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ESPORTE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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1 Nome dos acadêmicos 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Educação Física – Prática do Módulo I – 
10/10/2018 
ESPORTE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
 
Michelle Pedroso Josende ¹ 
Jaqueline Mercedes Siviero Karkaba ² 
 
 
RESUMO 
 
A educação física escolar reflete a cultura de uma ordem social. Atualmente nossa sociedade esta 
segmentada para “o vencer a qualquer custo”. Dessa forma, este estudo aborda o tema do esporte 
escolar com o objetivo de resgatar valores, respeito, salientar a importância da colaboração e 
trabalho em equipe. Propõe-se também a salientar a importância de execução de movimentos 
corretos e a importância da alegria para que os alunos participem das aulas. 
 
Palavras-chave: educação física, esporte, valores. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O ambiente escolar tem a função principal formar cidadãos críticos e conscientes o que é 
imprescindível para um bom convívio social, para isso é preciso motivar o aluno de forma que 
assimile isso de forma prazerosa. É assim que entra o esporte na escola, como ferramenta para o 
desenvolvimento integral do aluno. 
 
A educação física possibilita atingir inúmeros objetivos na escola, para isso pode-se 
trabalhar com os mais diversos conteúdos, tais como, jogo, ginástica, dança, porém é o esporte que 
se destaca. O esporte segundo Santin (1996), reflete os valores de uma cultura de determinada 
ordem social. 
 
Atualmente a sociedade de uma forma geral tornou-se excessivamente consumista, e 
disposto a adentrar em determinadas regras sociais pela demasia, dessa forma quanto mais se 
trabalha, mais necessidades superficiais são criadas, nunca “tendo” o suficiente. 
 
Podemos dizer que a educação física faz parte da vida do ser humano para melhorar sua 
qualidade de vida, além, na educação física escolar podemos construir conhecimento de forma 
crítica, autônoma e transformadora, porém esta construção muitas vezes vai de encontro aos 
interesses governamentais, da escola e até mesmo da sociedade. 
 
O esporte se encontra hegemonicamente nas aulas, segundo Santin (1996) é um fenômeno 
social que produz valores da sociedade em que está inserido. 
 
A justificativa da necessidade do surgimento de uma nova educação física escolar segue as 
concepções de FREIRE (2006) que preconiza a idéia de que as aulas devem promover atividades 
que desenvolvam a convivência, a construção de regras, a discussão e a discordância dessas regras 
como forma de envolvimento de todos os integrantes para que as atitudes morais e sociais sejam 
estimuladas ao máximo. 
 
A sucessão linear no desenvolvimento infantil significa dizer que a criança somente passará 
para um estágio mais avançado se possuir condições de assimilar os conhecimentos necessários 
para estar ali, tendo a atividade motora importância significativa para a concretização desse fato, 
pois a função motora é relevante e indissociável, pois no seu entendimento esta vai além da tarefa 
 
 
 
de executar as ações pensadas pelo sujeito, garantindo a expressão da afetividade por meio de 
gestos, expressões faciais e agitação corporal, além de regular, modular e produzir estados 
emocionais e físicos estimulados pelo esporte. 
 
A ótica walloniana constrói uma criança corpórea, concreta, cuja eficiência postural, 
tonicidade muscular, qualidade expressiva e plástica dos gestos informam sobre os seus 
estados íntimos. O olhar se dirige demoradamente para sua exterioridade postural, 
aproveitando todos os indícios. Suponho eu que a sua instabilidade postural se reflete nas 
suas disposições mentais, e a sua tonicidade muscular dá importantes informações sobre os 
seus estados afetivos (GALVÃO, 1995, p. 98). 
 
Assim, pretende-se evidenciar o quanto o esporte pode colaborar para a formação dos 
alunos, dessa forma, segundo Gonçalves (1994), diz que o esporte é uma realização humana, cuja 
origem está na necessidade de brincar, de exteriorizar o movimento em convivência e 
confraternização com outras pessoas. 
 
Esta pesquisa foi embasada em revisão literária, através de livros e artigos, tendo como 
objetivo pesquisar a importância do esporte na educação física escolar, com ênfase nos valores, 
como o aluno pode ser estimulado para que obtenha um bom desenvolvimento motor, afetivo e 
cognitivo. 
 
 
2 O ESPORTE EDUCACIONAL 
 
O esporte na escola tem como finalidade o desenvolvimento integral do aluno em sua 
totalidade e a formação para o exercício da cidadania, procura evitar a seletividade e a 
hipercompetitividade entre os alunos, de forma que esta dimensão é desenvolvida nos sistemas de 
ensino e em locais que desenvolvam um trabalho voltado para a educação (LEI PELÉ, BRASIL, 
1998). 
 
Para Vasconcelos (2007), o Brasil se perde na história por não investir no esporte 
educacional. O desenvolvimento da personalidade integra afetividade e inteligência tendo como 
marca a dinâmica de rupturas e sobreposições por meio de “alternâncias funcionais” enaltecendo 
que as mudanças que não se dão por sucessão linear, assim inclusive o aluno aprende noções 
básicas com respeito e convívio. 
 
Para Barbieri (2001 apud PINTO 2008), o esporte educacional é compreendido como uma 
possibilidade de restauração integral do homem, através da visão “emergente-emacipadora”. Essa 
concepção valoriza os conceitos de participação, de totalidade, de coeducção, de emancipação, de 
cooperação, de solidariedade, de integração, de liberdade, de autonomia e de preservação da 
identidade cultural. 
 
Quanto as aulas de educação física, podemos modificar as regras de determinado esporte, 
porém, não podemos deixar de ensinar o gesto motor correto, pois os alunos devem serem 
incentivados a praticar qualquer modalidade, sem envergonhar-se de sua execução. Podemos 
também, incentivar os alunos que se destacam a procurar se aperfeiçoar para tornar-se ou não atleta 
de alto rendimento, e alertá-lo sobre probabilidades de êxito ou fracasso. 
 
Porém, devemos ter sempre claro que a educação física escolar deve desempenhar um 
papel, não de treinamento, mas sim de aprendizagem, solidariedade, participação, onde prevaleça 
alegria e o aluno sinta-se bem como pessoa. 
 
 
 
 
De acordo com Cagigal (1981), eficiência física é um dos objetivos menores dentro da 
educação desportiva, pois temos que educar o homem em seu corpo, para que ele seja consciente 
das suas limitações e capacidades, capaz de descobrir e experimentar suas possiblidades relacionais, 
comunicativas e expressivas de seu corpo. Assim, devemos evitar o treinamento, onde existe o fator 
seletivo e competição, pois este é bem diferente do esporte escolar, onde buscamos a cooperação e 
respeito. 
 
A competição está muito presente em nossas vidas diariamente, inclusive no esporte 
escolar, para isso devemos ter consciência e buscar sempre formar equipes ou times que se 
assemelhem e busquem o valor de sua força na cooperação. 
 
O esporte pela sua dinâmica, e situações que se formam como vitória, derrota, infrações 
nos traz elementos para que possamos trabalhar questões educacionais. Neste sentido, Lovisolo 
(1996), nos diz que devemos resgatar o valor esportivo do fair-play, que os jogadores mesmo 
querendo a vitória, não podem esquecer as regras e atitudes de respeito físico e psicológico com os 
praticantes que são apenas adversários, e que precisamos para a atividade de jogar. 
 
Também podemos trabalhar a questão de ganhar e perder, obviamente que ganhar é ótimo, 
porém temos que ter claro as atitudes de um ganhador, segundo Cagigal (1981), uma coisa é a busca 
da vitória inerente a toda competição, outra é ter que ganhar acima de tudo. Para impedirmos tais 
condutas, devemos conduzir da melhor forma essa conduta, pois segundo Santin (1996), o jogador 
sensível é capaz de perceber que sua festa de vitória tem o custo da humilhação, pela derrota dos 
outros. 
 
Atualmente, parece que está cada vez mais difícil conseguir algumademonstração de 
empatia, uma vez que a sociedade torna-se cada vez mais egoísta e competitiva. A dificuldade com 
que temos em enxergar a atividade apenas como lúdica, que para During (1992), pode estar atrelado 
ao processo de civilização, que impõe a seriedade nas formas de participação do desporto, de forma 
que o individuo moderno está menos apto a participar espontaneamente e sem inibições, do que 
seus antepassados que viveram num sistema de interdependência social menos complexa e 
constrangedora. 
 
O esporte, como conteúdo educacional, não deve ser excluído do processo de 
escolarização, pelo fato de haver competição, ao contrário deve ser estimulado visto o fato de ser 
um instrumento pedagógico muito rico, pois possibilita o desenvolvimento de vários conhecimentos 
fornecendo à criança um ambiente agradável, motivador e prazeroso proporcionando aprendizagens 
significativas para a vida em sociedade. 
 
3 MATERIAL E MÉTODO 
 
O presente trabalho aborda a prática de pesquisa documental, de natureza bibliográfica e 
não tem a pretensão de esgotar o assunto, devido à abrangência da temática, o objetivo do estudo foi 
ressaltar a teoria de ensino e aprendizagem que orienta os passos de um professor em sua 
caminhada pedagógica, transformando sua figura, ganhando espaço e exigindo da educação 
aplicada um novo processo, que se torna importante a modificação das metodologias, formando 
pessoas capazes de solucionar seus problemas e assim construindo suas informações através do 
conhecimento recebido. 
Essa modalidade busca exercitar a pesquisa de cunho documental. É realizada em arquivos 
de escolas, bibliotecas, banco de dados digitais. O principal objetivo é a análise e a interpretação de 
dados. É importante ressaltar que essa modalidade se restringe a uma pesquisa teórica. 
 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Este trabalho abriu uma ramificação de estudo sobre esportes e as barreiras a serem 
transpostas pelos componentes que compõem uma instituição de ensino e a relevância do professor 
frente a uma classe escolar tentando atender os requisitos de uma sociedade crítica. 
 
Através desta figura do professor e que a aprendizagem se resume na escola, ele que 
precisa estar envolvido com seu trabalho, e possui grande contato e influência sobre o aluno. Para 
que haja uma educação certa e de qualidade, é preciso que os professores de educação física estejam 
preparados e capacitados para realizarem seu trabalho dentro das escolas, assim como a dedicação e 
a competência para o exercício desta função consigam fazer a ponte entre os esportes e 
conhecimento. 
 
Graças a diversos conflitos e problemas relacionados ao ensino, a aula de educação física 
tem sido prejudicada de modo geral, fazendo com que os professores fiquem insatisfeitos e 
desmotivados, prejudicando a qualidade da aula. Sendo esta desmotivação um dos principais 
problemas encontrados na educação brasileira. (SOMARIVA et al., 2013) 
 
Mesmo com a elaboração do plano de ensino, existe o desinteresse por parte dos alunos em 
participar das aulas de educação física. Necessitando ao professor buscar estratégias que incentive 
esta participação. Devendo ser observado o papel da escola perante o planejamento e gestão, além 
de outros fatores que contribuem diretamente na forma do professor exercer sua função. (PIROLO, 
2005). 
 
Nos dias de hoje a escola necessita de uma reforma, não somente por professores e sim, 
pelos alunos e toda a comunidade escolar, utilizando de múltiplas maneiras de aprender, de forma 
mais abrangente e não linear, modificando a forma de trabalho antiga, pois, nossa sociedade carece 
de valores e através da educação física temos a possibilidade de direcionar para uma sociedade mais 
tolerante e respeitadora. 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Através desta pesquisa, fica evidente que o esporte é essencial, auxiliando nas habilidades 
motoras, desenvolvimento mental e cognitivo, a importância de um profissional de educação física 
para instruir este aprendizado, pois tem conhecimento específico para isso. 
 
Nós professores ou futuros professores, precisaríamos nos unir para trazer novamente o 
prazer às crianças em aprender. O ideal a ser atingido é apenas o que beneficia a criança, para isso é 
necessário que a conheçamos, saber de suas aptidões, limitações e é através do cotidiano em aula 
que entenderemos o que ela vivencia, e assim poderemos reconhecer as dificuldades e proporcionar 
o conhecimento de um mundo misterioso, que instigue a curiosidade, para que ela possa aprender e 
transformar, usando os esportes para o seu desenvolvimento intelectual e físico. 
 
Trabalhar com educação física escolar desenvolve diversos domínios e formas de 
inteligência, além do desenvolvimento motor; pensar, compreender, raciocinar, expressar, 
socializar, dentre outros, podendo levar o aluno a se alfabetizar corporalmente e cognitivamente. 
 
Portanto, a educação física escolar deveria ser encarada com mais seriedade, e mudar a 
percepção de estar distante ou menos relevante que outras disciplinas, pois ela é quem pode mostrar 
com propriedade o verdadeiro fundamento do desenvolvimento infantil, seja como elemento social, 
afetivo ou motor. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998. Insitui normas gerais sobre o desporto e 
dá outras providências. Disponivel em: <planalto.gov.br/ccivil_03/leis> Acesso em: 10 de outubro 
de 2018. 
BURCH, S. Sociedade da informação/Sociedade do conhecimento. 2005. Disponível 
em: http://www.cin.ufpe.br/~cjgf/SOCIETY/Sociedade%20da%20informacao%. Acesso em: 05 
outubro 2018. 
 
BURKE, T. J. O professor revolucionário. Petrópolis: Vozes, 2003. 
 
CAGIGAL J. M.. Oh Deporte! (Anatomia de um gigante) Colleccion Kiné de 
Educacyon e CiÊncia Desportiva. Spain. Editorial Miñon. 1981. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do 
oprimido. 6 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. 
 
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 
 
ROSSETO. A.J., COSTA. C.M. Práticas Pedagogicas Reflexivas em Esporte 
Educacional. Unidade didática como instrumento de ensino aprendizagem. São Paulo: Phorte, 
2009. 
SCAGLIA, A.J., REVERDITO R. S. Pedagogia do esporte: jogos coletivos de invasão. 
São Paulo, Phorte, 2009. 
SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em 
rede. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 
 
TUBINO M. J. G.Dimensões sociais do esporte. São Paulo: Editora Cortez, 1992. 
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.cin.ufpe.br/~cjgf/SOCIETY/Sociedade%20da%20informacao%20e%20do%20Conhecimento%20-%20Sally%20Burch.pdf

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