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10/09/18 1 Interpretação de Exames Laboratoriais Prof Ms Yara Lúcia Marques Maia O Laboratório Clínico na Medicina Como os Testes são Usados Valores de Referência Valores de Referência • Individuais; • São nossa “Carteira de Identidade” biológica; • Variações refletem alterações metabólicas; • Varações mesmo dentro dos limites de referência podem ser significativos; • Importância do profissional de saúde na área da estética. Exames Laboratoriais • Não existe fórmula mágica; • Conhecimento de bioquímica, fisiologia e fisiopatologia; • Observação das alterações de pele, cabelo, unhas, aparência geral da pessoa; • D i e t a e n u t r i ç ã o p o d e m a l t e r a r significativamente tanto os resultados como o curso de um estado metabólico/patológico. • Ex: ômega 3 10/09/18 2 Princípios Gerais • A maioria das enzimas é compartimentalizada (intracelular); • Exceção feita aos fatores da coagulação sanguínea e às lipoproteínas lipases; • As enzimas celulares só aparecem no sangue em quantidades expressivas quando ocorre lesão celular; Enzimas Teciduais no Sangue Localização Celular das Enzimas GLDH LDH ALT AST MDH Enzimas uniloculares Enzimas biloculares Liberação de Enzimas Após Dano Celular Leve Liberação de Enzimas Após Dano Celular Acentuado Princípios Diagnósticos • Enzimas podem ter origem em um ou mais tecidos (isoenzimas); • As elevações nos níveis séricos de uma enzima, que é variável em sua distribuição, dá uma indicação menos específica do sítio do dano; 10/09/18 3 Princípios Diagnósticos • Os níveis séricos das enzimas glicolíticas e outras associadas a doenças neoplásicas, parecem refletir a massa total do tumor; • Níveis anormalmente baixos podem também ser observados, como resultado de síntese diminuída; • Algumas proteínas também apresentam uti l idade diagnóstica. Ex: trasferrina, cerulosplamina, ferritina. Enzimas: Um Arsenal para Auxílio Diagnóstico • Parâmetros gerais para utilização: ▫ Localização orgânica interfere na utilização: enzimas celulares X enzimas plasmáticas; ▫ Órgão-inespecificidade das enzimas: � Constituição dos perfis enzimáticos; ▫ Meia-vida plasmática; ▫ Interferências medicamentosas. Dificuldades Analíticas • A hemólise pode estar associada com liberação no soro das enzimas das hemácias; • Efeitos adversos dos anticoagulantes; o soro portanto é a amostra preferida; • O soro lipêmico pode resultar em leituras variáveis de absorbâncias; • A maioria tem estabilidade a 6ºC por 24 horas; A Interpretação dos Resultados • Como os resultados bioquímicos são expressos; • Variações nos resultados. Metabolismo da Glicose e Diabetes Mellitus Diagnóstico do Diabetes Mellitus 10/09/18 4 Triagem dos Pacientes Glicemia aleatória - 190 mg/dL Glicemia em jejum 100 e 125 mg/dL TOTG Classes Intermediárias no Grau de Tolerância à Glicose • São estados intermediários entre a homeostase normal da glicose e o DM; • Glicemia de jejum alterada - concentrações de glicemia de jejum inferiores ao critério diagnóstico para DM, porém mais elevadas que o valor de referência normal; • Tolerância à glicose diminuída - representa uma anormalidade na regulação da glicose no estado pós-sobrecarga Critérios diagnósticos • Glicose plasmática de jejum (8 horas) • Glicose plasmática de 2h de sobrecarga oral de 75g de glicose (TOTG) • Medida da glicose plasmática casual Obs: A medida da hemoglobina glicada não deve ser usada para o diagnóstico do diabetes, somente para acompanhamento. Exame de glicemia no sangue • Como fazer o exame? ▫ Glicosímetro ▫ Glucowatch ▫ Sensor subcutâneo • Importância ▫ Visualizar tratamento ▫ Noção da influência do estresse, exercício e alimentação nos resultados 10/09/18 5 TESTES PARA AVALIAR O CONTROLE GLICÊMICO Testes de Glicemia (jejum e Glic capilar) Testes de A1c Mostram o Nível Glicêmico Instantâneo no Momento do Teste Mostram a Glicemia MÉDIA Pregressa dos Últimos 2 a 3 Meses 1 mês antes 2 meses antes 3 meses antes 4 meses antes 50% 25% 25% Impacto da Glicemia Média Mensal sobre o Nível de A1c ⎬ Frutosamina: glicemia média dos 15 últimos dias. DCCT, Diabetes DCCT, Diabetes ControlControl and and ComplicationsComplications Tr ialTr ial .. 1. Adaptado de 1. Adaptado de SkylerSkyler JS. JS. EndocrinolEndocrinol MetabMetab ClinClin NorthNorth Am. Am. 1996;25:243-254.1996;25:243-254. 2. DCCT. 2. DCCT. N N EnglEngl J J MedMed.. 1993;329:977-986. 1993;329:977-986. 3. DCCT. 3. DCCT. DiabetesDiabetes. 1995;44:968-983.. 1995;44:968-983. R is co R el at iv o R is co R el at iv o A1c(%)A1c(%) 1515 1313 1111 99 77 55 33 11 66 77 88 99 1010 1111 1212 A1C e Risco Relativo de ComplicaçõesA1C e Risco Relativo de Complicações MicrovascularesMicrovasculares: DCCT: DCCT (Diabetes Control and Complications Trial - 1993) RetinopatiaRetinopatia Nefropatia Nefropatia NeuropatiaNeuropatia MicroalbuminúriaMicroalbuminúria 2020 Exames de Acompanhamento • Frutosamina ▫ Glicose + grupo amino do AA lisina da albumina ▫ Parâmetro de controle metabólico � 1-2 semanas anteriores ▫ Método alternativo para avaliar o controle glicêmico dos portadores de hemoglobinopatias Exame de glicose na urina • Características ▫ Taxa de glicose não tão acurada quanto a do sangue ▫ Fácil realização e baixo custo • Limitações ▫ Não considera a glicose sanguínea ▫ Sofre variação com o volume de urina ▫ Índices avaliados exorbitantes Exames de cetonas na urina • Quando fazer? ▫ Glicemia > 300mg/dl ▫ Náusea, vômitos e dores abdominais ▫ Sede e pele avermelhada ▫ Cansaço, dificuldade na respiração ▫ Hálito com odor de fruta • Precauções!!! ▫ Exames falsamente positivos ▫ Exames falsamente negativos Um sinal precoce de ocorrência de nefropatia é o aumento da albumina urinária. Controle glicêmico Microalbuminúria • Diagnóstico em estágio inicial e antes da ocorrência de proteinúria. • Quando a albumina urinária encontra-se entre 20 e 300 mg/dia. 10/09/18 6 Perfil Lipídico Colesterol total HDL-Colesterol VLDL-Colesterol LDL-Colesterol Triglicerídeos Lipídeos • Colesterol e outros lipídeos: • Associação à doença cardíaca; • Componentes das membranas celulares; • Indispensáveis em certas vias bioquímicas; • Produção dos hormônios esteróides; • Proteção contra choques e temperatura; • Proteção dos órgãos internos; • Fonte de energia para músculo estriado e coração • Associação a lipoproteínas: mecanismo de transporte complexo Biossíntese do colesterol • Cerca de 2% (~ 1,5 g) de todo o colesterol do corpo é renovado todo dia – A dieta corresponde a 150-‐300 mg/dia – O colesterol é sinteGzado a parGr da AceGl-‐CoA – 90% da síntese in vivo ocorre no intesGno e no Igado (apesar de todas as células terem a capacidade) • A absorção máxima de colesterol da dieta parece ser ~1 g/dia • Excesso de carboidratos e proteínas: AceGl-‐ CoA Biossíntese do colesterol Acetil-CoA 3-Hidroxi-3-metilglutaril-CoA Mevalonato HMG-CoA redutase Esqualeno Colesterol + Lecitina Colesterol esterificado LCAT “Estatina” inibe esta enzima 10/09/18 7 Caio Cordoa -‐ FURB Função das apolipoproteinas • AGvar enzimas envolvidas no metabolismo lipídico (LCAT, LPL); • Manter a integridade estrutural do complexo lipídeo/proteína; • Transportaros lipídeos para as células; através do reconhecimento de receptores de superIcie. Conteúdo de apolipoproteinas nas LPs Lipoproteina Apolipoproteina(s) Quilomicron AI, B-48, CI, CII, CIII VLDL B-100, CI/CII/CIII(ativa LPL), E IDL B-100, E (marcador p/ receptores hepáticos) LDL B-100 (captação do LDL), E HDL AI (ativa LCAT), AII, CI Lp(a) (a), B-100 Caio Cordova -‐ FURB Lipase lipoproteica Ácidos graxos livres Tecido adiposo, músculo Via exógena ApoE B-100 IDL LCAT plasmática (lecitina-colesterol acil-transferase HDL ApoA-I A- II Colesterol ingerido Colesterol endógeno Via endógena LDL VLDL ApoE, C-II B-100 ApoE B-48 Lipase lipoproteica Ácidos graxos livres Tecido adiposo, músculo Remanecentes Quilomicrons ApoB -100 Tecido extra- hepático LDL-R Fígado Gordura da dieta LDL-R Receptor Acidos biliares e Colesterol ApoE, C-II B-48 Intestino Apo C, triglicerídeos HDL Lipase hepática Perfil Lipídico • Jejum de 12-14 hs. • Manter estado metabólico, dieta e peso ao menos nas 2 semanas anteriores • Cirurgia: altera perfil lipídico ▫ Aguardar ao menos 8 semanas • Não fazer atividade física nas 24 h anteriores • Dosagens seriadas sempre no mesmo lab. • Não ingerir álcool nas 72 h anteriores Dislipidemias ou hiperlipidemias, referem-se à alteração da concentração dos lipídios no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicerídeos. PERFIL LIPÍDICO 10/09/18 8 Avaliam o fator de risco para doenças cardiovasculares; Índice de Castelli I = colesterol total / HDL; Índice de Castelli II = LDL /HDL. O risco de doença cardiovascular estará aumentado quando: Índice de Castelli I: for maior que 4,4 Índice de Castelli II: maior que 2,9. Índices Aterogênicos Indivíduo sexo masculino, 22 anos de idade - Colesterol total: 216,0 mg/dl - HDL: 63,0 mg/dl - Triglicerídeos: 154,0 mg/dl - LDL: - VLDL: - Índice de Castelli I: - Índice de Castelli II: LDL Modificada Perfil Hepá9co Metabolismo das Porfirinas Bilirrubina 10/09/18 9 Bilirrubina Classificação das Icterícias • Icterícia pré-‐hepá9ca; • Icterícia hepá9ca: – por retenção, – por regurgitação; • Icterícia pós-‐hepá9ca. Icterícia Pré-‐Hepá9ca • Achados laboratoriais: – Hiperbilirrubinemia não conjugada; – Aumento do urobilinogênio fecal e urinário. • E9opatogenia: – Hemólise aumentada, eritropoese ineficiente, elevação do “turnover” de heme-‐compostos. Icterícia Hepá9ca • Por retenção: – Achados laboratoriais: • Hiperbilirrubinemia não conjugada; • Diminuição do urobilinogênio fecal e urinário. – EGopatogenia: • Síndrome de Gilbert; • Síndrome de Crigler-‐Najjar I e II. • Por regurgitação: – Achados laboratoriais: • Hiperbilirrunemia conjugada; • Diminuição do urobilinogênio fecal e urinário; • Bilirrubinúria. – EGopatogenia: • Colestase intra-‐hepáGca, hepaGte viral ou alcoólica, cirrose, carcinoma hepatocelular. Icterícia Pós-‐Hepá9ca • Achados laboratoriais: – Hiperbilirrubinemia conjugada; – Diminuição do urobilinogênio fecal e urinário; – Bilirrubinúria. • E9opatogenia: – Colestase extra-‐hepáGca: • Cálculo biliar, CA de ductos biliares, estenose das vias biliares. Aplicações clínicas 10/09/18 10 Indicadores Laboratoriais de Integridade Hepatocelular e Hepatobiliar Enzimas: Um Arsenal para Auxílio Diagnós9co • Parâmetros gerais para u9lização: – Localização orgânica interfere na uGlização: enzimas celulares X enzimas plasmáGcas; – Órgão-‐inespecificidade das enzimas: • ConsGtuição dos perfis enzimáGcos; – Meia-‐vida plasmáGca; – Interferências medicamentosas. Enzimas Hepá9cas Aminotransferases • ALT > AST: lesão mais extensa e menos profunda. • AST > ALT: maior gravidade da lesão -‐ lesão mais profunda. AST ALT Interpretação de Resultados de Enzimas do Perfil HepáGco • Dano hepatocelular X Dano hepatobiliar: – TGO e TGP são indicadoras de dano celular; – GGT e ALP são indicadoras de dano biliar; – Hepatocelular è GGT: 3 – 5 x L.S.N.; – Hepatobiliar è GGT: > 5 x L.S.N. • Relação TGO/TGP (quociente de DeRi9s): – < 1 è hepaGte aguda; – > 2 è cirrose hepáGca. CinéGca do Perfil EnzimáGco HepáGco na HepaGte Aguda 0 50 100 150 200 250 300 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Semanas após o início da doença ALT AST GGT ALP 250 750 UI/L Perfil EnzimáGco HepáGco em HepatopaGa ObstruGva 0 100 200 300 400 0 1 2 3 4 5 6 Dias após o início da doença UI/L ALT AST GGT ALP 10/09/18 11 Perfil EnzimáGco HepáGco na HepaGte Alcoólica 0 100 200 300 400 500 0 1 2 3 4 5 6 7 Semanas após o início da doença UI/L ALT AST GGT ALP Determinação de atividade enzimática para o diagnóstico clínico HEPATITE AGUDA Dano celular em órgãos pode levar a um aumento enzimas específicas no soro Interferência no metabo- lismo celular ↓ o potencial energético e com isso afeta a integridade das estruturas de membranas Destruição e morte celular 10 30 100 300 1.000 3.000 10.000 U por L Normal Cirrose Hepatite crônica Hepatite alcóolica Hepatite aguda viral Injúria tóxica ou isquêmica Valores típicos de AST e ALT em doenças hepáticas Provas de Função Renal Prof MSc Yara Lúcia Marques Maia Glomérulo e Túbulo Renal Função Endócrina Renal 10/09/18 12 Metabolismo ósseo n Cerca de 50% do cálcio corporal encontram-se na forma ionizada; 40% estão ligados a proteínas (principalmente à albumina) e quase 10% circulam em complexos com fosfato e citrato; n O cálcio ligado a proteínas não sofre interferência de hormônios, só o cálcio ionizado é que tem papel regulatório; n Só o cálcio ionizado é regulado pelo PTH e pela vitamina D; n O aumento do citrato ou do fosfato pode alterar o cálcio ionizado na medida que aumenta o cálcio ligado a estes sais e diminui o cálcio ionizado, podendo levar até à tetania n Disúria – Dor ao urinar Poliaciúria – Vontade frequente de urinar Poliúria / Oligúria Anúria Urgência Esforço Incontinência Nictúria (Excreção noturna de urina Enurese (micção invo luntária no sono) Alterações do jato urinário Doenças Renais - Sintomas Sintomas - Revisão Hematúria Colúria (urina escura) Proteinúria Edema Uremia – Sinais e Sintomas Pele Pálida , seca e descamativa Hiperpigmentação Prurido Hematomas e Equimoses (sangue na malha dos Tecidos) Uremia – Sinais e Sintomas Cardiovascular Hipertensão Arterial Pericardite / Derrame Pericárdico Miocardiopatia Uremia – Sinais e Sintomas Pulmonares Edema Pulmonar Pleurite / Dor Pleurítica / Derrame Pleural “Pulmão Urêmico ” 10/09/18 13 Uremia – Sinais e Sintomas Gastrintestinais Anorexia / Náuses / Vômitos Hálito Urêmico Hipergastrinemia – Úlceras Gástricas Uremia – Sinais e Sintomas Hematológicos/Imunológicos Anemianormocrômica e normocítica Disfunção Plaquetária Imunossupressão Provas de Função Renal 1. FUNÇÃO GLOMERULAR: n Depuração de uréia e creatinina. 2. FUNÇÃO GLOMERULAR GRAVE E/OU TUBULAR: n Uréia e creatinina séricas. 3. FUNÇÃO TUBULAR: n Depuração, densidade, osmolalidade, imagem, excreção de eletrólitos, depuração de água livre, fração excretada de sódio. Provas de Função Renal n Não avaliam a etiologia do distúrbio renal; n Avaliam mal entre lesão localizada e generalizada, entre disfunção temporária e permanente e entre distúrbios primários e secundários; n Avaliam a presença ou ausência de disfunção com estimativa aproximada de sua gravidade. Uréia n HIPERUREMIA n Uréia é livremente filtrada pelos glomérulos renais, 40 a 50% são reabsorvidos no túbulo contornado proximal • PRÉ-RENAL: choque, hemorragia, desidratação, alterações do metabolismo proteico. • RENAL: glomerulonefrites, necrose tubular, nefrite, doenças vascular • PÓS-RENAL: obstrução ureteral e obstrução na saída da bexiga Creatinina • Creatinina é livremente filtrada pelo glomérulo, apresenta secreção tubular; • Apresenta variação intra e inter individual, e com o nível de função renal. Creatina Creatinina 10/09/18 14 Creatinina n A creatina é sintetizada no fígado, rins e pâncreas e é transportada para as células musculares e cérebro, onde é fosforilada a creatina-fosfato (substância que atua como reservatório de energia); n A quantidade de creatinina excretada diariamente é proporcional à massa muscular e não é afetada pela dieta, idade e sexo. Creatinina n A mulher excreta menos quantidade devido a massa corpórea. n A velocidade de excreção é constante, não é influenciada pelo metabolismo proteico ou outros fatores externos. Hipercreatininemia n Qualquer condição que reduz a velocidade de filtração glomerular promove MENOR excreção; n Independe da causa pré-renal, renal ou pós renal; n Valores aumentados indicam deterioração da função renal. Provas de Depuração (Clearance) n É a medida da velocidade de remoção de uma substância do sangue durante a sua passagem pelos rins; n Depende da concentração plasmática da substância e da taxa excretória que envolve a Taxa de Filtração Glomerular e o Fator de Perfusão Renal; n Melhor método disponível para estimar a presença de lesão glomerular difusa de grau leve a moderado; n Estimativa da depuração renal: D = UV/P Depuração da Creatinina CREATININA • Produto metabólico da desfosforilação da creatina-P no músculo; • Produzida constantemente e diariamente; • A síntese e excreção relacionam-se diretamente com a massa muscular. • Excretada através de uma combinação de filtração glomerular (70 a 80%) e secreção tubular; • Exibe paralelismo de cerca de 10% com a TFG; • Melhor estimativa da TFG que a uréia. Depuração da creatinina • Fatores que influenciam a depuração da creatinina: n VR estabelecido para adultos jovens (TFG ↓ com a idade); n Necessidade de obter urina em tempo cronometrado e sem perda (urina incompleta → RF↓); n Dependência da massa muscular (↓massa muscular → RF↓); n Variáveis Laboratoriais. 10/09/18 15 Depuração da creatinina Procedimento para a DCE 1. Hidratar o paciente com no mínimo 500 mL de água, evitar a ingestão de chá, café e drogas durante o dia da prova; 2. A seguir o paciente deve esvaziar completamente a bexiga e anotar a hora; 3. Recolher toda a urina por um período de tempo determinado (4,12 ou 24 horas), guardando a mesma em refrigerador durante a coleta; 4. Manter o paciente bem hidratado durante a coleta para conseguir um fluxo urinário igual ou maior que 2 mL/minutos; 5. A amostra de sangue deve ser obtida em qualquer momento durante o período de colheita da urina; 6. Medir o volume de urina e anotar tanto o volume como o período de tempo de colheita em minutos; 7. Determinar a concentração da creatinina plasmática e urinária. Depuração da creatinina Cálculo para a DCE DCE = U x V x 1,73 / S x A n U = Creatinina na urina (mg/dL); n S = Creatinina no soro (mg/dL); n V = Volume minuto (volume de urina colhido / tempode colheita em minutos); n A = Área de superfície corporal do paciente; n 1,73 = Área de superfície corporal média (K) Depuração da creatinina Nomograma Depuração da creatinina Correlação Clínica VALORES AUMENTADOS n Sem significação clínica (erros na coleta da urina e/ou esvaziamento incompleto da bexiga). VALORES DIMINUÍDOS n Enfermidades agudas ou crônicas do glomérulo; n Redução do fluxo sanguíneo do glomérulo; n Lesão tubular aguda. Diante de todos esses exames.... Não tem saída.... Vamos estudar Interpretação de Exames Laboratoriais..... 10/09/18 16 Obrigada!!! yaramaia.science@gmail.com