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Espermograma Prof. MS. Tércio Lemos de Morais E-mail: Terciotms@uninove.br Próstata: liquido protético – pH ácido Vesículas seminais – Liquido seminal – pH básico Acrossoma: contém as enzimas necessárias para fazer com que o espermatozoide penetre ou se fusione com a membrana plasmática do óvulo para realizar a fecundação. Espermograma A análise do sêmen (espermograma) é um dos primeiros exames solicitados para avaliar a fertilidade masculina. O espermograma é composto das seguintes analises: • Volume; • pH • Viscosidade • Tempo de liquefação • Número de espermatozoides • Motilidade • Vitalidade • Morfologia Coleta Material e Preparação do Paciente • A coleta é feita através da masturbação, para tanto os laboratórios fornecem estímulos visuais: como filmes e revistas; • Na hora da coleta, é muito importante que o paciente ejacule dentro do frasco e não faça uso de lubrificantes, pois essas condições interferem no resultado do exame. • avaliação microbiológica – Assepsia • Quando houver Dosagem de frutose no sêmen, o paciente deve fazer jejum alimentar de 12 horas. • Abstinência sexual de 2 a 7 dias Exame macroscópico • Liquefação ou liquefação • Volume; • Aspecto; • Cor; • Viscosidade; • pH. Recipiente limpo, de boca larga, feito de vidro ou plástico, de um lote que tenha sido confirmado como não tóxico para os espermatozoides. O recipiente para amostras deve ser mantido à temperatura ambiente, entre 20 °C e 37 °C. Liquefação ou coagulação • Em temperatura ambiente, a amostra seminal normal se liquefaz (liquefação), devido à ação da enzima fibrolisina, contida na secreção prostática. • Amostra normal: Segundo a OMS - Se liquefaz em até 60 minutos à temperatura ambiente. • Imediatamente apos a ejaculação, o esperma transforma-se em gel (Coagulação), adquirindo um aspecto heterogêneo, formando coagulo, para proteger os espermatozoides do contato com o pH Vaginal; Volume • O volume seminal final é diretamente proporcional à quantidade de secreção da próstata e das vesículas seminais, já que o volume proveniente dos testículos e epidídimo é reduzido. • Procedimento: Medir o Volume com proveta ou pipeta graduada. • VALOR NORMAL: 2,0 a 5,0 ml • Hipospermia: Volume menor que 2,0 ml • Hiperespermia: Volume maior que 5,0 ml • Aspermia: Ausência de ejaculação Aspecto • Amostra Normal: Aparência homogênea, opaca. Procedimento: O aspecto deve ser analisado após liquefação, Cor • Normal: Branco-opaco • Outras colorações: • Amarelado – Flavinas dos espermatozóides e do liquido seminal; • Hemorrágico – Ruptura de vasos na ejaculação, ou patologias de próstata ou vesículas seminais; • Outras Tonalidades – Uso de medicamentos ou patologias sistêmicas (Icterícias). Viscosidade ou consistência • Procedimento: Pode ser estimada através de uma pipeta de 5 mls, deixando o sêmem pingar pela ação da gravidade observando o comprimento do filete formado. • Viscosidade Diminuída: A amostra se despende da pipeta em gotas. • Viscosidade Normal: A amostra se alongará em filetes com menos de 2 cms. • Viscosidade Aumentada: A amostra se alongará em filetes com mais de 2 cms de comprimento. pH • Procedimento: Medir o pH do sêmem, através de fita de pH. • Valor Normal: 7,2 a 8,0 • pH acima de 8.0 – Deficiência da glândula prostática, ausência de liquefação secundaria. • pH Ácido – Deficiência de vesículas seminais, ausência de coagulação. Exame microscópico • Motilidade; • Vitalidade; • Contagem dos espermatozoides; • Morfologia dos espermatozoides; • Contagem de leucócitos e hemácias; Motilidade • Procedimento: Homogeneizar a amostra em temperatura ambiente (20ºC a 25ºC), colocando 10μl de sêmem, em uma lamina de vidro limpa e cobrir com uma lamínula; • A avaliação da motilidade deve ser realizada até 60 minutos após a coleta, observando os espermatozoides em objetiva de menor aumento, rastreando 4 a 6 campos para avaliar 100 espermatozóides obtendo porcentagem das categorias classificadas abaixo. Motilidade • A - Espermatozóides com motilidade rápida, linear e progressiva; • B - Espermatozóides com motilidade linear ou não linear, lenta; • C - Espermatozóides com motilidade não progressiva; • D - Espermatozóides imóveis • Valor Normal: • Acima de 50% de espermatozóides em a + b; • Acima de 25% de espermatozóides em a. • Astenospermia: Abaixo de 50% das categorias a + b; • Astenospermia extrínseca: Devido ao aumento da viscosidade; • Astenospermia Intrínseca: Nível baixo ou ausente de frutose. Avaliação da Vitalidade A vitalidade dos espermatozóides, se refletem na proporção de espermatozóides que estão vivos, determinado pela exclusão do corante. Procedimento: 20μl de sêmem em um tubo e adicionar 1 gota de eosina esperar 30 segundos e depois colocar mais 2 gotas de nigrosina; • Homogeneizar e confeccionar um esfregaço (tipo sanguíneo) e secar rapidamente (secador); • Fazer a leitura em imersão, contando 200 espermatózoides: • Os vivos não se coram (brancos) • Os mortos coram-se (rosa) • O resultado é expresso em % de espermatozoides vivos. Avaliação da Vitalidade • Valor Normal: Acima de 50% de espermatozóides vivos. • Necrospermia: acima de 50% de espermatozóides mortos. Ocorre na deficiência de frutose. • Observação: Neste esfregaço corado pela eosina-nigrosina, é possível fazer a morfologia dos espermatozóides vivos. Contagem dos espermatozóides • São contados apenas os espermatozóides maduros, com cauda. • Conta-se os espermatozóides nos 4 quadrantes laterais da câmara de Neubauer (O valor é expresso em mL) • Procedimento: Faz-se duas diluições: 1:20 e 1:200, homogeneizar e preencher a Câmara de Newbauer, contando nas 4 quadrantes laterais da Câmara. • 1:20 – 20μl de sêmem 0,4 ml do liquido diluidor. Resultado da contagem multiplica por 50.000; • 1:200 – 20μl de sêmem 4,0 ml do liquido diluidor Resultado da contagem multiplica por 500.000; • Valor Normal: Acima de 20.000.000/mL Contagem dos espermatozóides • Oligozoospermia: Quando o numero de espermatozóides é menor que 20.000.000/ml. Causa: Infecção do trato genital, anomalias cromossômicas, alterações hormonais e abstinência sexual. • Azoospermia: Ausência de espermatozóides no sêmem. Causas: São as mesmas que causam oligozoospermia, alem de obstruções biliares, agenesias gonodais de celular de Sertoli. Morfologia dos Espermatozóides Maduros • Espermatozóides Normal: Quando a cabeça é oval, a peça e o flagelo normais e a acrossoma ocupa uma área entre 40% - 70% da região cefálica. Morfologia dos Espermatozóides Maduros • Procedimento: Confeccionar um esfregaço fino(tipo hemograma), secar a temperatura ambiente e corar pela técnica de Leishmann, ou Papanicolau; • Observar em imersão, e contar 200 espermatozóides, sendo o resultado relatado em % de espermatozóides normais e espermatozóides anormais. Morfologia dos Espermatozóides Maduros • Espermatozóides Anormais: Com defeito na formação e no tamanho da cabeça, defeito na peça intermediaria e com defeito da cauda; • Valor Normal: Acima de 50% de espermatozóides normais. • Taratospermia: Acima de 50% de formas anormais. • Causas: Alterações na temperatura escrotal como varicocele e hidrocele. Contagem global de Leucócitos e Hemácias A contagem de leucócitos é realizada nos 4 quadrantes da Câmara de Newbauer, na ocasião da contagem de espermatozóides. Procedimento: O procedimento é o mesmo para contar leucócitos e hemácias. Na diluição 1:20, conta-se as células nos 4 quadrantes laterais da Câmara, e multiplica o resultado por 50. O valor é expresso em mm3. Contagem global de Leucócitos e Hemácias • Valor Normal de Leucócitos: Até 1.000/ mm3 • Valor Normal de Hemácias: Até 1.000/ mm3 • Leucospermia: Valor de Leucócitos acima de 1.000 / mm3 • Eosinofilia de até 25%: Processos auto-imunes. • Neutrofilia: Prostovesiculites agudas. • Linfócitos e Monócitos: Processos Crônicos. • Eritrospermia: (sem alterações na cor do sêmem)e Espermorragia (sêmem na cor hemorrágica): Processo infeccioso em atividade, neoplasia ou sinais precoce de hipertensão arterial sistêmica. FIM
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