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ESTRATÉGIAS DE LEITURA


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ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Jasiane de Freitas Longho
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre, R: ArtMed. 6ª Edição. 1998.
Isabel Solé, espanhola, professora do departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação na Universidade de Barcelona, na Espanha, reside em Barcelona. Para esta especialista, o professor tem o papel de ajudar na formação de leitores autônomos ao apresentar e praticar as ações fundamentais para a interpretação. Publicado originalmente em 1992, seu livro Estratégias de Leitura esmiúça o papel do professor na formação de leitores competentes
Estratégias de Leitura não é um livro que ensina métodos para aprender a ler, mas sim mostra estratégias para facilitar a compreensão leitora, fazendo com que o professor possa ensinar através destas estratégias os alunos a fazer uma leitura mais compreensiva e eficaz.
Decorrerei aqui especificamente os capítulos 5 e 6 do livro, no capítulo 5 intitulado “Para Compreender... Antes da Leitura” será levado em conta as estratégias incentivadas antes do início propriamente dito da atividade de leitura, isto é, o que poderá ser feito antes da leitura para ajudar a compreensão dos alunos, e será dividida em seis pontos: idéias gerais; motivação para leitura; objetivos da leitura; revisão e atualização do conhecimento prévio; estabelecimento de previsões sobre o texto e formulação de perguntas sobre ele.
No primeiro ponto ideias gerais a autora enfatiza a concepção que o professor tem sobre a leitura, projetando assim determinadas experiências educativas sobre a mesma, para isso alguns aspectos devem ser levados em conta para o ensino correto de estratégias de compreensão leitora.
Ler deve ser uma atividade voluntária e prazerosa, e quando se ensina a ler deve se levar isto em conta, desse modo deve distinguir situações em que se trabalha a leitura e situações em que simplesmente se lê, e a mesma deve ser avaliada como instrumento de aprendizagem, informação e deleite.
A leitura não pode ser trabalhada de modo competitivo, pois tende a prejudicar os sentimentos de competências das que encontram maiores problemas, contribuindo para o fracasso.
Podemos ter diferentes situações de leitura: oral, individual, coletiva e silenciosa, compartilhada, devemos encontrar textos mais adequados para alcançar os objetivos propostos em cada momento, a atividade deve ser significativa para as crianças e que tenha uma finalidade que elas possam compreender e compartilhar.
No ponto motivação para a leitura a autora frisa bem a questão de que nenhuma leitura deverá ser iniciada sem que as crianças estejam motivadas e que faça sentido, para isso a criança deve conhecer os objetivos que se pretende alcançar, sentindo-se capaz e podendo sentir segurança para pedir e receber ajuda que precisa.
O desafio é um fator importante para despertar o interesse pela leitura, para que isso ocorra é necessário levar em conta o conhecimento prévio das crianças com relação ao texto, oferecendo a ajuda necessária para que possam construir significado adequado sobre ele.
Leitura motivadora é aquela em que as crianças lêem para se libertar, para sentir prazer de ler que tenha um objetivo claro como resolver uma dúvida, um problema ou adquirir as informações necessárias, mas o que ocorre nas escolas e que as leituras realizadas são para escutar os que os outros lêem e não para discutir e comentar o que e como foi lido.
Para conseguir essa motivação pela leitura é necessário um bom planejamento da leitura e selecionar com critérios os materiais que serão trabalhados, tomando decisões sobre as ajudas prévias dos alunos, evitando situações de concorrências entre as crianças e promovendo sempre que possível o uso de contextos real que incentiva o gosto pela leitura.
Ao realizarmos a leitura de determinados textos deverá sempre ter um objetivo e esse varia de acordo com situações e momentos, esses objetivos podem ser trabalhados na escola garantindo um grande desempenho aos alunos, pois a presença deles é constante na vida adulta.
De acordo com Solé esses são alguns objetivos gerias de leitura:
· Ler para obter uma informação precisa: é a leitura que realizamos quando pretendemos localizar algum dado que nos interessa, o ensino dessa leitura requer o ensino de algumas estratégias. Ex: procurar um número de telefone de alguma pessoa na lista telefônica, como estratégias necessitados conhecer a ordem alfabética.
· Ler para seguir instruções: Neste contexto a leitura é um meio que deve nos permitir fazer algo concreto como ler instruções de um jogo, a receita de uma torta, o objetivo desta leitura é saber como fazer e para que isso aconteça é necessária a compreensão de todo o texto, para isso é necessário a leitura completa do mesmo.
· Ler para obter uma informação de caráter geral: acontece quando queremos saber do que se trata determinado assunto saber o que aconteceu e se é interessante dar procedimento a leitura, não somos pressionados a uma busca completa, é leitura guiada pela necessidade de aprofundar-se mais ou menos nela. Ex: Não lemos todas as notícias que contêm no jornal, lemos o cabeçalho que sintetiza a notícia e vamos direto para aquela que nos interessa. Esse tipo de leitura é considerado essencial para o desenvolvimento da leitura crítica onde o leitor lê segundo o seu próprio interesse.
· Ler para aprender: consiste em forma explícita em ampliar os conhecimentos de que dispomos a partir da leitura de um determinado texto, está leitura possui características diferentes das formas de ler por outros objetivos. Ex quando estuda, o aluno sublinha ou anotas partes que considera importante para seus estudos.
· Ler para revisar um escrito próprio: acontece frequentemente com pessoas que utiliza à escrita como um instrumento de trabalho, mas ocorre também quando realizamos uma dissertação, relemos para revisar se o que escrevemos está transmitindo o significado que esperamos atingir, esta auto-revisão das próprias redações escritas é considerada imprescindível no ensino da leitura e da escrita.
· Ler por prazer: o prazer é algo absolutamente pessoal, e cada um sabe como obtém, portanto a leitura é uma questão pessoal, que só pode estar sujeita a si mesma. Uma leitura caracterizada prazerosa é a leitura de literatura.
· Ler para comunicar um texto a um auditório: É uma leitura dirigida para um determinado grupo de pessoas (ler conferência), sua finalidade é que as pessoas para as quais a leitura é dirigida possam compreender a mensagem emitida, e para que isso ocorra o leitor deve usar recursos como entoação, pausas e a leitura e compreensão antecipada do texto.
· Ler para praticar a leitura em voz alta: é um tipo de leitura que permiti cobrir algumas necessidades, objetivos ou finalidades de leitura, está é muito utilizado nas escolas e tem como objetivo que aluno leia com clareza, rapidez, fluência e
correção, respeitando as normas de pontuação e com entoação requerida deixando a compreensão do texto num nível secundário.
· Ler para verificar o que se compreendeu: este também é muito utilizada na escolar e consiste em que alunos e alunas devam dar conta da sua compreensão, respondendo a perguntas sobre o texto ou recapitulando através de qualquer outra técnica.
Após a apresentação de nove objetivos de leitura, é necessário levar em conta que o propósito de ensinar as crianças a ler com diferentes objetivos é que, com o tempo, elas mesmas sejam capazes de se colocar objetivos de leitura que lhes interessem e que sejam adequados.
A autora mostra a importância de ativar o conhecimento prévio do texto, o que a criança sabe sobre o mesmo, este recurso ajuda a criança a atualizarem o conhecimento prévio que vai ser útil para a criança entender o texto.
Para que isso ocorra é necessário dar alguma explicação geral sobre o que será lido, isso não que dizer explicar o texto, mas indicar sua temática aos alunos permitindo-os situar-se diante da leitura, também é importante ajudar o aluno a prestar atenção a determinado aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento prévio, o resumo,por exemplo, é um aspecto que ajudará saber do que se trata o texto e por ultimo incentivar os alunos a exporem o que já sabem sobre o tema.
Estabelecer previsões sobre o texto também é fundamental antes da leitura e para isso deve basear-se nos aspectos do texto: superestrutura, títulos, ilustrações, cabeçalhos etc. As previsões dos alunos não devem se limitar aos títulos, mas levar em conta todos estes indicadores como meio de prever e atualizar o conhecimento prévio necessário.
Devem-se promover as perguntas dos alunos sobre o texto e quando isto ocorre, os alunos estão utilizando seu conhecimento prévio sobre o tema e às vezes sem intenção conscientizam do que sabem e do que não sabem sobre o assunto, e acabam adquirindo objetivos próprios, para os quais tem sentido o ato de ler, ao professor cabe inferir das perguntas formuladas e sua situação perante o texto e ajustando sua intervenção adequada.
No capítulo 6 “Construindo a Compreensão... Durante a Leitura” a autora abordará a estratégias que acontecem durante o processo de leitura e para isso recorda que a leitura é um processo de emissão e verificação de previsões que levam à construção da compreensão do texto.
A compreensão de um texto envolve a capacidade de elaborar um resumo que produz seu significado global de forma sucinta, devendo diferenciando o que essencial do texto e o que é secundário.
Segundo Solé à medida que lemos, prevemos, formulamos perguntas, recapitulamos a informação e a resumimos e ficamos alerta perante possíveis incoerências ou desajustes, assim o processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda os diversos textos que se propõe ler.
Os alunos aprendem a ler melhor mediante as intervenções do seu professor, e a leitura compartilhada deve ser considerada uma excelente ferramenta para os alunos compreenderem e usarem as estratégias úteis para compreender os textos, e também um meio no qual o professor pode realizar avaliação formativas da leitura dos seus alunos e do próprio processo.
A ideia que preside as tarefas de leitura compartilhada é, na verdade, muito simples: nelas, o professor e os alunos assumem a responsabilidade de organizar a tarefa de leitura e envolver os outros na mesma.
Passos a serem seguido a para que ocorra a leitura compartilhada: professor e alunos devem ler um texto em silêncio (pode haver leitura em voz alta), em seguida o professor conduz os alunos através das quatros estratégias básicas:
· Fazer um resumo do que foi lido e solicitar sua concordância (recapitulação)
· Pedir explicações ou esclarecimentos sobre determinadas dúvidas do texto (esclarecer)
· Fazer previsões sobre o texto
· Formular uma ou algumas perguntas ás crianças (perguntas)
As atividades de leitura compartilhada devem permitir a transferência da responsabilidade e o controle da tarefa de leitura das mãos do professor para as mãos dos alunos.
Já a leitura independente a escola pode se propor o objetivo de promover o uso de determinadas estratégias em tarefas de leitura individual, oferecendo materiais preparados para que ele pratique por sua própria conta algumas estratégias que podem ter sido objeto das tarefas de leitura compartilhada, com toda a classe, ou em pequenos grupos ou duplas.
Para ler eficazmente precisamos saber o que podemos fazer quando identificamos o obstáculo, o que significa tomar decisões importantes no decorrer da leitura, isto é, alguns alunos não compreendem o que estão lendo.
A autora cita que alguns professores apenas corrigem o que aluno lê errado, esquecendo de orientar-lo como proceder para superar os obstáculos apresentados no decorrer da leitura.
Existem diferentes problemas no processo de leitura e para isso contamos com diferentes tipos de soluções, quando o leitor não compreende algo no texto (palavra) não correto orientá-lo a parar e procurar o significado da mesma, pois o leitor acaba se desligando, perdendo o ritmo, como estratégia deve orientar o leitor a continuar lendo, pois o próprio texto pode dar o sentido da palavra.
Mas se a palavra aparece repetidamente no texto a autora sugere a seguinte estratégia, aventurar uma interpretação para o que não se compreende e ver se ela funciona ou se é preciso deixa - lá de lado, em ultimo caso se as estratégias anteriores não derem resultado deve buscar ajuda em uma fonte especializada (professor, colega, dicionário) permitindo eliminar a dúvida.
E para finalizar o capitulo a autora deixa claro que para ensinar as estratégias que podem ser adotadas ante as lacunas de compreensão, não se devem fazer muito mais do que o imprescindível para a compreensão do texto: discutir com os alunos os objetivos da leitura; trabalhar com materiais de dificuldades moderada que representam desafios; ativar conhecimento prévio e proporcionando ajuda.
A autora aborda diversas estratégias que devem ser utilizadas pelo professor para que o mesmo forme leitores, capaz de compreender o que está lendo, e consiga atingir nos alunos o gosto pela leitura, pois somente através de ferramentas como estas os alunos poderão utilizar essas estratégias que facilitarão o entendimento do texto.
Portanto a leitura compreensiva não é algo fácil, mas também não é algo impossível, mesmo leitores que sentem prazer pela leitura necessita de um preparo para uma melhor compreensão leitora, e para isso devemos utilizar as estratégias que enriquecerá cada vez mais a capacidade de uma formação leitora eficaz.

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