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@veterinariando_ • Existem atualmente mais de 950 espécies conhecidas no mundo • E no Brasil aproximadamente 75 espécies 75 espécies distribuídas em 9 gêneros o ARGASIDAE – gênero dos carrapatos moles ➢ Ornithodoros ➢ Antricola ➢ Nothoaspis ➢ Argas o IXODIDAE – gênero dos carrapatos duros ➢ Amblyomma ➢ Ixodes ➢ Haemaphysalis ➢ Rhipicephalus ➢ Dermacentor • Todos os carrapatos se alimentam de sangue dos hospedeiros – em pelo menos um dos estágios pós-embrionário o carrapato possui hábitos hematófagos • Parasitam mamíferos, aves, anfíbios e répteis • Segundo grupo na transmissão de patógenos, superados apenas pelos mosquitos • Vírus, bactérias, protozoários, fungos e nematódeos • Parasitam todos os grandes grupos de vertebrados – principalmente para os animais silvestres há grande diversidade o Hipostômio – presença de dentes “recurrentes”, que auxiliam na fixação do carrapato no hospedeiro o Órgão de Haller – estrutura sensorial na superfície dorsal do tarso I, utilizada pelo carrapato para buscar seu hospedeiro por meio da temperatura, liberação do CO2 durante a respiração 3 estágios – larva (hexápode), ninfa e adultos (octópode) Idiossoma Cabeça, tórax e abdômen são fundidos Gnatossoma Região da boca • “carrapatos moles” – são carrapatos que não possuem escudo (estrutura quitinizada/endurecida) • Dimorfismo sexual é de difícil identificação • Aparelho bucal (Gnatossoma) é encontrado na região ventral – com exceção das larvas • Escudo ausente em ninfas e adultos (rudimentar nas larvas de algumas espécies) • Alimentação lenta nas larvas (7 a 10 dias) • Alimentação rápida nos estádios de ninfa e adultos (20 a 30min) Ornithodoros spp. o Adultos apresentam grande longevidade – há espécies que conseguem ficar anos enterrada sem se alimentar e mesmo assim sobreviver o Vetores de borrélias causadora da Febre Recorrente O. brasiliensis • Descrito no Brasil, no município de São Francisco de Paula – RS em 1923 • Os adultos podem viver quase 6 anos sem alimentação • Espécie encontrada naturalmente infectada por Borrelia brasiliensis, causadora da febre em cobaias de laboratório • “carrapatos duros” – presença de escudo, que pode ser completo ou anterior que existe em todos os estágios de vida do carrapato • Ovo, larva, um estágio de ninfa e adultos • Alimentação lenta em todas as fases. Saliva tóxica que prova feridas na pele • Animais silvestres, domésticos e o homem • Rhipicephalus microplus, Dermacentor nitens • R. sanguineus, Amblyomma spp., Ixodes spp., Haemaphysalis spp. o Tem maior importância na transmissão de patógenos na natureza o Larvas e ninfas com uma menor especificidade parasitaria o Larvas e ninfas – principais estágios que parasitam humanos o Adultos sobrevivem mais tempo fora do hospedeiro Amblyomma spp. ➢ Adulto – 12 a 24 meses ➢ Ninfa – até 12 meses ➢ Larva – aproximadamente 6 meses Amblyomma sculptum, A. cajannense – “carrapato-estrela” Equinos (adultos), mamíferos Amblyomma aureolatum – “carrapato amarelo do cão” Cães em áreas rurais, parques florestados Rhicephalus sanguineus – “carrapato vermelho do cão” Cães de áreas urbanas Rhipicephalus microplus – “carrapato do boi” Bovinos Dermacentor nitens – “carrapato da orelha do cavalo” Equinos Argas miniatus Aves domésticas Dermacentor nitens o Parasita primariamente de equinos o Carrapato exclusivo do Novo Mundo, ou seja, encontrado apenas nas Américas o Um dos principais vetores de Babesia equi e B. caballi – agentes da Babesiose equina Rhipicephalus (Boophilus) microplus o Parasitam bovinos, mas podem infestar também outros animais domésticos o Espécie com maior distribuição geográfica o Possui grande importância econômica – hematofagia, compromete o couro do bovino o Causadora da Tristeza Parasitária Bovina – transmissores de Babesia bovis, B. bigemina e Anaplasma marginale Rhipicephalus sanguineus o Parasitam cães doméstico de áreas urbanas o Carnívoros silvestres em cativeiro ou em áreas sem cães domésticos o Se alojam em frestas ou buracos, entre os tijolos da parede, nas telhas e também nas vigas de sustentação – possuem atração por lugares altos o Escalam os muros das casas vizinhas o Poucos relatos de parasitismo em humanos na Região Neotropical o Vetores de Babesia spp. Amblyomma sculptum o Ciclo de vida dura cerca de 1 ano o Tem baixa especificidade parasitaria em todas as fases, comumente ataca o homem o É o principal vetor de Rickettsia rickettsii (Febre Maculosa Brasileira) no Brasil o Sua saliva tóxica provoca feridas na pele de seu hospedeiro Amblyomma aureolatum o Possui escudo de coloração amarelada o Hospedeiros ▪ Fase adulta – preferência por cão doméstico ▪ Fase larval e ninfa – preferência por roedores silvestres e aves o Vetor de Rickettsia rickettsii – em regiões florestadas Amblyomma ovale o Possui escudo de coloração esverdeada o Hospedeiros ▪ Fase adulta – preferência por canídeos silvestres e cão doméstico (áreas florestadas) ▪ Fase larval e ninfa – preferência por roedores silvestres, marsupiais, carnívoros e aves o Vetor de Rickettsia parkeri cepa Mata Atlântica Ixodes spp. o É o gênero com maior número de espécies no mundo o Muitas espécies são consideradas de importância médico-veterinária, por participarem da cadeia epidemiológica de antropozoonoses em diferentes regiões do mundo o América do Norte e Europa, são responsáveis pela transmissão de patógenos para humanos (Doença de Lyme) o Toxinas capazes de provocar paralisia nos hospedeiros, inclusive em humanos Amblyomma humerale o Muito comum em jabutis o Conhecido como “carrapato do jabuti” Amblyomma rotundatum o Conhecido como “carrapato do sapo” ou “carrapato das cobras” o Fêmeas dessa espécie são partenogenéticas – não necessitam do macho para a cópula o Machos são muitíssimo raros – pouco estudos de registros Amblyomma varium o Conhecido como “carrapato gigante da preguiça” o Tem preferência pelo bicho preguiça • Evitar caminhas em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre • O corpo e as roupas devem ser vistoriados para evitar o contágio • Redução da população de carrapatos (com acaricidas comerciais ou controle biológico) • Uso de repelentes, acaricidas e outros meios de proteção, como roupas claras que facilitam a visualização dos carrapatos • Barreiras físicas – calças compridas com parte inferior por dentro das botas e fitas adesivas dupla face lacrando a parte superior da bota. Utilização de roupas claras, para facilitar a visualização dos carrapatos • Não esmagar os carrapatos com as unhas, pois com o esmagamento pode haver liberação de patógenos que têm a capacidade de penetrar por meio de micro lesões na pele. Retira-los com calma através de leve torção, para liberar as peças bucais, utilizando pinça ou luvas • Controle química ou biológico nos animais domésticos por meio de banhos estratégicos de carrapaticidas • Redução da população de carrapatos no ambiente (acaricidas comerciais ou controle biológico) • Rotação de pastagens – aparar a grama o mais rente ao solo, facilitando assim a penetração dos raios solares
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