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A Esquerda Revolucionária e a Luta Armada

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A Esquerda Revolucionária e a Luta Armada
Prof. Dra. Denise Rollemberg
 
 Trabalho apresentado por Greyce Cunha e Sara Vital Fernandes.
Disciplina: Prática de Ensino VI.
Professor: Jorge Fernandez.
Apresentação iniciado por Greyce
A Memória e a Luta armada
Anos 70 e 90 surgiu varias biografias e memorias de ex- militares e jornalistas a respeito da luta armada, despertando interesses de historiadores militantes do período e ate mesmo daqueles que vieram após esse período, assim o tema se tornou objeto de pesquisa.
A partir da década de 90 documentos do período tornou-se acessível, esse momento legitimou a historia oral como instrumento do historiador com as entrevistas e depoimentos.
Inicio da construção da memoria do país e tentativa da formação da democracia, após anos de regime militar.
A memoria da luta armada traz a tona os conflitos do passado e do presente, neste processo o movimento esquerdista enfatiza os conflitos e resistências á ditadura.
Rene Dreifuss em farta documentação chama de golpe civil-militar pois contou com o apoio de uma parte da sociedade.
Dificuldade da esquerda em reconhecer que houve segmentos da sociedade ligados ao regime ditador.
Inicio do anos 60 momento histórica da maior participação da sociedade na politica, instituições, associações possuíam projetos de esquerda e de direita que tinham adesão da população.
A esquerda recupera sua memoria baseada nos movimentos sociais, pois o fim da ditadura foi resulta da luta dos movimentos.
A construção dessa memoria tinha como referencia da democracia e não de revolução.
 
Luta Armada
Combate nas Trevas de Jacob Gorender, antigo militante fez investigação sobre a luta armada com junção de testemunhos de quem dela participou com a pesquisa histórica.
Junção de teorias que formaram as organizações com a vivencia da luta armada.
Jacob queria entender a derrota da esquerda em duas lutas armadas.
Circunstancialmente a derrota de 1964 era inevitável pois o golpe foi preventivo para evitar a revolução.
A Revolução Faltou ao Encontro de Daniel Aaarão Reis Filho, também queria entender a derrota da luta armada.
Aprofundamento nas questões de Gorender sobre as influencias internacionais nas organizações comunista do Brasil, as orientações dos movimentos comunista não tinha peso, as pesquisas históricas concluíram que os movimentos sociais tinham sua autonomia.
A luta armada foi derrota pois não havia relação de identidade entre seu projeto revolucionário e os movimentos sociais.
Marcelo Ridenti publicou O Fantasma da Revolução Brasileira, foi o primeiro pesquisador da luta armada que não foi militante politico.
Sua pesquisa vai além da derrota da luta armada, mas sim estudar a logica e a compreensão das organizações para a geração que estaria por vir.
Término da apresentação de Greyce
Por não ter participado dessas lutas Ridenti se sentia alheio a situação sem conseguir compreender o sentido das ações por isso sua pesquisa era para obter respostas para a geração que não havia participado daquele passado.
 Marcelo mantem se fiel a ideia que os interesses se definem devido a classe social de cada membro dos movimentos.
O trabalho de Redenti é composto de demasiada documentação de escrita e enfatiza a importância das entrevistas e biografias de militantes na construção da memória.
E também através dos movimentos culturais da época, entre 1960 e 1970, com as musicas, os teatros, as literaturas e os cinemas segundo o autor reconstrói a cultura politica que dava significado a luta armada.
Em outros momentos os dossiês de mortos e desaparecidos com resultados de investigações de defesa dos direitos humanos para responsabilizar o governo durante o regime de ditadura são atualmente referencias de estudos do tema.
Destaca-se também a criação de filmes que retratam a luta armada e que pode servir de fonte para a pesquisa e consequentemente a construção da sua memoria.
Apresentação iniciado por Sara
 As Esquerdas Revolucionárias
Janeiro de 1961, passa a existir a ORM-Polop (Organização Revolucionária Marxista - Política Operária). Dando origem ao aparecimento de diversas organizações como alternativa ao PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Revolução cubana também acontecia, com uma possibilidade de vitória da revolução socialista na América do Sul.
As estruturas comuns estruturaram as organizações de vangarda, Projeto Brasil. Apesar das críticas das práticas do PCB dos últimos anos.
O posicionamento equivocado, veio de uma análise errada do Partido.
Levando as formação de frentes populares recomendadas pela Internacional Comunista.
Capa do seminário 'Política Operária', da organização Polop, edição nº 8 (15/1/1964 a 22/1/1964).
Em 1964, houve a derrota da esquerda, confirmando o equívoco do PCB. Compactuavam com”getulismo” desmobilizando a classe operária.
Com o golpe, a ruptura com o PCB e o surgimento das organizações de luta armada. Essas organizações recuperavam seus princípios marxistas e leninistas. Surgindo grupos que acreditavam que estavam a frente da revolução. Assim como a ALN (Aliança Libertadora Nacional).
A partir desse ponto a esquerda seria conhecida pela valorização de suas ações, e não apenas por muito discutir e pouco se fazer.
Assim como Mariguella que rompe com o PCB em 1967 e cria a ALN, um dos principais movimentos da luta armada, “ A luta armada era tarefa do presente”.
Houve uma grande fragmentação das organizações, algumas questões de clandestinidade, outras de levar as ações com consequências de vida, fazendo com que seus militantes ficassem mais diluidos do que já eram.
Algumas análises de processos políticos da Justiça Militar colocam que forma 4.935 os réus incluídos na categoria-tipo “ militância em organizações partidarias clandestinas”. Também, 1464 em “participação em ação violenta ou armada”. 
Dentro dessas divergencias entre as organizações, haviam as divergencias teoricas: com organizações que colocavam que a revolução seria socialista; outras acreditavam que seria em duas etapas, de liberação nacional e logo após, socialista.
Também houve uma reatualização do marxismo-leninismo, pensando no cenário internacional: Com foquismo e maoismo
Foquismo: pensava na revolução no contexto latino-americano, através da leitura significativa da vitória cubana.
Maoísmo: Pensada na revolução chinesa, com adaptação onde a revolução se daria em um país com forte tradição rural. 
Acontece então um dos maiores mitos da esquerda latino-americana no anos 60: o do foco do guerrilheiro.
Mas de fato não se pensou na conjuntura e no clima de descontentamento e revolta, na qual havia levado a uma mobilização e organização da sociedade.
Cuba teve três momentos, em que apoiou a esquerda, antes do golpe civil-militar, com as Ligas Camponesas. Após o golpe, com a as Ligas desarticuladas, o apoio foi para Leonel Brizola. 
Exilados no Uruguai, onde se organizavamo MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), onde ensaiavam cinco focos de implantação, um deles Caparaó - ES. Porém a população desconfiada alertou a policia militar que em abril de 1967, forma presos, desmobilizando Brizola e os outros focos do MNR.
Em outubro de 1966 Che Guevara foi a Bolívia, o grupo queria implantar a guerrilha, até dezembro de 1967 a luta armada aconteceria em vários países da América Latina, até no Brasil.
Che Guevara se encontrou com Leonel Brizola no Uruguai em novembro de 1966. Também se encontroi com Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira em São Paulo. 
Marighella era o nome escolhido por Cuba para ser o nome da revolução no Brasil.
Cuba treinou guerrilheiros para a luta armada, principalmente da ALN, VPR e MR-8. Cuba escolheu a ALN para apoiar, apoiando também as outras organizações. 
Marighella é um dos primeiros militantes enviados a Cuba para um treinamento, esses integrantes eram chamados de Exército da ALN.
A ALN e seu lider, parecia representar melhor do que as outras organizações, a crença de que haviauma revolução e que o apoio de Cuba mostrava legitimação e status.
Porém o apoio de Cuba, as relações de Marighella e ALN, não eram sem tensões e conflitos. O apoio não tinha a ver com a autonomi, nem a entrega de direção, nem a subserviência. Não deixando cuba interferir.
Marighella traz sua perspectiva brasileira com a teoria oficial de Cuba, mostrando que não se submete totalmente aos ideais cubanos. Pensando sempre a partir da ação e o antiteoricismo.
PCB tem uma cisão que resulta no PCdoB.
PCdoB respaldado no maoismo, nega o foquismo da ALN, definindo que a luta armada deveria ser desencadeada do campo para as cidades, priorizando o partido nas áreas rurais.
Em 29 de março de 1964, viajou para a China uma turma de dez militantes do PCdoB, para realizar um curso politico-militar. A Ação Popular, AP, abandona o foquismo e se junta ao maoismo, tambem enviando militantes para o treinamento na China.
A VPR (Vanguarda Popular Revolucionária, formula uma revisão ao papel da classe operária na revolução. Fazendo suas teses originais, baseando-se na esquerda ortodoxa, defendendo aqueles que não estavam integrados, que podiam se levantar contra o capitalismo, no primeiro momento da revolução.
As organizações foram destruidas pela represão em 1961 e 1971-72, apenas o PCdoB restou, mas sua guerrilha foi derrotada em 1974. Os militantes foram,mortos, ou em exílio, clandestinos dentro do país.
Dois fatores explicam a vitória da repressão: a primeiraé a falta de identidade entre a sociedade e o projeto revolucionário; a tortura como recurso amplamnete usado pelos órgãos oficiais para a eliminação de militantes.
Os sobreviventes da tortura e da prisão, só acontece com a lei da anistia de agosto de 1979 e da reforma da lei de Segurança Nacional que possibilitou a liberação dos presos.
Ações armadas se intensificaram em 1967, depois do AI-5, jovens do movimento estudantil migraram para as organizações de vanguarda.
A maior parte dos militantes da luta armada, nos anos 1960 e a 1970 , são de classe média urbana, do sexo masculino e jovens.
No quarto momento houve uma mudança de estratégia, pensando em ir para a guerrilha rural, com a guerra do Araguaia do PCdoB.
Desde então,uma fase de expropriação, assaltos a bancos, comercios.
A maior ação revolucionária forma os sequestros de diplomatas, quatro ao todo, que ficou conhecido internacionalmente. 
Outro grande feito, foi a desapropriação do cofre de Ademar de Barros ação da VPR/VAR-Palmares, teve um sabor de confisco de dinheiro de um político conhecido por usar dinheiro púvlico em seu benefício.
Assim também a execução de Henning Boilesen, financiador da tortura, ação feita em São Paulo, pela a ALN e MRT em abril de 1971.
Um dos maiores feitos foi o sequestro do embaixador dos EUA, em troca de sua soltura pediram a libertação de 15 presos políticos e a veiculação de seu manifesto em rede nacional e nos maiores veiculos de mídia. Tendo duras consequências como a morte de Marighella.
15 presos políticos soltos em troca do embaixador dos EUA.
Em 1969 acontece a morte de Marighella, que investiu sua vida em prol da revolução no Brasil.
Marighella, fez conexões e trabalhava para integrar o máximo de pessoas a luta, acreditava que a ação era componente essencial da luta armada, fazendo inúmeros contatos, pessoas que circulavam pelo país, mas também pessoas que viviam no interios e que se preparavam para atuar na guerrilha rural.
Era um trabalho, persistente e longo, fazendo essa rede de contatos, a estrutura da ALN, seguindo essa lógica era horizontal, aqueles que tinham capacidade de montar um grupo e prosseguir com a luta era encorajado.
Porém esses contatos estavam centralizados com Marighella, quando morreu, levou consigo, assim uma desestabilização da movimento. Fazendo com que mortes e prisões viessem em seguida.
Isolamento e Derrota

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