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Improbidade Administrativa Lei 8.429/92 Prof. Vandré Amorim ❖ Improbidade Administrativa Conceito Fundamento Origem • É uma ilegalidade qualificada • É uma imoralidade jurídica relevante • Não se deve punir apenas por ser um “gestor ruim”, mas por ser desonesto, desleal • Princípio da moralidade • Constituição Federal de 1988 – Art. 37, 4º (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item a seguir. Lealdade à instituição é um valor que a Lei de Improbidade Administrativa busca resguardar. (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) A respeito de improbidade administrativa e de prescrição e decadência administrativa, julgue o item subsecutivo. O desrespeito ao princípio da moralidade pode ensejar, em certa medida, sanção legal, mas não configura ato de improbidade administrativa. ❖CF/88: Art. 37, § 4º: Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 12. (...) está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato ❖ Improbidade Administrativa Sujeitos da Improbidade Sujeito Passivo Vítima: Quem administra/recebe verba pública Sujeito Ativo Infrator: Agentes Públicos e Particulares Indisponibilidade dos bens Morte do Sujeito Ativo Espécies de Improbidade Penalidades Procedimento de Apuração Prescrição ❖ Lei n. 8.429/92 CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com MAIS de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com MENOS de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. ➢ Sujeito Passivo (CESPE - 2019 - PGE-PE) Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa, julgue o item a seguir, à luz da Lei n.º 8.429/1992. Para ser imputado como ato de improbidade administrativa praticado contra associação civil de direito privado sem fins lucrativos e de interesse coletivo a referida entidade deve ter sido subsidiada pelo erário em montante não inferior a 50% da sua receita anual. ➢ SUJEITO ATIVO: Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. (CESPE - 2019 - PGE-PE) Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa, julgue o item a seguir, à luz da Lei n.º 8.429/1992. Estudante maior de vinte e um anos de idade que estagia sem remuneração em empresa pública estadual estará sujeito a responder por ato de improbidade administrativa caso se utilize de sua condição de estagiário para auferir vantagem econômica indevida. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item a seguir. As disposições da Lei n.º 8.429/1992 são aplicáveis àquele que induzir um agente a praticar ato ímprobo. ❖ Improbidade Administrativa Sujeitos da Improbidade Sujeito Passivo Vítima: Quem administra/recebe verba pública Sujeito Ativo Infrator: Agentes Públicos e Particulares Indisponibilidade dos bens Em regra, qualquer bem Morte do Sujeito Ativo Espécies de Improbidade Penalidades Procedimento de Apuração Prescrição Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. ❖ Improbidade Administrativa Sujeitos da Improbidade Sujeito Passivo Vítima: Quem administra/recebe verba pública Sujeito Ativo Infrator: Agentes Públicos e Particulares Indisponibilidade dos bens Em regra, qualquer bem Morte do Sujeito Ativo Transfere-se a dívida aos herdeiros, limitada ao valor da herança Espécies de Improbidade Penalidades Procedimento de Apuração Prescrição Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item a seguir. O sucessor daquele que enriquecer ilicitamente estará sujeito às cominações da Lei de Improbidade Administrativa até o limite do valor da herança. ❖ Improbidade Administrativa Sujeitos da Improbidade Sujeito Passivo Vítima: Quem administra/recebe verba pública Sujeito Ativo Infrator: Agentes Públicos e Particulares Indisponibilidade dos bens Em regra, qualquer bem Morte do Sujeito Ativo Transfere-se a dívida aos herdeiros, limitada ao valor da herança Espécies de Improbidade • Enriquecimento ilícito • Prejuízo ao erário • Violação de Princípios • Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário Penalidades Aplicadas de acordo com a espécie de improbidade Procedimento de Apuração Prescrição Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item a seguir. A ocorrência de prejuízo ao erário é condição indispensável para a configuração de qualquer ato de improbidade administrativa. (CESPE - 2019 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal) A respeito de improbidade administrativa, processo administrativo e organizaçãoadministrativa, julgue o item seguinte. Para a caracterização de ato de improbidade que cause dano ao erário, basta, com relação ao elemento subjetivo, que seja constatada a culpa do agente com dever legal de evitar tal prejuízo. ➢ Enriquecimento Ilícito Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: ➢ Prejuízo ao Erário Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: ➢ Princípios da Administração Pública Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: ➢ Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário (ISS) Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. CAPÍTULO III Das Penas Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (...) Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. Art. 9º - Enriquecimento Ilícito Art. 10 – Prejuízo ao Erário Art. 11 – Violação dos Princípios Forma da conduta SOMENTE CONDUTA DOLOSA CONDUTA: DOLOSA OU CULPOSA SOMENTE CONDUTA: DOLOSA PERDA DOS BENS Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se houver. ------- RESSARCIMENTO AO ERÁRIO QUANDO HOUVER Ressarcimento integral do dano SE HOUVER PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA SIM SIM SIM SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 08 a 10 anos 05 a 08 anos 03 a 05 anos MULTA CIVIL (PENA PECUNIÁRIA) ATÉ 3X O VALOR DO ACRÉSCIMO ATÉ 2X O VALOR DO DANO ATÉ 100X A REMUNERAÇÃO PROIBIÇÃO DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO 10 anos 05 anos 03 anos Art. 10-A - Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário (ISS) PENALIDADES PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA Suspensão dos Direitos Políticos – 5 a 8 anos Multa Civil –Até 3 vezes o valor do benefício ➢ Casos especiais: ❑ Prejuízo ao erário: Art. 10 o XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; Obs.: Quando o agente público se enriquece, será ato de improbidade por enriquecimento ilícito! ➢ Casos especiais: ❑ Prejuízo ao erário: Art. 10 o XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; ❑ Violação de princípio: Art. 11 o VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; o VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; ➢ Casos especiais: ❑ Prejuízo ao erário: Art. 10, VIII o frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; ❑ Violação de princípio: Art. 11, V o frustrar a licitude de concurso público; ➢ Casos especiais: ❑ Prejuízo ao erário: Art. 10 o XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; o XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. ❑ Violação de princípio: Art. 11 (Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018) o X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (CESPE - 2019 - MPC-PA - Analista Ministerial – Direito) Nos termos da Lei n.º 8.429/1992, titular de órgão público que deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade prevista na legislação estará sujeito a responder por ato de improbidade administrativa que A) causa prejuízo ao erário, somente se a omissão for dolosa. B) causa prejuízo ao erário, somente se a omissão for culposa. C) causa prejuízo ao erário, independentemente de a omissão ser culposa ou dolosa. D) viola os princípios da administração pública, somente se a omissão for dolosa. E) viola os princípios da administração pública, se a omissão for culposa. (CESPE - 2019 - TJ-AM - Analista Judiciário – Direito) O prefeito de um município, agindo dolosamente, deixou de prestar as contas devidas em relação aos recursos financeiros que havia recebido em virtude de convênio firmado com o governo do estado. A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando o que dispõe a Lei n.º 8.429/1992. Em virtude da gravidade de sua conduta, o prefeito está sujeito às sanções de suspensão dos direitos políticos, pelo prazo de oito anos a dez anos, e perda de eventuais valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio. (CESPE - 2019 - MPC-PA - Analista Ministerial - Controle Externo) Autoridade administrativa de determinado ente ofereceu representação ao Ministério Público contra conduta de agente público que resultou na locação de bem, pelo poder público, em valor superior ao de mercado. Nessa situação hipotética, o ato imputado A) não caracteriza improbidade administrativa, por ausência de previsão legal. B) somente caracteriza improbidade administrativa se houver conduta dolosa e for comprovado o enriquecimento ilícito do agente público. C) apenas caracteriza improbidade administrativa se a conduta for dolosa, independentemente da comprovação de enriquecimento ilícito do agente público. D) caracteriza improbidade administrativa se for demonstrada conduta dolosa ou culposa, desde que seja comprovado o enriquecimento ilícito do agente público. E) caracteriza improbidade administrativa se for demonstrada conduta dolosa ou culposa, independentemente da comprovação de enriquecimento ilícito do agente público. (CESPE - 2019 - PGM - Campo Grande - MS - Procurador Municipal) Considerando as disposições da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992) e o processo administrativo disciplinar, julgue o item seguinte. Servidor público que receber quantia em dinheiro para deixar de tomar providência a que seria obrigado em razão do cargo que ocupa estará sujeito, entre outras sanções, à suspensão dos seus direitos políticos por um período de oito anos a dez anos. (CESPE - 2019 - PGE-PE - Assistente de Procuradoria) Acerca de improbidade administrativa, julgue o item subsecutivo. O agente público que nega publicidade de atos administrativos oficiais comete ato ímprobo que atenta contra os princípios da administração pública. (CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário de Procuradoria) À luz das normas pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos administrativos, serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do Estado na propriedade, julgue o item seguinte. O recebimento de vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza constitui atode improbidade administrativa que importa prejuízo ao erário. ❖ Improbidade Administrativa Sujeitos da Improbidade Sujeito Passivo Vítima: Quem administra/recebe verba pública Sujeito Ativo Infrator: Agentes Públicos e Particulares Indisponibilidade dos bens Em regra, qualquer bem Morte do Sujeito Ativo Transfere-se a dívida aos herdeiros, limitada ao valor da herança Espécies de Improbidade • Enriquecimento ilícito • Prejuízo ao erário • Violação de Princípios • Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário Penalidades Aplicadas de acordo com a espécie de improbidade Procedimento de Apuração Administrativo Judicial Prescrição ➢ Do Procedimento Administrativo ▪ ATENÇÃO! A condenação de improbidade depende de ação judicial ▪ O processo administrativo busca apenas a responsabilização administrativa Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei. § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. ➢ Do Processo Judicial Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. Propositura da Ação Prazo (art. 23) Legitimados MP (deve ser parte ou fiscal da lei) P.J. lesada/vítima Petição Inicial Instruída com as provas necessárias Juiz Determina a notificação do requerido Manifestação (prévia) 15 dias Juiz (30 dias) RECEBE A INICIAL (cabe agravo) REJEITA A INICIAL: - Inexistência do ato - Improcedência - Inadequação da via Citação do Réu Contestação Processo continua..... O prazo poderá ser suspenso por até 90 dias ❖ Improbidade Administrativa Sujeitos da Improbidade Sujeito Passivo Vítima: Quem administra/recebe verba pública Sujeito Ativo Infrator: Agentes Públicos e Particulares Indisponibilidade dos bens Em regra, qualquer bem Morte do Sujeito Ativo Transfere-se a dívida aos herdeiros, limitada ao valor da herança Espécies de Improbidade • Enriquecimento ilícito • Prejuízo ao erário • Violação de Princípios • Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário Penalidades Aplicadas de acordo com a espécie de improbidade Procedimento de Apuração Administrativo Judicial Prescrição CAPÍTULO VII Da Prescrição Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei. (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) A respeito de improbidade administrativa e de prescrição e decadência administrativa, julgue o item subsecutivo. São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário relativas à prática de atos dolosos ou culposos tipificados como improbidade administrativa. (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) No que se refere a mandado de segurança, ação civil pública, ação de improbidade administrativa e ação rescisória, julgue o seguinte item. De acordo com o STF, são imprescritíveis as ações de ressarcimento de danos ao erário decorrentes de ato doloso de improbidade administrativa. CAPÍTULO VI Das Disposições Penais Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
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