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Aula 1 - Salário-Maternidade


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11/08/2020 SALARIOS-2020-005: Aula 1 - Salário-Maternidade
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BENEFÍCIOS AOS SEGURADOS EM FUNÇÃO
DOS DEPENDENTES
A Previdência social garante aos seus segurados dois benefícios que possuem relação direta dom os
dependentes: o Salário-Maternidade e o Salário-Família. Com estes benefícios a Previdência está presente na
vida das pessoas em diversas situações, sempre garantindo proteção. 
É importante a pessoa ser cuidada para que também possa cuidar da sua família. Acompanhe os critérios para
direito a esses benefícios. Nesta aula você vai estudar os critérios para o direito ao Salário-Maternidade.
1. SALÁRIO-MATERNIDADE
Maternidade é um momento que exige dedicação integral e muitos cuidados por parte da genitora ou
adotante, é uma fase nova da vida que requer adaptação e acolhimento ao filho(a), suprimento de todas suas
necessidades e estabelecimento de vínculo afetivo.
A Previdência Social possui um benefício para esse momento, entre outras situações, que propicia a dispensa
das atividades profissionais para o cuidado dos filhos, recém-nascidos ou não, naturais ou adotados,
fortalecendo as relações de afeto que irão prevalecer durante toda a vida.
É um direito de todas as seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes
individuais, facultativas e trabalhadoras rurais, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não
criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. É um direito também dos segurados, em casos
específicos.
Para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se parto o evento que gerou a certidão de
nascimento ou certidão de óbito do natimorto.
CONQUISTAS RELACIONADAS AO SALÁRIO-MATERNIDADE
Como política pública, a Previdência protege as mães biológicas e as adotantes ou detentoras de guarda
judicial.
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O Salário-Maternidade é uma conquista das mulheres ao longo dos anos e a Previdência exerceu um
importante papel na vida dessas pessoas.
A Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, estabeleceu várias inovações no âmbito dos direitos sociais,
inclusive com relação ao Salário-Maternidade, tais como:
1. Igualdade de direitos entre trabalhadores urbanos e rurais.
2. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 (cento e vinte) dias.
3. O direito ao benefício foi assegurado à trabalhadora avulsa e à empregada doméstica.
Desde então, muitas mudanças ocorreram na sociedade e na legislação permitindo que, atualmente o
benefício seja um direito de todas seguradas e de segurados, em casos específicos.
DURAÇÃO DO SALÁRIO-MATERNIDADE
Para as mães biológicas, o benefício será pago durante 120 dias e poderá ter início até 28 dias antes do parto.
Tratando-se de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este último comprovado
mediante certidão de óbito, a segurada terá direito aos 120 dias previstos em lei, sem necessidade de
avaliação médico-pericial pelo INSS.
A duração do benefício será diferenciada no caso de aborto espontâneo ou previsto em lei (estupro ou risco
de vida para a mãe), que será pago por duas semanas.
Se o Salário-Maternidade for concedido antes do nascimento da criança, a comprovação será por atestado
médico e, se posterior ao parto, a prova será a certidão de nascimento.
A segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, que tenha no máximo 12
(doze) anos de idade, terá direito ao Salário-Maternidade de 120 dias.
CARÊNCIA DO SALÁRIO-MATERNIDADE
A carência para concessão desse benefício varia de acordo com a categoria, como veremos agora:
1. Empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas - não exige carência, desde que
comprovem filiação nesta condição na data do afastamento para fins do benefício ou na data do parto.
2. Contribuinte individual (inclusive aquela que presta serviço para a empresa), segurada facultativa e
segurada especial (que optou por contribuir) - dez (10) contribuições mensais.
3. Segurada especial que não paga contribuições - comprovar no mínimo 10 (dez) meses de trabalho rural
imediatamente anteriores à data do parto, mesmo que de forma descontínua.
A trabalhadora que exerce atividades ou tem empregos simultâneos tem direito a receber um benefício para
cada emprego ou atividade, desde que contribua para a Previdência nas duas funções. Em caso de parto de
gêmeos, será devido apenas um benefício, pois a condição para a concessão é o parto e não o número de
filhos.
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RENDA MENSAL INICIAL DO SALÁRIO MATERNIDADE
O benefício será calculado em função de:
1. Para as empregadas e trabalhadoras avulsas, a Lei determina que o valor do benefício seja no mesmo
valor da sua remuneração integral equivalente a um mês de trabalho. Pode ultrapassar o limite máximo
do INSS, limitando-se ao teto do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
2. A empregada doméstica (em atividade) terá direito ao benefício no mesmo valor do seu último salário
de contribuição. Neste caso, deverão ser observados o limite mínimo e máximo do salário de
contribuição ao INSS.
3. A segurada especial terá direito ao benefício no valor de um salário mínimo. Caso contribua
facultativamente, sua renda mensal inicial corresponderá a um doze avos da soma dos 12 últimos
salários de contribuição, apurados em período não superior a 15 meses. O mesmo se aplica às demais
seguradas: a contribuinte individual, a facultativa e a desempregada em período de graça.
Desde 14/06/2007, a segurada desempregada tem direito ao recebimento do Salário-Maternidade, desde que
tenha carência e esteja no período de graça, independentemente do motivo da rescisão de contrato.
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Nessa situação, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social.
Para saber mais sobre "período de Graça" acesse o curso "Segurados da Previdência Social".
OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE SALÁRIO-MATERNIDADE
A partir de janeiro de 2010, as trabalhadoras das empresas tiveram mais uma conquista com a instituição do
Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar por sessenta (60) dias a duração da licença-maternidade.
Para isso, é necessário que as empresas façam sua adesão ao Programa.
Por meio da Lei 12.873, de 25 de outubro de 2013, passou a ser devido o salário-maternidade, pelo período
de cento e vinte (120) dias, ao segurado do sexo masculino, inclusive em período de manutenção da
qualidade de segurado, que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.A partir de 23 de
janeiro de 2013, fica garantido, no caso de falecimento da segurada ou segurado que tinha direito ao
recebimento de salário-maternidade, o pagamento do benefício ao cônjuge ou companheiro(a) sobrevivente,
desde que este também possua as condições necessárias à concessão do benefício em razão de suas próprias
contribuições. Para o reconhecimento deste direito é necessário que o sobrevivente solicite o benefício até o
último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário: 120 dias.
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