Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MÉLANE LAGO TIPOS DE CARBOIDRATOS EXEMPLOS ÍNDICE GLICÊMICO FIBRAS DIETÉTICAS 2016 2 TIPOS DE CARBOIDRATOS E EXEMPLOS - Monossacarídeos: Glicose: frutas, mel, milho doce, xarope de milho. Frutose: frutas, mel. Galactose: não é encontrada na forma livre na natureza, é componente da lactose (açúcar do leite). Presente no leite e produtos lácteos. - Dissacarídeos: Sacarose: formada por glicose + frutose. Ocorre naturalmente em muitos alimentos e também é um aditivo em itens processados comercialmente. É o açúcar comum, sendo encontrado na cana de açúcar, melaço, xarope de milho, açúcar da beterraba, mel, açúcar da uva, açúcar mascavo, açúcar refinado. Lactose: açúcar do leite, formado por glicose + galactose. Encontrado no leite e derivados. Maltose: açúcar do malte, formado por duas moléculas de glicose. Encontrado no malte dos cereais, principalmente na cevada, matéria prima da cerveja. - Oligossacarídeos: Rafinose: constituída de resíduos de galactose, glicose e frutose. Encontrada na soja, feijão, grão de bico, lentilha, hortaliças e grãos integrais. Estaquiose: constituída por glicose, frutose e galactose. Encontrado nas leguminosas. Frutooligossacarídeos (FOS): polímeros naturais de frutose, também podem ser produzidos comercialmente. Encontrados no trigo, centeio, aspargos, cebola, chicória, alcachofra, tomate, banana, cevada, alho, girassol. Inulina: abundante na cebola e nas raízes da chicória. - Polissacarídeos: Amido: é prontamente digerido no intestino humano, servindo como fonte de carboidratos. Encontrado em grãos e cereais (trigo, aveia, cevada, milho, arroz, centeio), raízes e tubérculos (mandioca, batatas, inhame), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha) e em algumas frutas como a banana e a maçã. Glicogênio: produzido e armazenado no fígado e nos músculos como forma de depósito de glicose (energia). Encontrado em pequena quantidade nas carnes. O glicogênio em músculos animais hidrolisa rapidamente após a morte. Celulose: componente da parede de células vegetais. Seres humanos não possuem as enzimas capazes de digerir esta molécula. Está presente nas frutas, hortaliças, legumes, grãos. Quitina: ocorre na parede celular de crustáceos como o caranguejo. Pectina: encontrada nas hortaliças e frutas (especialmente frutas cítricas e maçãs). Podem ser isoladas e usadas na indústria alimentícia como espessante para geléia, por exemplo, pois sua geleificação na água é rápida. 3 Gomas e mucilagens: quando cortada, a planta secreta gomas no local do corte. Gomas como a Goma Guar e a Arábica são usadas como aditivos pela indústria alimentícia para espessar as comidas processadas. As mucilagens incluem o Psyllium e a Carragenina, que são adicionados aos alimentos como estabilizantes. CARDÁPIO (especificando os tipos de carboidratos) Refeição Tipo de CHO Alimento Café da manhã Lactose (dissacarídeo) Quejio minas Amido (polissacarídeo) Pão 100% integral Glicose, frutose (monossacarídeos), amido (poli), FOS (oligo) Banana Amido (polissacarídeo) Aveia Lanche da manhã Glicose, frutose (monossacarídeos) Maçã Amêndoas Almoço Glicogênio (poli) Filé de gado FOS (oligo), celulose (poli) Alface FOS (oligo), celulose (poli) Tomate Azeite de oliva Amido (polissacarídeo) Arroz integral Lanche da tarde Lactose (dissacarídeo) Iogurte natural Glicose, frutose (monossacarídeos) Kiwi Linhaça Janta Amido (polissacarídeo), rafinose (oligo) Sopa de lentilha Inulina (oligossacarídeo) Cebola FOS (oligo) Alho Celulose (poli) Cheiro verde AMIDO RESISTENTE Carboidrato não digerível, incapaz de sofrer degradação pelas enzimas digestivas humanas. Apesar de não ser digerido, o amido resistente pode sofrer fermentação pelas bactérias intestinais, desempenhando importantes funções no organismo humano (MURA, et al., 2011). É comum a maioria das leguminosas inteiras, batatas cruas e bananas verdes (WHITNEY, ROLFES, 2008). Por ser um alimento resistente à digestão e fermentado no intestino grosso, o amido resistente é um alimento prebiótico. Durante a fermentação ocorre a produção de ácidos graxos de cadeia curta, que contribui muito para a saúde do cólon, inibindo o crescimento de células cancerígenas devido à redução do pH no intestino grosso. Além disso, contribui para a queda do índice glicêmico dos alimentos, proporcionando uma menor resposta glicêmica e, consequentemente, uma resposta insulínica mais adequada, auxiliando no tratamento da Diabete Melllitus 2, e mantendo o indivíduo com sensação de saciedade por um período maior de tempo (PEREIRA, 2007). 4 AMILOSE AMILOPECTINA Parte solúvel do amido, presente nos cereais. Parte insolúvel do amido. Devido ao seu tamanho maior, é mais abundante nos alimentos, especialmente nos grãos e tubérculos ricos em amido, como milho, araruta, arroz, batata. Amilose + amilopectina = amido ÍNDICE GLICÊMICO (IG) – o que é, para que serve, exemplos Índice Glicêmico (IG) é a capacidade de um alimento em elevar a glicemia sanguínea de um indivíduo quando comparado a um alimento de referência (pão branco ou glicose) ou, um método de classificação dos alimentos segundo seu potencial para aumentar a glicose no sangue. Alguns alimentos que contêm carboidratos elevam os níveis de glicose sanguínea muito rapidamente, enquanto outros permitem que o organismo mantenha um estado constante com relação à liberação de insulina para controlar os níveis de açúcar do sangue. A taxa de absorção de glicose é particularmente importante para pessoas diabéticas, que podem se beneficiar com o conhecimento de alimentos limitantes que produzem um grande aumento ou uma queda súbita na glicose do sangue. Esse índice, além de servir como meio de prescrever dietas para diabéticos e para controle de energia, pode ajudar na melhora do metabolismo de lipídios, bem como evitar doenças cardíacas e obesidade, aumento da saciedade e otimização do desempenho esportivo. Alto IG: ≥70 Médio IG: 56-69 Baixo IG: ≤ 55 (MURA & SILVA, 2011) Baixo IG Médio IG Alto IG hortaliças, leite, iogurte, grão de bico, lentilha, amendoim, ameixa, caju, maçã, pêra, pêssego, cenoura, batata doce, espaguete a bolonhesa feijão preto, beterraba, abacaxi, espaguete com molho de tomate, noque, pizza de queijo pão francês (pão branco), flocos de milho, abóbora, bebidas isotônicas, batata frita, melancia, bolos, mel, queijo parmesão (Fonte: Tabela Brasileira de Índice e Carga Glicêmica) FIBRAS DIETÉTICAS – o que são, função no organismo, divisão e suas respectivas funções Fibras são a parte estrutural das plantas e, portanto, são encontradas em alimentos vegetais: hortaliças, frutas, grãos e leguminosas. São polissacarídeos não amidos, pois não contribuem, ou pouco o fazem, para o fornecimento de energia para o corpo. Não são digeridas pelas enzimas digestivas humanas, embora algumas sejam digeridas pelas bactérias do trato gastrointestinal. Fibras incluem celulose, hemicelulose, pectinas, gomas, mucilagens, lignina. 5 Fibras solúveis: absorvem água, foram gel e são facilmente digeridas pelas bactérias do cólon (são fermentáveis). Normalmente encontradas nas leguminosas e frutas, essas fibras são associadas, em sua maior parte, com a proteção contra doenças do coração e diabetes, pois diminuem os níveis de colesterol e glicose do sangue, respectivamente. Encontradas, por exemplo, na aveia, cevada, frutas cítricas, maçã, morango, farelo de arroz. Fibras insolúveis: não absorvem água, não formam gel e não se fermentam rapidamente. Encontradas principalmente nos grãos e vegetais, essas fibras favorecem os movimentos do inestino e aliviam a constipação. Encontradas nos cereais, cenoura, grãos, nabo, vegetais folhosos, grãos integrais e seus derivados, banana verde. O comitê para a Ingestão Diária de Referência (DRI), com o intuito de adaptara rotulagem de produtos que podem conter novas fontes de fibras que provaram possuir efeitos benéficos, desenvolveu uma proposta de termos que distinguem as fibras por suas origens: - Fibras dietéticas: fibras que aparecem naturalmente nas plantas intactas. Fazem parte a celulose, pectina, hemiceluloses, gomas, β-glucanas, amido resistente, rafinose, estaquiose, FOS, inulina. - Fibras funcionais: fibras extraídas das plantas ou manufaturadas e que possuem efeitos benéficos para a saúde. Ex.: pectina, β-glucanas, gomas, FOS, psillium, amido resistente, quitina. - Fibras totais: refere-se a soma de fibras dietéticas e funcionais. (MURA & SILVA, 2011; WHITNEY & ROLFES, 2008) REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Ed. Elsevier. 13ª ed. 2013. MURA, J. D. P.; SILVA, S. M. C. S. Tratado de Alimentação e Dietoterapia. Ed. Roca Ltda. 2ª ed. 2011. PEREIRA, K. D. Amido resistente, a última geração no controle de energia e digestão saudável. Rev. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Campinas, 27, p. 88-92, ago/2007. WHITNEY, E; ROLFES, S. R. Nutrição 1: entendendo os nutrientes. Ed. Cengage Learning. 2008. Tabela Brasileira de Índice e Carga Glicêmica. Disponível em: <http://www.diabetesevoce.com.br/wp-content/uploads/2015/02/PDF_tabela-indice- glicemico.pdf>. Acesso em: 23/09/2016. USP. 2008.
Compartilhar