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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS LUCAS JULLY MIRANDA MODESTO RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO RANA PLAZA: SEGURANÇA DO TRABALHO EM BANGLADESH (A) BELÉM/PA 2021 4 LUCAS JULLY MIRANDA MODESTO RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO RANA PLAZA: SEGURANÇA DO TRABALHO EM BANGLADESH (A) Resenha crítica do artigo, apresentado a Universidade Estácio de Sá, como parte da nota para avaliação da disciplina Legislação e Normas Técnicas. Professor: Carlos Alberto Martins Ferreira BELÉM/PA 2021 3 O artigo trata sobre um evento ocorrido em abril de 2013, o desmoronamento do edifício Rana Plaza localizado no distrito industrial de Savar em Bangladesh, o qual abrigava milhares de trabalhadores da indústria têxtil. Esse evento ficou caracterizado como um dos mais desastrosos da época devido atingir a marca de mais de 1.100 vítimas fatais e 1.500 feridas. Um ano antes do desastre, no ano de 2012, Bangladesh foi o segundo maior exportador de vestuário, após da China. Essa indústria foi responsável por fornecer uma grande força na economia da cidade, a qual gerou diversos efeitos positivos de caráter social e econômico como: Emprego de 3,6 milhões de pessoas; Grande parte da contribuição do PIB, de 13% só da indústria têxtil; Inclusão de cerca de 12% das mulheres de Bangladesh na economia. Entretanto, por trás desse crescimento exponencial econômico, vieram consigo diversos problemas e falhas como, por exemplo, baixos salários, ausência de condições de segurança e cumprimento de leis trabalhistas, as quais foram eventos que propiciaram a ocorrência do acidente em abril de 2013. Um dia antes da tragédia, um engenheiro havia considerado as estruturas do local como inseguro e orientou para seus superiores que ocorresse a evacuação imediata das pessoas que estavam, paralelamente ao engenheiro, alguns trabalhadores haviam observado rachaduras nas paredes do edifício. As análises realizadas após o incidente verificaram que a negligência e a busca incessante de lucro foram as principais responsáveis pelo ocorrido. Pois havia sido discutido e levado até a diretoria que o prédio apresentava condições inseguras de trabalho, porém outro engenheiro havia dito que o prédio não apresentava tais condições e que o trabalho deveria ser continuado. No dia seguinte, dia 23 de abril de 2013, houve o acidente que gerou milhares de vítimas fatais e feridos. Após o desastre do Rana, os proprietários intensificaram as discussões a respeito de melhores condições de trabalho em Bangladesh, pois o acidente tornou-se noticiário internacional e muitos sindicatos e empresas fizeram pressão para que as empresas relacionadas fizessem ações eficazes para auxiliar as famílias dos feridos e mortos. Os efeitos que o acidente causou para as empresas de vestuário de Bangladesh foram a redução das compras nesse setor, além disso muitos consumidores condenaram que os 4 varejistas estavam tirando vantagem dos trabalhadores e houveram diversos questionamentos acerca das condições trabalhistas que estava vigorando nas industrias, principalmente a têxtil. Depois da catástrofe ocorrida, muitas empresas e multinacionais que permaneceram com a parceria em Bangladesh buscaram auxiliar as fábricas para que se alinhassem a melhorar as condições de trabalho e segurança das indústrias. Após a catástrofe, foram realizados levantamentos no intuito de verificar os valores para que para as empresas se adequarem as condições mínimas de segurança. Os resultados foram que haveria um investimento altíssimo, pois, muitas fábricas apresentavam a necessidade de reparos no nível grave, sendo necessários até a demolição de construções que não apresentavam as condições seguras para os trabalhadores. Dessa forma, deixando explícito a desorganização, a imprudência do governo e dos chefes da indústria em promover condições de segurança e leis que fornecessem melhorias aos trabalhadores. Infelizmente eventos como ocorrido em Bangladesh servem para mostrar fragilidade que estão os países sub desenvolvidos, pois apresentam leis trabalhistas e sindicatos com baixa representatividade e força para que busquem melhorias a sua classe de forma ativa e forte. Dessa forma, é necessária uma reflexão entre os donos e proprietários das grandes empresas e sindicatos de trabalhadores para se atentar as normas e legislações que estão em vigor, as quais são necessárias para minimizar ou evitar esse tipo de catástrofes.
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