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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE LETRAS E CIENCIAS SOCIAS Departamento de Ciência Política e Administração publicam 2° ano Instituições Politicas Ciência Política Laboral Resume; I Discente: Edson Manhique BONAVIDES, Paulo. DO Território do Estado. In; Ciência politica. São Paulo; Malheiros editores, IX edição, 1993, p.107-113. Território do Estado Conceito de Território O conceito de território já vem sendo formulado, controvérsias são encontradas na tentativa de explicar esse elemento do Estado, salvo aqueles ocorridos com mais frequência no domínio da fundamentação jurídica. Pergolesi, território é lugar habitado pela população, com a inclusão da soberania. Porém, opositores deste, identificam território, com o espaço dentro do qual o Estado exercita o seu poder imperial (soberania). Em resposta da dúvida levantada do território quanto elemento constitutivo do Estado, o jurista Donati, entendi que o território deve ser considerado como condição necessária mas exterior ao Estado. Em oposição de Donati, outros autores consideram o território como elemento constitutivo e essencial, e sem ele o Estado não existe. A posição de Donati, recebe uma critica em forma de observação de um juris Italiano, caso um principado se deslocasse para o outro território, levaria consigo o Estado. Em resposta dessa indagação, Anschuetz impõem duas exigências como condição; o grupo nômade deve ter como o seu território objecto de uma ocupação móvel e fugaz (rápida); a capacidade de excluir no espaço geográfico ouras tribos nômadas usado o poder da força. Para Anschuetz, com são comesses requisitos qur a tribo nômade pode apresentar características de ordenamento estatal. Estender-se-ia outra indagação, quanto a ocupação bélica do território, se resultaria na extinção do Estado. Surge uma inclinação jurídica, que afirmavam que apenas um tratado de paz decidiria da sorte do Estado, tanto da sua conservação como do seu desaparecimento total. A ordem jurídica civil do Estado ocupado é talvez a que menos restrições padecem debaixo de um regime de ocupação. O problema do mar territorial A disciplina das Relações Internacionais define os dos problemas mais delicados e complexos a delimitação das águas territoriais. Compreende-se por mar territorial faixa variável de águas que banham as costas de um Estado e sobre as quais exerce ele direitos de soberania. Na tentativa de fixar os mares, os juristas criaram alguns critérios, nomeadamente: critério visual, é o mais rudimentar e precária, estabelecia a largura das águas em função do alcance da vista; critério defensivo, explicada pelos brocardos latinos terrae potestas finitur ubi armourm vis ( o poder da terra acaba onde acaba o poder das armas) ou ub vis, ibi ius (onde a força, a direito) , resultando o limite tradicional de três milhas. Porem, este se vê espirado após a segunda guerra Mundial e que veio se agravar após dez anos provocados por motivos de ordem econômica. A soberania sobre o mar proporcionaria segurança e eficácia aos interesses econômicos que o Estado precisa resguardar. Porem, este não se fazem sentir nos países subdesenvolvidos, que ve os suas fronteiras marítimas invadidas por navegadores por não possuir guardas costeiras. A politica latina americana celebrada em Maio de 1970, tinha como objeto a ampliação dos mares do países membros até 200 milhas. Esta ia contra a posição dos Estados Unidos e à União Soviética que proporcionaram limites dos mares em 12milhas. Contudo aos 25 de Fevereiro de 190 os EUA, emitiram nota de apoio ao limite de 12milhas, e enquanto esse limite não for fixado, não são obrigados a reconhecer aguas territoriais de mais de 3milhas. Da Genebra a conferencia sobre o direito do Mar, celebrada em 29 de Abril de 1958, teve quatro convenções como resultado: mar territorial e zona contígua; alto-mar; pesca e conservação dos recursos biológicos do alto-mar; e plataforma continental. Os limites do mar territorial brasileiro O Brasil consagra presentemente o limite de 200 milhas de mar territorial. Tomou essa posição através de ato presidencial de 25 de março de 1970, alterando o limite de 12 milhas, cuja vigência fora inferior a um ano, porquanto fixado a 20 de abril de 1969. Antes, a 18 de novembro de 1966. Com a nova posição, o Brasil aderiu à política de soberania marítima que já vinha sendo perfilhada por outras nações do continente. Justificando a distinta orientação, assinalou o Governo brasileiro que além do problema de ordem econômica, representado pela necessidade de defesa do potencial biológico brasileiro, foi dada especial ênfase ao aspecto político da questão. BONAVIDES, Paulo. O poder do Estado. In; Ciência politica. São Paulo; Malheiros editores, IX edição, 1993, p.133-138. O Poder do Estado Conceito de Poder Há que se dizer que o poder seja um elemento constitutivo do Estado, que visa à conservação do status do próprio Estado. Porém Afonso Arinos define poder como a faculdade de tomar decisões em nome da colectividade. Caso em sociedade o poder basear-se apenas no uso da força, o aspecto coercitivo com a nota da dominação material e o emprego frequente de meios violentos para impor a obediência, não importa sua aparente solidez ou estabilidade, será sempre um poder de facto. Em contrapartida, na medida em que este busca consentimento e é menos coercivo, transforma- se em um poder de direito, isto é, passagem de um poder de pessoa a um poder de instituições, de poder imposto pela força a um poder fundado na aprovação do grupo, de um poder de fato a um poder de direito. A que fundamentar que este poder vem significar disciplina jurídica da força e autoridade pelo consentimento tácito ou expresso, dos governados. Portanto, o consentimento origina legitimidade, de igual forma, a legitimidade origina autoridade. Neste caso, o poder com autoridade é o poder em toda sua plenitude, apto a dar soluções aos problemas sociais. É Imperioso referir que o poder do Estado surge com os seguintes traços: A imperatividade e natureza integrativa do poder estatal, a capacidade de auto- organização. É de estrema importância citar o autor Del Vecchio, este afirma que o Estado é uma forma de sociedade, porem não a única, visto que dentro dela já existem vários grupos sociais. Nascemos num Estado, por isso é inabdicável, obrigatório ou necessário da participação de todo indivíduo numa sociedade estatal. O Estado ao possuir autoridade, firma os grupos sociais e indivíduos nele, garantindo a liberdade e segurança. A porem a natureza do poder estatal é verificado na medida em que existe uma diferença entre os governantes e governados, em que a minoria impõem a maioria, pois estes, exercem o poder estatal através de leis que obrigam, não porque sejam boas, justas, ou sabias, mas simplesmente porque são leis, pautas de convivência imperativos de conduta. Esta qualidade fundamental do poder do Estado, faz com que o portador do poder do Estado, do ponto de vista jurídico, não seja uma pessoa física nem várias pessoas físicas, mas sempre e indispensavelmente a pessoa jurídica, o Estado. A capacidade de auto-organização Um Estado deve ter capacidade de se auto organizar, isto é, impor o seu próprio direito. Neste caso, apenas existe Estado desde que o poder social esteja em condições de elaborar ou modificar por direito próprio e originário uma ordem constitucional. O Estado vem a existir quando existe um instrumento autônomo de poder financeiro, militar com capacidade de organizadora e regulativa. A unidade e indivisibilidade do poder A indivisibilidade do poder estatalsignifica que apenas pode haver um único titular desse poder, que será sempre o Estado como pessoa jurídica. Em controvérsia, a unidade ou indivisibilidade do poder do Estado, surge na concepção histórica dualista, que repartia o poder entre o príncipe e corporações que dotavam de poder militar ou jurídico. Na concepção do Estado contemporâneo, advertido por Kuechenhoff, o poder titular do Estado pertence ao povo, porem, o seu exercício, aos órgãos pelo qual o poder se concretiza, nomeadamente; corpo eleitoral, o Parlamento, o Ministério e o chefe de Estado. Estes elementos distintos de exercício de poder originam a separação de poderes, consagrada pela teoria constitucional e elaborada por Montesquieu em Do Espirito das Leis (1748). O poder do Estado quanto a pessoa jurídica é indivisível, este e apenas dividido quanto ao seu exercício. Este é dividido é três funções; a função legislativa, a função judiciaria e a função executiva que são atribuídas a órgãos ou pessoas distintas, para evitar a concentração de poder. O principio de legalidade e legitimidade Há duas concepções distintas desses princípios; uma que refere que a legalidade e legitimidade são condições essenciais do poder do Estado tanto quanto da capacidade constitucional e da indivisibilidade desse poder. Em contraditório, outros autores defendem que estes não são características do poder, nem sequer constituem traços do poder estatal. A Soberania É a qualidade do poder estatal, que se apresenta em duas faces; Soberania interna, capacidade autoritária que o Estado possui mediante ao território e a população e as demais órgãos. Soberania externa, manifestação independente do poder do Estado perante outros Estados.
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