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EXAME XXIX QUESTÕES DISCURSIVAS SEGUNDA FASE DA OAB EM PENA COM Padrão de Respostas

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CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
1 
 
SUMÁRIO – EXERCÍCIOS – PADRÃO DE RESPOSTAS 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
2 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
3 
 
 
a) O meio de impugnação cabível no presente caso é a apresentação de 
resposta à acusação, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do CPP. O prazo 
previsto em lei é de 10 dias. 
 
b) A tese de mérito a ser alegada em favor de Wilson é a aplicação do 
princípio da insignificância, uma vez que consoante jurisprudência 
consolidada dos Tribunais Superiores, em se tratando de crimes contra a 
ordem tributária, o valor de 10 mil reais ou 20 mil reais não possui 
lesividade jurídica, não materializando o tipo penal do artigo 334 do CP. 
O pedido a ser formulado em sede de resposta à acusação é o de 
absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, inciso III do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
4 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
5 
 
a) O meio de impugnação deverá ser a apresentação de resposta à 
acusação, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP. Ultimo dia 
do prazo será o dia 24/11/2014, com fundamento nos artigos 396/396A e 
798, do CPP. 
 
b) A tese defensiva a ser invocada é a exclusão da culpabilidade, tendo 
em vista se tratar de hipótese de inexigibilidade de conduta diversa, nos 
termos do artigo 22 do Código Penal, em razão da coação moral 
irresistível. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o 
de absolvição sumária, com fulcro no artigo 397, II do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
6 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
7 
 
a) O meio de impugnação cabível é a interposição de agravo em execução, 
com fundamento no artigo 197 da LEP e na súmula 700 do STF. 
Considerando o disposto na Súmula 700 do STF, o prazo para a 
interposição do recurso de agravo em execução é de 05 dias, com base na 
Súmula 700 do STF. Logo, o último dia do prazo será o dia 14.03.2011. 
 
b) O argumento a ser elencado pela Defesa é o de que a Lei 11.464/2007, 
que alterou a redação do artigo 2º, § 2º, da Lei 8.072/90, entrou em vigor 
após a data do crime praticado. Desta feita, por se tratar de lei penal mais 
gravosa, não deverá ser aplicado, devendo o magistrado aplicar o artigo 
112 da LEP, nos termos da Súmula vinculante 26 do STF e da Súmula 471 
do STJ, qual seja, 1/6 da pena. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
8 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
9 
 
O magistrado não agiu corretamente, uma vez que o STF reconheceu a 
inconstitucionalidade da exigência do regime inicial fechado em relação 
aos crimes hediondos e equiparados, razão pela qual diante da pena 
aplicada no caso concreto e pelo fato de a acusada ser primária e ostentar 
bons antecedentes nada impede a adoção do regime inicial aberto, nos 
termos do artigo 33, §2º, do Código Penal. Ademais, também seria 
possível a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de 
direitos, uma vez que a vedação legal encontra-se suspensa, nos termos 
da Resolução 05/2012 do nosso querido Senado Federal. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
10 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
11 
 
a) A tese favorável à defesa é a ocorrência de causa extintiva de 
punibilidade em razão da prescrição da pretensão punitiva, nos termos 
dos artigos 107, inciso IV, 109, inciso V e 110, §1º do CP, uma vez que 
entre a publicação da sentença condenatória com trânsito em julgado para 
o MP e a data de 15/05/2011 transcorreu o prazo de 4 anos. 
 
b) Se Erástones fosse reincidente não se aplicaria o acréscimo de 1/3 do 
prazo prescricional previsto na parte final do artigo 110 caput do CP, uma 
vez que tal situação somente é aplicável à prescrição da pretensão 
executória, nos termos da Súmula 220 do STJ. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
12 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
13 
 
a) A peça cabível é a interposição de Recurso em Sentido Estrito, com 
fundamento no artigo 581, inciso IV do CPP. Além disso, mister ressaltar 
que a peça de interposição deverá ser dirigida ao Juiz da Vara do Júri e as 
razões ao Tribunal de Justiça. 
 
b) A tese defensiva é a ocorrência de crime impossível, nos termos do 
artigo 17 do CP, uma vez que, conforme perícia realizada na arma de fogo, 
não haveria possibilidade de disparo, restando comprovada a tentativa 
inidônea em razão da ineficácia absoluta do meio. O pedido a ser elaborado 
em sede de recurso em sentido estrito é o de absolvição sumário, com 
fundamento no artigo 415, inciso III do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
14 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
15 
 
a) A defesa de Wilson deverá apresentar resposta à acusação, com 
fundamento nos artigos 396 e 396-a do CPP, no prazo de 10 dias. 
Considerando a data em quem Wilson foi citado, o último dia do prazo será 
o dia 27/08/2014. 
 
b) A tese defensiva a ser invocada é a ocorrência de estado de necessidade 
de terceiro, uma vez que Wilson, movido por uma situação de perigo 
inevitável, a qual não deu causa, foi obrigado a conduzir o seu veículo em 
excesso de velocidade. Desta feita, há que se falar em exclusão de ilicitude 
da conduta, nos termos do artigo 23, inciso I e artigo 24 do Código Penal. 
O pedido a ser elaborado em sede de resposta à acusação é o de absolvição 
sumária, com fulcro no artigo 397, I do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
16 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
17 
 
a) A defesa de Wilson deverá interpor o Recurso de Apelação da sentença 
condenatória, com fundamento no artigo 593, inciso I do CPP, no prazo de 
5 dias, o qual terminaria no dia 25/08/2014. 
 
b) A tese defensiva a ser aplicada é a ocorrência de erro de tipo invencível, 
inevitável ou escusável, uma vez que Wilson não poderia imaginar que a 
substância transportada por ele se trava de droga, nos termos do artigo 20 
do CP. Neste caso, haveria a exclusão do dolo e da culpa, não persistindo 
a responsabilização criminal do agente. Mister ressaltar que ainda que se 
tratasse de erro de tipo vencível, evitável ou inescusável não haveria 
punição, pois o crime de tráfico de drogas previsto no artigo 33 da Lei 
11343 não permite a punição da modalidade culposa. O pedido 
correspondente seria o de absolvição com fundamento no artigo 386, inciso 
III do CPP. (386, vi). 20, § 2º do CP. 
 
OBS: Como, no XIV Exame da OAB, cuja tese principal dos memoriais era 
erro de tipo, a FGV considerou para pontuação tanto o artigo 386, inciso 
III (causa excludente de tipicidade), como o artigo 386, inciso VI, conclui-
se que temos precedente para formular pedido de absolvição, no caso de 
erro de tipo, tanto pelo inciso III, como pelo inciso VI, do artigo 386 do 
CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
18CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
19 
 
a) A defesa de Wilson deverá interpor recurso em sentido estrito, com 
fundamento no artigo 581, inciso IV do CPP. O prazo para a interposição 
em questão, nos termos do artigo 586 do CPP, é de 5 dias. Ademais, 
considerando que a defesa de Wilson foi intimada em 24/09/14 o último 
dia do prazo seria o dia 29/09/14. 
 
b) O candidato deverá abordar a tese da legítima defesa putativa, nos 
termos do artigo 20, § 1º, do Código Penal, uma vez que a agressão era 
imaginária. Pedido de absolvição sumária, com base no artigo 415, inciso 
III, do CPP. Admite-se o artigo 415, inciso IV, do CPP. 
Pela teoria limitada da culpabilidade, quando a descriminante putativa 
incidir sobre pressupostos de uma situação de fato (Ex: o agente 
imaginar que está diante de uma injusta agressão, mas que era 
imaginária. Supor que o desafeto iria sacar uma arma, quando, na 
verdade, era um celular), o efeito em relação à conduta do agente é o 
mesmo do erro de tipo (art. 20 CP): Se o erro foi invencível, exclui o 
dolo e a culpa; se vencível, exclui o dolo, mas o agente responde pelo 
delito culposo, se previsto em lei. 
Em síntese: As descriminantes putativas por situação de fato têm o 
mesmo efeito do erro de tipo, podendo levar à exclusão do crime 
(exclusão da tipicidade). 
Como, no XIV Exame da OAB, cuja tese principal dos memoriais era erro 
de tipo, a FGV considerou para pontuação tanto o artigo 386, inciso III 
(causa excludente de tipicidade), como o artigo 386, inciso VI (excludente 
de culpabilidade - OBS: Alguns doutrinadores defendem que as 
descriminantes putativas deveriam ser tratadas como causas excludentes 
de culpabilidade), conclui-se que temos precedente para formular pedido 
de absolvição sumária tanto pelo inciso III, como pelo inciso IV, do artigo 
415 do CPP. 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
20 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
21 
 
O crime em questão se encontra prescrito pela pena em abstrato, nos 
termos dos artigos 107, inciso IV, 109, inciso IV e 115 do CP. A pena 
máxima cominada ao crime de furto simples é de 04 anos. Nos termos do 
artigo 109, inciso V, do CP, o prazo prescricional seria de 08 anos. Todavia, 
considerando que o réu era menor de 21 anos à ápoca do fato, o prazo 
prescricional será reduzido pela metade, nos termos do artigo 115 do 
Código Penal, sendo, portanto, de 04 anos. Assim, como entre a data da 
consumação até o recebimento da denúncia já decorreram 04 anos, 
incidiu, no caso, a prescrição da pretensão punitiva em abstrato. Pedido 
de extinção da punibilidade, com base no artigo 107, inciso IV, do CP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
22 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
23 
 
a) O meio de impugnação cabível é o oferecimento de memoriais escritos 
com fundamento no artigo 403, §3º do CPP, sendo que o último dia do 
prazo será no dia 17/07/2015. 
 
b) O argumento a ser utilizado em favor de Silas é de que agiu em legítima 
defesa, por se tratar de uma agressão injusta desferida contra si, nos 
termos dos artigos 23, inciso II, e artigo 25 do Código Penal. Ademais, 
também deverão ser aplicadas ao caso as disposições previstas no artigo 
73 e 20, §3º do Código Penal, razão pela qual devemos considerar as 
características pessoais da pessoa a quem se pretendia atingir (Max 
Novaes). O pedido a ser elaborado em sede de memoriais escritos é o de 
absolvição sumária, com fulcro no artigo 415, inciso IV do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
24 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
25 
 
A) A medida processual que deverá ser apresentada pelo advogado de 
Wilson para questionar a sentença condenatória transitada em julgado é 
o oferecimento de revisão criminal, com fundamento no artigo 621, inciso 
III do CPP. 
 
B) O fundamento que deverá ser apresentado pela defesa, com 
fundamento no artigo 621, inciso III do CPP é o de que, após a 
condenação definitiva do acusado, surgiram novas provas, as quais não 
foram apreciadas no processo original, em especial a gravação de um 
vídeo comprovando a tese defensiva de negativa de autoria. O pedido a 
ser elencado em sede de revisão criminal é o de absolvição do acusado, 
com base nos artigos 626 e artigo 386, inciso IV do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
26 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
27 
 
a) Caio praticou o delito previsto no artigo 122 do Código Penal, uma vez 
que instigou e prestou auxílio material para que Tício se suicidasse, 
restando a vítima lesionada de forma grave. Desta feita, a conduta de Caio 
se amolda de forma adequada ao tipo penal em questão, cuja pena neste 
caso é de 1 a 3 anos de reclusão. Ademais, há que se falar na aplicação de 
causa de aumento de pena prevista no artigo 122, parágrafo único, inciso 
I, tendo em vista que Caio agiu com motivo egoístico, na medida em que 
queria eliminar seu principal concorrente, devendo a pena ser duplicada 
neste caso. 
 
b) Se Tício viesse a sofrer lesões corporais leves, a conduta de Caio não 
poderia ser enquadrada no tipo penal previsto no artigo 122 do Código 
Penal, na medida em que há a exigência de que a vítima seja lesionada de 
forma grave ou morra em decorrência da tentativa de suicídio. Assim 
sendo, tal fato seria atípico não havendo que se falar em responsabilização 
penal por parte de Caio, uma vez que o delito em questão não admite a 
modalidade tentada. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
28 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
29 
 
a) A peça cabível é a apresentação de resposta à acusação no prazo de 10 
dias, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP e o último dia do 
prazo seria o dia 17/03/2016. 
 
b) O fato de ter se retratado antes da sentença favorece Filomeno, na 
medida em que o artigo 342, §2º do CP estipula uma causa extintiva de 
punibilidade para o réu que se retrata ou declara a verdade no processo 
em que ocorreu o ilícito. O pedido a ser elaborado em sede de resposta à 
acusação é o de absolvição sumária, com fundamento no artigo 397, inciso 
IV do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
30 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
31 
 
a) A medida processual a ser adotada pelo advogado de Wilson é a 
oposição de embargos infringentes, na forma do art. 609, parágrafo único 
do CPP, considerando que a decisão proferida se deu em sede de apelação 
e que não foi unânime, havendo divergência no tocante ao regime inicial 
de cumprimento de pena. 
 
b) O fundamento de direito material é a possibilidade de fixação do regime 
inicial semiaberto, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal 
reconhece a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial 
fechado com base no princípio da individualização da pena previsto no 
artigo 5, XLVI da CF/88. Ademais, com fundamento nas Súmulas 718/719 
do STF e Súmula 440 STJ seria perfeitamente possível a fixação do regime 
semiaberto, tendo em vista a inidoneidade da fundamentação do juiz e com 
base no artigo 33, §2º do CP. 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
32 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
33 
 
O magistradoque proferiu a segunda sentença não agiu de forma correta, 
uma vez que diante do princípio da vedação a reformatio in pejus indireta 
a segunda sentença, em se tratando de recurso exclusivo da defesa, não 
poderia ser pior do que a primeira sentença anulada. Desta feita, haveria 
violação indireta ao disposto no artigo 617 do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
34 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
35 
 
A decisão do Tribunal de Justiça não está correta na medida em que 
acolheu de ofício nulidade não arguida pela acusação em sede de recurso, 
havendo uma violação ao enunciado da súmula 160 do STF. Neste sentido, 
vale destacar que o Ministério Público por ocasião da interposição da 
apelação buscou somente a reforma da sentença absolutória, não 
pleiteando a invalidade da referida decisão judicial. Ademais, por se tratar 
de oitiva de uma testemunha de acusação, não há que se falar em nulidade 
absoluta, havendo nulidade relativa devendo ser alegada em momento 
oportuno, sob pena de preclusão. 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
36 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
37 
 
a) O recurso cabível contra a decisão que rejeitou a denúncia é o de 
Apelação, com fundamento no artigo 82 da Lei 9099/95, tendo em vista 
que o crime de injúria é de menor potencial ofensivo, nos termos do artigo 
61 da referida lei. 
 
b) O prazo para a interposição do recurso de Apelação é de 10 dias, com 
fulcro no artigo 82, § 1º da Lei 9099/95. 
 
c) As razões recursais, segundo o artigo 82 da Lei 9099/95, devem ser 
endereçadas à Turma Recursal. A tese defensiva a ser abordada é a não 
ocorrência da decadência, uma vez que não transcorreu o prazo de 6 meses 
previsto no artigo 38 do CPP. Neste caso, considerando se tratar de um 
prazo penal, nos termos do artigo 10 do Código Penal, o prazo fatal para 
ajuizamento da queixa-crime é o dia 18/07/2011. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
38 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
39 
 
A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça tem repercussão em relação 
ao réu João Lisca, uma vez que o artigo 580 do CPP dispõe que no caso 
de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, 
se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, 
aproveitará aos outros. Neste caso, em se tratando de alegação de 
incidência do princípio da insignificância, perfeitamente possível a 
extensão ao corréu em questão, uma vez que possui natureza objetiva. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
40 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
41 
 
a) O Ministério Público, ao denunciar o médico pelo crime previsto no artigo 
125 do CP, não agiu corretamente, na medida em que a referida hipótese 
configura caso de aborto necessário, nos termos do artigo 128, inciso I do 
Código, havendo a exclusão da ilicitude da referida conduta, uma vez que 
não havia outro meio para salvar a vida da gestante. 
 
b) Se a interrupção da gravidez no presente tivesse sido provocada por 
uma enfermeira também não incidiria o crime previsto no artigo 125, na 
medida em que a ilicitude da conduta seria excluída em razão da existência 
de estado de necessidade de terceiro devido à situação de perigo atual e 
demais requisitos previstos no artigo 24 do CP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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a) A peça defensiva que deverá ser apresentada se trata de alegações 
finais na forma de memoriais ou memoriais no procedimento do Júri com 
fundamento legal no artigo 403, parágrafo 3° do Código de Processo 
Penal (combinado com o artigo 394, parágrafo 5° do CPP). 
 
b) O argumento de direito material para questionar a capitulação delitiva 
constante da exordial acusatória é o de que a lei 13104/2015 se trata de 
uma novatio legis in pejus, a qual, nos termos do artigo 5°, inciso XL da 
Constituição da República, não pode retroagir em prejuízo do acusado. A 
lei foi publicada em 09 de março de 2015 e a conduta do agente se deu 
em 07 de março de 2015, considerando a teoria da atividade, nos termos 
do artigo 4° do Código Penal a lei não poderá retroagir.
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
44 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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a) A peça defensiva a ser apresentada se trata de embargos de terceiro, 
com fundamento no artigo 130, inciso II do Código de Processo Penal. 
 
b) O argumento de direito processual adequado é o de que o terceiro em 
questão (William) adquiriu o referido imóvel de boa-fé, não podendo ser 
prejudicado pelo processo que o Ministério Público move em desfavor de 
Diego.
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
46 
 
 
 
 
 
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2ª FASE 
 
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a) Sim. Em que pese a apreensão do facão pela Polícia Militar não ter 
sido precedida de autorização judicial, o que, em um primeiro momento, 
resultaria na ilicitude da medida, nos termos do Artigo 5°, inciso XI da 
Constituição da República, combinado com o inciso LVI do referido 
dispositivo constitucional, vale destacar que o Código de Processo Penal 
adota a Teoria da Descoberta Inevitável, nos termos do artigo 157, 
parágrafo 2°, acarretando a licitude da apreensão do facão. 
 
b) Sim. O processo penal brasileiro adotou algumas teorias que 
excepcionam o reconhecimento da ilicitude por derivação, dentre as 
quais podemos elencar a Teoria da Descoberta Inevitável, resultando na 
ilicitude da apreensão do facão, uma vez que, considerando os trâmites 
típicos e de praxe, próprios da investigação, resultado obtido pela Polícia 
Militar também seria obtido pela Polícia Civil, a qual estava devidamente 
autorizada pela Justiça, formalizando a diligência em questão com a 
apreensão do instrumento.
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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a) A peça defensiva que deverá ser formulada é a resposta à acusação, 
nos termos dos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, com 
último dia do prazo em 26 de março de 2018. 
 
b) O argumento de direito material adequado é o de que a conduta 
narrada pelo Ministério Público em sua exordial acusatória constitui 
apenas um delito previsto no artigo 16 da Lei 10826/03 e não 10 delitos 
em concurso de crimes, consoante entendimento consolidado dos 
Tribunais Superiores. 
 
c) O crime em questão possui natureza hedionda, uma vez que, nos 
termos da súmula 711 do STF, o delito em questão é permanente, razão 
pela qual a lei mais grave se aplica, tendo em vista que entrou em vigor 
antes da cessação da permanência da conduta.
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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O estudante de medicina não poderá ser responsabilizado pelo crime 
previsto no artigo 126 do Código Penal, uma vez que agiu amparado pelo 
estado de necessidade de terceiro, tendo em vista que não havia outro 
meio de salvar a gestante caso não realizasse a condutaabortiva. Desta 
feita, considerando o conceito analítico tripartido de crime, tal estudante 
praticou um fato típico, porém lícito, nos termos dos artigos 23, inciso I 
e 24 do Código Penal.
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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a) O magistrado não agiu corretamente ao decretar a prisão cautelar do 
investigado, uma vez que nos termos do artigo 311 do Código de Processo 
Penal, o juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício na fase 
investigatória, tendo em vista que não houve representação da autoridade 
policial nem requerimento do Ministério Público. Ademais, consoante 
entendimento jurisprudencial dominante, a gravidade em abstrato do 
crime praticado não justifica a segregação cautelar com base na garantia 
da ordem pública. 
 
b) Tendo em vista que a prisão preventiva decretada se trata de uma 
prisão ilegal, o meio de impugnação cabível, nos termos do artigo 5°, 
inciso LXV, da Constituição da República Federativa do Brasil é o pedido 
de relaxamento de prisão.
 
 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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Diana pode ser responsabilizada criminalmente pelo delito de estupro de 
vulnerável previsto no artigo 217-A do Código Penal, uma vez que, nos 
termos do artigo 13, parágrafo 2°, alínea “a” do Código Penal possui a 
obrigação legal de evitar o resultado, ostentando a posição de 
garantidora, incorrendo em uma conduta omissiva imprópria.
 
 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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A tese defensiva que pode ser invocada pela equipe de policiais civis é a 
de que agiram sob o manto da obediência hierárquica, nos termos do 
artigo 22, 2° parte do Código Penal, uma vez que a ordem emanada da 
autoridade policial não era manifestamente ilegal, devendo ser excluída 
a culpabilidade dos agentes policiais em virtude de inexigibilidade de 
conduta diversa.
 
 
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A tese defensiva que pode ser alegada em favor de Maria é a de que o 
excesso praticado por sua conduta foi exculpante, uma vez que não 
poderia ser exigida a moderação de uma pessoa que acabou de ser 
estuprada, razão pela qual deve ser excluída a culpabilidade de sua 
conduta por inexigibilidade de conduta diversa supralegal.
 
 
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Considerando o caso concreto, podemos afirmar que, caso Sérgio 
cumprisse a referida ordem de seu superior hierárquico, não poderá 
alegar a obediência hierárquica prevista no artigo 22 do Código Penal, 
por se tratar de uma ordem manifestamente ilegal não estando obrigado 
funcionalmente a cumprir tal ato.
 
 
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O Ministério Público não poderá durante a instrução em Plenário, ou seja, 
na segunda fase do Júri, sustentar novamente a incidência da 
qualificadora afastada pelo Juiz por ocasião da decisão de pronúncia, pois 
a pronúncia limita a acusação e caracterizaria um excesso por parte do 
Ministério Público, visto que o julgamento deverá ser limitado ao crime de 
homicídio simples. Conforme o artigo 476 do CPP em Plenário deverá ser 
observado o conteúdo da pronúncia descritos nos moldes do artigo 413 
do CPP. 
 
 
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O juiz no caso proposto poderá absolver sumariamente o acusado, nos 
termos do artigo 415, § único, do CPP, visto que a tese de inimputabilidade 
era a única sustentada pela defesa. Destaca-se que se houvesse tese 
alternativa, além da inimputabilidade, o juiz não poderia absolver 
sumariamente fundamentando nesta condição do acusado. 
Importante. registrar que se trata de absolvição sumária imprópria, 
considerando neste caso a incidência da medida de segurança 
 
 
 
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a) Mariquinha deverá apresentar memoriais escritos, com base nos artigos 
403, §3º, e 404, § único, do CPP, utilizando-se na forma subsidiária as 
regras do procedimento comum ordinário no procedimento do júri, 
conforme artigo 394, parágrafo 5º, do CPP. O prazo para apresentação 
dos memoriais é de 5 dias, logo considerando que a intimação se deu no 
dia 20/11/17, segunda-feira, o prazo final será o dia 27/11/17 
(segunda), pois o último dia seria 25/11/17, sábado, sendo prorrogado 
para o próximo dia útil, nos termo do artigo 798, §1º e 3º, do CPP. 
 
Se no enunciado estava que a defesa foi intimada no dia 10/06/2013 
(segunda): o prazo final será o dia 17/06/17 (segunda), pois o último dia 
seria 15/06, sábado, sendo prorrogado para o próximo dia útil, nos termos 
do artigo 798, §1º 
 
b) A tese defensiva a ser sustentada é a incidência do crime impossível, 
previsto no artigo 17 do CP, visto que o meio utilizado era absolutamente 
ineficaz para produzir o resultado pretendido. O pedido a ser postulado é 
a absolvição sumária, nos moldes do artigo 415, III, CPP, em face da 
atipicidade da conduta. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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A medida adequada é o Pedido de Dasaforamento, nos termos do artigo 
427 do CPP, em razão das fundadas suspeitas da imparcialidade dos 
Jurados. A medida deverá ser endereçada ao Tribunal de Justiça, 
conforme o artigo mencionado. Trata-se de uma medida excepcional que 
desloca a competência de julgamento. 
 
 
 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
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Não é possível reverter a decisão que absolveu sumariamente o Acusado, 
pois já houve o trânsito em julgado da decisão. Inclusive, a decisão de 
absolvição sumária, na primeira fase do júri faz coisa julgada material. 
Assim sendo, não poderia ser modificada com o surgimento de novas 
provas, pois somente é cabível a Ação de Revisão Criminal, nos termos do 
artigo 621 do CPP, para beneficiar o acusado, o que não seria o caso, pois 
na questão houve a absolvição. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
72 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
73 
 
No caso em questão, poderá ser arguida a nulidade do julgamento, em 
razão da afronta ao artigo 478 do CPP, em razão do fato do promotor ter 
utilizado trechos da decisão de pronúncia como argumento de autoridade, 
podendo influenciar a decisão dos jurados. O recurso a ser utilizado será 
o de apelação, com base no artigo 593, III, “a”, do CPP, tendo em vista a 
ocorrência de nulidade posterior à pronúncia do acusado. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
74CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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a) O deverá ser postulado é a absolvição do acusado, em razão da prova 
inequívoca produzida de que agiu em estado de necessidade. A base legal 
é o artigo 386, VI, do CPP. 
 
b) O último dia do prozo para apresentação dos memoriais será o dia 
27/11/17, segunda-feira, pois considerando a intimação no dia 21/11/17, o 
prazo encerraria no domingo 26/11, prorrogando-se para o dia útil 
subsequente, nos termos do artigo 798, §1º e 3º, do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
78 
 
A decisão está completamente equivocada, pois violou o direito à ampla 
defesa, assegurado no artigo 5º, LV, CF/88, bem como disposição 
expressa prevista no artigo 185, §5º do CPP, que assegura o direito à 
entrevista prévia ao interrogatório. Inclusive, a decisão desrespeitou o 
Pacto de São José da Costa Rica, especificamente, o artigo 8, n. 2, c e d, 
do Decreto 678/92. Por fim, salienta-se que se trata nulidade de caráter 
absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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a) A medida a ser utilizada é um habeas corpus, objetivando o 
trancamento da ação penal, em razão da ausência de justa causa, nos 
termos do artigo 647, 648, I, CPP e LXVIII, CF. 
 
b) O habeas corpus deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça. 
 
c) Conforme o artigo 142, I, do CP, não constitui injúria ou difamação 
punível a ofensa irrogada em juízo na discussão da causa. No caso em 
tela, não houve excesso ou qualquer questão que permita a 
responsabilização do acusado. Da mesma forma o artigo 133 da CF 
também assegura essa inviolabilidade. Assim sendo, resta configurada a 
ausência de justa causa para a ação penal. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
81 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
82 
 
 
a) A decisão judicial é passível de impugnação pela via recursal, através 
da utilização do recurso de agravo em execução, nos termos do artigo 197 
da LEP (lei 7.210/84). 
 
b) Conforme o artigo 45, §3º, da Lei 7210/84, LEP é vedada qualquer 
espécie de sanção coletiva. Aliás, pelo princípio constitucional da 
individualização da pena (artigo 5º, XLVI, CF), qualquer espécie de 
responsabilização deverá ser pautada pela individualização da conduta 
praticada, o que se fundamenta na necessidade de identificar a 
contribuição de cada suspeito. Também poderá ser indicado como 
fundamento em defesa do apenado, a vedação de responsabilidade 
objetiva, eis que somente podemos responsabilizar alguém pela prática 
de delitos, no caso em tela, caracteriza-se como o crime de dano contra 
o patrimônio público, quando houver identificação de dolo ou culpa, o que 
no caso em tela não é possível identificar. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
83 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
84 
 
A decisão do magistrado está em conformidade com o artigo 83, V, do CP, 
pois não se admite livramento condicional para aqueles condenados 
reincidentes específicos em crimes hediondos, o que é o caso em questão. 
(Além disso, disso sequer lapso temporal Tucson Fire preencheria na 
época do pedido, visto não ter adimplido 2/3 de sua pena.) 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
85 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
86 
 
a) A decisão que revogou o livramento condicional pela superveniência de 
condenação irrecorrível por crime praticado durante a liberdade 
condicional está correta, nos termos do artigo 86, I, do CP. Os efeitos 
cabíveis no caso em questão são aqueles previstos nos artigos 88 do CP 
e 142 da LEP. Todavia, no tocante à determinação da perda dos dias 
remidos, não existe previsão neste sentido, que alcance o livramento 
condicional, ferindo o princípio da legalidade. 
 
b) O recurso cabível será o de AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do 
artigo 197 da LEP, no prazo de 5 dias, forte na súmula 700 do STF. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
88 
 
Tendo em vista que se trata de hipótese de prática de fato criminoso 
durante o livramento condicional, poderá, nos termos do artigo 145 da 
LEP, o juiz determinar a suspensão do instituto (livramento condicional). 
Destaca-se que não se trata de hipótese de revogação, visto não haver 
sentença transitada em julgado. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
89 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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a) O recurso cabível será o de AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do 
artigo 197 da LEP, no prazo de 5 dias, forte na súmula 700 do STF. O 
último dia para interposição será o dia 13 de novembro de 2017 (segunda-
feira). 
 
b) A irresignação defensiva dirige-se ao fato de que não há prorrogação 
automática do período de prova. Não tendo sido constatada a existência 
de sentença irrecorrível, tem-se a extinção da pena, nos termos do artigo 
90 do CP e 146 da LEP, sob pena de se permitir uma interpretação em 
desfavor do apenado. 
Inclusive, é o entendimento firmado pela Súmula 617 do STJ. 
Ver a decisão abaixo: 
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO 
CONDICIONAL. COMETIMENTO DE NOVO DELITO DURANTE O PERÍODO DE 
PROVA. AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO/REVOGAÇÃO NO CURSO DO BENEFÍCIO. 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. FLAGRANTE 
ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. PRETENSÃO DE SIMPLES REFORMA. DECISÃO 
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. 
1. A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do término 
do período de prova acarreta a extinção da punibilidade, pelo cumprimento integral 
da pena privativa de liberdade (art. 90 do Código Penal e 146 da Lei de Execução 
Penal).Precedentes do STJ e do STF. 2. Mantidos os fundamentos da decisão 
agravada, porquanto não infirmados por razões eficientes, é de ser negada simples 
pretensão de reforma. (Enunciado n.º 182 desta Corte).3. Agravo regimental a que 
se nega provimento.(AgRg no HC 398.496/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE 
ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 31/08/2017) 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
92 
 
É possível a conversão da pena em medida de segurança, nos termos do 
artigo 183 da LEP. De acordo com o entendimento do STJ, a pena privativa 
de liberdade aplicada na sentença, nos casos de superveniência de 
conversão da pena em medida de segurança, deverá ser o limite observado 
para internação. Logo, seria possível a desinternação, considerando o 
período superior de vinculação ao sistema penitenciário. 
 
PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO. 
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL. CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA 
DE LIBERDADE EM MEDIDA DE SEGURANÇA. INTERNAÇÃO. 
MANUTENÇÃO. TEMPO DE CUMPRIMENTODA PENA EXTRAPOLADO. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM CONCEDIDA. 
1. Em se tratando de medida de segurança aplicada em substituição à pena 
corporal, prevista no art. 183 da Lei de Execução Penal, sua duração está 
adstrita ao tempo que resta para o cumprimento da pena privativa de 
liberdade estabelecida na sentença condenatória. 
Precedentes desta Corte. 
2. Ordem concedida. 
(HC 373.405/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA 
TURMA, julgado em 06/10/2016, DJe 21/10/2016) 
 
 
 
 
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2ª FASE 
 
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2ª FASE 
 
94 
 
No caso em exame, por se tratar de delito praticado em desfavor da 
administração pública, deverá o apeando cumprir os requisitos previstos 
no artigo 112 da LEP, quais sejam 1/6 da pena e bom comportamento 
carcerário atestado pelo diretor do estabelecimento prisional, combinado 
com o artigo 33, §4º, do CP, que prevê a condição de reparação do dano. 
Inclusive, poderá o apenado ser submetido ao exame criminológico, que 
é uma faculdade legal, desde que o juiz profira uma decisão motivada, 
nos termos da súmula 439 do STJ. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
95 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
96 
 
É possível postular a progressão para o regime semiaberto, nos termos do 
artigo 112 da LEP, visto que preenche 1/6 da pena e possui bom 
comportamento. Também poderá ser postulada a remição de pena nos 
termos do artigo 126 da LEP, pois a questão informa que o apenado está 
trabalhando. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
97 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
98 
 
Poderá ser pleiteada a desinternaçao de Marcelo, pois conforme o 
entendimento firmado na súmula 527 do STJ, o limite da internação seria 
o máximo da pena em abstrato cominada ao delito. No caso em tela, 
tratando-se de roubo, cuja pena máxima é de 10 anos, verifica-se que já 
ultrapassou o limite aceitável sustentado pela súmula. O pedido deverá 
ser postulado perante o Juiz da Vara de Execução Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
99 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
100 
 
O recurso cabível será o de agravo em execução, nos termos do artigo 
197 da LEP. O juiz não poderá no caso concreto reconhecer como falta 
grave o descumprimento de condições do monitoramento eletrônico, pois 
se trata de descumprimento de condição, não tendo previsão legal no 
artigo 50 da LEP. As faltas graves são taxativas. O juiz poderia regredir o 
regime, com base no artigo 146, C, §, único da LEP, mas não reconhecer 
a falta grave, inclusive, não poderá também determinar a perda dos dias 
remidos, pois se trata de consequência para quem pratica falta grave. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
101 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
102 
 
a) A decisão judicial merece reparo, pois no presente caso não há 
reincidência específica nos delitos descritos no artigo 44, § único, da lei n. 
11.343/06, tampouco naqueles do artigo 83, V, do CP. Ao contrário, muito 
embora Cross Fox possua duas condenações por tráfico, uma delas refere-
se ao tráfico privilegiado, que não é equiparado a delito hediondo. Logo, 
faz jus ao livramento condicional, preenchendo, inclusive, o requisito 
temporal para tanto. 
 
b) Sim, das decisões do juiz da Vara de Execução Criminal caberá Agravo 
em Execução, com base no artigo 197 da Lei 7.210/84. O prazo para o 
recurso é de 5 dias, nos termos da súmula 700 do STF. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
103 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
104 
 
a) A decisão judicial está errada, pois Carmela atende o disposto no artigo 
112, §3º, da Lei 7.210/84. O delito muito embora seja equiparado a 
hediondo permite a progressão de regime especial para mulheres, nos 
termos do artigo 2, § 2º, da Lei 8.072/90. 
 
b) Os requisitos para progressão neste caso estão descritos no artigo 112, 
§3º, da Lei 7.210/84, de forma cumulativa, devendo ser mulher gestante 
ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, 
que não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
nem cometido o crime contra seu filho ou dependente; ter cumprido ao 
menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; ser primária e ter bom 
comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; 
e, por fim, não ter integrado organização criminosa. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
105 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
106 
 
a) Poderá ser pleiteado ao Juiz da Vara de Execução o afastamento da 
majorante aplicada a Silvio, com a aplicação da nova lei mais benéfica, lei 
n. 13.654/18, com base no artigo 66, I, da LEP, combinado com a súmula 
611 do STF e artigos 2º, § único, do Código Penal e 5º, XL, da Constituição 
Federal. 
 
b) Caso seja indeferido, caberá recurso de Agravo em Execução, com base 
no artigo 197 da LEP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
107 
 
 
 
 
 
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OAB 
2ª FASE 
 
108 
 
a) Poderá ser pleiteada a extinção da pena com base no artigo 90 do CP 
e a súmula 617 do STJ, pois se transcorrer o período de prova sem que 
haja revogação ou prorrogação, restará extinta a pena. 
 
b) Caso seja indeferido, caberá recurso de Agravo em Execução, com base 
no artigo 197 da LEP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
109 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
110 
 
a) A conduta dos apenados poderá ser punida como falta grave, pois na 
execução penal pune-se a tentativa de falta como falta consumada, 
conforme o artigo 49, § único, da Lei n. 7.210/84. 
 
b) Não poderá ser dispensada a defesa técnica, ao contrário, deverá ser 
assegurada, nos termos do artigo 59 da Lei n.7.210/84 e da Súmula 533 
da STJ. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
111 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
112 
 
a) Os recursos cabíveis são recurso ordinário constitucional em habeas 
corpus e recurso ordinário constitucional em mandado de segurança, com 
base nos artigos 30 e 33 da Lei 8.038/90; e art. 105, II, a, CF e art. 105, 
II, b, CF, respectivamente. 
 
b) O recurso cabível neste caso seria o recurso em sentido estrito, com 
base no artigo 581, X, do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
113 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
114 
 
a) Sim, caberá o recurso de embargos infringentes, com o objetivo de 
fazer prevalecer o voto vencido, que afastava a causa de aumento de 
pena, com base no artigo 609, § único, do Código de Processo Penal. 
 
b) O prazo dos embargos infringentes é de 10 dias, portanto o último dia 
do prazo será o dia 13/06/19, quinta-feira. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
115 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
116 
 
a) Deverá ser arguida a nulidade, nos termos do artigo 449, I, do Código 
de Processo Penal, uma vez que jurados que integram o antigo julgamento 
não podem participar do novo. 
 
b) É possível a interposição do recurso de apelação, com base no art. 593, 
III, a, do Código de Processo Penal, em razão da ocorrência de nulidade 
durante o julgamento, ou seja, após a pronúncia. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
117 
 
 
 
 
 
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OAB 
2ª FASE 
 
118 
 
a) Sim, poderá ser pleiteada a prisão domiciliar, nos termos do artigo 318, 
A, do Código de Processo Penal. 
 
b) Sim, neste caso caberá a impetração de um habeas corpus para discutir 
a legalidade da prisão, nos termos do artigo 648, I, do Código de Processo 
Penal e artigo 5º, LXVIII, da CF/88. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
119 
 
 
 
 
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OAB 
2ª FASE 
 
120 
 
No presente caso, deverão ser opostos embargos declaratórios, com base 
no artigo 619, Código de Processo Penal, para fins de prequestionamento 
das matérias não debatidas, conforme as súmulas 211 do STJ e 356 do 
STF. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
121 
 
 
 
 
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OAB 
2ª FASE 
 
122 
 
A) A ordem de sessões de julgamento a ser observada será: Júlio, Arthur, 
Cesar e Júnior. 
 
B) O artigo 429 do CPP traz uma ordem de preferência, que só poderá ser 
alterada por motivo relevante justificado pelo Juiz. Dessa forma, Júlio 
deverá ser o primeiro, pois está há mais tempo preso; após, deverá ser 
julgado o Arthur, pois embora preso na mesma data que Cesar foi 
primeiramente pronunciado, após será julgado César; por último, o Júnior, 
que responde em liberdade será julgado. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
123 
 
 
 
 
 
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2ª FASE 
 
124 
 
a) Deverá ser alegado o preenchimento do lapso temporal de 1/6 da pena, 
nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/84), uma 
vez que o delito de associação ao tráfico não é delito equiparado a crime 
hediondo, pois não há previsão no rol do artigo 1° da Lei 8072/90, 
tampouco no artigo 2º da referida Lei, logo dar um tratamento mais 
gravoso feriria a legalidade. Assim, Cross Fox preenche o requisito 
temporal necessário, fazendo jus à progressão de regime. 
 
b) O recurso cabível será o agravo em execução, nos termos do artigo 
197 da Lei 7.210/84. O prazo para interposição é de 5 dias, nos termos 
da súmula 700 do STF, sendo o último dia para interposição o dia 9 de 
abril de 2018, segunda-feira. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
125 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
126 
 
a) O recurso cabível em face da decisão é o Recurso Ordinário 
Constitucional. 
 
b) Competirá ao Supremo Tribunal Federal julgar este recurso, conforme 
o artigo 102, II, b, da CF.
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
127 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
128 
 
a) A decisão do Juiz não está correta, pois violou disposição contida no 
artigo 185, §5º, do CPP, que assegura ao acusado o direito à entrevista 
prévia com seu defensor. 
 
b) Tal situação caracterizou evidente afronta ao direito de defesa e, 
consequentemente ao devido processo legal, com fundamento no artigo 
5º, LV, da CF/88. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
129 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
130 
 
a) Em atenção a disposição contida no artigo 94 do Estatuto do Idoso (Lei 
n. 10.741/03), considerando que Fabrício estaria incurso nas sanções do 
artigo 106 do referido diploma legal, o procedimento a ser observado será 
o sumaríssimo. 
 
b) Apesar da lei estipular o procedimento sumaríssimo, a pena máxima 
cominada ao delito é de 2 a 4 anos, logo não caberá oferecimento de 
transação penal, nos termos do artigo 76 da lei n. 9.099/95. Inclusive, o 
STF já se manifestou no julgamento da ADIN 3096, que não houve 
extensão dos institutos previstos na lei 9.099/95. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
131 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
132 
 
a) O recurso cabível é o Agravo em Execução, nos termos do artigo 197 da LEP. 
b) Em relação aos argumentos que fundamentaram o indeferimento do pedido, 
primeiramente o acusado não foi condenado por delito hediondo, é primário, portanto, 
o lapso temporal exigido para o livramento condicional, conforme o artigo 83, I, CP, 
é o cumprimento de mais de 1/3 de pena, o que está plenamente satisfeito. No 
tocante à situação irregular, não há no artigo 83 do CP qualquer menção neste 
sentido, ou seja, não há qualquer óbice, sendo ilegal a exigência de tal condição. 
Desta forma, Chivitos faz jus ao livramento condicional. Para ilustrar: 
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO. EXECUÇÃO PENAL. 
LIVRAMENTO CONDICIONAL. ESTRANGEIRA. SITUAÇÃO IRREGULAR NO PAÍS. PENDÊNCIA DE 
PROCESSO DE EXPULSÃO. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 
- O Superior Tribunal de Justiça, seguindo o entendimento da Primeira Turma do Supremo Tribunal 
Federal - STF, passou a inadmitir habeas corpus substitutivo de recurso próprio, ressalvando, porém, 
a possibilidade de concessão da ordem de ofício nos casos de flagrante constrangimento ilegal. 
- O Superior Tribunal de Justiça entende que o simples fato de o estrangeiro encontrar-
se em situação irregular no país não constitui motivação idônea para inviabilizar os 
benefícios da execução penal, tendo em vista a igualdade de direitos entre nacionais e 
estrangeiros. 
- É irrelevante, para fins de progressão de regime e também para o livramento condicional, a 
existência de processo ou mesmo decreto de expulsão em desfavor do estrangeiro, tendo em vista 
que a expulsão poderá ocorrer, conforme o interesse nacional, após o cumprimento da pena, ou 
mesmo antes disto. Inteligência do art. 67 da Lei n. 6.815/1980. Precedentes da Sexta Turma desta 
Corte e do STF. 
Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício, para cassar o acórdão do Tribunal a quo e 
determinar que o Juízo da Execução analise o preenchimento dos requisitos necessários à concessão do 
livramento condicional, afastado o óbice relativo à sua condição de estrangeira, com decreto de expulsão 
pendente. (HC 305.276/SP, Rel. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), 
SEXTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014).
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
133 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
134 
 
De acordo com o artigo 385 do CPP é possível que o juiz condene o acusado 
ainda que haja pedido de absolvição pela acusação e pela defesa. Trata-se 
de hipótese criticada por parte da doutrina por ofender o sistema 
acusatório. Todavia, tem previsão legal e tem sido plenamente aplicado na 
jurisprudência. Para ilustrar: 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSOESPECIAL. JÚRI. TENTATIVA DE 
HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. MANIFESTAÇÃO DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO PELA ABSOLVIÇÃO. ARTIGO 385 DO CÓDIGO DE 
PROCESSO PENAL, RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO DO JUIZ. PRECEDENTES. RECURSO 
DESPROVIDO. 
 
1. Nos termos do art. 385 do Código de Processo Penal, nos crimes de ação 
pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o 
Ministério Público tenha opinado pela absolvição. 
 
2. O artigo 385 do Código de Processo Penal foi recepcionado pela 
Constituição Federal. Precedentes desta Corte. 
 
3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1612551/RJ, Rel. 
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 
02/02/2017, DJe 10/02/2017)
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
135 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
136 
 
a) O juiz agiu de maneira incorreta ao denegar a apelação, pois a defesa 
foi intimada da sentença condenatória no dia 09/03/18 (sexta-feira) e 
interpôs o recurso no dia 16/03/18 (sexta-feira), ou seja, dentro do prazo 
legal de 5 dias, exigido pelo artigo 593 do CPP. Importante registrar que 
a contagem do prazo processual se dá a partir da ciência, excluindo-se o 
primeiro dia e computando o último, nos moldes do artigo 798, §1°, do 
CPP. 
 
b) O recurso cabível para atacar a decisão denegatória da apelação é o 
recurso em sentido estrito, conforme o artigo 581, XV, CPP. O prazo deste 
recurso conforme o artigo 586 do CPP, será de 5 dias. O último dia para 
interposição deste recurso será o dia 02/04/18 (segunda-feira), visto que 
a intimação da decisão denegatória ocorreu no dia 26/03/18 (segunda-
feira). 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
137 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
138 
 
a) O recurso que deverá ser interposto é o de apelação, nos termos do 
artigo 593, I, do CPP. 
 
b) A nova condenação não poderá ser superior a primeira, pois caracteriza 
reformatio in pejus indireta. Em se tratando de recurso exclusivo da defesa, 
a situação do acusado não poderá ser piorada, sendo caso de nulidade essa 
ocorrência, ainda que seja nova condenação, o seu surgimento se deu em 
virtude de recurso exclusivo da defesa. Esse entendimento é decorrente da 
parte final do artigo 617 do CPP, que prevê a proibição de reformatio in 
pejus direta. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
139 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
140 
 
a) O recurso cabível será o recurso em sentido estrito, nos termos do artigo 
581, I, do CPP, cujo prazo é de 5 dias, conforme o artigo 586 do CPP. 
 
b) O procedimento a ser observado será o comum sumário, visto que a 
pena máxima ao delito de dano neste caso é de três anos, portanto, 
enquadra-se na hipótese do artigo 394, parágrafo 1°, II, do CPP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
141 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
142 
 
É possível que Cross Fox obtenha remição de pena, visto que o instituto é 
aplicável também a quem usufrui de prisão cautelar, nos termos do artigo 
126, §7°, Da Lei 7.210/84. No caso em tela, verifica-se que antes da 
sentença penal condenatória o apenado já usufruía de atividade laborativa, 
logo fará jus à remição quando estiver executando a pena. 
 
Somente para ilustrar veja a decisão que inspirou a questão:PROCESSO HC 
420.257-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, por maioria, julgado em 19/04/2018, 
DJe 11/05/2018 
 
Execução penal. Remição. Trabalho em período anterior ao início da 
execução. Possibilidade se posterior à prática do delito. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
143 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
144 
 
a) Sim, será aplicada a Lei Maria da Penha, pois conforme a súmula 600 
do STJ não há necessidade de coabitação entre autor e vítima. 
 
b) A ação penal será pública incondicionada, nos termos da súmula 542 do 
STJ. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
145 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
146 
 
Em atenção à máxima de favorecer o réu (favor rei) no processo penal, 
deverá prevalecer a condenação que seja mais benéfica ao acusado, pois 
diante de qualquer situação que enseje dúvida deve se resolver em prol do 
acusado. Portanto, diante das duas sentenças que condenaram o acusado 
fazendo coisa julgada, deverá prevalecer a primeira mencionada, cuja pena 
fixada foi de 7 anos, 1 mês e 10 dias. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
147 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
148 
 
a) O recurso que poderá ser interposto é o de Agravo em Execução, nos 
termos do artigo 197 da Lei 7.210/84. O último dia para interposição do 
recurso será o dia 27/07/18, sexta-feira, considerando o prazo de 5 dias, 
previsto na súmula 700 do STF. 
 
b) Poderá ser alegado em prol de Cross Fox que o delito de porte ilegal de 
arma de uso restrito ingressou no rol de delitos hediondos no ano de 2017 
(27/10/2017), portanto, considerando que o delito em tela foi praticado em 
2015, época em que o fato não constituía delito hediondo, o lapso temporal 
a ser exigido é de 1/6 da pena, nos termos do artigo 112 da LEP. Vale frisar 
que a lei que incluiu o delito como hediondo é uma lei irretroativa, visto 
conferir um tratamento mais gravoso ao apenado. Assim sendo, a decisão 
do magistrado violou também o artigo 5°, XL, da CF. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
149 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
150 
 
O representante do Ministério Público agiu incorretamente, pois no caso 
em tela a condenação apontada como óbice era referente à pena de multa, 
todavia só impede a transação condenação por crime cuja pena seja pena 
privativa de liberdade, nos termos do artigo 76, §2º, I, da Lei n. 9.099/95. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
151 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
152 
 
Não é possível a oferta de medida despenalizadora neste caso, pois 
considerando a pena do delito de furto, a única medida a ser destinada 
seria a suspensão condicional do processo, pois a pena mínima prevista ao 
delito é de 1 ano, enquadrando-se no artigo 89 da Lei n. 9.099/95. Todavia, 
no caso em tela como se trata de continuidade delitiva, há impedimento 
para a oferta, pois conforme as súmulas 243 do STJ e 723 do STF, com o 
acréscimo da fração ultrapassa o mínimo legal de pena permitido. Logo, 
Cross Fox não faz jus à suspensão condicional do processo. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
153 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
154 
 
Não está correta a decisão do Juiz da Vara de Execução Penal, pois as faltas 
graves estão previstas na lei de execução penal e são taxativas. Logo, não 
havendo previsão nos artigos 50, 51 e 52 da LEP, não poderá ser 
reconhecida a falta grave, sob pena de violação do princípio da legalidade. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
155 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕESPROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
156 
 
A decisão do Tribunal foi incorreta, pois configurou reformatio in pejus, eis 
que agravou a situação do acusado em resposta ao recurso interposto 
somente pela defesa, violando o artigo 617, parte final, do CPP. Não se 
pode admitir que o ajuste realizado pelo Tribunal agrave a situação do 
acusado sem que a acusação tenha interposto recurso com esse objetivo. 
Trata-se de hipótese de nulidade absoluta. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
157 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
158 
 
Cross Fox poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do 
processo, visto que preenche os requisitos do artigo 89 da Lei n. 9.099/95. 
Ressalta-se que o fato de Cross Fox já ter sido condenado por uma 
contravenção não impede que usufrua da suspensão condicional do 
processo, pois o artigo 89 inviabiliza o benefício para aquelas pessoas que 
já foram condenadas ou estejam sendo processadas somente por crime. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
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PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
159 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
160 
 
Poderá ser pleiteado ao Juiz da Vara de Execução Penal, no presente caso, 
a prisão domiciliar, com base no artigo 117 da Lei 7.210/84. Destaca-se 
que por ser reincidente específico em delito de tráfico de drogas, Carmela 
não faz jus ao livramento condicional, nos termos do artigo 83, V, do CP. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
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PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
161 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
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PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
162 
 
 QUESTÃO 1 – PADRÃO DE RESPOSTA 
Sim, está correta a decisão da juíza, pois de acordo com o artigo 111 da 
Lei 7.210/84, o regime prisional na execução da pena será resultado da 
soma das condenações. Desta forma, como as condenações distintas 
referem-se a duas penas privativas de liberdades, deverá haver a soma 
das condenações, no caso, totalizando 8 anos e 6 meses, teremos uma 
quantidade de pena a ser executada inicialmente em regime fechado, 
nos termos do artigo 33, §2°, a, do CP. 
 
Recadinho da professora Letícia: 
Somente para ilustrar, segue a jurisprudência do STJ que inspirou a questão: 
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. UNIFICAÇÃO DAS 
PENAS. ART. 111 DA LEP. RÉU CONDENADO ÀS PENAS DE RECLUSÃO E DE 
DETENÇÃO. SOMATÓRIO DE AMBAS AS REPRIMENDAS PARA FIXAÇÃO DO 
REGIME. POSSIBILIDADE. ILEGALIDADE NÃO VERIFICADA. AGRAVO NÃO 
PROVIDO. 
1. No caso, o Tribunal de origem manteve a unificação das penas de reclusão e de 
detenção do paciente realizada pelo Juízo de Execução, fazendo com que sua pena 
de detenção seja cumprida já inicialmente em regime fechado, como se reclusão 
fosse. 
2. Ao interpretar o art. 111, da LEP, este Superior Tribunal de Justiça 
firmou entendimento no sentido de que as penas de reclusão e as de 
detenção constituem reprimendas de mesma espécie, e portanto, para 
efeito de fixação do regime prisional, devem ser consideradas 
cumulativamente. Precedentes do STF e desta Corte Superior de Justiça. 
 
3. Agravo regimental não provido. (AgRg no HC 418.296/ES, Rel. Ministro RIBEIRO 
DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 18/10/2018, DJe 23/10/2018) 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
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OAB 
2ª FASE 
 
163 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
164 
 
QUESTÃO 2 – PADRÃO DE RESPOSTA 
Poderá ser requerido ao Juiz da Vara de Execução o afastamento da 
majorante do artigo 157, §2°, I, do CP, visto que com a nova lei que 
alterou o artigo 157 do CP (Lei 13.654/18), não há mais previsão legal 
para aumento de pena quando utilizada para o emprego de violência a 
arma branca, no caso a faca. Desta forma, tem-se que a nova lei deu um 
tratamento mais benéfico a esses condenados, cabendo ao juiz da Vara 
de Execução aplicar a lei penal mais benéfica, nos termos do artigo 66, 
I, da LEP (Lei n. 7210/84) e Súmula 611 do STF. Inclusive, tal 
entendimento é decorrente do artigo 5º, XL, da CF e também está 
presente no artigo 2°, § único, do CP. 
 
Recadinho da Professora Letícia: 
Segue abaixo uma ementa de um julgamento pelo STJ envolvendo a recente matéria: 
PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL. SUPERVENIÊNCIA DA LEI N. 13.654/2018. REVOGAÇÃO DO INCISO I DO § 
2º DO ART. 157 DO CP. ROUBO COM EMPREGO DE ARMA BRANCA. CIRCUNSTÂNCIA 
QUE NÃO MAIS SE SUBSUME ÀS MAJORANTES DO DELITO. AFASTAMENTO DA CAUSA 
DE AUMENTO. RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA. 
INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 13.654/2018. COMPETÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL 
NÃO PROVIDO. 
 
1. A Lei n. 13.654, de 23 de abril de 2018, revogou o inciso I do artigo 157 do CP, de modo que 
o emprego de arma branca não se subsume mais a qualquer uma das majorantes do crime de 
roubo. Assim, uma vez que o caso dos autos é de roubo com emprego de arma branca (faca), 
impõe-se a concessão de habeas corpus de ofício para que a pena seja reduzida na terceira fase 
da dosimetria, em observância ao princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica. 2. [...] 
3. Agravo regimental a que se nega provimento. 
(AgRg no AgRg no AREsp 1275927/DF, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado 
em 18/10/2018, DJe 24/10/2018) 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
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QUESTÃO 3 – PADRÃO DE RESPOSTA 
A decisão do Juiz da Vara de Execução Penal está incorreta, pois no caso 
em tela não poderá ser exigido o cumprimento de 3/5 de pena para o 
apenado, pois na época em que praticou o delito de porte ilegal de arma 
de fogo para uso restrito, em 20/06/17, o delito em questão não era 
considerado crime hediondo, o qual passou a integrar o rol do artigo 1° 
da Lei 8.072/90, somente em outubro de 2017 (Lei 13.497/17). Desta 
forma, o lapso temporal exigido deverá ser de 1/6 da pena, com base no 
artigo 112 da Lei. 7.210/84, considerando a irretroatividade da lei penal 
mais gravosa, nos termos do artigo 5º, XL, da CF. O recurso cabível da 
decisão é o Agravo em Execução, previsto no artigo 197 da Lei n. 
7.210/84. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
167 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
168 
 
QUESTÃO 4 – PADRÃO DE RESPOSTA 
A decisão é passível de recurso de Agravo em Execução, nos termos do 
artigo 197 da Lei n. 7.210/84, uma vez que cumprida a pena privativa de 
liberdade deverá ser extinta a punibilidade, pois o descumprimento da 
pena de multa não pode gerar a conversão em pena de prisão, de acordo 
com o artigo 51 do CP, a pena de multa gera dívida ativa da Fazenda 
Pública. 
 
Recadinho da Professora Letícia: 
Somente para ilustrar, segue a jurisprudência do STJ que inspirou a questão: 
RECURSO ESPECIAL. PROCESSAMENTO SOB O RITO DO ART. 543-C DO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. CUMPRIMENTO DA 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE OU DE RESTRITIVA DE DIREITOS SUBSTITUTIVA. 
INADIMPLEMENTO DA PENA DE MULTA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. POSSIBILIDADE. 
RECURSO PROVIDO. 
1. [...] 
2. Extinta pelo seu cumprimento a pena privativa de liberdade ou a restritiva 
de direitos que a substituir, o inadimplemento da pena de multa não obsta a 
extinção da punibilidade do apenado, porquanto, após a nova redação dada ao 
art. 51 do Código Penal pela Lei n. 9.268/1996, a pena pecuniária passou a ser 
considerada dívida de valor e, portanto, possui caráter extrapenal, de modo 
que sua execução é de competênciaexclusiva da Procuradoria da Fazenda 
Pública. 
3. Recurso especial representativo da controvérsia provido, para declarar extinta a 
punibilidade do recorrente, assentando-se, sob o rito do art. 543-C do CPC a seguinte 
TESE: Nos casos em que haja condenação a pena privativa de liberdade e multa, 
cumprida a primeira (ou a restritiva de direitos que eventualmente a tenha 
substituído), o inadimplemento da sanção pecuniária não obsta o 
reconhecimento da extinção da punibilidade. 
(REsp 1519777/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado 
em 26/08/2015, DJe 10/09/2015) 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
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OAB 
2ª FASE 
 
169 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
170 
 
QUESTÃO 5 – PADRÃO DE RESPOSTA 
O Procedimento Administrativo Disciplinar somente foi instaurado após 
três anos da prática da falta grave, gerando a prescrição da falta 
disciplinar. Não há na Lei de Execução Penal prazo determinado para 
prescrição das faltas disciplinares, porém o entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça é no sentido de aplicar por analogia o menor prazo 
do artigo 109 do CP, qual seja, três anos. 
 
Recadinho da Professora Letícia: 
Somente para ilustrar, segue a jurisprudência do STJ que inspirou a 
questão: 
 
EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. 
FALTA GRAVE. PRESCRIÇÃO DA FALTA GRAVE. INOCORRÊNCIA. NÃO 
DECORRIDO LAPSO TEMPORAL SUPERIOR A TRÊS ANOS. AGRAVO 
PROVIDO. 
1. Nos termos do entendimento desta Corte, a prescrição das 
faltas disciplinares de natureza grave, em virtude da 
inexistência de legislação específica, regula-se, por analogia, 
pelo menor dos prazos previstos no art. 109 do Código Penal, 
qual seja, 3 anos, nos termos do disposto na Lei n. 12.234/2010. 
2. [...] 3. [...] 
(AgRg no REsp 1702078/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA 
TURMA, julgado em 18/09/2018, DJe 25/09/2018) 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
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OAB 
2ª FASE 
 
171 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
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OAB 
2ª FASE 
 
172 
 
QUESTÃO 6 – PADRÃO DE RESPOSTA 
O descumprimento de medida protetiva, caracteriza o crime previsto no 
artigo 24-A da Lei 11.340/06. Trata-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, visto não haver qualquer exigência para o exercício da 
ação penal, logo o magistrado agiu de maneira incorreta, não sendo o 
caso de rejeição da denúncia, em virtude da ausência de representação, 
e sim de recebimento. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
173 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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OAB 
2ª FASE 
 
174 
 
QUESTÃO 7 – PADRÃO DE RESPOSTA 
Na Resposta à Acusação deverá ser alegada a atipicidade da conduta, 
pois na data da prática do fato, dia 1 de janeiro de 2018, não era previsto 
em lei e tipificado como crime o descumprimento de medida protetiva. O 
artigo 24-A da Lei 11.340/06, que prevê a conduta como crime, somente 
foi inserido na legislação em abril de 2018, pela Lei n. 13.641/2018, 
portanto não poderá retroagir abrangendo fatos anteriores, pois a lei 
penal mais gravosa é irretroativa, nos termos do artigo 5º, XL, CF. O 
pedido a ser feito na resposta à acusação é de absolvição sumária, nos 
termos do artigo 397, III, do CPP. 
 
O último dia para a apresentação da Resposta à Acusação, considerando 
que a intimação ocorreu no dia 29/10/18, será no dia 8 de novembro de 
2018 (quinta-feira). 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
175 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
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OAB 
2ª FASE 
 
176 
 
QUESTÃO 8 – PADRÃO DE RESPOSTA 
 a) Em Resposta à Acusação deverá ser requerida a absolvição sumária, 
nos termos do artigo 397, I, do CPP, em razão da excludente de ilicitude, 
no caso estado de nescessidade. 
 
b) A Resposta à Acusação deverá ser dirigida ao Juiz da Vara Criminal 
que proferiu a decisão, pois não se trata de crime doloso contra a vida, 
conforme artigo 74, §1º, do CPP, logo não se está perante uma Vara do 
Tribunal do Júri. 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
177 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
178 
 
QUESTÃO 9 – PADRÃO DE RESPOSTA 
O recurso cabível da decisão que denega apelação é o Recurso em 
Sentido Estrito, nos termos do artigo 581, XV, do CPP. O recurso de 
apelação foi interposto na data correta, logo não há o que se falar de 
intempestividade. Todavia, o fato das razões recursais terem sido 
apresentadas fora do prazo previsto no artigo 600 do CPP não caracteriza 
intempestividade, portanto o juiz deveria dar seguimento ao recurso. O 
entendimento dos Tribunais superiores é no sentido de que a 
apresentação das razões recursais fora do prazo é mera irregularidade.. 
 
Recadinho da Professora Letícia: 
Pessoal, é pacífico na jurisprudência do STJ que a apresentação 
extemporânea das razões recursais é mera irregularidade e não ocasiona 
a intempestividade, porém não há súmula. Veja o entendimento: 
PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE 
RECURSO ESPECIAL, ORDINÁRIO OU DE REVISÃO CRIMINAL. NÃO 
CABIMENTO. APELAÇÃO CRIMINAL. INTEMPESTIVIDADE. 
RAZÕES APRESENTADAS FORA DO PRAZO LEGAL. MERA 
IRREGULARIDADE. NULIDADE DA SENTENÇA. AUSÊNCIA DE 
FUNDAMENTAÇÃO NA DOSIMETRIA DA PENA. IMPUGNAÇÃO GENÉRICA. 
ILEGALIDADE NÃO DEMONSTRADA. HABEAS CORPUS NÃO 
CONHECIDO. 
1. [...] 
2. A apresentação extemporânea das razões recursais pela 
parte, mesmo acusadora, não tem o condão de prejudicar 
apelação criminal tempestivamente interposta. 
3. [...] 4. Habeas corpus não conhecido. 
(HC 66.625/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado 
em 15/10/2015, DJe 05/11/2015) 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. LETÍCIA 
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OAB 
2ª FASE 
 
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CADERNO DE QUESTÕES 
PROF. ARNALDO 
PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
180 
 
QUESTÃO 10 – PADRÃO DE RESPOSTA 
a) O Recurso cabível será o de Agravo em Execução, nos termos do artigo 
197 da Lei 7.210/84, no prazo de 5 dias, conforme Súmula 700 do STF. 
 
b) Sim, conforme informado na questão, o Decreto exigia a inexistência 
de aplicação de sanção disciplinar por falta grave nos últimos 12 meses 
anteriores a sua publicação. Desta forma, Miguel satisfez os requisitos 
previstos legalmente no decreto, qualquer interpretação diferente ferirá 
a legalidade e estará ampliando de forma prejudicial os requisitos do 
decreto. 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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PROF. LETÍCIA 
PROF. NIDAL 
OAB 
2ª FASE 
 
181 
 
 
 
 
 
CADERNO DE QUESTÕES 
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2ª FASE 
 
182 
 
 
a) O argumento de direito processual a ser apresentado em sede de recurso é que 
o mandado de busca e apreensão que justificou a realização de diligência na 
residência de Gabriel é inválido, tendo em vista que genérico. O mandado de busca 
e apreensão em determinada residência, por ser uma restrição aos direitos 
fundamentais da inviolabilidade de domicílio, trazido pelo Art. 5º, inciso XI, da 
Constituição Federal/88, e privacidade deve ser determinado e amparado em 
fundadas razões no envolvimento com ilícito. No caso, o mandado foi genérico, sem 
indicar o endereço exato onde deveria ser cumprido o mesmo, apesar de as 
residências do condomínio serem separadas e identificadas. Por essas mesmas 
razões, houve violação, ainda, da previsão do Art. 243, inciso I, do Código de 
Processo Penal, que diz que no mandado deve ser indicada, o mais precisamente 
possível, a casa onde será realizada a diligência. 
 
b) Ainda que diante do descumprimento da medida de prestação de serviços à

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