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18 IDENTIFICACAO CRIMINAL

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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 
Lei nº 12.037/09 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ed. 2020 
 
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
Manual Caseiro 
Instagram: @manualcaseiro 
E-mail: manualcaseir@outlook.com 
Site: www.meumanualcaseiro.com.br 
Identificação Criminal – Lei nº 12.037/09 
 
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 
Lei nº 12.037/09 
 
 
Prezado aluno, passaremos nesse momento ao estudo da Lei de Identificação Criminal. 
O presente material tem por objetivo reunir todas as informações que o candidato precisa para resolver 
questões dos certames públicos. Dessa forma, nosso material trouxe uma abordagem doutrinária sobre o tema 
objeto de estudo, a legislação (lei seca) questões já cobradas em concurso público pelas diversas bancas, e, 
por fim, as alterações promovidas pelo Pacote Anticrime na presente legislação. 
Bons estudos, #Tmjuntos! 
 
1. Fundamento constitucional da identificação criminal 
CF/88 Art. 5º LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. 
 
Ao analisamos o texto constitucional contemplamos que a identificação criminal se tornou exceção, 
de modo que, via de regra, aquele que for civilmente identificado não deverá submeter-se a identificação 
criminal. 
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
Nessa linha, o texto constitucional é expressa ao afirmar que “o civilmente identificado NÃO será 
submetido a identificação criminal, SALVO nas hipóteses previstas em lei”. 
O entendimento antigo era no sentido de que a identificação criminal não constituiria 
constrangimento ilegal, mesmo nos casos em que a identificação já tivesse acontecido. Esse era, inclusive, o 
entendimento proposto na Súmula 568 do STF. Vejamos: 
 
Súmula 568 STF: A identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda 
que o indiciado já tenha sido identificado civilmente. 
 
 Esse entendimento do STF, que foi superado conforme RHC 66881-RTJ 127/588. Prevalecendo 
agora unicamente o art. 5º, LVIII, CF/88: 
CF/88 Art. 5º LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
 
Denota-se que o legislador protege o indivíduo, evitando o constrangimento da identificação criminal 
para o cidadão já civilmente identificado. Lembre-se que a ascensão da Constituição de 1988 se deu por meio 
da reinauguração da democracia e antes havia muitos abusos advindos da ditadura militar. Desta forma a 
regra é que o indivíduo civilmente identificado não seja identificado criminalmente, salvo nas hipóteses 
previstas em lei. 
Dessa forma, atualmente a regra constitucional é a de que a pessoa que for civilmente identificada 
não será submetida à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei (art. 5º, LVIII). A Lei que 
traz essas hipóteses é a Lei n.º 12.037/2009, objeto de nosso estudo. 
Observe que a Constituição permite a identificação criminal do civilmente já identificado nas 
hipóteses previstas na Lei n. 12.037/09, nos moldes do art. 3º. 
 A identificação civil, é aquela realizada por documento válido, previsto em Lei. Exemplo: carteira de 
identidade, carteira profissional (OAB, CRM, etc.), carteiras funcionais (servidores públicos), passaporte, 
etc. Importante frisarmos que a carteira de trabalho não é mais considerada documento de identificação 
civil pela Lei 12.037/09 (havia previsão, mas foi revogada por uma medida provisória no ano de 2019). 
Destaca-se ainda que a referida Lei equipara a documentos de identificação civil os documentos de 
identificação militar (documentos expedidos pela administração militar). 
 
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
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 Candidato, em que momento será cabível a identificação criminal? A identificação criminal 
deverá ser realizada quando a identificação civil se mostrar insuficiente, por exemplo, quando um documento 
de identificação civil está rasurado, muito antigo, indícios de falsificação, casos em que o sujeito tem mais 
de uma identidade com nomes diferentes, ainda quando se verificar que o sujeito tenha registros de passagens 
pela secretária de segurança pública com outro nome, etc. Em resumo, casos em que seja provavelmente 
fraude a identificação civil ou insuficiência da identificação civil. 
 A identificação criminal propriamente dita é uma identificação fotográfica e datiloscópica, ou seja, 
foto e digitais do sujeito para submeter estes elementos de identificação ao cadastro de segurança pública 
para saber se há registros do sujeito. Por exemplo o indivíduo preso em flagrante que não porta nenhuma 
identificação civil, desta forma será identificado criminal para saber se será possível sua verdadeira 
identificação. 
 No ano de 20121 a Lei 12.037/09 foi alterada para contemplar mais uma hipótese, o cabimento da 
identificação por meio do perfil genético do sujeito, uma identificação biológica. Para que seja realizada essa 
identificação é necessário que seja fundamental para investigação e exista ainda autorização judicial. 
Vejamos: 
Lei 12.037/09 Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o 
fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou 
do inquérito policial ou outra forma de investigação. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a identificação criminal poderá 
incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela 
Lei nº 12.654, de 2012). 
 
 Pode ser solicitada por juiz de ofício, representação da autoridade policial, requerimento do 
Ministério Público ou da defesa. 
 
2. Definição de identificação criminal 
 Identificação criminal é definida como medida de atribuição a autoridade policial para tomada de 
impressões digitais (processo datiloscópico) e da captação de imagens fotográficas do indiciado (processo 
fotográfico), cuja realização independe de autorização judicial e deve ser realizada diante da estrita 
necessidade nos termos permitidos pela legislação de regência. Trata-se de providência destinada a 
 
1 LEI Nº 12.654, DE 28 DE MAIO DE 2012: Altera as Leis nºs 12.037, de 1º de outubro de 2009, e 7.210, de 11 de julho de 
1984 - Lei de Execução Penal, para prever a coleta de perfil genético como forma de identificação criminal, e dá outras 
providências. 
 
 
 
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Direito Administrativo – De 
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individualizar e distinguir a pessoa a quem é atribuída formalmente a prática de delito, em caso de 
necessidade justificada legal ou judicialmente. 2 
Corroborando ainda, ensina NUCCI: 
Identificar significa determinar a identidade de algo ou alguém. No âmbito 
jurídico, quer dizer, apontar individualmente e exclusivamente uma pessoa humana. 
No campo criminal individualiza-se a pessoa para apontar o autor, certo e 
determinado, sem qualquer duplicidade, da infração penal. 
Por esse motivo pode constranger alguém, há uma indicação de possível autoria, um possível 
reconhecimento de criminoso. 
Lei 12.037/09 Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei. 
 Repete os ditames constitucionais, mas já prevê que existem as ressalvas legais. 
 
3. Espécies de Identificação Criminal 
 
a) Identificação fotográfica: através de fotografia. 
b) Identificação datiloscópica: através da colheita das impressões digitais. 
c) Identificação do perfil genético (como meio de prova): materialbiológico para que possa identificar o 
acusado. A identificação do perfil genético fora introduzida com o advento da Lei nº. 12.654/2012. 
 
 
 
 
2 Legislação Criminal para Concursos: LECRIM / coordenador Ricardo Didier - Salvador: Juspodivm, 2016. 1.024 p. (Códigos e 
Constituição para Concursos). 
Identificação fotográfica
Identificação datiloscópica
Identificação do perfil genético
Acrescentada pela Lei n.°12.654/2012. 
 
 
 
 
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 Imagens exemplos: 
1. Identificação fotográfica 
 
 
 
2. Identificação datiloscópica 
 
 
 
3. Identificação do perfil genético 
 
 
 
A identificação do perfil genético trata-se de uma novidade que fora introduzida com o advento da 
Lei nº 12.654/2012, trazendo acréscimo na Lei nº 12.037/2009 e na Lei de Execução Penal. 
A Lei nº 12.654/2012 além de introduzir a identificação do perfil genético na Lei nº 12.037/2009, 
alterou a LEP. 
 
 
 
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Vejamos: 
 
Lei nº. 12.037/2009. Art. 5º. Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3º, a identificação criminal 
poderá incluir a coleta do material biológico para a obtenção do perfil genético. 
 
Lei nº 7.210/84. Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave 
contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão 
submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido 
desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
 
Cumpre destacarmos que a hipótese de identificação criminal na hipótese no inc. IV, está sujeito à 
cláusula de reserva de jurisdição. 
É possível fazer a coleta do material biológico. 
 
Acessar: http://www.dizerodireito.com.br/2012/05/comentarios-lei-126542012-coleta-de.html 
 
4. Rol não taxativo dos documentos de identificação 
 
No âmbito criminal, é possível que a identificação do individuo seja feita por meio de documentos 
civis. Inclusive, nessa hipótese, não haverá necessidade da identificação criminal. 
Nesse contexto, o art. 2º da Lei nº 12.037/2009 prevê um rol dos documentos que servem para atestar 
a identificação civil das pessoas. 
• Carteira de identidade; 
• Carteira profissional; 
• Passaporte; 
• Carteira de identificação funcional; 
• Outro documento público que permita a identificação do indiciado. 
Por fim, vejamos o teor do dispositivo legal: 
 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: 
I – carteira de identidade; (RG) 
II – carteira de trabalho; (CTPS) (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019). 
 
 
 
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III – carteira profissional; (OAB, CRM, etc.) 
IV – passaporte; (PF) 
V – carteira de identificação funcional; (Funcionário Público) 
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado. 
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de 
identificação civis os documentos de identificação militares. 
 
Os documentos de identificação militares são equiparados a documentos de identificação civil e 
também servirão para tal. 
 
 
5. Hipóteses autorizadoras da identificação criminal 
 
 Uma vez compreendida que a identificação criminal será exceção e cabível apenas em hipóteses 
determinadas, questiona-se, em quais casos então poderemos nos utilizar da identificação criminal? 
 Passaremos nesse momento ao estudo das hipóteses autorizadoras da identificação criminal. 
 
Poderá ocorrer a identificação criminal QUANDO: 
o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 
o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; 
a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que 
decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; 
constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 
o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a 
completa identificação dos caracteres essenciais. 
 
 Vejamos o teor do texto normativo: 
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação 
criminal quando: 
 O art. 3º traz as ressalvas que autorizam o delegado de polícia proceder a identificação criminal. 
 
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
 
 
 
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 Se há rasura existe indício de violação do documento, dúvida quanto a identificação. 
 
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 
 Quando faltam dados no documento, exemplo mancha na data de nascimento, o sobrenome. 
 
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações 
conflitantes entre si; 
 Neste caso no mínimo um é falso ou até mesmo os dois são falsos. 
 
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante 
representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; 
 
 Quando há dúvida na identificação e esta é fundamental para o processo (ocorre muito nas 
investigações de organizações criminosas), o juiz poderá determinar de oficio, ou por representação da 
autoridade policial do MP ou da defesa. 
 
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 
 Quando existem várias designações nos bancos de dados policiais. 
 
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição 
do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. 
 Caso de documentos velhos, com fotos ainda de criança, adolescente, que causam dúvida acerca da 
identificação do indivíduo. 
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos 
autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas 
insuficientes para identificar o indiciado. 
 
O despacho de indiciamento fundamentado, deverá ser apresentado juntamente com a cópia dos 
documentos realizados através da identificação criminal. 
 
 
 
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 Desta forma, ensina NUCCI: 
 
Não se trata a identificação criminal de uma aceitação de culpa, mas de um 
procedimento para tornar exclusiva determinada pessoa, direito do estado, 
evitando-se com isso o nefasto erro judiciário. Não se confunda, ainda, a 
identificação criminal com o reconhecimento da pessoa. Neste caso, terceiros poderão 
apontar o indiciado ou réu como autor do crime. Naquela situação, nada disso tem 
relevo, pois se busca, apenas, identificar a pessoa que está sob investigação ou 
respondendo a processo-crime. 
 
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade 
encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do 
identificado. 
 
Essa autoridade será o delegado de polícia judiciária. PM, PRF, e guarda municipal não são polícia 
judiciária. 
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, 
que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito 
policial ou outra forma de investigação. 
Parágrafo único. Na hipótese do incisoIV do art. 3o, a identificação criminal poderá 
incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela 
Lei nº 12.654, de 2012). 
 O inciso IV será de quando existir ordem judicial. 
Art. 5º - A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser 
armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial 
de perícia criminal. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012). 
 Para que haja uma memória genética de investigados criminalmente. 
§ 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não 
poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto 
determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e 
internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. (Incluído 
pela Lei nº 12.654, de 2012). 
 As informações genéticas não servem para determinar se o indivíduo é alto, baixo, magro, se é 
agressivo. É para perfil genético de identificação. 
 
 
 
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§ 2º Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter 
sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou 
promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão 
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012). 
 Os perfis genéticos ficam sob sigilo para evitar qualquer tipo de desvio, para que consequentemente 
não cause constrangimento aos identificados criminalmente. 
§ 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser 
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente 
habilitado. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012). 
 A coincidência de perfis genéticos é a identificação, obtida sempre por perito oficial devidamente 
habilitado em laudo pericial. 
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de 
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito 
em julgado da sentença condenatória. 
 Somente interessa ao juízo criminal, essas informações de antecedentes não poderão servir para 
entrevistas de empregos, etc. 
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é 
facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou 
trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do 
inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil. 
 Em caso de não prosperar a ação penal, o réu poderá requerer a retirada da identificação criminal do 
processo para evitar constrangimento, tendo em vista que o inquérito está arquivado ou a denúncia foi 
rejeitada ou então o réu foi absolvido. 
 
6. Alterações do Pacote Anticrime 
 
Foi sancionada em 24 de dezembro de 2019, a Lei 13.964, intitulada “Pacote Anticrime”, a qual 
promove uma verdadeira reforma na legislação penal e processual penal, alterando paradigmas substanciais, 
tanto do ponto de vista processual (CPP) quanto “material” (Código Penal e Legislação Penal Extravagante). 
Nessa linha, a Lei n. 13.964/2019 – Pacote Anticrime – aperfeiçoa a legislação penal e processual 
penal, gerando diversas alterações no CP, CPP e Legislação Extravagante. Nesse momento, iremos trabalhar 
com as alterações que foram produzidas na legislação extravagante, em específico, na Lei de Identificação 
Criminal. 
 
 
 
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A antiga redação do art. 7º - A dizia que: 
 
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no 
término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito. (Incluído pela 
Lei nº 12.654, de 2012). 
 
 Enquanto agora a nova redação afirma: 
 
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: (Redação 
dada pela Lei nº 13.964, de 2019). 
I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019). 
II - no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 
(vinte) anos do cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019). 
 
A redação anterior ao PAC determinava a exclusão dos perfis genéticos após o término do prazo 
estabelecido na lei para a prescrição do delito. 
Além disso, podemos observar que antes não existia a possibilidade de exclusão do perfil genético do 
banco de dados com a absolvição do acusado, agora admite-se. 
No tocante ainda as alterações, o prazo para exclusão em caso de condenação foi bastante ampliado, 
até o advento do PAC era o prazo de prescrição do crime (muitos crimes prescrevem antes dos 20 anos que 
é o prazo máximo), agora independente da pena e do prazo de prescrição do crime, o prazo será 20 anos do 
cumprimento da pena (não da condenação), solicitada exclusão mediante requerimento. 
O art. Art. 7º-A da Lei n. 12.037/2009 não foi a única alteração proposta pelo PAC na lei, foi incluído 
ainda um novo dispositivo a lei, o art. Art. 7º-C., vejamos: 
 
Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, 
do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019). 
 
 Atente para o fato de que a Lei não cria o banco de dados multibiométrico e de impressões digitais, 
apenas autoriza a criação, neste caso irá depender ainda de uma regulamentação infra legal. Este banco de 
 
 
 
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dados irá conter informações de perfil genético e também questões atinentes a informações relacionadas a 
identificação da íris, da voz e identificação facial do sujeito. 
 Para melhor visualizarmos as alterações promovidas pelo PAC, vejamos o quadro comparativo com 
a antiga e atual redação: 
Redação anterior ao PAC Redação após o advento do PAC 
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos 
bancos de dados ocorrerá no término do prazo 
estabelecido em lei para a prescrição do delito. 
 
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos 
bancos de dados ocorrerá: (Redação dada pela Lei 
nº 13.964, de 2019). 
I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019). 
II - no caso de condenação do acusado, mediante 
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do 
cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019). 
 
Sem dispositivo correspondente. Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério 
da Justiça e Segurança Pública, do Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco 
Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais 
serão regulamentados em ato do Poder Executivo 
federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de 
Impressões Digitais tem como objetivo armazenar 
dados de registros biométricos, de impressões 
digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para 
subsidiar investigações criminais federais, estaduais 
ou distritais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de 
Impressões Digitais será integrado pelos registros 
biométricos, de impressões digitais, de íris, face e 
voz colhidos em investigações criminais ou por 
ocasião da identificação criminal. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, 
de impressões digitais, de íris, face e voz dos presos 
provisórios ou definitivos quando não tiverem sido 
extraídos por ocasião da identificação criminal. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º Poderão integrar o Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais, ou com 
ele interoperar, os dados de registros constantes em 
quaisquer bancos de dados geridospor órgãos dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das 
esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo 
Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de 
 
 
 
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Direito Administrativo – De 
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Identificação Civil. (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação de 
natureza civil, administrativa ou eleitoral, a 
integração ou o compartilhamento dos registros do 
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões 
Digitais será limitado às impressões digitais e às 
informações necessárias para identificação do seu 
titular. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de 
registros multibiométricos constantes de outros 
bancos de dados com o Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais ocorrerá 
por meio de acordo ou convênio com a unidade 
gestora. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 8º Os dados constantes do Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais terão 
caráter sigiloso, e aquele que permitir ou promover 
sua utilização para fins diversos dos previstos nesta 
Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e 
administrativamente. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência 
de registros biométricos relacionados a crimes 
deverão ser consignadas em laudo pericial firmado 
por perito oficial habilitado. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, 
da base de dados do Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
7. Legislação 
 
Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei. 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos 
seguintes documentos: 
I – carteira de identidade; 
II – carteira de trabalho; (Revogado pela Medida 
Provisória nº 905, de 2019) 
II – carteira de trabalho; 
III – carteira profissional; 
IV – passaporte; 
V – carteira de identificação funcional; 
VI – outro documento público que permita a identificação 
do indiciado. 
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-
se aos documentos de identificação civis os documentos de 
identificação militares. 
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, 
poderá ocorrer identificação criminal quando: 
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de 
falsificação; 
 
 
 
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II – o documento apresentado for insuficiente para 
identificar cabalmente o indiciado; 
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, 
com informações conflitantes entre si; 
IV – a identificação criminal for essencial às investigações 
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária 
competente, que decidirá de ofício ou mediante 
representação da autoridade policial, do Ministério Público 
ou da defesa; 
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou 
diferentes qualificações; 
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da 
localidade da expedição do documento apresentado 
impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. 
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados 
deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma 
de investigação, ainda que consideradas insuficientes para 
identificar o indiciado. 
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação 
criminal, a autoridade encarregada tomará as providências 
necessárias para evitar o constrangimento do identificado. 
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo 
datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos 
da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito 
policial ou outra forma de investigação. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a 
identificação criminal poderá incluir a coleta de material 
biológico para a obtenção do perfil genético. (Incluído pela 
Lei nº 12.654, de 2012) 
Art. 5o-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético 
deverão ser armazenados em banco de dados de perfis 
genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia 
criminal. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 1o As informações genéticas contidas nos bancos de 
dados de perfis genéticos não poderão revelar traços 
somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto 
determinação genética de gênero, consoante as normas 
constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, 
genoma humano e dados genéticos. (Incluído pela Lei nº 
12.654, de 2012) 
§ 2o Os dados constantes dos bancos de dados de perfis 
genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e 
administrativamente aquele que permitir ou promover sua 
utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em 
decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 3o As informações obtidas a partir da coincidência de 
perfis genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial 
firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Incluído 
pela Lei nº 12.654, de 2012) 
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do 
indiciado em atestados de antecedentes ou em informações 
não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua 
rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, 
após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em 
julgado da sentença, requerer a retirada da identificação 
fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente 
provas de sua identificação civil. 
Art. 7o-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de 
dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei para 
a prescrição do delito. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 
2012) 
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de 
dados ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
II - no caso de condenação do acusado, mediante 
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do 
cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
Art. 7o-B. A identificação do perfil genético será 
armazenada em banco de dados sigiloso, conforme 
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído 
pela Lei nº 12.654, de 2012) 
Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça 
e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e 
de Impressões Digitais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais serão 
regulamentados em ato do Poder Executivo 
federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões 
Digitais tem como objetivo armazenar dados de registros 
biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de 
íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais 
federais, estaduais ou distritais. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões 
Digitais será integrado pelos registros biométricos, de 
 
 
 
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impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em 
investigações criminais ou por ocasião da identificação 
criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de 
impressões digitais, de íris, face e voz dos presos 
provisórios ou definitivos quando não tiverem sido 
extraídos por ocasião da identificação criminal. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e 
de Impressões Digitais, ou com ele interoperar,os dados de 
registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos 
por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 
das esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo 
Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de 
Identificação Civil. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 6º No caso de bancos de dados de identificação de 
natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o 
compartilhamento dos registros do Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais será limitado às 
impressões digitais e às informações necessárias para 
identificação do seu titular. (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
§ 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros 
multibiométricos constantes de outros bancos de dados com 
o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais 
ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a unidade 
gestora. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 8º Os dados constantes do Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais terão caráter 
sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua utilização 
para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão 
judicial responderá civil, penal e 
administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 9º As informações obtidas a partir da coincidência de 
registros biométricos relacionados a crimes deverão ser 
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial 
habilitado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 10. É vedada a comercialização, total ou parcial, da base 
de dados do Banco Nacional Multibiométrico e de 
Impressões Digitais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão 
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito ou ação 
penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 
2000. 
Brasília, 1o de outubro de 2009; 188º da Independência e 
121º da República. 
 
8. Já Caiu. Vamos Treinar? 
1. (Ano: 2014. Banca: Aroeira. Órgão: PC-TO. Prova: Papiloscopista. A identificação do suspeito em 
uma investigação criminal é medida inerente ao processo penal, sem a qual não se poderá ter certeza 
da individualização do autor do fato delituoso. O inciso LVIII, da Constituição Federal, diz que o 
“civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em 
lei”. A lei que regula a identificação, no âmbito do processo criminal, é a: 
 a) Lei n. 3.689 de 1941. 
 b) Lei n. 7.116 de 1983. 
 c) Lei n. 9.454 de 1997. 
 d) Lei n. 12.037 de 2009. 
 
 
 
 
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2. (Ano: 2016. Banca: FUNCAB. Órgão: PC-PA. Prova: Papiloscopista). Quanto à identificação do 
civilmente identificado, nos termos da Lei n° 12.037, de 2009, é correto afirmar que: 
 a) a identificação criminal do indicado constará em atestados de antecedentes ou em informações não 
destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 b) os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, respondendo civil, 
penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos 
nesta lei ou em decisão judicial. 
 c) as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas em laudo 
médico firmado por geneticista, regularmente inscrito no conselho regional de medicina. 
 d) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos poderão revelar traços 
somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de gênero, consoante as normas 
constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. 
 e) a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no momento do trânsito em julgado da 
sentença condenatória irrecorrível. 
 
3. (Ano: 2015. Banca: FUNIVERSA. Órgão: PC-DF. Prova: Papiloscopista Policial). A Lei n.° 
12.037/2009 dispõe acerca da identificação criminal do indivíduo civilmente identificado, estando 
correto afirmar que 
 a) basta a juntada do procedimento datiloscópico aos autos da comunicação da prisão em flagrante para o 
processo de identificação criminal. 
 b) não é vedado informar a identificação criminal de indivíduo indiciado nos atestados de antecedentes 
destinados à justiça. 
 c) o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal. 
 d) a identificação civil só poderá ser atestada pela carteira de identidade, pela carteira de trabalho ou por 
meio da apresentação de um passaporte. 
 e) os documentos de identificação civil, no tocante à identificação criminal do civilmente identificado, são 
equiparados aos documentos de identificação militar. 
 
 
 
 
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4. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA – PE. Prova: Auxiliar de Legista (+ 
provas). De acordo com a Lei n.° 12.037/2009 e suas alterações, a identificação criminal com coleta de 
material biológico para a obtenção do perfil genético do indiciado pode ocorrer quando 
 a) for essencial a investigações policiais, de acordo com despacho da autoridade judiciária competente. 
 b) o documento apresentado for insuficiente para identificá-lo. 
 c) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si. 
 d) constar de registros policiais o uso, pelo indiciado, de outros nomes ou diferentes qualificações. 
 e) o documento apresentado pelo indiciado tiver rasura. 
 
5. (Ano: 2014. Banca: VUNESP. Órgão: PC-SP. Prova: Atendente de Necrotério Policial). Conforme 
dispõe a Lei Federal n.º 12.037/09, embora apre- sentado documento de identificação, poderá ocorrer 
identificação criminal quando 
 a) a autoridade policial julgar conveniente. 
 b) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação. 
 c) assim determinar o representante do Ministério Público. 
 d) a critério do responsável pela apresentação de preso. 
 e) o investigado comparecer ao distrito policial portando somente a carteira de trabalho. 
 
6. (Ano: 2015. Banca: VUNESP. Órgão: PC-CE. Prova: Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe). 
Paulo foi abordado pela polícia na via pública por estar em atitude suspeita e, indagado sobre sua identidade, 
apresentou aos policiais uma cédula de identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Conduzido para 
a Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei no 12.037/2009), ao Delegado de 
Polícia compete a(s) seguinte(s) conduta(s): 
 a) solicitar de Paulo, como condição para não ser identificado criminalmente, algum documento fora 
daqueles previstos no rol do artigo 2o da Lei de Identificação Criminal. 
 b) requisitar, por despacho fundamentado, a colheita de impressões digitais de Paulo, a fotografia dele e 
ainda a coleta de material biológico, considerando a dúvida que recai sobre a identidade dele em razão do 
RG rasurado que apresentou na sua abordagem. 
 
 
 
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 c) representar ao juiz pela prisão preventiva de Paulo, considerando que a dúvida sobre sua real identidade 
põe em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal, levando-se em conta que ele foi preso 
em atitude suspeita na via pública. 
 d) dispensar Paulo, considerando que a lei de identificação é expressa no sentido de que o civilmente 
identificado – como no caso – não será submetido à identificação criminal. 
 e) registrar a ocorrência, submetendo Paulo, por despachofundamentado, a processo datiloscópico e 
fotográfico, considerando a rasura do documento apresentado por ele, com base no artigo 3o, inciso I, da Lei 
de Identificação Criminal. 
 
7. (Ano: 2017. Banca: FUNDATEC. Órgão: IGP-RS. Prova: Perito Criminal - Biomedicina/ Farmácia/ 
Biologia). Em relação à Lei nº 12.654, que altera as Leis nº 12.037/2009 e nº 7.210/1984, possibilitando 
a coleta de perfis genéticos para inclusão em Bancos de Perfis Genéticos criminais, assinale a 
alternativa correta. 
 a) Foi um grande avanço, embora ainda pouco abrangente, pois permitiu a coleta e armazenamento de perfis 
genéticos exclusivamente de condenados por crimes hediondos. 
 b) Dentre as alterações feitas na Lei nº 12.037/2009, consta que os perfis genéticos obtidos serão incluídos 
em Banco de Perfis Genéticos gerenciado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). 
 c) Dentre as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos, poderão ser incluídos 
traços somáticos que permitam apontar características físicas do fornecedor da amostra. 
 d) A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei 
para a prescrição do delito. 
 e) Com a implantação do Registro de Identidade Civil (RIC), que integrará as bases de dados de Registro-
Geral de Identificação Civil de todas as unidades da federação, além dos métodos de identificação já 
utilizados, papiloscópico e fotográfico, também será obrigatória a coleta de material genético para inclusão 
em banco de perfil genético. 
 
8. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA – PE. Prova: Perito Papiloscopista). 
De acordo com a Lei n.° 12.037/2009, e considerando que um indivíduo, no momento em que estiver 
sendo indiciado pela prática de crimes contra o patrimônio, apresente sua carteira profissional como 
documento de identificação, assinale a opção correta. 
 
 
 
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 a) Na situação em apreço, ainda que seja constatada rasura na carteira profissional, a apresentação desse 
documento garante ao indivíduo o direito de não ser identificado criminalmente. 
 b) Na situação considerada, o indivíduo deverá ser identificado criminalmente, já que a identificação civil 
somente pode ser atestada pela apresentação de carteira de identidade ou passaporte. 
 c) A lei em apreço determina que os acusados ou indiciados por crimes contra o patrimônio terão de ser 
submetidos a identificação criminal. 
 d) O indivíduo em questão não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que a referida lei não 
contempla exceções à determinação de que o civilmente identificado por documento original não será 
submetido a identificação criminal. 
 e) Na situação considerada, o indivíduo poderá ser identificado criminalmente se, contra ele, houver registro 
policial dando conta do uso de outros nomes ou diferentes qualificações. 
 
9. (Ano: 2016. Banca: CESPE. Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA – PE. Prova: Perito Papiloscopista). 
Considerando que um indivíduo indiciado pela prática de homicídio doloso tenha apresentado 
documento de identificação militar com indícios de falsificação, assinale a opção correta à luz da Lei 
n.°12.037/2009. 
 a) Caso o referido indiciado seja submetido a identificação criminal, esta deverá ser mencionada nos 
atestados de antecedentes antes mesmo do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 b) A cópia do documento em questão não deverá ser juntada aos autos do inquérito, pois os mencionados 
indícios de falsificação, independentemente de sua natureza e de sua extensão, tornam o documento 
insuficiente para identificar o indiciado. 
 c) Na situação em apreço, caso haja necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada desse 
procedimento terá de tomar as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado. 
 d) O indivíduo deverá ser informado de que os documentos de identificação militares, para as finalidades 
da Lei n.° 12.037/2009, diferem dos documentos de identificação civis. 
 e) Na situação considerada, caso o indivíduo seja submetido a identificação criminal, esta incluirá o 
processo datiloscópico, mas excluirá o processo fotográfico e a coleta de material biológico por tratar-se da 
prática de crime por militar. 
 
 
 
 
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10. (Ano: 2015. Banca: FCC. Órgão: DPE-MA. Prova: Defensor Público) A Constituição Federal em 
seu artigo 5° , inciso LVIII reza que “o civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei". A Lei n° 12.037, de 1° de outubro de 2009, 
regulamentando o dispositivo constitucional, dentre outras previsões, admite 
 a) a identificação obrigatória sob o fundamento de ser o agente estrangeiro. 
 b) a carteira de trabalho como documento de identificação civil, mas não a carteira de identidade funcional. 
 c) a identificação criminal se o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o 
indiciado. 
 d) a identificação criminal se essencial às investigações policiais, se houver despacho fundamentado da 
autoridade policial. 
 e) a identificação datiloscópica, a fotográfica, mas não a coleta de material biológico. 
Gabarito 
1 – D; 2 – B; 3 – E; 4 – A; 5 – B; 6 – E; 7 – D; 8 – E; 9 – C; 10 – C.