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Clara Rêgo 2020.1 – transcrição aula de André DISCROMIAS Alterações de cor da pele. Geralmente associado à alterações na quantidade de melanina. Podem ser por outros pigmentos. ACROMIAS E HIPOCROMICAS: · Albinismo; · Vitiligo; · Hanseníase; · Pós inflamatória (após um processo inflamatório, independente do mecanismo causal – queimadura, escoriação, picada de inseto que evolui, outros; pode-se desenvolver uma doença hipercrômica ou uma hipocrômica, isso depende do indivíduo). · Leucodermia gutata; · Hipomelanose macular progressiva. HIPERCROMIA: · Melasma; · Hipercromia pós-inflamatória. LEUCORDEMIA GUTATA: · Manchas hipocrômicas ou acrômicas redondas, presentes geralmente nos MMII e MMSS (antebraços). Pode estar presente em outras regiões. · Não tem significado patológico maior, mas se vemos muitas manchas de leucordemia gutata, sabemos que o paciente já se expos muito ao sol. · Mulheres com fototipos baixos (pele mais clara) fotodano crônico. ALBINISMO: É uma patologia que cursa com a deficiência na síntese de melanina com melanócitos em quantidade e distribuição normais. Obs: já no vitiligo, eu tenho a destruição dos melanócitos. · Mutação no gene da tirosinase (essa não é a única causa). · Incidência 1:20.000 Na formação da melanina a tirosinase tem grande importância na formação da melanina. Por isso na falta desta, a produção de melanócitos não é adequada. “Existe albinismo apenas cutâneo? Os livros dizem que não, que todos tem alguma alteração ocular”. · ALBINISMO OCULOCUTÂNEO (AOC): existem vários tipos: Hoje vamos focar no AOC 1, por sem o mais comum. · AOC1A: · Forma mais grave. Completa ausência de melanina da pele. · Mais comum que 1B. · Tirosinase negativa. · Cabelos brancos. Pupilas vermelhas. · AOC1B: · Redução parcial da ativação da tirosinase – por isso a pessoa ainda pode fazer alguma produção de melanina. · Pele, cabelos e olhos podem adquirir pigmentação parcial. · A confusão aqui é que o fenótipo pode ser parecido com a 1A. · Nessa foto, a mulher na esquerda tem 1A, pelas características de pele branca, cabelo claro e pupilas vermelhas. Na direita, pode ser possível que ela tenha 1B. Quando temos o tipo 1A, não temos melanócitos na íris, por isso podemos ver uma íris translúcida. Por isso albinos tem fotofobia, · Manifestações oftalmonógicas: · As manifestações oftalmológicas no albinismo, presentes principalmente no tipo 1ª, · Iris translúcida, · Fotofobia, · Nistagmo, · Estrabismo, · Redução da acuidade visual, · Associação à surdez. · Diagnóstico: · Exame físico – o tipo 1ª se torna mais fácil. · Exame molecular. · Teste do bulbo capilar – não fecha diagnóstico, mas ajuda a entender a fisiopatogenia do albinismo. · Neste teste tiramos de 8 a 10 folículos pilosos do cabelo do paciente. Colocamos tirosina no bulbo capilar desses fios. Se o indivíduo tem a tirogenase, veremos formação de melanina nesse bulbo. · Olhando as fotos do teste à esquerda, o primeiro há ausência total de tirogenase, então AOC1A; já no da direta há uma pequena produção de melanina, então seria tipo 1B. · Tratamento: · Ainda não existe um tratamento que possa reverter a deficiência da tirogenase. · Evitar a exposição solar; · Bloqueador solar, roupas, chapéus. · Oftalmologistas · Observações importantes: · Alterações oculares ter muita atenção. · Câncer de pele! · Preconceito. VITILIGO: Doença cutânea caracterizada por manchas acrômicas, de etiologia desconhecida. · Segunda e terceira décadas de vida; · Prevalência: 1% mais comum que o albinismo. · Sem diferenças entre sexos e raças; A etiopatogenia ainda não se sabe ao certo. Imagina-se que seja multifatorial e que tenha um fator genética (mais provável poligênica). A única certeza é que há ausência ou diminuição de melanócitos AQUI HÁ DESTRUIÇÃO DOS MELANÓCITOS – diferente do albinismo. · Teoria autoimune essa é a teoria mais aceita para a destruição do melanócitos. · Existem outras teorias: neurogênica; autodestruição; estresse oxidativo. · Associação com outras doenças autoimunes: · DM; · Anemia perniciosa; · Hipotireoidismo; · Raro: meningite asséptica por destruição dos melanócitos meningeanos. VITILIGO NÃO SEGMENTAR: · QUADRO CLÍNICO: · Máculas acrômicas. · Manchas hipocrômicas no início evoluem para acromia. · Localização: face, punhos, dorso do dedos, genitália, dobras, regiões periorificiais, joelhos e cotovelos. · Lesões simétrica. · Fenômeno de Koebner: · Pessoas que tem psoríase também podem ter. · Esse fenômeno acontece em um local em que acontece uma lesão no documento, como escoriação ou queimadura, pode aparecer uma mancha do vitiligo. · Além do vitiligo, isso acontece bastante em psoríase. · Poliose: pode apresentar fios brancos no cabelo. Poliose é diferente de canície, esta é fios brancos relacionado a velhice. · Eritema discreto pode ocorrer: pela ausência de melanina, se torna mais visível os vasos sanguíneos na derme. · No início as manchas podem ser hipocrômicas. · Observar a simetria. VITILIGO SEGMENTAR: · Lesões acometem um segmento do corpo e respeitam a linha média. · Lesões são mais estáveis, comparado com a não segmentar é uma característica do segmentar as lesões ficarem restritas àquelas lesões. · Resposta mais difícil ao tratamento. DIAGNÓSTICO: · Quadro clínico característico. · Lâmpada de wood: melhor avaliação da extensão das lesões. Não fecha diagnóstico, mas pode ajudar a delimitar lesões. Foto ao lado. · Histopatológico: você detecta que tem ausência de melanócito, mas não se consegue ter 100% de certeza... um paciente pode ter tido uma queimadura naquele local que cursou com a morte dos melanócitos. TRATAMENTO: · Corticoide tópico – curto período. · Inibidores de calcineurina redutase: · Tacrolimus e Pimecrolimus. · Corticoide sistêmico em casos em progressão. · Fototerapia: imunossupresão e estímulo à melanose. · Laser. · Cirurgia: casos estáveis; vitiligo segmentar; poucas lesões. · Despigmentação. · Proteção solar. · Acompanhamento psicológico. PROGNÓSTICO: A evolução é imprevisível.