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Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. Antecedentes Históricos: Fim da II G.M - Tentativas de redivisão do mundo → II G.M - Declínio definitivo as potências imperialistas1 - Contestação do Domínio Colonial pelos EUA EUA Vitorioso: não necessitava carregar o ônus de uma dominação colonial - Bases militares em cerca de 150 países - OTAN (criada na GF): consolidam deslocamentos de tropas, sem criar uma conotação imperial. URSS: Saiu da II G.M com vasta zona sob ocupação - Consolidou regimes aliados de corte ideológicos - Oposições aos governos da Europa Central (com apoios de diversas origens) Guerra Fria: Implantada pelos EUA para consolidar sua hegemonia sobre o chamado Mundo Ocidental (contenção de uma suposta expansão URSS) Novos Estados Nacionais: China, Índia; Estados islâmicos do Paquistão, Bangladesch;2 Egito, Turquia, Pérsia (...); Ásia e a África (Movimentos de Libertação Nacional). Oriente Médio: Polo Petroleiro → Jogo de potências locais e internacionais América Latina: deseja independência política real diante das pressões diplomáticas e intervenções políticas e militares. 1954 Conf. Bandung: Movimento dos Não-Alinhados; UNCTAD, CEPAL, FAO Modernidade: Civilização Ocidental + Revolução Ocidental - Resultado histórico de forças econômicas/sociais (mercado/burguesia nacional); conduta racional e utilitarista → superioridade racial/cultural da Europa. - Derrota Nazista: Fim da noçao de superioridade Europeia → Moderniadade como fenomeno universal - Estágio Social: Todos deveriam atingir (Liberalismo x Modelo URSS). ………………………………………………………………………………………………….. Teoria Do Desenvolvimento Busca da Produtividade Máxima: Adoção de normas, comportamentos, atitudes, valores → Acumulação permanente da riqueza dos indivíduos Modelo do que seria esta sociedade moderna (Séc. XX): propor políticas coerentes de desenvolvimento que visassem elevar toda a população do mundo ao nível dos países desenvolvidos - Técnica Empírica para detectar o Grau de Modernização 1 Alemanha/Japão: perderam espaço colonial e Inglaterra/ França:Incapazes de manter 2 Potências estratégicas Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. Objetivos: a) localizar os obstáculos à plena implantação da modernidade e b) definir os instrumentos de intervenção. Rostov (1961): Modelo ideal de ações econômicas, sociais/políticas que ocorreriam nos países, sempre que se dessem as condições ideais ao seu Take Off 3 - Definiu as Sociedades pré-capitalistas como tradicionais. - Não dependiam de um Estado Revolucionário (URSS) e sim conjunto de medidas tomadas por qualquer Estado que assumisse uma ideologia desenvolvimentista. - Rostov foi consultor da CIA e ref. das políticas de golpes de Estado (60 e 70). Marx: Modernidade se identificava com a revolução democrático-burguesa → Modelo cujas pretensões universais derivaram de sua origem de classe. - Visão etapista: a Sociedade Moderna não era a definitiva, mas uma etapa a ser superada após o auge do desenvolvimento capitalista burguês. Revolução Russa: Foi a 1ª tentativa de conduzir racionalmente o desenvolvimento econômico através do planejamento estatal centralizado. - Revolução Mexicana (1910); Estado Indiano; República Popular Chinesa; Repúblicas Populares da Europa Oriental. - Não podia se desenvolver segundo sua vontade, era obrigada a condicionar seu desenvolvimento às exigências da Guerra Fria imposta pelos EUA. Como o socialismo surgira, como um Novo Regime Político/Econômico, que continha elementos importantes de um modo de produção novo, numa sociedade que não havia alcançado ainda a maturidade da revolução burguesa e da modernização? Partidos Comunistas:4 conduzir a modernização que as burguesias colonizadas não conseguiram alcançar Diferenciações: comandado pela Classe Operária; Ideologias de Regimes Populares Problemas: incapacidade da classe operária de conduzir este processo político; ausência de indústria moderna que pudesse sustentar uma produção pós-capitalista. Regime Soviético: exportado como modelo ideal a ser seguido pelos novos regimes revolucionários Fundamentos: a) crescimento econômico sustentado na industrialização de base → secundariamente na indústria de bens de consumo; b) partido único; c) reforma agrária; d) distribuição de renda que assegurasse maior igualdade social; e) cultura popular que valorizasse o folclore. Processo:5 Condições especiais não existentes em países do chamado Terceiro Mundo → logo, necessário completar a revolução burguesa → Socialismo. Gestão Socialista Do Excedente Econômico: melhor distribuição da renda; crescimento econômico mais rápido e mais equilibrado 3 Inglaterra de 1760; Estados Unidos pós-guerra civil; Japão Meiji; Alemanha Bismarck. 4 Stalinismo; Dialética marxista de origem hegeliana. 5 China; Coréia; Vietnã; Cuba: rompe com este princípio e a provoca crise no pensamento de origem stalinista Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. Elementos Normativos: Pretendiam apresentar o socialismo como a “solução” de todos os “males” do capitalismo. Subdesenvolvimento: Ausência de Desenvolvimento O “atraso” dos países subdesenvolvidos: era explicado pelos obstáculos que neles existiam ao seu pleno desenvolvimento ou modernização. - Incapacidade do capitalismo de reproduzir experiências bem-sucedidas de desenvolvimento em suas ex-colônias. - Latino Americanos: limitados pela profundidade da sua dependência econômica e política da economia internacional. ………………………………………………………………………………………………….. Contexto Histórico Ciclo Depressivo: 2 Guerras Mundiais, uma crise global e a exacerbação do protecionismo e do nacionalismo. Novo ciclo expansivo da economia mundial: Integração da Economia Mundial sob hegemonia dos EUA - Fordismo como regime de produção; revolução científico-tecnológica (1940) - Instituições internacionais de Bretton Woods. Indústria nos países Dependentes (anos 30 e 40): Contestava a noção de que o subdesenvolvimento significava a falta de desenvolvimento. - base para o novo desenvolvimento industrial do pós-guerra; - terminou se articulando com o movimento de expansão do capital internacional (multinacionais criadas nas décadas de 40 a 60). “compreender o desenvolvimento e o subdesenvolvimento como o resultado histórico do desenvolvimento do capitalismo, como um sistema mundial que produzia ao mesmo tempo desenvolvimento e subdesenvolvimento” Teoria do desenvolvimento/subdesenvolvimento: superação do domínio colonial; aparecimento de burguesias locais; buscando participação na expansão do capitalismo mundial Teoria da Dependência (1960-70) Surgiu na América Latina nos anos 1960, tenta explicar as novas característica do desenvolvimento dependente Objetivo: compreender a limitação de um desenvolvimento iniciado num período histórico em que a economia mundial estava já constituída sob a hegemonia de enormes grupos econômicos e poderosas forças imperialista. Debate Latinoamericano Interdisciplinar6: superava a simples aplicação de reflexões, metodologias ou propostas científicas importadas dos países centrais. - Teoria da Dependência: síntese deste movimento intelectual e histórico. - Crítica ao conceito de feudalismo aplicado à América Latina 6 Gilberto Freire; Josué de Castro; Caio Prado Júnior; Guerreiro Ramos; Raul Prebisch; Medina Echevarría; Sergio Bagú; Sergio Bagú; Gino Germani; Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balançoe Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. Magnus Blomstrom e Bjorn Hettne (1984): 1.) Crítica ao eurocentrismo: imperialismo euronorte-americano; crítica à economia neoclássica de Raul Prebisch e da CEPAL 2.) Marxismo clássico e o neo-marxismo: debates latinoamericanos orientados por essas abordagens Paul Baran e Paul Sweezy. Ideias Centrais: a) Subdesenvolvimento conectado a expansão dos países industrializados; b) Desenvolvimento e subdesenvolvimento são aspectos diferentes do mesmo processo universal; c) O subdesenvolvimento não pode ser considerado como a condição primeira para um processo evolucionista; d) A dependência não é só externa, mas também em estruturas internas (social, ideológica e política). Escolas a) A crítica ou autocrítica estruturalista7 dos cientistas sociais ligados à CEPAL: limites de um projeto de desenvolvimento nacional autônomo. b) A corrente neo-marxista8: pesquisadores do Centro de Estudos Sócio- Econômicos da Universidade do Chile (CESO) c) Marxista Ortodoxa9: aceitação do papel positivo do desenvolvimento capitalista André Gunder Frank (1991): Dividiu principais pensadores relacionados de acordo com suas origens teóricas. 1.) Estruturalistas10; 2.) Teoria da Dependência11: reformistas não-marxistas; marxistas; neomarxistas. - Definição do caráter das economias coloniais como feudais serviam de base às propostas políticas que apontavam para a necessidade de uma revolução burguesa na região Crítica: Limitar a revolução latino-americana ao contexto da revolução burguesa → Declarava o caráter capitalista da AL desde seu berço. A América Latina surge como economia mercantil, voltada para o comércio mundial e não pode ser, de nenhuma forma, identificada ao modo de produção feudal: relações servis e escravistas são consequência de um projeto colonial, resultado dos processos de Acumulaçao Primitiva de K e do K financeiro. 7 Oswaldo Sunkel; Celso Furtado; Raul Prebisch; Fernando Henrique Cardoso as vezes. 8 Theotônio dos Santos; Rui Mauro Marini; Vânia Bambirra; André Gunder Frank as vezes. 9 Cardoso e Faletto 10 Prebisch, Furtado, Sunkel, Paz, Pinto, Tavares, Jaguaribe, Ferrer, Cardoso e Faletto 11 Baran, Frank, Marini, Dos Santos, Bambirra, Quijano, Hinkelammert, Braun, Emmanuel, Amin e Warren Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. Burguesia Nacional: Hegemonia Latifúndio Exportadora, constituída sobre relações servis ou semi-servis. Até que ponto o capitalismo da região havia criado uma burguesia nacional capaz de propor uma revolução democrática? Formadas nos interesses do comércio internacional: elas se identificavam com os interesses do capital imperialista e abdicavam completamente de qualquer aspiração nacional e democrática. Crítica: pouco conhecimento da realidade política do país, pouca presença junto ao sistema de poder, pouco conhecimento técnico e econômico, falta de uma postura inovadora e de uma vontade de opor-se aos interesses do capital internacional que pudessem prejudicar o empresariado nacional. Federação Nacional da Indústria (1930): demonstrava Consciência Política e Econômica do Empresariado Nacional. - Projeto de desenvolvimento com alto conteúdo nacionalista; apoiavam o projeto de Estado Nacional Democrático dirigido por Vargas. Limite Estrutural: expansão das empresas multinacionais para o setor industrial; a força e a profundidade da oposição dos centros de poder mundial; 1995 Brasil abria portas ao K internacional: garantindo, suas preferências estratégicas e exigindo um alto grau de integração do seu parque industrial - Crescimento industrial logrado de 1955 a 1960 → aumentou as contradições socio-econômicas e ideológicas Condição para aprofundamento da industrialização: Reforma Agrária; criação de um amplo mercado interno; geração de uma capacidade intelectual, científica e técnica capaz de sustentar um projeto alternativo. 1964 Golpe de Estado: Fim do desenvolvimento nacional-democrático - Retorno ao Desenvolvimento Dependente; apoiado no K internacional; orbitando no interesse dos EUA A burguesia nunca abandonou totalmente o projeto nacional-democrático 1970 Novo Patamar de Dependência: Resultado do avanço tecnológico; nova Divisão Internacional Do Trabalho, que realocou a indústria mundial; e uma burguesia aliada do Estado autoritário que limitou a capacidade de negociação E. 1974 Fernando Henrique Cardoso: aceitou a irreversibilidade do desenvolvimento dependente e a possibilidade de compatibilizá-lo com a democracia representativa. - Em 1960 já havia apontado a debilidade da burguesia nacional Luta: passa do capital internacional para o Estado Autoritário, o corporativismo e uma burguesia burocrática conservadora, oriunda desse Estado. Consenso de Washington: estabilidade monetária/ equilíbrio macroeconômico. - Aliança de centro-direita e esquerda populista ou liberal, aderiu. Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. Submissão Estratégica: crise da dívida externa (1980); crise socioeconômica; Resistência ao Projeto Neolibreal12: entre militares, igreja, setores da burocracia estatal e sobretudo técnicos, engenheiros e cientistas. Trabalhadores industriais e de serviço estão no centro da resistência. Desenvolvimento dependente/ Liberalismo democráticos: políticas econômicas recessivas; aumento da concentração de renda e da desigualdade social. 1980 Globalização Movida pelo K Financeiro: Impacto Revolução Científica - crescimento da exportação industrial nos países dependentes x Países centrais se especializam na tecnologia de ponta expansão industrial da América Latina → aumentado a distância com os países centrais - 1980 imensa dívida interna com altíssimos juros e alta rotação; 1990 Juros internacionais caem, políticas econômicas de valorização de suas moedas nacionais → déficits comerciais → não deixa mais nenhum espaço para o investimento Estatal - Fim do Clientelismo/Patrimonialismo; Políticas de bem-estar social ameaçadas Consequências: automação diminui drasticamente o emprego industrial; crescimento econômico sem emprego; desvalorização das camadas médias de profissionais (migração para os países Centrais13); capitalismo nas zonas rurais, expulsando população para centros urbanos; Urbanização: marginalidade e exclusão social e corte étnico. Crescimento dos Asiáticos: Forte intervenção Estatal/Protecionismo - Não fizeram dívida externa (1970); Reformas Agrárias radicais(1040-50); Apoio norte-americano (Guerra Fria); Condições especiais de penetração no mercado norte- americano; Acumulação de capitais japonesa → Exportar as indústrias de tecnologia em processo de obsolescência para vizinhos. China, Índia. Brasil e + 18 Potências Médias sem luar no mundo Pós G.F Centro Econômico: Tecnológico e Cultural x Periferia: Subordinada e Dependente x Semi-Periferia: que ganharam grande dinamismo Separação do Mundo em Blocos Regionais: Resistir ao livre movimento de capitais financeiros e empresas transnacionais. Integração Regional AL: caminho mais sólido para a integração do continente - NAFTA: dificuldades dessa integração de assimétricas e tão desiguais - MERCOSUL: fácil integrar mercados de níveis semelhantes 12 Todos eles estão ligados à existência de um Estado nacional forte e um desenvolvimento econômico de base nacional significativa (Noção do Rostov) 13 “brain-drain” dos anos 60 Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. - ASEAN: complementaridade entre umpaís central e outros periféricos ………………………………………………………………………………………………….. Globalização e o Enfoque Sistema-Mundo relação estreita da teoria do sistema-mundo com a teoria da dependência Teoria da Dependência: Compreender a formação e evolução do capitalismo como uma economia mundial. - Tendência estruturalista marcha para a teoria das necessidades básicas encampada pelo Banco Mundial nos anos 70. - Teoria da dependência também teria tido esta origem mas teria sofrido a influência da análise econômica estruturalista da CEPAL. Enfoque Sistema-Mundo: Analisar a formação e a evolução do modo capitalista de produção como um sistema de relações econômico-sociais, políticas e culturais. - Fim da Idade Média Europeia → E que evolui na direção de se converter num sistema planetário e confundir-se com a economia mundial. Hegemon → Centro → Semi-Periferia → Periferia Negação das interpretações do mundo contemporâneo baseadas na bipolarização do pós-guerra: Assume a existência de apenas um só sistema econômico mundial, caráter capitalista e sob hegemonia norte-americana URSS não havia sido capaz de sair do contexto determinado pelo sistema mundial capitalista Transformações Econômica/Política (1970): corporações multinacionais, novas direções da economia mundial Não-Alinhados: nova ordem econômica mundial proposta;preocupação crescente com o meio-ambiente ameaçado. Evolução do Capitalismo14: Sucessão de ciclos econômicos, articulados com processos políticos, sociais e culturais. - Relação destes ciclos + centros financeiros → centros hegemônicos aliados com centros comerciais 1º) O ciclo genovês (século XIV a século XV): Conquistas Ibérica; base da acumulação financeira. 2º) O ciclo holandês (século XVI a metade do século XVIII) 3º) O ciclo britânico (século XVIII a 1º e a 2º GM) 4º) O ciclo norte-americano (1º GM - atual): Emergência de um novo ciclo que terá como centro o sudeste asiático, ou algum núcleo de poder supranacional Síntese Teórico-Metodológica em processo: a) A teoria social deve se desprender de sua extrema especialização b) Esta reinterpretação deve superar sobretudo a idéia de que o modo de produção capitalista, surgido na Europa no século XVIII é a referência fundamental de uma nova sociedade mundial: civilização planetária, pluralista e não exclusivista, baseada na não subordinação 14 Arrighi (1995) Fichamento: SANTOS, Theotônio dos (2000) A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Capítulos 1 a 4. c) A formação e evolução do sistema mundial capitalista deve orientar a análise das experiências nacionais, regionais e locais buscando resgatar as dinâmicas históricas específicas d) A análise deste processo histórico deve resgatar sua forma cíclica e) Neste sentido, a evolução da ciência social deve ser entendida como parte de um processo mais global da relação do homem com a natureza
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