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Crimes Tributários

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1
CARREIRAS JURÍDICAS  2016
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL  
MÓDULO ÚNICO  
  
Crimes Tributários  
  
· Crimes contra Ordem Tributária 
1. Divisão didática da Matéria  
O estudo dos crimes tributários, não se restringe ao estudo da Lei 8.137 de 90, razão pela qual, abordaremos o estudo da temática observando a seguinte divisão:  
I. – Crimes contra à previdência social;  
II. – Crimes contra à Ordem Tributária;  
III. – Persecução Penal dos Crimes Materiais contra a Ordem Tributária e a decisão final do procedimento administrativo tributário.   
2. Dos Crimes Contra a Previdência Social  
- Lei 9.983 de 2000.   
LEI Nº 9.983, DE 14 DE JULHO DE 2000. Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal e dá outras providências, e nos moldes do art. 4º da referida Lei, entrou em vigou noventa dias após a sua publicação (Publicação em 17.7.200 - Redação antiga  
Art. 95. Constitui crime (Revogado pela Lei nº  9.983, de 2000):   
(...)   
d) deixar de recolher, na época própria, contribuição ou outra importância devida à Seguridade Social e arrecadada dos segurados ou do público;   
(...)  
- Atualmente  
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e  multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).    
– Houve abolitio criminis?  
Denota-se da análise dos referidos positivos, que não houve abolitio criminis, aplica-se, no presente caso o princípio da continuidade normativo-típica. A conduta não deixou de ser crime, tendo ocorrido tão somente a migração de seu teor.  
 
	Art. 168, CP  
	Art. 168-A,CP  
	Apropriação indébita  
	Apropriação indébita previdenciária  
	Art. 168-Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:Pena-reclusão, de um a quatro anos, e multa.  
	Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:(Incluídopela Lei nº 9.983, de 2000)Pena–reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.  
	Conduta: apropriar-se  
	Conduta: deixar de  
repassar  
2.1 Apropriação indébita previdenciária  
O referido delito já existia quando da edição da Lei 9.983 de 2000. 
Antes da Lei nº 9.983 de 2000 estava prevista na Lei 8.212/91, ao teor de seu art. 95, “d”. Com a novel legislativa, passou a constar do art. 168-A do Código Penal. 
Crime de apropriação indébita previdência não se confunde com o art. 168 do Código Penal.  
	Crime material  
	Doutrina: Crime formal.*Supremo(STF), vem considerando, que é exemplo de crime material.  
	Tipo incongruente (ou congruente assimétrico): animus rem sibi habendi.  
  
-Só resta caracterizado se demonstrado que o individuo tinha a posse e resolveu tornar-se dono da coisa alheia móvel.  
	Tipo congruente simétrico: dispensa o animus REM sibi habendi.  
  
-Não há necessidade de se comprovar o animus de tornar-se dono, sendo suficiente que o individuo deixe de realizar o repasse ao numerário dos cofres.   
  
O STF já decidiu, no entanto, ser crime material (Inq. 2.537/GO, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje 13/06/2008).   
APROPRIAÇÃO INDÉBITA  
PREVIDENCIÁRIA - CRIME - ESPÉCIE. A apropriação indébita disciplinada no artigo 168-A do Código Penal consubstancia crime omissivo material e não simplesmente formal. INQUÉRITO -  
SONEGAÇÃO FISCAL - PROCESSO  
ADMINISTRATIVO. Estando em curso processo administrativo mediante o qual questionada a exigibilidade do tributo, ficam afastadas a persecução criminal e - ante o princípio da nãocontradição, o princípio da razão suficiente - a manutenção do inquérito, ainda que sobrestado. STF, Pleno, Inq. 2.537 AgR/GO, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 10/03/2008, DJe 107 12/06/2008.  
  
2.2 Falsificação de Documentos destinados à previdência social  
A Lei nº 9.983/2000, acrescentou ao art. 297 do Código Penal, os parágrafos §§3º e 4º.  
Falsificação de documento público  
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.  
(...)  
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)  
I. – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)  
II. – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)  
III. – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)  
        § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).   
Obs.: §§3º e 4º são exemplos de falsidade ideológica (o documento existe, em seu aspecto intrínseco, o problema é seu conteúdo).   
– Princípio da Consunção em Relação aos Crimes do art. 297, §§3º e 4º, do Código Penal   
Em maior parte das vezes, os crimes de falsificação de documento (art. 297, §§3º e 4º, do Código Penal), são praticados como crime meio para o delito de apropriação indébita previdenciária, razão pela qual, deve ser absolvido por esse ultimo, em observância ao princípio da consunção.   
O princípio da consunção incide quando há o aperfeiçoamento da relação entre “crime-meio” e crime-fim”, verificando-se o exaurimento da potencialidade lesiva do crime instrumental, sem sobejar ofensa a um bem juridicamente relevante.  
Nesse sentido, a Súmula 17 do STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, e por este absorvido.  
Coborrando ao exposto, a Jurisprudência.   
JURISPRUDÊNCIA  
PENAL. PROCESSO PENAL. APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA. CRIME SOCIETÁRIO. PERFIL DA DENÚNCIA. DESCUMPRIMENTO DE PARCELAMENTO. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO. CRIME-MEIO. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. 1. A jurisprudência tem afirmado, em diversos precedentes, que não é inepta a inicial acusatória que, nos chamados "delitos societários", atribui a prática infracional a todos os sócios, genérica e indistintamente, sem descer aos detalhes relativos à participação de cada qual na cena delituosa, a ser definida na instrução. 2. O uso de documento falso (art. 297, § 4º - Código Penal) representa crimemeio para o cometimento de fraude contra a autarquia previdenciária. Incidência, na hipótese, do princípio da consunção. 3. Recurso parcialmente provido. (TRF-1 - RSE: 00594324520114013800, Relator: JUIZ FEDERAL MARCUS VINÍCIUS REIS BASTOS (CONV.), Data de Julgamento: 18/08/2015,  QUARTA TURMA, Data de  
Publicação: 10/09/2015).  
– Competência para julgamento do crime de falsa anotação da CTPS.  
Cuidado!  
Súmula 62 do STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído a empresa privada.  
Cumpre porém destacarmos que a falsa anotação para produzir efeito perante a previdência social (INSS). Assim, quem detém competência para julgamento contra crimes praticados em face das Autarquias é Justiça Federal, à luz do art. 109, CF. Entende-se que diante da Lei 9.983, a referida súmula encontra-se ultrapassada.   
Ficaria afastada a aplicação da Súmula 62 do STJ quando verificado que a intenção do agente era criar condições para obtenção de benefício previdenciário junto à Autarquia Previdenciária (INSS).  
JURISPRUDÊNCIA  
PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA.  
INQUÉRITO POLICIAL. ART. 297, § 3º, II, E § 4º, DO CP. OMISSÃO DE ANOTAÇÃO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO EM CTPS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, IV,DA CF). PRECEDENTE RECENTE DA TERCEIRA SEÇÃO (CC N.  127.706/RS).  
1. No julgamento do CC n. 127.706/RS (em 9/4/2014), da relatoria do Ministro Rogerio Schietti Cruz, a Terceira Seção desta Corte, por maioria, firmou o entendimento de que, no delito tipificado no art. 297, § 4º, do Código Penal, o sujeito passivo é o Estado e, eventualmente, de forma secundária, o particular, terceiro prejudicado com a omissão das informações, circunstância que atrai a competência da Justiça Federal, conforme o disposto no art. 109, IV, da Constituição Federal.  
2. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 1ª Vara de Itapeva - SJ/SP, o suscitante. (CC 135.200/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Rel. p/  
Acórdão Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/10/2014, DJe 02/02/2015).  
Assim, contemplamos que o STJ, vem reconhecendo a competência da Justiça Federal para julgar o crime de falsa anotação na CTPS, quando essa falsa informação tiver por escopo a produção de efeitos perante o instituto nacional do seguro social.   
2.3 Sonegação de Contribuição Previdenciária  
Previsão Legal.  
Art. 337-A do CP, inserido pela Lei 9.983/00.  
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000):  
I. – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).   
II. – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).  
III. – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).   
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).  
(...).  
Trata-se de crime material: quanto à natureza. Depende da produção de um resultado. Logo, depende da decisão final do processamento do tributo.   
2.4  Estelionato contra o INSS (art. 171, §3º, CP)   
O delito de estelionato, quando praticado em detrimento da Autarquia Previdenciária, aplicar-se-á a causa de aumento prevista ao teor do §3º, art. 171, do Código Penal.   
Art. 171. § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.  
A presente majorante é aplicada quando figura como vítima entidade autárquica da Previdência Social. A razão do aumento é que nesses casos há lesão ao patrimônio de diversas vítimas, afetando o próprio interesse social ou o interesse particular de numerosas vítimas. (Código Penal para Concursos, Rogério Sanches, 2016).   
Súmula 24, STJ: Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º, do art.  
171 do Código Penal.   
*Na verdade, retrata-se de majorante.   
– Natureza jurídica do estelionato contra o INSS: crime permanente ou instantâneo de efeitos permanentes.   
Nasce aqui importante discussão a respeito da natureza do estelionato previdenciário: seria crime instantâneo (de efeito permanente) ou delito permanente, cuja consumação se protrai no tempo? A discussão é relevante tendo em vista o início da contagem do lapso prescricional.  
Em sendo permanente, o início da contagem do prazo ocorrerá do dia em que cessar a permanência, nos termos do art. 111, III, do Código Penal.   
No delito em comento, iniciar-se-á a prescrição, em sendo permanente, do dia que for pago o ultimo beneficio.   
	Análise do Caso  
	-beneficiário do pagamento indevido.  
	-3º não beneficiário, mas que agiu com intenção de obter os valores indevidos  
	 
	Natureza permanente 
	  
	Crime instantâneo de efeitos permanentes.  
	
	 
	
	
	Para o beneficiário, o delito continua sendo permanente, consumando-se com a cessação da permanência.  
	Será instantâneo quando cometido por terceiro não beneficiário da prestação (HC  
112.095/MA).   
JURISPRUDÊNCIA  
STF. HC N. 99.112-AM. RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIOPRESCRIÇÃO - CRIME INSTANTÂNEO E CRIME PERMANENTE -  
PREVIDÊNCIA SOCIAL - BENEFÍCIO -  
RELAÇÃO JURÍDICA CONTINUADA - 
FRAUDE. Enquanto a fraude perpetrada por terceiro consubstancia crime instantâneo de efeito permanente, a prática delituosa por parte do BENEFICIÁRIO da previdência, considerada relação jurídica continuada, é enquadrável como permanente, renovando-se ante a periodicidade do benefício.  
Esquematizando  
Perpetrado por beneficiário crime permanente.  
Perpetrado por terceiro crime instantâneo de efeito permanente.   
  
3. Dos Crimes Contra Ordem Tributária  Lei 8.137/90  
Define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências.  
– Análise da Lei nº 8.137/90  
3.1 Dos crimes praticados por particulares  
Art. 1º e 2º, da Lei nº 8.137/90;   
a) Sonegação de imposto de renda  
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:       
I. - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;  
Exemplo: Se na Declaração de Imposto de Renda, omitir valores recebidos, restará caracterizado o delito em comento.   
II. - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido  
pela lei fiscal;  
III. - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;  
IV. - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;  
V. - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.  
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.  
Pela quantum da pena, descabe a suspensão condicional do processo.   
O tipo penal exige a supressão. Desse modo, é crime material.   
Segundo Gabriel Habib, (Coleção Leis Especiais para Concursos, 2016), o crime, por tratar-se de crime material, consuma-se somente com “o lançamento definitivo confirmando a redução ou supressão do tributo (Súmula Vinculante nº 24, STF)”.   
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza (crime contra a ordem tributária praticado por particulares):        
Obs.: são tipos penais formais.   
Segundo Gabriel Habib, (Coleção Leis Especiais para Concursos, 2016), o crime consuma-se “com a prática das condutas descritas no tipo, independentemente de qualquer resultado ulterior”.   
I. - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;  
II. - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;  
III. - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;  
IV. - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;  
V. - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.  
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.  
3.2 Dos crimes praticadospor funcionários públicos  
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):  
I. - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;  
II. - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.  
Obs.: O delito em espécie (Art. 3º, II) não pode ser confundido com o tipo penal do art. 316 do Código Penal (concussão). In casu, a exigência, solicitação, recebimento ou aceitação da vantagem, é com o FIM ESPECIFICO de deixar de lançar o referido tributo ou contribuição. Desse modo, por incidência do princípio da especialidade, aplica-se o referido em detrimento do previsto no Código Penal.   
Nessa linha, Gabriel Habib, (Coleção Leis Especiais para Concursos, 2016): Princípio da especialidade. Especialidade em relação aos arts. 316 (na conduta exigir) e 317 (nas condutas solicitar, receber ou aceitar), ambos do Código Penal.   
· Já caiu: Constitui crime funcional contra a ordem tributária, previsto na Lei 8. 137/90, a conduta do servidor que, com violação do dever, exigir vantagem pecuniária para deixar de lançar tributo devido.  
· Já caiu: Funcionário público que se vale da sua condição funcional para patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Fazendária comete crime contra a ordem tributária, previsto na Lei nº 8.137/1990 (Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária).  
III. - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.  
Obs.: O art. 3º, caput, traz crimes funcionais específicos, que causam lesão ao bem jurídico tutelado Ordem Tributária. Trata-se de norma penal em branco, posto que o conceito de funcionário público deve ser buscado no art. 327 do Código Penal.   
4. Persecução Penal dos Crimes Materiais contra a Ordem Tributária e a Decisão Final do Procedimento Administrativo Tributário  
4.1 Crimes tributários e prisão civil  
Constituição Federal  
Art. 5º (...)  
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.   
A Constituição Federal, só autoriza a prisão civil em duas hipóteses, porém a prisão civil do depositário infiel não sobrevive diante do controle de convencionalidade.  
- Nesse cenário, questiona-se, como se é possível a prisão em decorrência de débitos tributários?  
Quando se fala em responsabilidade penal por crimes tributários, a prisão não é decorrente da dívida, mas sim pela prática de uma conduta típica, ilícita e culpável (prisão pela prática de um crime).  
Coborrando ao exposto, consagra a Súmula 65 DO TRF/4ª Região: A pena decorrente do crime de omissão no recolhimento de contribuições previdenciárias não constitui prisão por dívida.   
Julgado  
Omissão do recolhimento de contribuições previdenciárias descontadas dos empregados. Figura de caráter criminal inconfundível com a da prisão por dívida. Alegação de indisponibilidade de recursos, cuja comprovação está a depender do regular processamento da ação penal, sendo insusceptível de exame em habeas corpus impetrado contra o recebimento da denúncia. STF, 1ª Turma, HC 78.234/PA, Rel. Min. Octávio Gallotti, j.  
02/02/1999, DJ 21/05/1999.  
  
4.2 Sujeitos do Crime  
Em regra, trata-se de crime comum: pode ser praticado por qualquer pessoa “física”.   
Pessoa jurídica pode responder pela prática de crimes tributários?  
Impossibilidade de responsabilidade da pessoa jurídica nos crimes contra ordem tributária.   
Nessa linha, Gabriel Habib, (Coleção Leis Especiais para Concursos, 2016): Responsabilidade penal das pessoas jurídicas: O STJ tem posição firme no sentido de que as pessoas jurídicas somente podem praticar crimes ambientais, com fundamento no art. 3º da Lei 9.605 de 98. Contudo, não é possível a pessoa jurídica pratique crimes contra a Ordem Tributária.  
	Crimes Ambientais  
	CCrimesTributários  
	A CF autoriza a responsabilidade penal.Fundamento: art. 225, §3º, da CF.  
  
Lei 9.605, art. 3º: prevê a possibilidade de responsabilidade da PJ.  
	Em que pese o regramento pela Constituição, nãohá regulamentação legal.   
Obs.: Parte da doutrina defende que seria possível a responsabilidade penal da pessoa jurídica, com base no art. 173, §5º da CF.  
CF, Art. 173. § 5º. A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.  
Art. 11. Lei nº 8.137/90. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa jurídica, concorre para os crimes definidos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade.  
A culpabilidade é próprio da Pessoa Física.   
Agentes políticos podem responder pela prática de crimes tributários?  
É possível a responsabilidade, desde que demonstrado o dolo, não sendo conferida nenhuma espécie de imunidade quanto aos referidos delitos.  
4.3 Aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra ordem tributária  
· Possibilidade  
· Requisitos  
· Valores – STF e STJ (patamares)  
· Crime contra Estados e Municípios  
Requisitos  
Para que seja reconhecida a insignificância da conduta delituosa, é necessário o preenchimento dos seguintes requisitos:  
1. Mínima ofensividade da conduta do agente;  
2. Nenhuma periculosidade da ação  
3. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;  
4. Relativa inexpressividade da lesão jurídica.  
Cumpre recordarmos que o reconhecimento da insignificância, tem por consequência, o afastamento do elemento tipicidade (tipicidade material).  
Trata-se de uma causa excludente de tipicidade material, autorizando, inclusive, a absolvição sumária.   
Valor concreto nos Crimes Tributários  
Evolução histórica  
Lei n. 10.522/02   
Art. 18.  (...)   
§1º Ficam cancelados os débitos inscritos em Dívida Ativa da União, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 100,00 (cem reais).   
- entendia-se assim que, esses débitos seriam insignificantes.   
Lei n. 10.522/02  
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). (Redação dada pela Lei n. 11.033, de 2004).  
O legislador, parte da premissa, nesse caso, que não compensa o gasto inerente a uma execução fiscal, se o valor não é R$ 10.000,00 (dez mil reais). – Interpretação dos Tribunais   
Se essas execuções estão sendo arquivadas, é porque o referido valor é insignificante.  
Portaria n. 75/2012 do Ministro da Fazenda:   
  
Art. 1º Determinar: II – o não ajuizamento de execuções fiscais de débitos com a Fazenda Nacional, cujo valor consolidado seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais);   
Entendimento ATUAL: se o prejuízo causado pela sonegação não ultrapassar o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) é tido como insignificante.  
Informativo nº 739, STF.  
  
Princípio da insignificância: alteração de valores por portaria e execução fiscal.   
A 2ª Turma, em julgamento conjunto, deferiu “habeas corpus” para restabelecer as sentenças de primeiro grau que, com fundamento no CPP (“Art. 397.Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: ... III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime”), reconheceram a incidência do princípio da insignificância e absolveram sumariamente os pacientes. Na espécie, os pacientes foram denunciados como incursos nas penas do art. 334, § 1º, d, c/c o § 2º, ambos do CP (contrabando ou descaminho). A Turma observou que o art. 20 da Lei 10.522/2002 determinava o arquivamento das execuções fiscais, sem cancelamento da distribuição, quando os débitos inscritos como dívidas ativas da União fossem iguais ou inferiores a R$ 10.000,00. Destacou que, no curso dos processos, advieram as Portarias 75/2012 e 130/2012, do Ministério da Fazenda, que atualizaram os valores para R$ 20.000,00. Asseverou que, por se tratar de normas mais benéficas aos réus, deveriam ser imediatamente aplicadas, nos termos do art. 5º, XL, da CF. Aduziu que, nesses julgados, além de o valor correspondente ao não recolhimento dos tributos ser inferior àquele estabelecido pelo Ministério da Fazenda, a aplicação do princípio da bagatela seria possível porque não haveria reiteração criminosa ou introdução, no País, de produto que pudesse causar dano à saúde. Os Ministros Teori Zavascki e Cármen Lúcia concederam a ordem com ponderações. O Ministro Teori Zavascki salientou o fato de portaria haver autorizado e dobrado o valor da dispensa de execução. A Ministra Cármen Lúcia observou que “habeas corpus” não seria instrumento hábil a apurar valores. HC 120620/RS e HC 121322/PR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 18.2.2014. (HC-120620).   
  
Obs.1: Há precedentes de ambas as Turmas do STF admitindo a aplicação do princípio da insignificância em relação ao crime de descaminho se, além de o valor elidido ser inferior ao quantum de R$ 20.000,00, não houver reiteração criminosa ou introdução, no País, de produto que possa causar danos à saúde. Nesse contexto: STF, 2ª Turma, HC 120.620/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 18/02/2014; STF, 2ª Turma, HC 121.322/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 18/02/2014; STF, 1ª  
Turma, HC 121.717/PR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 03/06/2014.  
Os Tribunais entendem que o Descaminho é crime contra ordem tributária em lato sensu, posto que introduz mercadoria no mercado sem nota fiscal.  
Obs.2: Em sentido diverso, a 3ª Seção do STJ vem entendendo que o valor de R$ 20.000,00 não pode ser utilizado como parâmetro para fins de aplicação do princípio da insignificância aos crimes de descaminho. Primeiro, porque a Lei n. 10.522/02 não previu a competência para que o Ministro da Fazenda, por meio de simples portaria, altere o valor fixado como parâmetro para arquivamento de execução fiscal, sem baixa na distribuição. Segundo, porque não se pode admitir que o Ministro da Fazenda, por meio de portaria, ao alterar o patamar de arquivamento de execuções fiscais de débitos com a Fazenda Pública, determine o rumo da jurisdição criminal de outro Poder da República. Nesse contexto: STJ, 3ª Seção, REsp 1.393.317PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 12/11/2014. Na mesma linha: STJ, 5ª Turma, AgRg no REsp 1.406.356/PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 06/02/2014, DJe 12/02/2014; STJ, 6ª Turma, AgRg no REsp 1.402.207/PR, Rel.  Min. Assusete Magalhães, j. 04/02/2014, DJe 24/02/2014.  
Diante do exposto, denota-se a resistência por parte do STF em acatar o parâmetro contemplado na  
Portaria.   
  
	 
	INFORMATIVO Nº 551, STJ 
	  
  
DIREITO PENAL. PARÂMETRO PARA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. AO CRIM E DE  
DESCAMINHO. O valor de R$ 20 mil fixado pela Portaria MF 75/2012 - em pregado como critério para o arquivamento, sem baixa na distribuição, das execuções fiscais de débitos inscritos n a Dívida Ativa da União - não pode ser utilizado como parâmetro para fins de aplicação do princípio da insignificância aos crimes de descaminho. [...].  
Em suma, qual é o valor máximo considerado insignificante no caso de crimes tributários?  
Para o STJ: 10 mil reais (art. 20 da Lei n. 10.522/2002).  
Para o STF: 20 mil reais (art. 1º, II, da Portaria MF n. 75/2012).  
	Aplicação do Princípio da Insignificância  
	STF  
	STJ  
	R$ 20.000,00  
	R$ 10.000,00  
	  
Conforme e em consonância com a  
Portaria nº 75 de 2012, o novo valor máximo para fins de aplicação do  princípio     da  insignificância     nos  crimes tributários passou a ser de 20 mil reais.  
	  
Para o STJ, o valor máximo   para aplicação do princípio da insignificância no caso de crimes   contra   a ordem   tributária continua sendo de 10 mil reais.  
  
Obs. 3: não se pode considerar despida de lesividade (sob o aspecto valorativo) a conduta de quem, reiteradamente, omite o pagamento de tributos sempre em valor abaixo da tolerância estatal, amparando-se na expectativa sincera de inserir-se nessa hipótese de exclusão da tipicidade, sob pena de o princípio da insignificância funcionar indevidamente como verdadeiro incentivo à prática do descaminho. Nessa linha: STJ, 6ª Turma, RHC 31.612/PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j. 20/5/2014, DJe 29/05/2014.  
Não pode restar caracterizado a reiteração delituosa.   
Obs. 4: esse patamar de R$ 10.000,00 (dez mil reais) estabelecido no art. 20 da Lei 10.522/02 não tem o condão de afastar a tipicidade material quando se tratar de delitos concernentes a tributos que não sejam da competência da União. Afinal, para a aplicação desse patamar a crimes tributários praticados em detrimento dos Estados, dos  
Municípios, ou do Distrito Federal, seria necessária a existência de lei do ente federativo competente, porque a arrecadação da Fazenda Nacional não se equipara à dos demais entes federativos. Ademais, um dos requisitos indispensáveis à aplicação do princípio da insignificância é a inexpressividade da lesão jurídica provocada, que pode se alterar de acordo com o sujeito passivo. Nesse contexto: STJ, 6ª Turma, HC 165.003/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 20/3/2014, DJe 22/04/2014.  
Nessa linha, Gabriel Habib, (Coleção Leis Especiais para Concursos, 2016): Não aplicabilidade do princípio da insignificância a delitos concernentes a tributos que não sejam da competência da União: De acordo com o STJ, não se aplica o princípio da insignificância se o delito praticado tiver como objeto um tributo que não seja da competência da União Federal.   
Obs. 4: em se tratando de contrabando (CP, art. 334-A, com redação dada pela Lei n. 13.008/14), os Tribunais Superiores não admitem a aplicação do princípio da insignificância, ainda que o valor do tributo incidente sobre a mercadoria seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). Afinal, quando se trata de importação ou exportação de mercadoria absoluta ou relativamente proibida, para além da sonegação de tributos, há lesão à moral, higiene, segurança e saúde pública. Nessa linha: STJ, 6ª Turma, REsp 1.427.796/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 14/10/2014.  
  
4.4 Pagamento e extinção da punibilidade   
– Arrependimento Posterior  
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.  
A regra geral, no caso de reparação do dano ou restituição da coisa,é a aplicação da causa de redução de pena, arrependimento posterior, denominada pela doutrina de Ponte de Prata.    
Limite temporal – até o RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.   
– Aprofundamento –  
PONTE DE PRATA  
Trata-se do Arrependimento Posterior do artigo 16 do Código Penal:  
Artigo 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços  
Na ponte de prata, o agente, depois de consumar o delito, se arrepende e repara o dano ou restitui a coisa. A reparação do dano ou a restituição da coisa deve ser voluntária e integral.  
Observação:a coisa tem que ser restituída ou reparada até o RECEBIMENTO da denúncia ou queixa. Caso seja feito depois do recebimento da denúncia ou queixa pode-se aplicar p artigo 65, III, “b”, do CP, que é uma circunstância atenuante. O crime não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça a pessoa.  
Sugestão de Estudo Complementar | Vídeo do Rogério Sanches | Acesso:  
https://www.youtube.com/watch?v=foeis76ddnw  
  
· Peculato Culposo  
Regramento Específico  
Art. 312. §3º. No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.  
· Fraude de pagamento por meio de cheque  
Regramento Específico  
Art. 171. (...)   
§2º (...) VI – emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.   
Súmula n. 554 do STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.  
Em verdade, deve-se entender que “O  
PAGAMENTO DO CHEQUE EMITIDO SEM PROVISÃO DE FUNDOS, ATÉ O  
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA, OBSTA O PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO”.  
– Crimes Tributários   
Lei n. 8.137/90  
  
Art. 14. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos nos arts. 1° a 3° quando o agente promover o pagamento de tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia. (Revogado pela Lei n. 8.383/1991).  
Referido dispositivo, fora revogado um ano após.  
Em sequência, advém a Lei n. 9.249/95  
Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei n. 8.137/90, e na Lei n. 4.729/65, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia.  
Hipótese de novatio legis in melius  
Lei n. 10.684/03   
Art. 9º. É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1º e 2º da Lei n. 8.137/90, e nos arts. 168-A e 337-A do Código Penal, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento.   
§1º A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.   
§2º Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.  
Observações  
Enquanto a pessoa estiver incluída no regime de parcelamento, a pretensão do Estado ficará suspensa.  
A prescrição ficará suspensa, igualmente, durante esse tempo (parcelamento do tributo).  
Quando o pagamento for integral, restará extinta a punibilidade do agente.  
O limite temporal para a extinção da punibilidade é o trânsito em julgado da sentença condenatória, pois o parcelamento suspende tão somente a pretensão punitiva. (Atualmente a pretensão punitiva só vai até o momento que o tribunal de 2ª instância profere uma decisão condenatória).   
Nova Alteração: Incluída pela Lei nº 12.382, de 2011.    
Art. 83.   
§ 2º É suspensa a pretensão punitiva do Estado referente aos crimes previstos no caput, durante o período em que a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no parcelamento, desde que o pedido de parcelamento tenha sido formalizado antes do recebimento da denúncia criminal.  
(Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).   
Obs.: A Lei nova passou a exigir para que haja a suspensão, a adesão ao parcelamento no limite temporal: recebimento da denúncia criminal. Tratase de novatio legis in pejus, pois o lapso temporal para o parcelamento passou a ser mais exíguo.   
§ 3º A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.  
(Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).   
Obs.: Suspensa a pretensão punitiva, a denúncia não poderá ser oferecida, nem recebida.   
§ 4º Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no caput quando a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).   
Obs.: Verifica-se que a novel lei possibilitou a extinção da punibilidade do pagamento à pessoa jurídica e física.   
INFORMATIVO 715, STF  
  
O pagamento integral de débito fiscal empreendido pelo paciente em momento anterior ao trânsito em julgado da condenação que lhe foi imposta é causa de extinção de sua punibilidade, conforme o art. 9o da Lei n.10.684/2003. (*Informativo esquematizado em anexo).   
  
INFORMATIVO 556, STJ  
  
Nos crimes tributários materiais, o pagamento do débito previdenciário após o trânsito em julgado da sentença condenatória NÃO acarreta a extinção da punibilidade. O art. 9º da Lei 10.684/2003 trata da extinção da punibilidade pelo pagamento da dívida antes do trânsito em julgado da condenação, uma vez que faz menção expressa à pretensão punitiva do Estado. Após o trânsito em julgado da condenação, o Estado já exerceu o seu direito de punir (fixar sanção). Começa, a partir daí, o seu poder de executar a punição, o que é um instituto diferente. STJ. 6ª Turma. HC 302.059-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 5/2/2015 (Info 556).  
  
§ 5º O disposto nos §§ 1º a 4º não se aplica nas hipóteses de vedação legal de parcelamento.  
(Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).   
§ 6° As disposições contidas no caput do art. 34 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, aplicamse aos processos administrativos e aos inquéritos e processos em curso, desde que não recebida a denúncia pelo juiz. (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 12.382, de 2011).  
  
5. Decisão final do procedimento administrativo de lançamento nos crimes materiais contra a ordem tributária.  
– Antiga redação  
  
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária definidos nos arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, será encaminhada ao Ministério Público após proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente.   
Obs.: quando de sua edição, o artigo em comento fora objeto de discussão, posto que interpretou-se que teria sido criada uma nova condição de procedibilidade para os referidos crimes, qual seja, a exigência da decisão final na esfera administrativa. Assim, só seria possível a persecução penal se houvesse uma decisão final do fisco, referida discussão deu ensejo a ADI 1.571  
5.1. ADI 1.571  
Conclusões:  
· O Art. 83, da Lei 9.430/96 não criou condição de procedibilidade por crimes  
tributários;  
· O art. 83 tem como destinatário as autoridades fazendárias, prevendo o exato momento em que devem encaminhar ao MP  
notitia criminis acerca de delito tributário;  
· O MP pode oferecer denúncia independentemente da representação tributária (representação fiscal), porquanto os crimes tributários são crimes de ação penal pública incondicionada.   
  
5.2 Natureza Jurídica da Decisão Final do Procedimento Administrativo e Postura do MP.   
1º Corrente: funciona como questão prejudicial heterogênea não relativa ao estado civil das pessoas. (O processo penal poderia ficar paralisado em decorrência da necessidade da decisão do fisco quanto ao débito tributário). Fundamento legal: art. 93, CPP.  
A denúncia poderia ser recebida (recebimento da denúncia), com posterior suspensão do processo e da prescrição.   
2º Corrente: se se trata de crime material contra a ordem tributária, esta decisão final do fisco funciona como verdadeira elementar do crime tributário, porquanto sem ela, não há que falar em resultado.    
3º Corrente (majoritária): A posição do Supremo é no sentido de que “a decisão final do fisco funciona como condição objetiva de punibilidade”.   
Súmula vinculante 24: não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamentodefinitivo do tributo.  
- Condição objetiva de punibilidade  
Obs.1: a condição objetiva de punibilidade consiste em acontecimento futuro e incerto, localizado entre o preceito primário e secundário da norma penal em branco, condicionando a existência da pretensão punitiva do Estado.   
JURISPRUDÊNCIA  
STJ. AÇÃO PENAL Nº 449 - AM (2006/0036084-1) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS.   
E M E N T A: PROCESSUAL PENAL. DENÚNCIA. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. LANÇAMENTO DEFINITIVO. INEXISTENTE OU NÃO COMPROVADO NO INQUÉRITO. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA.  
· O lançamento definitivo do crédito tributário é condição objetiva de punibilidade nos crimes contra a ordem tributária.  
  
STF. HABEAS CORPUS" - DELITO CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA - SONEGAÇÃO FISCAL  
· PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO AINDA EM CURSO - AJUIZAMENTO PREMATURO, PELO  
MINISTÉRIO PÚBLICO, DA AÇÃO PENAL - IMPOSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A VÁLIDA INSTAURAÇÃO DA "PERSECUTIO CRIMINIS" - INVALIDAÇÃO DO  
PROCESSO PENAL DE CONHECIMENTO,  
DESDE O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA,  
INCLUSIVE - CRIME DE QUADRILHA - PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO RECONHECIDA PELA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA -  
CONFIGURAÇÃO - DECLARAÇÃO DE EXTINÇÃO, QUANTO A TAL CRIME, DA PUNIBILIDADE DOS PACIENTES - PEDIDO  
DEFERIDO . - Tratando-se dos delitos contra a ordem tributária, tipificados no art. 1º da Lei nº 8.137/90, a instauração da concernente persecução penal depende da existência de decisão definitiva, proferida em sede de procedimento administrativo, na qual se haja reconhecido a exigibilidade do crédito tributário ("an debeatur"), além de definido o respectivo valor ("quantum debeatur"), sob pena de, em inocorrendo essa condição objetiva de punibilidade, não se legitimar, por ausência de tipicidade penal, a válida formulação de denúncia pelo Ministério Público. Precedentes . - Enquanto não se constituir, definitivamente, em sede administrativa, o crédito tributário, não se terá por caracterizado, no plano da tipicidade penal, o crime contra a ordem tributária, tal como previsto no art. 1º da Lei nº 8.137/90. Em consequência, e por ainda não se achar configurada a própria criminalidade da conduta do agente, sequer é lícito cogitar-se da fluência da prescrição penal, que somente se iniciará com a consumação do delito (CP, art. 111, I). Precedentes. (STF - HC: 86032 RS, Relator: CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 04/09/2007,  Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-107 DIVULG 12-06-2008 PUBLIC 13-06-2008 EMENT VOL-02323-02<span id="jusCitacao"> PP00360</span>).   
  
5.3 Desnecessidade de se aguardar o deslinde do Procedimento Administrativo para cada um dos Corréus  
A decisão final é válida para o crédito tributário. Assim, não há necessidade de decisão final para cada um dos investigados.   
  
5.4 Instauração de Inquérito Policial e Constrangimento Ilegal   
Se ainda não houve o implemento da condição objetiva de punibilidade, nem mesmo o inquérito policial poderá ser instaurado, sob pena de patente constrangimento ilegal. Referido entendimento aplica-se aos CRIMES MATERIAIS contra a ordem tributária.   
JURISPRUDÊNCIA COMPLEMENTAR  
STJ. HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO QUE APURA AUTOS DE INFRAÇÕES PENDENTES DE RECURSO ADMINISTRATIVO. TRANCAMENTO. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA DE  
OFÍCIO. 1. Segundo orientação do Plenário do Supremo Tribunal Federal (HC 81.611/DF), a decisão definitiva do processo administrativo-fiscal constitui condição objetiva de punibilidade, consistindo elemento fundamental à exigibilidade da obrigação tributária, tendo em vista que os crimes previstos no art. 1º da Lei 8.137/90 são materiais ou de resultado. 2. Consoante posicionamento da Terceira Seção (Rcl 1.985/RJ),  deve ser reconhecida a ausência de justa causa para a instauração de inquérito policial na pendência de recurso na esfera administrativa, por inexistir lançamento definitivo do débito fiscal. Supremo Tribunal Federal (HC 83.353-5 e 86.120-2). 3. Ordem de ofício concedida para reconhecer a ilegalidade da prova invasiva (quebra dos sigilos bancário e fiscal) e determinar o trancamento do inquérito policial. (STJ - HC: 68480 RJ 2006/0228252-0, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO, Data de Julgamento: 18/06/2014, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 04/08/2014).  
  
Trancamento do Inquérito policial em decorrência da ausência da condição objetiva da punibilidade.  
  
STJ. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM  RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIMES   CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, USO DE  DOCUMENTO FALSO E FALSIDADE IDEOLÓGICA. DENÚNCIA EM RELAÇÃO  APENAS QUANTO AOS DOIS ÚLTIMOS, EM VIRTUDE DO PARCELAMENTO DO DÉBITO  FISCAL. REJEIÇÃO DA INICIAL ACUSATÓRIA. ABSORÇÃO DOS DELITOS, PORQUE PRATICADOS COM FIM EXCLUSIVO VIABILIZAR A SONEGAÇÃO DO TRIBUTO. DELITOS EXAURIDOS NA ELISÃO. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. POSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA REJEITADOS. (...) 3 POSSIBILIDADE. EMBARGOS DE  DIVERGÊNCIA REJEITADOS. (...) 3. É aplicável o princípio da consunção quando os crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica - crimes meio - são praticados para facilitar ou encobrir a falsa declaração, com vistas à efetivação do pretendido crime de sonegação fiscal - crime fim -, localizando-se na mesma linha de desdobramento causal de lesão ao bem jurídico, integrando, assim, o iter criminis do delito-fim. (...). (STJ, EResp 1.154.361/MG, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento:  
26/02/2014, S3 - TERCEIRA SEÇÃO)  
  
Aplicação do princípio da consunção.  
  
STJ. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS  CORPUS. DESCAMINHO. VALOR DO TRIBUTO ILUDIDO SUPERIOR A DEZ MIL REAIS. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.  INAPLICABILIDADE. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. IMPOSIÇÃO  DE PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA.  POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.  I - A Terceira Seção desta eg. Corte Superior firmou orientação no julgamento do Recurso Especial representativo da controvérsia n. 1.112.748/TO, de minha relatoria, que, no crime de descaminho, o princípio da insignificância somente afasta a tipicidade da conduta se o valor dos tributos iludidos não ultrapassar a quantia de dez mil reais, estabelecida no art. 20 da Lei n. 10.522/02. II - A publicação da Portaria MF 75/2012, por não possuir força legal, não tem o condão de modificar o patamar para aplicação do princípio da insignificância (REsp 1.393.317/PR, Terceira Seção, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, DJe de 2/12/2014).  
  
Parâmetro de valor insignificante para o STJ.  
  
Obs.: Lembre-se da controvérsia quanto aos parâmetros estabelecidos pelo STF e STJ, conforme quadro esquemático.  
  
STF. HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. APLICAÇÃO DO  
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. TESE NÃO ANALISADA PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO PELA SUPREMA CORTE. INADMISSÍVEL SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRECEDENTES. NÃO CONHECIMENTO DO WRIT. REQUERIMENTO INCIDENTAL DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DO PACIENTE PELO PAGAMENTO INTEGRAL DO DÉBITO  
TRIBUTÁRIO CONSTITUÍDO.  POSSIBILIDADE. PRECEDENTE. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. (...)3. O pagamento integral de débito devidamente comprovado nos autos - empreendido pelo paciente em momento anterior ao trânsito em julgado da condenação que lhe foi imposta é causa de extinção de sua punibilidade, conforme opção político-criminal do legislador pátrio. Precedente. (STF - HC:  
116828 SP).   
  
O pagamento integral do débito antes do trânsito em julgado é causa de extinção da punibilidade.

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