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AULA 2 – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES Professora: Milânia Effgen Caran Enfermeira UFES Especialista em CIH Mestre em CTE Faculdade Vale do Cricaré Curso de Graduação em Enfermagem Definição A observação ativa, sistemática e contínua de sua frequência e distribuição entre pacientes e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle. Objetivos: 1) Direcionados à obtenção de informação epidemiológica: Determinação dos níveis endêmicos de IH; Identificação das principais topografias das infecções; Detecção precoce de surtos; Comparação de taxas de infecção entre diferentes hospitais; Identificação de fatores que contribuem para a ocorrência de infecção. 2) Destinados à proposição de ações para o controle da IH: Priorização de condutas específicas ao controle e à prevenção das IH de maior prevalência; Avaliação da qualidade dos programas adotados; Monitoramento dos agentes etiológicos das infecções hospitalares, orientando o uso racional dos antibióticos e diminuição dos custos; Incentivo à adesão dos profissionais de saúde e dos administradores hospitalares aos programas de controle. Etapa 1 Definição da população a ser monitorada. Pacientes internados em determinada área ou clínica do hospital; pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas; pacientes em terapia intensiva. Etapa 2 Definição precisa dos dados a serem coletados. Sexo, idade, peso ao nascimento; uso de procedimentos invasivos; uso de antimicrobianos, comorbidades. Etapa 3 Método de coleta sistemática dos dados necessários. Busca ativa diária, busca ativa semanal, busca de egressos. Etapa 4 Tabulação/Processamento dos dados de forma adequada. Usando sistemas de domínio público como Epi-info, ou privados. Etapa 5 Análise e interpretação dos dados de forma objetiva e oportuna. Análise semanal, mensal e/ou anual. Etapa 6 Proposta de medidas de prevenção e controle. Reforço de medidas básicas em situações com níveis endêmicos elevados, implantação de medidas específicas em situações de surtos. Etapa 7 Divulgação da informação. Envio de relatórios sistemáticos para gestores de saúde, administradores, profissionais de saúde e comunidade assistida. Etapa 8 Avaliação do sistema de vigilância e das medidas de controle. Análise do impacto das medidas adotadas, revisão da população alvo e dos dados coletados. Indicadores mais utilizados: Taxa Global de Infecção Hospitalar: Nº de infecções do período x 100 Nº de pacientes-dia do período Dia Pacientes Alta CVC CVD VM 1 8 - 7 3 5 2 9 - 8 3 6 3 10 1 8 3 6 4 9 - 7 2 5 5 9 1 7 2 5 6 8 - 6 1 4 7 8 - 6 1 4 8 9 - 7 2 5 9 10 - 8 3 6 10 10 - 8 3 6 Taxa de Letalidade Relacionada à IH nº. óbitos de pacientes com IH no período x 100 Nº de pacientes com IH no período Taxa de Mortalidade Relacionada à IH Nº de óbitos relacionados à IH x 100 Total de Saídas (altas + óbitos+transferências) Taxas de Infecções Hospitalares Relacionadas à Procedimentos Invasivos 1) Infecção urinária relacionada à SVD: Nº de infecções relacionadas à SVD x 1000 Nº de SVD/dia 2) Pneumonia relacionada à VM: Nº de pneumonias relacionadas à VM x 1000 Nº de ventiladores/dia Taxas de Infecções Hospitalares Relacionadas à Procedimentos Invasivos 3) Sepse Relacionada ao uso de Cateter Venoso Central Nº de septicemias relacionadas ao uso de CVC x 1000 Nº de cateteres venosos centrais/dia Taxas de Infecções Hospitalares Relacionadas à Procedimentos Invasivos REFERÊNCIAS OLIVEIRA, A.C. Infecções Hospitalares: Epidemiologia, Prevenção e Controle. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.