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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE FACULDADE DE VETERINÁRIA – FAVET Professor: Genário sobreira Santiago Aluno: Gustavo Bezerra Nobre do Vale Matrícula: 1532654 Data: 12/01/2021 Estrutura e função de enzimas – Parte II Muitos inibidores de enzimas são usados como fármacos, o ácido acetilsalicílico (aspirina), por exemplo, irá interferir nos substratos da prostaglandina, thromboxane e leukotriene, que irão atuar, principalmente, respectivamente, na contração uterina, formação de coágulos e contração do músculo liso pulmonar. A cinética enzimática se norteia em estudar a velocidade das reações enzimáticas, ou seja, a fundo, determinar as constantes de afinidade do substrato e dos inibidores, descobrir as condições ótimas da catálise, conceituar os mecanismos de reação e determinar a função de uma enzima em uma determinada rota metabólica. Sabe-se que a concentração do substrato afeta a velocidade das reações catalisadas por enzimas, este processo é precedido pela formação do complexo enzima substrato (ES), processo que ocorre quando a enzima se combina com o substrato, esse processo é tido como reversível, ou seja, eles podem voltar a se separar. Em segunda reação, temos a reação limitante, na qual o complexo ES irá se quebrar e liberará uma enzima livre e o produto da reação catalisada, sendo assim, irreversível. Existirão várias reações enzimática, as inibições reversíveis e as irreversíveis. Dentre as inibições reversíveis temos as inibições competitivas, que irá ocorrer quando o inibidor se liga reversivelmente no sítio na qual o substrato se liga, isso se dá devido as suas moléculas possuírem uma estrutura muito parecida com a do substrato da enzima. Ainda neste grupo das inibições reversíveis temos as inibições incompetitivas, que ocorrerá quando o inibidor possui a capacidade de se ligar reversivelmente em outro sítio da enzima, que não é o catalítico, mas essa ligação só ocorre quando o completo enzima-substrato já está formado, formando então o complexo enzima- substrato-inibidor. Ainda existe a inibição mista, que é quando o inibidor apresenta características mútuas de inibição competitiva e incompetitiva, pois tanto pode-se formar o complexo enzima-subtrato-inibidor, como também o complexo enzima- inibidor (devido a sua afinidade pelo sítio catalítico). Por fim, existe a inibição não competitiva, na qual o inibidor irá se ligar em um outro sitio da enzima e a deixa inativa, diferente a competição incompetitiva o complexo enzima-substrato não precisa já estar formado para ele atuar, pois ele impede a formação desse complexo. Já na inibição irreversível, ao contrário da anterior, a atividade enzimática é inativada definitivamente. Nesse tipo de inibição, a substância inibidora se une à enzima por ligações covalentes, uma ligação muito forte, portanto, irá alterar o grupo funcional da enzima necessário para sua atividade catalítica, tornando-a inativa de forma permanente, o que deixa a necessidade de síntese de uma nova enzima para promover seus efeitos. Existem meios de calcular curvas de relação de catalises, a equação de Michaelis Menten, por exemplo, irá expressar de maneira algébrica a curva de relação entre (S) e V0. Ela é calculada desta maneira: velocidade inicial (V0) é igual a velocidade Máxima (Vm) multiplicada pela concentração do substrato (Km) dividido pela constante de Michaelis mais a concentração do substrato (Km), a partir desses calculo pode-se determinar como vai ser o perfil de transformação do substrato em produto, ou seja, os meios de produtos das reações. Por fim, sabe-se que Km (concentração do substrato) é numericamente igual a metade da velocidade máxima, portanto, quanto menor for o valor de Km, mais forte será a interação entre substrato e enzima. Já a constante catalítica corresponde ao valor da constante de velocidade do passo limitante, quanto maior for seu valor, mais rápida será a reação.
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