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PSICOLOGIA CLÍNICA, TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO E O TEA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA.

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PSICOLOGIA CLÍNICA, TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO E O TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. 
Jenniffer Alessa Aguilar Borges[footnoteRef:1] [1: Pedagoga - Universidade Anhanguera - Uniderp] 
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo conhecer um pouco sobre a Psicologia Clínica, TGD – Transtorno Globais do Desenvolvimento e o TEA – Transtorno do Espectro Autista, sua história e significado, entender que é amparado por lei o direito os desafios encontrados para realizar um trabalho de excelência com os autistas. E as atividades acontecem de forma significativa, observando o tempo de cada criança, respeitando esse tempo. A lei Berenice Piana que institui a Política Nacional de proteção dos direitos da pessoa com TEA. Os profissionais que trabalham com os autistas tem saber o que é o autismo, como funciona, e acima de tudo conhecer o seu aluno. O autismo apresenta diversas características, podendo ser leve, moderado ou severo. E mesmo que mais de uma criança apresente um mesmo diagnóstico a forma de aprender pode ser diferente. Cada indivíduo é um ser com suas características pessoais e cada um tem o seu tempo para aprender. A vida de quem precisa de ajuda na parte pedagógica e emocional tem que ser considerada relevante em todos os aspectos.
Palavras chaves: Psicologia clínica. Educação Especial. Transtorno do Espectro Autista.
1 - INTRODUÇÃO 
Este trabalho foi elaborado com o propósito de aprofundar o conhecimento na Psicologia clínica, entender o que é, como surgiu e quem trouxe para o Brasil. Vamos conhecer um pouco sobre o TGD – Transtornos Globais do Desenvolvimento distúrbios nas interações sociais recíprocas, que costumam se manifestar nos 5 primeiros anos de vida, eles englobam os diferentes transtornos como: Transtornos do Espectro Autista, Psicose Infantil, Síndrome de Asperger, Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett. Mas com o foco no TEA – Transtorno do Espectro Autista e Educação Especial.
A Psicologia Clínica tem como especialidade a avaliação, o diagnóstico e o tratamento de doenças mentais, recentemente ligado a saúde mental e a redução de situações de riscos. O psicólogo clínico tem que saber identificar quais os tipos de perturbações mentais que cada um apresenta e quais classificações, para saber como pode ajudar. Ou seja se for algo voltado a doenças ou um transtorno.
Pois no momento é grande a quantidade de crianças que apresentam algum tipo de transtorno, no caso do autismo não é uma doença e sim uma condição neurológica que pode interferir no desenvolvimento da linguagem, na interação, na comunicação e no convívio social. 
Na educação especial faz se necessário um entendimento sobre as leis que abrange a criança com algum tipo de deficiência e a inclusão em cada etapa do ensino regular. Bem como os profissionais que trabalha nas escolas e instituições que atenda cada especificidade, e a família tem que fazer uma parceria com a escola para que a aprendizagem aconteça de forma significativa.
 É necessário o entendimento maior e à busca por estudos sobre o assunto, todos os educadores poderiam fazer a diferença na vida de uma criança, desde a educação infantil até uma faculdade, porque em determinados casos a criança tem o direito garantido por lei a ser acompanhada por profissional que acredite no potencial do aluno. 
Educação Especial, o conceito e definição, diferenciando a dificuldades de aprendizagem da deficiência, porque ainda fazem confusões acerca desse assunto. De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional) 9394/96, o artigo diz que toda criança tem o direito a educação, e que lhe permita realizar o seu máximo potencial humano independente de sua capacidade de aprendizagem.
Para tanto no artigo 58 trata do entendimento dessa lei e dos efeitos para os educandos portadores de necessidades especiais, que seja ofertada preferencialmente na rede regular de ensino. No parágrafo primeiro que haverá quando necessário o profissional de apoio. Parágrafo segundo terá um atendimento especializado quando não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. Já no parágrafo terceiro é dever do estado ofertar na educação infantil na faixa etária de 0 a 6 a educação especial.
2 – PSICOLOGIA CLÍNICA
A Psicologia clínica com subdomínio da psicologia, investiga o corpo humano e a interação com ambientes físicos e sociais e destina-se a investigar no campo da saúde mental. Onde o termo surge em 1907 pela primeira vez com Lightner Witmer, definido como estudo dos indivíduos, observando com a intenção de mudança. Witmer fundou a primeira clínica psicológica nos Estados Unidos na Pensilvânia. Em sua Clínica Psicológica eram tratadas crianças com problemas escolares.
Atualmente a Psicologia Clínica está relacionada com a atenção a pediatria, com Perturbação de Hiperatividade e Déficit de Atenção e as Perturbações de ansiedade e de Comportamento. Quando se faz um diagnóstico passa-se a fase de elaboração de um plano de intervenção, analisando as competências e dificuldades de cada um. Depois parte para terapia individual ou em grupo dependendo da situação. Mas para esse trabalho alcançar objetivos necessários é essencial um trabalho em equipe articulado com outras especialidades.
Na psicologia Clínica possui uma área muito ampla, Transtorno Mental, Psicodiagnóstico, Intervenção Psicológica, cada uma tratada dentro de suas especificidades. Essa é uma área que permite ao profissional atuar de forma autônoma. Não há público com perfil definido para o atendimento, podendo atender crianças, adultos e famílias.
Para que o atendimento aconteça é importante um local adequado para que os pacientes se sintam seguros, confortáveis e o sigilo entre pacientes e psicólogo tem que acontecer. As pessoas estão dando mais importância a saúde mental, a procura estão aumentando por esse atendimento. 
Ainda existem alguns preconceitos em relação as famílias com crianças portadores de necessidades especiais, mesmo sabendo da importância na vida dessa criança esse acompanhamento, assim como outras especialidades relutam na busca por esse tipo de atendimento. E com as intervenções realizadas por esses profissionais é possível ajudar a melhorar o seu comportamento, seus conflitos, controlar as emoções. Assim inserindo os na sociedade, tentando reverter um pouco o preconceito que ainda os cerca.
Disposições Gerais e Transitórias
Art. 18. - Os atuais cursos de Psicologia, legalmente autorizados, deverão adaptar-se às exigências estabelecidas nesta lei, dentro de um ano após sua publicação.
Art. 19. - Os atuais portadores de diploma ou certificado de especialista em Psicologia, Psicologia Educacional, Psicologia Clínica ou Psicologia Aplicada ao Trabalho expedidos por estabelecimento de ensino superior oficial ou reconhecido, após estudos em cursos regulares de formação de psicólogos, com duração mínima de quatro anos ou estudos regulares em cursos de pós-graduação com duração mínima de dois anos, terão direito ao registro daqueles títulos, como Psicólogos e ao exercício profissional.
2. 1 – LEIS QUE ABRANGE A EDUCAÇÃO ESPECIAL
A criança é vista como protagonista de seu desenvolvimento, como ser ativo na construção de seu conhecimento, na compreensão do mundo, e quando fala-se de Educação Especial, vem a importância de entender como funciona as leis, qual é a importância de conhecer para que possam exigir direitos quando necessários, na educação ou no atendimento especializado.
Precisamos entender como é a educação especial no Brasil, como é as leis que a abrange, sabe-se que o atendimento no Brasil na educação especial teve início na época do Império com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. 
Em 1999, o Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educaçãoespecial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular.
Mas no momento atual o desafio da escola é saber como se preparar para receber o aluno com suas especificidades, como acontece essa inclusão, a escola é capaz de desenvolver um trabalho centrado na criança? Essa pergunta nos leva a pensar qual seria a melhor forma para realizar esse trabalho e se o direito da criança é garantido.
O que vemos é que, com a chegada dessa criança na escola no ensino regular muitas vezes nem o espaço físico nem os profissionais estão preparados para recebê-las. 
Uma vez que é direito e as crianças são capazes de aprender cada uma no seu tempo, então cabe à escola, profissionais e familiares fazer valer esses direitos. Respeitando a criança e tratando-a com dignidade. E acreditando no seu potencial.
Em 1999, o Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular desde a Educação Infantil.
A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, mas será que está criança será atendida com o seu direito assegurado. Com base na deficiência, toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais pode interferir na aprendizagem da criança.
O Decreto é de suma importância e de grande repercussão na educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, dando amparo legal à escola e aos profissionais. Com isso promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à escolarização, fazer valer o direito da criança entre outros. 
Todas as crianças são capazes de aprender, uns com grandes capacidades e outros não, e o professor tem que participar da vida da criança no processo da construção da leitura, escrita e tudo mais que estimule sua criatividade, fazer com que as crianças tenham liberdade de expressão e que possam experimentar as múltiplas linguagens. O professor precisa aprender e compreender o sorriso ou o gesto de uma criança, porque a criança tem que ter confiança no mestre e assim despertando sua imaginação.
A partir da Declaração de Salamanca (1994), um documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação Especial na Espanha teve como objetivo fornece diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento de inclusão. 
São vários os documentos que falam dos direitos, mas se não forem cumpridos fica difícil incluir a criança com necessidades especiais no ensino regular e a aprendizagem acontecer de forma satisfatória.
Da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que trata da educação no âmbito nacional, nos leva a pensar: quem são os responsáveis por essa educação, quais os direitos dos alunos (a). A educação no âmbito geral:
No título II dos princípios e fins da educação nacional no art. 2º diz que a educação é dever da família e do estado, que tem a finalidade do preparo para o exercício da cidadania e a qualificação no trabalho. No art. 3º trata-se da igualdade, o acesso a essa educação, a liberdade para aprender, ensinar e fazer. A inclusão tem que acontecer e tanto a criança como a família tem que sentir essa acolhida.
De acordo com a legislação federal de 1988 da constituição federal, o artigo 205 define a educação como um direito de todos, que garante o pleno desenvolvimento da pessoa, trata da condição de acesso e permanência da criança na escola, e garante que é dever do Estado oferecer o atendimento educacional especializado AEE, e na rede regular de ensino.
Esse atendimento deve acontecer na escola, para tanto, faz se necessário o laudo médico para que seja disponibilizado um professor ou auxiliar para o atendimento especializado. A lei nº 9.394 – Lei de diretrizes e bases da educação nacional define e assegura a educação especial e atendimento aos educandos e estabelece critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos. 
A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei nº 9394, de 20/12/96, trata no capítulo V da Educação Especial:
Define-a por modalidade de educação escolar, oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades educacionais especiais. Assim, ela perpassa todos os níveis de ensino, desde a educação infantil ao ensino superior. Esta modalidade de educação é considerada como um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes alternativas de atendimento. (LDB, 1996)
Foi criada a lei Berenice Piana, Lei nº 12.764 de 27 de dezembro 2012, onde institui a Política Nacional de proteção dos direitos da pessoa com o TEA – Transtorno do Espectro Autista, assegura aos autistas benefícios legais até o atendimento preferencial. 
No artigo 1 parágrafo 2º assegura que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. Já no artigo 2º são as diretrizes da Política Nacional de proteção dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista, nos incisos I, II e III, que nos mostra sobre o desenvolvimento, o atendimento, a participação da comunidade na formulação de políticas voltadas para as pessoas com transtornos do espectro autista e a implantação. Objetivando assim o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes.
No art. 3º são direitos da pessoa com transtorno do espectro autista conforme incisos I, II e III a respeito de uma vida digna, integridade física e moral, direito a segurança, lazer, proteção e o acesso aos serviços de saúde.
Em 18 de abril de 2007 a ONU estabeleceu o dia 2 de abril como o dia do autismo, e por ser a incidência maior em meninos ficou com a cor azul associada. Mas não pode ser lembrado somente nessa data, mas sim todos os dias. A luta é constante para fazer valer os direitos ao autista na sociedade. As pessoas tem que ter a sensibilidade e o respeito com a criança e a família, pois travam uma luta constante. 
2.2 – TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO E O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Crianças com TGB no que diz respeito a interação social apresentam grande dificuldade em iniciar e manter uma conversa, algumas não mantém contato visual, não aceitam o toque e ações repetitivas são comuns. Causam mudanças de humor, pois crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade.
As crianças podem apresentar Ecolalia – podem repetir as falas dos outros em relação a comunicação verbal. É muito importante estimular o desenvolvimento social e comunicativo, são grandes os desafios da família e da escola. Para Bosa...
Crianças com grande déficit em sua habilidade de comunicação verbal podem requerer alguma forma de comunicação alternativa. A escolha apropriada do sistema depende das habilidades da criança e do grau de comprometimento. (BOSA, 2006, V. 28, P.s47)
A criança autista às vezes demora muito para se comunicar verbalmente, então a comunicação passa a ser gestual, ou através da brincadeira, mas a família e a escola tem que estimular essa criança, bem como a família fazer acompanhamentos especializados. A forma como o cérebro recebe informações é diferente no sentido que o autista leva mais tempo para processar o que está acontecendo e realizar determinadas atividades.
Apesar de apresentar transtornos do desenvolvimentos estas crianças merecem muita atenção em relação a interação social, comunicação e comportamento, principalmente na escola, mesmos com tempos diferentes de aprendizagem, esses alunos devem fazer parte das classescom os alunos na mesma faixa etária. 
Para crianças com TGB o TEA é muito importante estabelecer rotinas, incorporando regras de convívio social, para garantir o desenvolvimento na escola, pois precisam de ajuda na aprendizagem. Fazer ajustes nas atividades sempre que necessário para estimular a autonomia e conquistar a confiança do aluno. 
Logo que a criança chega à escola os responsáveis tem que comunicar a direção, coordenação antes de tudo e apresentar laudos para que todos os envolvidos possam ter ciência do seu papel enquanto profissional a atender a criança com os devidos cuidados e direitos. Segundo Cunha
Na prática docente, é possível perceber dificuldades para a elaboração de um currículo com atividades consideradas adequadas e funcionais para alunos com autismo, que favoreça a inclusão escolar e social. O que é mais importante fazer? Como cativar... (CUNHA, 2020, P. 32)  
A inclusão social é um direito de todos para que possa estar inserida na sociedade, a criança com TEA pode aprender em qualquer idade, ou seja, aprender a rolar, engatinhar, andar, falar, cada um tem o seu tempo certo, com o passar do tempo às crianças recebem informações que ajudam o cérebro a aprimorar o conhecimento adquirido.
Quando falamos na aprendizagem de forma prazerosa falamos do brincar, alguns autores falam sobre o brincar, e que isso é sério, isso favorece as crianças em diversos aspectos. Através do lúdico desenvolve a criatividade e é puro divertimento a interação com o outro.
No que se refere ao brinquedo, diferente do jogo supõe uma relação íntima com a criança, não há necessariamente um conjunto de regras, as crianças brincam, faz reproduções de tudo aquilo que está a sua volta, para Silva:
Todo brinquedo pode ser educativo, dependo das circunstâncias, como também o mais educativo dos brinquedos pode deixar de sê-lo em determinadas situações, já que o valor do brinquedo está diretamente ligado ao que ele consegue provocar na criança. Além disso, deve-se considerar que os interesses e prioridades das crianças variam de acordo com a etapa de desenvolvimento e de seu momento de vida. (SILVA, 2003, p.20).
O professor tem que valorizar o conhecimento prévio da criança possibilitando a aprendizagem sem menosprezar o que já sabem, pois varia de criança para criança a forma com que elas aprendem. Para Freire ensinar exige aos saberes dos educando. Segundo Freire:
Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educando, sobretudo os das classes populares chegam a ela saberes socialmente construído na prática comunitária – discutir com os alunos a razão de ser de alguns saberes relação com o ensino dos conteúdos. (FREIRE, 2007, p. 30)
Não necessariamente o profissional que vá trabalhar com uma criança autista tem que ter formação no TEA, mas isso não significa que não tenha que estudar sobre o assunto. O profissional tem que saber como conduzir a aprendizagem, de forma que seja prazerosa e significativa para a criança. Pois são diversas as formas que se apresenta o diagnóstico e às vezes tem crianças que com mesmo diagnóstico podem reagir de forma diferente a uma proposta educativa.
Para Cunha o autismo requer do professor estudo, muita preparação para entender como a aprendizagem acontece com o autista.
Ainda que o aluno não aprenda perfeitamente o que se busca ensinar, ele estará trabalhando sempre a interação, a comunicação, a cognição e os movimentos. Haverá conquistas e erros, muitas vezes mais erros do que conquistas, mas o trabalho jamais será em vão. (CUNHA, 2020, p. 32).
Enquanto o professor der o seu melhor a criança irá perceber o esforço e dedicação e irá interagir melhor, sempre respeitando o tempo de cada criança, a importância do trabalho lúdico, atividades com material concreto. Isso fará a diferença na aprendizagem e na adaptação escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa, foi importante para conhecer sobre a Psicologia Clínica, com ênfase no trabalho que pode desenvolver em relação ao Transtornos Globais do Desenvolvimento com o Transtorno do Espectro Autista, bem como estudo de diversos autores e leis que amparam o trabalho na Educação Especial com ênfase no autismo, como deve ser encaminhado o trabalho pedagógico do professor. Quais são os desafios. Que leis norteiam esse fazer pedagógico enquanto direito da criança e dever dos órgãos competentes.
Também é de grande valia esse trabalho em conjunto com outros profissionais, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Psicopedagoga e a ajuda da família que é de suma importância nesse processo de participação na vida da criança, na socialização. Principalmente trabalhando com essa família a ansiedade.
Quanto à lei sabemos que muito são os esforços para que toda criança esteja na escola, mas infelizmente isso ainda não é possível, falta muito ainda a ser feito. E a escola sabe que é para todos, sabe de sua importância e de seu papel na sociedade, porém tem que ser estruturada de acordo com o seu público e suas necessidades.
Através de pesquisas se faz acreditar que é possível uma educação de qualidade, dependendo do espaço onde está inserida a criança, e se o professor busca aprofundar seu conhecimento e tem o apoio da família e da escola. Esse apoio é de fundamental importância, porque o autismo requer um olhar a mais no que se refere a educação, entender a criança nas suas necessidades e especificidades. Isso pode ser transformador na vida do autista.
 
REFERÊNCIA
BOSA, Cleonice Alves. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 28, p. s47-s53, 2006.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998.
CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Digitaliza Conteúdo, 2020.
Disponível em: Declaração de Salamanca – Mec BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: Unesco, 1994. Acesso em: 07/10/2020.
Disponível em: DECRETO No 3.298, de 20 de dezembro de 1999 ... – Mec Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº 3298, de 20 
20 de dezembro de 1999. Acesso em: 06/10/2020.
Disponível em: Psicologia Clínica: entenda como funciona essa área de ...
https://diferencas.net/?page_id=679 Acesso em: 22/12/2020.
Disponível em: Psicologia Clínica – Uma introdução – RedePsi – Psicologia
 https://www.redepsi.com.br/2010/07/16/psicologia-cl-nica-uma-introdu-o/#:~:text=Segundo%20Mitsuko%2C%20%22o%20surgimento%20da,materiais%20cient%C3%ADficos%20concernentes%20%C3%A0%20Psicologia. Acesso em: 22/12/2020.
Disponível em: Transtorno Global do Desenvolvimento: O que é TGD ...
https://novaescola.org.br/conteudo/51/o-que-sao-os-transtornos-globais-do-desenvolvimento-tgd Acesso em: 21/12/2020.
Disponível em: Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD): distúrbios ...
https://blog.unopar.com.br/psicologia-clinica/ Acesso em: 21/12/2020.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 35º edição.
SILVA, Carla Cilene Baptista. A educação das crianças com deficiência mental. In: O lugar do brinquedo e do jogo nas escolas especiais de educação infantil. Tese (Doutorado em Psicologia) – USP, 2003.
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