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Gestão Democrática

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Gestão Democrática 
e Interfaces com os Espaços Educativos
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.4
2/167
Gestão Democrática e Interfaces com os Espaços Educativos
Autora: Rosa Maria de Freitas Rogerio
Como citar este documento: ROGERIO, Rosa Maria de Freitas. Gestão Democrática e Interfaces com 
os Espaços Educativos. Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: A Gestão democrática da escola 04
Unidade 2: Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea 26
Unidade 3: A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na 
gestão democrática da escola 47
Unidade 4: As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar 67
Unidade 5: Organização da escola, gestão escolar e suas características 88
Unidade 6: O gestor escolar como gestor de pessoas: considerações sobre os relacionamentos 
interpessoais e a cultura organizacional da escola 107
Unidade 7: Âmbitos organizativo-administrativo, pedagógico e participativo da gestão escolar 128
Unidade 8: A gestão dos processos comunicativos na escola 148
2/167
3/167
Apresentação da Disciplina
Nesta disciplina temos como principal objetivo compreender a gestão democrática na 
comunicação e no relacionamento interpessoal nos espaços educativos. Partindo desse 
objetivo, você vai estudar o conceito de gestão democrática no contexto da gestão escolar, 
frente às demandas econômicas, políticas e culturais da sociedade contemporânea. Além 
disso, você vai compreender melhor quem são as pessoas que podem e devem participar da 
gestão da escola, entendendo-a como espaço de participação da comunidade, no contexto 
do diálogo, da humanização e da ética na gestão democrática dessa instituição educativa. 
Você vai ver, também, as concepções que fundamentam as teorias da administração escolar 
e a organização e gestão da escola, com destaque para os elementos da gestão participativa, 
da gestão democrática, da autonomia da escola e da descentralização administrativa. Outro 
tema dessa disciplina será o estudo do relacionamento interpessoal e das relações de poder 
no cotidiano da escola e suas implicações para o trabalho pedagógico. Ao longo da disciplina, 
você conhecerá, também, a estrutura organizacional interna da escola, com destaque para 
o papel do conselho escolar, da equipe de direção, do setor técnico administrativo, do setor 
pedagógico, dos docentes, dos estudantes, dos pais e da comunidade escolar e as implicações 
dessa estrutura para as relações entre os sujeitos que a compõem. Ao final da disciplina, você 
poderá compreender como ocorre o processo comunicativo no contexto da gestão escolar. 
4/167
Unidade 1
A Gestão democrática da escola
Objetivos
 » Compreender o que é gestão democrática da escola.
 » Identificar quais elementos contribuem para a gestão 
democrática da escola.
 » Conhecer uma experiência de escola democrática para além da 
gestão.
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola5/167
Introdução
Quando o assunto é “gestão democrática 
da escola” qual é a primeira coisa que vem 
à sua mente? Geralmente as pessoas re-
lacionam a gestão democrática da escola 
à possibilidade de participação dos vários 
sujeitos que vivenciam o cotidiano esco-
lar – estudantes, professores, familiares 
dos estudantes e demais profissionais de 
educação – nas tomadas de decisões e no 
compartilhamento de ações sobre o dia a 
dia da escola. E essas pessoas estão certas, 
pois a ideia de democracia está diretamen-
te relacionada à ideia de participação. 
É preciso lembrar que as atividades 
desenvolvidas na escola por diretores, 
vice-diretores, assistentes de direção, 
coordenadores pedagógicos, orientadores 
educacionais e demais funcionários 
técnico-administrativos, que constituem a 
gestão escolar, têm como principal objetivo 
fornecer meios e criar condições para que 
a aprendizagem e o desenvolvimento de 
crianças, adolescentes, jovens e adultos 
possam acontecer na perspectiva da 
emancipação humana. Nesse contexto, 
gestão escolar é o conjunto de atividades 
desenvolvidas por diversos profissionais no 
interior da escola, que contribuem para que 
os/as estudantes se apropriem do saber 
sistematizado produzido pela humanidade, 
para poderem viver melhor. 
Queremos destacar que a gestão escolar, 
ancorada na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB 9394/96), não 
pode ser qualquer tipo de gestão, mas sim 
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola6/167
uma gestão democrática, que tem como 
pressuposto a participação de todos os 
sujeitos envolvidos no cotidiano da escola. 
eles contribuem para a solução dos 
problemas e das dificuldades. Quando o 
coletivo identifica que o encaminhamento 
proposto não surtiu o efeito desejado, 
esse mesmo coletivo planeja outra ação, 
até conseguir responder ao problema ou à 
dificuldade. Essa forma coletiva de gestão 
encontra-se fundamentada no diálogo, 
no reconhecimento e na valorização das 
diversidades sócio-histórico-culturais das 
pessoas envolvidas no cotidiano escolar e 
nos seus respectivos interesses, no respeito 
às decisões construídas coletivamente e na 
corresponsabilização de todos pelo bom 
desenvolvimento e pelas aprendizagens 
dos/das estudantes. 
Para saber mais
Para saber mais sobre a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, acesse o site do Planalto. 
Nessa perspectiva, entendemos a 
gestão democrática como uma forma 
coletiva de cuidar da escola, na qual os 
sujeitos envolvidos no seu cotidiano 
reconhecem as situações pelas quais a 
escola passa, refletem sobre elas, planejam 
encaminhamentos, acompanham o 
desenvolvimento deles e avaliam se 
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola7/167
A seguir, destaque para alguns princípios 
da gestão democrática da escola:
a. Promoção de processos de 
organização e gestão, alicerçados 
no estímulo ao trabalho coletivo e 
participativo dos profissionais da 
escola.
b. Relações democráticas devem 
acontecer em todos os espaços da 
escola.
c. A escola e todos que dela fazem 
parte, devem estar abertos às 
questões e às demandas da 
sociedade.
d. Valorização da diversidade cultural.
e. Envolvimento e a participação dos 
estudantes, dos pais/familiares e 
da comunidade como um todo no 
cotidiano da escola, não somente nas 
instâncias deliberativas.
f. Envolvimento das famílias nas 
atividades da escola de maneira 
qualificada para além das festas, 
datas comemorativas e reuniões de 
pais.
g. Participação de todos os segmentos 
– profissionais, estudantes, famílias – 
na (re)elaboração, na execução e no 
acompanhamento do Projeto Político 
Pedagógico.
É nesse momento que enfatiza,ps a 
importância do Projeto Político Pedagógico 
(PPP) como elemento que dá materialidade 
à gestão democrática da escola, porque ele 
é a objetivação das deliberações coletivas 
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola8/167
sobre o processo educativo. Você poderá 
compreender melhor o que é o PPP daqui a 
pouco.
Não é somente nos colegiados escolares 
que a gestão democrática está presente, 
mas também em outros âmbitos de 
relações na escola, por exemplo, na 
entrada e na saída dos estudantes, quando 
é necessário uma organização e um 
cuidado especial para que tudo transcorra 
tranquilamente para todos; na realização 
das aulas, onde o professor planeja a 
atividade de ensino e organiza sua aula 
de modo democrático e respeitoso, 
considerando a participação dos alunos, 
etc.
Você verá, também, que a participação 
das pessoas no cotidiano escolar demanda 
o trabalho coletivo, colaborativo, 
compartilhado e corresponsável e 
conhecerá a experiência de uma escola 
pública democrática da Rede Municipal de 
Ensino de São Paulo.
1. O Projeto Político 
Pedagógico: Elemento da 
Gestão Democrática
Você deve estar se perguntando: 
mas afinal o que é o Projeto Político 
Pedagógico (PPP) da escola? O PPP é 
a identidade pedagógica da escola, que 
costura e articula as ações isoladas dos 
professores das diversas áreas do saber 
e que contém os princípios que orientamtodas as ações da escola. Ou seja, o PPP 
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola9/167
apresenta os pressupostos teórico-
filosóficos educacionais, as condições de 
trabalho e os objetivos pedagógicos da 
escola, que precisam ser considerados 
pelos professores no momento de planejar 
suas aulas, mas que também precisam ser 
considerados pelos demais profissionais da 
escola, pelos estudantes e pelas famílias 
dos estudantes.
Por que o Projeto Político Pedagógico 
(PPP) está sendo compreendido como um 
elemento da gestão democrática? Porque 
ele é um projeto que deve ser construído 
coletivamente, com a participação de 
todos os sujeitos envolvidos no cotidiano 
escolar e que deve sustentar todas as 
atividades desenvolvidas e realizadas neste 
espaço educativo. Concordo com Libâneo 
(2013, p. 133) quando diz que:
Para saber mais
O Projeto Político-Pedagógico assume 
nomenclaturas diversas no território nacional. 
Ele também é conhecido como Projeto Educativo, 
Projeto Pedagógico, Projeto Pedagógico-Curricular, 
Projeto Curricular, Plano de Escola, Projeto Escolar, 
entre outros nomes.
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola10/167
O projeto [...] é o meio pelo qual os agentes diretos da escola tornam-
se sujeitos históricos, isto é, capazes de intervir conscientemente e 
coletivamente nos objetivos e nas práticas de sua escola, na produção 
social do futuro da escola, da comunidade, da sociedade.
Desse modo, compreendemos o PPP como elemento da gestão democrática, pois ele pressupõe 
a intervenção e a participação das pessoas nos objetivos e nas práticas escolares. Pinto (2011, 
p. 139) também ajuda a compreender o PPP nessa perspectiva ao dizer que “[...] o PPP é o 
instrumento pelo qual a escola garante o exercício de sua autonomia”, pois o exercício da 
autonomia pressupõe a participação das pessoas.
O PPP pode ser entendido como uma bússola que orienta o norte a ser seguido e as ações 
necessárias a serem tomadas para que os objetivos educativos sejam alcançados e para que a 
aprendizagem seja garantida a todos os estudantes. 
Destacamos que o Projeto Político Pedagógico não pode pertencer somente aos coordenadores 
pedagógicos e orientadores educacionais e que professores, funcionários, equipe diretiva, pais 
e estudantes precisam participar da (re)elaboração, da atualização e do acompanhamento do 
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola11/167
PPP. Sobre isso, o MEC (BRASIL, 2004, p.24) esclarece que:
O Projeto político-pedagógico ocupa um papel central na construção 
de processos de participação e, portanto, na implementação de uma 
gestão democrática. Envolver os segmentos na elaboração e no 
acompanhamento do projeto pedagógico constitui um grande desafio 
para a construção da gestão democrática e participativa.
Por isso defendemos que o PPP é um elemento da gestão democrática.
2. Escola Democrática: Democracia para Além da Gestão
Você já ouviu falar em “escola democrática”? E em “escola democrática” na rede pública de 
ensino de São Paulo? Pois é, existem experiências de escolas públicas que se organizam numa 
perspectiva radicalmente democrática. Apresentaremos a você uma escola democrática 
paulistana em que a democracia existe para além das questões da gestão escolar. 
Essa escola é a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, na 
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola12/167
região do bairro do Butantã, em São Paulo. 
O Amorim Lima, como é conhecida, é uma 
escola pública, que vem organizando-se 
numa perspectiva democrática há mais 
de uma década, quando os professores, os 
gestores, demais profissionais, estudantes 
e pais uniram-se para construir outro 
modelo de escola, que organiza seus 
tempos e espaços de aprendizagem de 
forma interdisciplinar e por projetos de 
trabalho.
A proposta democrática do Amorim 
Lima pressupõe a participação do 
estudante desde o primeiro ano do 
Ensino Fundamental para definir, planejar, 
executar e avaliar projetos de seu interesse. 
Além disso, há uma assembleia em que 
todos participam para conversarem sobre 
os assuntos do dia-a-dia, inclusive os 
estudantes. O professor é um mediador que 
orienta os estudantes e fica a disposição 
para ajuda-los quando for necessário. 
Os estudantes são protagonistas nos 
seus processos de aprendizagem e nos 
processos relacionais no interior da escola, 
inclusive tomando decisões para mediar 
conflitos entre outros estudantes.
Para saber mais
A EMEF Amorim Lima inspirou-se na experiência 
da Escola da Ponte, de Portugal, para construir seu 
projeto democrático de escola.
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola13/167
Mas o que o Amorim Lima tem de 
diferente em relação às outras escolas? 
Os estudantes têm a liberdade de escolher 
as atividades que desejam fazer, e essas 
atividades estão baseadas em projetos de 
trabalho. Inspirada pela Escola da Ponte, 
o Amorim Lima derrubou as paredes entre 
as salas de aula para que professores 
e estudantes pudessem conviver e 
compartilhar experiências. 
Link
Link. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=Z5veeZ8qYfw>. 
Acesso em: 30 abr. 2016. 
Para saber mais
Para saber mais sobre o Projeto Político 
Pedagógico do Amorim Lima, acesse. 
Disponível em: <http://amorimlima.org.br/
institucional/projeto-politico-pedagogico/>
Link
Link. Disponível em: <http://
educacaointegral.org.br/experiencias-
internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-
ideia-de-autonomia-dos-estudantes/>
https://www.youtube.com/watch?v=Z5veeZ8qYfw
https://www.youtube.com/watch?v=Z5veeZ8qYfw
http://amorimlima.org.br/institucional/projeto-politico-pedagogico/
http://amorimlima.org.br/institucional/projeto-politico-pedagogico/
http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-dos-estudantes/
http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-dos-estudantes/
http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-dos-estudantes/
http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-dos-estudantes/
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola14/167
Você pode perceber, a partir do exemplo do 
Amorim Lima, que os princípios da gestão 
democrática fundamentam as relações 
democráticas nos diferentes espaços e nas 
diferentes atividades da escola.
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola15/167
Glossário
Corresponsabilização: compartilhamento da responsabilidade por algo.
Princípios: elementos que fundamentam as ações a serem realizadas pelas pessoas.
Projetos de trabalho: projetos de pesquisa e de estudo elaborados pelos estudantes, com 
a mediação dos professores, para resolver alguma situação problema da vida real.
Questão
reflexão
?
para
16/167
Como você viu, a gestão democrática da escola 
pressupõe alguns princípios. Reflita sobre esses 
princípios e apresente um exemplo de escola que você 
conheça e que também se orienta pelos princípios 
da gestão democrática. Caso você não conheça uma 
escola assim, você pode analisar quais elementos estão 
faltando na escola que você conhece para que a gestão 
democrática seja uma realidade.
17/167
Considerações Finais 
 » Gestão democrática é uma forma de administração e organização da escola 
que pressupõe a participação de todos os segmentos: docentes, discentes, 
demais profissionais, pais/familiares.
 » Os princípios da gestão democrática buscam garantir que as relações 
democráticas estejam em todos os espaços e em todas as atividades da 
escola.
 » O Projeto Político Pedagógico é um elemento da gestão democrática, 
construído com a participação de todos, devendo sustentar as atividades 
desenvolvidas e realizadas na escola.
 » A escola democrática pressupõe a igual participação de estudantes, 
professores, demais profissionais e família dos estudantes. Todas as pessoas 
que fazem parte do cotidiano escolar são responsáveis por tudo queacontece na escola. Além disso, os estudantes têm a possibilidade de gerir 
seu tempo na escola e de ser o protagonista de sua aprendizagem.
Unidade 1 • A Gestão democrática da escola18/167
Referências
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho Escolar, gestão 
democrática da educação e escolha do diretor. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de 
Educação Básica, 2004. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/
ce_cad5.pdf>. Acessado em 01/05/2016.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 6ª ed. 
São Paulo: Heccus Editora, 2013.
PINTO, Umberto de Andrade. Pedagogia escolar: coordenação pedagógica e gestão escolar. 
São Paulo: Cortez, 2011.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.pdf
19/167
1 - Qual o principal objetivo da gestão escolar?
a) Garantir que os professores possam ter boas condições de trabalho.
b) Zelar pelo bom funcionamento da escola.
c) Fornecer meios e criar condições para que a aprendizagem e o desenvolvimento de 
 crianças, adolescentes, jovens e adultos possam acontecer.
d) Garantir que cada um faça apenas o seu trabalho, sem se preocupar com o trabalho dos 
 outros.
e) Criar condições para que os estudantes possam aprender melhor e alcançar bom resultado 
 nas avalições externas
Questão 1
20/167
2 - A gestão democrática da escola está fundamentada:
Questão 2
a) Na tomada de decisões coletivamente, mas que garante um destaque para a figura do 
 diretor de escola.
b) No diálogo e na valorização da cultura dominante que sempre conseguir garantir 
 educação de qualidade para seus estudantes até a década de 1970.
c) Na valorização das ações individuais de cada profissional, pois cada um precisa saber bem 
 o que fazer.
d) No respeito às decisões construídas coletivamente e na corresponsabilização de todos 
 pelo bom desenvolvimento e pelas aprendizagens dos/das estudantes.
e) No envolvimento dos adultos – professores, funcionários, familiares – nas decisões 
 coletivas da escola.
21/167
3. O que é o Projeto Político Pedagógico da escola?
a) É um projeto que indica quais são os objetivos da escola e que não precisa ser atualizado, 
 pois os objetivos continuam os mesmos.
b) É o registro das intenções educativas da escola com vistas a cumprir as diretrizes 
 curriculares do MEC.
c) É o plano de trabalho dos profissionais da escola, que é elaborado apenas pelos 
 profissionais.
d) É o projeto de trabalho da escola, que representa as intenções educativas dos professores 
 e dos gestores, pois eles são profissionais experientes.
e) É a bússola que orienta o norte a ser seguido e as ações necessárias a serem tomadas para 
 que os objetivos educativos sejam alcançados.
Questão 3
22/167
4. Por que o Projeto Político Pedagógico (PPP) está sendo compreendido 
como um elemento da gestão democrática?
a) Porque ele precisa ser lido por todos, no início do ano letivo, para que as pessoas 
 conheçam as intenções educativas da escola.
b) Porque ele deve ser construído coletivamente, com a participação de todos os envolvidos 
 no cotidiano escolar e que deve sustentar as atividades desenvolvidas e realizadas neste 
 espaço educativo.
c) Porque ele deve ser construído coletivamente, para projetar quais são os objetivos a serem 
 alcançados apenas pelo conjunto dos professores.
d) Porque ele é um instrumento importante, que garante o exercício da democracia na 
 escola, já que os profissionais da educação participam de sua elaboração.
e) Porque ele é o registro das decisões coletivas tomadas no âmbito das reuniões 
 pedagógicas e que conta com a participação dos professores e dos gestores apenas.
Questão 4
23/167
5. Quais são as características de uma escola democrática?
a) Os estudantes são protagonistas nos seus processos de aprendizagem e nos processos 
 relacionais no interior da escola, inclusive tomando decisões para mediar conflitos entre 
 outros estudantes.
b) Os profissionais da escola democrática abrem mão de seu papel decisório e delegam 
 todas as decisões para os alunos.
c) Os familiares participam do cotidiano da escola e suas opiniões têm mais peso que as 
 opiniões dos estudantes e dos profissionais.
d) Os gestores escolares dessa escola radicalizam a experiência democrática ao permitir que 
 os estudantes tenham mais participação do que os profissionais.
e) Os estudantes participam das instâncias deliberativas da escola apenas quando 
 apresentam bom rendimento escolar.
Questão 5
24/167
Gabarito
1. Resposta: C.
A função social da escola é promover 
o acesso dos estudantes ao saber 
sistematizado. Por isso, o principal objetivo 
da gestão escolar é fornecer meios e 
criar condições para que a aprendizagem 
e o desenvolvimento de crianças, 
adolescentes, jovens e adultos possam 
acontecer.
2. Resposta: D.
A gestão democrática da escola está 
diretamente relacionada à participação e à 
corresponsabilização de todos os sujeitos 
que fazem parte do cotidiano da escola.
3. Resposta: E.
O PPP é a identidade pedagógica da escola, 
que costura e articula as ações isoladas 
dos professores das diversas áreas do saber 
e que contém os princípios que orientam 
todas as ações da escola.
4. Resposta: B.
O PPP pressupõe a intervenção e a 
participação das pessoas nos objetivos 
e nas práticas escolares, por isso ele 
deve ser construído coletivamente, 
com a participação de todos os sujeitos 
envolvidos no cotidiano escolar.
25/167
5. Resposta: A.
A escola democrática pressupõe a igual 
participação de estudantes, professores, 
demais profissionais e família dos 
estudantes e incentiva o protagonismo das 
crianças e dos adolescentes.
Gabarito
26/167
Unidade 2
Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea
Objetivos
 » Conhecer a relação entre a gestão escolar e as 
demandas da sociedade contemporânea.
 » Compreender o currículo como síntese das relações da 
escola com as demandas da sociedade.
 » Entender as relações entre gestão escolar e currículo.
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea27/167
Introdução
Você já parou para pensar se as escolas 
têm levado em consideração as demandas 
da sociedade contemporânea? Antes 
de tentar responder essa pergunta, é 
importante lembrar que a escola é a 
instituição que promove a humanização 
do sujeito por meio do acesso à cultura. 
Isso quer dizer que as ações e as atividades 
que acontecem na escola são planejadas, 
coordenadas e acompanhadas por 
profissionais e por demais sujeitos 
implicados nelas para que o estudante 
desenvolva suas máximas potencialidades, 
construa e exercite sua autonomia, 
aprimore sua criticidade, sua leitura de 
mundo, em ambientes bem organizados, 
agradáveis, atrativos e desafiadores.
Você deve estar se perguntando: 
quais são as demandas da sociedade 
contemporânea? A seguir, elencamos 
algumas delas:
a. Enfrentamento das desigualdades 
sociais.
b. Flexibilização das relações do mundo 
do trabalho.
Para saber mais
Demandas da sociedade contemporânea 
referem-se às exigências que a vida em 
sociedade coloca para todos os indivíduos. Por 
exemplo: exigência de estar conectado à rede 
mundial de computadores para ter acesso a 
informações. 
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea28/167
c. Formação dos sujeitos para a 
emancipação humana e para o 
mundo do trabalho.
d. Compreensão da complexidade da 
realidade.
e. Valorização da diversidade cultural.
f. Respeito à identidade de gênero e à 
diversidade sexual.
g. Ampliação do acesso à informação 
pela rede mundial de computadores 
e pelos dispositivos eletrônicos, tais 
como, smartphones.
Quais relações você consegue estabelecer 
entre a gestão escolar e as demandas 
econômicas, políticas e culturais 
presentes em nossa sociedade? Podemos 
dizer que a principalrelação está no 
âmbito do currículo, pois quando as 
formas tradicionais de se apropriar do 
conhecimento, da cultura e de produzi-
los entram em crise e são questionadas, 
devido às demandas da sociedade 
contemporânea, o currículo é diretamente 
atingido e, consequentemente, a forma de 
organizar e de administrar a escola. 
Entendemos currículo como prática social 
em constante movimento, síntese de 
múltiplas determinações e de múltiplos 
interesses, que se objetiva num conjunto 
de princípios que fundamentam ações 
e práticas pedagógicas, que têm 
como objetivo principal relacionar as 
experiências e os saberes dos estudantes, 
com os conhecimentos produzidos e 
sistematizados pela humanidade, de modo 
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea29/167
a promover o desenvolvimento integral e a emancipação humana de crianças, adolescentes, 
jovens e adultos.
A partir do entendimento sobre o conceito de currículo, encontramos nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais da Educação Básica (BRASIL, p. 27) a relação entre o currículo e a gestão 
escolar:
Quanto à concepção e à organização do espaço curricular e físico, 
se imbricam e se alargam, por incluir no desenvolvimento curricular 
ambientes físicos, didático-pedagógicos e equipamentos que não se 
reduzem às salas de aula, incluindo outros espaços da escola e de 
outras instituições escolares, bem como os socioculturais e esportivo-
recreativos do entorno, da cidade e mesmo da região. Essa ampliação e 
diversificação dos tempos e espaços curriculares pressupõe profissionais 
da educação dispostos a reinventar e construir essa escola, numa 
responsabilidade compartilhada [...].
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea30/167
O texto do MEC mostra que a relação entre 
gestão escolar e currículo configura-se na 
necessidade do trabalho compartilhado 
dos profissionais da educação para 
ampliar e diversificar os tempos e espaços 
curriculares. 
Para entender melhor essa relação entre a 
gestão escolar e as demandas da sociedade 
contemporânea, consubstanciadas no 
currículo, você verá a seguir duas reflexões, 
uma sobre o currículo como síntese das 
relações da escola com as demandas da 
sociedade e outra sobre as relações entre a 
gestão escolar e o currículo. 
1. Currículo Como Síntese 
das Relações da Escola com 
as Demandas da Sociedade 
Contemporânea
Para entender o currículo como síntese 
das relações da escola com as demandas 
da sociedade é precisamos ter em mente 
a relação escola-sociedade como ponto 
de partida e de chegada, pois o currículo 
refere-se aos objetivos explícitos que a 
escola pretende alcançar. 
Link
<http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-
educacao-basica/apresentacao>
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/apresentacao
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/apresentacao
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea31/167
Lembrando que a função social da escola é a promoção do acesso de estudantes ao 
conhecimento sistematizado, para que aprendam e se desenvolvam na perspectiva da 
emancipação humana, a escola existe em função de uma demanda da própria sociedade: a 
exigência de educar os seres humanos para a vida em um mundo cada vez mais complexo, 
plural, tecnológico, com injustiças sociais, com diversidades culturais, etc. 
A reflexão sobre as demandas que a sociedade contemporânea imputa à escola e ao currículo 
também podem ser compreendidas a partir da seguinte explicação de Sacristán (2013, p. 266).
[...] a sociedade do conhecimento ou da informação propõe novos 
sentidos ao conhecimento ‘ensinável’, regulamentações muito distintas 
desses conteúdos, formas de colocar os aprendizes em contato com os 
conteúdos, novas fórmulas de controle, assim como uma ruptura das 
coordenadas espaço temporais tradicionais com as quais se regulava um 
artefato cultural construído, como é o currículo.
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea32/167
As formas de colocar os aprendizes em 
contato com os conteúdos e a ruptura das 
coordenadas espaço temporais tradicionais 
se relacionam diretamente às atribuições da 
gestão escolar, uma vez que os profissionais 
de educação da escola são os responsáveis 
por planejar, organizar, realizar e acompanhar 
as atividades e as práticas pedagógicas que 
serão oferecidas aos estudantes.
Você sabe que existe um documento 
produzido pelo Ministério da Educação 
que norteia as questões relativas aos 
currículos das escolas brasileiras? 
Esse documento chama-se “Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação 
Básica” e propõe, como o próprio nome 
indica, diretrizes que “estabelecem a 
base nacional comum, responsável por 
orientar a organização, a articulação, 
o desenvolvimento e a avaliação das 
propostas pedagógicas de todas as redes 
de ensino brasileiras” (BRASIL, 2013. p.4).
Você pode observar que quando o 
documento diz “organização, articulação 
e avaliação das propostas pedagógicas” 
ele está se referido ao âmbito da gestão 
escolar. Por isso é muito estreita a relação 
entre currículo e gestão escolar. Podemos 
dizer que a gestão escolar, por meio do 
Projeto Político Pedagógico, é quem ‘coloca 
o currículo em ação’ no cotidiano da escola. 
2. As Relações entre Gestão Es-
colar e Currículo 
O modo como a escola se organiza é 
fundamental para o desenvolvimento e 
a objetivação do currículo escolar. Em 
outras palavras, a gestão escolar como 
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea33/167
organização de processos pela mobilização de pessoas para busca de fins educativos é 
responsável por pensar os ambientes, as relações e as experiências que podem ajudar cada um 
dos estudantes a aprender e se desenvolver, na perspectiva da emancipação humana. 
É preciso lembrar que a gestão escolar também se ocupa da gestão e da organização do 
currículo:
Na organização e gestão do currículo, as abordagens disciplinar, 
pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem a atenção 
criteriosa da instituição escolar, porque revelam a visão de mundo que 
orienta as práticas pedagógicas dos educadores e organizam o trabalho 
do estudante. Perpassam todos os aspectos da organização escolar, 
desde o planejamento do trabalho pedagógico, a gestão administrativo-
acadêmica, até a organização do tempo e do espaço físico e a seleção, 
disposição e utilização dos equipamentos e mobiliário da instituição, ou 
seja, todo o conjunto das atividades que se realizam no espaço escolar, 
em seus diferentes âmbitos (BRASIL, 2013, pp.27- 28).
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea34/167
O conjunto de atividades que se realiza 
no espaço escolar orienta-se a partir 
de um currículo, expresso no Projeto 
Político Pedagógico, e a gestão da escola, 
através das funções de cada profissional 
de educação, é responsável por planejar, 
organizar, realizar e acompanhar essas 
atividades. Por isso que destaco a relação 
entre gestão escolar e currículo. Vou dar 
alguns exemplos dessa relação:
1. Quando a comunidade escolar se 
reúne, via Conselho de Escola, para 
deliberar sobre o uso de recursos 
financeiros para a compra de 
materiais que contribuirão para a 
promoção do trabalho pedagógico 
da escola – realização das aulas, 
organização e manutenção da 
biblioteca, dos laboratórios (se 
houver) e de outros espaços 
educativos, por exemplo, quadra, 
pátio, jardins, sala de vídeo, há uma 
relação direta entre gestão escolar 
e currículo, pois para que este se 
objetive é preciso a ação da gestão.
2. Algumas escolas no Brasil 
reinventaram-se e reorganizaram-
se por meio do trabalho coletivo dos 
diversos sujeitos (profissionais de 
educação, estudantes e comunidade) 
liderados pela gestão escolar, para 
se constituírem como Escolas 
Democráticas, que organizam 
seus currículos e seus tempos e 
espaços de aprendizagem de modo 
interdisciplinar, relacional,dialógico e 
emancipatório.
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea35/167
3. A distribuição das aulas em um 
cronograma semanal, a organização 
do horário de entrada e saída dos 
estudantes, dos horários de merenda 
escolar e de recreio e a elaboração de 
regras de convivência são algumas 
ações que a gestão escolar, com a 
participação de toda comunidade 
escolar, precisa planejar, desenvolver 
e acompanhar, pois elas também 
fazem parte do currículo. 
Você acabou de ver que as relações entre 
gestão escolar e currículo estão presentes 
em todas as ações do cotidiano escolar 
porque essa gestão é quem assegura a 
promoção do currículo.
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea36/167
Glossário
Demanda da sociedade: manifestação de uma exigência e/ou solicitação que a sociedade 
coloca para a vida das pessoas.
Humanização do sujeito: processo sócio-histórico-cultural de tornar-se ser humano.
Flexibilização das relações do mundo do trabalho: mudanças nas relações de trabalho 
que fragilizam a situação do trabalhador e precarizam as condições de trabalho.
Questão
reflexão
?
para
37/167
Assista ao vídeo “D-28-Gestão Curricular – Entrevista 
de Abertura”, e produza uma resenha sobre ele. 
Lembre-se de que uma resenha é um texto que 
apresenta uma síntese do que foi assistido, acrescido 
da sua reflexão sobre esse tema.
38/167
Considerações Finais
 » Demandas da sociedade contemporânea se referem-se às exigências que a vida 
em sociedade coloca para todos os indivíduos, tais como, o enfrentamento das 
desigualdades sociais e a flexibilização das relações do mundo do trabalho.
 » A relação entre a gestão escolar e as demandas da sociedade contemporânea se 
dá no âmbito do currículo.
 » O modo como a escola se organiza é fundamental para o desenvolvimento e a 
objetivação do currículo escolar.
 » As relações entre gestão escolar e currículo estão presentes em todas as ações do 
cotidiano escolar porque essa gestão é quem assegura a promoção do currículo.
Unidade 2 • Gestão escolar frente às demandas da sociedade contemporânea39/167
Referências 
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. 
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo na sociedade da informação e do conhecimento. In: 
SACRISTÁN, José Gimeno (org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 
2013, pp. 261-272.
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1 - A escola é a instituição que promove a humanização do sujeito por 
meio do acesso à cultura. Isso quer dizer que:
a) Se não for a escola, não há outra instituição que contribua para a formação do sujeito 
 como ser humano, nos princípios democráticos.
b) A escola surge no Brasil para que a população mais carente tenha acesso ao saber 
 sistematizado e tenha direito à mesma educação oferecida para a elite do país.
c) Os gestores escolares são os únicos responsáveis pelo processo de humanização do 
 sujeito, já que dirigem as escolas e os currículos. 
d) As ações e as atividades que acontecem na escola são planejadas, coordenadas e 
 acompanhadas por profissionais e por demais sujeitos implicados nelas para que o 
 estudante desenvolva suas máximas potencialidades.
e) Os professores precisam incluir em seu planejamento temas ligados à humanização do 
 sujeito.
Questão 1
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2 – Identifique a seguir quais são as demandas da sociedade 
contemporânea:
a) Formação dos sujeitos para a emancipação humana e para o mundo do trabalho e 
 preservação da elite cultural.
b) Formação dos sujeitos para a emancipação humana e para o mundo do trabalho e 
 manutenção das desigualdades sociais.
c) Formação dos sujeitos para a emancipação humana e para o mundo do trabalho e 
 flexibilização das relações do mundo do trabalho.
d) Formação dos sujeitos para a emancipação humana e para o mundo do trabalho e 
 simplificação da complexidade da realidade.
e) Formação dos sujeitos para a emancipação humana e para o mundo do trabalho e 
 redução do acesso à informação pela rede mundial de computadores.
Questão 2
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3 - Quais relações você consegue estabelecer entre a gestão escolar e as 
demandas econômicas, políticas e culturais presentes em nossa sociedade?
a) A principal relação está no âmbito do currículo, pois o currículo é diretamente atingido 
 e influenciado pelas demandas da sociedade contemporânea e essa influência gera 
 consequências para a forma de se organizar e de se administrar a escola.
b) As relações entre gestão escolar e demandas da sociedade se dão no âmbito das relações 
 interpessoais no interior da escola, pois os sujeitos têm visões de mundo diferentes.
c) As relações se dão no âmbito do currículo, pois este precisa responder às demandas e 
 preparar os estudantes para a competitividade do mundo do trabalho.
d) Essas relações acontecem por meio da formação dos gestores escolares, pois eles são 
 responsáveis por entender a complexidade da sociedade e transpor isso para o currículo.
e) É possível estabelecer relações apenas entre o conteúdo das disciplinas e os temas da 
 sociedade contemporânea.
Questão 3
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4 – As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica são 
diretrizes que:
a) Instituem a base do currículo para que todas as escolas se organizem da mesma forma.
b) Estabelecem a base nacional comum do currículo de todas as redes de ensino brasileiras.
c) Determinam o currículo a ser seguido por todas as redes de ensino brasileiras.
d) Introduzem princípios do currículo tradicional a ser seguido por todas as redes de ensino 
 brasileiras.
e) Prescrevem os conteúdos de ensino, objetivados no currículo, para que todas as redes de 
 ensino garantam sua aplicabilidade.
Questão 4
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5 - Explique a relação entre gestão escolar e currículo:
a) A relação entre gestão escolar e currículo refere-se ao papel dos professores, orientados 
 pelos gestores, no momento do planejamento das aulas.
b) Gestão escolar e currículo estão ligados ao princípio do Projeto Político Pedagógico, que 
 diz que os gestores é quem decidem sobre o currículo.
c) A relação entre gestão escolar e currículo está presente apenas nas atividades 
 pedagógicas das salas de aulas, porque essas atividades asseguram a promoção do 
 currículo.
d) A relação entre gestão escolar e currículo diz respeito ao que os gestores realizam no 
 cotidiano escolar.
e) A relação entre gestão escolar e currículo está presente em todas as ações do cotidiano 
 escolar porque essa gestão é quem assegura a promoção do currículo.
Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: D.
A humanização do sujeito por meio do 
acesso à cultura é o que lhe possibilita 
o desenvolvimento de suas máximas 
potencialidades.
2. Resposta: C.
A sociedade impõe aos sujeitos a exigência 
de sua formação na perspectiva da 
emancipação humana e no preparo para 
o mundo do trabalho, pois as relações do 
mundo do trabalho têm se modificado a 
cada dia.
3. Resposta: A.
As demandas da sociedade contemporânea 
legam à escola a necessidade de considera-
las no momento de sua organização e do 
estabelecimento de princípios e objetivos 
da educação, dessa forma é através do 
currículo que as demandas da sociedade 
aparecem no Projeto Político Pedagógico 
da escola.
4. Resposta: B.
Essas diretrizes estabelecem a base 
nacional comum para o currículo. Isso quer 
dizer que há a necessidade de se considerar 
esse documento no momento de se 
elaborar os currículos de toda e qualquer 
rede de ensino brasileira.
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5. Resposta: E.
Considerando que currículo é um conjunto 
de ações e atividades pedagógicas, 
fundamentadas em princípios, que 
tem como objetivo a aprendizagem e o 
desenvolvimento dos estudantes, a relação 
entre gestão escolar e currículo se refere-
se a todas as ações do cotidiano escolar, 
porque essa gestão é quem assegura a 
promoção do currículo.
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Unidade 3
A escolacomo espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
Objetivos
 » Compreender a escola como espaço de participação da 
comunidade escolar.
 » Entender a relação entre humanização e gestão democrática da 
escola.
 » Reconhecer a ética como princípio da gestão democrática da 
escola.
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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Introdução
A comunidade escolar precisa buscar 
e fortalecer seu espaço de participação 
no cotidiano da escola. Pergunto a 
você: quem são as pessoas que fazem 
parte da comunidade escolar? Em 
geral, as pessoas que fazem parte dessa 
comunidade estão envolvidas nas ações 
e nas atividades do cotidiano da escola, 
por exemplo: professores, estudantes, 
profissionais da limpeza, da cozinha, da 
manutenção predial; profissionais técnico-
administrativos (secretaria, inspetoria de 
alunos), gestores (diretor, coordenador 
pedagógico, orientador educacional, 
supervisor escolar/de ensino), pais ou 
responsáveis pelos estudantes.
As escolas que você conhece têm ou 
tinham abertura para o diálogo com 
a comunidade escolar? De que forma 
acontece ou acontecia esse diálogo? 
Perguntamos, pois entendemos que o 
diálogo implica consideração da voz e da 
ideia do outro e porque acredito que o 
diálogo é o primeiro elemento que permite 
a participação dos sujeitos da comunidade 
escolar no espaço da escola. Concordo com 
Paulo Freire (2001a, p. 52) quando defende 
que “ensinar exige disponibilidade para o 
diálogo” e acrescento que a participação 
da comunidade escolar exige da escola, 
e em especial dos gestores escolares, 
disponibilidade para o diálogo. 
Você já parou para pensar como tem 
acontecido a participação da comunidade 
escolar no cotidiano da escola? Em nossas 
experiências escolares, tanto no âmbito 
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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da pesquisa acadêmica, quanto no âmbito 
da atuação profissional, percebemos que, 
muitas vezes, os pais ou responsáveis vão 
à escola apenas quando são convidados 
para festas e para as reuniões de pais 
e mestres ou nos momentos que são 
convocados para resolverem alguma 
situação-problema de seus filhos. Muitas 
vezes, presenciei os pais e/ou familiares 
dos estudantes sendo mal recebidos 
pelos funcionários da secretaria ou da 
zeladoria da escola. Entendi que essa má 
recepção estava relacionada a fatores 
como: despreparo dos profissionais da 
secretaria para atendimento respeitoso ao 
público; ausência de participação desses 
profissionais nas reuniões de conselho 
de escola e nas reuniões pedagógicas, 
dificultando o acesso desses profissionais 
a informações importantes do cotidiano da 
escola e falta de formação continuada em 
serviço para que eles possam desenvolver-
se profissionalmente.
A situação descrita anteriormente nos 
leva a pensar que a não participação dos 
funcionários da secretaria no conselho de 
escola tem dificultado a participação dos 
pais dos estudantes nesse órgão colegiado. 
Por isso que a participação de todos os 
sujeitos pertencentes à comunidade 
escolar precisa ser valorizada, defendida e 
estimulada no interior da escola. Acredito 
que a chave para a valorização, a defesa 
e o estímulo a essa participação esteja 
relacionada diretamente com a gestão 
democrática da escola, pois não há como 
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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promover a participação das pessoas num 
ambiente não democrático. 
Algumas pessoas questionam-se: como 
é possível estimular a participação das 
pessoas no cotidiano da escola quando 
ainda não há gestão democrática? O 
movimento para o estabelecimento 
de uma gestão democrática da escola 
e o movimento para a promoção da 
participação da comunidade escolar 
precisam acontecer ao mesmo tempo, 
pois só se consolida a gestão democrática 
quando há participação das pessoas. 
A comunidade escolar não precisa 
esperar que primeiro a gestão torne-se 
democrática para poder, a partir daí, haver 
a participação, a própria comunidade deve 
construir essa democracia ocupando seu 
espaço de participação. 
Você vai ver a seguir a reflexão sobre a 
escola como espaço de participação da 
comunidade a partir de dois âmbitos: da 
humanização e da ética.
1. A Relação entre Humanização 
e Gestão Democrática da Escola 
A primeira questão que deve estar 
rondando em seus pensamentos agora 
é: o que é humanização? Entendemos 
humanização como o processo em que 
o homem, ser biológico, transforma-se 
em ser humano, ser social. Um exemplo: 
o bebê, quando nasce, vai aprendendo a 
ser um ser humano na relação com outros 
seres humanos, pois o que a natureza, 
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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em termos biológicos, lhe deu, não lhe 
garante a continuidade da vida e não lhe é 
suficiente para viver em sociedade. Quando 
o bebê recebe o alimento, é cuidado em 
suas necessidades de higiene, recebe afeto 
e srelaciona-se com as outras pessoas, 
ele vai aprendendo a ‘ser gente’, ele vai se 
tornando ‘humano’. 
O processo de humanização não apresenta 
um final, pois as transformações pelas 
quais a sociedade passa exige também a 
transformação do ser humano para que 
ele possa lidar com as mudanças sociais, 
políticas, econômicas e culturais. Leontiev 
(1978) ajuda a entender esse processo de 
humanização quando explica que o homem 
como ‘ser social’ humaniza-se a partir de 
suas relações com a vida em sociedade. 
Entendo que o processo contínuo 
de humanização relaciona-se com o 
espaço de participação da comunidade 
escolar na escola porque esse espaço 
demanda disponibilidade ao diálogo, ao 
respeito aos diferentes pontos de vista 
e visões de mundo e à consideração da 
opinião do outro. Acredito que é a partir 
da participação que as pessoas vão 
continuamente aprendendo a ser gente na 
relação com outras pessoas, e com isso, 
vão criando um mundo mais humano, mais 
justo, mais democrático e melhor de ser 
vivido. Concordo com Ferreira (2004, p. 
1243) quando diz que: 
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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Fraternidade, solidariedade, justiça social, respeito, bondade e 
emancipação humana, mais do que nunca, precisam ser assimilados e 
incorporados como consciência e compromisso da gestão democrática 
da educação – princípios que necessitam nortear as decisões a serem 
tomadas no sentido da humanização e da formação de todas as pessoas 
que vivem neste planeta.
A escola não é apenas espaço para a escolaridade das pessoas, mas principalmente para 
a formação humana de sujeitos, por isso que a possibilidade de participação gera o 
desenvolvimento humano. Explicamos esse raciocínio com dois exemplos:
a. Quando a merendeira, o vigilante e a faxineira da escola participam da reunião de 
conselho de escola sobre a destinação da utilização dos recursos financeiros para 
melhorar as condições de aprendizagem das crianças e dos adolescentes e podem tirar 
dúvidas e pedir explicações sobre qual a melhor maneira de utilizar esse recurso, eles 
também aprendem a corresponsabilizar-se pelo uso desse dinheiro, podendo emitir suas 
opiniões sobre isso.
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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b. Uma mãe, ao ser questionada sobre a importância de se participar do conselho de escola, 
responde que ele é importante e é: 
[...] bom porque em parte a comunidade pode saber como a escola é por 
dentro. O que é feito com nossos filhos, a utilização do dinheiro. Antes, 
a comunidade ficava do portão para fora. Só entrávamos na escola para 
saber das notas e reclamações dos filhos. [...] (FREIRE, 2001, p. 76)
Os dois exemplosmostram quem o exercício da participação promove aprendizados 
democráticos, que contribuem para a emancipação da pessoa, tais como: 
• a criação de um ambiente respeitoso;
• a promoção da humanização (o desenvolvimento humano) de todas as pessoas que 
frequentam a escola;
• a melhoria dos relacionamentos, enfrentando preconceitos;
• o exercício da cidadania (com direitos e deveres);
• o envolvimento em todas as decisões fundamentais da escola.
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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2. Ética: Princípio da Gestão De-
mocrática 
O que vem à sua mente quando você pensa 
sobre ética? Quando penso sobre ética, 
as primeiras ideias que me veem à cabeça 
são: escolha, opção, decisão, conduta, 
liberdade. A ética diz respeito à condição 
que o sujeito tem de fazer escolhas, de 
optar, de decidir, de conduzir e isso se 
relaciona diretamente com a liberdade, 
pois somente no plano da liberdade é 
possível fazer escolhas. Entendo que 
ao fazer escolhas, o sujeito ético, se 
compromete com aquilo que escolheu, 
responsabiliza-se por suas escolhas. 
Nessa perspectiva relaciono a ética ao 
âmbito da participação. A eticidade 
se dá na possibilidade da participação 
porque a ética “lida com aquilo que pode 
ser diferente do que é” (GIANNETTI DA 
FONSECA, 1993, p. 19). Aquilo que pode ser 
diferente do que é no cotidiano da escola 
depende da escolha e da participação das 
pessoas da comunidade escolar.
Paulo Freire (2001b, p. 36) lembra 
bem que “mulheres e homens, seres 
histórico-sociais, nos tornamos capazes 
de comparar, de valorar, de intervir, de 
escolher, de decidir, de romper, por tudo 
isso, nos fizemos seres éticos”.
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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No terreno educacional, a ética relaciona-
se com a participação da comunidade 
escolar no cotidiano da escola, por isso 
entendemos a ética como princípio 
da gestão democrática. Quando os 
membros da comunidade escolar 
fazem escolhas e tomam decisões, eles 
se corresponsabilizam por elas, pois 
“uma ética política que se pretenda 
verdadeiramente humana supõe 
primordialmente a restauração do sujeito 
Para saber mais
A ética não se impõe, mas se revela através das 
escolhas que as pessoas fazem em diversos 
âmbitos da vida.
responsável” (MORIN, 1998, p. 71). 
Relaciono essa reflexão de Edgar Morin 
com o seguinte pensamento de Paulo 
Freire (2001b, p, 37): “[...] se mudar é uma 
possibilidade e um direito, cabe a quem 
muda – exige o pensar certo – que assuma 
a mudança operada. Do ponto de vista do 
pensar certo não é possível mudar e fazer 
de conta que não mudou”. 
Sendo a ética um princípio da gestão 
democrática, cabe aos sujeitos da 
comunidade escolar consolidar e fortalecer 
seu espaço de participação no cotidiano da 
escola. 
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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Glossário
Emancipação humana: tem como finalidade a humanização dos sujeitos para que estes 
possam gozar de liberdade e viver uma vida plena.
Eticidade: qualidade daquilo que é ético.
Pensar certo: pensar de modo reflexivo, crítico, ético e democrático.
Questão
reflexão
?
para
57/167
Faça a leitura do artigo “Ética e Educação – Caminhos 
Buberianos Ferdinand Röhr” e em seguida responda 
à pergunta. Considerando a reflexão proposta pelo 
artigo, como você analisa a relação entre ética e 
educação?
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Considerações Finais
 » O diálogo é o primeiro elemento que permite a participação dos sujeitos 
da comunidade escolar no espaço da escola.
 » A não participação dos funcionários da secretaria no conselho de escola 
dificulta a participação dos pais dos estudantes nesse órgão colegiado.
 » A escola é espaço para a formação humana de sujeitos, por isso que 
a possibilidade de participação gera o desenvolvimento humano, a 
humanização.
 » A ética, no terreno educacional, diz respeito à condição que o sujeito 
tem de fazer escolhas, de optar, de decidir, de conduzir e isso se 
relaciona com a possibilidade da participação da comunidade escolar 
no cotidiano da escola.
Unidade 3 • A escola como espaço de participação da comunidade: humanização e ética na gestão 
democrática da escola
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Referências 
FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Repensando e ressignificando a gestão democrática 
da educação na “cultura globalizada”. Educ. Soc.,  Campinas ,  v. 25, n. 89, p. 1227-1249,  
dez.  2004 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
73302004000400008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  09  maio  2016.
FREIRE, Paulo. Política e educação. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2001a.
_____. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 20ª ed. São Paulo: 
Paz e Terra, 2001b.
GIANNETTI DA FONSECA, E. Vícios privados, benefícios públicos. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1993.
LEONTIEV, Alexis. O homem e a cultura. In: LEONTIEV, Alexis. O Desenvolvimento do Psiquismo. 
Lisboa: Livros Horizonte, 1978, p.273-280. 
MORIN, Edgar. A ética do sujeito responsável. In: CARVALHO, Edgard de Assis; ALMEIDA, 
Maria da Conceição; FIEDLER-FERRARA, Nelson; COELHO, Nelly Novaes; MORIN, Edgar. Ética, 
solidariedade e complexidade. São Paulo: Palas Athenas, 1998, pp. 65-77.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302004000400008&lng=pt&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302004000400008&lng=pt&nrm=iso
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1 - Quem são as pessoas que fazem parte da comunidade escolar?
a) Estudantes e seus pais, professores, gestores, funcionários técnico-administrativos e 
 funcionários da manutenção e da cozinha.
b) Os profissionais de educação, com destaque para os gestores.
c) Os professores e os estudantes, pois eles são os principais sujeitos do processo ensino- 
 aprendizagem.
d) Os familiares, os estudantes e os funcionários técnico-administrativos, pois eles estão 
 submetidos à gestão escolar.
e) Todos os funcionários da escola, pois eles são os responsáveis por administrar a 
 comunidade escolar.
Questão 1
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2 - Por que a participação de todas as pessoas que fazem parte da 
comunidade escolar precisa ser valorizada, defendida e estimulada no 
interior da escola?
a) Porque os pais precisam saber das ações que acontecem no interior da escola.
b) Porque a não participação dos funcionários da secretaria no conselho de escola tem 
 dificultado a participação dos pais dos estudantes nesse órgão colegiado.
c) Porque os estudantes, os maiores interessados no sucesso da escola, precisam estar 
 informados sobre o que acontece na escola.
d) Porque os gestores escolares não conseguem sozinhos conduzir a escola.
e) Porque os professores e os funcionários da secretaria precisam dialogar para poder 
 oferecer um serviço melhor ao cidadão.
Questão 2
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3 – A comunidade escolar precisa esperar que primeiro a gestão torne-se 
democrática para poder, a partir daí, participar do cotidiano da escola?
a) Sim, pois não há como participar de um ambiente não democrático.
b) Sim, porque a hierarquia precisa ser respeitada e são os gestores que promovem a gestão 
 democrática.
c) Não, porque a própria comunidade deve construir essa democracia ocupando seu espaço 
 de participação. 
d) Não, porque todas as escolas já se organizam de modo democrático.
e) Não, porque a comunidade precisa esperar que o Secretário de Educação publique um 
 decreto transformando a gestão da escola em gestão democrática.
Questão 3
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4 - É possível relacionar a humanização com a participação da comunidade 
escolar?
Questão 4
a) Não, porque o ser humano está condicionado pela sociedade em que vive e, dessa forma, 
 sua participação é limitada.
b) Não, porque a humanização não tem a ver com a participação da comunidade escolar.
c) Sim, porque a participação da comunidade escolar,numa gestão democrática, permite 
 que as pessoas sejam mais solidárias e amigas.
d) Sim, pois as transformações pelas quais a sociedade passa exige também a transformação 
 do ser humano para que este possa lidar com as mudanças sociais, políticas, econômicas e 
 culturais.
e) Sim, porque é por meio da participação que as pessoas vão continuamente aprendendo 
 a ser gente na relação com outras pessoas, e com isso, vão criando um mundo mais 
 humano, mais justo, mais democrático e melhor de ser vivido.
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5 - Por que a ética é considerada como princípio da gestão democrática?
Questão 5
a) Porque ela refere-se às lutas políticas pela democracia no ambiente escolar.
b) Porque ela relaciona-se com os princípios da moral institucional.
c) Porque na escola quem não é ético é antiético.
d) Porque a ética relaciona-se com a participação da comunidade escolar no cotidiano da 
 escola.
e) Porque a ética relaciona-se com a participação de pessoas cuja moral é bem elevada.
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Gabarito
1. Resposta: A.
As pessoas que fazem parte dessa 
comunidade estão envolvidas nas ações e 
nas atividades do cotidiano da escola.
2. Resposta: B. 
A defesa e o estímulo a essa participação 
estão relacionados diretamente com a 
gestão democrática da escola, pois não há 
como promover a participação das pessoas 
num ambiente não democrático.
3. Resposta: C.
O movimento para o estabelecimento 
de uma gestão democrática da escola 
e o movimento para a promoção da 
participação da comunidade escolar 
precisam acontecer ao mesmo tempo, 
pois só se consolida a gestão democrática 
quando há participação das pessoas. 
4. Resposta: E.
A escola não é apenas espaço para 
a escolaridade das pessoas, mas 
principalmente para a formação humana 
de sujeitos, por isso que a possibilidade 
de participação gera o desenvolvimento 
humano.
66/167
Gabarito
5. Resposta: D.
Sendo a ética um princípio da gestão 
democrática, cabe aos sujeitos da 
comunidade escolar consolidar e fortalecer 
seu espaço de participação no cotidiano da 
escola.
67/167
Unidade 4
As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar
Objetivos
 » Entender a relação entre as teorias da 
administração de empresas e as teorias da 
administração escolar.
 » Conhecer as principais teorias da administração 
escolar no Brasil.
 » Compreender as críticas às teorias da 
administração escolar no Brasil.
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar68/167
Introdução
As concepções que fundamentam as 
teorias da administração escolar se 
originam nas teorias da administração 
de empresas. Muitas vezes, as teorias 
administrativas são chamadas de 
teorias das organizações ou teorias 
organizacionais. É preciso lembrar que 
as teorias da administração de empresas 
estão diretamente ligadas à organização 
do trabalho nas empresas ao passo 
que o campo da administração escolar 
elabora proposições teóricas sobre a 
organização do trabalho na escola. Você 
pode perceber que são dois campos muito 
distintos e com objetivos muito diferentes: 
empresa e escola. O principal objetivo das 
empresas capitalistas é reduzir os custos 
de produção, a partir da exploração do 
trabalhador, para acumular mais capital. Já 
o principal objetivo das escolas é promover 
o acesso de crianças, adolescentes, jovens 
e adultos ao conhecimento sistematizado 
pela humanidade, na perspectiva da 
emancipação humana. Nesse contexto, 
não podemos fazer uma transposição 
direta das teorias da administração de 
empresas para o cotidiano da escola. 
Você vai ver brevemente quais são as 
características das duas principais teorias 
da administração de empresas.
a. Teoria da administração científica: 
elaborada no início do século XX; 
tem como principal representante o 
norte-americano Frederick Winslow 
Taylor (1856-1915). Essa teoria 
buscava reduzir o desperdício de 
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar69/167
tempo e de materiais e elevar o índice 
de produtividade, de modo que 
tornasse mais eficiente a realização 
de tarefas repetitivas para padronizar 
o processo produtivo. Na perspectiva 
taylorista, o homem é como se fosse 
uma máquina ou parte de uma 
máquina. Na época em que essa 
teoria foi elaborada, as condições 
de trabalhos eram desumanas, os 
salários eram muito baixos e as 
jornadas de trabalho eram muito 
extensas. Ou seja, não havia a menor 
preocupação com a situação do 
trabalhador, apenas com a situação 
do patrão em otimizar a produção 
e aumentar seus lucros. Outra 
característica do taylorismo foi a 
divisão do trabalho, ou seja, separou-
se o processo de planejamento do 
processo de execução: enquanto 
uns pensam a atividade, outros a 
executam. 
b. Teoria clássica das organizações ou 
teoria clássica da administração: 
elaborada no início do século XX; 
tem como principal representante 
o francês Jules Henri Fayol (1841-
1925). Essa teoria foi elaborada a 
partir de estudos de Fayol sobre a 
atividade de administração geral 
de empresa, sobre o processo 
administrativo, ou seja, partiu 
da observação do trabalho dos 
administradores e do modo como 
estes conseguiam organizar as 
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar70/167
empresas. Fayol também se baseou na racionalização e no controle das atividades 
humanas e defendia que o gerenciamento podia ser ensinado por meio de uma teoria da 
administração. Dessa forma, Fayol também opera sua teoria na perspectiva da divisão do 
trabalho, pois separa os trabalhadores que planejam e gerenciam o processo de produção 
da empresa dos trabalhadores que executam e realizam a produção. 
As teorias de Taylor e Fayol influenciaram e continuando influenciando o ramo da 
administração de empresas e também da administração escolar. A seguir você verá como os 
primeiros teóricos da administração escolar no Brasil basearam-se nas da administração de 
empresas.
Para saber mais
Para saber mais sobre as contribuições de Fayol para os estudos das teorias da administração, 
acesse o artigo “Publicações póstumas de Henri Fayol: revisitando sua teoria administrativa”.
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar71/167
1. Das Teorias da Administração 
de Empresa para as Teorias da 
Administração da Escola 
Apesar dos objetivos e do cotidiano 
da escola serem muito diferentes dos 
objetivos e do cotidiano das empresas, as 
teorias da administração escolar tiveram 
suas origens nas teorias da administração. 
Você vai ver a seguir quais são as principais 
teorias da administração escolar.
a. Teoria de Antonio de Arruda 
Carneiro Leão (1887-1966): sua 
teoria é elaborada no início do século 
XX quando há a complexificação do 
processo administrativo da educação 
com a expansão da oferta de vagas 
nas escolas. Essa teoria localiza a 
administração escolar no âmbito da 
administração, em especial, na teoria 
clássica de Henri Fayol, com destaque 
para a organização e a hierarquia de 
funções. 
b. Teoria de José Querino Ribeiro 
(1907-1990): sua teoria – que tem 
como principal obra “Ensaio de uma 
teoria da administração Escolar” – 
apresenta influência do movimento 
da Escola Nova e das teorias de 
Frederick W. Taylor e Henri Fayol. 
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar72/167
[...] A administração escolar vai funcionar como um instrumento 
executivo, unificador e de integração do processo de escolarização, cuja 
extensão, variação e complexidade ameaçam a perda do sentido da 
unidade que deve caracterizá-lo e garantir-lhe o bom êxito [...]. (RIBEIRO, 
1986, p. 30).
c. Teoria de Manuel Bergström Lourenço Filho (1897-1970): em sua teoria sobre 
administração e organização da escola, Lourenço Filho entende essa administração como 
uma atividade complexa que necessita distribuir as tarefas, nesse contexto, ele parte da 
ideia de divisão do trabalho, assim como Frederick W. Taylor e HenriFayol. Além de situar 
a administração escolar nas teorias clássicas da administração, Lourenço Filho também 
a situa no campo da psicologia, com destaque para a valorização das relações humanas 
no espaço da escola e inaugura uma linha teórica compreendida como “comportamento 
administrativo”. Lourenço Filho defende que organizar ou administrar a escola diz 
respeito a
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar73/167
“[...]bem organizar elementos (coisas e pessoas) dentro de condições 
operativas (modos de fazer), que conduzam a fins determinados. [...] É 
regular tudo isso, demarcando esferas de responsabilidade e níveis de 
autoridade nas pessoas congregadas, a fim de que não se perca a coesão 
do trabalho e sua eficiência geral [...]” (LOURENÇO FILHO, 2007, pp. 46 e 
47).
Para saber mais
Para saber mais sobre Antonio de Arruda Carneiro Leão e sua teoria, acesse. Disponível em: 
<http://www.serie-estudos.ucdb.br/index.php/serie-estudos/article/viewFile/495/391>
Para saber mais sobre José Querino Ribeiro, leia o artigo “Formação de gestores escolares: 
a atualidade de José Querino Ribeiro”. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/
v30n107/08.pdf>
http://www.serie-estudos.ucdb.br/index.php/serie-estudos/article/viewFile/495/391
http://www.scielo.br/pdf/es/v30n107/08.pdf
http://www.scielo.br/pdf/es/v30n107/08.pdf
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar74/167
d. Teoria de Anísio Spínola Teixeira (1900-1971): sua teoria está baseada em sua 
experiência como administrador em órgãos da educação (Secretário de Educação no 
Distrito Federal e Inspetor Geral de Ensino em Salvador). Anísio Teixeira contesta a ideia 
que as teorias da administração de empresas podem ser empregadas no cotidiano da 
escola. 
Link
Disponível em: <http://univesptv.cmais.com.br/escola-nova>
Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/tve/video/educadores-lourenco-filho>
http://univesptv.cmais.com.br/escola-nova
http://tvescola.mec.gov.br/tve/video/educadores-lourenco-filho
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar75/167
[...]Em educação, o alvo supremo é o educando a que tudo mais está 
subordinado; na empresa, o alvo supremo é o produto material, a 
que tudo mais está subordinado. Nesta, a humanização do trabalho 
é a correção do processo de trabalho, na educação o processo é 
absolutamente humano e a correção um certo esforço relativo pela 
aceitação de condições organizatórias e coletivas aceitáveis. São, assim, 
as duas administrações polarmente opostas [...](TEIXEIRA, 1964, p. 15).
Como você acabou de ver, as teorias da administração de Taylor e Fayol influenciaram 
decisivamente as teorias da administração escolar de Antonio de Arruda Carneiro Leão, José 
Querino Ribeiro e Manuel Bergström Lourenço Filho. Anísio Teixeira, ainda na primeira metade 
do século XX, tece uma crítica à transposição das teorias da administração de empresas para a 
administração escolar.
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar76/167
2. Crítica as Teorias da Admi-
nistração Escolar 
Como você viu ao longo dessa aula, 
as teorias da administração escolar 
sofreram influência direta das teorias da 
administração de empresas. Anísio Teixeira, 
ainda na primeira metade do século XX 
tece críticas a essa influência. Você vai 
conhecer dois estudiosos da educação que 
também teceram críticas à relação entre 
administração escolar e administração 
de empresas, especialmente a partir da 
década de 1980. Essas críticas referem-se 
ao reconhecimento que a educação escolar 
é um fenômeno social muito particular 
que necessita de outras teorias sobre sua 
organização e sua administração. 
Miguel Arroyo (1979, p. 39), em sua 
crítica às teorias da administração 
de empresas aplicadas ao contexto 
escolar, afirma que “[...] a insistência em 
apresentar a racionalidade administrativa 
como necessidade ‘natural’ ao bom 
funcionamento das instituições oculta 
a dimensão política de todo processo 
administrativo [...]”. Essa dimensão política 
refere-se, como o próprio autor defende, 
a um “[...] fazer pensado, crítico, atento 
ao modelo de um homem a ser educado 
e às relações entre a escola e a sociedade 
[...]” (ARROYO, 1979, p.46). Não dá para 
padronizar as atividades da administração 
escolar porque cada escola localiza-
se em um contexto sócio-histórico-
cultural específico e apresenta demandas 
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar77/167
específicas.
Vitor Paro em seu livro intitulado 
“Administração Escolar: introdução crítica” 
(PARO, 1988) estuda as condições de 
uma administração escolar voltada para 
a transformação social, na perspectiva 
do materialismo histórico dialético. Paro 
entende que a “[...] administração é a 
utilização racional de recursos para a 
realização de fins determinados. Assim 
pensada, ela se configura como uma 
atividade exclusivamente humana [...]” 
(PARO, 1988, p.18). O autor defende que 
a administração escolar transformadora 
(PARO, 1988, p. 151) concretiza-se na 
oposição à administração de empresa, cujo 
objetivo é acumular capital com base na 
exploração do trabalhador, pois o objetivo 
da escola, por meio da administração 
escolar transformadora, é promover e 
garantir o acesso de crianças, jovens, 
adolescentes e adultos ao conhecimento 
sistematizado, na perspectiva da 
emancipação humana.
Arroyo e Paro trazem elementos sócio-
histórico-culturais para o âmbito da 
reflexão sobre a administração escolar, 
pois essa não pode se pautar pelo exemplo 
das teorias da administração de empresas 
porque a escola é o lugar da emancipação 
humana e não da desumanização com a 
exploração do trabalhador. 
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar78/167
Glossário
Escola Nova: foi um movimento de estudiosos da educação, liderados por John Dewey, 
no EUA, no início do século XX, que defendia o aprendizado pela experiência. Na década 
de 1930, no Brasil, essas ideias serviram de base ao Manifesto dos Pioneiros da Educação 
Nova.
Materialismo histórico dialético: “é um referencial teórico que possibilita a compreensão 
das relações e dos fenômenos sociais como fruto das múltiplas determinações culturais e 
históricas” (ROGERIO, 2015, p. 27). 
Emancipação humana: uma forma de sociabilidade na qual os homens possam ser livres 
e possam desenvolver amplamente suas potencialidades, na perspectiva da solidariedade 
e não na perspectiva de oposição e de concorrência.
Questão
reflexão
?
para
79/167
A partir da realidade escolar que você conhece, seja como 
estudante ou como profissional, elabore um texto dissertativo 
relacionando as questões da administração escolar da 
realidade que você conhece com as teorias estudadas.
80/167
Considerações Finais
 » As teorias da administração de empresas propostas por Frederick W. Taylor e Henri Fayol, 
no início do século XX, influenciaram as teorias da administração escolar no Brasil.
 » As principais teorias da administração escolar brasileira, influenciadas por Taylor e Fayol, 
foram elaboradas por Antônio de Arruda Carneiro Leão, José Querino Ribeiro e Manuel 
Bergström Lourenço Filho.
 » Anísio Teixeira, ainda na primeira metade do século XX, tece uma crítica à transposição 
das teorias da administração de empresas para a administração escolar.
 » Miguel Arroyo e Vitor Paro fazem críticas à influência das teorias da administração de 
empresas para a administração escolar porque reconhecem que a educação escolar é um 
fenômeno social muito particular, que necessita de outras teorias para sua organização e 
sua administração.
Unidade 4 • As concepções que fundamentam as teorias da administração escolar81/167
Referências
ARROYO, Miguel G. Administração da educação, poder e participação. Educação e Sociedade. 
Ano I, n. 2, jan./1979. Campinas: CEDES.
LOURENÇO FILHO, Manuel Bergström. Organização e AdministraçãoEscolar: curso básico. 8ª 
edição. Brasília: INEP/MEC, 2007
PARO, Vitor. Administração Escolar: introdução crítica. 3ª. Edição. São Paulo: Cortez, 1988.
RIBEIRO, José Querino. Ensaio de uma teoria da Administração Escolar. São Paulo: Saraiva, 
1986.
ROGERIO, Rosa Maria de Freitas. Possibilidades e limites para uma coordenação 
compartilhada do trabalho pedagógico no CEU. Tese de Doutorado. 204p. São Paulo: 
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 2015.
TEIXEIRA, Anísio Spínola. Natureza e função da Administração Escolar. Cadernos de 
Administração Escolar, n.º 1. Salvador: ANPAE, 1964.
82/167
1 – O principal objetivo das empresas capitalistas é:
a) Oferecer trabalho para que as pessoas possam viver.
b) Permitir que, com o trabalho, as pessoas possam conquistar uma vida melhor.
c) Promover o desenvolvimento profissional do trabalhador.
d) Garantir um salário que custeie todas as necessidades do trabalhador.
e) Reduzir os custos de produção, a partir da exploração do trabalhador, para acumular mais 
 capital.
Questão 1
83/167
2 - O que é a divisão do trabalho?
a) É uma forma de melhorar a produtividade e garantir boas condições de trabalho para o 
 operário.
b) É uma forma de garantir que cada pessoa cuide de uma parte do processo produtivo, para 
 que todos possam se desenvolver profissionalmente.
c) É a separação dos trabalhadores menos qualificados e dos trabalhadores mais 
 qualificados.
d) É a separação do processo de planejamento do processo de execução: enquanto uns 
 pensam a atividade, outros a executam. 
e) É a separação das diversas atividades dentro da empresa, para que todos possam 
 conhecer todo o processo produtivo.
Questão 2
84/167
3 – Qual objetivo da Teoria da Administração Científica de Frederick W. 
Taylor?
a) Melhorar o desempenho dos administradores de empresa, de modo que estes pudessem 
 promover o desenvolvimento profissional dos trabalhadores.
b) Promover a administração de empresas de modo econômico e solidário, considerando as 
 necessidades de trabalho dos operários. 
c) Reduzir o desperdício de tempo e de materiais e elevar o índice de produtividade, de modo 
 que tornasse mais eficiente a realização de tarefas repetitivas para padronizar o processo 
 produtivo.
d) Ampliar a participação dos operários nas decisões da administração das empresas, pois 
 estes são os trabalhadores que melhor conhecem o processo produtivo.
e) Garantir o acesso de todos os trabalhadores da empresa ao processo de administração da 
 mesma.
Questão 3
85/167
4 - Quais são os principais teóricos da administração escolar no Brasil 
que sofreram influências das teorias de Taylor e Fayol?
a) Antônio de Arruda Carneiro Leão, Manuel Bergström Lourenço Filho e Miguel Arroyo.
b) Antônio de Arruda Carneiro Leão, José Querino Ribeiro e Manuel Bergström Lourenço 
 Filho.
c) Antônio de Arruda Carneiro Leão, José Querino Ribeiro e Miguel Arroyo.
d) Antônio de Arruda Carneiro Leão, José Querino Ribeiro e Vitor Paro.
e) Antônio de Arruda Carneiro Leão, Manuel Bergström Lourenço Filho e Vitor Paro.
Questão 4
86/167
5 - Porque Miguel Arroyo e Vitor Paro fazem críticas à influência das 
teorias da administração de empresas para a administração escolar?
a) Porque reconhecem que a educação escolar é um fenômeno social muito particular, que 
 necessita de outras teorias para sua organização e sua administração.
b) Porque eles não concordavam com a ideia da divisão do trabalho, proposto por Taylor e 
 Fayol.
c) Porque eles acreditam que a administração de empresas não é tão complexa quanto a 
 administração de escolas.
d) Porque eles não reconhecem as teorias da administração como teorias científicas.
e) Porque eles entendem que o cotidiano da escola é muito mais simples que o cotidiano das 
 empresas.
Questão 5
87/167
Gabarito
1. Resposta: E.
A empresa capitalista precisa produzir 
lucro. O lucro ou mais-valia só é produzido 
quando há redução dos custos da produção 
e exploração do trabalho do trabalhador.
2. Resposta: D.
A divisão do trabalho refere-se ao modo 
como as tarefas de cada pessoa são 
divididas, separadas e organizadas.
3. Resposta: C.
Na perspectiva taylorista, o homem é como 
se fosse uma máquina ou parte de uma 
máquina.
4. Resposta: B.
Miguel Arroyo e Vitor Paro tecem severas 
críticas às influências das teorias de Taylor 
e Fayol para a administração escolar.
5. Resposta: A.
A escola não pode pautar-se pelo exemplo 
das teorias da administração de empresas 
porque a escola é o lugar da emancipação 
humana e não da desumanização através 
da exploração do trabalhador.
88/167
Unidade 5
Organização da escola, gestão escolar e suas características.
Objetivos
 » Reconhecer as especificidades dos conceitos 
de organização e gestão escolar.
 » Refletir sobre as características da gestão 
escolar democrática: descentralização, 
participação e autonomia.
 » Entender a importância do Projeto Político 
Pedagógico para a organização e a gestão da 
escola
Unidade 5 • Organização da escola, gestão escolar e suas características89/167
Introdução
Quando você pensa na escola, você a pensa 
como uma organização? Eu entendo a 
escola como uma “organização”, na mesma 
perspectiva apontada por Libâneo (2013, 
p.87), ou seja, como uma “[...] unidade 
social que reúne pessoas que interagem 
entre si e que opera por meio de estruturas 
e processos organizativos próprios, a fim 
de alcançar os objetivos da instituição. 
[...]”. A ideia de organização apresenta uma 
“visão de conjunto”, em que as partes que 
o constitui são interdependentes entre 
si. Então a relação entre essas partes é 
fundamental para que o conjunto, ou, no 
contexto da escola, o trabalho coletivo, 
funcione. 
A escola é uma organização que se orienta 
pelos objetivos educativos previstos na 
legislação educacional e propostos no 
Projeto Político Pedagógico, contando com 
o trabalho de diversos profissionais e com 
a participação dos estudantes e de seus 
responsáveis, que se relacionam por meio 
de processos organizativos, que tem como 
principal característica a interação entre 
as pessoas, com objetivo da promoção 
da formação humana. Por isso, nessa 
disciplina, você estuda a gestão escolar na 
perspectiva democrática, no escopo das 
comunicações e das relações interpessoais. 
Para que uma organização alcance seus 
objetivos, é necessária a gestão dela, que 
encontra-se diretamente relacionada 
às escolhas que se faz para seu melhor 
funcionamento. Nessa perspectiva, 
compreendemos gestão escolar como: 
Unidade 5 • Organização da escola, gestão escolar e suas características90/167
[...] uma das áreas de atuação profissional na educação destinada a 
realizar o planejamento, a organização, a liderança, a orientação, a 
mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos 
necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para a 
promoção da aprendizagem e formação dos alunos [...]. 
(LÜCK, 2009, p. 23).
Você viu na aula anterior as primeiras teorias da administração escolar no Brasil e suas 
características, que se relacionavam à ideia da administração como um procedimento 
racional, sequencial, hierarquizado e baseado na divisão do trabalho. A tarefa de administrar 
referia-se a emitir ordens e controlar o cumprimento dessas ordens, sem considerar a 
opinião do trabalhador. Partindo dessas teorias e dos conceitos de organização e de gestão 
escolar consideramos que esses dois conceitos são mais complexos do que o conceito de 
administração escolar, porque eles referem-se às funções e responsabilidades dos profissionais 
de educação da escola para a promoção das condições, com os recursos necessários, do 
melhor funcionamento dessa instituição. Por esses motivos destacamos que a gestão escolar 
é responsável por articular, coordenar e acompanhar o trabalho dos profissionais da escola na 
perspectiva de garantir condições para a melhoria da aprendizagem dos estudantes.