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DIREITO DA FAMILIA

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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.
Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Ayrton Nícolas Bardales Neves
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, 
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profi ssionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Giovanna Rossetto Magaroto Cayres
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profi sisional.
O presente estudo aborda a evolução da entidade familiar na 
legislação brasileira, trazendo consigo todos os princípios norteadores 
do direito da família, bem como, as espécies de família e as novas mo-
dalidades. Nesse contexto, é importante destacar o signifi cado da fi lia-
ção e reconhecimento dos fi lhos no exercício do poder familiar, no qual 
é necessário cumprir um série de requisitos para não sofrer a suspen-
são, extinção e destituição do poder familiar. Assim, diante desse qua-
dro, surgiu a necessidade de aprofundamento dos aspectos jurídicos 
da doação, no que tange ao seu conceito, requisitos, modalidade, fi nali-
zando com as formas de extinção. Ao analisarmos todo esse conteúdo, 
constataremos que houve constantes mudanças que foram incorpora-
das no Direito da Família, trazendo novos conceitos, novos posiciona-
mentos perante os tribunais e a vida prática. 
Direito da família. Poder familiar. Filiação. Doação.
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CAPÍTULO 01
A INSTITUIÇÃO FAMILIAR NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Apresentação do módulo ______________________________________ 10
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 CAPÍTULO 02
A FILIAÇÃO E PODER FAMILIAR
Espécies de Família e As Novas Modalidades ____________________
A instituição Familiar: Evolução Histórica _______________________
Conceito e Exercício do Poder Familiar _________________________
22
Filiação e Reconhecimento dos Filhos __________________________
38
43
 CAPÍTULO 03
OS ASPECTOS JURIDICOS DA ADOÇÃO
Modalidades de Adoção _______________________________________
Conceito e Requisitos da Adoção ______________________________ 62
67
Inexistência, Nulidade, Anulabilidade e Extinção da Adoção _____
Referências ___________________________________________________
Considerações Finais __________________________________________
Fechando Unidade ____________________________________________
72
86
87
90
17Princípios Constitucionais Norteadores do Direito da Família ____
Suspensão, Extinção e Destituição do Poder Familiar ___________ 49
Recapitulando _________________________________________________ 78
Recapitulando _________________________________________________ 28
Recapitulando _________________________________________________ 55
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A sociedade, evolui, transforma e, com isso, agrega novos valo-
res em decorrência da infl uência socioeconômica, política e cultural. Essas 
modifi cações repercutem na família. 
O século XXI trouxe signifi cativas mudanças na instituição fami-
liar, visto que, desde os tempos greco-romanos a concepção do poder fa-
miliar era uma prática exclusiva do homem, e a mulher, por sua vez, era 
criada para desempenhar as obrigações e afazeres domésticos. Já o rela-
cionamento entre pais e fi lhos foi marcado pela superioridade e hierarquia, 
ou seja, não havia afeto. 
Com o passar do tempo, essa instituição familiar passou a re-
ceber proteção e garantias do ente estatal, proporcionando igualdade de 
condições entre os cônjuges para exercer o poder familiar de forma equili-
brada, apesar de ainda existir submissão e hierarquia. 
A partir disso, surgiram novas espécies de família, de modo que, 
atualmente,esta instituição pode ser constituída por pessoas que moram 
no mesmo lugar, a fi m de construir um lar, baseado apenas nos vínculos 
afetivos, independente de matrimônio já que foi reconhecida pela Constitui-
ção Federal a união estável como forma de entidade familiar. 
Porém, é importante salientar que, junto a essas inovações na 
sociedade atual, consequentemente, aumentaram os números de separa-
ções, divórcios, assim como crianças concebidas fora do casamento, den-
tre outras problemáticas que interferem diretamente na estrutura familiar de 
cada indivíduo, principalmente nas crianças e adolescentes. 
Junto com essa reestruturação familiar, surgiram novas formas 
de família, sendo necessário à legislação brasileira adequar-se dentro do 
contexto histórico, proporcionando as garantias legais, priorizando os prin-
cípios basilares constitucionais que norteiam o direito de família. 
O tema em questão é de grande relevância para a sociedade, 
visto a importância da proteção da família para o Estado, assegurando, 
desta forma, qualquer entidade familiar, independentemente de qual forma 
foi composta. 
Com isso, o advento da Constituição Federal de 1988, em conjun-
to com o Estatuto da Criança e dos Adolescentes, o Código Civil e o Novo 
Código de Processo Civil, trouxeram grandes mudanças com relação à 
proteção dos direitos da família garantindo, desta forma, sua assistência 
através da sociedade e do Estado.
Sendo assim, o presente trabalho abordará a tutela das diversas 
famílias no direito brasileiro, com ênfase nas novas famílias reconhecidas 
hoje em nossa sociedade, além de trazer a evolução histórica do instituto 
familiar. 
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Além disso, trará maior profundidade na questão dos alimentos, 
da guarda, do poder familiar, da fi liação e da adoção. Assuntos extrema-
mente importantes quando se trata do instituto “Família”.
Dito isto, foi necessário dividir a unidade em 3 capítulos para me-
lhor compreensão da temática tratada. Assim, será estudado, no primeiro 
capítulo, a instituição familiar, percorrendo a evolução histórica até se che-
gar nos princípios que regem o Direito de Família, bem como as espécies 
de família e as novas modalidades, priorizando criança e adolescente. 
Já no segundo capitulo iremos discorrer sobre a fi liação e o po-
der familiar, aprofundando sobre o conceito e exercício do poder familiar e 
quais os fatores que levam à suspensão, extinção e destituição do poder 
familiar. 
No terceiro capitulo abordaremos acerca da adoção, aprofundan-
do sobre seu conceito, modalidade e formas de extinção, demonstrando a 
realidade acerca da situação das crianças e adolescentes que precisam 
ter o amparo por parte do Estado e da família para garantir o mínimo de 
dignidade da pessoa humana, que todos os menores adquirem ao possuir 
um convívio saudável com o seu grupo familiar. 
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A INSTITUIÇÃO FAMILIAR NA 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
O conceito de família é a primeira célula de organização social 
e a abordaremos sob a perspectiva evolucionista, sendo necessário 
entender as grandes transformações que sofreu ao longo da história, 
acompanhando as alterações nos percursos religiosos, econômicos, 
sociais e culturais.
Com base nisso, tem-se que a família é um dos conceitos jurí-
dicos que mais sofreu alterações nos últimos anos, fruto de diferentes 
perspectivas sobre as transformações nos valores e nas práticas so-
ciais. Desde a concepção tradicional, o casamento, para a formação da 
entidade familiar, até a moderna noção de família unipessoal, passando 
pela união estável, pela família monoparental e pela chamada família 
anaparental, diversas são as realidades sociais a demandar o instituto 
família, de sorte a atrair a respectiva proteção jurídica.
Este capítulo apresenta a instituição familiar na legislação 
brasileira em seus conceitos e evolução histórica desde o Código Civil 
de 1916, passando pela Constituição Federal de 1988, até o Código Ci-
vil de 2002, acarretando novos arranjos familiares. Importante frisar que 
o Novo Código de Processo Civil de 2015, trouxe algumas inovações no 
direito da família, que será abordado a seguir.
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A INSTITUIÇÃO FAMILIAR: EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A família é considerada a mais importante instituição da so-
ciedade humana, sendo que as transformações e evolução ocorreram 
na construção do modelo familiar que sofreu forte infl uência do poder 
político, econômico, religioso e social de cada época histórica vivida.
Assim, em sua forma primitiva, é possível afi rmar que a famí-
lia brasileira tem como base a sistematização formulada pelo direito 
romano e pelo direito canônico. (WALD, 2004, p. 9.). 
Com base nisso, podemos afi rmar que a família na época ro-
mana era submetida a um chefe: o pater familias, mais tradicionalmen-
te abordada como a família patriarcal. Até determinado momento, a 
família era formada por meio dos costumes e sem regras legais. Assim, 
a família passou a exigir o casamento, uma vez que somente haveria 
família caso houvesse casamento (LEITE, 1991, p. 57.).
Com a chegada do Cristianismo, a Igreja impôs regras no ca-
samento civil, considerando-o um sacramento. Assim, passou a ser 
incumbência do Direito Canônico regrar o casamento, fonte única do 
surgimento da família. (CAVALCANTI, 2004, p. 31.)
Antigamente, existia três formas distintas de casamento: o ca-
samento católico; o casamento misto (católico e acatólicos) e o casa-
mento entre pessoas de seitas dissidentes. (PEREIRA, 1997, p. 40.)
Conforme a Constituição de 1824, por haver vínculo entre a 
igreja e o Estado, o casamento religioso era a única forma de constitui-
ção de uma família. Com a Constituição de 1891, assim como a Cons-
tituição de 1824, marcada pelo liberalismo, deu inicio ao Estado laico e, 
sendo assim, instituiu-se o casamento civil, cujo processo deveria ser 
gratuito. Passa este a ser o único ato capaz de constituir uma família e 
não mais o casamento religioso, do qual se retira valor jurídico.
Assim, foi à partir da Constituição de 1934, que deu origem ao 
Estado social brasileiro, caracterizado pela intervenção do ente estatal 
na esfera econômica e social. No entanto, no Brasil, isso trouxe pro-
teção perante a família através do Estado, uma vez que este passou 
a ser mediador das relações desse instituto, determinando sua indis-
solubilidade, conforme previsto na Constituição de 1934: “Art 144. A 
família, constituída pelo casamento indissolúvel, está sob a proteção 
especial do Estado”.
Na legislação de 1916, a família era patriarcal e hierarquiza-
da, composta através do matrimônio, a qual realizava diversas ativida-
des, dentre elas a econômica, uma vez que eram responsáveis pelo 
seu meio de sobrevivência e sua formação eram compostas por vários 
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graus de parentesco, residindo todos no mesmo local e, muitas vezes, 
trabalhando juntos em prol do mesmo objetivo: 
Verifi ca-se que o modelo de família que acabou plasmado no código civil de 
1916 era necessariamente solidário na medida em que o esforço de todos se 
fazia necessário à sobrevivência de cada um dos seus membros. Era inima-
ginável, àquela altura, cogitar-se da dignidade da pessoa humana,tal como 
concebemos hoje. (RODRIGUES, 2004, p. 190).
Nesse período, a família limitava-se aos componentes origina-
dos do casamento e sua dissolução era proibida e discriminada, princi-
palmente quando havia um fi lho envolvido, fruto desses relacionamen-
tos. 
Deste modo, o que se pode notar é que no século XX, as 
alterações sociais foram gerando, aos poucos, mudanças na institui-
ção familiar, fi cando para trás as características dos séculos anteriores, 
principalmente com a chegada da Constituição de 1988, que aumentou 
o conceito de família impondo novos modelos, não exigindo que esta 
se formasse apenas pelo casamento, mas também, através da família 
monoparental formada por qualquer um dos pais e sua prole e, ainda, a 
união estável também reconhecida como instituição familiar. 
No entanto, é importante mencionar que há outros tipos de 
composição familiar que fazem jus ao tratamento igualitário, expressa-
mente tratadas pela Constituição, conforme menciona Fachin (2011, p. 
7): 
“O grande número de famílias não matrimonializadas, oriundas de uniões 
estáveis, ao lado de famílias monoparentais, denota a abertura de possibili-
dades às pessoas, para além de um único modelo de família”. 
Pode-se afi rmar que a família teve que se adequar às novas 
exigências que foram surgindo trazendo mudanças na cultura, nos cos-
tumes, hábitos, e na evolução dos diversos modelos familiares, assim 
como nos relacionamentos dos pais com os fi lhos. 
Nessa perspectiva de evolução histórica tem-se que antes “o 
marido era considerado o chefe, o administrador e o representante da 
sociedade conjugal” (WELTER, 2004, p. 14). Atualmente, no âmbito 
familiar, é possível ressaltar a conquista feminina com o ingresso da 
mulher no mercado de trabalho, adquirindo igualdade de direitos e, com 
isso, o homem passou a se dedicar mais aos afazeres domésticos, na 
guarda e educação dos fi lhos, deixando de ser responsável somente 
pelo sustento da família, cumprindo seu papel de “pai de família”. Nesse 
contexto, Silvio Neves Baptista (2014, p. 26) expõe que: 
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“Com o surgimento da industrialização, ocorreu o processo de urbanização 
acelerada e o surgimento de movimentos de emancipação das mulheres. 
Daí em diante, ocorreram profundas transformações econômicas e sociais, 
consequentemente comportamentais, que puseram fi m à instituição familiar 
nos moldes patriarcais.”
Assim, a realidade social trouxe uma nova concepção de famí-
lia, sendo essa desvinculada de seus modelos originários baseados no 
casamento e procriação, passando a ser pautado em valores, como a 
afetividade, o amor e o carinho.
A família conceituada para criação dos fi lhos, baseada na 
união entre homem e mulher, foi perdendo esse caráter de unidade fa-
miliar formada na base da construção de um conceito mais restrito entre 
pai, mãe e fi lho. Numa visão constitucional e jurídica, vemos o elo que 
se propaga nos termos e conceitos meramente defi nidos pelo respeito, 
cumplicidade e amor.
Nesse termos, a família regulada pelo Código Civil de 2002, 
passa a reconhecer as famílias monoparentais, identifi cadas, constitu-
cionalmente, o que refl ete efetiva conquista nos rumos do reconheci-
mento de novos núcleos de relações de afeto e proteção, gerando tam-
bém os direitos patrimoniais (PEREIRA, 2004.p.634):
O direito de família no Brasil atravessa um período de efervescência. Deixa 
a família de ser percebida como mera instituição jurídica para assumir feição 
de instrumento para a promoção da personalidade humana, mais contempo-
rânea e afi nada com o tom constitucional da dignidade da pessoa humana. 
Não mais encerrando a família um fi m em si mesma, fi nalmente, averba-se 
que ninguém nasce para constituí-la (a velha família cimentada no casamen-
to, não raro, arranjado pelo pai que prometia a mão de sua fi lha, como se 
fosse uma simples negociação patrimonial). Ao revés, trata-se do lugar privi-
legiado, o ninho afetivo, onde a pessoa nasce inserta e no qual modelará e 
desenvolverá a sua personalidade, na busca da felicidade, verdadeiro desi-
derato da pessoa humana. Está é a família da nova era. 
Em suma, pode-se concluir que a família, no antigo Código de 
1916, era fundada sob o aspecto matrimonializado, patriarcal, hierar-
quizado, biológico, como função de reprodução; esse quadro reverteu-
-se com a Constituição de 1988, refl etindo, também, no Código Civil de 
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2002, tornando-se pluralizada, democrática, igualitária, biológica, com 
unidade socioafetiva e caráter instrumental. (FARIAS; ROSENVALD, 
2011, p. 11). Ou seja, houve uma grande evolução histórica. 
Desse modo, observa-se que as famílias que antes eram nu-
merosas e extensas na quantidade de seus membros, deram lugar aos 
novos modelos familiares mais restritos e com poucos integrantes. 
A Constituição Federal, de1988, passou a conceituar a família 
em seu art. 226, a saber: “A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado”. Deste modo, pode-se concluir que a instituição fa-
miliar evoluiu e continua evoluindo baseada no relacionamento a partir 
do afeto. Pois não há mais lugar para a família patriarcal onde imperava 
o abuso de poder, a hierarquia, o autoritarismo, assim como, a predomi-
nância pelo interesse patrimonial. Acredita-se que, ainda, podem surgir 
novos arranjos familiares, dado a evolução histórica, principalmente em 
decorrência dos avanços tecnológicos que infl uenciam na família, atual-
mente.
É necessário analisar à luz da doutrina e da jurisprudência 
cada uma das entidades familiares explícitas na Constituição, a saber: 
casamento (art. 226 § 1º e § 2º, CF), união estável (art. 226 § 3º, CF) e 
família monoparental (art. 226 § 4º, CF), dentre outras. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção 
do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união 
estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei 
facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunida-
de formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são 
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e 
da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do 
casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científi -
cos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por 
parte de instituições ofi ciais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de 
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cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violên-
cia no âmbito de suas relações.
Portanto, podemos concluir que a família passou a ser vista 
como um instrumento de desenvolvimento pessoal de cada indivíduo, 
e não mais como uma instituição, que encontra-se em crescente evo-
lução.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NORTEADORES DO DIREITO 
DE FAMÍLIA.
O Direito de Família tem o objetivo de harmonizar a igualdade 
entre os indivíduos, seja no intuito de igualar os homens e mulheres ou 
na busca de igualdade de tratamento entre os fi lhos havidos dentro ou 
fora do casamento, bem como alcançar os novos arranjos familiares, 
garantindo os seus direitos.
Em razão do avanço no conceito de família, foi necessário de-
terminar alguns princípios, os quais são fundamentais para entender 
esse conceito tão amplo.Assim, veremos alguns deles com mais deta-
lhes. 
os princípios do direito de família não são taxativos, no entanto 
alguns têm maior importância e relevância, destacando o 1- Princípio 
da dignidade da pessoa humana; 2- Princípio da afetividade; 3- Prin-
cípio da liberdade; 4- Princípio do pluralismo familiar, 5- Princípio da 
igualdade jurídica entre os conjugues e os companheiros, 6- Principio 
da igualdade e isonomia entre os fi lhos; 7-Principio do melhor interesse 
da criança e do adolescentes; 8- Princípio da paternidade/maternidade 
responsável e do planejamento familiar; 9- Principio da solidariedade 
familiar. 
Assim, vamos abordar, primeiro, o PRINCIPIO DA DIGNIDA-
DE DA PESSOA HUMANA, que está previsto no artigo 1º, III da Consti-
tuição Federal, criando condições para o desenvolvimento pleno de sua 
personalidade, de suas habilidades pessoais e sociais, ou seja, refl ete 
tanto no tratamento legal e jurídico a família, como na posição que ocu-
pa na família.
A respeito desse principio, a doutrina destaca o caráter inter-
subjetivo e relacional, sublinhando a existência de um dever de respeito 
no âmbito da comunidade dos seres humanos (SARLET, 2004, p.52). 
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Ou seja, a família é vista como um espaço para uma existência digna e 
de comunhão com os outros seres humanos.
 Dentro desta linha de entendimento, ao consagrar a dignidade 
da pessoa humana como um dos fundamentos, estabelece um alicerce, 
segundo o qual se encontra fi ncado à estrutura de uma sociedade fra-
terna, pluralista que inclui a diversidade e pluralidade eliminando qual-
quer forma de preconceito.
Já em relação ao segundo principio trata-se do PRINCIPIO DA 
AFETIVIDADE, pode-se dizer que é o elemento formador do modelo de 
família na atualidade. Vale destacar que, no século XIX, a família per-
seguia o poder patriarcal, que era estruturada em torno do patrimônio 
familiar e nas questões econômicas. Este modelo de família mudou, 
passando a manter laços afetivos em detrimento dos laços econômicos.
A realização pessoal da afetividade e da dignidade humana, no ambiente 
de convivência e solidariedade, é a função básica da família de nossa épo-
ca. Suas antigas funções econômica, política, religiosa e procracional fene-
ceram, desapareceram, ou desempenham papel secundário. Até mesmo a 
função procracional, com a secularização crescente do direito de família e 
a primazia atribuída ao afeto, deixou de ser sua fi nalidade precípua. (LOBÔ, 
2009, p. 155)
Nesse sentido, tem-se que o afeto é uma característica da pes-
soa humana, além de ser um direito personalíssimo, uma vez que se 
relaciona ao sentimento das pessoas, sendo o laço fundamental que as 
une, ainda mais quando envolve família:
A afetividade (princípio) e o afeto (fato psicológico ou anímico), exemplifi -
cando com o dever posto aos pais em relação aos seus fi lhos, e vice-ver-
sa, no primeiro caso, ainda que, objetivamente, haja falta de afeição ou de 
amor entre os familiares. E, no caso e relação entre os cônjuges ou entre os 
companheiros, o princípio da afetividade será considerado enquanto houver 
efetividade real, eis esta é pressuposto da convivência (LÔBO, 2007, p. 47).
O princípio da afetividade está previsto na Constituição, encon-
trando fundamentos nos artigos: a) todos os fi lhos são iguais, indepen-
dentemente de sua origem (art. 227, § 6º); b) a adoção, como escolha 
afetiva, alçou-se integralmente ao plano da igualdade de direitos (art. 
227, §§ 5º e 6º); c) a comunidade formada por qualquer dos pais e seus 
descendentes, incluindo-se os adotivos, tem a mesma dignidade de fa-
mília constitucionalmente protegida (art. 226, § 4º); d) a convivência 
familiar (e não a origem biológica) é prioridade absoluta assegurada à 
criança e ao adolescente (art. 227).
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Em consequência, surgiu a necessidade de tratar sobre o ter-
ceiro PRINCIPIO DA LIBERDADE, que está presente no Código Civil ao 
proibir a interferência de qualquer pessoa ou do Estado na constituição 
familiar (artigo 1.513), o livre planejamento familiar (artigo 1565), a forma 
do regime de bens (artigo 1639), a forma com administrar o patrimônio 
da família (artigo 1.642 e 1.643) e o pleno exercício do poder familiar 
(artigo 1.634).
Assim, esse princípio tem a ideia de que a entidade familiar tem 
liberdade diante do Estado e da sociedade, bem como, cada membro 
tem sua liberdade dentro do ambiente familiar. Essa liberdade está na 
forma de poder decidir sobre a constituição, manutenção e extinção da 
entidade familiar, já que por força do artigo 225, § 7º da Constituição é 
de “livre decisão do casal” não cabendo interferência do Estado ou da 
sociedade.
Resta salientar, que o princípio da liberdade deve ser respei-
tado pelo ente estatal, já que cada família tem a sua forma de criar e 
educar os fi lhos; devendo haver intervenção do Estado somente em 
casos específi cos em lei. 
No entanto, temos o quarto principio a ser trabalhado, PRINCI-
PIO DO PLURALISMO FAMILIAR, que por força do artigo 226, §§ 3º e 
4º da Constituição Federal é considerado família, além da matrimonial, 
a união estável entre homens e mulheres e as monoparentais (aquelas 
formadas por apenas um dos pais e seus descendentes).
Inclusive, no que tange à liberdade de planejamento familiar, 
temos uma nova forma de família que é a homoafetiva, devendo ser 
reconhecida, uma vez que o caput do artigo 5º da Constituição trata que 
todos são iguais perante a lei.
Pelo princípio do pluralismo familiar rompeu-se o modelo ex-
clusivo de família matrimonial, garantindo assim, os direitos individuais 
e a liberdade de formação de família, surgindo, desta forma, as famílias 
plurais e as homoafetivas.
Como quinto principio no âmbito familiar, tem-se o PRINCIPIO 
DA IGUALDADE JURÍDICA ENTRE CONJUGES E COMPANHEIROS, 
presente no artigo 5º, I, da CF, prevê que homens e mulheres são iguais 
em obrigações e direitos e no artigo 226, § 5º dispõe que os direitos e 
deveres na sociedade conjugal são exercidos em igualdade pelo ho-
mem e pela mulher; dessa forma, com a igualdade de direitos foi extinto 
o modelo de família patriarcal, na qual o homem era o chefe da família.
A doutrinadora Maria Helena Diniz faz uma ressalta em relação 
a esse princípio onde desaparece o poder marital e o chefe de família 
é substituído por um sistema em que as decisões devem ser tomadas 
de comum acordo entre conviventes ou entre marido e mulher (DINIZ, 
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2009, p.19).
Destarte, mesmo diante da previsão constitucional, infelizmen-
te, ainda vivenciamos, nas mídias, matérias que evidenciam uma desi-
gualdade em nossa sociedade desnivelando as relações entre homens 
e mulheres. Questões relacionadas ao trabalho, à carreira, rendimentos 
salariais, à condição da raça, da mulher, entre outros exemplos. 
Insta salientar que o Código Civil também adotou o princípio da 
igualdade entre os cônjuges no artigo 1.511, que estabelece: “O casa-
mento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de 
direitos e deveres dos cônjuges”. Segundo o autor Alexandre de Morais, 
em sua obra:
O princípio da igualdade consagrado pela constituição opera em dois planos 
distintos. De uma parte, frente ao legislador ou ao próprio Poder Executivo, 
na edição, respectivamente, de leis, atos normativos e medidas provisórias, 
impedindo que possam criar tratamentos abusivamente diferenciados a pes-
soas que se encontram em situação idêntica. Em outro plano, na obrigatorie-
dade ao intérprete, basicamente, a autoridade pública, de aplicar a lei e atos 
normativos de maneira igualitária, sem estabelecimento de diferenciaçõesem razão de sexo, religião, convicções fi losófi cas ou políticas, raça e classe 
social (2010. p. 370).
Nota-se que, ainda, com toda essa evolução foi necessário in-
crementar mais um princípio de suma importância, o sexto PRINCIPIO 
DA IGUALDADE E ISONOMIA DOS FILHOS, previsto no artigo 227, § 
6º e no Código Civil no artigo 1.596 e ambos, confi rmam, que não pode 
haver discriminação entre fi lhos havidos no casamento ou não e que 
eles terão os mesmo direitos e qualifi cações.
Assim, à partir desse principio, todos os fi lhos, havidos ou não 
na constância do casamento, passaram a ter os mesmos direitos e de-
veres, vedando diferenciações entre fi lhos legítimos e ilegítimos.
Ainda, no sentido de melhorar o entendimento sobre as famí-
lias, foi acrescentado o sétimo PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE 
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, com previsão na Constituição 
Federal no caput do artigo 227, e no Estatuto da Criança e do Adoles-
cente nos artigos 4º, caput, e 5º, e também na Convenção Internacional 
dos Direitos da Criança, a qual o Brasil adotou em 1990, consagra esse 
princípio no seu artigo 3º, I.
Nesse sentido, no artigo 4º do ECA, o parágrafo único mostra 
quais são as políticas públicas que podem ser usadas para alcançar a 
garantia constitucional dada às crianças e aos adolescentes, enquanto 
no artigo 6º do ECA, faz a classifi cação deles como pessoas em desen-
volvimento que têm, de forma absoluta e prioritária, a garantia do seu 
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melhor interesse. Contudo, afi rma-se que o princípio do melhor interes-
se da criança e do adolescente é visto como direito fundamental.
Além disso, o artigo 227, caput, da CF, consagra que a criança 
e o adolescente tem assegurado, com a devida prioridade, a efetivação 
de seus direitos fundamentais, tais como: dignidade, respeito, liberdade 
e convivência familiar.
Destarte, ressalta-se também sobre o oitavo PRINCIPIO DA 
PATERNIDADE RESPONSÁVEL E DO PLANEJAMENTO FAMILIAR, 
com previsão nos artigos 226, § 7º e 227 da Constituição Federal e 
nos artigos 3º, 4º e 6º do Estatuto da Criança e do Adolescente, ambos 
decorrem do princípio da liberdade e da dignidade da pessoa humana, 
uma vez que gera responsabilidade aos pais no planejamento familiar 
e na melhor forma de criação dos fi lhos; conforme já analisamos, os 
princípios se complementam. Ou seja, cabe aos pais ou o pai/mãe pro-
mover, da melhor forma possível, a criação, a educação e o desenvolvi-
mento dos fi lhos, mas contando com os recursos que o Estado tem por 
a disposição do cidadão.
O planejamento familiar é regulado pela Lei 9.263/96, que re-
gula o § 7º do artigo 227, da Constituição Federal, estabelece formas de 
orientação, por meio de políticas públicas, para o planejamento familiar.
A interpretação dos artigos 227 e 229 do Estatuto da Criança 
e do Adolescente é de livre planejamento pela pessoa ou pelo casal, a 
gravidez e a adoção, sendo que eles assumem o pleno dever de assis-
tir, criar e educar os fi lhos, assegurando, prioridade absoluta da criança 
e do adolescente frente à família, sociedade e Estado. Conclui-se que 
a paternidade responsável está intimamente ligada com o dever de cui-
dado, zelo e prioridade. 
E, por último, analisaremos o nono PRINCÍPIO DA SOLIDA-
RIEDADE FAMILIAR, consagrado pela Constituição Federal no artigo 
3º, I, “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária”:
A solidariedade é o princípio e oxigênio de todas relações familiares e afeti-
vas, porque esses vínculos só podem se sustentar e se desenvolver em am-
biente recíproco de compreensão e cooperação, ajudando-se mutuamente 
sempre que se fi zer necessário (MADALENO, 2013, p.93).
Além disso, esse principio está estabelecido na Constituição 
Federal, no artigo 229, que impõe reciprocidade de cuidados entre pais 
e fi lhos; no artigo 230, normatizando que é dever da família, do Estado 
e da sociedade cuidar dos idosos; e no artigo 227, que impõe que é 
dever da família, e não apenas dos pais, da sociedade e do Estado, 
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assegurar com prioridade absoluta aos direitos das crianças e dos ado-
lescentes.Tem-se que o Código Civil também recepcionou o princípio da 
solidariedade nos artigos 1.511, 1.565, 1.566, III, 1.568 e 1.694.
ESPÉCIES DE FAMÍLIA E AS NOVAS MODALIDADES
Os atuais contornos da família estão desafi ando outra concei-
tuação: os novos arranjos familiares. A família deixa de ser o núcleo 
econômico e de reprodução para dar espaço ao afeto e ao amor. 
A Constituição Federal de 1988, ao lado do casamento, trouxe 
o reconhecimento da União Estável e da Família Monoparental. No en-
tanto, conforme analisamos a família é a base da sociedade e recebe 
proteção do Estado, conforme artigo 226, caput, da Constituição Fede-
ral: 
Hoje a família não decorre somente do casamento civil e nem é concebida 
exclusivamente como união duradoura entre o casal. Por força do disposto 
no parágrafo 4º do artigo 226 da CF, a família é concebida, na sua noção 
mínima, como a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descen-
dentes, abrangendo, também, as outras formas de entidade familiar, como 
aquela decorrente do casamento civil, do casamento religioso, e da união 
estável (VIANNA, 2011).
Quando se pensa em família, sempre nos baseamos na forma-
ção de “um homem e uma mulher unidos pelo casamento e cercados 
de fi lhos”. Esta realidade se modifi cou, surgimento novos modelos de 
famílias: 
O pluralismo das relações familiares – outra vértice da nova ordem jurídi-
ca – ocasionou mudanças na própria estrutura da sociedade. Rompeu-se 
o aprisionamento da família nos moldes restritos do casamento, mudando 
profundamente o conceito de família. A consagração da igualdade, o reco-
nhecimento da existência de outras estruturas de convívio, a liberdade de 
reconhecer fi lhos havidos fora do casamento operaram verdadeira transfor-
mação na família (DIAS, 2007, p. 34).
Enquanto, anteriormente, o casamento era o marco identifi -
cador da família, agora, prepondera o sentimento e o vínculo afetivo. 
Assim, não mais se restringe aos paradigmas de casamento, sexo e 
procriação (DIAS, 2007, p. 40).
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Podemos classifi car as espécies de família da seguinte forma: 
1- Família matrimonial ( casamento); 2- União estável; 
3- Cuncubinato; 4- União estável; 5- Família paralela; 6- Família 
monoparental; 7- Família pluriparental; 8- Família eudomonista; 9- 
Família ou união homoafetiva; 10- Família unipessoal, 11- Família 
adotiva
Passemos à análise sucinta de cada um dos tipos de família.
Dando inicio ao tópico de espécies de família, abordaremos 
primeiro sobre a FAMILIA MATRIMONIAL.
 Até a entrada, em vigor, da atual constituição de 1988, a fa-
mília matrimonial era a única forma admissível de formação de família. 
Para o cristianismo, que tem forte infl uência nas famílias, as únicas re-
lações afetivas aceitáveis eram as decorrentes do casamento entre um 
homem e uma mulher face ao interesse de procriação. Esse modelo de 
família está previsto no artigo 226 da CF. 
Nesse sentido, o Código Civil, em seu artigo 1.514, ilustra 
que: “o casamento se realiza no momento em que o homem e a mu-
lher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo 
conjugal, e o juiz os declara casados”. Ainda, a mesma legislação em 
seu artigo 1.566, delineia os direitos e deveres de ambos os cônjuges: 
I – fi delidade recíproca; II – vida em comum, no domicílio conjugal; III 
– mútua assistência; IV – sustento, guarda e educação dos fi lhos; V – 
respeito e consideração mútuos.
Assim, podemosafi rmar que nessa espécie de família, o casa-
mento é um ato solene, celebrado entre pessoas de diferente sexo, que 
se unem sob a promessa de fi delidade e amor recíproco.
O Código Civil denomina de CONCUBINATO a relação entre 
homem e mulher impedidos de casar, consagrado nos artigo do Código 
Civil, in verbis: 
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de 
casar, constituem concubinato. Assim, são impedidos de casar:
Art. 1.521. Não podem casar:
 I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afi ns em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi 
do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau 
inclusive;
V - o adotado com o fi lho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de 
homicídio contra o seu consorte. 
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O Código Civil repudia o concubinato, tendo o artigo 1642, inci-
so V, apontado: reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados 
ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado 
que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o 
casal estiver separado de fato por mais de cinco anos.
Sobre esse assunto, a autora Maria Helena Diniz afi rma que:
O concubinato impuro ou simplesmente concubinato dar-se-á quando se 
apresentarem relações não eventuais entre homem e mulher, em que um 
deles ou ambos estão impedidos legalmente de casar. Apresenta-se como: 
a) adulterino (...) se se fundar no estado de cônjuge de um ou de ambos os 
concubinos, p. ex., se homem casado, não separado de fato, mantiver ao 
lado da família matrimonial uma outra; ou b) incestuoso, se houver parentes-
co próximo entre os amantes. (DIAS, 2006, p. 1413)
Logo, ao garantir a proteção à família, reconhece como en-
tidade familiar a FAMILIA NA UNIÃO ESTAVEL (artigo 226 § 3º CF), 
essa modalidade passou a ser reconhecida como entidade familiar, a 
convivência pública, contínua e duradoura de um homem e uma mulher, 
vivendo sob o mesmo teto, sem vínculo matrimonial, com objetivo de 
constituir família (art. 1723, §§1º 2º da CC).
Portanto, é uma união não passageira, existente entre pessoas 
unidas sobre um vínculo de afi nidade, sem nenhuma formalidade, para 
tanto. Nota-se que o Código Civil, em seu artigo 1723, §1º, considera 
união estável a relação existente entre aqueles que possuem casamen-
to anterior não dissolvido formalmente. É o que se chama de separados 
de fato.
Com segurança, só se pode afi rmar que a união estável inicia de um vincu-
lo afetivo. O envolvimento mutuo acaba transbordando o limite do privado, 
começando as duas pessoas a serem identifi cadas no meio social como um 
par. A visibilidade do vinculo o faz ente autônomo merecedor da tutela jurídica 
como uma entidade. (DIAS, 2005, 150).
Nesse sentido, destaca-se que a união estável decorre de la-
ços de afetividade, do desejo de constituir uma família. Ou seja, a con-
vivência entre homem e mulher, em convívio como se marido e esposa 
fossem, difere da união de fato.
A FAMILIA PARALELA é aquela que afronta a monogamia, 
realizada por aquele que possui vínculo matrimonial ou de união es-
tável. Portanto, na família paralela, um dos integrantes participa como 
cônjuge de mais de uma família. Afi rma Maria Berenice Dias que a união 
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paralela é um relacionamento de afeto, não aceito pela sociedade.
Os relacionamento paralelos, além de receberem denominações pejorativas, 
são condenados à invisibilidade. Simplesmente a tendência é não reconhe-
cer sequer sua existência. Somente na hipótese de a mulher alegar des-
conhecimento da duplicidade das vidas do varão é que tais vínculos são 
alocados no direito obrigacional e lá tratados como sociedades de fato. (...) 
Uniões que persistem por toda uma existência, muitas vezes com extensa 
prole e reconhecimento social, são simplesmente expulsas da tutela jurídica. 
(...) Negar a existência de famílias paralelas – quer um casamento e uma 
união estável, quer duas ou mais uniões estáveis – é simplesmente não ver 
a realidade. (DIAS, 2007, p. 48).
Já a FAMILIA MONOPARENTAL é aquela constituída por um 
dos pais e seus descendentes, ou seja, ou só o pai ou só mãe conviven-
do com seu(s) fi lho(s). Possui albergue constitucional, artigo 226, §4º 
CF: entende-se, também, como entidade familiar a comunidade forma-
da por qualquer dos pais e seus descendentes. Em suma, é a relação 
existente entre um dos pais e sua descendência.
Vale destacar que a monoparentalidade tem origem quando da 
morte de um dos genitores, ou pela separação ou pelo divórcio dos pais. 
Já a entidade familiar chefi ada por algum parente que não um dos geni-
tores, igualmente, constitui vínculo monoparental (DIAS, 2005, p. 184).
Logo a FAMILIA ANAPARENTAL, é a relação que possui vín-
culo de parentesco, mas não possui vínculo de ascendência e descen-
dência. Como, por exemplo, de irmãos ou primos que vivam juntos:
A convivência entre parentes ou entre pessoas, ainda que não parentes, 
dentro de uma estruturação com identidade de propósito, impõe o reconhe-
cimento da existência de entidade familiar batizada com o nome de família 
anaparental (DIAS, 2007, p. 46).
Ainda, existe a FAMILIA PLURIPARENTAL, que surgiu com o 
desfazimento de vínculos familiares anteriores e criação de novos vín-
culos:
A especifi cidade decorre da peculiar organização do núcleo, reconstruído por 
casais onde um ou ambos são egressos de casamentos ou uniões anterio-
res. Eles trazem para a nova família seus fi lhos e, muitas vezes, têm fi lhos 
em comum. É a clássica expressão: os meus, os teus, os nossos (DIAS, 
2007, p. 47).
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Nessa linha, surgiu a FAMILIA EUDEMONISTA que é aquela 
decorrente do afeto, ou seja, eudemonismo: sistema de moral que tem 
por fi m a felicidade do homem:
O eudemonismo é a doutrina que enfatiza o sentido de busca pelo sujeito de 
sua felicidade. A absorção do princípio eudemonista pelo ordenamento altera 
o sentido da proteção jurídica da família, deslocando-o da instituição para o 
sujeito, como se infere da primeira parte do § 8º do art. 226 da CF: o Estado 
assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos componentes 
que a integram (DIAS, 2007, p. 52/53).
Com todo esse avanço da entidade familiar, surgiu a FAMÍLIA 
OU UNIÃO HOMOAFETIVA, aquela decorrente da união de pessoas 
do mesmo sexo, as quais se unem para a constituição de um vínculo 
familiar, por laços afetivos. 
A nenhuma espécie de vínculo que tenha por base o afeto po-
de-se deixar de conferir status de família, merecedora da proteção do 
Estado, pois a Constituição (1º, III) consagra, em norma pétrea, o res-
peito à dignidade da pessoa humana (DIAS, 2007, p. 45). Assim, onde 
houver uma união de pessoas ligadas por laços afetivos, sendo esta 
sua fi nalidade fundamental, haverá família.
No entanto, tem-se a FAMILIA UNIPESSOAL que é a com-
posta por apenas uma pessoa. Recentemente, o STJ lhe conferiu à 
proteção do bem de família, como se infere da Súmula 364: o conceito 
de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel per-
tencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
É importante destacar que para estabelecer uma família não 
trata-se de uma família ligada por consanguinidade e, sim, de uma rela-
ção de afetividade e amor, ou seja, a FAMILIA ADOTIVA.
A adoção para o ordenamento jurídico vigente é uma forma 
artifi cial de fi liação que tem a intenção de igualdade com a fi liação natu-
ral. Consagrado pela ConstituiçãoFederal no artigo 227, §6º, conforme 
veremos melhor no último capítulo desta unidade. 
As transformações sociais vêm trazendo à baila novas estrutu-
ras familiares, as quais objetivam o atendimento do afeto, solidariedade, 
lealdade, confi ança, respeito e amor. 
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Por fi m, o papel primordial da família atual é a busca pela feli-
cidade. O companheirismo, a igualdade, o respeito e o afeto pelos seus 
membros, são prioridades das novas entidades familiares. Assim, o 
direito deve sempre evoluir de acordo com as transformações da so-
ciedade, devendo disciplinar as necessidades exigidas pela população 
contemporânea.
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QUESTOES DE CONCURSO
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPE-AC Prova: Defensor Público. 
Nível: Fácil
No que se refere à união estável, ao casamento, à fi liação e aos 
alimentos, julgue os itens a seguir.
I. Será admissível o deferimento de alimentos gravídicos mesmo 
quando não for verifi cada hipótese de presunção legal de paterni-
dade.
II. Na união estável, será nulo de pleno direito o contrato fi rmado 
entre os companheiros que disponha de regime patrimonial diver-
so do regime de comunhão parcial de bens.
III. Será vedado ao juiz impor a guarda compartilhada caso um dos 
genitores declare que não deseja exercer a guarda do menor.
IV. Optando pelo divórcio extrajudicial, os nubentes poderão deli-
berar, na mesma escritura, sobre partilha de bens, guarda de fi lhos 
e alimentos.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV.
E) II, III e IV.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Defensor Público.
Nível: Médio
Considerando-se os princípios atuais aplicáveis à família, inclusi-
ve sob o prisma constitucional,
A) o casamento homoafetivo é possível, estabelecendo relações obriga-
cionais mútuas, mas por falta de previsão legal não estabelece relações 
sucessórias, devendo os cônjuges homoafetivos benefi ciarem-se por 
meio de testamento.
B) à união estável aplicam-se somente as normas do direito civil obriga-
cional, acrescidas daquelas que amparam a mulher previdenciariamen-
te e no reconhecimento da constituição de patrimônio comum.
C) nada obstante a igualdade jurídica entre homem e mulher, perma-
nece o patriarcalismo, residualmente, na administração do patrimônio 
material do núcleo familiar.
D) os fi lhos possuem direitos iguais, independentemente de sua origem, 
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salvo aqueles adotados após a maioridade, em relação a restrições su-
cessórias, somente.
E) a paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não 
impede o reconhecimento do vínculo de fi liação concomitante baseado 
na origem biológica, com todas as suas consequências patrimoniais e 
extrapatrimoniais.
QUESTÃO 3
Ano: 2019/ Banca MPE - PR / Órgão: Ministério Público do Paraná - 
PR Prova: Promotor de Justiça Substituto. Nível: Fácil
Não é tese de repercussão geral do STF: 
A) A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, 
impede o reconhecimento do vínculo de fi liação concomitante baseado 
na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios. 
B) O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu 
prenome e de sua classifi cação de gênero no registro civil, não se exi-
gindo, para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, 
o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como direta-
mente pela via administrativa. 
C) A alteração do prenome do transgênero deve ser averbada à margem 
do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo ‘transgênero’.
 D) É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges 
e companheiros prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplica-
do, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável, o 
regime do art. 1.829 do CC/2002.
 E) É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fi ador de 
contrato de locação, em virtude da compatibilidade da exceção prevista 
no art. 3°, inciso VII, da Lei n. 8.009/1990 com o direito à moradia consa-
grado no art. 6° da Constituição Federal, com redação da EC 26/2000.
QUESTÃO 4
Ano: 2018. Banca: - Fundação Mariana Resende Costa (FUMARC)/ 
Órgão:
Polícia Civil - MG Prova: Delegado de Polícia Substituto. Nível: Fá-
cil
Considere as seguintes afi rmativas a respeito do direito de família:
I. A diversidade de sexos entre os companheiros não é requisito 
essencial para a confi guração da união estável.
II. A pessoa casada, mas separada de fato, pode constituir união 
estável.
III. De acordo com jurisprudência pacifi cada no âmbito do Superior 
Tribunal de Justiça, na união estável, na ausência de contrato de 
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convivência, a partilha de bens exige prova do esforço comum.
IV. A pessoa divorciada, enquanto não houver sido homologada 
ou decidida a partilha de bens do casal, não pode constituir união 
estável.
Estão CORRETAS apenas as afi rmativas:
A) I e II.
B) I, II e III.
C) I, II e IV.
D) II e IV.
E) I, apenas
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: Defensor Público. 
Nível: Médio
Um adolescente de 15 anos recebe da mãe a notícia de que aquele 
que como pai o criara, e assim consta de seu registro de nasci-
mento, falecido no ano anterior, não é seu pai biológico. O pai bio-
lógico, a seu turno, embora reconheça o fato, não tem a intenção 
de se aproximar do adolescente, de modo a provê-lo de suporte 
emocional e material. Diante do impasse, o adolescente pretende 
socorrer-se das vias judiciais para ver comprovada e reconheci-
da formalmente a paternidade biológica, mas gostaria que fosse 
preservada em seu registro de nascimento a indicação de fi liação 
daquele que como pai o criou.
À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal sobre a matéria, a pretensão do adolescente é
A) ilegítima, pois, em conformidade com o princípio constitucional da 
paternidade responsável, a paternidade biológica prevalece sobre a pa-
ternidade socioafetiva, para fi ns de registro, embora não impeça o reco-
nhecimento do vínculo de fi liação baseado na socioafetividade, com os 
efeitos jurídicos próprios desta.
B) legítima, pois, em conformidade com o princípio constitucional da 
dignidade da pessoa humana, a paternidade socioafetiva prevalece so-
bre a paternidade biológica, para fi ns de registro, embora não impeça 
o reconhecimento do vínculo de fi liação baseado na origem biológica, 
com os efeitos jurídicos próprios desta.
C) legítima, pois, conforme julgamento em sede de repercussão geral, 
merecem tutela jurídica concomitante, para todos os fi ns de direito, os 
vínculos parentais de origem afetiva e biológica, a fi m de prover a mais 
completa e adequada tutela aos sujeitos envolvidos, ante os princípios 
constitucionais da dignidade da pessoa humana e da paternidade res-
ponsável.
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D) legítima, pois, em conformidade com súmula vinculante, a paterni-
dade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o 
reconhecimento do vínculo de fi liação concomitante baseado na origem 
biológica, com os efeitos jurídicos próprios desta.
E) ilegítima, pois não é consagrada, no ordenamento brasileiro, a pluri-
parentalidade, não sendo dado ao Judiciário, ainda que provocado, 
atuar de modo a permitir que a eleição individual dos objetivos de vida 
tenha preferência em relação a formulações legaisdefi nidoras de mo-
delos destinados a produzir resultados eleitos a priori pelo legislador, 
em caráter geral.
QUESTÃO 6
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: MPE/RR - Prova: Promotor de 
Justiça Substituto. Nível: Médio
Tendo em vista que o surgimento de novos tipos de estruturas fa-
miliares demanda do direito civil uma revisão constante do concei-
to de família, julgue os itens a seguir.
I A guarda compartilhada implica igualdade de tempo de convívio 
da criança com cada um de seus genitores, a fi m de evitar ofensa 
ao princípio da igualdade.
II O direito de obter, judicialmente, a fi xação de pensão alimentícia 
não prescreve; no entanto, há prazo prescricional para a execução 
de valores inadimplidos correspondentes ao pagamento da pen-
são.
III O reconhecimento de união estável homoafetiva acarreta aos 
seus partícipes os mesmos direitos garantidos aos componentes 
de união estável heterossexual.
IV Os avós detêm o direito de pleitear a regulamentação de visita 
aos netos, a qual poderá ser viabilizada desde que observados os 
interesses da criança ou do adolescente.
Assinale a opção correta.
A) Apenas os itens I e II estão certos.
B) Apenas os itens I, III e IV estão certos.
C) Apenas os itens II, III e IV estão certos.
D) Todos os itens estão certos.
E) Todos os itens estão errados
QUESTÃO 7
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PB Prova: Promotor de Justiça 
Substituto. Nível: Médio
A respeito dos poderes do Estado, em matéria de direito de família, 
é correto afi rmar:
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A) É defeso a qualquer pessoa de direito público interferir na comunhão 
de vida instituída pela família, sendo o planejamento familiar de livre 
escolha, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e fi nan-
ceiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção 
por parte de instituições privadas ou públicas.
B) É defeso a qualquer pessoa de direito público, mas não às de direito 
privado de natureza assistencial, interferir na comunhão de vida instituí-
da pela família, e, no caso de planejamento familiar, incumbe ao Estado 
orientar o casal nas escolhas e assistir na decisão sobre métodos con-
traceptivos.
C) É inconstitucional a regra que estabelece ser o casamento civil, por-
que as pessoas têm liberdade de optar pelo casamento religioso com a 
mesma efi cácia, e independentemente de qualquer outra formalidade.
D) A direção da sociedade conjugal será exercida exclusivamente em 
colaboração pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e 
dos fi lhos, sendo vedado recorrer à autoridade administrativa ou judiciá-
ria para dirimir eventuais controvérsias.
E) A guarda compartilhada de fi lhos, no caso de divórcio, só pode ser 
decidida em acordo amigável, entre pai e mãe, e não por decreto do 
Juiz.
QUESTÃO 8
Ano: 2009 Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC) Órgão: DPE/PA 
Prova: Defensor Público. Nível: Médio De acordo com o Código 
Civil, NÃO podem se casar
A) o viúvo ou a viúva que tiver fi lho do cônjuge falecido, enquanto não 
fi zer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros.
B) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a 
partilha dos bens do casal.
C) os parentes afi ns em linha colateral.
D) o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa 
de homicídio contra o seu consorte.
E) o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, 
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto 
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respecti-
vas contas.
QUESTÃO 9
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Defensor Público - 
Reaplicação. Nível: Difícil
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou ato regulamentar por 
meio do qual institui modelo único de certidão de nascimento a 
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ser adotada pelos ofícios de registro civil das pessoas naturais, 
estabelecendo procedimento para que se dê o reconhecimento 
voluntário e a respectiva averbação da paternidade e maternidade 
socioafetiva perante os ofi ciais de registro. Seguindo referido pro-
cedimento, considere que um fi lho, em cuja certidão de nascimen-
to não consta o nome do pai, e sua mãe biológica, juntamente com 
o atual marido, que foi e é o responsável desde o nascimento pela 
criação do fi lho, obtêm o reconhecimento da paternidade socioafe-
tiva, sendo lançada a fi liação na certidão respectiva. Ocorre que o 
fi lho pretende, agora, discutir e ver reconhecida, judicialmente, a 
paternidade biológica. Nessa hipótese, à vista da Constituição Fe-
deral e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
A) o reconhecimento da paternidade socioafetiva e respectivo lança-
mento em certidão são nulos, ainda que não seja reconhecida a pater-
nidade biológica, uma vez que baseados em procedimento estabelecido 
em ato do Conselho Nacional de Justiça, que não possui competência 
para expedir atos regulamentares em relação aos serviços notariais e 
de registro.
B) o reconhecimento da paternidade socioafetiva e respectivo lança-
mento em certidão impedem o reconhecimento simultâneo de pater-
nidade biológica, devendo ser desconstituída aquela, primeiramente, 
para então se pretender discutir judicialmente a biológica.
C) é admissível a discussão judicial da paternidade biológica, para pro-
dução dos efeitos jurídicos próprios, mantendo-se concomitantemente 
à paternidade socioafetiva, ainda que esta tenha sido declarada em re-
gistro público.
D) é admissível a discussão judicial da paternidade biológica, cujo reco-
nhecimento, contudo, provocará a desconstituição do reconhecimento 
da paternidade socioafetiva, sobre a qual tem precedência.
E) não é admissível a discussão judicial da paternidade biológica, sobre 
a qual tem precedência a paternidade socioafetiva, reconhecida e lan-
çada em certidão em conformidade com procedimento estabelecido por 
órgão competente.
QUESTÃO 10
Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: Titular de Serviços 
de Notas e de Registros - Remoção. Nível: Difícil
Recentemente, no Brasil, o processo eleitoral foi marcado por opi-
niões muito divergentes sobre os mais variados assuntos, sendo 
um deles o casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Para um 
determinado grupo da sociedade, o casamento deveria, em tese, 
ocorrer somente entre homem e mulher, tendo em vista a literalida-
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de da legislação a esse respeito, enquanto outra parcela conside-
rável da população opinou por estender os efeitos do casamento 
à união homoafetiva, sob as premissas já decididas pelo Supremo 
Tribunal Federal (STF), bem como em homenagem aos princípios 
da dignidade da pessoa humana e da igualdade entre os cidadãos. 
Considerando o exposto e com base no Código Civil brasileiro, 
assinale a alternativa correta.
A) O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na 
igualdade de direitos e deveres dos cônjuges, fi cando a cargo da mulher 
a educação dos fi lhos, e do marido, o sustento da família.
B) O casamento é civil e gratuita a sua celebração, embora as taxas 
recolhidas em cartório tenham natureza extrafi scal.
C) O registro do casamento religioso submete-se a requisitos diversos 
dos exigidos para o casamento civil.
D) O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher 
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conju-
gal, e o juiz os declara casados.
E) Será efi caz o registro civil do casamento religioso se, antes dele, 
qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento 
civil.
QUESTÃO DISSERTATIVA– DISSERTANDO A UNIDADE
No Brasil, a família patriarcal foi, sobretudo, fruto de uma concepção au-
toritária da natureza das relaçõesentre seus membros, que teve origem 
no direito português do qual se originou. Examine duas características 
dessa concepção patriarcal contidas no Código Civil de 1916, e compa-
re com as alterações trazidas pelo Código Civil de 2002.
TREINO INÉDITO
Assunto: Princípios do Direito de Família
São princípios inerentes ao Direito de Família, EXCETO:
A) Princípio da solidariedade familiar
B) Princípio da dignidade da pessoa humana
C) Princípio da não liberdade 
D) Princípio da afetividade
E) Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente
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NA MÍDIA
O conceito de entidade familiar não pode deixar de fora a união entre 
pessoas do mesmo sexo, voltou a afi rmar o plenário do Supremo Tribu-
nal Federal (STF), por unanimidade, ao julgar a constitucionalidade de 
uma lei do Distrito Federal (DF).
O entendimento foi reforçado no julgamento virtual de uma Ação Di-
reta de Inconstitucionalidade em que o PT questionou a Lei Distrital 
6.160/2018, que estabelece a Política Pública de Valorização da Família 
no Distrito Federal.
Em seu artigo 2º, a lei defi ne como entidade familiar “o núcleo social for-
mado pela união de um homem e uma mulher, por meio do casamento 
ou união estável”.
O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, acatou os argumentos 
do PT, de que a legislação distrital, da forma como redigida, violava os 
princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da isono-
mia ao restringir o conceito de família, deixando de fora as uniões ho-
moafetivas.
“Quando a norma prevê a instituição de diretrizes para implantação de 
política pública de valorização da família no Distrito Federal, deve-se 
levar em consideração também aquelas entidades familiares formadas 
por união homoafetiva”, escreveu Moraes em seu voto, que foi acompa-
nhado por todos os demais ministros do Supremo.
Moraes lembrou que o Supremo já julgou inconstitucional qualquer dis-
positivo do Código de Processo Civil que impeça o reconhecimento da 
união homoafetiva. Ao fi m, foi dada interpretação conforme a Constitui-
ção para a lei distrital, que passa a abarcar em sua efi cácia também as 
famílias formadas pela união de pessoas do mesmo sexo.
Fonte: Agencia do Brasil
Data: 16/09/2019
Leia a notícia na íntegra:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2019-09/
conceito-de-entidade-familiar-deve-prever-uniao-homoafetiva-diz-stf
NA PRÁTICA
Recentemente, no Brasil, o Supremo Tribunal Federal aprovou a união 
civil entre pessoas do mesmo sexo. Várias polêmicas vieram à tona 
transcendendo a discussão sobre casamento homossexual e precon-
ceito, convidando também à refl exão sobre liberdade de expressão re-
ligiosa. 
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Segundo dados do IBGE, no Brasil, existem mais de 60 mil casais ho-
mossexuais, número este considerável e que pode ser muito maior ao 
se considerar aqueles que omitiram sua orientação sexual em razão do 
preconceito que enfrentam no dia a dia. Dessa forma, do ponto de vista 
jurídico, esta lei vem ao encontro dos interesses de um grupo social, o 
qual tem sua representatividade na sociedade e, por isso, deve ter suas 
demandas e direitos assegurados pela lei. Afi nal de contas, como se 
sabe, cabe ao sistema jurídico, pelo menos em tese, garantir a igualda-
de de direitos entre os cidadãos sem fazer acepção de quaisquer carac-
terísticas ou peculiaridades existentes e, neste caso, sem se considerar 
a sexualidade.
Em outras palavras, esta decisão do poder judiciário não traz a união 
homoafetiva como algo novo, mas sim, garante sua legalização e direi-
tos outrora cerceados aos casais homossexuais brasileiros.
 Dessa forma, pode-se entender que é dever do Estado criar mecanismos 
para preservação da dignidade humana, a qual não diz respeito apenas 
a gênero ou orientação sexual, mas sim, ao homem enquanto ser autô-
nomo e emancipado.
PARA SABER MAIS:
Filme sobre o assunto: 
Uma lição de amor- 2002
 Boy Erased: Uma Verdade Anulada- 2019
Livro:
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de 
direito civil: direito de família: as famílias em perspectiva constitucio-
nal. São Paulo: Saraiva, 2011. 
DIAS, Maria Berenice, Manual de direito das famílias. 12ª. ed. rev. e 
atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.
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Com a chegada da Constituição 1988, o homem e a mulher 
passaram a ter o mesmo patamar, conferindo igualdade de direitos e 
deveres no âmbito de sociedade conjugal. À partir de então, o poder 
familiar começou a ser exercido pelos pais em relação aos fi lhos. 
Logo, com o surgimento do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente (ECA- Lei 9.069/90), houve contribuição para o poder familiar, 
consagrando o princípio da isonomia entre homens e mulheres no exer-
cício da autoridade parental, retratado no abaixo descrito:
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo 
pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a 
qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade 
judiciária competente para a solução da divergência. 
Assim, o Poder Familiar, antes era denominado “Pátrio Poder”, 
signifi cava uma hierarquia do pai, chefe da família:
A INSTITUIÇÃO FAMILIAR NA 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
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A expressão “poder familiar” é nova. Corresponde ao antigo pátrio poder, 
termo que remonta ao direito romano: pater potestas – direito absoluto e 
ilimitado conferido ao chefe da organização familiar sobre a pessoa dos 
fi lhos.DIAS, 2010, p.416):
Já a fi liação compreende todas as relações e sua constituição, 
modifi cação e extinção, que tem como sujeito os pais com relação aos 
fi lhos. Portanto, sob esse prisma, o direito de fi liação abrange o poder 
familiar que os pais exercem em relação aos fi lhos menores, bem como 
os direitos protetivos e assistência em geral (VENOSA, 2003, p. 265).
Portanto, a proposta é analisar a fi liação e o poder familiar 
diante da legislação brasileira, com seus conceitos e características, 
estudar a titularidade defi nida, bem como as atribuições e obrigações 
conferidas aos responsáveis, titulares deste poder, além das causas de 
extinção, suspensão e destituição.
CONCEITO E EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR
A sociedade passa por inúmeras mudanças constantemente, e 
a legislação deve acompanhar essa evolução. Exemplo disso é “Pátrio 
Poder” que passou de uma hierarquia do pai sobre toda a família, onde 
a mulher não poderia exercer tal encargo, para o “Poder Familiar”, as-
sim denominado pelo Código Civil de 2002, que estabelece um conjunto 
de direitos e deveres de ambos os pais com relação aos fi lhos.
O poder familiar é o exercício da autoridade dos pais sobre os fi lhos, no 
interesse destes. Confi gura uma autoridade temporária, exercida até a maio-
ridade ou emancipação dos fi lhos. Ao longo do século XX, mudou substan-
cialmente o instituto, acompanhando a evolução das relações familiares, 
distanciando-se de sua função originária — voltada ao interesse do chefe da 
família e ao exercício de poder dos pais sobre os fi lhos — para constituir um 
múnus, em que ressaltam os deveres (LÔBO, 2011, p.295).
Portanto, o Pátrio Poder era exclusivamente exercido pela 
fi gura masculinado núcleo familiar, sendo que somente há alguns anos 
a mulher foi considerada detentora deste encargo:
A expressão “poder familiar” é nova. Corresponde ao antigo pátrio poder, 
termo que remonta ao direito romano: pater potestas – direito absoluto e 
ilimitado conferido ao chefe da organização familiar sobre a pessoa dos 
fi lhos. (DIAS, 2010, p.416)
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Assim, com o passar dos anos, a expressão “Poder Familiar” 
foi fi xada no ordenamento jurídico pelo Código Civil de 2002, eliminan-
do a ideia de que somente o pai exerceria este poder, visto que a nova 
expressão coloca a mãe em posição de igualdade com o pai em seu 
exercício.
Desta forma, o poder familiar pode ser defi nido como um con-
junto de direitos e deveres que são atribuídos aos pais em relação aos 
fi lhos com o objetivo de desenvolvimento e auxilio na criação, formação 
e administração dos seus bens:
Nesse sentido, tem-se que poder familiar não decorre da 
guarda mais pelo fato de ser genitor, sendo que inicia o exercício do 
poder familiar a partir do nascimento do fi lho. Assim, o pátrio poder ou 
poder familiar decorre da paternidade e da fi liação e não do casamento, 
incluindo também a união estável.
O pátrio poder, poder familiar ou pátrio dever, nesse sentido, tem em vista 
primordialmente a proteção dos fi lhos menores. A convivência de todos os 
membros do grupo familiar deve ser lastreada não em supremacia, mas em 
diálogo, compreensão e entendimento. (VENOSA, 2004, p.367)
Contudo, são poderes conferidos aos genitores com a fi nalida-
de de proteger a criança ou adolescente quanto aos perigos que pos-
sam vir a existir, bem como para a preparação e exercício da vida e 
desenvolvimento do seu ser.
O autor Diniz conceitua o poder familiar nos dias atuais:
(...) conjunto de direito e obrigações, quanto à pessoa e bens do fi lho menor 
não emancipado, exercido em igualdade de condições, por ambos os pais, 
para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes im-
pões, tendo em vista o interesse a proteção do fi lho. Ambos tem, em igualda-
de de condições, poder decisório sobre a pessoa e bens de fi lho menor não 
emancipado. Se, porventura, houver divergência entre eles, qualquer deles 
poderá recorrer ao juiz a solução necessária, resguardando interesse da pro-
le (Art. 1690, ú, CC) (DINIZ, 2002, p. 447).
Já no entendimento do autor Carlos Roberto Gonçalves, este 
menciona que a autoridade parental é constituída por um conjunto de 
regras “que engloba direitos e deveres atribuído aos pais, no tocante 
à pessoa e aos bens dos fi lhos menores (GONÇALVES, 2010, p.401).
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Nesse sentido, o artigo 21 da Lei 8069/90 – Estatuto da 
Criança e do Adolescente, declara: o pátrio poder será exercido, em 
igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser 
a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de 
discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução 
da divergência. 
Já o Código Civil, em seu artigo 1631 menciona que: durante 
o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na 
falta ou impedimento de um deles, o outro exercerá com exclusividade. 
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder fa-
miliar, é assegurada a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do 
desacordo.
Assim, em caso de não haver concordância entre os pais com 
relação aos fi lhos, as questões deverão ser discutidas ao Poder Judi-
ciário que determinará a solução para o caso, que será observado as 
peculiaridades de cada caso. 
Ainda assim, após a separação judicial, os pais prosseguem 
como titulares do poder familiar, ou seja, ao pai ou mãe que não fi car 
com a guarda judicial do fi lho, cumpre-lhe o exercício do poder familiar 
juntamente com o outro responsável. E ainda, quando o casamento é 
dissolvido pela morte, o cônjuge sobrevivente é quem exerce o poder 
familiar.
O Código Civil enumera, exemplifi cativamente, em seu 
art. 1.634, apresentou o conteúdo da autoridade parental. Assim, com-
pete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o 
pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos fi lhos: 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos 
termos do art. 1.584
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para 
viajarem ao exterior;
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para 
mudarem sua residência permanente para outro Município; 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, 
se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não pu
der exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 
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(dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa 
idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o 
consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os 
serviços próprios de sua idade e condição. 
Com relação à titularidade do poder familiar, diz o artigo 226, 
§ 5º da Constituição Federal: “os direitos e deveres referentes à socie-
dade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”, 
então o poder familiar pode ser exercido em igualdade de condições 
pelos pais. Assim, importante mencionar que este conteúdo do poder 
familiar será exercido pelos genitores, em igualdade de condições, à 
atenção à isonomia.
Tratando um pouco à respeito das CARACTERÍSTICAS DO 
PODER FAMILIAR, uma delas é que é IRRENUNCIÁVEL, ou seja, os 
genitores não podem transferir este poder, a não ser em caso de ado-
ção, onde os pais são destituídos do poder familiar, e que, às vezes, por 
adesão dos mesmos.
Contudo, o poder familiar também é INDISPENSÁVEL no pró-
prio cumprimento das atribuições dos pais, sendo de sustento, segu-
rança e educação dos fi lhos e, por isso, não podem ser cerceados em 
determinados atos, como a necessidade de estudos, estabelecimento 
de ambientes propícios para o bom desenvolvimento e, ainda, adquirir 
capacidade para administrar seus próprios bens. 
Portanto, o poder familiar acaba sendo INDISPONÍVEL, ou 
seja, “decorrente da paternidade natural ou legal, não pode ser transfe-
rido por iniciativa dos titulares, para terceiros” (VENOSA, 2004, p.723).
O poder familiar também é INDIVISÍVEL, somente as incum-
bências quando os pais são separados e também IMPRESCRITÍVEL, 
não se extingue, mesmo que jamais possa ser exercido por alguma 
circunstância, a não ser dentro das hipóteses legais. 
 Destacamos que o papel de educar não se restringe somente 
aos pais, mas também ao Estado que tem o dever de promover e garan-
tir a educação, tendo que fornecer a educação básica de forma gratuita 
para crianças de 4 a 17 anos de idade. Não só educação, mas como os 
deveres e encargos impostos pelo poder familiar protegido pela Consti-
tuição Federal, conforme Art.
De acordo com Rizardo (2004, p.602):
Ao Estado interessa o seu bom desempenho, tanto que existem normas so-
bre o seu exercício, ou sobre a atuação do poder dos pais na pessoa dos fi -
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lhos. No próprio caput do art. 227 da Carta Federal notam-se a discriminação 
de inúmeros direitos em favor da criança e do adolescente, os quais devem 
ser a toda evidência, observados no exercício do poder familiar: direito à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação,

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