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FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Hiara Mara Barbosa dos Santos1 Julia Batista da Silva¹ Josiane Donizete Fonseca¹ Taiane da Silva Gomes¹ Elizabete Maria de Assis Godinho² RESUMO As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde são aquelas adquiridas no momento da internação ou que podem estar relacionadas a elas após a alta do paciente. Este artigo objetivou descrever os fatores de risco predisponentes para a ocorrência dessas infecções na Unidade de Terapia Intensiva, identificando as principais variáveis intrísencas e extrínsecas do paciente hospitalizado, através de um estudo qualitativo de natureza descritiva / interpretativa, a partir de revisão da literatura em achados científicos no Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online e publicações afins. Os artigos selecionados foram publicados no período de 1998 a 2017, totalizando 83 fontes de pesquisa, sendo que, somente 31 referenciais foram utilizados, por atender aos objetivos propostos. Os resultados demostraram a importância da identificação dos fatores de riscos que predispõem tais pacientesà sua ocorrência, pois as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde são eventos adversos evitáveis, porém ainda persistentes nos serviços de saúde, causando elevação dos custos no cuidado do paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade. Concluiu-se que, por representarem uma ameaça significativa aos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva, os profissionais dos estabelecimentos assistenciais à saúde devem dedicar esforços para minimizar e prevenir os riscos dessas infecções, contando com a equipe de enfermagem como grande colaboradora no processo dessas intervenções. Palavras-chave: IRAS. Unidade de Terapia Intensiva. Fatores de risco. Enfermagem. 1 Acadêmicas do 9° Periodo do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce. Email: irasuti2019@gmail.com ² Orientadora Professora Mestranda do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce. Email:elizabete.godinho@univale.br 2 1 INTRODUÇÃO Segundo a Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde (MS), Infecção Hospitalar (IH) é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL,1998, p. 7). A questão das Infecções hospitalares no Brasil é de grande importância a ser discutida, devido ao elevado custo do tratamento que chega a ser bem maior que aqueles em paciente sem infecção (SOUSA; OLIVEIRA; MOURA, 2016). Os dados epidemiológicos no Brasil apontam que os índices de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) continuam elevados, em torno de 15,5%, o que equivale a 1,18 episódios de infecção por doente internado nos hospitais brasileiros (OLIVEIRA; DAMASCENO; RIBEIRO, 2009). As IRAS surgiram com o advento do próprio hospital, e se transformaram em um grande problema de saúde pública em todo o mundo, pois elevam a mortalidade e morbidade entre os pacientes e aumentam os gastos hospitalares, principalmente porque utilizam-se de métodos cada vez mais sofisticados e de vários dispositivos invasivos como: cateter venoso central, cateter urinário, tubo orotraqueal, procedimentos cirúrgicos, medicações parenterais (SANTOS et al., 2016). Além dos já citados acima, existem outros fatores que contribuem para esse problema como: transmissão de patógenos entre pacientes e profissionais de saúde, uso de imunossupressores, período de hospitalização prolongado, uso indiscriminado de antimicrobianos e o próprio ambiente da unidade que torna a seleção natural favorável ao desenvolvimento de microrganismos e consequente colonização e/ou infecção por patógenos multirresistentes. De acordo com a literatura, os principais sítios das IRAS encontrados são: trato urinário, sítio cirúrgico, corrente sanguínea, trato respiratório e gastrointestinal (SOUSA; OLIVEIRA; MOURA, 2016). Fundamentadas em evidências da literatura, medidas para prevenção das IRAS devem ser aplicadas em todos os estabelecimentos assistenciais à saúde (EAS), seja no âmbito hospitalar, em estabelecimentos de 3 cuidados de pacientes crônicos, ou na assistência domiciliar (BRASIL, 2016). Partindo do pressuposto acima, é válido frisar a importância da atuação da equipe de enfermagem nesse processo, em virtude desses profissionais estarem em contato com os pacientes, proporcionando assistência direta e indireta. Além disso, no âmbito hospitalar, eles representam uma boa parte do quadro de pessoal, sendo um quantitativo expressivo em relação às outras categorias profissionais de saúde (MONTEIRO; PEDROZA, 2015). No campo hospitalar, são vários os sítios susceptíveis de desenvolver IRAS, fazendo-se presentes, em sua maior parte, em centros obstétricos, centros cirúrgicos, unidades de internação semi-intensivas, clínica médica e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adulto, pediátrica e neonatal, sendo as UTIs o foco deste estudo (BRASIL, 2017). A temática “IRAS” se relaciona de forma intrínseca com UTI, uma vez que o perfil dos pacientes admitidos nessas unidades são criticamente instáveis, com múltiplas afecções sistêmicas, gerando maior tempo de internação e aumentando, circunstancialmente, o risco para diversos tipos de IRAS (SANTOS; ALMEIDA NETO; FREITAS, 2016, p.2). Este estudo justifica-se, uma vez que a presença das IRAS nas UTIs é uma preocupação dos gestores da saúde, pois resultam em eventos adversos evitáveis nesses serviços e causam elevação dos custos no cuidado ao paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade. Por representarem uma ameaça significativa para os pacientes, os EAS devem despender esforços para minimizar os riscos das IRAS (BRASIL, 2013b). Assim, objetivou-se investigar os fatores de risco predisponentes para a ocorrência das IRAS nas Unidades de Terapia Intensiva e levantar, especificamente, as principais variáveis intrínsecas e extrínsecas do paciente hospitalizado. 2 METODOLOGIA Trata–se de um estudo de revisão da literatura, qualitativo, de natureza descritiva / interpretativa, desenvolvido por acadêmicas do 9° período do curso Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce, e apresentado a uma banca contendo três avaliadores, para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem, por meio do Trabalho de Conclusão de Curso. Para a construção deste artigo 4 foram coletados dados, objetivando conhecer os fatores de risco que predispõem pacientes hospitalizados na UTI a adquirir IRAS no Brasil. Também foram investigadas as contribuições do profissional enfermeiro no controle das IRAS. Os instrumentos utilizados na realização da pesquisa foram: artigos publicados acerca do assunto, além de documentos publicados pelos órgãos públicos: Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. Quanto aos artigos, foram consultados em periódicos encontrados na: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Revista Semina: Ciências Biologicas e da Saúde, Texto e Contexto-Enfermagem, Revista Ciências & Saúde, Sanare, Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental, Revista Escola de Enfermagem, Cogitare Enfermagem, Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, Revista Latino Americana de Enfermagem, Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Revista Mineira de Enfermagem, Revista Brasileira de Clínica Médica, Revista Vigilância Sanitária em debate, Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)Online, Revista Brasileira de Ciência da Saúde, Revista Prevenção de Infecção e Saúde, Online Brazilian Journal of Nursing. As palavras descritoras para busca dos artigos foram: IRAS, Unidade de Terapia Intensiva, fatores de risco, enfermagem. O período de levantamento bibliográfico foi de 1998 a 2017. Totalizaram 83 referenciais que, depois de lidos foram fichados. Desses, 31 foram selecionados e 52 descartados, por não atenderem aos objetivos propostos. Com os materiais selecionados, as acadêmicas envolvidas realizaram a revisão do material bibliográfico, análise, síntese e inserção descritiva no estudo, para a construção dos elementos deste Trabalho de Conclusão de Curso. 3 INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE As IRAS constituem as principais causas de morbidade e mortalidade, relacionadas a pacientes que são submetidos a intervenções terapêuticas invasivas (BATISTA et al., 2012; SOUZA et al., 2017). Menegueti et al. (2015) afirmam que, em alguns países desenvolvidos, as estimativas indicam que menos de 5% dos pacientes admitidos em hospitais adquirirão IRAS. No Brasil, uma pesquisa realizada em um hospital universitário verificou uma taxa de 5 prevalência de Infecção Hospitalar (IH) anual média de 8,2%, considerando n = 512, sendo 149 (29,1%) pneumonias, 136 (26,6%) infecções primárias da corrente sanguínea, 87 (17%) infecções do trato urinário, 57 (11,1%) infecções do sistema vascular relacionadas ao cateter venoso central e 47 (9,2%) infecções de sítio cirúrgico. A ocorrência das IRAS depende da existência de uma fonte de infecção, da transmissão do agente causador, da vulnerabilidade do paciente à infecção, das características do hospital, dos serviços ofertados e do tipo de clientela atendida, além da gravidade e complexidade dos pacientes, do sistema de vigilância epidemiológica e do programa de controle de infecções hospitalares adotado pela instituição de saúde (BRETAS et al., 2013). A principal fonte de ocorrência dessas infecções é relacionada à prestação da assistência à saúde. Desta maneira, pode ocorrer, embora nem sempre, como consequência da falha do sistema e dos processos de prestação de cuidados, assim como do comportamento humano. Portanto, isso representa um grande problema de segurança do paciente (BRASIL, 2008, p.9). As infecções que mais preocupam os profissionais da área de saúde são as encontradas em unidades que atendem pacientes de maior vulnerabilidade, como a Pediatria, Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Unidades Oncológicas, Unidades de Transplantes e Neonatologia (GRILLO et al., 2013). Tais infecções podem ser ocasionadas por diversos tipos de microrganismos, como: fungos, vírus e bactérias. As bactérias constituem a microbiota humana, sendo os principais patógenos na ocorrência dessas infecções, apesar de possuírem baixa virulência, não trazendo riscos a indivíduos saudáveis. Entretanto, em indivíduo com estado clínico comprometido, elas podem causar infecções, chamadas de infecções oportunistas (ABEGG, 2011). A transmissão de microrganismos pelos profissionais de saúde também é um dos mecanismos que potencializam seu aparecimento, já que os mesmos atuam como portadores contaminados, direta ou indiretamente, na transmissão de microrganismos patogênicos a pacientes vulneráveis. Estudos já publicados mostram que a adequada higienização das mãos pode ser uma das importantes medidas para prevenção e controle de infecções (FELIX; MIYADAHIRA, 2009). 4 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS 6 IRAS NAS UTIs Pereira et al. (2016), em seus estudos, constataram que a média de idade dos pacientes que desenvolveram IRAS na UTI é de 58,3 anos,com equilíbrio na frequência entre os sexos, de 49,6%. Quanto à permanência dos pacientes na UTI, os estudos apresentaram um aumento discreto de acordo com o ano, no período entre 2008 a 2011, equivalendo a uma média de 21,2 dias de delonga, sendo que 65,4% evoluíram ao óbito, 16,7% tiveram alta hospitalar e 17,9% foram transferidos para outra unidade hospitalar. Em relação à análise das topografias das IRAS, constatou-se que a infecção respiratória foi a mais prevalente, constituindo 48,1% do total de 295 infecções, seguida pelas infecções da corrente sanguínea em 32,1% e pela infecção urinária em 22,2% dos pacientes. Quanto aos procedimentos invasivos, o mais utilizado foi o cateter venoso central, encontrado em 19,8% dos pacientes, seguido pelo ventilador mecânico em 18,4%, o cateterismo vesical de alívio / demora em 17,8% e a sondagem nasogástrica / nasoenteral em 13,2% dos pacientes. Em outro estudo de Sousa, Oliveira e Moura (2016), observou-se a semelhança em relação ao estudo de Pereira et al. (2016) quanto à predominância da infecção de trato respiratório, com o percentual de 66,7% do total das IRAS, seguido pelas altas taxas de Infecção do trato urinário e infecção da corrente sanguínea. Além desses dados, houve semelhança também quanto à idade dos pacientes, apontando uma média de 52,81 anos. Em relação à duração do período de internação, foram encontradas taxas elevadas, com tempo médio de internação de 21,5 dias. Quanto ao tipo, todos os pacientes do estudo passaram por procedimento invasivo, sendo a sondagem nasogástrica e o cateterismo vesical de demora os mais prevalentes. Santos et al. (2016) corroboram, ao apontar em seus estudos, dados que condizem com outras pesquisas, ao identificarem que a maioria dos casos das IRAS na UTI, 66,7% são de infecção respiratória, 44,4% de infecção da corrente sanguínea; 29,6% de infecção do trato urinário (ITU); 25,9% de infecção proveniente de coleta em ponta de cateter e 3,7% de infecção de outro sítio. Dentre os procedimentos realizados em pacientes com infecção hospitalar, a sondagem vesical de demora (SVD) e o acesso venoso periférico (AVP) indicam um percentual 7 de 100%, seguidos da sondagem nasogástrica (SNG) 92,6% e do acesso venoso central (AVC) 85,2%. Verificou- se que a idade média desses pacientes é de 52,6 anos. 5 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR As IRAS representam um grave problema de saúde pública, evidenciado no crescimento dos custos dos tratamentos, na interdição das entidades de serviço de internação e na grande quantidade de óbitos que podem ser causados, o que contribuiu para o estabelecimento de ações específicas de prevenção e controle das infecções hospitalares e para a criação de órgãos de fiscalização dos hospitais como: Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH) (DUTRA et al., 2015; BRASIL, 2017b). A Lei Federal nº 9.431, de 1997, instituiu a obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle Hospitalar (PCIH). Os hospitais do país são obrigados a manter o PCIH definido como o conjunto de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à diminuição da incidência e da gravidade das infecções hospitalares (CABRAL; MARIA, 2013). Faz parte do trabalho da CCIH elaborar, programar, manter e avaliar o PCIH, adequando-o às características e necessidades específicas da instituição. Envolve, portanto, a elaboração de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares, educação e treinamento de equipes, controle do uso de antimicrobianos, assistência médica e hospitalar (DUTRA et al., 2015). A atuação dos enfermeiros na CCIH é fundamental. Esses profissionais têm como uma das atribuições, cuidar para que ações corretas sejamexecutadas junto aos pacientes, sendo responsáveis, também, por outros profissionais de outros setores, pois monitoram diariamente o desenvolvimento das atividades dos profissionais da saúde. Além disso, elaboram e atualizam procedimentos operacionais padrão, efetuam vigilância epidemiológica, dentre outras atribuições (BARROS et al.,2016). Essas atividades são otimizadas pela criação dos protocolos internos de prevenção e controle das IRAS. Esses protocolos devem ser afixados em 8 lugares estratégicos de assistência ao paciente, propiciando à equipe de saúde utilizar-se de fontes variadas que orientam e fortalecem a conduta adequada na redução de riscos de ocorrência dos eventos adversos (DUTRA et al.,2015). 6 CONTRIBUIÇAO DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DAS IRAS A missão da enfermagem no controle de infecções teve início com Florence Nightingale, no século XIX, por intermédio de suas ações junto aos hospitais de campanha na guerra da Criméia, que aconteceu entre 1854 - 1856, e diminuiu drasticamente a mortalidade dos soldados feridos. Ela aplicou condutas de higiene e controle ambiental, inovando as formas de prestação dos cuidados e comprovando a necessidade da enfermagem aderir a novos hábitos para intervenções mais eficazes (DUTRA et al., 2015). Para potencializar a prevenção e o controle das IRAS, é indispensável que haja um processo de formação continuada do profissional em serviço, em função das rápidas mudanças na área da saúde que demandam a reflexão e a produção constante de conhecimentos. Essa perspectiva de educação como peça do processo de trabalho, permite ao profissional da saúde refletir sobre sua prática cotidiana, analisar cada procedimento, possibilitando a fundamentação teórica e prática de suas ações, por meio da construção de saberes previamente produzidos (AZAMBUJA; PIRES; VAZ, 2004). A equipe de enfermagem tem um papel relevante no controle das IRAS. Atuando mais próxima ao paciente, cria maior adesão aos propósitos de prevenção de complicações infecciosas, referentes a procedimentos de internação hospitalar. Essa equipe tem a responsabilidade de elaborar e aplicar um plano terapêutico, otimizado e orientado para garantir a redução, na medida do possível, do período de internação do paciente, além de indicar e zelar pela manutenção criteriosa da utilização de procedimentos invasivos como: cateterização urinária, intubação endotraqueal, ventilação mecânica e cateteres intravasculares, sondas, drenos, e cirurgias (OLIVEIRA et al., 2010; SOUSA et al., 2017a; SOUSA et al., 2017). Desse modo, para o controle das IRAS é necessário que haja transformações de comportamento dos profissionais de saúde, os quais devem 9 estar convictos da importância dessas mudanças. A prática de ações educativas é um meio de implantar tais alterações que se fazem imprescindíveis, e depende não só daqueles envolvidos nos cuidados ao paciente, mas também da organização e planejamento do EAS (OLIVEIRA, 2016). 7 RESULTADOS E DISCUSÃO Ao se tratar um indivíduo em perfeito estado de saúde, o corpo do ser humano tende a responder de forma positiva aos possíveis problemas relacionados a algum processo infeccioso. Existem diversos fatores que podem comprometer a defesa do organismo humano, aumentando, dessa forma, a probabilidade de o indivíduo adquirir IRAS (CABRAL; MARIA, 2013). A ocorrência de infecções varia principalmente devido à relação de desequilíbrio entre alguns fatores importantes como: a condição clínica do paciente, a virulência, o estado fisiológico, condição imunológica do hospedeiro, fatores relacionados à hospitalização como procedimentos invasivos com fins terapêuticos ou para diagnósticos, condições higiênicas do local e atuação dos profissionais de saúde na assistência prestada durante os procedimentos. A partir do momento que o indivíduo é submetido a uma hospitalização ou a algum procedimento invasivo, ele encontra-se predisposto para o risco de infecção (PADRÃO et al., 2010; CABRAL; MARIA, 2013). Diversas são as condições dos pacientes que estão sujeitos a um maior risco de ocorrência das IRAS como: extremos de idade, recém-nascidos e idosos, por serem pessoas que tendem a ter sua imunidade deprimida com mais facilidade; duração da hospitalização; quanto mais tempo o indivíduo ficar internado, maior o risco de se contaminar com diferentes microorganismos. Outras condições também precisam ser levadas em conta como: antecedentes pessoais tais como os indivíduos com diabetes mellitus tendem a ter o processo de cicatrização tecidual diminuído; estado de imunossupressão pelo uso indiscriminado de medicações; condições nutricionais deterioradas, pois a desnutrição leva a um estado imunitário insatisfatório, diminuindo assim a capacidade de resposta à infecção. Além desses facilitadores, procedimentos invasivos como cirurgias, prejudicam a integridade da pele e mucosas, tornando-se a partir de então, uma porta de entrada para patógenos, 10 aumentando a possibilidade de adquirir IRAS (CABRAL; MARIA, 2013; PEREIRA, et al., 2005; LIMA; ARAUJO, 2013). Segundo Pereira et al. (2016), em relação ao perfil epidemiológico de IRAS em UTI, as taxas de infecção ficam em torno de 18 a 54%, sendo cerca de cinco a dez vezes maior que em outros setores de internação de um hospital, e as taxas de mortalidade compreendem de 9 a 38%. Loss (2015), em seus estudos afirma que: Os avanços na terapia intensiva permitiram que mais pacientes sobrevivessem a doenças críticas agudas. Entretanto, estes avanços também criaram uma grande e crescente população de pacientes com dependência prolongada de ventilação mecânica e outras modalidades terapêuticas intensivas. A maioria dos pacientes necessita de curtos períodos de suporte respiratório, mas uma minoria demanda Ventilação Mecânica Prolongada (VMP), que é definida como um período igual ou superior a 6 horas por dia sob Ventilação Mecânica por 21 dias ou mais (LOSS, 2015, p.28). A relação entre a necessidade de procedimentos invasivos e o desenvolvimento de IRAS em UTI é tema consolidado na literatura. Observou-se que os autores dos estudos apresentados anteriormente constataram, em suas análises, resultados consideráveis entre a infecção urinária e a utilização de cateter urinário, além da infecção da corrente sanguínea e a presença de cateter venoso central (SOUSA, OLIVEIRA, MOURA; 2016). Assim, é imprescindível que todos os atores envolvidos na assistência ao paciente preconizem a utilização de métodos de prevenção e controle de infecção para garantir a qualidade do atendimento. Esses métodos, quando realizados de forma correta, possibilitam uma assistência mais segura e livre do perigo de contrair infecções (BRASIL, 2016). Portanto, todos os profissionais de saúde do EAS têm sua parcela de responsabilidade no controle das IRAS, mas é o enfermeiro que realiza assistência mais direta aos pacientes, dando suporte aos demais profissionais. Além disso, o enfermeiro é visto como o principal responsável pelo papel educativo de toda a equipe de saúde. Considerando que o enfermeiro tem maior vínculo com esses profissionais e fiscaliza continuamente as atividades assistenciais, é que tem como atribuições: implementar, planejar e participar dos programas de formação e capacitação. Além de contribuir para uma educação continuada, essas ações colaboram fortemente para a redução 11 das IRAS (GIAROLA et al., 2012). 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste estudo, ficou evidente que os fatores de riscos predisponentes para ocorrência das IRAS na Unidade de Terapia Intensiva estão associadosàs condições clínicas, virulência, estado fisiológico, imunológico e higiênico do paciente. Além disso, a realização de procedimentos invasivos como a PVP, sondagem nasogástrica e o cateterismo vesical de demora são os mais prevalentes nos estudos apresentados. As principais variáveis intrínsecas do paciente hospitalizado identificadas foram os extremos de idade, antecedentes pessoais, condições nutricionais e estado de imunossupressão. As extrínsecas foram número de procedimentos invasivos e duração da hospitalização. Vale ressaltar a importância da equipe de enfermagem no controle das IRAS na UTI, visto que, esses profissionais têm vínculo mais próximo com os pacientes o que possibilita maiores intervenções na prevenção de complicações infecciosas referentes a procedimentos de internação hospitalar. Em virtude dos fatos mencionados, é imprescindível que todos os atores envolvidos na assistência ao paciente estejam comprometidos com a garantia de uma assistência qualificada. As ações necessárias, quando desenvolvidas de forma satisfatória, possibilitam uma assistência mais segura e livre de danos. Destaca-se, ainda, a importância da valorização e fortalecimento da CCIH / SCIH para que se possa atuar de forma mais efetiva, evitando que problemas associados às complicações infecciosas tomem uma dimensão maior que a própria situação de internação demonstra. Dessa forma, vale ressaltar que a prevenção e controle das IRAS em UTI ou em qualquer outro setor do EAS não ocorre em um contexto isolado da formação do enfermeiro em seu ambiente de trabalho. O ofício na área da enfermagem deve contemplar o processo educativo, pois esse profissional tem a capacidade de transformar, no sentido de disseminar o conhecimento capaz de melhorar e assegurar a assistência prestada ao paciente. 12 RISK FACTORS FOR HEALTH CARE INFECTIONS IN THE INTENSIVE THERAPY UNIT ABSTRACT Healthcare-Related Infections are those acquired at the time of admission or that may be related to it after discharge from the patient. This research aimed to describe the predisposing risk factors for the occurrence of these infections in the Intensive Care Unit, identifying the main intrinsic and extrinsic variables of the hospitalized patient, through a qualitative descriptive / interpretative study, based on a review of the findings literature. Google Scholar, Scientific Electronic Library Online, and related publications. The selected articles were published from 1998 to 2017, totaling 83 research sources, and only 31 references were used because they met the proposed objectives. The results demonstrated the importance of identifying the risk factors that predispose such patients to their occurrence, since Health Care-Related Infections are preventable adverse events, but still persistent in health services, causing increased costs in patient care, besides increase length of stay, morbidity and mortality. It is concluded that, as they pose a significant threat to patients admitted to an Intensive Care Unit, healthcare professionals should dedicate efforts to minimize and prevent the risks of these infections, with the nursing staff as a great collaborator in the process of these interventions. Keywords: IRAS. Intensive care unit. Infections. Risk factors. Nursing. REFERÊNCIAS ABEGG, P. T. G. da M.; SILVA, L. de L. da. 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