosterona, estradiol, LH e ß-HCG. 
Distúrbios da reprodução feminina
Puberdade	precoce
A puberdade precoce dá-se quando há o desenvolvimento das mamas e o crescimento de pelos pubianos em meni-
nas com menos de oito anos de idade. 
A puberdade precoce verdadeira é dependente de GnRH e indica ativação precoce do eixo hipotalâmico-hipofisário-
-gonadal. A pseudopuberdade precoce é independente de GnRH; nela ocorre aumento dos hormônios esteroides sexu-
ais sem o estímulo secretório das gonadotrofinas hipofisárias.
A avaliação hormonal deve incluir função tireoidiana (TSH, T4L), esteroides (estradiol, testosterona, progesterona, 
sulfato de deidroepiandrosterona - S-DHEA -, androstenediona e 17 hidroxiprogesterona), FSH, LH, HCG. O teste de 
estímulo com GnRH é o “padrão-ouro” para diagnóstico da puberdade precoce GnRH-dependente. As respostas pube-
rais do LH e do FSH ao estímulo com o GnRH são consideradas diagnósticas quando a resposta hormonal é inadequada 
para a idade cronológica.
Na puberdade precoce verdadeira, as dosagens de LH, FSH e estrógenos são compatíveis com maturidade sexual, 
enquanto valores elevados de estrógenos e baixos de FSH e LH são geralmente observados em presença de tumores 
secretores de estrógenos. Níveis elevados de HCG podem ser indicativos de teratoma ou de disgerminoma ovariano.
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Dosagens elevadas de progesterona, 17-hidroxicorticosteroides e andrógenos adrenais confirmam o diagnóstico de 
hiperplasia adrenal por deficiência de 21-hidroxilase, enquanto o aumento do 11-desoxicortisol indica hiperplasia adre-
nal por deficiência de 11-hidroxilase.
Quando o S-DHEA e/ou a androstenediona estão aumentados, a suspeita é de adenoma ou carcinoma adrenal.
Menstruações irregulares e amenorreia
Amenorreia é a ausência de menstruação por um período igual ou maior que três meses em mulheres que já 
menstruaram anteriormente. 
Mulheres nas quais a menarca (primeira menstruação) não ocorreu até os 16 anos podem ser consideradas 
amenorreicas independentemente da presença ou ausência de caracteres sexuais secundários. Nesse caso, chamamos 
o distúrbio de amenorreia primária.
A amenorreia é um distúrbio relativamente comum, com prevalência estimada de 5%. Amenorreia e infertilidade 
podem ser os primeiros sintomas de disfunção tireoidiana. 
Segundo Osheroff, as causas de amenorreia podem ser classificadasem quatro grupos:
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DA AMENORREIA
Comportamento IV
SNC – hipotálamo
*GnRH-TRH
Estresse
Ganho de peso
Distúrbios psicológicos 
Exercícios
Comportamento III
Hipófise anterior
 *TSH, FSH, LH, prolactina
 Hipófise anterior
 *TSH, FSH, LH, prolactina Tumor hipofisário
Insuficiência hipofisária
Síndrome de Sejam
Comportamento II
Ovário
 *Estrogênios
 *Progesterona
 *Androgênios
Perimenopausa
Síndrome de resistência ovariana
Insuficiência ovariana
Anormalidades cromossômicas
Comportamento I Útero, cérvice e vagina
Anormalidade do Ducto de Müller
Testículo feminilizante
Síndrome de Adhemar
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Investigação	laboratorial	da	amenorreia
http://www.ceaclin.com.br/exames/avaliacao_funcao_gonadal.shtml
Investigação	do	hirsutismo
http://www.sbrh.org.br/guidelines/guideline_pdf/guideline_de_endocrinologia_da_reproducao.pdf
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O hirsutismo é o crescimento excessivo de pelos em áreas dependentes de androgênios na mulher onde normalmen-
te esse crescimento é pequeno. O hiperandrogenismo é o aumento da produção ovariana ou adrenal dos androgênios 
com elevação de seus níveis séricos.
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) ocorre em 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva, em 10% das 
adolescentes e entre 1-7,5% da população geral. As possíveis manifestações clínicas são:
- Amadurecimento sexual precoce (57%).
- Obesidade (28-41%).
- Acne (55%).
- Hirsutismo (51–68% nas caucasianas e 10-20% nas orientais).
- Acantose nigricans (5%-50%).
- Amenorreia primária associada à obesidade (14%).
- Irregularidade menstrual que tende à normalização com o avançar da idade.
- Consumo folicular e diminuição da reserva ovariana (80%-95%).
- Esterilidade (26%-46%).
Os níveis de LH geralmente encontram-se elevados, e os níveis de FSH geralmente normais ou baixos, porém 20% 
a 40% das pacientes não apresentem esses achados. Dessa forma, as dosagens de LH e FSH não são imprescindíveis. 
Outros achados laboratoriais comuns são: androgênios normais ou elevados, hiperinsulinismo basal, curva insulínica 
anormal ao teste de sobrecarga com glicose, dislipidemia.Para que o diagnóstico da SOP seja feito corretamente, é 
preciso excluir hiperandrogenismo adrenal, disfunções da tireoide, hiperprolactinemia, Cushing e tumores da adrenal ou 
ovário. Pelo menos dois desses marcadores devem estar presentes: 
1) distúrbio menstrual/anovulação;
2) sinais clínicos/bioquímicos de hiperandrogenismo;
3) ovários policísticos ao ultrassom.
Referências
BURTIS, Carl A.; ASHWOOD, Edward R.; BURNS, David E. Fundamentos	de	química	clínica. 6ª ed. São Paulo: 
Saunders, 2008.
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado	de	fisiologia	médica. 11ª ed. São Paulo: Elsevier, 2006.
MANUAL de exames: Laboratório Fleury. São Paulo: Laboratório Fleury, 1999.
RAVEL, Richard. Laboratório	 clínico:	 aplicações	 clínicas	dos	dados	 laboratoriais. 6ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1997.
VILAR, Lucio. Endocrinologia	clínica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

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