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Neoplasias

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Neoplasias 
É uma massa anormal de tecido, cujo 
crescimento excede e é descoordenado 
com o dos tecidos normais e que persiste 
do mesmo modo excessivo depois do 
término do estímulo que provocou a 
mudança. É um crescimento autônomo, 
anormal, excessivo, sem controle e 
independente. 
Parênquima: componente celular 
neoplásico 
Estroma: conjuntivo, vasos, células 
inflamatórias, demoplasia. 
 
 NOMENCLATURA 
TUMORES BENIGNOS 
- Baseado no componente 
parenquimatoso do tumor 
- Sufixo oma = neoplasia benigna 
- Tumores mesenquimais 
(mesodérmico), pode ser: 
➢ Condroma: tumor 
formador de cartilagem 
➢ Fibroma: tumor fibroso 
fibroblástico 
➢ Osteoma: tumor formador 
de ossos 
- Tumores epiteliais (ecto e 
endodérmicos): 
➢ Adenoma: tumor formador 
de glândulas 
➢ Papiloma: tumor epitelial 
formados de digitações 
➢ Cistoadenoma: tumor 
epitelial que forma um cisto 
➢ Pólipo: ​elevação tumoral 
em mucosas. 
 
Na nomenclatura, deve-se adicionar no 
final o local de origem: 
- Leiomioma de útero 
- Condroma de fêmur 
- Adenoma de cólon 
- Carcinoma epidermóide de laringe 
- Adenocarcinoma de estômago 
- Carcinoma de mama 
 
CATEGORIAS ESPECIAIS DA     
NOMENCLATURA 
● Tumores com diferenciação mista 
- Tumores mistos (adenoma 
pleomórfico), 
carcinossarcoma. 
● Teratoma 
- Tumores contendo células 
de mais de dois folhetos 
germinativos, originados de 
células totipotenciais, 
teratoma maduro. 
● Embriomas/blatomas 
- Formado pela blastema de 
órgãos e tecidos (células 
imaturas), neuroblastoma, 
nefroblastoma (WIms), 
meduloblastoma 
● Diferenciação descolada (não 
neoplásico) 
- Hamartoma: massa não 
organizada de tecido com 
células maduras usuais 
para a sua localização 
(pulmão, mama) 
- Coristoma (heterotopia): 
foco ectópico de tecido 
normal (pâncreas, 
estômago) 
EXCEÇÕES 
Muitos OMAS são malignos (antigamente 
se usava adjetivo maligno junto(, como 
hepatoma, melanoma, seminoma, linfoma 
e leucemia. 
Alguns carcinomas ou sarcomas têm 
comportamento benigno, como carcinoma 
basocelular da pele, cistosarcoma filódio 
da mama, lipossarcoma bem diferenciado 
superficial. 
 
 BIOLOGIA DO CRESCIMENTO 
 TUMORAL 
NEOPLASIAS CLÍNICA 
● Benigno 
- Crescimento lento 
- Sintomas pela localização 
(lipoma, meningioma) 
● Maligno 
- Crescimento rápido 
- Invasão local 
- Metástase 
- Perda de peso, anorexia, 
anemia. 
NEOPLASIA MACROSCOPIA 
● Tumor 
- Cor, textura e consistência 
diferente do normal 
● Benigno 
- Ovoide, circunscrito, 
capsulado, móveis, firme, 
uniforme 
● Maligno 
- Forma irregular, mal 
delimitado, invasão 
adjacente, hemorragia, 
infarto, ulceração 
- Consistência firme 
(carcinoma) ou mole 
(sarcoma) 
 
DIFERENCIAÇÃO NEOPLÁSICA 
● Neoplasia bem diferenciada 
(semelhante às células maduras 
de um tecido) 
● Neoplasia pouco diferenciada 
(constituído por células primitivas 
com pouca diferenciação) 
● Neoplasia indiferenciada ou 
anaplásica (sem linha de 
diferenciação) 
● Correlação com comportamento 
biológico 
- Tumor bem diferenciado: 
geralmente benignos, baixa 
malignidade 
- Tumor pouco diferenciado: 
maligno, prognóstico ruim 
 
 GRAU DE ANAPLASIA 
● Pleomorfismo celular 
- Tamanho, forma, célula 
gigante tumoral 
● Anisonucleose e hipercromasia 
- Relação núcleo/citoplasma 
alta 
- Aglutinação da cromatina, 
nucléolo proeminente 
● Mitoses 
- Índice mitótico, localização 
das mitoses, atípicas 
● Polaridade 
- Perda de polaridade, 
desorganização 
● Alterações funcionais 
- Colágeno, queratina, 
hormônios, Igs 
● Anormalidades cromossômicas 
- Indels, translocações, 
aneuploidia 
 
ANGIOGÊNESE 
● Densidade microvascular 
- Contagem de novos 
capilares 
- Marcador de crescimento 
- Graduação tumoral 
● Necrose central isquemia 
- Crescimento rápido sem 
suprimento sanguíneo 
suficiente 
 
ESTROMA TUMORAL 
● Colágeno escasso 
- Tumor mole, carnoso 
- Linfoma, sarcoma, 
carcinoma medular 
● Excessivo 
- Tumor firme, pétreo 
- Carcinomas, carcinomas, 
desmoplásicos 
 
 MORFOLOGIA TUMORAL 
● Presente ou não da neoplasia 
● Secundária: ulceração, infecção, 
inflamação aguda ou crônica 
● Parte morfológica: resposta 
imunológica mediada por células. 
- Inflamação crônica 
(linfócitos, plasmócitos, 
macrófagos´, 
granulomatosa), ataca o 
tumor, pode melhorar o 
prognóstico. 
- Melanoma, carcinoma tipo 
linfoepitelioma, carcinoma 
medular, coriocarcinoma, 
tumor de Warthin 
 
O que significa graduar um câncer? 
● Grau 
- Parâmetro histológico de 
quantificação do grau de 
diferenciação de células 
neoplásicas 
- Identifica o grau de 
anaplasia 
● Muitas neoplasias têm espectro de 
diferenciação 
- Bem-diferenciado, baixo 
grau, lembram células 
maduras de tecido, pouca 
anaplasia 
● Importância da graduação 
- Prediz comportamento 
clínico e resposta a 
tratamentos 
 
CONDIÇÃO PRÉ-NEOPLÁSICA 
Displasia 
- Crescimento anormal de células 
atípicas 
- Apresenta algumas características 
microscópicas de malignidade 
- Em algumas situações progride 
para malignidade (displasia no 
colo uterino, pólipos colônicos) 
- Graduado como baixo ou alto 
grau, manejo clínico diferente 
- A maioria não evolui para câncer 
- Displasia de alto grau é 
equiparada com neoplasia in situ 
 
TAXA DE CRESCIMENTO     
TUMORAL 
Tempo de duplicação de células tumorais 
- 30 divisões geram 10​9​ células 
gerando 1g (meses ou anos) 
- 10 novas duplicações podem gerar 
1kg e ser letal 
 
FENÓTIPO TUMORAL 
● Célula neoplásica (antissocial) 
- Prolifera rapidamente 
(produz fatores de 
crescimento) 
- Imortalidade 
- Crescimento excessivo 
- Sem função 
- Geneticamente instável 
(mutante) 
- Invasão local 
- Metástase a distância 
● Célula tronco tumoral 
- Monoclonal, células 
iniciadoras 
- Auto-renovação 
- Replicação assimétrica 
(células filhas com destinos 
diferentes) 
- Transdiferenciação 
(plasticidade) 
- Ex: leucemia aguda 
● Tumor benigno 
- Circunscrito, expansivo 
sem infiltração 
● Tumor maligno 
- Invasão, infiltração, 
destruição tecidual 
- Menos resistência: 
cavidades, linfáticos, vasos 
sanguíneos, perineural, 
osso 
- Maior resistência: 
cartilagem, colágeno, fibras 
elásticas 
● Metástase 
- Disseminação tumoral 
descontínua com a 
neoplasia primária 
- Rotas de disseminação: 
linfática, hematogena, 
cavidades e passagens 
naturais (liquor) 
 
 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER 
Estuda a ocorrência de tumores na 
população, identifica possíveis causas 
ambientais e genéticas, ajuda no 
diagnóstico, tratamento e prevenção. 
 
Câncer representa 20% de todas as 
mortes no mundo. 
⅓ está relacionado com fatores de risco 
modificáveis, como fumo, álcool, 
obesidade, sedentarismo, dieta pobre em 
fibras, DSTs, poluição… 
 
 
 
Mortalidade 
 
 FATORES 
PREDISPONENTES 
 (COFATORES) 
● Endógenos (hospedeiro) e 
exógenos (ambientes) 
- Genético familiar e 
hereditário: 
retinoblastoma, mama 
- Geográfico e ambiental: 
exposição solar, dieta, 
obesidade, poluição, fumo, 
álcool, vírus, resíduos 
industriais 
- Raciais​: genético + geográfico, 
pigmentação/câncer de pele, 
próstata, mama (EUA/japão/ásia), 
mieloma 
- Cultural:​ dieta com pouca fibra, 
circuncisão 
- Idade:​ muito significativo, ⅔ 
ocorrem >55 anos, crianças 
(leucemias, blastomas, sarcomas) 
- Sexo:​ homem mais comum, 
mulher (mama, vesicula biliar, 
tireóide e hipofaringe), hormonal 
 
Incidência aumentada de câncer 
 
 CONDIÇÕES HORMONAIS 
● Estrogênio 
- Modelo animal: mama, 
ovários 
- Humanos: TRH, tumor 
secretor. Aumenta o risco 
de câncer de mama, 
ovário, endométrio e 
vagina.● Anticoncepcional oral 
- Aumenta o risco de câncer 
de mama, adenoma e 
carcinoma de fígado 
● Esteróides anabolizantes 
- Aumenta o risco adenoma 
e carcinoma de fígado 
 
Mundo Homens Mulheres Crianças 
1 Próstata Mama Leucemia 
aguda 
2 Pulmão Pulmão gliomas 
3 Colorretal Colorretal Sarcoma 
ósseo 
4 Bexiga Endométrio Endócrinos 
5 Linfoma Linfoma Sarcoma tec. 
moles 
Mundo Homem Mulheres 
1 Pulmão Pulmão 
2 Próstata Mama 
3 Colorretal Colorretal 
Doença Tipo de câncer 
Ceratose actínica Carcinoma 
epidermóide 
Cirrose Carcinoma 
hepatocelular 
Retocolite ulcerativa Adenocarcinoma 
colorretal 
Esôfago de Barrett Adenocarcinoma 
esôfago 
Doença de Paget Osteossarcoma 
Imunodeficiência Linfoma 
 
 
● Tumores hormônio dependentes 
- Câncer de próstata: 
testosterona, responde terapia 
com estrógeno 
- Câncer de mama diminui com 
ooforectomia, hipofisectomia e 
administração de testosterona 
- Câncer de tireóide diminui 
crescimento com uso de 
tiroxina (diminui o TSH) 
 
 GENÉTICA MOLECULAR DO CÂNCER 
● Teoria genética do câncer: 
alteração genética não letal, 
herdade ou induzida 
● Monoclonalidade dos tumores: 
expansão clonal de uma célula 
transformada. Teoria do campo de 
efeito no câncer 
● Crescimento e progressão do 
câncer (carcinogênese) é um 
processo em múltiplas etapas 
● Alterações em reguladores 
genéticos da divisão celular 
 
PRINCIPAIS GRUPOS DE GENES 
MUTADOS NO CÂNCER 
● Proto-oncogeneses 
- Estimula crescimento e 
transformação. Dominante 
● Genes supressores tumorais 
- Diminuição do crescimento, 
inativação permite 
crescimento sem freios. 
Recessivo. 
● Genes relacionados com apoptose 
- Alterações permitem 
imortalidade mesmo com 
danos no DNA, perde 
morte programada. 
Dominante ou recessivo 
● Genes de reparo do DNA 
- Inabilidade de reparo -> 
instabilidade genética 
mutações 
 
FUNDAMENTOS GENÉTICOS DO 
FENÓTIPO MALIGNO - HABILIDADES 
ADQUIRIDAS COM MUTAÇÕES 
● Autossuficiência de sinais de 
crescimento 
● Insensibilidade a sinais inibitórios 
de crescimento 
● Evasão da apoptose 
● Defeitos no reparo de DNA 
(mutante) 
● Potencial replicativo ilimitado 
(alongamento de telômeros) 
● Angiogênese sustentada 
● Habilidade de invasão e metástase 
● Inflamação estimuladora tumoral 
● Metabolismo energético 
reprogramado (efeito Warburg) 
● Alterações cromossômicas 
epigenéticas (DNA instável) 
● Evasão ao sistema imune 
 
AUTOSSUFICIÊNCIA DE SINAIS DE 
CRESCIMENTO 
Oncogenes -> oncoproteína 
● Mutações pontuais (RAS, RET), 
translocação (BCR/ABL, C-MYC), 
amplificação (HER2, N-MYC) 
● Componentes da proliferação 
celular 
- Fatores de crescimento 
(GF): pdgf-β , tgf-α , FGF 
- Receptores para fatores de 
crescimento: EGFR, HER2, 
C-KIT, RET 
- Proteínas citoplasmáticas 
de transdução de sinais: 
genes da família RAS, 
BCR-ABL 
- Proteínas nucleares 
reguladoras de transcrição: 
MYC 
- Proteínas reguladoras do 
ciclo celular: ciclinas (D1), 
CDK (quinases ciclina 
dependentes, CDK4), 
inibidores cdks 
 
 
ONCOGENE RAS 
● Leva o sinal do receptor de fator 
de crescimento até o núcleo 
● Proto-oncogene necessário no 
crescimento e proliferação celular 
normal 
● Mutação causa ativação constante 
● 30% dos tumores 
● Comum no carcinoma de cólon e 
pâncreas 
 
GENES SUPRESSORES TUMORAIS 
● Anti-oncogenes, remoção dos 
freios de proliferação 
- Deleções, mutações 
pontuais 
➢ Retinoblastoma (RB) 
➢ P53 (TP53) 
➢ TGF-β e o receptor TGF-β 
(carcinoma, astrocitoma) 
➢ Gene APC e a proteína 
β-catenina 
➢ Gélulas germinativas 
(BRCA1 e BRCA2; VHL, 
WT1; Gene neurofibroma 
(NF1 e NF2) 
Gélula​. substantivo feminino Cápsula 
gelatinosa de consistência sólida. 
 
GENES SUPRESSORES RB E TP53 
● Retinoblastoma (RB) 
- Segura células em G1 no 
ciclo celular, parada 
permite ver se está tudo 
bem com o DNA 
- Mutado na maioria dos 
tumores 
● TP53 (P53) 
- Guardião do genoma, se o 
DNA tem algum dano 
permite a parada no ciclo 
celular (via RB) reparo 
- Se o dano ao DNA 
irreparável -> ativa 
apoptose 
- Mutado na maioria dos 
tumores 
 
REGULADORES DA APOPTOSE 
● Evasão da morte celular 
programada 
- Genes codificadores de 
CD95(FAS) e BCL-2 
➢ Mutação por translocação 
➢ Relacionado com o TP53 
 
ANGIOGÊNESE SUSTENTADA 
● Angiogênese tumoral 
- A cada 1-2mm o tumor 
precisa de perfusão 
- Promotores VEGF e bFGF 
 
 INVASÃO E METÁSTASE 
Metástase é a disseminação do câncer 
primário para outros órgãos. É a 
disseminação neoplásica descontínua 
com o tumor primário. 
● Todos os tumores sólidos podem 
se metastatizar 
● Maioria dos pacientes com câncer 
que morrem apresentam 
metástases 
● Principais tipos de câncer que se 
apresentam com metástases no 
diagnóstico: 
- Mama 
- Próstata 
- Pulmão 
- Cólon 
- Fígado 
- Estômago 
● Malignidade -> invasão, infiltração 
e destruição. Pode ser local ou 
direta. Metastática ou a distância. 
● Via de menor resistência: entre 
tecidos, linfáticos, vasos 
sanguíneos, espaço perineural, 
forame de nutrição no osso. 
● A disseminação tumoral é mais 
resistente a colágeno denso, 
tecido elástico e cartilagem. 
 
METÁSTASE 
As rotas de disseminação metastática 
podem ser linfática (mais comum em 
carcinomas) ou hematogênica (mais 
comum em sarcomas) e cavidades e 
passagens naturais. 
● Neoangiogênese: vasculogênese x 
angiogênese x neoangiogênese 
● Crescimento do tumor primário 
com instabilidade genômica: 
subclone com fenótipo adequado -> 
perda de genes supressores de 
metástases (KAI1, MAPK4, RKIP, 
KISS1) 
● Evasão da anoikis: apoptose 
programada pela perda de contato 
com MEC 
● Transição epitelial-mesenquimal e 
invasão: afrouxamento celular pela 
perda de CAMS( ex. E-caderina); 
perda de integrinas e adesão a 
laminina e fibronectina da MEC 
● Intravasação: Célula neoplásica 
morre (anoikis, resposta imune, fluxo 
turbulento) ou sobrevive e vida uma 
CTC (isolada ou em clusters) 
● Sobrevivência na circulação: 
adesão com plaquetas e hemácias 
blindando do ataque imune 
● Extravasação: solo favorável com 
expressão de receptores de 
quimiocinas; Dock and lock (encaixe 
e travamento); Plaquetas. 
 
 
Na dormência ou crescimento de tumor 
secundário após a extravasação, as 
células tumorais disseminadas (CTD) 
podem: 
1. Não crescer e morrer (faltam sinais 
para sobrevivência) 
2. Crescer formando tumor 
metastático (meses) 
3. Não crescer e entrar em 
dormência (anos, após cura) 
 
- ⅓ tem metástase no diagnóstico, 
20% tem metástase oculta 
- A metástase é mais agressiva que 
o tumor primário. Vários sítios. 
- Sintomas: 
➢ SNC: dor, convulsão, 
tontura, aumento da 
pressão intracraniana. 
(Pulmão, mama, melanoma, 
cólon, rim) 
➢ Fígado: icterícia, náusea, 
dor, insuficiência hepática. 
(Cólon, pulmão, mama, 
melanoma, estômago, 
pâncreas) 
➢ Osso: dor, fratura, 
compressão, caquexia, dor. 
(Próstata, mama, rim, pulmão, 
tireóide) 
➢ Pulmão: tosse, dispneia, 
hemoptise, insuficiência 
respiratória. ​(Bexiga, cólon, 
mama, próstata, sarcoma) 
 
 
Câncer Local frequente de 
metástase 
Mama Osso, pulmão, fígado, 
SNC 
Próstata Osso, fígado, LFN, 
pulmão 
Pulmão Osso, fígado, adrenal, 
SNC 
Colorretal Fígado, pulmão, 
peritônio 
Fígado Peritônio, pulmão, 
osso 
Estômago Fígado, pulmão, 
peritônio 
 ONCOGÊNESE (carcinogênese) 
A oncogênese é o estudo dos 
mecanismos de indução de tumores 
(patogênese da transformação 
neoplásica). 
Os agentes indutores são chamados de 
carcinógenos (agentes etiológicos), sendo 
os principais: químicos (drogas), físicos 
(radiação) e biológicos (infecciosa) 
 
 
Carcinogênese química 
Aumento da incidência de carcinoma de 
pele escrotal limpadores de fuligem. 
Etapas: dose do agente químico -> 
sequência de iniciação-promoção 
 
CATEGORIASDE INDUÇÃO QUÍMICA 
Composto de atuação direta 
- Carcinógeno derradeiro 
- Constituídos de átomos com 
deficiência de elétrons 
- Reagem com sítios ricos em 
elétron na célula (núcleo, DNA, 
RNA, proteínas) 
- Reação não enzimática que forma 
produtos adicionais 
- Exemplos: agentes alquilantes e 
acidilantes 
Composto de atuação indireta 
(pró-carcinógenos) 
- Requer conversão metabólica in 
vivo para atuação 
- Maioria metabolizado pelo 
citocromo P450 (CYPs) 
- Exemplos: hidrocarbonetos 
aromáticos e aminas aromáticas. 
 
INICIADORES 
Ação direta 
- Beta-propiolactona (desinfetante) 
- DMSO (solvente) 
- Diepoxibutano (agente 
preservativo têxtil) 
- Medicamentos (ciclofosfamida, 
clorambucil, nitrosureias) 
- Agentes acetilantes (acetil 
imidazol) 
Linfomas, leucemias, bexiga 
 
Ação indireta (pró-carcinógenos) 
- Hidrocarbonetos (fumaça, 
poluição, comida defumada, etc) 
- Produto de plantas e micróbios 
- Aminas aromáticas (naftalina, 
corantes) 
- Nitrosaminas, asbestos, arsênio, 
metais, inseticidas, fungicidas 
Trato aerodigestivo, pele, bexiga, fígado, 
estômago 
 
PROMOTORES 
● Forbol (composto orgânico^de 
plantas, tóxico) 
● Hormônios (estrogênio, 
testosterona, esteróides) 
● Cigarro 
● Vírus 
● Fenóis 
● Drogas 
● Dieta (açúcar refinado, deficiência 
de ácido graxo ômega-3) 
 
CARCINOGÊNESE 
RADIOATIVA 
Radiação de energia na forma de Luz UV 
solar, raios eletromagnéticos, ionizantes 
(raios x, gama), partículas (alfa, beta, 
prótons, nêutrons). Pode transformar e 
induzir neoplasias em humanos e 
modelos experimentais. 
 
Raios UV: ​radiação não ionizante que 
causa vibração e rotação de átomos e 
moléculas biológicas. Aumenta a 
incidência de carcinomas basocelular e 
epidermóide, e melanoma. O risco é 
aumentado dependendo do tipo de raio 
(sendo o UVB pior), a intensidade da 
exposição e o tipo de pele. 
No núcleo, há formação de dímeros de 
pirimidina no DNA, inibe a divisão celular, 
inativa enzimas, induz mutações e morte 
celular. 
 
Radiação ionizante: Ondas curtas e de 
alta frequência, podem ionizar moléculas 
biológicas. Radiações eletromagnéticas 
(fótons) e de partículas são 
carcinogênicas (em todos os cenários: 
terapia, ocupacional ou incidentais como 
a bomba atômica) 
● Riscos ocupacionais 
- Desenvolvedores de 
raios-X -> carcinomas de 
pele 
- Mineradores -> câncer de 
pulmão 
- Leucemia > tireóide > 
mama > pulmão > glândula 
salivar > linfoma > 
angiossarcoma > 
carcinoma basocelular > 
cólon 
Latência de aproximadamente 10 anos, 
resistência relativa (pele, osso, TGI) 
 
Carcinogênese biológica: Pode ser vírus 
ou bactéria 
● Vírus 
- Tanto vírus DNA quanto 
RNA 
- HPV → carcinoma 
epidermóide de cérvice 
uterina, penis, orofaringe 
- EBC → linfoma de Burkitt, 
carcinoma de nasofaringe 
- HBV, HCV → carcinoma 
hepatocelular 
- HTLV1, HTLV2 → 
linfoma/leucemia de células 
T (vírus RNA) 
- HHV8 → sarcoma de 
kaposi, linfoma B pleural 
- Poliomavírus → carcinoma 
de Merkel 
● Bactéria 
- H. pylori → linfoma MALT e 
carcinoma gástrico 
 
 
 IMUNIDADE TUMORAL 
Resposta imune do hospedeiro contra o 
tumor na tentativa de sua destruição 
Observações do conceito imunológico: 
- Infiltrado linfocítico tumoral 
(melhora prognóstico) 
- Regressão tumoral espontânea 
- Baço raramente tem tumor 
primário ou secundário 
- Aumento da frequência de câncer 
com imunossupressão (vigilância 
imunológica) 
- Antígenos tumorais: definido 
atualmente como todo antígeno 
reconhecido pelo sistema imune 
(cel. TCD8) 
 
Resposta imune anti-tumoral 
- Principal mecanismo é o mediado 
por células (T citotóxicas CD8 
(mais comum), células NK, 
macrófagos, células CD4 
- Mecanismo humoral por anticorpos 
citotóxicos e ativação do 
complemento pode atual 
- Mecanismos regulatórios da 
imunidade (desaparecimento, 
imunossupressão, algum grau de 
tolerância ao agente) 
 
Como o tumor escapa da resposta 
imune? 
- Novas mutações (assim como 
vírus e bactérias) 
- Diminuição de agentes MHC da 
superfície celular 
- Mascaramento de antígenos 
- Indução de apoptose nas células 
TCD8+ 
- Agentes imunossupressores 
- Falta de moléculas 
co-estimuladoras (segundo sinal 
na ativação das células T) 
- Imunoedição (seleção natural 
dentro de um tumor heterogêneo) 
 
 CLÍNICA E 
 DIAGNÓSTICO DO CÂNCER 
DIAGNÓSTICO 
- Suspeita clínica pede confirmação 
- Exame histológico (biópsia, fixação 
em formalina, processamento, 
inclusão em parafina, corte, 
coloração, análise) 
- Exame de tecido congelado 
(exame transoperatório, -25ºC, 
corte, coloração) 
- Métodos citológicos (etanol 95% 
ou seco sem fixação), sendo 
esfoliativa ou aspirativa. 
DIAGNÓSTICO PATOLÓGICO 
- Histoquímica e citoquímica 
- Imuno-histoquímica 
- Marcadores bioquímicos, 
microscopia eletronica, citometria 
de fluxo, hibridização in situ, PCR, 
sequenciamento

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